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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 9 / A B R I L 1 9 9 7

I D E A S Y O P I N I O N E S

2. . . . . .

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EVITAREL ENTUMECIMIENTOChris AgugoesiProfesorAlvan Ikoku College of EducationOwerri (Nigeria)

Su artículo sobre lacatástrofe ecológica del mar de Aral (nº 83)pone en evidencia, una vez más, la necesidadde abordar con valentía los retos medioam-bientales a los que debe enfrentarse una so-ciedad planetaria e imaginativa en el umbraldel tercer milenio.

Ni que decir tiene que queda mucho porhacer, en la teoría y en la práctica, para con-trolar los problemas ecológicos contemporá-neos de nuestro viejo planeta. En su mayoríason debidos a la mano del hombre, pero enalgunos casos pueden resolverse.

Pero hay que saber que muchos son irre-versibles: por ejemplo, ¿cómo se puede de-volver la vida a ese enorme mar interior queera el mar de Aral? Esta grave pregunta quizátenga una solución simple. En todo caso pue-de permitirnos aprender de nuestros propioserrores. A lo mejor es el caso que necesitanlas personas para darse cuenta de que, remi-tirse a un saber tecnológico inacabado ("Siem-pre podremos encontrar la tecnología capazde corregir la situación a posteriori") es algoque contiene falsas promesas y efectos perni-ciosos.

Este costoso proceso de aprendizaje pue-de calificarse de "sabiduría por indigestión"o de "purga por una diarrea de ignorancia".Nadie niega, no obstante, que algunas prácti-cas agrícolas e industriales inadecuadas e in-sostenibles tienen consecuencias nefastas so-bre el medio ambiente, el cual, al mismo tiem-po, afecta a la salud, las actividades huma-nas, etc.

Por ello organizaciones como la FAO, elPNUMA, la ONUDI, el PNUD y la OMS de-ben trabajar juntas para desarrollar un enfo-que holístico del progreso.

Además de las legislaciones nacionales ymedioambientales existentes, propongo quese desarrolle y se refuerce sistemáticamenteun abanico de iniciativas: crear universidadesespecializadas en estudios sobre el medioambiente, los océanos y el espacio; incremen-tar el volumen de fondos destinados al PNU-MA; crear una red de voluntarios de las Na-ciones Unidas para el medio ambiente, for-mada por miembros de comunidades locales(como brigadas de control de la desertización);

DE PRIMERA MANORosalie TallDirectoraInstituto Pedagógico de BurkinaUagadugu (Burkina Faso)

Nuestro instituto reci-be su revista regularmente. Para nuestros lec-tores constituye una fuente de información deprimera mano sobre las actividades de laUNESCO.

Por eso les estamos muy agradecidos porlos esfuerzos que realizan día a día.

APASIONANTEGerald H. MaulidiBibliotecarioMalawi Housing CorporationBlantyre (Malaui)

A algunas personascon las que tratamos -en especial universita-rios-, les ha gustado mucho su tema centraldel nº 85 titulado "¿Qué universidad, paraquién y para qué?" Les ha parecido especial-mente apasionante su entrevista al rector Jor-ge Brovetto, sobre su concepción de la nuevamisión de la enseñanza superior.

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desarrollar la actividad de las ONG; equiparuna estación de televisión y centros medio-ambientales de formación en cada región, de-sarrollando un programa realista de educaciónmedioambiental para todos; y la lista no esexhaustiva.

Claro está que todas estas actividades de-ben evitar el entumecimiento que suele apo-derarse de las burocracias. A lo mejor podre-mos legar a nuestros nietos unos mares queno se hayan desecado, unos desiertos reduci-dos, un aire y una agua puros, para cultivarunos productos sanos y naturales. Al fin y alcabo, ¿de qué sirven el desarrollo y el progre-so?

¿INCOMPETENTES OPREDADORES?Hervé Le FlochEstudianteSaint-Brieuc (Francia)

Me ha gustado mu-chísimo su número de enero sobre la culturade paz en América Latina (nº 86). Permiteponerse al día sobre un continente del que sehabla poco en Francia, salvo cuando se tratade tráfico de drogas.

Los numerosos esfuerzos por consolidarla paz en esa región, donde las transicionesdemocráticas son recientes, merecen la publi-cidad que les hacen y podrían inspirar a otros,en otros lugares.

En especial, el programa Demos, "unacultura nueva para un siglo nuevo". Su visiónen contra del pensamiento único parece bas-tante interesante. Sin embargo, "elevar el ni-vel de competencia (de las élites) en materiade gestión económica y de comprensión delas transformaciones sociales", es necesariopero no suficiente. Los dirigentes mexicanos,brasileños y argentinos, ¿son realmente in-competentes o, sencillamente, representan auna clase de predadores, terratenientes e in-dustriales?

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P R I M E R P L A N O

3. . . . .

E s t a s d o s a c t i t u d e s h a n a l i m e n t a d o l a e m e r g e n c i a d e l o s

t r e s t o t a l i t a r i s m o s d e l s i g l o X X - c o m u n i s m o , n a z i s m o y

f a s c i s m o - , o p i n a e l h i s t o r i a d o r f r a n c é s F r a n ç o i s F u r e t .

V i o l e n c i a o m n i p r e s e n t e y p a r o x í s t i c a , s u f r i d a y p r a c t i c a d a p o r

m i l l o n e s d e e u r o p e o s e n l a s t r i n c h e r a s d e l p r i m e r c o n f l i c t o

m u n d i a l . P a s i v i d a d e n l a q u e l a d i s c i p l i n a m i l i t a r l o s

s u m e r g i ó a t o d o s . . .

L a h i s t o r i a p u e d e a c l a r a r e l p r e s e n t e , a u n q u e n o t e n g a l a

c l a v e d e l p o r v e n i r. A s í , a p e s a r d e s u s l i m i t a c i o n e s , l a l u z

q u e p r o y e c t a l a a c t u a l i d a d e s p a r t i c u l a r m e n t e l ú g u b r e .

Ay e r e n R w a n d a , S o m a l i a , L i b e r i a y l a e x Y u g o s l a v i a , h o y e n

A l b a n i a y Z a i r e , l a v i o l e n c i a h a a u m e n t a d o , l l e g a n d o h a s t a e l

g e n o c i d i o p a t e n t e , c o m o e n R w a n d a e n 1 9 9 4 , o r a s t r e r o ,

c o m o a h o r a e n l a r e g i ó n d e l o s G r a n d e s L a g o s . A s i m p l e

v i s t a , l a p a s i v i d a d r e i n a . C u a n d o s e t r a t a d e a c u d i r e n

a u x i l i o d e l o s e x p a t r i a d o s , l a s i n t e r v e n c i o n e s d e l a c o m u n i d a d

i n t e r n a c i o n a l s o n e n é r g i c a s y c o o r d i n a d a s . C u a n d o s e t r a t a d e

a y u d a r a l a s p o b l a c i o n e s l o c a l e s a e s c a p a r d e l a s t r a m p a s

m o r t a l e s q u e s e l e s h a n t e n d i d o , é s t a s s o n l i m i t a d a s , e n e l

m e j o r d e l o s c a s o s , e i n e x i s t e n t e s e n e l p e o r.

S i l o s p u e b l o s d e l a s N a c i o n e s U n i d a s s e c o m p r o m e t i e r o n a

" u n i r s u s f u e r z a s p a r a m a n t e n e r l a p a z y l a s e g u r i d a d

i n t e r n a c i o n a l e s " , p r e v a l e c e u n a m e z c l a d e c e g u e r a , d e

p u s i l a n i m i d a d , d e d e s i d i a o d e e g o í s m o n a c i o n a l . A s í , a u n q u e

e l p r o p i o g o b i e r n o a l b a n é s h a y a p e d i d o a u x i l i o a l e x t e r i o r, l a

r e s p u e s t a t a r d ó d e m a s i a d o t i e m p o e n l l e g a r y s u a m p l i t u d

q u e d a p o r v e r.

E n Z a i r e l o s a s e s i n o s s e v a l e n d e c i e n t o s d e m i l e s d e

r e f u g i a d o s c o m o e s c u d o s ; a e s t o s r e f u g i a d o s s e l e s d e c l a r a

i n d i s t i n t a m e n t e c u l p a b l e s d e l g e n o c i d i o y , p o r c o n s i g u i e n t e ,

" c a s t i g a b l e s " . A t e n a z a d o s , n o d e j a n d e s e r d i e z m a d o s p o r e l

é x o d o , l a i n d i g e n c i a , e l e x t e r m i n i o . Y p u e s t o q u e n o s o n d e

n i n g u n a u t i l i d a d e n l a b ú s q u e d a d e r i q u e z a s e n u n p a í s

d o n d e é s t a s r e b o s a n , y q u e n i s i q u i e r a s i r v e n c o m o e l e m e n t o s

d e m a n i o b r a p o l í t i c a , s e n c i l l a m e n t e n o v a l e n u n p e p i n o e n e l

j u e g o d i p l o m á t i c o e n Z a i r e .

Páginas 6 a 16

PÁGINAS E IMÁGENES . . . . . . 4

HECHOS Y GESTOS . . . . . . . . . . 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Infoética• LA "TELA" DE PANDORA . . . . . . . . . 18

África• UN CONTINENTE Y DOS MILLENGUAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Somalia• LOS MALDITOSDE LA EDUCACIÓN . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Medio ambiente• FALTA EL SENTIDODE LA URGENCIA. . . . . . . . . . . . . . . . . 23

PLANETA:

Redacción y difusión: FUENTES UNESCO, 7 place deFontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tel. (33-1) 45 68 16 73.Fax: (33-1) 45 68 56 54.Esta revista de carácter informativo no es undocumento oficial de la UNESCO.ISSN 1014 5494

VIOLENCIA Y PASIVIDAD

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artículos pueden ser librementereproduc idos . La redacc ión agradeceráel envío de una copia del artículo elegido.Las fotograf ías s in e l s igno © estarána d i s po s i c i ón de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i ón que l a s r equ i e r an .

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 9 / A B R I L 1 9 9 7

EL PODER DESER ESCUCHADO

La democracia en directo.

Regular o no regular.

Legado lingüísticode África.

Portada:Foto © Knud Ebbesen/Community RadioMahaweli.

René LEFORT

T E X T O S E I M Á G E N E S

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Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la librería y a travésde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoría de los países. Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembro.Informaciones y pedidosdirectos por correo, fax opor Internet: EdicionesUNESCO, 7 Place de Fon-tenoy, 75352, Paris O7 SP(France), tel.: (+33) 1)45654300; Fax (+33) 1)4568 5741, Internet:http:/w w w. u n e s c o . o r g / p u -blishing.

OBRASREPRESENTATIVAS

OBRA COMPLETADE FURIÓ CERIOL¡Qué admirable lección detolerancia dio al mundo elhumanista español y valencianoFadrique Furió Ceriol, alpublicar el 'Tratado El Concejoy consejeros del Príncipe'!,escribía en el prefacio de estaedición, el director general de laUNESCO Federico Mayor.En efecto, este pensador delsiglo XVI que defendió la razón,la libertad y el respeto por elotro, forma parte de los que"fracasaron", pues con ellos,según J. Luis Villacañas, "sediludió un sueño de tolerancia yde modernidad para Espa-ña...", en una Europa enfermade violencia y de fanatismo. Estevolumen, comprende dos obras:"El Concejo y los consejeros delPríncipe" y "Bononia". Elprimero es un tratado de lasolidaridad y de la razón, en elque Furió Ceriol no se confor-mará con "censurar el sistemacon rigor y lucidez, sino quearremeterá igualmente contralas personas" según expresa elprofesor Henry Méchoulan en suintroducción; el segundo es elresultado de sus reflexiones yconvicciones, frente a uncontinente en el que la intole-rancia religiosa llevó a loshombres a una extremaviolencia. "...es un apasionadoy ferviente alegato en favor dela accesibilidad de los pueblos ala Biblia sin discriminaciónalguna..." Nada más acertadopara el año de la tolerancia quehacer revivir las posturasteólógicas y políticas de FurióCeriol a través de esta publica-ción, que sin la estrechacolaboración entre la UNESCO,el "Centre National de laRecherche Scientifique" (CNRS)de Francia y de la "Universitatde València Estudi General" deEspaña, no hubiera sidoposible.

● Obra Completa I, deFadrique Furió Ceriol. Codirec-tores: Henry Méchoulan y JordiPérez Dura. Colección UNESCOde obras representativas.Edicions Alfons el Magnànim/Ediciones UNESCO, 1996.Precio: 300 FF.

LIBROS

FINES DE SIGLO, FINDE MILENIOTentado por el desafío queimplica comparar los fines delsiglo XIX y el XX en la perspecti-va del tercer milenio, HugoBiagini nos propone retrazar eldestino y las ideas de AméricaLatina, España y EstadosUnidos. En la pluralidad y en ladiversidad que el autor argenti-no nos propone como carácteresencial de la identidadlatinoamericana se recogen losecos y reflejos que unen suhistoria, y que agudizan lasdicotomías: lo rural opuesto a lourbano, la barbarie a lacivilización, lo nativo a loforáneo, el arraigo a la evasión,la pobreza crítica a la riquezaostentosa...

● Fines de siglo, fin demilenio, de Hugo E. Biagini.Ediciones UNESCO/AlianzaEditorial S.A, 1996.Precio: 140 FF.

ATLAS DE LAS LENGUASDEL MUNDO EN PELIGRODE DESAPARICIÓNLa extinción paulatina delenguas ha ocurrido durantemiles de años como un hechonatural para la humanidad,pero a un ritmo lento.Noobstante, en los últimostrecientos años el aumento de lamuerte y extinción de lenguasha sido dramático y sostenido y,en muchas regiones del mundo,condujo a la situación actual enla que más de 3.000 idiomasaún hablados están en peligro.Este estudio describe elfenómeno de la muerte de laslenguas, informa sobre losesfuerzos realizados por lacomunidad científica , con lacooperación de la UNESCOpara describir, grabar eintroducir las lenguasamenazadas en una base dedatos y, finalmente se presentaun atlas de lenguas en peligroque han sido identificadas.

● Atlas de las lenguas delmundo en peligro dedesaparición, de Stephen A.Wurm y Theo Baumann.Ediciones UNESCO/PacificLinguistics, 1996. Precio: 70 FF.

REVISTAS

REVISTA DEL PATRIMONIOMUNDIAL"Resulta paradójico que seanuestro propio hábitat -lasciudades, su sistema detransporte y sus edificios-, y nola industria, el principaldestructor del ecosistema y laamenaza más grande para lasupervivencia de la especiehumana", exclama el arquitectoRichard Rogers, en el nº 3 deesta revista dedicada a lasalvaguarda de algunas de las120 ciudades inscritas en laLista del Patrimonio Mundial:¿Brasilia, "punto de referenciaen la historia de la planificaciónurbana" o "ciudad templo de dela carencia de hogar trascen-dental"; Bergen, testigo de la

gran aventura de los mercade-res de la Hanse que, en los sigloXII y XIII, unió a varias ciudadescosteras del mar Báltico;Saná'a, la "perla de Arabia",con sus "casas torre" de 2.000años de antigüedad. Variosespecialistas abordan laparadoja inherente a la ciudad:"su poder que brutaliza y supoder que civiliza", atrayendo yconcentrando "energía física,intelectual y creativa".El Parque Nacional de ManaPools (Zimbabwe) y los volcanesdel mundo entero, que "recuer-dan el poder impresionantedel planeta Tierra, su belleza ysu potencial destructor",también forman parte de estenúmero.

EL CORREO DE LA UNESCO"El cuerpo. Todos lo arrastramossin reparar en él, hasta que unaccidente, una depresión o una

enfermedad orgánica nos hacetomar conciencia de repente desu irreemplazable unicidad"...Entonces "¿Cómo realizar launidad creadora del individuo,definiendo las relaciones más

adecuadas del cuerpo con laconciencia, de la materia con elespíritu?", se preguntan loseditorialistas del número deabril del Correo, de la mismamanera que lo han hecho,desde hace milenios, sabios yteólogos.Bajo el título El cuerpo y elespíritu, la revista trata sobrela riqueza y la complejidadde las posibles respuestas,destacando las connotacionesculturales, filosóficas y religio-sas, en la tradición oriental,el pensamiento judío, lacivilización africana, el pensa-miento hindú y el pensamientoislámico.

H E C H O S Y G E S T O S

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Todo el mundo se puso a ha-cerlo. Se creó un mercado,

las editoriales se han interesadoy aparecen nuevos autores. ¡Leerse contagia!" Susana Mubarak,"primera dama" de Egipto, está"muy satisfecha". Y con razón, yaque este éxito se debe en granparte a ella.

Desde hace 20 años, trabajapara mostrar las alegrías del libroy de la lectura a los niños egip-cios. "La educación es una cosa,pero la lectura tal como yo laconcibo y la fomento debe ser unadistracción y un placer".

Cuando comenzó, los únicoslibros a los que tenían acceso losniños pequeños eran los libros detexto u obras inadecuadas "parael pequeño Mohammed o el pe-queño Ahmed. Por otra parte, loslibros son muy caros e inaccesi-bles para la mayor parte de lasfamilias".

Su primer proyecto consistióen crear una biblioteca en unaescuela de las afueras de El Cairo.Su éxito la llevó a abrir otras: "40bibliotecas escolares y 10 públi-cas en un año. También hemoscreado bibliotecas itinerantes

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SUZANNE MUBARAK,UN LIBRO ABIERTO

para los pueblos más apartados".Esta iniciativa ha despertado tan-to entusiasmo que la señora Mu-barak se ha lanzado a una cam-paña nacional: "Lectura para to-dos".

"La gente ha confiado pocoa poco en nosotros... no es queestuviera en guardia al comien-zo, pero como nunca había teni-do una biblioteca, no sabía sivalía la pena tenerla". La cam-paña ha creado unos cursos parabibliotecarios y ahora inclusoexiste un departamento debiblioteconomía en una escuelanormal de profesorado de prees-colar. "Cada año nos reunimoscon los gobernadores para ana-lizar lo que se ha hecho, cuálesson las necesidades, y hacemospromoción de publicaciones nue-vas. Es como una bola de nieve".

Aunque las buenas causasconstituyen una ocupación tradi-cional de las esposas de los jefesde Estado, la de Susana Mubarakha sido reconocida en todo elmundo.

Esto la predestinaba para pre-sidir el jurado internacional delPremio UNESCO de literaturainfantil y juvenil al servicio de latolerancia. Este nuevo premiobienal pretende promover obrasque fomenten una mejor com-prensión de los demás pueblos yculturas. De los 600 libros de 72países, escritos en 52 lenguas, eljurado premió a los escritoresKathryn Cave (Reino Unido) porSomething Else (otra cosa) yChen Danyan (China) por Nuevevidas. Dotado con 8.000 dólares,el premio les será entregado el 12de abril en la Feria del libro in-fantil de Bolonia (Italia) (v. elpróximo número de Fuentes).

Sue WILLIAMS

M is recuerdos de infanciaestán hechos de silencio,

porque las mujeres con las quecrecí eran silenciosas... mi ma-dre, mi abuela, las mujeres quetrabajaban dentro y fuera de lacasa, o en los campos. No podíanhablar: era perder tiempo".

Anees Jung, de 53 años, es-critora, periodista, poeta y aseso-ra del director general de laUNESCO para las mujeres, eldesarrollo y la cultura en Asia,huyó de ese silencio cuando aban-donó la India para seguir estudiosen Estados Unidos, que se con-virtió posteriormente en su patriaadoptiva.

Ella, que únicamente habíaconocido el silencio y una servi-dumbre que se encargaba de todo,"aprendió a hablar, a caminar ya trabajar".

En la residencia universitaria,era la encargada de cocinar paratreinta personas. "Lloré. El pri-mer día tenía que preparar unchile con carne. No sabía ni loque era. Mi compañera de habi-tación me enseñó las latas de con-serva de chile y me dijo 'sólo tie-nes que añadir puré de tomate ycalentarlo'. Tenía la sensación deposeer un poder muy grande:

EL SILENCIO ROTODE ANEES JUNG

hacer cosas para treinta perso-nas, lavar los platos y barrer elsuelo. Se trataba de una experien-cia maravillosa, no solamente ob-tener un diploma, sino aprendera vivir con otros".

Al cabo de siete años, regre-saba a la India para enterarse deque la fortuna familiar había de-saparecido. "Pero yo tenía con-fianza".

Un profesor norteamericanola inició en su carrera de escrito-ra cuando le encargó un libro so-bre la India dirigido a los alum-nos norteamericanos. "De estamanera fue como me lancé, comodescubrí la India y a los indios, alos fabricantes de brazaletes, alos tejedores y a los políticos..."También descubrió a las mujeresindias y el movimiento feminis-ta, que desde entonces impregnósu obra.

Su último libro, una serie deentrevistas a mujeres de todas lascondiciones sociales -desdeLavann, que trabaja para la Uniónde Mujeres de Laos, hasta la poe-tisa palestina Salma Jayussi yGloria Steinem, la militante femi-nista norteamericana-, fue presen-tado durante las celebracionescon motivo del Día Internacionalde la Mujer (8 de marzo), que serealizaron la víspera en la sede dela UNESCO.

"Breaking the Silence" (rom-per el silencio) es una obra co-lectiva de todas esas mujeres queme han permitido penetrar en suuniverso personal, explica AneesJung. Sus historias son una fuen-te de fuerza y demuestran que elpoder y el bienestar no llegan ne-cesariamente del exterior, sinoque deben encontrarse en algu-na parte de nosotros".

S. W.

● El director general,Federico Mayor, alabó el "logrotanto científico comotecnológico" que representa lareciente clonación de una ovejapor un equipo de investigadoresbritánicos, aunque alertó contra

cualquier desvío de esta "etapatecnológica decisiva de lasCIENCIAS DE LO VIVO": laclonación "suscita numerososinterrogantes y miedos,provocados por la posibilidadde extensión de esta tecnología

al ser humano. Debemossalvaguardar su infinitadiversidad, su unicidad tantobiológica como cultural".La futura declaración universalsobre el genoma humano y losderechos de la persona, que

está preparando la UNESCO,debería excluir todo uso de estatecnología que vaya en contradel respeto de la dignidad y laidentidad de cada individuo.

LA LIBERTAD DE PRENSA, UNA DE LASEXIGENCIAS DE LAS MANIFESTACIONES

COTIDIANAS EN BELGRADO(Foto © Emil Vas/Reuters/MAXPPP).

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En materia de información, la regla deoro es ir a parar a las fuentes, aunque

daten, como en este caso, del fin de la Se-gunda Guerra Mundial. Obviamente, losfundadores de la UNESCO tenían muy pre-sente el poder de la propaganda nazi paraunir al pueblo alemán bajo el régimen,apartarle de los valores de la democracia yalzarlo contra sus vecinos. Incluso situabanel origen de la guerra en esta subversiónde las mentes. Por ello, "el libre intercam-bio de ideas y de conocimientos" encabe-za las misiones de la Organización, quien,para ello, "favorece el conocimiento y lacomprensión mutua de las naciones, pres-tando su colaboración a los órganos de in-formación de masa" (hoy diríamos "losmedios de comunicación"), y se esfuerzapor "facilitar la libre circulación de ideasa través de la palabra y la imagen».

La coincidencia entre la revolución delas comunicaciones, el hundimiento delbloque del Este y el avance de la democra-cia en amplias regiones del Tercer Mundo,han permitido sacar esta misión del atolla-dero en el que se había metido durante losaños ochenta, cuando los conflictos sobreel famoso NOMIC (Nuevo Orden Mundialde la Información y la Comunicación) cau-saban estragos. Ese orden fue enterrado en1989, con la adopción de una nueva estra-tegia que, bajo el paraguas de una libertad

de expresión soberana, lleva a intensificarla "libre circulación de la información" y,por consiguiente, a derribar los obstáculosde todo tipo que puedan frenarla.

Libertad, y ante todo libertad de los pe-riodistas en el ejercicio de su profesión.Donde ha sido conquistada sigue siendofrágil, ya que permanece bajo la constanteamenaza de asaltos de todas las fuerzas,políticas y económicas, que frena. La pro-pensión de éstas es a extenderse, fuera delalcance de las miradas o ganándose a laopinión pública, mientras que la misión delos medios de comunicación es precisa-mente abrir los ojos de esa opinión públi-ca.

NI L ÍM I T ES N I OBSTÁCULOSAllí donde la libertad vacila, porque la de-mocracia da sus primeros pasos, la funciónde la UNESCO puede ser ayudar a decidirel marco jurídico que establezca su campoy sus límites. También puede proporcio-nar a los periodistas que lo deseen, los co-nocimientos que el régimen precedentehabía evitado transmitirles, por ejemploreferentes a la deontología o al "civismo":no puede lograrse un buen gobierno si losmedios de comunicación no se gobiernanbien a sí mismos. Y donde la democraciaretrocede, la UNESCO puede ampliar laalarma y, en secreto o abiertamente, hacer

Se les insulte o se les adule, los medios de comunicación no dejan de ser uno de los mejores barómetrosde la democracia. También son uno de sus mejores garantes, siempre que se les deje hacer su trabajolibremente y con total independencia, y que estén abiertos a todos. Éstos son los principios que inspiranla actuación de la UNESCO en este sector clave (véase más abajo), que va del desarrollo de radioscomunitarias, al apoyo a observatorios internacionales de los medios de comunicación.A pesar de los importantes avances, el camino sigue sembrado de trampas que impiden dar voza quienes no la tienen: desde las barreras culturales que impiden que las mujeres sean escuchadas(pp. 8 y 9), hasta el vasallaje tradicional que reduce al silencio a algunas poblaciones (p. 10), pasandopor la injerencia de los poderes políticos (pp. 11 y 15). Algunos errores provocados por la inexperienciapueden socavar la credibilidad de los medios de comunicación y asfixiarlos (p. 14), mientras quela pobreza y el aislamiento separan a comunidades enteras del resto de la sociedad (p. 16).Y desgraciadamente, quienes se sienten amenazados por su presencia vigilante, todavía suelen recurrir,demasiado a menudo, a la violencia (pp. 12-13).

EL PODER DE SER ESCUCHADO

saber a quien corresponda que la pertenen-cia a la Organización exige respetar losderechos que ella tiene la misión de defen-der. Circulación de la información, "ma-yor y más equilibrada": el objetivo es que,en todas partes, cualquier segmento de laopinión pública esté en condiciones de ha-cer oír su voz y que la pluralidad de lasfuentes permita que cada cual escoja libre-mente su canal de información, en espe-cial en las zonas y en los entornos tradi-cionalmente marginados.

Para ello son necesarias, claro está,unas "condiciones", ya se trate de infraes-tructuras (desde emisoras hasta rotativas)o de conocimientos (técnicos y periodísti-cos). Ésta es la segunda vertiente de lasactividades de la UNESCO en este sector,sobre todo a través de su Programa Inter-nacional para el Desarrollo de la Comuni-cación (PIDC), que ha invertido, desde sucreación, más de 30 millones de dólares.

El 3 de mayo se celebra el Día Mun-dial de la Libertad de Prensa: "un día por365 días de libertad de prensa" que hayque conquistar y defender, paso a paso yen todas partes, del 1 de enero al 31 de di-ciembre; cuando es maltratada, pero tam-bién cuando es virtual por falta de sopor-tes para vehicularla; porque lo uno no esposible sin lo otro.

René LEFORT

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T iti Gabi, de 27 años, es responsable dela redacción de la única cadena de te-

levisión de Papua Nueva Guinea: EMTV.Todavía se acuerda de su profesor de cien-cias políticas de la universidad: "siemprerepetía que los medios de comunicacióntenían la misión de decir la verdad y derevelar la corrupción". Para ella, es unade las personas que más ha influido en sumanera de hacer periodismo. Recientemen-te esto le ayudó a superar una de las sema-nas más difíciles de la historia de PapuaNueva Guinea desde que se independizóde Australia, en 1975.

Gabi trabajaba en las calles de PortMoresby, la capital, mientras el Gobiernodemocrático hacía frente a una rebelión delejército. Acababa de decidir que iba a pa-gar millones de dólares a mercenarios ex-tranjeros para poner fin a un antiguo mo-vimiento secesionista de la isla deBougainville, cuyo subsuelo es rico en mi-nerales.

En la tormenta de las manifestacionesde protesta, de los saqueos, de los gaseslacrimógenos y del pulso entre militares ypolíticos, sus compañeros de la prensa lo-cal y ella trabajaron durante muchas ho-ras, ignorando las acusaciones de falta deobjetividad y las amenazas procedentes delos distintos bandos, con el fin de llegar ala verdad y de informar a la gente.

LA CR I S I S EN D IRECTOCuando los parlamentarios se reunieronpara discutir sobre la crisis, Gabi les con-venció de que autorizaran la retransmisiónen directo del debate. A petición suya, elpresidente de la Cámara autorizó a las cá-maras de EMTV a filmar dentro del parla-mento. La dirección de la cadena tambiéndio su consentimiento y modificó su pro-gramación. EMTV, que emite desde PortMoresby, es captada por los cuatro millo-nes de habitantes del país, en las montañasy en las islas, gracias a un satélite. "A todoel mundo le encantaron esos programas",asegura.

La rebelión llamó la atención del mun-do entero. Todos los corresponsales de lasagencias de prensa y de las televisionesacudieron a Port Moresby. Pero Gabi creeque no oscurecieron el trabajo que realiza-ron ella y sus colegas locales. "Nosotros

R e t r a t o

UNA PERIODISTA COMPROMETIDATiti Gabi, reportera de la televisión, lucha por las mujeres, el desarrollo y, por encima de todo,la democracia en Papua Nueva Guinea.

lo hicimos mejor que ellos, porque sabía-mos mejor qué sucedía". También cree quees el tema más interesante que jamás hayatratado. "Porque nuestros políticos tuvie-ron que aprender a no desviar el dineropúblico y a tomar decisiones con transpa-rencia".

Los esfuerzos de Gabi por informar alpúblico durante la crisis, no sorprendierona sus compañeras de las televisiones de lasislas del Pacífico. Licenciada en periodis-mo por la Universidad de Papua NuevaGuinea, trabajó durante cuatro meses en elperiódico Post-Courier, de Port Moresby,antes de entrar en el Servicio de Medios

de Comunicación del primer ministro. Lle-gó a la televisión hace apenas dos años.Desde entonces ha demostrado su valía. Alcabo de un año ascendía a responsable dela redacción y reportera. El pasado noviem-bre, su trabajo era recompensado en la re-unión anual organizada por la UNESCOen Suva (Fiji), en el marco de su proyectoIntercambio de Programas de Televisión delas Mujeres del Pacífico*. Su película "Mu-jeres en los medios de comunicación: caenlas barreras" obtuvo el premio a la mejorprimera película y al mejor documental. Lavida de cinco mujeres de Papua Nueva

Guinea que se han liberado del yugo de lasociedad tradicional y han obtenido unpuesto privilegiado para las mujeres, en elsector de la información, se presenta enmedia hora.

Aunque se han conseguido avancesimportantes ("en la universidad, el 80% delos estudiantes de periodismo son muje-res"), las cosas no siempre son fáciles. "Lasmujeres todavía se reprimen. Deben saberque pueden infringir las normas y mejo-rar así su vida y la de su familia".

MÁS C ERCANOS"La televisión puede desempeñar un papelde primer orden en este proceso, pero ne-cesitamos más emisiones locales. Actual-mente, la mitad de las emisiones es impor-tada. Necesitamos programas que tratensobre problemas más cercanos a nuestracultura y a nuestra realidad. Programasque puedan contribuir al desarrollo delpaís".

A nivel más personal, tampoco es todode color de rosa. Cuando se le pregunta quées lo más duro para las mujeres periodis-tas de Papua Nueva Guinea, Gabi respon-de: "Decidirse a abandonar un reportajeporque los hombres quieren sexo, o algopor el estilo, a cambio".

El tema más duro que ha tenido quecubrir fue la "violación de cuatro niñas,dos de ellas hermanas, cerca de PortMoresby, en 1995. Hubo represalias".

El documental de Gabi es un homena-je a las mujeres que han abierto un caminoque otras, como ella, han seguido. Reali-zarlo la ha reafirmado en su decisión deactuar para que retrocedan las barreras tra-dicionales. "Todavía podemos hacer más,por nosotras mismas y por la comunidad,opina. Las mujeres pueden marcar la dife-rencia. Y la marcan".

Nina RATULELE,Suva

* Este programa se inauguró en 1992. Afecta

a las televisiones de las islas Fiji, Cook, Niue y

Tonga, y de Papua Nueva Guinea. Está financia-

do por el Programa Internacional para el Desa-

rrollo de la Comunicación, de la UNESCO, que

destinó 66.000 dólares para el período 1996-1998.

U N A G A L A R D O N A D A F E L I Z Y T E N A Z( F o t o A r i e t a V u i w a k a y a / M i n i s t e r i o

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de cooperación como la UNESCO. Lacuestión es saber cuándo podremos parti-cipar en la reconciliación de losrwandeses, como es nuestro derecho ynuestro deber".

Hasta ahora, las iniciativas en ese sen-tido se han malogrado. Un ejemplo es elperiódico Inkingi ("zócalo"), creado en el

marco de la Federación de AsociacionesRwandesas de Mujeres. No se trataba deconvertirlo en el órgano de un feminismoultraminoritario, sino de acercar a las mu-jeres entre sí, de informarles sobre sus de-rechos, de que participaran en la gestiónde la ciudad, de que aportaran consejosprácticos en la mejora de su vida cotidia-na. ¿Era hacerlo demasiado bien? Inkingino sobrevivió. Las periodistas no teníanmedios suficientes -ni económicos ni hu-manos- para realizar encuestas sobre el te-rreno. Aunque se publicaba bajo los auspi-cios del Ministerio de la Familia y de Pro-moción de la Mujer, Inkingi no recibía nin-guna subvención. Peor aún, las periodistastenían problemas para acceder a las fuen-tes, por la poca consideración que tienenlas mujeres en su profesión. "Nos tratancomo recursos de ayuda, afirma una anti-gua trabajadora de radio. Yo tuve que di-mitir después de que me pegaran".

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Las mujeres en Rwanda representan cer-ca del 65% de la población, llevan una

vida muy activa y son conscientes de susresponsabilidades. Queremos utilizar laprensa para liberar nuestra palabra sobretodo en la zona rural", afirma la periodis-ta independiente Gilberte Nibomana.

Pero la puerta que permitirá que lascampesinas rwandesas se pronuncien so-bre la ordenación de su colina, que apren-dan a potabilizar el agua, que reduzcan lamortalidad infantil, que entiendan porquéla tolerancia es una condición de la paz, esestrecha. Bisimwa K, de 25 años, lo sabe.Su escolarización se detuvo en la escuelatradicional, donde aprendió a creer en Dios,en su esposo y en su deber de madre. "Alos 10 años ya sabíamos que una mujer notenía derecho a expresarse en público. Sólopodíamos comunicarnos entre nosotras, enel mercado, en el campo o en la iglesia".Cuando le hablan de su marido se enfure-ce: "Apenas se acuerda de que un día dijo‘sí, quiero’. Se ha acostumbrado a orde-nar y a que le obedezcan, a pedir y a quele sirvan. Yo sólo soy una imagen para él.No dialogamos. A veces, incluso a menu-do, sólo nos comunicamos por gestos".

M U D A SEn Rwanda, las mujeres van al campo sindominar las técnicas de aumento de la pro-ducción; dan a luz en casa sin conocer lospeligros de utilizar instrumentos no esteri-lizados; asisten, implicadas pero mudas, ala representación del espectáculo, a menu-do dramático, de la dislocación de su so-ciedad. Nadie les pregunta su opinión, sal-vo sobre la forma como fueron violadasdurante la guerra o cómo cuidar a los huér-fanos.

En los medios de comunicación, pocosson los reportajes dedicados a ellas. Porotra parte sólo son unas treinta entre los444 periodistas y técnicos que trabajan enellos. En la capital, Kigali, su número sereduce hasta una decena, encontrándose lasdemás fuera de la capital.

Según Jeanne Kadalika, presidenta dela asociación de mujeres periodistas, "loque falta no son ideas de programas ni ex-periencia: hemos recibido una formaciónadecuada sobre los temas relativos a lacultura de la paz, de distintos organismos

¿ C U Á N D O P O D R Á N D A R S U O P I N I Ó NS O B R E L A S I T U A C I Ó N D E S U P A Í S ?

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R w a n d a

LA VOZ FEMENINA SILENCIADAAbriéndose a las rwandesas, los medios de comunicación podrían tener un gran protagonismoen la búsqueda de la paz. Pero las mujeres chocan con obstáculos culturales y políticos.

En el campo de la radio, sus intentostambién han fracasado, explica ChantalGahonzire, del periódico Ukuri Gacaca("justicia consuetudinaria"), miembro de laasociación de mujeres periodistas. Ellaparticipó en la creación de programas paramujeres rurales, emitidos por la radio delas Naciones Unidas para Rwanda (UNA-MIR). Pero ahora que ha desaparecido "es-tamos limitadas, ya que la radio nacionalnos pide que paguemos los gastos de emi-sión de los programas que preparamos almargen de ella". Es una manera sencilla yeficaz de mantener un monopolio de he-cho sobre la información. "Tenemos un pro-yecto de crear una radio rural, añade. Perochocamos con los procedimientos y losobstáculos relacionados con la política deinformación del país. Todavía existen losequipos de la antigua radio UNAMIR, pero¿cómo podemos utilizarlos?"

M A N I P U L A C I Ó NA pesar de los intentos de la comunidadinternacional para favorecer el pluralismo,los peligros de manipulación de la prensa"independiente" están en la memoria detodos. "No queremos que algunos perio-distas sigan sembrando la división y elodio, cuando el gobierno intenta conver-tir el país en una verdadera nación, decla-ra el ministro de información, Jean-PierreBizimana. Y observamos que la prensa, ennuestro país, no ha terminado su aprendi-zaje". Sin embargo la ley de prensa dispo-ne: "la prensa es libre" (art. 1) y "no seautoriza ninguna censura" (art. 2). Pero lasautoridades se mantienen muy prudentes,invocando la desastrosa experiencia de laradiotelevisión de las mil colinas. No sólola radio humanitaria Agatashya, lanzada en1994 por la ONG Reporteros sin Fronte-ras, no ha obtenido permiso para emitir,sino que la antigua radio UNAMIR, consede en Kigali, no ha podido seguir exis-tiendo a pesar de la petición expresa de laUNESCO. Ambas callaron en 1996.

La acción de las mujeres en favor de lapaz, a través de los medios de comunica-ción, sigue siendo un bonito deseo, aun-que todo el mundo sea consciente de surepercusión potencial.

Bruno MPONDO EPO, Kigali

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Y la familia de Rodolfo Albano III, elalcalde de Cabagan, ejerce una formidableinfluencia. "Son unos notables que existendesde hace medio siglo, declara el tenien-te de alcalde Rosmito Rodriguez, miem-bro de otra familia influyente. No hay na-die aquí al que no le hayan hecho algún

favor. Y es difícil convencer a la gente deque puede criticar lo que hacemos sin mie-do a represalias. No es que los amordace-mos y yo mismo les animo a menudo a quedenuncien nuestras insuficiencias. Perohasta ahora nadie se ha atrevido, apartede algunos murmullos aislados".

Como en muchos otros lugares, el po-der político de Cabagan está, desde hacevarias generaciones, en manos de unas fa-milias. La gente depende de sus dirigentesy recurre a ellos para el menor problema,explica Miguel Ramos, director ejecutivoen Cabagan de la Universidad de EstadoIsabela. Atreverse a empañar su imagen oa criticar su actuación se tomaría como unaingratitud. Y a pesar de las bonitas decla-raciones de Rosmito Rodriguez, al equipomunicipal aún le falta mucho para acos-tumbrarse a las críticas. Así, le pidió a laemisora que no recibiera las llamadas delos oyentes que deseaban intervenir durante

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S in duda les gusta más la canción quela política. Pero un día, los cerca de

40.000 habitantes de Cabagan, pequeñaciudad agrícola del norte de Filipinas, com-prenderán que expresar su opinión sobrelas cuestiones que les afectan puede tenerun efecto tan liberador como cantar contodas sus fuerzas.

En todo caso eso es lo que espera eljoven equipo de voluntarios que dinamizala única radio comunitaria de la ciudad. Demomento está muy contento de que sumodesta programación, con su mezcla denoticias locales, de información y de mú-sica, haya conquistado una audiencia en unaño.

Radio Amuryong es una de las ochorecién nacidas radios comunitarias creadasdesde 1992 dentro del marco del proyectoTambuli de radios comunitarias, patroci-nado conjuntamente por la UNESCO y laAgencia Danesa de Desarrollo Internacio-nal (DANIDA). "La originalidad de estasemisoras, explica Louie Tabing, responsa-ble del proyecto, es que no solamente fa-cilitan el acceso a la información, sino queademás permiten que la gente tome la pa-labra".

FRUSTRANTEEn Cabagan, a más de 10 horas de carrete-ra de la capital, donde el principal mediode transporte es todavía el coche de caba-llos, despertar el interés de la gente por lascuestiones locales y aún más incitarla a darsu opinión, resulta "muy frustrante", la-menta una de las voluntarias, AileenGuingab, de 24 años. Mientras que en lasdemás radios comunitarias, el programamás popular es el que cede la palabra a losvecinos, el que prefieren los habitantes deCabagan es la serenata de los domingos."En cuanto se aborda una cuestión másdelicada, ya nadie abre la boca", constataMarilu Angolluan, de 22 años, responsa-ble de información local. "Cuanto másapartados están los pueblos, más se resis-te la gente a hablar", explica Red Batario,periodista consumado que dirige, en Mani-la, unos talleres de desarrollo comunitariodirigidos a sus colegas del resto del país."Todo depende también del jefe de la co-munidad. Si es de tipo autoritario, lagente es todavía más reticente".

¿ C R I T I C A R P O R A N T E N A ? H AY Q U E AT R E V E R S E( F o t o U N E S C O / L o u i e Ta b i n g ) .

F i l i p i n a s

MICRÓFONOS Y MURMULLOSEn Cabagan, el secular clientelismo que ejercen las dinastías locales, sofoca la libre expresión populara través de las antenas de la nueva radio comunitaria.

las retransmisiones en directo de las sesio-nes. "Sin embargo fueron ellos quienes lopropusieron, afirma Marilu Angolluan.Pero cuando alguno se ha atrevido a lla-mar para cuestionar sus prioridades, noles ha gustado. Incluso insinuaron que eraun montaje nuestro".

La directora adjunta de la emisora, AnnSablan, de 26 años, tomó la decisión deinterrumpir la retransmisión de las sesio-nes del consejo: "Ellos pretendían cortar-la a su gusto, de modo que teníamos hue-cos en medio de la transmisión". Ella seacomodó a esta situación hasta que el con-sejo le pidió a su equipo que abandonarala sala durante el debate sobre el presupues-to.

CENSURAUna pareja de agricultores, Eufrocino yPurísima Tarun, escuchaba Radio Amu-ryong ese día, cuando los debates fueroninterrumpidos por un intermedio musical."Yo pensaba que era un problema técni-co", cuenta Purísima. "A lo mejor discu-tían sobre algo secreto", sugiere Eufrocino,precisando que no se le ocurriría pregun-tar qué era.

Rosmito Rodriguez, que preside lassesiones, afirma "que, por lo que sabe", elconsejo nunca se ha intentado ejercer lacensura. "Yo deseo la transparencia y quela gente sepa qué sucede". El personal deRadio Amuryong acoge esas afirmacionescon escepticismo, aun reconociendo que elalcalde adjunto es uno de los miembrosmás abiertos del equipo municipal, llegan-do a ceder su despacho para las grabacio-nes.

A pesar de todas las molestias, los lo-cutores no tienen la intención de renunciar."Aún estamos en la fase experimental»,opina Ann Sablan, quien explica que, unavez satisfechas las "necesidades esencia-les" de la emisora (de medios y de perso-nal), seguirán con su plan, que consiste ensumergirse más dentro de la población. Noobstante, reconoce que está "desmoraliza-da". Pero ella y sus colegas quieren man-tenerse optimistas porque "queremos quela radio sirva al objetivo para el que fuecreada".

Cécile BALGOS,Cabagan

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Cuatro años de espera para que la pri-mera emisora de radio FM privada de

Nepal esté a punto de obtener autorizaciónde funcionamiento. Como reconoce RebatiKafle, cosecretario del Ministerio de Co-municación, parece que se ha superado"una barrera psicológica"; un documentorecomendando la concesión de la autori-zación para la emisora de radio Sagarmatha(el Everest en nepalés) inicia, por fin, suandadura administrativa. "Sólo es cuestiónde semanas, quizá de días", añade.

Este documento se pronuncia tambiéna favor de la creación de otras dos emiso-ras privadas -radios comunitarias que cen-trarán sus programas en las cuestiones dedesarrollo-, que debe gestionar el mismogrupo que Sagarmatha. Una cubrirá elmunicipio de Banepas, un activo centrocomercial situado a 30 km al este deKatmandú, y la otra tendrá su sede enMadan Pojara, un pueblo del oeste del país,considerado como un modelo de desarro-llo sostenible y de autosuficiencia. "Es unexcelente augurio para quienes quierenque la radio se utilice en gran medida allídonde la población es mayoritariamenteanalfabeta", se felicita Om Khadka, direc-tor ejecutivo del Foro Nepalés de Perio-distas Medioambientales (NEFEJ), que haencabezado la lucha por la liberalizaciónde las ondas.

INT ENSA PRES IÓNEste avance es la culminación de una lar-ga lucha y de una intensa presión, llevadasa cabo por los promotores de radioSagarmatha, que en 1993 solicitaron la pri-mera autorización para emitir. Aunque nun-ca se ha dado una explicación oficial deesta larga espera, se han invocado nume-rosos pretextos, como "la burocracia","demasiados periodistas de izquierda enel NEFEJ" e incluso "la necesidad de es-tudiar el impacto potencial de esas emi-siones sobre la aviación civil, en un vallecerrado como Katmandú", a pesar de lasmodificaciones introducidas en laBroadcasting Act hace cuatro años, auto-rizando la creación de medios de comuni-cación independientes.

El viraje decisivo de este caso se re-monta a abril de 1996, cuando se instala-ron la antena y los equipos de la emisora.

N e p a l

INTERFERENCIASDespués de cuatro años de lucha entre periodistas y el gobierno, las emisoras de radio privadaestán a punto de conseguir el permiso para emitir.

La prueba que tuvo lugar enseguida fue de-clarada "ilegal y no autorizada" por el Go-bierno. Estas críticas le valieron a la emi-sora un tratamiento periodístico excepcio-nal y, de rebote, un fuerte apoyo público ala radiodifusión privada. Fue entoncescuando el Ministerio de Comunicaciónempezó a tomar en serio radio Sagarmatha

y a formular preguntas sobre los progra-mas y el equipo técnico. Un consejo con-sultivo formado por el Ministerio recomen-dó también que se autorizaran radios co-munitarias, en vez de emisoras comercia-les de ocio, haciéndose eco de las críticascontra los programas de entretenimiento deRadio Nepal, que "promueven una culturaextranjera", es decir, la música occidentaly las canciones de las películas indias.

El NEFEJ está preparado. Hace tresaños organizó el primer programa de for-mación de productores de programasradiofónicos. Desde entonces, su principalpreocupación ha sido desarrollar los recur-sos humanos que necesitaba para entrar enlas ondas. Otras cuatro sesiones de forma-ción apoyadas por la UNESCO, el Proyec-to "Community Forestry Project" y la"Worldview International Foundation",

han contribuido a formar a los producto-res, a los locutores y al personal técnico deradio Sagarmatha. Actualmente, cinco pro-ductores trabajan en el diseño de progra-mas de carácter social y cultural, en elmarco de un programa de becas financia-do por el Instituto Panos de Londres, queradio Sagarmatha emitirá al principio. "Lomás importante, señala el coordinador deprogramas, es la presencia de ejecutivosjóvenes y capacitados, que nos permitanproducir programas excelentes sobre temasvinculados con el desarrollo. Esta exigen-cia de alta calidad nos dará ventaja sobrelas emisoras comerciales, mejor equipa-das".

MOVI L IZAC IÓNUna serie de discusiones, especialmentecon intelectuales y expertos en culturas ylenguas del valle de Katmandú, ha permi-tido diseñar también una parrilla matinalde tres horas de programas. El principaldeseo es que la radio contribuya a prevenirla continuación del proceso de degradaciónmedioambiental y social, acelerado por elcrecimiento rápido de la capital. La radiopuede contribuir a sensibilizar y a movili-zar a la población en temas como la ges-tión de las basuras domésticas, la contami-nación del aire provocada por el aumentodel tráfico de vehículos, la falta de aguapotable, la droga y el aumento de la crimi-nalidad, temas, todos ellos ignorados porlos medios de comunicación existentes.Algunos productores locales también hancontactado el NEFEJ para estudiar la posi-bilidad de cooperar en el campo de la pro-ducción musical.

Casi seis años después de reintroducirla democracia, cinco años después de pro-mulgar una constitución que garantiza laplena libertad de expresión, cuatro añosdespués de aprobar la ley sobre radiodifu-sión que prevé la creación de emisoras pri-vadas para la banda FM, dos años despuésde publicar en el Diario Oficial, la regla-mentación sobre radiodifusión, la adminis-tración nepalesa parece, por fin, convenci-da de la necesidad de abrir las ondas a laradio privada. Crucemos los dedos.

Bharat KOIRALA,Katmandú

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EN EL PRINCIPIO ES LA LIBERTAD DE EXPRESIÓN...Los medios de comunicación no pueden participar en la consolidación de la paz y de la democraciasi su entorno no se los permite. La libertad de expresión es, pues, una condición indispensable

Para poder reaccionar contra los abusoscontra la libertad de expresión, éstos de-ben ser identificados y verificados. Así fuecreado el International Freeedom ofExpression and Exchange Network-IFEX(Red de Intercambio Internacional de laLibertad de Expresión) hace cinco años.Se trata de dar la alerta cuando estasviolaciones se producen, y de recogertantas informaciones como sea posible,con el fin de reaccionar de manera eficaz.

Docientas sesenta organizaciones eindividuos, repartidos en 80 países, estánconectados a esta red, de las cuales 160 se

VIOLACIONES DE LA LIBERTAD DE PRENSA Y DE EXPRESIÓN CONTRA LAS PERSONAS. IFEX,1996.

encuentran en los países en desarrollo. ElIFEX está coordinado por el Comité cana-diense para la protección de los periodis-tas, situado en Toronto, y recibe el apoyode la UNESCO, y en particular de suPrograma Internacional para el Desarrollode la Comunicación (PIDC).

Una vez confirmadas las violacionesde la libertad de expresión que llegan alIFEX, se producen una serie de reaccio-nes: las autoridades afectadas se ven inva-didas de correo condenatorio, se lanzancampañas de sensibilización o se hacenintervenciones, confidenciales o públicas,

de dirigentes, incluso del director generalde la UNESCO.

Durante el año de 1996, el IFEX reci-bió 1509 casos de violación de la libertadde prensa o de la libertad de expresión dela que han sido víctimas las personas.Desafortunadamente, no fue posible con-tarlas todas, pero los datos obtenidos danuna idea de las regiones del mundo másafectadas, y de su principal objeto.

Salvo algunas excepciones, todas es-tas violaciones afectan a los periodistas oa los trabajadores de los medios de comu-nicación. Las violaciones dirigidas contra

Acoso jurídico 17%

Periodistas/escritores amenazados 8%

América: 362

EuropaOccidental: 135

ÁfricaSubsahariana

Asia y el Pacífico: 263

CEI, Europe Orientaly los Balcanes: 250

Oriente Medioy Áfricadel Norte: 180

Periodistas/escritores secuestrados 3%

Periodistas/escritores agredidos/golpeados 21%

Periodistas/escritores arrestados 27%Periodistas/escritores asesinados 4%

Otros 19%Asesinato de padres/empleados 1%

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In fogra f ía : A lexandre Darmon

VIOLACIONES DE LA LIBERTAD DE PRENSA Y DE EXPRESIÓN QUE NO ATAÑE A LAS PERSONAS. IFEX , 1996.

de esta función. Pero el camino es largo, como muestran claramente los datos sobre las violacionesen este campo, recogidos por una de las redes de vigilancia internacional en 1996.

los cineastas, artistas u otros, son contabi-lizadas a través de otras vías.

La lista de los medios utilizados paraamordazar a los periodistas es larga: asesi-natos, desapariciones, arrestos, heridas,amenazas, condenas o acosos jurídicos.Como muestra el gráfico de la página de laizquierda, la situación más crítica es la deAmérica, y en particular la de América delSur- , seguida del África Subsahariana,Asia del Pacífico, Europa Oriental y losBalcanes. El número de violaciones enEuropa Occidental es considerable, prin-cipalmente porque incluye a Turquía. En

resumen, el arresto, la agresión física y elacoso jurídico son las violaciones máscorrientes.

Pero no solamente las personas sufrenla violación de la libertad de informacióny de expresión. La ocupación, el incendioo el ataque con bombas, la prohibición ocensura, la presión económica o legal através de normas provisionales, que sufrenlos medios de comunicación, muestranque estas violaciones llegan hasta las em-presas. El gráfico de arriba presenta losdatos recogidos por el IFEX sobre este tipode violaciones.

Las 415 violaciones registradas en 1996conciernen a la prohibición o el cierre delos medios de comunicación, así como a ladestrucción de sus sedes. Su reparticióngeográfica es más o menos la misma que lade los profesionales de los medios decomunicación.

(La base de datos del IFEX está dispo-nible en Internet en el World Wide Webhttp:\\www.ifex.org).

Medios de comunicación/películas /libros censurados 7%

Películas/libros prohibidos 2%

Medios de comunicaciónprohibidos/cerrados 25%

Sedes destruidas 14%Otros 9%

Amenazas 42%

América: 60

EuropaOccidental : 30

Asia y el Pacífico: 55

CEI, Europa Orientaly los Balcanes: 112

Oriente Medioy Áfricadel Norte: 57

ÁfricaSubsahariana: 101

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Salvo algunas variantes, el guión es elmismo: un periódico llamado "inde-

pendiente" (en realidad, privado y, por con-siguiente, independiente del poder vigen-te) está al borde de la quiebra. Entoncesllega el político o el empresario "providen-cial", dispuesto a saldar la mayor parte delas deudas, a cambio de silenciar algunasnoticias que le molestan o, por el contra-rio, de destacar las que le sirven.

¿Atentar contra la deontología o sobre-vivir? Es el primer dilema al que se en-frentan los 15 periodistas de Benin, Malí yTogo que asistieron en Cotonu, del 24 al28 de febrero, al primero de los cursos deformación de la UNESCO sobre el tema"comunicación y buena gestión". Y es que,para participar en la construcción de lademocracia, los medios de comunicacióndeben empezar respetando los principiosbásicos, y en primer lugar esa "indepen-dencia" de la que se jactan. Pero esto re-quiere una viabilidad económica que lamayor parte de empresas periodísticas to-davía persiguen.

D ISTR IBUC IÓN CAÓT ICALa oleada de democratización quebarrió el África Occidental a comienzos delos años ochenta, engendró una multitudde cabeceras en un mercado que sigue sien-do pequeño. Malí, por ejemplo, cuenta concuatro periódicos nacionales para sus 10millones de habitantes; el poder de com-pra de los lectores es bajo; el índice deanalfabetismo, elevado; la distribucióncaótica hace que un periódico de la capitaltarde dos o tres días para llegar a una granciudad del país; los recursos por publici-dad son marginales; el coste del materialde oficina y especialmente del papel es pro-hibitivo; y los fondos propios son insigni-ficantes.

Pero además ¿qué valor tiene la deon-tología cuando se la ignora con toda labuena fe? La otra paradoja fundamental dela prensa africana es, según los participan-tes en el seminario, que su expansión co-incide con el fin, o al menos con la reduc-ción, de la formación de jóvenes periodis-tas. Al haberse desentendido de ella el Es-tado, apenas la han seguido entre un 20%y un 30% de los 150 o 200 periodistas deBenin y de Togo, o de sus 300 colegas de

D E M A S I A D O S P E R I Ó D I C O S PA R AU N M E R C A D O R E D U C I D O

( F o t o © P a n o s P i c t u r e s / M a r c u s R o s e ) .

Á f r i c a O c c i d e n t a l

LA DEONTOLOGÍA A SUBASTAEn los países donde la libertad de informar es muy reciente y la competencia entre periódicos, feroz,vender y perseguir subvenciones no siempre encajan con las reglas del periodismo.

Malí, que entraron masivamente en la pro-fesión a comienzos de los noventa. El re-sultado fue que "nuestros artículos eran vi-rulentos porque ignorábamos que existie-ra una ley de prensa y la posibilidad delitigios por difamación, así como ladeontología de la profesión", reconoceÉdouard Loko, del periódico beninés LesÉchos du jour.

Pero lo contrario también es cierto:¿qué valor tiene la deontología cuando laspropias autoridades le hacen poco caso? Lalibertad de información es, a menudo, de-masiado nueva para ejercerla sin impedi-mentos ni segundas intenciones. A pesarde que el uso de la forma directa es excep-cional, mil y una argucias permiten llegarpoco a poco al mismo resultado. Teniendoen cuenta que el acceso a las fuentes ofi-ciales es toda una odisea, el periodista seremite a los rumores, a falta de hechos con-firmados. Algunos participantes maliensescontaron que una radio privada fue ataca-da por taxistas, furiosos por las manifesta-ciones -que los participantes reconocencomo injuriosas- que se emitían por radioen contra de ellos.

Sin llegar a esos extremos, ¿la ofertano responde simplemente a la demanda?"Es muy difícil vender información cívi-ca", señala Édouard Loko, para quien, ade-más, la función cívica es exclusiva del Es-tado. "Los benineses, añade, prefieren lasnoticias referentes a las disputas entre par-tidos o entre poder y opositores". "Hay queser polémico, denigrar al ‘enemigo’", aña-de Sadou Yattara, responsable de la Aso-ciación Maliense de Editores de PrensaPrivada. La información "independiente",cuyo auge fue uno de los mecanismos delmovimiento democrático en el África Oc-cidental, sufre de una especie de pecadooriginal. Puesto que la información oficialse dejaba entonces de lado porque eraaséptica y servil, la información "privada"será votada por su virulencia y su combati-vidad: "la credibilidad de la prensa entreel público se basa en el radicalismo de suoposición", señala Sadou Yattara.

MADUREZEste último término debe entenderse aquíen su sentido más amplio: oposición a to-dos los demás, al poder y a todos los parti-dos o intereses que no sean de la mismaopinión. También toma una connotaciónespecial debido a la naturaleza de losenfrentamientos políticos, que, por múlti-ples razones, se cristalizan más en conflic-tos de personas o de clanes, que en la di-vergencia de ideas. La información respon-de ante todo a la demanda, pero está mar-cada a su vez por el clima político en elque se halla inmersa esta región. La reglase confirma aquí y en todas partes: calidadde la información y madurez democráticavan juntas.

En teoría, los participantes suscribie-ron ciertamente la definición que les dioInnocent Lawson, asesor de la Alta Auto-ridad Audiovisual y de Comunicación deBenin: "la verdadera deontología del pe-riodista consiste en buscar, dar y comen-tar una información exacta y verificada".En la práctica y a corto plazo, probable-mente deberán seguir compartiendo el pun-to de vista de uno de ellos: "yo tengo eldeber concreto de dar a los lectores la in-formación que quieren".

René LEFORT,y Ali IDRISSOU-TOURÉ, Cotonou

T E M A C E N T R A L

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15. . . . . .

Durante 119 días, los telespectadoresdel mundo entero vieron en sus pan-

tallas a decenas de miles de personas pro-testando, por las calles de Belgrado, con-tra la anulación de las elecciones del pasa-do 18 de noviembre. Pero en la capital ser-bia, al que quería informarse no le queda-ba más remedio que bajar a la calle o sin-tonizar Radio B-92. Las emisoras del Es-tado y progubernamentales sólo hicieronreferencia a las manifestaciones en las úl-timas semanas, sobre todo para criticarlas.

B-92, una pequeña radio independien-te, consiguió romper el silencio. A pesarde no poderse apenas oír en algunos ba-rrios, la brusca interrupción de sus emisio-nes el 15 de diciembre, tras el bloqueo desu frecuencia por las autoridades, generóuna onda de choque que se propagó mu-cho más allá de los Balcanes. Más de 35equipos de radio y de televisión extranje-ros ocuparon las oficinas de B-92 para cu-brir el acontecimiento, pero también pararetransmitir sus programas. En el frente di-plomático, gobiernos extranjeros y orga-nizaciones internacionales asediaban alpresidente Slobodan Milosevic con protes-tas, mientras que, en la calle, los manifes-tantes coreaban el nombre de sus periodis-tas preferidos. B-92 reanudaba la emisión50 horas más tarde.

"Estábamos preparados, se felicitaAleksandar Timofejev, uno de los princi-pales reporteros de la emisora. Nuestra sec-ción de actividades políticas es la más só-lida del país. Ya hacíamos un buen traba-jo. Pero en los últimos tiempos, excelentesperiodistas de otras emisoras han venidoa reforzar nuestro joven equipo".

STATU QUOSi encontrar buenos periodistas enBelgrado no es un problema, no se puededecir lo mismo de los medios de comuni-cación independientes. Radio B-92 es unaemisora pirata que nació en mayo de 1989,cuando los estudiantes empezaron a emitirpor la frecuencia de la radiotelevisión na-cional. Desde entonces reclama una fre-cuencia. Los embajadores extranjeros y lasorganizaciones internacionales, como laUNESCO, la han apoyado dirigiéndose alministro de información. "Nunca hemosrecibido una respuesta oficial, afirma

B e l g r a d o

LAS ONDAS EN MEDIO DE LA BATALLABajo la presión de la calle y de las organizaciones internacionales, los medios de comunicaciónindependientes de la capital serbia han logrado una victoria. ¡Cuidado con los riesgos de recuperación!

Klaus Schmitter, de la División de Comu-nicación de la UNESCO. Pero hemos con-seguido un statu quo: las autoridades to-leran emisoras independientes como B-92.En 1994, el presidente Milosevic las utili-zó para alardear de libertad de prensa enSerbia. Las organizaciones internaciona-les lo aprovecharon para enviar apoyo téc-nico y los índices de audiencia aumenta-ron. Ahí empezaron los problemas".

Studio B es otro ejemplo clásico. Estaradio municipal creada hace 20 años, fuealcanzando mayor libertad en su políticaeditorial, con la idea de convertirse en unaemisora independiente y realmente profe-sional. En 1991, se transformó en la únicacadena de televisión independiente deSerbia, bajo la forma de una sociedad anó-nima, con un 87% de capital privado. ElEstado poseía el 13% restante. Ante el au-mento de la audiencia, los poderes públi-cos intentaron tomar su control, aducien-do que la privatización de una empresa deradiotelevisión pública era ilegal. Los di-rectores se resistieron, mientras que lasNaciones Unidas, la Unión Europea y laUNESCO enviaban observadores y nuevascartas de apoyo.

En 1994, unos donativos de Francia yde Alemania permitieron que la UNESCOenviara material de posproducción por unvalor de 100.000 dólares. Al año siguien-te, una colecta de fondos reunía 350.000dólares. Pero antes de que llegara el dine-ro, las autoridades se apoderaban de la

emisora. "¡Socorro Belgrado!", gritaba el15 de febrero de 1996 el periodista Jugos-lav Pantelic, por el micrófono de Studio Bradio, cuando los agentes de seguridad delrecién nombrado redactor jefe, DragisaKovacevic, se apoderaban del estudio, lle-vándose por la fuerza al presentador y ex-pulsando al personal administrativo y edi-torial. La misma escena se repitió en elestudio de televisión, donde las cámarasfilmaban a Kovacevic instando al presen-tador, Olivera Bojovic, a pedir públicamen-te disculpas por haber anunciado: "el Es-tado metió mano a Studio B".

Durante ese tiempo, llegaban avalan-chas de protestas de responsables europeosy americanos. Tras dirigir una carta al pri-mer ministro, Radaie Kontic, el directorgeneral de la UNESCO apelaba "a los pro-fesionales afectados y a los defensores dela democracia, a hacer todo cuanto estéen su mano para que pueda existir de nue-vo una televisión independiente".

VI ENTOS NUEVOSCon el reciente relevo municipal en nume-rosas ciudades serbias, podrían soplar vien-tos nuevos para los medios de comunica-ción independientes. Radio B-92 apareceahora como un símbolo, no de la coaliciónopositora Zajedno (juntos), sino de los mi-les de manifestantes que bajaron a la calle.Aunque sigue esperando su frecuencia.

En marzo, el nuevo equipo municipalde Belgrado nombró el consejo ejecutivode Studio B y muchos periodistas de la pri-mera época han regresado. Pero ¿sabránguardar las distancias respecto de sus nue-vos amos políticos? Cuando la emisora re-anudó las emisiones, la periodista OlijaBeckovic declaró solemnemente: "estarcontra el régimen no es una cuestión ideo-lógica, sino ética y profesional". Pero enalgunas ciudades, la oposición ya ha inten-tado influir sobre la política editorial de"sus" medios de comunicación locales.

"Studio B no será la televisión del mu-nicipio, advierte su director adjunto, Vla-dan Radosalvjevic. Esperamos que nos de-vuelva nuestra condición de accionistas,garantía de la calidad y del profesio-nalismo de la emisora".

Hari STAJNER,Belgrado

E S T Á N U S T E D E S E S C U C H A N D O U N A R A D I OL I B R E ( F o t o © G a g o v i c D r a s k o ) .

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T E M A C E N T R A L

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L A C R E A C I Ó N D E R A D I O S C O M U N I T A R I A S E STA M B I É N S U V I C T O R I A

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Todo el mundo puede escuchar las ra-dios grandes, afirma Chery Jude, que

quiere crear una emisora en el barrio deCarrefour, en Puerto Príncipe. Pero ellasno nos hacen ningún caso. Con una radiolocal podremos, al fin, abordar nuestrosgrandes problemas, que el Gobierno nopuede o no quiere resolver".

Esto es cierto en la capital y evidenteen el campo: no sólo los problemas ruralesson aún menos atendidos por antena, don-de reina el dominio mutilador de esa "Re-pública de Puerto Príncipe", según la ex-presión frecuente de los haitianos, sino queademás esas grandes radios ni tan sólo seoyen en las zonas más apartadas. Este me-dio de comunicación, no obstante, es pri-mordial, ya que las tres cuartas partes delos siete millones de haitianos son analfa-betos. La emisora católica Radio Soleil, porejemplo, desempeñó un papel clave en lacaída de la dictadura de Duvalier, en 1986.

Por eso uno de los objetivos priorita-rios de Jean-Bertrand Aristide, primer pre-sidente democráticamente elegido de Hai-tí, era "convertir en protagonistas a aqué-llos cuyas voces raramente se oyen", dadoque ellos le habían llevado al poder y quelas fuerzas dictatoriales que aplastaban aHaití desde hacía dos siglos, no estabanderribadas ni reducidas al silencio. Habíaque "permitir a la mayoría pobre debatirsobre los temas de importancia nacional"y " preconizar el diálogo entre distintosgrupos sociales". El instrumento: las ra-dios comunitarias.

CON PR I SASPuesto que apoya tanto la democratizacióncomo el desarrollo de la comunicación, sepide auxilio a la UNESCO. En la necesi-dad apremiante, cuatro radios situadas enlos rincones más apartados ven la luz en1995, con algunos locutores y técnicos for-mados rápidamente. "Nosotros ayudamosa la gente a autodeterminarse, afirmaOscar Larrauri, representante de la UNES-CO en Haití. Los rurales aprenden a ex-presarse por sí mismos, a menudo por pri-mera vez. Están aprendiendo que existen".

Estas radios emiten una mezcla de pro-gramas basados en la salud, la producciónagrícola, el medio ambiente, la educacióncívica, las mujeres, y ofrecen consejos

H a i t í

RADIOS PEQUEÑAS, GRAN FUTUROA pesar de la falta de experiencia y de recursos, las radios comunitarias han logrado conectarsea la población rural. Ahora les falta dominar sus conocimientos y romper su aislamiento.

prácticos, con algo de música y de infor-mación general. Intentan conferir unidady dinamismo a esas comunidades. Los lo-cales suelen estar construidos por los ve-cinos, que también proporcionan unos ba-jos ingresos a los locutores, y las autorida-des municipales se hacen cargo de los de-más gastos de funcionamiento. Las orga-nizaciones de base, de mujeres, de estu-diantes, religiosas, también colaboran.

Tiburón para llevar a reparar un emisor (laspiezas de recambio son escasas, caras einexistentes en ese lugar) sólo se salvó dela población, que le tomó por un ladrón,huyendo en un helicóptero de las Nacio-nes Unidas.

La mayor parte de las organizacionesde base no tenían experiencia en gestión yel personal de las radios no conocía ningu-na de las técnicas de producción. Una for-mación posterior debía permitirles domi-nar una de las dos, pero todavía no se haimpartido. Asimismo, la coordinación en-tre los promotores del proyecto y susinterlocutores a nivel nacional se disten-sionaba, sencillamente debido a la inesta-bilidad que afectaba a Haití hasta el retor-no de la democracia en 1994.

CARENC IASDe ahí que exista una carencia en la pro-ducción de programas "autóctonos" y quese derive inevitablemente hacia radios deentretenimiento. Sobre todo porque, paraproducir, se necesitan recursos. Y, comoafirma Joseph Georges, "las empresas sus-ceptibles de aportar recursos publicitariosson escasísimas fuera de las grandes ciu-dades". Y cuando lo hacen, muy a menudoes, según Raoul Peck, ministro de la cultu-ra y encargado de la comunicación, paraintervenir en esas radios, con el riesgo depervertir su misión, pero con la ventaja deevitar la ley que prohibe a las radios priva-das una cobertura nacional.

Raoul Peck no menosprecia la influen-cia de los factores coyunturales en el mo-derado balance de esta experiencia, queafina una evaluación en curso. Pero sobretodo lo achaca a la "desregulación de he-cho" que predomina en Haití: vacíos jurí-dicos, peso creciente de los grandes secto-res financieros, debilidad de la radiodifu-sión del Estado. La prioridad de las autori-dades es, pues, crear las condiciones de unauténtico pluralismo. Estos "micropro-yectos" de radios comunitarias podrán sa-lir así de su aislamiento, que les condena,y hallar un segundo respiro en un "macro-proyecto" nacional. Las voces de los queno tienen voz deben unirse en un coro parahacerse oir.

Con Greg CHAMBERLAIN,Puerto Príncipe

La formación está a cargo de la Socie-dad de animadores en Comunicación So-cial (SAKS), una ONG que también haayudado a lanzar otras 14 radios comuni-tarias. Su director, Joseph Georges, un ve-terano de Radio Soleil, responsable de laAMARC, una ONG internacional dedica-da a radios comunitarias, reconoce que hahabido dificultades, pero que se están re-solviendo. Según Oscar Larrauri, una deellas demuestra, paradójicamente, el éxitode esta iniciativa: los robos. El pasadoagosto, la emisora de Belle Anse era sa-queada. Enseguida, decenas de habitantessalen en busca de los ladrones, y durantela noche el material es recuperado y reins-talado. Un técnico llegado de la capital a

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Apellido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nombre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Dirección. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Código Postal . . . . . . . . . Ciudad. . . . . . . . . . País . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Ediciones UNESCO, Servicio de ventas, 7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP.

«El desafío que tiene ante sí la humanidad es adoptar nuevasformas de pensar, actuar y organizarse en sociedad.

En resumen, nuevas formas de vivir».Javier Pérez de Cuéllar

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

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L A A RT I S T A A T R AV É S D E S U O B R A( ( F o t o © R e s e r v a d o s t o d o s l o s d e re c h o s ) .

"Hay cerca de 250 personas en esta sala. Yprobablemente 250 definiciones de la éticade la información. Para unos, se refiere alrobo de información electrónica. Paraotros, a la difusión de material pornográfi-co o antisemita. Para un tercer grupo, elno tener acceso a las autopistas de la in-formación es contrario a la ética, etc.", ex-plica Michael Nelson, director de políticatecnológica de la Comisión Federal de Co-municaciones, en Washington. "Todas lascuestiones éticas de la sociedad humana...acabarán probablemente apareciendo enlas redes", la "tela" como se dice ahora, afir-ma por su parte Bob Kahn, presidente de laCorporación de Iniciativas de InvestigaciónNacional (Estados Unidos) y uno de lospadres de Internet. Ambos formaban partede la pléyade de expertos de 45 países queasistieron al primer congreso sobreinfoética, organizado por la UNESCO ycelebrado en Monte-Carlo (Mónaco) del 10al 12 de marzo.

S I N C O N S E N S OAunque de él no salió una solución clara,abrió una auténtica caja de Pandora. El al-cance del tema, el enorme abismo entre paí-ses ricos y pobres, y las distintas percep-ciones culturales en cuanto al funcionamien-to de la sociedad de la información, hicie-ron casi imposible el consenso sobre lasprioridades éticas en este ámbito. Pero to-dos los participantes coincidieron en que lasnuevas tecnologías de la información van acambiar nuestra vida: "la forma en que so-mos educados, trabajamos, nos goberna-mos", añadió Nelson. Su evolución es tanrápida que parece escapar de nuestro con-trol, señalaron los participantes, no sin pre-ocupación.

"La comunicación tiene actualmentecuatro características, indicó IgnacioRamonet, director de la redacción de LeMonde diplomatique: es planetaria, perma-nente, inmediata e inmaterial. Antes, eraDios quien poseía esas cualidades". Y aun-que los beneficios serán enormes, todoscoincidieron en que los problemas por so-lucionar no lo son menos.

Por ejemplo: más de la mitad de la po-blación mundial no ha usado nunca un telé-fono, en la opinión de Toni Carbo, decanode la "School of Information Services" de

la Universidad de Pittsburgh (Estados Uni-dos). "En 1994, precisó Serigne Diop, mi-nistro senegalés de comunicación, la den-sidad telefónica media por 100 habitantesera de 0,5 en el África subsahariana y de4,2 el África del Norte". Instalar esa infra-estructura básica costará miles de millo-nes de dólares. ¿Quién los pagará? "¿Cómollegará la revolución planetaria de la in-formación a esa parte del mundo?", se pre-guntaba Kay Raseroka, bibliotecario de laUniversidad de Botswana.

POCO SEGURAS Y POCO FIABLES"Las infraestructuras de la informaciónson poco seguras y poco fiables. La socie-dad de la información tendrá que vivir conriesgos", advirtió Klaus Brunnstein, pro-fesor de la Universidad de Hamburgo (Ale-mania). Por ejemplo: un secuestro infor-mático del que fue víctima el Citibank, enEstados Unidos, reportó 400.000 dólares aunos piratas informáticos rusos de SanPetersburgo; fueron atrapados cuandotransferían otros 12 millones de dólares.Los fraudes en los teléfonos y en las tarje-tas de créditos son corrientes. Incluso elFBI y la CIA han sido víctimas de piratas.El espionaje industrial por Internet no parade aumentar. Según Klaus Brunnstein, cer-ca de 12.000 virus informáticos merodeanpor la red. "A lo mejor hay 200 autores devirus por el mundo, que amenazan los da-tos de 200 millones de PC. El fenómenoha adquirido tal envergadura que ha na-cido una nueva industria: cinco grandesempresas, que emplean a un total de 2.000personas, se dedican únicamente a com-batirlos", afirmó Christoph Fischer, direc-tor del "Micro-BIT Virus Center" de la Uni-versidad de Karlsruhe (Alemania).

Otro ejemplo: en numerosos países, di-fundir material pornográfico o muy violen-to constituye un delito. Lo mismo sucedecon la publicación y la transmisión de do-cumentos que calumnian a personas porsu sexo, su raza o sus tendencias sexuales.En la mayoría de países, los intercambiosrelacionados con la pornografía infantil es-tán prohibidos. No obstante, señala KaarenKoomen, responsable de servicios en líneade la "Australian Broadcasting Authority","las particularidades de la transmisión enlínea hacen muy difícil que se impida el

I n f o é t i c a

LA "TELA" DE PANDORALa sociedad de la información avanza. Pero hay que orientarlaentre dirección prohibida y dirección obligatoria.

E l 7 de ma r zo , en v í s pe ra s d e l c ong r e sode Mon t e ca r l o ( v e r a r t í c u l o de a l l a do ) ,un g rupo de expe r t o s s e r eun i ó en l aUNESCO pa ra deba t i r s ob r e e l pape l d e l aO rgan i za c i ón en l a e r a de l a s AUTOP IS -TA S D E L A I N F O R M A C I Ó N . C o n c r e t a -men t e r e c omenda ron que l a UNESCOcon cen t r e s u a c c i ón en l o s a s pe c t o sj u r í d i c o s y é t i c o s d e l c i b e r e spa c i o :de r e cho s de l o s au t o r e s y de l o su sua r i o s , no v i o l en c i a , a c t i v i dade sc r im ina l e s . L o s pa r t i c i p an t e s s eña l a r ona s im i smo l a ne c e s i dad de adap t a r l o sp r o c e so s y l a s i n f r ae s t r u c t u r a s edu ca t i v o sa e s t e nuevo en t o rno c r eado po r l a" i n f o r r evo l u c i ón " .

"Es importante que cada uno denosotros tenga una visión clara delmundo presente y futuro". La artistajaponesa Hiroko Sai visualiza la suyaen forma de pinturas acrílicas trans-parentes. Unas treinta de ellas seexpusieron en la UNESCO del 27 defebrero al 18 de marzo. Pero su artees también una "OBRA MENSAJE":sobre hojas transparentes, transcribelos cerca de 20.000 mensajes que el

público le ha enviado a la página"peaceline" de Internet, en el espaciode cuatro meses. Los visitantestambién podían poner el suyo en unordenador que estuvo a su disposicióndurante toda la exposición.

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D I S T I N G AL O FA L S OD E L OV E R D A D E R O( F o t o ©G A M M A ) .

suministro y el paso de fronteras de mate-rial ilícito... La mayor parte del materialestá abierto a todos, salvo aquel que re-quiere la utilización de un medio de pago".

La supremacía de la lengua inglesa enla red también resultó un tema de preocu-pación, así como el uso productivo de las

Reun i do en l a UNESCO de l 17 a l 21 demar zo , e l C on s e j o I n t e rgube rnamen ta lde l P r og rama I n t e rna c i ona l pa ra e lD e s a r r o l l o d e l a C O M U N I C A C I Ó N( P IDC ) ap robó 36 nuevo s p r oye c t o s po run impo r t e t o t a l d e do s m i l l one s dedó l a r e s . S e r e f i e r en p r i n c i pa lmen t e a l af o rmac i ón y a l a s i n f r ae s t r u c t u r a s d e l o smed i o s d e c omun i c a c i ón de Á f r i c a : a yudaa l a agen c i a de p r en sa e r i t r ea ER I TNA ,c r ea c i ón de una r ad i o a s o c i a t i v a demu j e r e s en Ma l aw i , t é c n i c a s d e i n f o rma -c i ón en Rwanda , e t c . E l P IDC apoya ráa s im i smo a l o s med i o s d e c omun i c a c i ónde l Ca r i b e y de Papua -Nueva Gu i nea , al a t e l e v i s i ón pa l e s t i na y a una p r odu c t o -r a de Bo sn i a -He r zegov i na .

Juncos, barcos o piraguas, en elmuelle, navegando o durmiendo enlas playas, en total más de 200cuadros de BARCOS TRADICIONALESde 45 países, se expusieron en laUNESCO del 17 al 26 de febrero. El"pintor navegante" francés LouisGeorge-Batier ha realizado esas

acuarelas en el curso de un periplo decerca de 20 años por todos los maresdel globo, con un objetivo:"reproducir lo mejor posible... esostestimonios de un patrimonio en víasde extinción... para la memoriamarítima de este fin de siglo". Laexposición se organizó en el marcodel proyecto de la UNESCO "Estudiointegral de las rutas de la seda: rutasde diálogo" .

I n f o é t i c a

nuevas redes de información. "Corea per-tenece a la sociedad de la información,pero el problema es saber qué se hace conella, destacó Sung-Gwan Park, profesor dela Universidad Nacional de Seúl. Nosotrossomos consumidores pasivos, más queusuarios activos".

Y se pueden multiplicar los ejemplos.Los derechos de autor se convierten en"una verdadera pesadilla" y, con el increí-ble desarrollo de las imágenes de síntesis,¿cómo distinguir lo falso de lo verdadero?

Pero las soluciones aún son más difí-ciles de identificar, ya que, como explicóMichael Nelson, "la que se encuentre hoypuede estar superada dentro de seis me-ses".

Regular o no regular, esa es la cues-tión. Muchos participantes del mundoindustrializado, en especial los norteame-ricanos, están convencidos de que un mer-cado desregulado acabará resolviendo losproblemas esenciales. Según Nelson, "losgobiernos gravan excesivamente a losusuarios, les privan de los beneficios (delas tecnologías de la comunicación) pro-tegiendo a los monopolios". La desre-gulación abriría el mercado a la compe-tencia, provocaría una disminución de losprecios y las dificultades de acceso que-darían en parte resueltas. Por otra parte,se están estudiando sistemas para filtrar elmaterial delictivo y garantizar una mayorseguridad, a petición de los consumidores.

Otros participantes, principalmente delÁfrica francófona y de Francia, opinan que

es absolutamente necesaria alguna forma deregulación, para evitar, según IgnacioRamonet, "la ley de la selva". La lógica dellibre mercado "no es en absoluto creíble encuanto se refiere a África, observa elinformático de Burkina Faso SylvainZongo. La privatización permitiría reducir

los costes de las telecomunicaciones urba-nas, pero los pueblos más apartados no ten-drían acceso a ellas. Que los gobiernosabandonen un sector tan vital como la co-municación, es muy prematuro".

"Está claro que, de momento, las auto-pistas y las tecnologías de la informaciónse rigen por la economía de mercado, se-ñaló Henrikas Yushkiavitshus, subdirectorgeneral de la UNESCO para la comunica-ción, la información y la informática. No-sotros no estamos en contra, pero no pode-mos dejar todo el desarrollo en este camposólo en manos de las fuerzas del mercado,y correr el peligro de marginar a sectoresno lucrativos, como la educación, la cien-cia y la cultura".

Algunos delegados franceses y rusospropusieron crear un comité sobre infoética,y unos representantes alemanes, un "forovirtual" para proseguir el debate en elciberespacio. La UNESCO, por otra parte,acaba de crear un web sobre infoética. Estágestionado por Le Monde diplomatique(http://www.monde diplomatique.fr) ycuenta ya con 800 inscripciones y 100 pro-puestas.

La discusión está abierta. Como sugi-rió Bob Kahn, "si Internet se equivoca decamino, no será por falta de tecnologías,de visiones ni de motivaciones. Será por-que no habremos podido fijarnos una di-rección, ni caminar juntos hacia el futuro".

Sue WILLIAMS,Monte-Carlo

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

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" TOLERANC IA , PUERTAS AB I ERTAS ALA PAZ " , f u e e l t ema de una c on f e ren -c i a c e l eb rada en Mo s cú l o s d í a s 4 y 5 demar zo , c on mo t i v o de l a s J o rnada s de l aUNESCO en Ru s i a . Ba sándo se en en cue s t a ss o c i o l óg i c a s , uno s c i n cuen t a c i en t í f i c o s ,r e s pon sab l e s d e edu ca c i ón y do c en t e sdeba t i e r on s ob r e l a edu ca c i ón en ma t e r i ade t o l e r an c i a , pa z , d e r e cho s humano s ydemoc ra c i a en l o s pa í s e s d e l a Comun i -dad de E s t ado s I ndepend i en t e s . Ten i endoen c uen t a l a s i t ua c i ón po l í t i c o - s o c i a l d ee so s pa í s e s , que c ondu ce a unarad i c a l i z a c i ón de l o s c ompo r t am ien t o s oa l od i o r a c i a l y é t n i c o , c on s i d e ra ron quee ra impe ra t i v a s u " human i za c i ón " .

El vestido de novia de la reinaMargot, el de Scarlett O’Hara,kimonos y saris de novia del siglo XIX,modelos de la alta costura francesa,desde Pierre Cardin hasta Jean-PaulGauthier: cerca de cuarenta

creaciones sobre el tema "EL ESPÍRITUDEL MATRIMONIO en el mundo", seexpusieron en la UNESCO del 7 demarzo al 2 de abril. Se evocarontambién diferentes tradiciones cultura-les y religiosas de la celebración delmatrimonio.

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U N V E S T I D O D E C L A U D E M O N TA N A( F o t o U N E S C O / M i s a t o L e M i g n o n ) .

Vinieron de todos los continentes para asis-tir a la Conferencia internacional sobre Po-lítica lingüística en África, que se reunióen Harare. Pero fuera de la sala, sin tarjetaidentificativa, los delegados negros choca-ron de lleno con el problema que les ocu-paba. Los zimbabwenses empezaron a ex-presarse en shona, después se disculparoneducadamente, ante las miradas cargadas deincomprensión de sus interlocutores. Del 17al 21 de marzo, lingüistas y representantesde gobiernos, entre ellos dos ministros, seesforzaron por resolver "uno de los mayo-res problemas de desarrollo del continen-te".

"Debemos tener la valentía de elabo-rar una política lingüística coherente, ca-paz de ayudarnos, como pueblo y como con-tinente, a conseguir nuestro desarrollo po-lítico, cultural, social, económico, es decir,en todos los ámbitos, afirma GeorginaQuarshi, del ministerio ghanés de educa-ción. No lo lograremos limitándonos a laslenguas heredadas de la colonización: elinglés, el francés y el portugués".

R E T R Ó G R A D AEs una actitud retrógrada, explica, conde-nar a muerte a unas lenguas locales, con laexcusa de que no tienen nada que hacer enInternet o en una "aldea global" cada vezmás dominada por el inglés. Los 2.000 dia-lectos que se hablan en el continente pue-den conseguir un lugar bajo el sol, añadeAnne-Marie Beukes, directora de planifi-cación lingüística del Ministerio de Arte yCultura sudafricano. Por ejemplo, Zimba-bwe, igual que Nigeria, ha anunciado suintención de ampliar los programas escola-res, incluyendo más lenguas locales, parareforzar "el orgullo nacional y también elsentimiento de pertenencia a una comuni-dad amplia".

La actual política lingüística refleja, enbuena medida, las posiciones de las élitesurbanas minoritarias, apasionadas de laslenguas extranjeras, señala. Sin embargo,"Internet está a años luz del pueblo africa-no donde vive la mayoría de la gente... Pri-mero tenemos que comunicar entre noso-tros. ¿Cuántos de nosotros viajan al extran-jero o se mezclan con el mundo exterior?"El porvenir de las lenguas nacionales deÁfrica no está en entredicho por culpa del

Á f r i c a

UN CONTINENTE Y DOS MIL LENGUAS¿Arraigo o apertura? Esta pregunta centra el debate sobrelas políticas lingüísticas.

francés, del inglés ni de otras lenguas eu-ropeas, sino de los responsables políticosy de los directores de los sistemas escola-res, que han escogido esta vía, y del públi-co que la ha aceptado. "Algunos políticosy predicadores religiosos se dirigen a suauditorio en inglés y utilizan un intérpre-te, cuando en realidad todo el mundo -ora-dor, intérprete y auditorio- habla correc-tamente las lenguas nacionales", recorda-ba el principal periódico de Zimbabwe, TheHerald, en vísperas de la conferencia.

Además, en opinión de algunos dele-gados, como Eli Matteru, director interinodel departamento de arte y lengua deTanzania, una política lingüística claramen-te definida, que tenga en cuenta el uso y elfomento de las lenguas africanas, como elsuajili en Tanzania, fortalecerá la actuaciónpolítica en favor de la unidad nacional,consolidando la paz y la estabilidad social.Algunos, no obstante, objetaron que la len-gua puede "únicamente ayudar" y que crearun entorno multilingüe no es una soluciónen sí. Al fin y al cabo, la existencia de "len-guas o vínculos comunes sólidamente de-finidos" en Somalia, en Rwanda y en Bu-rundi, no ha cambiado gran cosa cuandohan estallado sangrientas guerras civiles yconflictos sociales.

U N I D A D T R A N S F R O N T E R I Z APero los oradores repitieron, uno tras otro,que había que dar una oportunidad a laslenguas locales y dejarles tiempo paraconstruir también la unidad transfronterizadel continente, lo cual es posible. Los de-legados citaron el ejemplo de los paísesnórdicos, donde las noticias económicas,por ejemplo, se emiten en la lengua local ose traducen a ella, sin que el desarrollo fi-nanciero, científico y tecnológico sufra poreso. El profesor Okoth Okombo, lingüistakeniano, propuso la creación de un tesaurode las lenguas africanas, considerando quela empresa es posible porque hace suya lateoría según la cual "todas las lenguas tie-nen su origen en África".

Las lenguas internacionales han evo-lucionado con el tiempo y el uso. Las pa-labras y los conceptos empleados en infor-mática, por ejemplo, solamente tienen me-dio siglo de existencia. La creatividad y eldesarrollo general de África han sufrido la

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A C T U A L M E N T E ,L AS U P R E M A C Í AD E L A M H Á R I C OE SC U E S T I O N A D AE N E T I O P Í A( F o t oU N E S C O /G a r r a u d ) .

falta de una política lingüística local atre-vida, resumía un participante, haciéndoseeco de numerosos asistentes. "La gentepiensa, sueña y se expresa plenamente ensu lengua. ¿Cómo puede exigirse origina-lidad y creatividad a un individuo que dasus primeros pasos en una lengua?"

Un g rupo de e s pe c i a l i s t a s s e r eun i ó en l aUNESCO l o s d í a s 24 y 25 de f eb r e r o ,pa ra deba t i r s ob r e l a c r ea c i ón de uni n s t i t u t o i n t e r na c i ona l d e ESTUD IOSCOMPARADOS DE LAS C IV I L IZAC IO -NES , e n Tax i l a ( Pak i s t án ) . Su ob j e t i v o e sf avo r e c e r e l r epa r t o de l o s c ono c im i en t o sen t r e i n ve s t i gado r e s d e c i v i l i z a c i one s ,c r e en c i a s , c u l t u r a s y l e ngua s de l A s i ac en t r a l y me r i d i ona l . E l p r oye c t o p r evéque l a O rgan i za c i ón pa r t i c i p e en l ac r ea c i ón y en e l f un c i onam ien t o de li n s t i t u t o . L a c i udad h i s t ó r i c a deTak sha s ch i l a ( l a a c t ua l Tax i l a ) , en c r u c i j a -da de l a s p r ime ra s r u t a s d e l a s eda , f u e ,du ran t e 1 .000 año s , d e sde e l s i g l o V Ia . d e J . C . , un c en t r o de s t a cado decono c im i en t o y un f o c o de i n t e r c amb i o sc u l t u r a l e s .

"Permitir que las fuerzas de la razónrealicen un análisis crítico de lascausas de tensión", es el objetivo deuna serie de conferenciasorganizadas por la fundaciónhumanitaria AMAR, en colaboracióncon la UNESCO, sobre las"CIVILIZACIONES ISLÁMICA YEUROPEA: un espacio permanente dediálogo". La tercera se celebró en lasede del 5 al 7 de marzo.Universitarios, intelectuales, jefesreligiosos y hombres de negocios de17 países, hicieron hincapié en lanecesidad de tomar conciencia de lasdiversidades culturales y sociales delos mundos musulmán y occidental,para poner fin a los prejuiciosestereotipados y lograr una mejorcomprensión mutua.

Ce r c a de c ua r en t a expe r t o s , en s umayo r í a m i embro s de l a Com i s i ón So l a rMund i a l , s e r eun i e r on en l a s ede l o s d í a s20 y 21 de ma r zo pa ra d i s c u t i r s ob re l aap l i c a c i ón , en t r e 1996 y e l año 2005 ,de l PROGRAMA SOLAR MUND IAL . E ne l ma r co de l s egu im i en t o de l a Cumbreso l a r, que s e c e l eb ró en Ha ra r e ens ep t i embre de 1996 , s u m i s i ón e s ,e s pe c i a lmen t e , e s t ab l e c e r una l i s t a d ep r o y e c t o s p i l o t o s p r i o r i t a r i o s .

Á f r i c a

Los delegados no aprobaron ningunode los modelos concretos de políticalingüística que se aplican actualmente, peroaplaudieron aquéllas que clasifican algu-nas lenguas locales como "principales" o"determinantes" además de una lengua in-ternacional.

La próxima etapa consistirá en garan-tizar el uso del mayor número posible delenguas en los debates parlamentarios y laredacción de leyes, como en el caso deNigeria, que presta atención a las lenguasyoruba, igbo y hausa.

Según The Herald, la políticalingüística ideal de África -y de cualquierparte del mundo- debe fomentar el uso deal menos dos lenguas locales y de una len-gua internacional, como el inglés o el fran-cés. "Las personas deben ser bilingües otrilingües para tener acceso a su cultura ya la del resto del mundo".

Los participantes coincidieron en loesencial de esta propuesta, pero reconocie-ron que los detalles de su aplicación porparte de los padres y de las escuelas, porejemplo, requieren una tarea enorme. Para

empezar, los Estados deben establecer unatipología detallada de su panoramalingüístico, precisando cómo se usan mu-chas lenguas y familias lingüísticas, quiény en qué condiciones las usa. Una vez quecada país haya establecido claramente supolítica lingüística, podrá llevarse a cabo

una colaboración regional, especialmenteen lo que se refiere a las lenguas transfron-terizas.

Para el ministro de Educación deZimbabwe, Gabriel Machinga, la gran di-ficultad es alcanzar un equilibrio indispen-sable para el bien de África. "No hemosdejado de fomentar las lenguas extranje-ras en detrimento de nuestras lenguas lo-cales, que expresan la exhuberante diver-sidad de nuestras tradiciones y de nues-tras culturas. Las lenguas africanas con-tribuyen a crear la identidad del conjuntodel continente y tenemos que estar orgu-llosos de ellas".

"Las lenguas en desherencia acabanmuriendo o se convierten en fósiles vivien-tes, reservados a los ritos. Las que se usanviven y se desarrollan. Si están dispuestosa hacer uso de sus lenguas sin ignorar lasdemás, los africanos pueden vivir en unmundo ideal, donde tengan acceso a todaslas culturas y en especial a la suya".

Cris CHINAKA,Harare

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

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En l o s ú l t imo s d i e z año s , l o s c on f l i c t o sa rmado s han ma tado a c e r c a de do sm i l l one s de n i ño s y han he r i do g r ave -men t e o mu t i l a do a uno s s e i s m i l l o ne s .L a edu ca c i ón puede c on t r i bu i r a c omba t i rl o s e f e c t o s d e l a v i o l en c i a , a o f r e c e r unaimagen de no rma l i dad y, s ob r e t odo , a" en s eña r a v i v i r en paz " .Ba j o e l t í t u l o H A C I A U N F U T U R O S I NG U E R R A , e l n º 2 6 d e l b o l e t í n E FA 2 0 0 0 ,

en i ng l é s y f r an c é s , p r e s en t a un pano ra -ma de l a " edu ca c i ón en l a s i t ua c i one s dee m e rg e n c i a " , a s í c o m o l o s e s f u e r z o sl l e vado s a c abo en Soma l i a po r l a so rgan i za c i one s i n t e r na c i ona l e s y l a s ONG ,pa ra i n t en t a r r e s t ab l e c e r e l s i s t emaedu ca t i v o , y en Rwanda , pa ra da r l e s al o s n i ño s en ca r c e l ado s " una opo r t un i dadpa ra s upe ra r s u s i t ua c i ón " .

¿Cómo incorporar la ENSEÑANZATÉCNICA Y PROFESIONAL a laformación general? Los miembros delComité Consultivo Internacional delUNEVOC (Proyecto Internacional parala Enseñanza Técnica y Profesional),reunidos en la UNESCO del 10 al 12de marzo, se plantearon esta preguntay propusieron que centrara losdebates del congreso internacionalsobre este tema, que debe celebrarseen la República de Corea en 1999.

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O LV I D A D O S P O R L O S P R O V E E D O R E S D EF O N D O S ( F o t o © U N I C E F / B e t t y P r e s s ) .

Las niñas, los pequeños nómadas y rurales,los urbanos pobres, es decir, la casi totali-dad de los somalíes de 6 a 11 años, no tie-nen ninguna posibilidad de ir a la escuela.Según un estudio realizado por Mudia-ppasamy Devadoss para el Programa de laUNESCO de educación para las emergen-cias y la reconstrucción, el índice de matrí-culas de primaria se reduce en Somalia,siendo optimistas, a un 9%. Algunos distri-tos o regiones enteras no disponen ya deninguna infraestructura educativa formal.En todas partes se producen cierres de es-cuelas. Únicamente las gestionadas por or-ganizaciones no gubernamentales, religio-sas o privadas siguen funcionando, a me-nudo en las ciudades, que sólo acogen a unacuarta parte de la población. En las escue-las privadas, las matrículas van de 0,7 a 2,8dólares al mes, una carga insoportable parala mayoría. "En comparación, y gracias almantenimiento de la ayuda internacional,los campos de refugiados somalíes deKenya, Djibuti y Yemen están mejor dota-dos y son capaces de conservar unos nive-les educativos aceptables", opina Devadoss.

R E T I R A D A P R E M AT U R AEste desastre se debe ante todo a la "retira-da prematura" de los organismos de ayudainternacional, que habían conseguido ponerde pie una parte del sistema escolar tras elfin de la guerra y mantenerlo con vida. "Elsector educativo era una de las cuatro prio-ridades de la operación de las NacionesUnidas en Somalia (UNOSOM) y, a partirde 1993, varios organismos de la ONU,ONG internacionales y sus colaboradoressomalíes, intentaron hacerlo revivir, con laayuda de la comunidad de proveedores defondos". Se ha construido y rehabilitado edi-ficios escolares, se ha formado a profeso-res, se ha dado raciones alimentarias a losniños y a los docentes, se ha distribuidomaterial escolar y se ha revisado e impresoun gran número de libros de texto.

Pero en 1994-95, numerosas ONG de-cidieron retirarse siguiendo los pasos de laUNOSOM. El Programa Alimentario Mun-dial, que se quedó, tuvo cada vez más pro-blemas para obtener y distribuir alimentosa las escuelas. Si bien la UNESCO y elUNICEF prosiguen su acción, una gran nú-mero de proveedores de fondos y de ONG

S o m a l i a

LOS MALDITOS DE LA EDUCACIÓNDesorganizado e indigente, el sistema de educación somalíno se ha recuperado de la guerra.

ya no consideran la educación como unaprioridad.

Tampoco lo es para los somalíes -anal-fabetos en una aplastante mayoría-, quie-nes consideran que le corresponde al Esta-do asumir la escolarización de sus hijos.Pero a falta de un gobierno central e inclu-so regional, no se ha invertido ningún tipode recurso en ese sector. Los tributos re-caudados por las milicias -en forma deimpuestos cobrados en las carreteras y enlos puertos, o robando a la población- y eldinero recogido por los jefes religiosos,sirven para consolidar el poder de los se-ñores de la guerra y la ley de los tribunalesde justicia islámicos, añade Devadoss.

Salir del pozo en el que se encuentra elsistema educativo será tanto más difícil,cuanto que su caída empezó mucho antesde que estallara la guerra en 1990. En losaños 80, mientras los presupuestos de de-fensa y de seguridad se disparaban, losgastos públicos en este sector disminuíandrásticamente, se descuidaba el manteni-miento de las escuelas y el profesoradoabandonaba su profesión. Es aún más tris-te de aceptar la crisis de la educación, por-que el sistema somalí era considerado, has-ta entonces, como uno de los más desarro-llados de África.

Sophie BOUKHARI

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P L A N E T A

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FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organización de las Naciones Unidaspara la Educación, la Ciencia y la Cultura (tel: 33 145681673; fax: 33 1 45685654). Las edicionesen inglés y francés se realizan enteramente en lasede; las ediciones en español y catalán, con el Cen-tro UNESCO de Cataluña, Mallorca 285, 08037 Bar-celona, España; la edición en chino, con la AgenciaXINHUA, 57 Xuanwumen Xidajie, Beijing, China;la edición en portugués, con la Comisión Nacionalpara la UNESCO, Avenida Infante Santo nº 42, 5º,1300 Lisboa, Portugal.Responsable de la publicación: R. Lefort. Re-dactores: S. Williams, S. Boukhari, A. Otchet. Se-cretaria de redacción: C. Mouillère. Versión enespañol: L. Sampedro (París), E. Kouamou (Bar-celona). Compaginación: G. Traiano. F. Ryan. Se-cretaría y difusión: D. Maarek.Fotograbado e impresión en los talleres de laUNESCO. Distribución a través de los servicios es-pecializados de la UNESCO.

Para el año 2050 se perfila una grave cri-sis de agua. Ésta es la afirmación unánimedel primer Foro Mundial del Agua (Marra-kech, Marruecos, 21-22 de marzo), una vezmás después de la cumbre de Río de 1992.Su objetivo es alertar a la opinión públicay a los gobiernos sobre la necesidad decrear una dinámica para prevenir la crisis.

Porque, como lamenta el PNUD, "to-davía falta el necesario sentido de la ur-gencia". Todos los altos responsables pre-sentes insistieron en el papel fundamentaldel agua y llamaron la atención sobre ladisminución de recursos. La disponibilidad

anual de agua dulce por habitante está enretroceso y se calcula que en el año 2025bajará a un promedio de 4.800 m3, frente alos 7.300 de 1995. Las razones denuncia-das son: la explosión demográfica, el pro-greso económico muy consumidor de agua,el despilfarro y la mala gestión.

Federico Mayor, director general de laUNESCO, destacó la necesidad urgente deque los gobiernos "revisen las estrategiasy las prácticas vigentes en materia de uti-lización del agua, sobre los principios desostenibilidad y de solidaridad humana.(...) Es necesario suscitar una nueva éticadel agua", propuso. Una posición muy cer-cana a la de Kofi Annan, secretario gene-ral de la ONU, quien declaraba: "Lo quefalta globalmente no es agua, ya que ac-tualmente sólo se utiliza una sexta partedel agua disponible, sino la capacidad yla experiencia para utilizar los recursosde agua y optimizar su valor añadido".

Lo urgente es, pues, aprender a gestio-nar el agua como un bien escaso. El BancoMundial comparte este punto de vista yconsidera que "los recursos ocultos son

M e d i o a m b i e n t e

FALTA EL SENTIDO DE LA URGENCIACinco años después de Río, un foro mundial reafirma la urgenciade poder y querer gestionar los recursos de agua.

enormes". Por ejemplo, mientras las pérdi-das de las redes de distribución son de sóloun 8% en Singapur, una ciudad bien ges-tionada, en Manila ascienden al 58%. Porotra parte, las desigualdades se acentúan enrelación con el agua. El 20% más rico de lapoblación mundial consume el 80% de losrecursos, mientras que mil millones de per-sonas carecen de acceso a una agua sana.Además, los más pobres la compran a losaguadores a un precio entre 10 y 20 vecessuperior al de las redes de distribución.

Resolver estos problemas requeriráunas sumas considerables: entre 600 y 800

mil millones de dólares en 10 años, segúnel Banco Mundial. En una ciudad como SanDiego, se necesitarán 2.700 millones dedólares sólo para el tratamiento secunda-rio de las aguas. En África, conseguir, comodesea Jacques Diouf, presidente de la FAO,irrigar entre un 15% y un 25% de las tie-rras cultivables, para asegurar el alimento,requerirá entre 16 y 72 mil millones dedólares de inversión hasta el año 2010.

Y cuanto más aumenta la contamina-ción de este recurso vital, más se incre-mentan las inversiones para controlarlo. Porotra parte, éstas ya se han multiplicado pordos o tres en los últimos 20 años, según elBanco Mundial. Estos costos suplementa-rios repercutirán en los consumidores, quedeberán pagar cada vez más por un recursoantes casi gratuito. Sin embargo es una for-ma de alcanzar "la responsabilización delciudadano", como desea Federico Mayor.De lo contrario, el llamamiento lanzado enMarrakech, como los de Río, se quedaráen papel mojado.

Samuel VALLÉE,Marrakech

" L a f ue r za deva s t ado ra de un t e r r emo todepende de do s f a c t o r e s : l a vu l ne rab i l i -dad y e l a za r " , d e c l a r ó Badaou iRouhban , d e l a O f i c i na de Coo rd i na c i ónde P r og ramas de Med i o Amb i en t e , enuna c on f e r en c i a s ob r e c i udade s amenaza -da s po r CATÁSTROFES NATURALES YECOLÓG ICAS , que p r onun c i ó en l aUNESCO e l 13 de ma r zo . S i nada puedeha ce r s e c on t r a e l a za r, l a " vu l ne rab i l i -dad puede r edu c i r s e " . Y l a UNESCO l oi n t en t a , ya que " t ene r una po l í t i c ap reven t i v a e s aho r r a r d i n e r o " y, s o b r et odo , o f r e c e r a l a s g ene ra c i one s f u t u r a s" una s i t ua c i ón meno s vu l ne rab l e que l ade s u s abue l o s . E s t o e s un au t én t i c oc on cep t o de de sa r r o l l o s o s t en i b l e " .

El PREMIO INTERNACIONAL DEMEDIO AMBIENTE MARINO seconcederá a comienzos de 1998, AñoInternacional del Océano. Estepremio, creado por la FederaciónMundial de Actividades Subacuáticas(CMAS), recompensa a toda persona,organización o empresa quecontribuya de manera significativa ala toma de conciencia de laprotección del mundo marino. Lascandidaturas pueden dirigirse, hastael 31 de agosto, a la CMAS, VialeTiziano, 74, 00196 Roma (Italia).

Los recientes DESCUBRIMIENTOS ARQUEOLÓGICOS en el sitio de Sakkara (Egipto)

serán objeto de una conferencia en la Sede el 20 de mayo. Con motivo del Día mundial del

DESARROLLO CULTURAL (21 de mayo) se presentará una exposición en la Sede, del 20 de

mayo al 2 de junio, sobre la ciencia y el arte. El DÍA DE ÁFRICA será celebrado el 25 de mayo

por el conjunto del sistema de las Naciones Unidas, y el DÍA MUNDIAL DEL MEDIO

AMBIENTE el 5 de junio. Del 26 de mayo al 11 de junio, el CONSEJO EJECUTIVO

realizará su 151a sesión en la Sede. Ésta examinará, en particular, el proyecto de Programa y Presupuesto de

la Organización para 1998-99 así como los métodos de trabajo de la Conferencia General que realizará su 29a

sesión en octubre-noviembre próximos. La Oficina del Consejo Intergubernamental del PROGRAMA

HIDROLÓGICO INTERNACIONAL realizará su 25a sesión en la Sede, del 2 al 4 de junio.

El Comité Consultivo sobre las RESERVAS DE BIOSFERA (MAB) y la Oficina del MAB se reunirán

respectivamente en la Sede los días 9 y 10 de junio, y del 12 al 14. Una consulta intergubernamental

organizada en la Sede los días 9 y 10 de junio finalizará las actividades previstas dentro del

PROGRAMA SOLAR MUNDIAL. Para celebrar el 2500o aniversario de las ciudades de

BUJARA Y JIVA (Uzbekistán) será presentada en la Sede una exposición de fotografías, del 11 al

19 de junio. El Comité Director Científico del Programa sobre la GESTIÓN DE LAS

TRANSFORMACIONES SOCIALES (MOST) formulará, en su reunión anual, del 12 al 14

de junio, recomendaciones sobre proyectos dirigidos en particular a fortalecer los lazos entre la investigación

y las políticas gubernamentales. Enseguida, del 16 al 20 de junio, también en la Sede, tendrá lugar la tercera

reunión del Consejo Intergubernamental de MOST que debatirá sobre las orientaciones futuras del programa.

(Las fechas se dan solamente en calidad de indicación)

El PRÓXIMO TEMA CENTRAL tratará sobre las condiciones de trabajo de los artistas a

través del mundo, en vísperas del Congreso Mundial sobre la Aplicación de la Recomendación Relativa a la

Condición del Artista, que se llevará a cabo en la Sede del 16 al 20 de junio.

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U N E S C OFUENTES