Logística Ambiental e Reversa

123
Logística Ambiental e Reversa Prof. Jocelenilton Gomes [email protected]

Transcript of Logística Ambiental e Reversa

Page 1: Logística Ambiental e Reversa

Logística Ambiental e Reversa

Prof. Jocelenilton [email protected]

Page 2: Logística Ambiental e Reversa

Ementa:

1 - Fundamentos de Logística Reversa;2- Logística Reversa como vantagem competitiva para uma organização sustentável;3 – Logística Reversa X Entropia, entendendo a dispersão e o processo necessário de diminuição da dispersão;4 - Canais de distribuição reversos (definições e caracterização)5 - Logística reversa de pós-consumo (caracterização e objetivos);

Page 3: Logística Ambiental e Reversa

Ementa:

6 - Logística reversa de pós-venda (caracterização e objetivos);7 - Logística reversa de resíduos industriais (caracterização e objetivos);8 - Aspectos legais da LR (apresentação da PNRS e suas implicações);9 - Análise do Ciclo de Vida do Produto e a LR como fator facilitador;10 - A Cadeia de Valor e a Formulação da estratégia da LR;

Page 4: Logística Ambiental e Reversa

Ementa:

11 - Planejamento operacional da LR;

Page 5: Logística Ambiental e Reversa

BARTHOLOMEU, D.B.; CAIXETA-FILHO, J.V. (Org.). Logística Ambiental de Resíduos Sólidos. São Paulo: Atlas, 2011. GUARNIERI, P. Logística reversa: em busca do equilíbrio econômico e ambiental. Recife: Editora Clube dos Autores, 2011. LEITE, P.R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. 2ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

Sugestão de Leitura

Page 6: Logística Ambiental e Reversa

PEREIRA, A.L, et al. Logística Reversa e Sustentabilidade. São Paulo: Cengage Learning, 2012. RAZZOLINI FILHO, E. ; BERTÉ, R. O Reverso da Logística: e as questões ambientais no Brasil. Curitiba: IBPEX, 2009. ROGERS, D.; TIBBEN-LEMBKE, R.S. Going backwards: reverse logistics trends and practices. Reno: Nevada University, 1999.

Sugestão de Leitura

Page 7: Logística Ambiental e Reversa

VALLE, R.; SOUZA, R.G. Logística Reversa: processo a processo. São Paulo: Atlas, 2014. XAVIER, L.H.; CORRÊA, H.L. Sistemas de Logística Reversa: criando cadeias de suprimento sustentáveis. São Paulo: Atlas, 2013.

Sugestão de Leitura

Page 8: Logística Ambiental e Reversa

“Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associadas, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.”Council of Logistics Management - CLM (1995).

Conceituação de Logística

Page 9: Logística Ambiental e Reversa

“A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo” (CHRISTOPHER, 1997).

Conceituação de Logística

Page 10: Logística Ambiental e Reversa

Conceituação de Logística

Page 11: Logística Ambiental e Reversa

“É todo o esforço envolvido nos diferentes processos empresariais que criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final” (CHING, 1999).

Conceituação de Supply Chain

Page 12: Logística Ambiental e Reversa

a) redução do número de fornecedores;b) integração das informações (cliente, fornecedores e operadores logísticos);c) representantes permanentes juntos aos key account;d) desenvolvimento conjunto de novos produtos;e) integração das estratégicas competitivas dentro da cadeia produtiva;f) desenvolvimento conjunto de competências e capacidades da cadeia produtiva;

Mecanismos da Supply Chain

Page 13: Logística Ambiental e Reversa

g) global sourcing;h) outsourcing;i) follow sourcing;j) operadores logísticos (transporte, armazenagem e solution providers);

Mecanismos da Supply Chain

Page 14: Logística Ambiental e Reversa

Os primeiros estudos sobre logística reversa são encontrados nas décadas de 70 e 80, o foco principal estava relacionado ao retorno de bens a serem processados em reciclagem de materiais, denominados e analisados como canais de distribuição reversos, muitas vezes era considerado apenas um estorvo. À partir da década de 90 o tema tornou-se mais visível no cenário empresarial.

Vídeo: Histórico da Logística Reversa

Necessidade de estudos avançados em Logística Reversa

Page 15: Logística Ambiental e Reversa

a) ciclo de vida mercadológico cada vez mais reduzido:- introdução constante de novos modelos;- uso de materiais de menor durabilidade e não biodegradável;- dificuldade técnica e econômica de conserto (é mais fácil comprar um novo que consertar um objeto usado); - tendência à descartabilidade;

Justificativa para a Logística Reversa

Page 16: Logística Ambiental e Reversa

b) exigências cada vez maiores e variadas de interesses sociais, ambientais e governamentais visando garantir seus negócios e a sua lucratividade ao longo de tempo;c) necessidade de satisfazer os diferentes stakeholders (acionistas, funcionários, clientes, fornecedores, comunidade local, governo) – que avaliam as empresas sob diferentes perspectivas;

Justificativa para a Logística Reversa

Page 17: Logística Ambiental e Reversa

d) a necessidade de equacionar o retorno dos produtos de pós-venda em grande quantidade, sob pena de interferir nas operações e na rentabilidade das atividades das empresas;e) A urgência de diminuição da poluição por contaminação ou excesso;f) legislações ambientais que desobrigam governos (tendência moderna) e responsabilizam as empresas, ou suas cadeias industriais, pelo equacionamento dos fluxos reversos dos produtos de pós-consumo;

Justificativa para a Logística Reversa

Page 18: Logística Ambiental e Reversa

g) risco à imagem da empresa, à sua reputação cidadã, que a obriga a ser consciente da responsabilidade socioambiental diante da comunidade;h) objetivo de tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo de negócios;

Justificativa para a Logística Reversa

Page 19: Logística Ambiental e Reversa

i) Agrega valor econômico, de serviço, ecológico, legal e de localização ao planejar redes reversas e as respectivas informações ao operacionalizar esse fluxo, desde a coleta dos bens de pós-consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos logísticos de consolidação, separação e seleção, até a reintegração ao ciclo.

Vídeo: Descarte Inadequado

Justificativa para a Logística Reversa

Page 20: Logística Ambiental e Reversa

Para o Council of Logistics Management: “Logística reversa é um amplo termo relacionado às habilidades e atividades envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de resíduos de produtos e embalagens...” (1993).

Conceituação de Logística Reversa

Page 21: Logística Ambiental e Reversa

“O processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações correspondentes do ponto de consumo para o ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição.” Rogers e Tibben-Lembke. Going backwards. 1999.

Conceituação de Logística Reversa

Page 22: Logística Ambiental e Reversa

Paulo Leite do CLRB: “A área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-vendas e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros” (2003).

Conceituação de Logística Reversa

Page 23: Logística Ambiental e Reversa

Conceituação de Logística Reversa

Page 24: Logística Ambiental e Reversa

Para o Council of Supply Chain Management Professionals: “é a parte do Supply Chain Management que planeja, implementa e controla o eficiente e efetivo fluxo direto e reverso a estocagem de bens, serviços e as informações relacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo no sentido de satisfazer as necessidades do cliente” (CSCMP, 2006).

Conceituação de Logística Reversa

Page 25: Logística Ambiental e Reversa

Para a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): “Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada” (Art. 3º, XII).

Conceituação de Logística Reversa

Page 26: Logística Ambiental e Reversa

Para Valle e Souza: “A logística reversa é o processo de recuperação de resíduos de pós-venda ou de pós-consumo, pela coleta, pré-tratamento, beneficiamento e distribuição, de forma a ou retorná-lo à cadeia produtiva, ou dar-lhe destinação final adequada. Deve enfocar a minimização dos rejeitos e dos impactos negativos e a maximização dos impactos positivos, sejam ambientais, sociais ou econômicos. …”

Conceituação de Logística Reversa

Page 27: Logística Ambiental e Reversa

“… Este processo incorpora as atividades operacionais, de gestão e de apoio que, de forma integrada e envolvendo os diversos atores, planejem e viabilizem a implementação das soluções mais adequadas para os resíduos.” (2014).

Vídeo: Definição e desafio da Logística Reversa.

Conceituação de Logística Reversa

Page 28: Logística Ambiental e Reversa

Logística Reversa ou devolução?

Page 29: Logística Ambiental e Reversa

Objetiva atender aos princípios da sustentabilidade ambiental como o da produção limpa, a logística reversa é parte deste conceito maior.O foco é diminuir os impactos ambientais das operações logísticas. Isso incluiria, por exemplo, estudar o impacto que a inserção de um novomeio de transporte na cidade causaria ou projetos relacionados com a certificação ISO 14.000, ou ainda reduzir o consumo de energia e de utilização de materiais nos processos logísticos.

Logística Verde - Distinção

Page 30: Logística Ambiental e Reversa

Motivação: - Operações de Logística Reversa movimentam cerca de R$ 18,5 bilhões/ano;- 50 a 60% deste valor corresponde às atividades de transporte;- 10% do faturamento das empresas são gastos com retorno ou devolução de produtos;- 80% dos produtos retornados podem ser reaproveitados ou revalorizados;- No varejo a taxa média de retorno é de 6%;

Fonte: CLRB, 2012.

LR como vantagem competitiva para uma organização sustentável

Page 31: Logística Ambiental e Reversa

- Realocação de estoques em excesso: custos e serviços ao cliente (redestribuição otimizada dos estoques);- Busca de valor na prestação de serviços de pós-vendas: serviços e custos e imagem da empresa (cadeia reversa de alta responsividade);- Antecipação à legislação: custo e imagem (cadeia reversa sem erros e on time);

Ganhos de Competividade (pós-venda)

Page 32: Logística Ambiental e Reversa

- Reaproveitamento de materiais constituintes: custos operacionais pela economia de recursos na produção (rede reversa que facilite a coleta e o suprimento de produtos de retorno à linha de desmanche, distribuição de matérias-primas secundárias nos mercados secundários);- Responsabilidade empresarial e ambiental: imagem corporativa (rede reversa operando de forma legal e efetiva);

Ganhos de Competividade (pós-consumo)

Page 33: Logística Ambiental e Reversa

“A entropia de um sistema (S) é uma medida do seu grau de desorganização. Quanto maior a organização, menor a entropia”.

Logística Reversa desfazendo a Entropia

Page 34: Logística Ambiental e Reversa

“o calor não passa espontaneamente de um corpo para outro de temperatura mais alta”, Rudolf Clausius (1822-1888), físico alemão. Este enunciado se tornou posteriormente na Segunda Lei da Termodinâmica, e essencialmente afirma que o calor só flui espontaneamente do corpo mais quente para o corpo mais frio, esta lei dá origem ao conceito de entropia, que refere-se à perda de energia de um sistema isolado ou fechado, e que passou a ser a medida do grau de desorganização ou […]

Entropia positiva

Page 35: Logística Ambiental e Reversa

[…] desordem interior de um sistema não importando a origem da desordem, se é endógena ou exógena. Desordem pode significar as possibilidades de arranjo físico, não apenas dispersão. Quanto maior for a ordem de um sistema, no qual a organização interna esteja num grau elevado, menor consequentemente será a entropia. Este processo de entropia, segundo a Física, é irreversível, o sistema não pode, espontaneamente, retornar ao estado original e desfazer a entropia.

Entropia positiva

Page 36: Logística Ambiental e Reversa

A logística é um sistema aberto, troca energia e matéria com o sistema maior no qual está inserido, com entropia positiva e a função da logística reversa é minimizar ao máximo esta desordem, por meio da entropia negativa desaceleradora. Quanto maior o desenvolvimento tecnológico, maior será desordem em escala global: poluição (resíduos e rejeitos descartados de forma não ambientalmente aceitável), variações climáticas, fadiga e depressão nas pessoas, sedentarismo, etc.

Entropia positiva

Page 37: Logística Ambiental e Reversa

- diminuindo o volume dos resíduos lançados no meio ambiente e reduzindo a demanda por recursos naturais;- ganhos econômicos, com a diminuição do impacto das unidades produtivas e da economia como um todo, por meio do aumento da eficiência do uso do recurso; - e ganhos sociais, com a inclusão de outros atores logísticos ao longo do ciclo de vida do produto;

Vídeo: História das Coisas

Entropia negativa

Page 38: Logística Ambiental e Reversa

Canais de distribuição reversos (definições e caracterização)

Page 39: Logística Ambiental e Reversa

“As etapas, as formas e os meios em que uma parcela dos produtos, com pouco uso após a venda, com ciclo de vida útil ampliado ou após a extinção de sua vida útil, retorna ao ciclo produtivo ou de negócios, readquirindo valor de diversas naturezas, no mesmo mercado original, em mercados secundários, por meio de seu reaproveitamento, de seus componentes ou de seus materiais constituintes” (LEITE, 2009).

Canais Reversos

Page 40: Logística Ambiental e Reversa

Constituídos pelas diferentes formas e possibilidade de retorno de uma parcela de produtos, com pouco ou nenhum uso;Fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, do varejista ao fabricante, entre empresas, motivados por problemas relacionados à qualidade em geral ou a processos comerciais entre empresas, retornando ao ciclo de negócios de alguma maneira;

Canais Reversos

Page 41: Logística Ambiental e Reversa

Canais Reversos

Page 42: Logística Ambiental e Reversa

O uso de um produto, ou de seus componentes após a sua utilidade, é estendido, com a mesma função para o qual foi originalmente concebido, sem nenhum tipo de remanufatura;

Canais Reversos – Reuso

Page 43: Logística Ambiental e Reversa

Após os bens atingirem seu fim de vida útil efetivo, os mesmos passam por um fluxo reverso por meio de dois grandes sistemas de canais reversos de revalorização: “remanufatura” e “reciclagem”, utilizando-se do processo de desmanche para otimizar os processos finais.É um processo industrial no qual um produto durável de pós-consumo é desmontado em seus componentes.

Vídeo: Logística Reversa - DPNet

Canais Reversos - Desmanche

Page 44: Logística Ambiental e Reversa

Um produto ou seus componentes em condições de uso após a coleta sofrem processo industrial de desmontagem ou de remanufatura, são separados de partes ou materiais para os quais não existem condições de revalorização, mas que ainda são passiveis de reciclar;

Canais Reversos - Desmanche

Page 45: Logística Ambiental e Reversa

Recondicionar (fabricantes) é o ato de consertar apenas onde apresentou falha, mediante a substituição de alguns componentes complementares com pouca substituição e Remanufaturar (terceiros) é quando todos os componentes que sofreram desgastes são substituídos atendendo às mesmas especificações de projeto de uma peça nova, reconstituindo-se um produto com a mesma finalidade e natureza do original;

Canais Reversos - Remanufatura

Page 46: Logística Ambiental e Reversa

Os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-os em matérias-primas secundárias ou recicladas que serão reincorporadas à fabricação de novos produtos;

Upcycling: converte materiais em novos produtos com melhor qualidade e maior valor ambiental;

Downcycling: a integridade é comprometida após o processo de recuperação;

Canais Reversos - Reciclagem

Page 47: Logística Ambiental e Reversa

Canais Reversos - Reciclagem

Page 48: Logística Ambiental e Reversa

É a revalorização dos bens que realiza a coleta e direcionamento para o mercado de segunda mão, desde que existam condições e interesse para sua utilização (Mercado literário);

Doação para órgãos de caridade é uma forma de extender o tempo de vida útil de um bem obsolescente (programar para perceber);

Canais Reversos – Mercados Secundários

Page 49: Logística Ambiental e Reversa

Incineração com reaproveitamento energético (queimar o lixo foi uma das primeiras tentativas do homem de resolver o problema do lixo. Ver: Gehena em Jerusalém, como metáfora do Inferno);

Canais Reversos – Incineração e Disposição Final

Marcos 9:48 “Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.”

Page 50: Logística Ambiental e Reversa

Disposição Final é o ultimo local de destino para o qual são enviados materiais e resíduos em geral sem condições de revalorização (aterros controlados, aterros sanitários e vazadouros à céu aberto);

Artigo: Sorte grande, lisa e loira.

Canais Reversos – Incineração e Disposição Final

Page 51: Logística Ambiental e Reversa

Cadeias compostas de fluxos diretos e reversos formando “ciclos” que fazem materiais usados retornarem a pontos anteriores da rede para reutilização ou reprocessamento para nova utilização.

Closed-loop Supply (Cadeias de Suprimentos de ciclo fechado)

Page 52: Logística Ambiental e Reversa

Logística reversa de pós-consumo (caracterização e objetivos)

Page 53: Logística Ambiental e Reversa

- Lançamento de novos produtos (obsolescência percebida e programada, ou programada para ser percebida);- Lixo urbano;- Produção de eletrônicos (tempo de vida “útil” muito curto;- Produção de materiais plásticos;- Produção de veículos automotivos (veículos deixaram de ser meio de transporte para ser símbolo de status);

Uma sociedade de consumo e descarte

Page 54: Logística Ambiental e Reversa

As diferentes formas de processamento e de comercialização dos produtos de pós-consumo ou de seus materiais constituintes, desde sua coleta até sua reintegração ao ciclo produtivo como matéria-prima secundária, são denominadas de “Canais de Distribuição Reversos de Pós-Consumo”

Canais Reversos de Bens de Pós-Consumo

Page 55: Logística Ambiental e Reversa

Constituem-se nas diversas etapas de comercialização e industrialização pelas quais fluem os resíduos industriais e os diferentes tipos de bens de utilidade ou seus materiais constituintes, até sua reintegração ao processo produtivo, por meio dos subsistemas de reúso, remanufatura ou reciclagem.

Vídeo: Reversa pós-consumo

Canais Reversos de Bens de Pós-Consumo

Page 56: Logística Ambiental e Reversa

Tipologia dos Canais de pós-consumo

Page 57: Logística Ambiental e Reversa

- Canais de distribuição reversos de ciclo aberto;- Canais de distribuição reversos de ciclo fechado;- Entrada dos bens duráveis na cadeia logística reversa;- Canais de distribuição reverso de reúso;- Canais de distribuição reversos de manufatura;- Canais de distribuição reversos de reciclagem de bens duráveis;- Canais de distribuição reversos de pós-consumo de bens descartáveis (coleta domiciliar, aterros e lixões, coleta seletiva);

Tipologia dos Canais de pós-consumo

Page 58: Logística Ambiental e Reversa

Tipologia dos Canais de pós-consumo

Page 59: Logística Ambiental e Reversa

São constituídos pelas diferentes formas e possibilidades de retorno de uma parcela de produtos, com pouco ou nenhum uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivados por problemas relacionados à qualidade em geral ou a processos comerciais entre empresas, retornando ao ciclo de negócios de alguma maneira.

Vídeo: Reversa pós-venda

Logística reversa de pós-venda (caracterização e objetivos) 

Page 60: Logística Ambiental e Reversa

- Término de validade;- Excesso de estoque;- Consignação;- Problemas de qualidade, defeitos;- Avarias no transporte;- Erros de pedido;- Fim de estações;- Fim da vida comercial do produto;- Estoques obsoletos e etc.

Logística reversa de pós-venda (caracterização e objetivos) 

Page 61: Logística Ambiental e Reversa

Logística reversa de pós-venda  

Page 62: Logística Ambiental e Reversa

- Devoluções ou retornos comerciais - produtos vendidos com uma opção de devolução ao cliente;- Entregas erradas - clientes devolvendo produtos porque foram entregues muito cedo, muito tarde, com defeito ou fora das especificações do pedido;- Recalls - com produtos devolvidos quando defeitos reais ou potenciais são identificados pelo próprio fabricante e os clientes são solicitados a devolverem os produtos defeituosos para reposição ou reparo;

Ciclos fechados na fase de:

Page 63: Logística Ambiental e Reversa

- Contêineres de distribuição - como cartuchos de tinta para impressora, garrafas retornáveis de bebidas, entre outros, que são itens usados para facilitar a distribuição adequada dos produtos; - Produtos em final de leasing - devolvidos ao fabricante.

Ciclos fechados na fase de:

Page 64: Logística Ambiental e Reversa

Logística reversa de resíduos industriais (caracterização e objetivos)

Page 65: Logística Ambiental e Reversa

- Materiais produtivos obsoletos e consumíveis: óleo lubrificante usado em processos, paletes e contêineres de transporte interno em fim de vida útil, entre outros;- Refugo de produção;- Produtos defeituosos - não atendem aos padrões de qualidade.

Ciclos fechados na fase de produção

Page 66: Logística Ambiental e Reversa

Aspectos legais da Logística Reversa (PNRS e suas implicações)

Page 67: Logística Ambiental e Reversa

Desenvolvimento sustentável, segundo a Comissão Mundial de Ambiente e Desenvolvimento (WCED, 1987 – Brundtland Report), é o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a habilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades. Equidade intergeracional.

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS

Page 68: Logística Ambiental e Reversa

Triple Bottom Line (3BL) representa algo como “tripla linha de baixo” dos demonstrativos financeiros: avaliações de desempenho organizacional quanto aos três P’s - Pessoas, Profit (Lucro) e Planeta, crescentemente adotado por empresas que lideram este movimento.

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS

Page 69: Logística Ambiental e Reversa

A Lei 12.305/2010 que “Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências”. O Decreto 7.404/2010 que “Regulamenta a Lei n.º 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa; e dá outras providências”.

Vídeo: PNRS

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS

Page 70: Logística Ambiental e Reversa

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS

Page 71: Logística Ambiental e Reversa

- O poluidor-pagador e o protetor-recebedor;- A visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; - O desenvolvimento sustentável;- A ecoeficiência;- A cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade;

PNRS: Princípios

Page 72: Logística Ambiental e Reversa

- A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto; - O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;

PNRS: Princípios

Page 73: Logística Ambiental e Reversa

- Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; - Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;

Os desafios da PNRS - Objetivos

Page 74: Logística Ambiental e Reversa

- Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; - Gestão integrada de resíduos sólidos;

Os desafios da PNRS - Objetivos

Page 75: Logística Ambiental e Reversa

- Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;- Estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;

Os desafios da PNRS - Objetivos

Page 76: Logística Ambiental e Reversa

- Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;

Os desafios da PNRS - Objetivos

Page 77: Logística Ambiental e Reversa

- A coleta seletiva;- Os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;- Planos de gestão integrada;- Os acordos setoriais;- Os termos de compromisso;

Vídeo: Desafios da PNRS

Os desafios da PNRS - Instrumentos

 

Page 78: Logística Ambiental e Reversa

“Conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, para minimizar o volume dos resíduos sólidos e rejeitos, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos” (Art. 3º XVII).

Responsabilidade Compartilhada 

Page 79: Logística Ambiental e Reversa

Responsabilidade Compartilhada

FORNECEDOR (COMPONENTES E MATÉRIAS PRIMAS)

INDÚSTRIA

Resp

onsa

bilid

ade

Com

part

ilhad

a Logí

stic

a R

ever

saLo

gíst

ica

Rev

ersa

Logí

stic

a R

ever

sa

Reciclagem e

Reutilização

Retorno ao Retorno ao mercadomercado

Retorno Retorno ao ao mercadomercado

Reciclagem e

Reutilização

ACORDO SETORIALACORDO SETORIAL

CLIENTE CONSUMIDOR

 

Page 80: Logística Ambiental e Reversa

Vídeo: Responsabilidade Compartilhada - Case

Responsabilidade Compartilhada

Page 81: Logística Ambiental e Reversa

“Destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, SNVS, e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos”. Art. 3º, VII. Berço-a-berço.

Destinação final

Page 82: Logística Ambiental e Reversa

“Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólidos ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face de melhor tecnologia disponível”. Art. 3º, XVI.

Resíduos Sólidos

Page 83: Logística Ambiental e Reversa

“Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normais operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos”. Art. 3º, VIII. Berço-ao-túmulo.

Disposição final

Page 84: Logística Ambiental e Reversa

“resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”. Art. 3º, XV.

Rejeitos

Page 85: Logística Ambiental e Reversa

Eletrônicos; Lâmpadas fluorescentes; Pneus; Óleos lubrificantes e suas embalagens; Pilhas e baterias; Agrotóxicos e suas embalagens; E outras embalagens que sejam caracterizadas como resíduos que ofereçam algum perigo quanto à sua manipulação ou para quais um sistema de logística reversa seja viável sob diversos aspectos, não apenas no aspecto financeiro (Art. 33º).

Vídeo: Poluido-pagador

SLR: segmentos obrigados

Page 86: Logística Ambiental e Reversa

SLR: segmentos obrigados

Page 87: Logística Ambiental e Reversa

“Série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final;” (Art. 3º, IV). “entender, gerenciar e reduzir os impactos de consumo de recursos e no meio ambiente associados com processos, produtos e atividades”.

Análise do Ciclo de Vida do e a Logística Reversa como fator facilitador

Page 88: Logística Ambiental e Reversa

“examinar os custos associados ao produto durante toda sua vida (criação, uso e disposição final), escolher a opção para o menor custo (longo prazo) de posse, justificar a seleção de processo/equipamentos (custo total)”.

NBR ISO 14.040 – Ver ferramenta SEEbalance® para análise de socioecoeficiência - modelo (3BL) da Basf – 3BL: http://www.basf.com.br/default.asp?id=6083

Análise do Ciclo de Vida do e a Logística Reversa como fator facilitador

Page 89: Logística Ambiental e Reversa

Análise do Ciclo de Vida do e a Logística Reversa como fator facilitador

Page 90: Logística Ambiental e Reversa

Análise do Ciclo de Vida do e a Logística Reversa como fator facilitador

Page 91: Logística Ambiental e Reversa

- Pensar na Logística direta/reversa: transporte, embalagens, armazenagem;- Considerar o Ciclo de Vida do produto: uso, reparo, reaproveitamento e descarte;- Pensar no uso sustentável dos recursos em todas as fases da produção: Novo Paradigma;

Design for Environment = Design for (Manufacturing + Disassembly + Maintainability + Energy Efficiency + Recycling).

Processo de Desenvolvimento de Novos Produtos

Page 92: Logística Ambiental e Reversa

Perspectiva Estratégica da LR: Refere-se às decisões de LR no macroambiente empresarial constituído pela sociedade e comunidades locais, governos e ambiente concorrencial. Portanto, levará em consideração as características que garantirão competitividade e sustentabilidade às empresas nos eixos econômico e ambiental por meio de diversificados objetivos empresariais.

A Cadeia de Valor e a Formulação da estratégia da Logística Reversa

Page 93: Logística Ambiental e Reversa

- Recuperação de valor financeiro;- Seguimento de legislações;- Prestação de serviços aos clientes;- Mitigação dos riscos ou reforço da imagem de marca ou corporativa e demonstração de responsabilidade social.

A Cadeia de Valor e a Formulação da estratégia da Logística Reversa

Page 94: Logística Ambiental e Reversa

Envolvem o uso das principais ferramentas de logística aplicadas à logística reversa:- Localização de instalações;- Roteirização;- Gestão de estoques;- Gestão de transporte e armazenagem e etc.

A Cadeia de Valor e a Formulação da estratégia da Logística Reversa

Page 95: Logística Ambiental e Reversa

“Rastro” ou “Pegada” Ambiental de uma cadeia de suprimentos é a consequência causada ao meio ambiente por fluxos materiais (sólidos, líquidos e gasosos) e energéticos que deixam o sistema definido por ela.

Environmental Footprint

Page 96: Logística Ambiental e Reversa

Fluxos diretos, reversos e “pegada” ambiental

Emissões e efluentes

FabricaçãoDistribuição/

VarejoUso

Matériasprimas

Coleta & TriagemProcessamento

Re-usoDevoluçõesDevoluções

Reparos

Reciclagem/reutilização

Reciclagem/reutilização

“Sistema” definido pela

cadeia de suprimentos

Meio ambiente

Descarte

Meio ambiente

Emissões e efluentes

Page 97: Logística Ambiental e Reversa

Planejamento operacional da Logística Reversa

Page 98: Logística Ambiental e Reversa

Estruturando um SLR

Page 99: Logística Ambiental e Reversa

Alguns processos da logística reversa devem ser priorizados, são eles que garantirão que a entropia seja desfeita, ou minimizada, os mesmos fazem parte do plano operacional da logística reversa: - alinhamento com o planejamento estratégico da organização (eficiência X responsividade);- conhecer o mercado e o produto (resíduos: pós-consumo, pós-venda e industrial);

Estruturando um SLR

Page 100: Logística Ambiental e Reversa

- planejar a cadeia reversa (custo operacional, capacidade instalada, recursos disponíveis, infraestrutura logística, ciclo aberto ou fechado);- preparação e acondicionamento (tipos de resíduos);- coleta e transporte (roteirização e destino dos resíduos);- beneficiamento (tipos de revalorização, destino dos resíduos);

Estruturando um SLR

Page 101: Logística Ambiental e Reversa

- destinação final (incineração, plasma e aterro sanitário);- implantar sistemas/ferramentas de informação financeiras e econômicas (WMS Reverso e Contabilidade Ambiental);- mapear os processos e documentar;- viabilidade: próprio ou terceirizar?

Vídeos: Reversa Dell – CaseAnastásia - Case

Estruturando um SLR

Page 102: Logística Ambiental e Reversa

Desafios para a estruturação de um plano de preparação e acondicionamento de resíduos sólidos:o grau de incerteza de disponibilidade de insumos é maior nas cadeias reversas, em que não se pode prever, com precisão e antecedência, a quantidade de matéria-prima a ser recebida, dentro de determinado período e conforme as especificações requeridas pelo processo produtivo.

Plano de preparação e acondicionamento

Page 103: Logística Ambiental e Reversa

As variáveis que devem ser avaliadas: a) identificação das fontes de geração, quem são e onde estão os geradores de resíduos; b) caso o resíduo seja de identificação dúbia, controversa ou insegura, a coleta da amostragem deve ser prevista, e isto inclui os equipamentos de proteção individual (EPI) que deverão ser usados, os pontos de coleta de amostragem, o número e o volume das amostras, os cuidados com a preservação das amostras;

Plano de preparação e acondicionamento

Page 104: Logística Ambiental e Reversa

Além disso é necessário conhecer os processos que deram origem aos resíduos, tais cuidados visam evitar que resíduos perigosos sejam manipulados como resíduos comuns, o que pode comprometer a integridade física dos que operam a coleta e manipulam os resíduos;

Plano de preparação e acondicionamento

Page 105: Logística Ambiental e Reversa

c) classificar e categorizar os resíduos sólidos de acordos com as normas da ABNT: NBR 10004:2004 e NBR 12808:1993 (resíduos de serviços de saúde) quanto à inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, combustibilidade, biodegradabilidade e solubilidade, algumas embalagens de produtos trazem estas informações gerais, porém, nem todos os resíduos serão coletados em suas embalagens originais por isso se faz necessária a realização de testes laboratoriais.

Plano de preparação e acondicionamento

Page 106: Logística Ambiental e Reversa

Nesta fase decidir-se-á como será efetuada a segregação do resíduo, o que pode gerar valor econômico, visto que os resíduos não terão suas propriedades básicas alteradas por propriedades contaminantes de outros resíduos e também prevenirá a contaminação cruzada de produtos perigosos;

Plano de preparação e acondicionamento

Page 107: Logística Ambiental e Reversa

d) como serão acondicionados os resíduos a serem coletados, de forma que suas propriedades e características físico-químicas sejam preservadas, quais as formas de contenção que serão utilizadas para que os resíduos permaneçam seguros até que sejam dispostos finalmente. Muitas variáveis deverão ser discutidas, principalmente para os resíduos perigosos, para aqueles que expelem líquidos que possam percolar pelo solo, para os resíduos que sejam reativos a outros tipos de resíduos;

Plano de preparação e acondicionamento

Page 108: Logística Ambiental e Reversa

e) por último, para esta fase, a decisão do local apropriado para o armazenamento temporário até que a volumetria dos resíduos alcance um patamar que seja viável o transportes dos mesmos até a destinação final adequada.

Plano de preparação e acondicionamento

Page 109: Logística Ambiental e Reversa

Se a coleta não for realizada de forma eficaz, a viabilidade de todo o processo pode ficar comprometida, pois será em função da qualidade do material coletado que os custos da operação poderão ser minimizados ou exponenciados.

Plano de coleta e transporte

Page 110: Logística Ambiental e Reversa

São os processos de coleta e transporte que asseguram que os resíduos sólidos sejam devolvidos adequadamente para o ciclo produtivo de onde foram originados ou para outros ciclos produtivos, quando for viável econômica e tecnologicamente, a observância às leis e resoluções dos órgãos da defesa do meio ambiente ou da vigilância sanitária é imprescindível para garantir que a operação não cause danos à saúde dos profissionais envolvidos, nem ao meio ambiente e à imagem da empresa.

Plano de coleta e transporte

Page 111: Logística Ambiental e Reversa

Três decisões cruciais se apresentam quando da estruturação deste plano: - quantificação do resíduo no gerador, que é a base para o planejamento da rotina de coleta, visto que a equação geração de resíduos versus capacidade de armazenamento deverá ter uma solução ótima;

Plano de coleta e transporte

Page 112: Logística Ambiental e Reversa

- definição dos receptores, com a devida identificação de quais estão aptos a atender aos objetivos do gerador, tanto do ponto de vista legal, se atendem às exigências dos órgãos fiscalizadores ambientais e de vigilância sanitária, bem como, se a capacidade do receptor em processar os resíduos é compatível com a volumetria gerada no período;

Plano de coleta e transporte

Page 113: Logística Ambiental e Reversa

- definição dos transportadores, o que levará em conta a consolidação entre o fluxo de geração dos resíduos, a capacidade de processamento do receptor e a capacidade de carga do transportador, o que demandará decisões que envolvem volumetria a ser coletada e intervalo de realização destas coletas.

Plano de coleta e transporte

Page 114: Logística Ambiental e Reversa

O objetivo deste plano é estabelecer um programa de pré-tratamento e tratamento dos resíduos, por meio do qual diversas transformações físicas nas características destes resíduos serão efetuadas, objetivando a recuperação de valor na comercialização daqueles que serão reutilizados em algum processo produtivo ou dos que sofrerão disposição final.

Plano de beneficiamento

Page 115: Logística Ambiental e Reversa

Algumas atividades estão diretamente ligadas a este macroprocesso: - tratamento adequado de cada tipo de resíduo (alguns resíduos trazem consigo grande quantidade de materiais nobres, que devem ser separados para serem encaminhados para um ciclo produtivo com um valor agregado diferenciado); - recepção do resíduo;

Plano de beneficiamento

Page 116: Logística Ambiental e Reversa

- avaliação e separação dos materiais, por tipo de material e pela condição de aproveitamento nos quais se encontram (estes processos devem ser efetuados nos Centros de Triagem); - limpeza, quando requerido; - moagem, para redução volumétrica ou para facilitação da manipulação dos materiais; - compactação, quando o tipo de processo ou material requerer;

Plano de beneficiamento

Page 117: Logística Ambiental e Reversa

- desmanche, quando o tipo de material permitir;- o beneficiamento propriamente dito que pode ser: reparo, recondicionamento, renovação, remanufatura, reciclagem industrial e a descontaminação; Alguns resíduos podem sofrer processo de incineração ou serem coprocessados em fornos clínquer, para serem utilizados como insumos para as indústrias de cimento, que é uma alternativa proporcionada pela logística reversa.

Plano de beneficiamento

Page 118: Logística Ambiental e Reversa

Os resíduos podem ser doados, estimulando o seu reuso por diferentes usuários e com a extensão do ciclo de vida dos mesmos; Alguns outros após terem sido beneficiados podem retornar ao mercado com aumento do seu tempo de vida, reduzindo a geração de resíduos, este é um dos objetivos da PNRS, estimular a reutilização de bens que perderam o uso, mas não perderam as propriedades originais que lhes permitem ser utilizados em mercados primários ou secundários;

Plano de destinação final dos materiais

Page 119: Logística Ambiental e Reversa

Ou podem receber a disposição final, quando não há viabilidade de beneficiamento e nem de transformação, a PNRS prevê a extinção dos aterros públicos, ditos lixões, em 02 de agosto de 2014, data em que a lei completa 04 (quatro) anos de sanção pelo executivo federal.

Plano de destinação final dos materiais

Page 120: Logística Ambiental e Reversa

A exigência da lei é a disposição final seja ambientalmente adequada, com recuperação de energia (sem emissão de gases nocivos e, se houver, deverão receber o devido tratamento para geração de energia limpa) e sem agressões ao meio ambiente quando da decomposição dos rejeitos.

Plano de destinação final dos materiais

Page 121: Logística Ambiental e Reversa

Diversos tratamentos físico-químicos podem ser aplicados nas tratativas destes rejeitos: diluição, filtração, coagulação, floculação, sedimentação, oxidação direta, evaporação direta troca iônica ou osmose.

Plano de destinação final dos materiais

Page 122: Logística Ambiental e Reversa

Download de livro de LR grátis

Page 123: Logística Ambiental e Reversa

Contatos

Jocelenilton Gomes (LinkedIn/Facebook) [email protected]@hotmail.com(81) 9.8491.1755 e 9.9648-7130 (WhatsApp)