7/29/2019 El Dramaturgo de Los Olvidados - Entrevista a Juan Radrigan

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E l d r a m a t u r g o d e Los olvidados: E n t r e v i s t a c o n J u a nR a d r i g n

Pedro Bravo-Elizondo

En 1982, e l C rcu lo de Cr t icos de l Arte de Sant iago , o torga e l p remio de lm e j o r d r a m a t u r g o d e l a o a J u a n R a d r i g n q u i e n d a a c o n o c e r s us p r i m e r a sobras a f ines de la dcada de l 70 . Al es ta r en Sant iago , a comienzos de l 82 meadv ie r t en "no debes de j a r de ve r Hechos consumados d e R a d r i g n . " C o n v e r s a rcon e l au to r , 45 aos , med iana e s t a tu ra , voz suave , s imp le y amab le , norep resen ta una od i sea como ocu r re en o t ro s casos . Nues t ra conve rsac in t i eneluga r en su casa en l a Aven ida La Paz , ba r r io ce rcano a l Cemen te r io y a l aVega . D i spone de t i empo pues e s t cesan te desde 1973 . Era ob re ro t ex t i l . A lmor i r su pad reRadr ign t i ene s lo se i s aosempieza una l a rga ex i s t enc i ade p ro fes iones o "pegas" que van desde e l hace r ca jones en l a Vega , a p in to r ,ca rp in t e ro , desabo l l ado r , ob re ro t ex t i l y l i b re ro . Su fo rmac in e s au tod idac t a .La inc l inac in a l a l i t e ra tu ra p rov iene de mucho t i empo a t r s . E l t ea t ro comofo rma de exp res in l e pa rec i l a ms a ju s t ada a l momen to , l o ms d i rec to .En 1960 , en e l p r imer nmero de l a rev i s t a Quodrn, que d i r ig i o t rod r a m a t u r g o a c t u a l , L u i s R i v a n o , a p a r e c e u n c u e n t o s u y o , " E l n a c i m i e n t o d e lmiedo ." En l ya e s t p re sen te e l mo t ivo que desa r ro l l a r en su p roducc indramt ica a contar de 1979: la v ida de los seres humi ldes , de los o lv idados , ysu lucha cont ra la miser ia tan to mater ia l como esp i r i tua l . Los pobres , sos t ieneRadr ign , s i empre e s t n so los , " como e l c i e lo , l a p i edad y l o s pe r ros . " Yquien mejor que l lo sabe . Radrign es a los pobres lo que Egon Wolff,Vodanov ic , Cuad ra , son a l a bu rgues a y c l a se med ia ch i l enas en l ad rama tu rg i a nac iona l . Todos e l l o s son f i e l e s a l med io que rep resen tan .C ua nd o se conve rsa con l , su s obse rvac iones l as p l an t ea com o d i s t anc i adoy a jeno a la rea l idad que v ive l mismo. A a lgunos comentar i s tas les hal l amado l a a t enc in que todas sus ob ras e s t n ambien tadas en luga resmise rab l e s . Rad r ign rep l i ca , "V ic io s y v i r t udes son lo s mi smos en t re r i cos ypobres , pe ro e s t n ms n t i dos y pu ros en t re l o s pob res . " "La d ign idadpieza fundamen ta l de Hechos consumadosen e l pob re , con t ina Radr ign , e s t ms pura y ms pr s t ina , en e l sen t ido de pr imi t ivo y c laro . El los no t ienen los

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62 LATIN AMERICAN THEATRE REVIEWprob lemas de incomunicac in n i todo eso . E l los t i enen e l p rob lema de lh a m b r e . "

E l l e c t o r a v i s a d o e n t e n d e r q u e l a p o b r e z a , t e m a d e R a d r i g n , n o e s u n acreac in de los l t imos aos en Chi le , pe ro como lo expresa uno de losper sona jes en El invitado, cuando aparec i s te " los (nos ) ech de toas par tes :p r imero de l a casa encacha que ten amos cuando yo e ra desabo l lador , de l ar o p a q u e u s a m o s , d e l a c a l l e , d e l a c o m a . " E l " i n v i t a d o , " p e r s o n a j e q u e n oaparece en escena , s e in t rodu jo en sus casas y en sus v idas , apoderndoselentamente no slo del espacio vi ta l , s ino de sus exis tencias .V o l v a m o s a n u e s t r a e n t r e v i s t a . R a d r i g n e s p o e t a p o r i n c l i n a c i n , p e r od r a m a t u r g o p o r l a n e c e s i d a d d e e x p r e s a r s u s p e n s a m i e n t o s . A d e m s , e n e lChi le que l e co r responde v iv i r , pa ra pub l ica r hay que somete r e l manuscr i to auna en t idad o f ic ia l , l a cua l au to r iza r o no su pub l icac in . E l t ea t ro norequiere ta les exigencias . Y l t iene a lgo que decir , como que s iente laneces idad de e l lo . Pero huye "a todo cabal lo de lo panf le tr io , pues s te es dem o m e n t o n a d a m s . " S u e x p e r i e n c i a t e a t r a l s o n l a s l e c t u r a s . P i e n s a q u e s ih u b i e s e e s t u d i a d o t e a t r o f o r m a l m e n t e , " s e r a m s a n a l t i c o y d e m a g o g o . "Advier to s que de las funciones a las que as is t en Sant iago, encontr aRadr ign en ms de una de e l l as . En dos aos ha esc r i to ocho obras . En 1979es t ren Testimonios sobre la muerte de Sabrina, e n S a n t i a g o . E n V a l d i v i a , El loco yla triste; l u e g o Las brutas e n V a l p a r a s o y e n S a n t i a g o n u e v a m e n t e u n e p i s o d i oen Viva Somoza! d e G u s t a v o M e z a . E n 1 9 8 1 , Redoble fnebre para lobos y corderosque cons ta de dos monlogos y un d i logo . Es ta obra comple t ms de un aoen car te le ra y s e r epresen t en pob lac iones y en t idades obre ras de l a cap i ta l .Hechos consumados se es t r ena en sep t iembre de 1981 y con t ina has ta 1982 . Enm a r z o d e e s e a o n o s d i c e q u e t i e n e d o s o b r a s y a " t r a b a j a d a s , " Informe paraindiferentes y El toro por las astas.Para sus obras no neces i t a inves t igar . Conoce demas iado b ien losprob lemas que p lan tea . A l con t ra r io de lo que les ocur re a l a mayor a de losd r a m a t u r g o s c o n s u p r i m e r a o b r a , a R a d r i g n l e r e s u l t f c i l e n c o n t r a r u ngrupo que se in te resa ra por Testimonios . . . El t e a tr o d e " E l n g e l , " co n A n aG o n z l e z y A r n a l d o B e r r o s f u e ro n l os e n c a r g a d o s d e r e p r e s e n t a r l a .Una de las caracter s t icas de su teat ro es la s impl ic idad o cas i inexis tenciade la escenograf a . Todo es t en e l l ibreto y en los personajes , asegura . Losac to res deben apor ta r l a ca rac te r izac in . N i s iqu ie ra maqui l l a je admi te . EnHechos consumados hubo que hacer una excepc in , pues una de l as ac t r i ces e rar u b i a y m u y l l a m a t i v a p a r a n o d e c i r h e r m o s a y d e b a d e s e m p e a r e l p a p e ld e u n a v a g a b u n d a . H u b o q u e " a f e a r l a " p o r n e c e s i d a d e s c n i c a , t a p a r l e s ube l leza .A n t e e s t e t e a t r o " p o b r e , " d i r e c t o , l a c r e a c i n c o l e c t i v a n o c o n v e n c e aRadr ign , pues s ta s lo busca en t re tener , ca rece de s mbolos y s e observa l afa l t a de un h i lo conduc to r . Todo conduce a una ac t i tud evas iva en e l pb l icoen que la r e f lex in desaparece . Cada au to r apor ta lo que a l aud i to r io l e va agus ta r . Anotemos que l pa r t i c ip en una de l as p iezas de Viva Somoza!Alguna exper ienc ia t i ene a l r espec to .E l t ea t ro de Radr ign se p resen ta de p re fe renc ia en l as pob lac iones . Es tepbl ico las recibe bien, en par te por representar sus exis tencias , lo cual nosadv ie r te r ep resen ta un pe l ig ro para l . De a l l a l panf le to hay una d i s tanc ia

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FALL 1983 63muy cor ta . Despus de la representac in , se in ic ia e l foro y la d i scusin de laob ra . Op inan , exp resan op in iones , r eacc ionan . Rad r ign y su g rupo pe r fec c ionan su prc t ica , buscan esa re lac in perd ida de l tea t ro con su publ ico .Genera lmen te , e se pub l i co no se s i en t e a l a rmado an t e l a t em t i ca o a sun to ,pues segn e l los , l a rea l idad sobrepasa sus per ipec ias personales de ex is t i r .Pese a sus ins inuaciones , Radrign no es t d i spuesto a dar les en e l gus to , deincorporar sus ideas a las obras .Le p ido que ampl e su in formacin sobre e l t ea t ro que ex is te en laspob lac iones y a l cua l l a s i s t e regu la rmen te . Obse rva un aumen to no tab l e enes te t ea t ro popu la r , a con ta r de 1976 . Se j u n t an unos ve in t e pob lado res yp romueven su t ea t ro , con su pun to de v i s t a . In t en t an mos t ra r e sa rea l idad quelos go lpea d a t ras d a . Cuando las obras ya es tn armadas , en tonces so l ic i tanayuda de mon i to re s . E l Ta l l e r 666 p romov i un Fes t iva l de Tea t ro Pob lac io -na l en 1981 y e l Cent ro de Indagacin y Expres in Cul tura l y Art s t ica( C E N E C A ) , o t r o . C u a n d o e s t r e n a n u n a o b r a , l a Po b l a c i n L a L e g u a , p o re jemplo , acude con su " inchada" y s i es un fes t iva l , se observan unos a o t rossu t ea t ro , y a segu ran a l mi smo t i empo un pb l i co .Radr ign y su g rupo E l Te ln t en an una sa l a en e l rea me t ropo l i t ana deSan t i ago , l a cua l deb ie ron abandonar po r razones econmicas . E l g rupo sefo rm con dos ac to res con e s tud ios un ive rs i t a r io s y o t ro s a "eque ." Todosexcelen tes , de a l ta ca l idad , y la c r t i ca lo ha reconocido as . Tienen un sen t idode convivencia y madurez tea t ra l , t an d i f c i l de lograr en es tos momentos , enq u e l a g e n t e a n d a c o m o e x a s p e r a d a , c o m e n t a R a d r i g n . Pa r a s o b r e v i v i r ,hacen t ea t ro e s tud i an t i l , que p resen tan du ran te e l p r imer pe r odo e sco la r , dem arz o a j u l i o , con ob ras que con tem pla el p ro g ra m a de e s tud ios secund ar io s .Cons iguen una sa l a y a l l s e p re sen tan pa ra unos qu in i en tos e s tud i an t e s dedi feren tes escuelas de la cap i ta l . Para 1982 prepararon El Burlador de Sevilla,Fuenteouejuna y a lgunos cap tu los de El Quijote.Nues t ra conve rsac in de r iva hac i a l o s p rob lemas de l d rama tu rgo ac tua l enChi le . La fa l ta de sa las es lo fundamenta l . Es t renar es ta rea ms que d i f c i l .Cada g rupo cu ida su sa l a y p re sen ta aque l lo que a segu re su supe rv ivenc i a .Pre f i e ren man tene rse con una o dos ob ras a l ao y no a r r i e sga r ob ras dedesconoc idos . A l i nqu i r i r sob re nuevos au to res , no t rep ida en menc iona r aGregory Cohen , e s tud i an t e un ive rs i t a r io , "uno de l o s ms in t e re san te s ycapaces" de l a nueva gene rac in . Con lo s recu rsos necesa r io s "pod r a ba r re rc o n l o s d r a m a t u r g o s a c t u a l e s . " T e n d r a s , a s e g u r a R a d r i g n , q u e d e s l i g a r s ede la temt ica d i r ig ida a l pbl ico univers i ta r io en t re los cua les ha es t renadosus dos ob ras , Lily, yo te quiero y Adivina la comedia.Su s p l a n e s p a r a e l f u t u r o c o n t e m p l a n l a i d e a d e l " c a r r o m a t o . " C o m p r a run vehcu lo usado y la rgarse a recorrer Chi le , sa l i r a los pa ses c i rcundantes ,con un baga j e de unas c inco ob ras . Pa rec i e ra que Radr ign con su t ea t roqu ie re i nqu ie t a r a aque l lo s que en Amr i ca La t ina han hecho , segn suspa l ab ras , "una indus t r i a de l a i n ju s t i c i a . "Wichita State University