Aula3 - Índices Físicos Dos Solos e Rochas_2015
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ÍNDICES FÍSICOS DOS SOLOS E ROCHAS
•ÍNDICES FÍSICOS
•Relações entre massas e volumes dos diversos componentes do solo que servem para classificá-los.
•Estes índices governam o comportamento de solos no que respeita as principais propriedades de engenharia: resistência, deformabilidade e pemeabilidade.
•Estes principais índices são aplicáveis tanto às rochas quanto aos solos.
•ÍNDICES FÍSICOS
1. Porosidade
2. Índice de Vazios
3. Massa Específica
4. Peso Específico
5. Peso Específico dos Grãos
6. Densidade
7. Grau de Saturação
8. Teor de Umidade
9. “Slake Durability”
10. Velocidade de Propagação de Ondas
11. Compressão Puntiforme (“Point Load Test”)
1. POROSIDADE
VAZIOS ESFÉRICOS
VAZIOS PLANARES (FISSURAS)
• Definição:
• Na indústria do petróleo o símbolo dado àporosidade é .
• É um parâmetro adimensional quevaria entre 0 e 1.
1. POROSIDADE
VVv
• A medida da porosidade em laboratório nãoinforma sobre a geometria dos mesmos.
• Correlações Físicas e Mecânicas (não lineares)
– Negativas• Resistência à Compressão Simples• Módulo de Deformabilidade• Peso Específico
1. POROSIDADE
• Correlações geológicas (tendências gerais e muito variáveis)
– Negativas:• Idade geológica• Profundidade de soterramento
– Positivas:• Grau de seleção• Grau de alteração
1. POROSIDADE
1. POROSIDADEPr
of. S
oter
ram
ento
(km
)
0
2
0.05 0.1 0.3
Log Porosidade
aumento da profundidade 250
200
150
100
50
0 10 20 30
Porosidade, %
Res
istê
ncia
à C
ompr
essã
o U
niax
ial,
MPa
redução da resistência
• Valores típicos de porosidade:– Rochas Sedimentares:
• 0<<90%
– Rochas Ígneas e Metamórficas• Sãs: <1%• Alteradas- 1< <20-25%
1. POROSIDADE
• Dois tipos :
– Efetiva ou aparente – volume de poros interconectados na rocha.
– Absoluta ou total – volume ocupado por todos os poros interconectados ou não (e.g. basalto amigdaloidal).
1. POROSIDADE
ALGUNS VALORES DE POROSIDADE
2.Índice de Vazios
• Definição:
• Também é adimensional.• Menos usado na mecânica de rochas do
que na mecânica dos solos.• Útil para o cálculo de outros índices.• Também varia entre 0 e 1?
s
v
VVe
3. Massa Específica
• Definição:
• Unidades mais usadas: g/cm3 ou kg/dm3
• Massa Específica Seca: M=Ms
• Massa Específica Saturada: M=Ms+Mf (S=1)
VM
3. Massa Específica
4. Peso Específico
• Definição:
• Unidade no SI: KN/m3
• É a massa específica multiplicada pela aceleração gravidade.
VW
• Pelo fato da maior parte das rochas terem a densidade dos grãos muito similar, o peso específico é uma função da porosidade.
• Correlações:– Positivas
• Profundidade de soterramento• Resistência à compressão simples• Módulo de deformabilidade
4. Peso Específico
• Correlações:– Negativas:
• Porosidade• Grau de intemperismo
• Útil para o cálculo das tensões verticais atuantes a uma determinada profundidade (z):
4. Peso Específico
zv
4. Peso EspecíficoPESO ESPECÍFICO DA ÁGUA (w) = 10 KN/m3
5. Densidade• Podemos definir a densidade da rocha (Gr) e a
densidade dos grãos (G).
• A densidade é adimensional• O peso específico da água a 4oC.• Também é muito útil na determinação de outros índices.• A densidade de uma rocha pode ser calculada como uma média da
densidade dos grãos ponderada pelo percentual de cada mineral na rocha.
w
rdrG
,
w
sG
6. Grau de Saturação
• Definição:
• S=0 (rocha seca) e S=1 (rocha saturada)• A definição acima é válida para meios saturados
com um único fluido.• Para meios com diferentes fluidos deve-se
determinar a saturação relativa entre os fluidos.
v
f
VV
S
• Na produção de petróleo, raramente oreservatório está preenchido por um únicofluido. O óleo e a água estarão presentesem saturações relativas varáveis com otempo.
6. Grau de Saturação
o
w
o
v
v
w
o
wow V
VVV
VV
SSS :
7. Teor de Umidade
• Definição:
• Índice físico adimensional• Diferentes medidas dão origem a diferentes
nomes para esse índice:– Absorção - rocha submersa em água por 48 horas.– Teor de umidade natural – teor de umidade da rocha no campo.– Teor de umidade de saturação – teor de umidade correspondente a S=1.
s
w
MM
Algumas Relações
Sequencia Natural de Cálculos
8. “Slake Durability”
• Mudanças nas propriedades geomecânicas de rochas podem ocorrer dentro da vida útil de um empreendimento de engenharia.
• Processos físico-químicos (e.g. interação da rocha com o fluido de perfuração) ou mecânicos (e.g. ciclagem da umidade) pode levar a desagregação das rochas.
• É um processo freqüente em rochas sedimentares pelíticas (e.g. folhelhos).
8. “Slake Durability”
8. “Slake Durability”
• Principais mecanismos:– Pressurização nos poros– Expansão de argilominerais– Reações por oxidação e hidratação (e.g.
transformação pirita-jarosita).• Problema relevante:
– Perfuração– Barragens de enrocamento– Taludes de estradas (Serra do Espigão)
8. “Slake Durability”
• Um bom índice para a desagregabilidade é o “slake durability index”.
8. “Slake Durability”
8. “Slake Durability”
recipientetambor
Malha metálica (2,0 mm)
fluido
Método de Ensaio:•10 fragmentos de rochas, aproximadamente esféricos e pesando 50g cada, são colocados no tambor e o conjunto pesado;
•Tambor é colocado no recipiente com fluido (e.g. água) e rotacionado a 20 rpm durante 10 minutos.
•O tambor é removido e o material retido é seco em estufa a 105oC durante 24 horas.
•O ciclo é repetido e o material seco retido após o 2o ciclo é pesado.
• O índice de desagregabilidade (“slake durability index” – SDI) é dado pela relação entre o peso retido após o 2o ciclo e o peso inicial da amostra.
• SDI = 100%, amostra não desagrega.
8. “Slake Durability”
8. “Slake Durability”
9. Ondas Acústicas
• A velocidade de propagação de ondas elásticas no laboratório pode ser medida a partir do tempo transito na rocha de pulsos gerados por cristais piezoelétricos.
ONDAS ELÁSTICAS
VOLUMÉTRICAS
Primárias (compressionais ou longitudinais)
Secundárias (cisalhantes ou transversais)
SUPERFICIAIS Rayleigh
Love
9. Ondas Acústicas
9. Ondas Acústicas
Onda primária
Onda secundária
9. Ondas Acústicas
osciloscópio
transdutor
Onda SOnda P
geofones
Fonte
receptor
Cristais piezoelétricos
• Trabalhamos com as ondas compressionais e cisalhantes.
• A velocidade das ondas elásticas dependem:– Propriedades elásticas da rocha:
• Módulo de Elasticidade (E)• Coeficiente ou Razão dePoisson ()
– Índice Físico• Massa Específica da Rocha ()
9. Ondas Acústicas
9. Ondas Acústicas
21
21
)1(2
)21)(1(1
ds
dp
Ev
Ev
9. Ondas Acústicas
10. Compressão Puntiforme
• Nem sempre é possível obter amostras de rochas (em sondagens) com geometria adequada para a realização de ensaios mecânicos. Motivos:– Maciço rochoso muito fraturado– Rocha muito alterada– Rochas que se desagregam
• O “point load test” foi desenvolvido para servir como um índice para a resistência à compressão simples (ou uniaxial).
10. Compressão Puntiforme
• No PLT, a rocha é hidraulicamentecarregada entre duas placas cônicas deaço.
• A amostra é rompida pelo desenvolvimentode tensões de tração paralelas ao eixo decarregamento.
10. Compressão Puntiforme
10. Compressão Puntiforme
• Cálculo da resistência à compressão pontual.
• Onde:– F é a força aplicada– D é a distância entre os pontos de
carregamento
10. Compressão Puntiforme
2DFPLS
• Detalhe importante:– O que se lê no manômetro acoplado ao equipamento é a pressão
de fluido na linha.– Para se ter a força F, usada na expressão de IS, deve-se calibrar o
equipamento antes do ensaio.
10. Compressão Puntiforme
• Os procedimentos desse ensaio são descritos pela ISRM.
• Recomenda-se que os resultados de PLS sejam reportados para diâmetros de 50 mm e são chamados de IS50.
• A resistência à compressão uniaxial, C0, é aproximadamente 24 IS50.
10. Compressão Puntiforme
• Geometria das amostras:
10. Compressão Puntiforme
Ensaio Diametral
Ensaio Axial
Amostra Irregular
• Interpretação do ensaio
10. Compressão Puntiforme
Ensaios Válidos
Ensaios Inválidos