Artigo 1

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Análise do Uso de Vigas Transversinas em Pontes de Concreto Armado João Paulo Teixeira Oliveira Rodrigues Fulgêncio 1 , Fernando Amorim de Paula 2 , Crysthian Purcino Bernardes Azevedo 3 1 Adonai Engenharia / UFMG / joaopaulo.fulgê[email protected] 2 UFMG / Departamento de Estruturas / [email protected] 3 Adonai Engenharia / UFMG / [email protected] Resumo O emprego de vigas longarinas pré-moldadas em pontes de concreto armado muitas vezes requer o uso de vigas transversinas para realizar a ligação das mesmas. Tais transversinas demandam um relevante esforço para sua execução, pois geralmente são concretadas in loco. Nos últimos anos vem sendo prática cada vez mais usual a execução de tabuleiros de pontes em concreto armado sem a presença de vigas transversinas. Na etapa de projeto, deve-se levar em conta qual a vantagem de se utilizar tais vigas no que diz respeito à deformação da estrutura, no acréscimo de solicitações nas longarinas, na distribuição dos esforços no tabuleiro, na fase executiva e no custo final gerado. O objetivo deste presente trabalho é comparar a distribuição de esforços e valores de deformações em uma ponte rodoviária de concreto armado ora com o emprego ora sem o emprego de vigas transversinas no travamento da estrutura. Palavras-chave Pontes; transversinas; esforços e deformações. 1 - Introdução Nos dias atuais, a utilização de vigas transversinas varia cada vez mais de projetista para projetista. Alguns afirmam que o uso destas vigas diminui os valores das deformações na ponte, porém outros pensam justamente o contrário. Com o intuito de ajudar a comunidade profissional e acadêmica da Engenharia Estrutural, este presente estudo visa desenvolver uma análise da utilização de tais vigas transversinas em projetos de pontes em concreto armado. O modelo estrutural analisado foi uma ponte rodoviária em concreto armado situada na região metropolitana da cidade de Belo Horizonte ora possuindo vigas transversinas ora não as possuindo. Para que a comparação fosse imparcial foram consideradas as mesmas cargas e hipóteses de cálculo para as situações propostas. Ao final do trabalho foram comparados os valores das deformações e dos esforços nas situações propostas. O programa de cálculo estrutural utilizado neste estudo foi o SAP 2000 com o auxílio do seu modo específico para pontes, Bridge. Tal programa é bastante utilizado tanto no meio acadêmico quanto no meio profissional da Engenharia Estrutural. Ele permite analisar de modo quantitativo e qualitativo os esforços solicitantes e as deformações de qualquer tipo de estrutura.

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Utilização de transversinas

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  • Anlise do Uso de Vigas Transversinas em Pontes de Concreto Armado Joo Paulo Teixeira Oliveira Rodrigues Fulgncio

    1, Fernando Amorim de Paula

    2,

    Crysthian Purcino Bernardes Azevedo3

    1 Adonai Engenharia / UFMG / [email protected]

    2 UFMG / Departamento de Estruturas / [email protected]

    3 Adonai Engenharia / UFMG / [email protected]

    Resumo

    O emprego de vigas longarinas pr-moldadas em pontes de concreto armado muitas vezes

    requer o uso de vigas transversinas para realizar a ligao das mesmas. Tais transversinas

    demandam um relevante esforo para sua execuo, pois geralmente so concretadas in loco.

    Nos ltimos anos vem sendo prtica cada vez mais usual a execuo de tabuleiros de pontes

    em concreto armado sem a presena de vigas transversinas. Na etapa de projeto, deve-se levar

    em conta qual a vantagem de se utilizar tais vigas no que diz respeito deformao da

    estrutura, no acrscimo de solicitaes nas longarinas, na distribuio dos esforos no

    tabuleiro, na fase executiva e no custo final gerado. O objetivo deste presente trabalho

    comparar a distribuio de esforos e valores de deformaes em uma ponte rodoviria de

    concreto armado ora com o emprego ora sem o emprego de vigas transversinas no travamento

    da estrutura.

    Palavras-chave

    Pontes; transversinas; esforos e deformaes.

    1 - Introduo

    Nos dias atuais, a utilizao de vigas transversinas varia cada vez mais de projetista para

    projetista. Alguns afirmam que o uso destas vigas diminui os valores das deformaes na

    ponte, porm outros pensam justamente o contrrio. Com o intuito de ajudar a comunidade

    profissional e acadmica da Engenharia Estrutural, este presente estudo visa desenvolver uma

    anlise da utilizao de tais vigas transversinas em projetos de pontes em concreto armado.

    O modelo estrutural analisado foi uma ponte rodoviria em concreto armado situada na regio

    metropolitana da cidade de Belo Horizonte ora possuindo vigas transversinas ora no as

    possuindo. Para que a comparao fosse imparcial foram consideradas as mesmas cargas e

    hipteses de clculo para as situaes propostas. Ao final do trabalho foram comparados os

    valores das deformaes e dos esforos nas situaes propostas.

    O programa de clculo estrutural utilizado neste estudo foi o SAP 2000 com o auxlio do seu

    modo especfico para pontes, Bridge. Tal programa bastante utilizado tanto no meio

    acadmico quanto no meio profissional da Engenharia Estrutural. Ele permite analisar de

    modo quantitativo e qualitativo os esforos solicitantes e as deformaes de qualquer tipo de

    estrutura.

    mailto:[email protected]
  • 2 - Objetivos

    O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver um estudo comparativo dos valores das

    deformaes em uma ponte rodoviria de concreto armado com e sem o uso de vigas

    transversinas servindo de travamento das vigas longarinas. A anlise foi feita utilizando o

    programa SAP 2000, com o auxlio do seu modo especfico para pontes, Bridge. Tal programa

    largamente utilizado no mercado de trabalho e no meio acadmico da Engenharia Estrutural.

    Os resultados obtidos pelos clculos com e sem o uso de vigas transversinas foram

    comparados e analisados ao final deste estudo.

    Esperou-se tambm obter concluses a respeito dos valores dos esforos solicitantes atuantes

    nas situaes de clculo realizadas. Atravs da anlise estrutural proposta, esperou-se obter

    concluses que auxiliassem estudantes e profissionais da Engenharia Estrutural na escolha do

    uso ou no de tais vigas em projeto de pontes de concreto armado semelhantes estudada.

    3 - Reviso da Literatura

    De acordo com Pfeil (1990), pontes so estruturas cujo objetivo principal dar continuidade

    ao leito normal de uma via que transpe obstculos, tais como rios, braos de mar, vales

    profundos, outras vias etc. So denominadas viadutos, as pontes que tem por objetivo a

    transposio de vales, outras vias ou obstculos em geral no constitudos por gua.

    O vigamento principal responsvel por vencer os obstculos que determinam o projeto da

    obra, transferindo as cargas dos vos para os apoios sobre os pilares. J vigamento secundrio

    possui a funo de apoio das lajes, conduzindo as reaes destas ao vigamento principal.

    Segundo Pfeil (1990), as teorias mais atuais permitem dimensionar lajes com vos grandes,

    reduzindo a relevncia do vigamento secundrio.

    Segundo Judice et al (2008), nos ltimos anos vem sendo prtica usual a no utilizao de

    vigas transversinas em pontes de concreto armado. Sua utilizao vem decrescendo por

    apresentar certa dificuldade de execuo principalmente quando se tm vigas longarinas pr-

    moldadas. O custo adicional do uso de transversinas no travamento da estrutura de pontes de

    concreto armado deve ser levado em conta, devido tambm ao aspecto executivo das mesmas.

    Arajo et al (2005) propuseram uma comparao entre os valores de momentos fletores a

    serem utilizados em projetos de pontes rodovirias com longarinas protendidas pr-moldadas

    obtidos com e sem o uso de transversina intermediria. Os modelos de anlise estudados

    foram o modelo de grelha e o modelo de elementos finitos slidos. O objetivo principal foi

    verificar a influncia desses elementos nos valores dos momentos nas longarinas

    Atravs dos resultados obtidos, foi observado que com o uso do modelo de grelha descrito, a

    presena da transversina intermediria reduz os esforos tanto na longarina extrema quanto na

    longarina central. O mesmo no ocorre com o modelo slido, no qual se observa que a

    reduo do momento na viga externa acompanhada por aumento desse esforo na viga

    central. Devido a isso, acredita-se que o modelo de grelha no permite simular

    adequadamente a real influncia da transversina interna na distribuio de momentos fletores

    entre as longarinas.

  • Alves (2010) props uma avaliao da distribuio transversal de cargas em tabuleiros de

    pontes em vigas mltiplas, com e sem transversinas internas. O programa utilizado foi o

    STRAP. Apesar dos estudos terem mostrado que a insero da transversina interna

    proporciona uma melhor distribuio transversal das cargas prximo a sua localizao, foi

    possvel constatar que essas distribuies transversais de esforos para as situaes de

    tabuleiro com e sem transversina interna tiveram pouca influncia em termos de carga nas

    vigas principais.

    Logo, pelos resultados obtidos, notou-se que com a presena da transversina interna, o que

    ocorre a tendncia de reduo dos esforos na viga principal extrema e um acrscimo na

    viga principal interna, porm esta reduo percentualmente no to expressiva. Deste modo,

    a utilizao das transversinas internas para o tipo de ponte estudado (vo de 25,00 m) no foi

    compensador, pois as economias obtidas devido ao redimensionamento das vigas principais

    foram inferiores s obtidas pela no utilizao das transversinas internas, face s desvantagens

    de consumo de materiais, construtivas e estticas que estas implicam.

    4 - Material e Mtodos

    A ponte rodoviria em estudo constituda de um tabuleiro em concreto armado e quatro

    vigas longarinas protendidas identificadas como longarinas 1, 2, 3 e 4. A respectiva seo

    tpica das mesmas representada na figura 1. A espessura da laje do tabuleiro de 20,00 cm.

    As figuras 2 e 3 ilustram a situao. O vo livre da ponte de 35,00 m e sua largura total

    13,25 m. O projeto inicial da ponte no previa vigas transversinas. Todo o estudo referente ao

    material concreto armado seguiu as prescries da norma brasileira NBR 6118:2003 (Projeto

    de estruturas de concreto Procedimento).

    Figura 1 Detalhe tpico das longarinas.

  • 6040020020040060

    1325

    3500

    LONG

    ARIN

    A 1

    LONG

    ARIN

    A 2

    LONG

    ARIN

    A 3

    LONG

    ARIN

    A 4

    AA

    Figura 2 Locao das vigas longarinas.

    Figura 3 Vista A-A da ponte.

  • 5 - Modelagem Computacional

    A estrutura foi lanada no programa de anlise estrutural SAP 2000 com o auxlio do seu

    modo especfico para pontes, Bridge. Inicialmente no foram lanadas vigas transversinas na

    estrutura. O modelo tridimensional da estrutura mostrado na figura 4. O eixo global

    convencionado pelo programa mostrado na mesma figura. O eixo X (eixo 1) segue a direo

    longitudinal da ponte, o eixo Y (eixo 2) segue a direo transversal e o eixo Z (eixo 3) segue a

    direo da gravidade. As vigas longarinas foram consideradas biapoiadas.

    Figura 4 Modelo tridimensional da ponte extrado do programa SAP 2000.

    6 - Aes Consideradas

    6.1 - Peso Prprio

    Para o peso prprio dos elementos constituintes da estrutura da ponte, tais como vigas

    longarinas, vigas transversinas e tabuleiro, foi adotado peso especfico do concreto armado

    igual a 25,00 kN/m.

    6.2 - Pavimentao

    Foi adotado carregamento devido pavimentao igual a 2,00 kN/m, de acordo com a norma

    brasileira NBR 7187:2003 (Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido

    Procedimento). O carregamento foi lanado em todo o tabuleiro da ponte.

    6.3 - Guarda-rodas

    A carga devido aos guarda-rodas da ponte foi considerada igual a 5,00 kN/m e lanada nas

    posies ocupadas por eles. A figura 3 ilustra o posicionamento dos mesmos.

    6.4 - Protenso

    Foi lanada sobre as vigas longarinas uma fora de protenso igual a 7740,40 kN necessria

    para equilibrar os esforos correspondentes ao peso prprio da viga, o peso prprio da laje do

    tabuleiro e a carga proveniente da pavimentao da ponte. O traado do cabo de protenso

  • (figura 5) foi adotado com o intuito de acompanhar o diagrama de momento fletor atuante nas

    vigas devido ao seu peso prprio, ao peso prprio da laje e pavimentao da ponte.

    Figura 5 Detalhe do traado do cabo de protenso.

    6.5 - Vento

    O clculo da carga devido ao do vento foi obtido de acordo com a norma brasileira NBR

    6123:1988 (Foras devidas ao vento em edificaes).

    6.6 - Carga Mvel

    O trem-tipo utilizado foi o TB 45. Este foi adotado seguindo as prescries da norma

    brasileira NBR 7188:1984 (Carga mvel em ponte rodoviria e passarela de pedestre). O

    valor 45 referente ao peso total do veculo padro utilizado e equivalente a 450,00 kN. Em

    cada roda aplicada uma fora de 75,00 kN.

    6.7 - Sobrecarga de Multido

    A sobrecarga de multido adotada foi 5,00 kN/m de acordo com a norma brasileira NBR

    7188:1984 (Carga mvel em ponte rodoviria e passarela de pedestre). Este carregamento foi

    lanado no modo Bridge do programa SAP 2000 juntamente com o lanamento do trem-tipo

    adotado, uma vez que desta forma, o programa se encarrega de encontrar as maiores

    solicitaes para a estrutura. Foi preciso utilizar o trem-tipo reduzido, pois no h meios do

    programa definir que na regio do trem tipo no haver carga de multido.

    6.8 - Frenagem

    O valor da carga devido frenagem foi considerado igual a 30% do valor do peso do trem-

    tipo adotado, de acordo com a norma brasileira NBR 7187:2003 (Projeto de pontes de

    concreto armado e de concreto protendido Procedimento). Como o trem-tipo adotado foi o

    TB 45, a fora de frenagem adotada foi igual a 135,00 kN e aplicada na direo longitudinal

    ponte.

  • 6.9 - Variao da Temperatura

    Foi considerada para a ponte em estudo uma variao de temperatura T equivalente a 25 C

    em toda extenso da ponte.

    7 - Incluso das Transversinas na Ponte

    Foram adicionadas, ponte em estudo, vigas transversinas de concreto armado com 25,00 cm

    de base e 170,00 cm de altura. Foram realizados trs casos de incluso de vigas transversinas

    na ponte. No primeiro caso foi adicionada estrutura uma transversina posicionada no meio

    do vo, no segundo caso foram adicionadas estrutura trs transversinas e no terceiro caso

    foram adicionadas cinco transversinas espaadas de aproximadamente 5,80 m.

    8 - Anlise das Deformaes

    Os valores das deformaes mximas na ponte com e sem o uso das transversinas esto

    mostradas na figura 6. As figuras 7, 8, 9 e 10 ilustram a distribuio das deformaes para os

    casos sem transversinas, com uma transversina, com trs transversinas e com cinco

    transversinas, respectivamente.

    Figura 6 Comparao das deformaes mximas.

    Figura 7 Deformao na ponte sem transversinas.

  • Figura 8 Deformao na ponte com uma transversina.

    Figura 9 Deformao na ponte com trs transversinas.

    Figura 10 Deformao na ponte com cinco transversinas.

    Foi observado que no modelo sem transversinas o deslocamento mximo ficou concentrado

    no ponto central da ponte, enquanto que nos modelos com transversinas, os grficos de

    deslocamentos na seo transversal foram ficando mais uniformes medida que aumentaram

    o nmero de transversinas. Isto pode ser justificado devido maior distribuio dos esforos

    com a incluso das transversinas, o que acabou implicando em menores deslocamentos.

    9 - Anlise dos Esforos Solicitantes

    9.1 - Esforos nas Longarinas

  • A tabela 1 ilustra os esforos mximos encontrados nas longarinas para os quatro casos

    analisados. Tais resultados foram obtidos com o auxlio do programa SAP 2000, em seu modo

    Bridge.

    Tabela 1 Comparao dos esforos solicitantes.

    Casos de Incluso das

    Transversinas

    Pea

    Estrutural

    Momento

    Fletor (kN.m)

    Momento

    Torsor (kN.m)

    Fora

    Cortante

    (kN)

    Sem Transversinas

    Longarina de

    Bordo 5405,15 316,51 1163,73

    Longarina

    Interna 6702,30 249,70 1242,59

    Uma Transversina

    Longarina de

    Bordo 5836,58 320,84 1206,49

    Longarina

    Interna 6752,33 281,20 1250,75

    Trs Transversinas

    Longarina de

    Bordo 6125,31 327,69 1258,04

    Longarina

    Interna 6801,11 282,01 1264,56

    Cinco Transversinas

    Longarina de

    Bordo 6403,57 332,05 1282,45

    Longarina

    Interna 7051,66 298,65 1281,78

    Como mostrado na tabela 1, sem as transversinas as solicitaes nas longarinas foram

    menores. Isto ocorreu tanto para momentos fletores quanto para momentos torsores e foras

    cortantes. Isto pode ser justificado pelo fato das transversinas receberem o apoio da laje do

    tabuleiro e descarregarem nas longarinas, o que acabou por sobrecarreg-las ainda mais.

    9.2 - Esforos no Tabuleiro

    Foi observado atravs da anlise estrutural que a incluso das transversinas redistribuiu os

    esforos na regio delas fazendo com que diminusse a faixa de momento mximo no

    tabuleiro da ponte.

    10 - Concluses

    Foi observado que o uso de vigas transversinas proporcionou menores valores de

    deformaes na ponte em estudo. Atravs da anlise estrutural realizada com o auxlio do

    programa SAP 2000, percebeu-se que com o aumento do nmero de transversinas na ponte

    maior foi o acrscimo de rigidez na estrutura gerando assim uma menor deformao da

    mesma. Observou-se tambm uma maior distribuio dos esforos com a presena das

    transversinas, tanto da carga permanente quanto da carga varivel.

    Em relao aos esforos nas longarinas, notou-se um aumento das solicitaes, de um modo

    geral, com a incluso das transversinas. Isto pode ser explicado devido ao fato das longarinas

  • servirem de apoio para as transversinas, o que levou ao aumento dos esforos solicitantes nas

    longarinas. Vale lembrar que toda a carga atuante sobre o tabuleiro, exceto na regio dos

    apoios, foi descarregada sobre as transversinas e estas descarregaram em seus apoios, ou seja,

    nas longarinas.

    J com relao ao tabuleiro, com a incluso das transversinas, houve uma redistribuio dos

    esforos, sobretudo dos momentos principais. As transversinas serviram de apoio para o

    tabuleiro, melhorando assim a distribuio dos esforos.

    Os resultados obtidos no presente estudo diferiram dos resultados obtidos por Arajo et al

    (2005) e por Alves (2010) nos que diz respeito s longarinas. No presente trabalho, houve um

    aumento da solicitao das longarinas com a incluso das transversinas, j no trabalho

    desenvolvido por Arajo et al (2005) e por Alves (2010) a presena da transversina

    intermediria reduziu os esforos tanto na longarina extrema quanto na longarina central.

    No que diz respeito a viabilidade da utilizao de vigas transversinas, o presente trabalho

    mostrou, assim como Alves (2010) que a utilizao destas no foi considerada compensadora,

    uma vez que houve um acrscimo das solicitaes nas longarinas e houve pouca diminuio

    dos valores das deformaes na ponte como um todo.

    11 - Referncias

    ABNT NBR 8681:2003 Aes e segurana nas estruturas Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

    ABNT NBR 7188:1984 Carga mvel em ponte rodoviria e passarela de pedestre. Rio de

    Janeiro,1984.

    ABNT NBR 6123:1988 Foras devido ao vento em edificaes. Rio de Janeiro, 1988.

    ABNT NBR 6118:2003 Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

    ABNT NBR 7187:2003. Projeto e execuo de pontes de concreto armado e protendido. Rio de

    Janeiro, 2003.

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    mltiplas, com e sem transversinas internas. Salvador, 2010. 78 p.

    ARAUJO, M. C. et al. Distribuio transversal de cargas em ponte de concreto protendido pr-

    moldada: avaliao da influncia das transversinas com uso de procedimentos da NBR

    6118/2003, do LaDOTD e de modelos de elementos finitos slidos. 1 Encontro Nacional de

    Pesquisa-Projeto-Produo em Concreto Pr-moldado. 12 p. So Carlos, 2005.

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    MOURA, J.R.B. Estruturas de concreto protendido: aplicando a sistemas estruturais de edificaes

    com uso de cordoalhas engraxadas. Fortaleza, 2010. 151 p.

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    PFEIL, WALTER. Pontes em concreto armado: elementos de projeto, solicitaes, superestrutura. 4

    ed. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 1990. 225 p.

    PFEIL, WALTER. Concreto protendido: processos construtivos e perdas de protenso. 2 ed. Rio de

    Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 1983. 325 p.

    VITORIO, A. Pontes Rodovirias: fundamentos, conservao e gesto. 1 ed. Recife: CREA-PE,

    2002. 85 p.