Paulo Freire

19
Paulo Freire

Transcript of Paulo Freire

Page 1: Paulo Freire

Paulo Freire

Page 2: Paulo Freire

Psicologia Educacional e da Aprendizagem Alunos: Flavio Felix Leidilene dos Reis Sandra Caroline Ferreira Raphael A. M. de Oliveira

Page 3: Paulo Freire

“Ninguém nasce feito, é experimentando-nos no mundo que nós nos fazemos”Paulo Freire

Page 4: Paulo Freire

Vida Paulo Régis Neves Freire nasceu aos 19 de setembro de 1921 em Recife,

Pernambuco. Seu pai era tenente da policia militar de Pernambuco e sua mãe dona de casa. Se referindo à relação de seus pais Paulo Freire dizia: “Eu aprendi o amor e a tolerância com meus pais”. Além de Paulo sua família era composta por seus três irmãos, seu pais, sua avó materna que tinha outro filho, o qual era comerciante no Rio de Janeiro e lhes mandava dinheiro para ajudar na renda da família. Com o capitalismo da bolsa de Nova Iorque, em 1930 seu tio vai à falência. Então a família acha que indo para Jaboatão teria maiores oportunidades.

Em Jaboatão, quando Paulo tinha 13 anos, seu pai morre. Nessa época, após ser alfabetizado por sua mãe, fez o “primário” numa escola particular, que se chamava “Escola Eunice Vasconcelos”. Ele fez o primeiro ano secundário no colégio 14 de Julho que não tinha licenciamento pra funcionar, pois neste tempo eram poucas as escolas secundárias oficiais em Jaboatão e as que existiam não tinha qualidade de nível particular.

Page 5: Paulo Freire

Ao termino desse primeiro ano, sua mãe não teve mais condição de financiar seu estudo particular. Ele tinha já 16 anos e estava atrasado em seus estudos em função das dificuldades financeiras que sua família se encontrava.

Sua mãe tentava encontrar outros colégios em que o filho pudesse estudar, mas não tinha êxito. Depois de muitas tentativas, enfim ela consegue uma vaga gratuita para Paulo no colégio “Osvaldo Cruz” que faz o segundo ano de ginásio.

O primeiro trabalho de Paulo foi nesse mesmo colégio “Osvaldo Cruz”, onde ajudava o inspetor de alunos.

Cinco anos depois se torna professor do mesmo colégio. Mais tarde cursando a faculdade de Direito passa a lecionar em outros estabelecimentos. Paulo Freire cursou direito entre 1943 ate 1947 e defendeu somente uma causa. Preferiu seguir carreira no magistério. Foi convidado para trabalhar no SESI onde entra em contato com a alfabetização de adultos. Desenvolve suas ideias pedagógicas através da observação da cultura dos alunos – destacando atenção para o uso da linguagem –trazia também o papel elitista da escola.

Em 1958 participa de um congresso na cidade do Rio de janeiro onde apresenta seu importante trabalho sobre educação e os princípios de alfabetização.

Page 6: Paulo Freire

No ano de 1963, em Angicos (RN) passa a chefiar um programa de alfabetização no qual abrangeu 300 pessoas no período de um mês. Um ano depois quando estava em Brasília, coordenando o Plano Nacional de Alfabetização do presidente João Goulart é surpreendido pelo golpe militar. Como para ele a alfabetização precisa estar relacionada ao cotidiano e dessa maneira o adulto precisa conhecer sua realidade para inserir-se na vida social e politica de maneira critica, seu método foi considerado uma ameaça à ordem, para os militares. Antes de ser exilado, Freire passa 70 dias na prisão. Em 1968, quando estava no Chile, ele escreve seu livro mais conhecido Pedagogia do Oprimido. Durante esse período leciona nos Estados Unidos e na Suíça .Na África organiza planos de alfabetização. Em 1979 com a anistia volta para o Brasil e integra-se à vida universitária, filia-

se ao Partido dos Trabalhadores e no período de 1989 a 1991 em São Paulo foi secretário Municipal de educação.

 Freire se casou duas vezes e dessas uniões teve cinco filhos. Recebeu a nomeação de doutor honoris causa de 28 universidades em vários países.

Publicou em média de 15 obras e algumas delas foram traduzidas em mais de 20 idiomas. Paulo Freire morreu na cidade de São Paulo na data de 02/07 em 1997, de enfarto.

Em 13 de abril de 2012 foi sancionada a lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira

Page 7: Paulo Freire

Obra Paulo Freire é um dos nomes mais notáveis na Pedagogia mundial. A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando

Autor de Pedagogia do Oprimido, livro que propõe um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.

Page 8: Paulo Freire

1959: Educação e atualidade brasileira. Recife: Universidade Federal do Recife, 139p. (tese de concurso público para a cadeira de História e Filosofia da Educação de Belas Artes de Pernambuco).

Paulo Freire. A propósito de uma administração. Imprensa Universitária; 1961. 1963: Alfabetização e conscientização. Porto Alegre: Editora Emma. Paulo Freire. Educação como prática da liberdade. Paz e Terra; 2000. 

ISBN 978-85-219-0109-9 Paulo Freire; Raul Veloso; Luís Fiori. Educação e conscientização: extensionismo

rural. CIDOC; 1968. Paulo Freire. Extensão ou comunicação?. Paz e Terra; 2001. 

ISBN 978-85-219-0427-4. Paulo Freire. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Paz e Terra; 2007. 

ISBN 978-85-7753-023-6. Paulo Freire. Cartas a Guine-Bissau: registros de uma experiencia em processo.

Paz e Terra; 1984. Paulo Freire. Os cristãos e a libertação dos oprimidos. Edições Base; 1978 Paulo Freire; Donaldo Pereira Macedo. 

Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Paz e Terra; 1990 Paulo Freire, A Educação na cidade. Cortez Editora; 1991.

Page 9: Paulo Freire

1979: Consciência e história: a práxis educativa de Paulo Freire (antologia). São Paulo: Loyola. 1979: Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 112 p. 1979: Multinacionais e trabalhadores no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 226 p. 1980: Quatro cartas aos animadores e às animadoras culturais. República de São Tomé e

Príncipe: Ministério da Educação e Desportos, São Tomé. 1980: Conscientização: teoria e prática da libertação; uma introdução ao pensamento de Paulo

Freire. São Paulo: Moraes, 102 p. 1981: Ideologia e educação: reflexões sobre a não neutralidade da educação. Rio de Janeiro:

Paz e Terra. 1982: Sobre educação (Diálogos), Vol. 1. Rio de Janeiro: Paz e Terra ( 3 ed., 1984), 132 p.

(Educação e comunicação, 9). Paulo Freire; Antonio Faundez. Por uma pedagogia da pergunta. Paz e Terra; 2002 Paulo Freire; Adriano Nogueira; Débora Mazza. Fazer escola conhecendo a vida. Papirus; 1986 Paulo Freire; Sérgio Guimarães. Aprendendo com a própria história. Editora Paz e Terra; 2000. 

ISBN 978-85-219-0371-0 Paulo Freire; Adriano Nogueira; Debora Maza. 

Na escola que fazemos: uma reflexão interdisciplinar em educação popular. Edit. Vozes Ltda.; 1990. ISBN 978-85-326-0237-4.

Paulo Freire; Adriano Nogueira. Que fazer: teoria e prática em educação popular. Vozes; 1989. Paulo Freire. Paulo Freire conversando con educadores. Ed. Roca Viva; 1990.

Page 10: Paulo Freire

Paulo Freire, A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. Cortez; 2008 Paulo Freire. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Paz e Terra; 1997. 

ISBN 978-85-219-0010-8. Paulo Freire, Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. Olho d'Água; 2008 Paulo Freire, Política e educação: ensaios. Cortez Editora; 1993. Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire, Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis, 2003,

Editora UNESP, ISBN 978-85-7139-483-4 Paulo Freire, Frei Betto, Essa escola chamada vida,1994, Ed. Ática, ISBN 978-85-08-02764-4 Myles Horton; Paulo Freire; Brenda Bell. 

O caminho se faz caminhando: conversas sobre educação e mudança social. Vozes; 2003. ISBN 978-85-326-2815-2.

Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire, À sombra desta mangueira, Olho d'Agua. 1995, ISBN 978-85-85428-15-0.

Paulo Freire, Sérgio Guimarães, Moacir Gadotti, Pedagogia: diálogo e conflito,1986, Cortez Editora Autores Associados

Paulo Freire, Ira Schor, Medo e ousadia: o cotidiano do professor, 1997, Paz e Terra Paulo Freire, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa,2009, Paz e Terra, 

ISBN 978-85-7753-015-1, Ver artigo Pedagogia da Autonomia Paulo Freire, Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos , 2000, Editora Unesp, 

ISBN 978-85-7139-291-5 Paulo Freire, Sérgio Guimarães, A África ensinando a gente: Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe,

2003, Paz e Terra, ISBN 978-85-219-0646-9

Page 11: Paulo Freire

MétodoO método de Paulo Freire, está estruturado em três etapas:

1) Etapa de Investigação: aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. 

2) Etapa de Tematização: aqui eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. 

3) Etapa de Problematização: aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.

Page 12: Paulo Freire

“Em seu livro Educação como Prática da Liberdade, Freire propõe a execução prática do Método em cinco fases, a saber:

1ª fase: Levantamento do universo vocabular dos grupos com quem se trabalhará. Essa fase se constitui num importante momento de pesquisa e conhecimento do grupo, aproximando educador e educando numa relação mais informal e portanto mais carregada de sentimentos e emoções. É igualmente importante a anotação das palavras da linguagem dos componentes do grupo, dos seus falares típicos. 2ª fase: Escolha das palavras selecionadas do universo vocabular pesquisado. Esta escolha deverá ser feita sob os critérios: a) da sua riqueza fonética; b) das dificuldades fonéticas, numa seqüência gradativa das menores para as maiores dificuldades; c) do teor pragmático da palavra, ou seja, na pluralidade de engajamento da palavra numa dada realidade social, cultural, política etc.confeccionado na forma de slides, stripp-filmes (fotograma) ou cartazes.

Page 13: Paulo Freire

3ª fase: Criação de situações existenciais típicas do grupo com quem se vai trabalhar. São situações desafiadoras, codificadas e carregadas dos elementos que serão decodificados pelo grupo com a mediação do educador. São situações locais que, discutidas, abrem perspectivas para a análise de problemas locais, regionais e nacionais.

4ª fase: Elaboração de fichas-roteiro que auxiliem os coordenadores de debate no seu trabalho. São fichas que deverão servir como subsídios, mas sem uma prescrição rígida a seguir.

5ª fase: Elaboração de fichas para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes aos vocábulos geradores. Esse material poderá ser confeccionado na forma de slides, stripp-filmes (fotograma) ou cartazes.” (PROJETO MEMÓRIA, acesso em 09 de abr de 2015)

Page 14: Paulo Freire

Instituto Paulo Freire “O Instituto Paulo Freire (IPF) surgiu a partir de uma idéia do próprio

Paulo Freire (1921-1997) no dia 12 de abril de 1991. Ele desejava reunir pessoas e instituições que, movidas pelos mesmos

sonhos de uma educação humanizadora e transformadora, pudessem aprofundar suas reflexões, melhorar suas práticas e se fortalecer na luta pela construção de “um outro mundo possível”. Por sua importância nacional e internacional, Paulo Freire foi declarado patrono da educação brasileira em 2012.

Page 15: Paulo Freire

Desde a criação do IPF, Paulo Freire acompanhou todos os momentos dessa história: apresentou nomes, participou da definição do Estatuto e da linha básica de atuação do instituto e, após sua fundação oficial, em setembro de 1992, tomou parte nas principais decisões e sempre ofereceu suas valiosas e esclarecedoras reflexões sobre os projetos desenvolvidos.

Em 6 de março de 2009, o Ministério da Justiça do Brasil concedeu ao IPF o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), consolidando a sua possibilidade institucional de trabalhar com programas e projetos sociais, culturais, ambientais e educacionais, por meio de parcerias com diferentes instituições governamentais.

Atualmente, considerando-se Cátedras, Institutos Paulo Freire pelo mundo e o Conselho Internacional de Assessores, o IPF constitui-se numa rede internacional que possui membros distribuídos em mais de 90 países em todos os continentes, com o objetivo principal de dar continuidade e reinventar o legado de Paulo Freire.” ( INSTITUTO PAULO FREIRE acesso em 09 de abr de 2015)

Page 16: Paulo Freire

O objetivo do IPF é:

“Desenvolver projetos de assessoria, consultoria, pesquisas, formação (presencial e a distância) inicial e educação continuada, orientados pelas dimensões socioambiental e intertranscultural, constituindo três áreas de atuação: Educação de Adultos, Educação Cidadã e Educação Popular. Nossas ações fundamentam-se nos princípios da horizontalidade e do trabalho coletivo, utilizando metodologia essencialmente dialógica, inclusiva, respeitosa da diversidade, das diferenças e das semelhanças entre as culturas e os povos, fundada no incentivo à auto-organização e à autodeterminação.

O Instituto Paulo Freire mantém a Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, a Casa da Cidadania Planetária, a Universitas Paulo Freire (UniFreire) e o Centro de Referência Paulo Freire, com bibliotecas que pertenceram a Paulo Freire e inúmeros registros audiovisuais, manuscritos e documentos, disponíveis para estudos e pesquisas.” ( INSTITUTO PAULO FREIRE acesso em 09 de abr de 2015)

Page 17: Paulo Freire

Paulo Freire, foi um grande mentor na área de educação, seu trabalho foi reconhecido diversas vezes e teve seus livros publicados em vários países do mundo. Com isso reconhece-lo como patrono da educação no Brasil é o mínimo que se pode fazer em sua memória , vista a imensa contribuição que dele como pensador e educador . A influencia e a vivencia de sua obra ainda precisam ser colocadas em pratica , porem ,a grandeza e riqueza que traz faz com que sua incorporação seja ainda lenta e em alguns casos não se faz por vantagem da classe dominante não incorpora-la devido aos interesses culturais e sociais na metodologia arcaica que ainda predomina na educação . Paulo Freire merece o nosso respeito e admiração , mas não só isso mas também a nossa vivencia das teorias que ele traz com excelência.

Page 18: Paulo Freire

“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.”

Paulo Freire

Page 19: Paulo Freire

Referencias

FERRARI, Marcio, Nova Escola.Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência. 2008. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml?page=3> Acesso em: 11 abr. 2015 FREIRE, Ana Maria de Araújo.Paulo Freire: sua vida sua obra. Disponível em: <http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/educacaoemrevista/article/view/663/546> Acesso em: 11 abr. 2015

PAULO FREIRE. Instituto Paulo Freire. Disponível em: http://www.paulofreire.org/. Acesso em 06. abr. 2015

PROJETO MEMORIA. Paulo Freire. Disponível em: http://www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/index.jsp. Acesso em: 06 abr. 2015