T R A Y E C T O R I A TEATRAL D E J A I M E S A L O M
J E S Ú S I Z Q U I E R D O G Ó M E Z
Univers idad d e Granada
R E S U M E N
Síntesis de la evo luc ión ideológica detectada en el teatro de Jaime Salom desde sus primeras piezas hasta las últimas obras, así c o m o la incorporación al mismo de las fórmulas composit ivas modernas dentro del teatro de autor más generalizado en Occidente. Con ello pretendo resaltar la importancia de u n dramaturgo de gran incidencia en los públ icos mayoritarios, pero bastante marginado por la crítica especializada imperante, más preocupada por los valores teatrales minoritar ios. Se agrupan sus obras en períodos y vertientes significativas, amén de reflejar su posición generacional dentro del contexto del teatro españo l a partir de los años 1960-65.
P A L A B R A S CLAVE
Evolución ideológica y formal del teatro salomiano. Períodos y enclave generacional.
A B S T R A C T
Sintexis of the ideological evo lut ion detected in Jaime Salom's theatre plays, as we l l as the incorporat ion o f modern composing formulas in the theatre o f the most k n o w n in the western countries. I pretend to point out the importance o f a dramatist w i t h incidence among the audience, but not understood by the cr i tics. His w o r k is grouped in periods and styles as w e l l his generat ion posi t ion inside the Spanish theatre context in 1960-65.
K E Y W O R D S
Ideological and formal e locut ion o f Jaime Salom's theatre. Periods and generative site.
CAVCi:. Kcviita " V f M 4 « K ) . ) ' » < Didaclka. n° 20-21. I'MJ-'iS /pdgs. 7 . S 7 - 7 9 6
7 8 1
JESÚS IZQUIERDO GÓMEZ
RÉSUMÉ
Synthèse de l 'évolut ion idéologique détectée dans le théâtre de Jaime Salom depuis ses premières pièces jusqu'aux dernières oeuvres, ainsi comme l ' incorporat ion des mêmes formules conposit ives modernes dans le théâtre d'auteur plus généralisé en Occident. Avec cela je prétends mettre l'accent sur l ' importance d 'un dramaturge de grande incidence dans la majorité du publ ic , mais assez écarté par la crit ique spécialisée imperante, plus préocupée encore par les valeurs théâtrales minoritaires. O n groupe ses oeuvres en périodes significatives, en plus de refléter sa posi t ion général dans le contexte du théâtre espagnol â partir des années 1960-65.
M O T S - C L É
Evolut ion idéologique et formel le d i théâtre salomien. Périodes et enclave generational.
La crítica especializada apenas ha ref lexionado gran cosa sobre la
dramaturgia de Jaime Salom, pese a poseer una producción bastante
amplia y de las más signif icativas e interesantes dentro del panorama tea
tral español contemporáneo. Más abundantes son , s i cabe, l os estudios
elaborados por algunos especialistas extranjeros del teatro español, así
como por españoles en s u s "memorias de licenciatura" sobre obras con
cretas o aspectos globales.
N i n g ú n autor nace al teatro y concluye s u producción, mantenien
do una m isma postura. E n el caso de Jaime Sa lom la t ransformación ha
s ido fulgurante, sobre todo en el plano ideológico. E n s u etapa pre-
pública muestra ya cierta variedad temática y de géneros, alternando la
comedia con piezas dramáticas; s i b ien dentro de la mentalidad medio-
burguesa predominante y con u n fuerte sent ido moral izante cr ist iano.
Pese a lo cual, plantea ya aspectos problemáticos, como en Un bebé
para papá, del año 1948, donde encara la cuest ión de la maternidad y
el control de la natalidad con h u m o r desenfadado y menos moral ina de
lo habitual.
E n esa etapa de aprendizaje l legó a escr ib i r bastantes piezas; estre
nando unas diez, con t r iun fos obtenidos por compañías de aficionados
y en ámbitos reducidos. "Cuando llevaba escritas por l o menos veinte
-declaraba el autor a Manuel del Arco- y que luego no me han serv ido
782
TRAYECTORIA TEATRAL DE JAIME SALOM
p a r a n a d a , s i n o c o m o a p r e n d i z a j e d e l o f i c i o [...], y a l c a b o d e d i e c i o c h o
c o m e d i a s e s t r e n a d a s , h a g o e x a m e n d e c o n c i e n c i a y c r e o q u e e n m i t e a
t r o h a y d o s v e r t i e n t e s : la d r a m á t i c a , q u e e m p e z ó e n m i p r i m e r a c o m e
d i a e s t r e n a d a , El mensaje, y c o n t i n ú a e n La playa vacía; o t r a i m a g i n a t i
v a , q u e p a r t i ó d e El baúl de los disfraces y l l e g a h a s t a Viaje en un tra
pecio"1. E s u n a é p o c a d e t a n t e o s y d e e n s a y o s q u e c o n f o r m a n s u c a p a
c i d a d d r a m a t ú r g i c a y p a t e n t i z a n s u v o l u n t a d p e r s e v e r a n t e . S e c a r a c t e r i
z a p o r s e r u n a p r o d u c c i ó n u n t a n t o i n g e n u a , d i d á c t i c a y e v a s i v a , c o n s u s
d o s i s d e h u m o r , s u s g o l p e s d e c o m i c i d a d y s u l i g e r a i n t e n c i o n a l i d a d c r í
t i c a . Va d e s d e Marrón a rayas ( 4 5 ) a La hora gris ( 5 0 ) .
P o s t e r i o r m e n t e s u f r i ó u n a p r o f u n d a c r i s i s t e a t r a l d e u n o s c i n c o a ñ o s ,
e n l o s q u e c a s i r e n e g ó d e l t e a t r o . D e b i ó s e r u n p e r í o d o n u l o c o m o a u t o r ,
p u e s l a s o b r a s d e s u p r i m e r a e t a p a p ú b l i c a c o n t i e n e n b a s t a n t e s e l e m e n
t o s d e l a s p i e z a s p r e c e d e n t e s .
J a i m e S a l o m , d e s d e u n a s o b r a s a n c l a d a s e n e l t e a t r o t r a d i c i o n a l , m á s
o m e n o s l i g e r a s , c o n p r o b l e m a s i n s i n u a d o s , c a m u f l a d o s o a r r o p a d o s
c o m p r e n s i v a m e n t e , h a e v o l u c i o n a d o a o t r o d e t e m á t i c a s m o r a l e s , a m o
r o s a s y s i c o s o c i a l e s m á s p r o f u n d a s ; l u e g o a u n t e a t r o m u c h o m á s c o n -
flictivo, m á s c r í t i c o y t e s t i m o n i a l , d o n d e s e d e s n u d a n l a s v e r g ü e n z a s y e l
o r g u l l o d e l s e r h u m a n o d e s d e p e r s p e c t i v a s r e v i s i o n i s t a s , b a s a d a s e n la
a u t e n t i c i d a d d e l o s c o m p o r t a m i e n t o s y d e la l i b e r t a d . P e r o ta l p r o g r e s i ó n
t e m á t i c a y d e f o r m a s n o e s c o n t i n u a , s i n o a l t e r n a n t e ; c o n o b r a s d e s c a r
n a d a s y d i r e c t a s , u n a s v e c e s , y o t r a s c o n p i e z a s p e n e t r a d a s p o r u n
h u m o r i s m o c r í t i c o , e n t r e i n g e n u o , m o r d a z y s a r c á s t i c o - c o r r o s i v o .
A p e s a r d e la m o v i l i d a d d e a d s c r i p c i ó n d e a l g u n a s o b r a s e n d i f e
r e n t e s p e r í o d o s , e n g e n e r a l d i s t i n g u i r é b l o q u e s c r o n o l ó g i c o s p o r l a s
f e c h a s d e e s t r e n o . A d e m á s d e l e s t a d i o p r e - p ú b l i c o o e n s a y í s t i c o ( 1 9 4 5 -
5 4 ) , c o n u n p e r í o d o n u l o d e c a s i c i n c o a ñ o s , s e r í a n :
l s ) Per íodo de 1 9 5 5 - 6 2 . A b a r c a d e s d e El mensaje a El cuarto juga
dor, c o n p r e d o m i n i o d e u n p e n s a m i e n t o b u r g u é s r í g i d o y m o r a l i z a n t e ,
d e c l a r a r a i g a n b r e c r i s t i a n a . E n e l l a s e l h u m o r b l a n d o , s o c a r r ó n y c o m
p r e n s i v o d i l u y e la m o r a l e j a q u e c o n l l e v a n ; si b i e n s u b y a c e u n a p r e o c u
p a c i ó n c o n s c i e n t e p o r t e m a s c o m o e l a m o r - m a t r i m o n i o , la h o n e s t i d a d
é t i c a y la l i b e r a c i ó n p e r s o n a l f r e n t e a l o s e n c a s i l l a m i e n t o s s o c i a l e s . T a l
c o m o a f i r m a r í a e n a ñ o s p o s t e r i o r e s E d u a r d o G . R i c o , "e l p r o b l e m a d e la
r e s p o n s a b i l i d a d , e l c o m p l e j o d e c u l p a , la a n g u s t i a , e l c o m p r o m i s o , c o n s -
1. La Vanguardia, It.¡¡..clona, 8-02-1962.
7 8 3
JESUS IZQUIERDO GOMEZ
t i t u y e n e l e j e d e l t e a t r o s a l o m i a n o " . Y e l l o d e s d e l a s p r i m e r a s p i e z a s , e n
g e n e r a l b i e n e s t r u c t u r a d a s , m e j o r d i a l o g a d a s y c o n d e s e n l a c e s m á s o
m e n o s r e c o n d u c i d o s a l a s o r t o d o x i a s i m p e r a n t e s p o r e n t o n c e s y a s u m i
d a s p o r e l a u t o r .
L a s t e m á t i c a s a m o r o s o - p o l i c í a c a s d e El mensaje Verde esmeralda y
Culpables c o n t r i b u y e r o n a c l a s i f i c a r l e e n t r e l o s d r a m a t u r g o s d e i n t r i g a y
d e c o m e d i a s l i g e r a s ( t a l R u i z R a m ó n ( 1 9 7 5 ) y o t r o s ) ; p e r o t a m b i é n a q u e
la c r í t i c a p e r i o d í s t i c a l e i n c l u y e s e j u n t o a l a s p r i n c i p a l e s f i g u r a s d e la d r a
m a t u r g i a e s p a ñ o l a : ' p o r s u s e n s i b i l i d a d , s u t a l e n t o t e a t r a l y e l d o m i n i o
d e l c o m p l e j o a r t e d e e s c r i b i r ' . E n Culpables p r i m e r o y m á s a d e l a n t e e n
La gran aventura ( q u e c o n s t i t u y e n s e n d o s a c i e r t o s ) , s e c u e s t i o n a y a la
o r t o d o x i a d e l a m o r - m a t r i m o n i o , a u n q u e l a s a g u a s q u e d e n r e p r e s a d a s
d e n t r o d e s u s l í m i t e s . La s e g u n d a , u n a v e r d a d e r a j o y a d e a r t e s a n í a p o p u
l a r p o r s u s t i p o s , a p e n a s h a t r a s c e n d i d o ; m i e n t r a s q u e la p r i m e r a l e a u p ó
a la f a m a y l e p r o y e c t ó h a c i a e l e x t e r i o r .
2 S ) Per íodo 1963-67. Va d e s d e Motor en marcba a Cita los sábados,
c o n o c h o p i e z a s e s t r e n a d a s ; a u n q u e c o m p u s o a l g u n a s m á s . E s la e t a p a
c r o n o l ó g i c a m á s f e c u n d a . C o n v e n c i d o y a d e s u p o d e r c r e a d o r y s e g u r o
d e sí m i s m o , s e e n t r e g a a u n a p r o d u c c i ó n f eb r i l , c o m o si n o p u d i e r a
r e t e n e r la f l u e n c i a d e h i s t o r i a s o a s u n t o s t e a t r a l i z a b l e s . C o n s t i t u y e s u p r i
m e r a e t a p a d e m a d u r e z , c o n p r e d o m i n i o d e l o s i m p u l s o s v i t a l e s y la
a b u n d a n c i a ; p e r o t a m b i é n c o n a l g u n a s p i e z a s e x t r a o r d i n a r i a s .
Las o b r a s d e e s t e g r u p o fluctúan e n t r e l a s t e n d e n c i a s m á s i n s t i n t i v a s
y l i b e r a l i z a n t e s y e l s t a t u e s t a b l e c i d o ; o c u p a n d o m á s d e s a r r o l l o l a s p r i
m e r a s , a u n q u e l o s d e s e n l a c e s s e a n r e c o n d u c i d o s a la e j e m p l a r i d a d . P e s e
a e l l o , t u v o p r o b l e m a s c o n l a c e n s u r a d e l m o m e n t o .
Motor en marcba c o n t i e n e c i e r t a p r o b l e m á t i c a s o c i a l c l a s i s t a y d e
l u c h a g e n e r a c i o n a l , p e r o q u e s e d e s f o n d a a l t o m a r la c u r v a f ina l , d e j a n
d o t o d o t a n m a l c o m o e s t a b a a l i n i c i a r s e y e x c u l p a n d o a la c l a s e b u r
g u e s a c o n la r e s i g n a c i ó n f á c t i c a d e l o s e x p l o t a d o s . La e s t r u c t u r a d r a m á
t i c a e s t á b a s t a n t e l o g r a d a , c o n o s a d í a s t é c n i c o - e s t r u c t u r a l e s c o m o la d e
p l a n t a r la c a b i n a d e u n c a m i ó n e n e l e s c e n a r i o ; o la m o v i l i d a d y a l t e r
n a n c i a e s c é n i c a .
E n la e v o l u c i ó n p r o g r e s i v a d e l d r a m a t u r g o , El baúl de los disfraces
s u p u s o u n g r a n s a l t o c u a l i t a t i v o . S a l o m la h a c o n s i d e r a d o ' s u p r i m e r a
o b r a m á s a u t é n t i c a y o r i g i n a l , l i b r e d e i n f l u j o s e x t e r n o s , p l e n a d e f a n t a
s í a f o r m a l y t e m á t i c a , c o n u n p l a n t e a m i e n t o e s c é n i c o d i s t i n t o , n o v e d o s o
i n c l u s o , e n e l q u e s e m e z c l a n t i e m p o s , p e r s o n a j e s y h a s t a d i á l o g o s e n
d i v e r s o s p l a n o s , d e n t r o d e la s e n s i b i l i d a d y la m e l a n c o l í a m á s p r o f u n -
7 8 4
TRAYECTORIA TEATRAL DE JAIME SALOM
das' 2 . Aunque sea en sueños y en u n marco carnavalesco, rompe con l os
moldes ético-sociales, para que l os personajes se muevan impulsados
únicamente por las fuerzas pr imigenias, al margen de normativas.
Parchísparty (y s u ve rs ión Cita los sábados), Juegos de invierno y El
hombre del violín, const i tuyen un teatro l iv iano, humor ís t ico , desenfada
do e i rónico; a veces nostálgico, y cuyos valores más notables res iden
en la ductibi l idad de l os diálogos, la movi l idad escénica o la diversidad
de situaciones divertidas... E s o s í , mostrando con gracia y donosura,
bur la y melancolía, ciertos comportamientos mediocres, adocenados,
egoístas, etc., frente a ideales de amor y l ibertad.
Ref i r iéndose a estas piezas, especialmente a El baúl de los disfraces,
confesaba que 'hacia 1961-65 s u preocupación por la forma primaba
sobre el fondo; pues estaba muy impresionado por el teatro, de Brecht y
s u concepción escénica. Luego me di cuenta de que la excesiva preo
cupación por la técnica en escena, entorpecía la labor intelectual en
libertad que toda obra creadora debe poseer^.
Falta de pruebas y Espejo para dos mujeres (64 y 65) responden a
hondas preocupaciones morales sobre la autenticidad de las conductas;
pero as im ismo versan sobre las tensiones que agitan al hombre y le
impelen a rectificar s u s modus v ivendi , con el f i n de real izarse más
l ibremente, en consonancia con s u s prop ios sent imientos e ideales. La
pr imera enlaza temática y estructuralmente con Culpables, aun s iendo
muy dist intas. Ésta más truculenta y menos inter ior izada; pero con s i m i
lar enseñanza moral : qu ien atenta contra el orden establecido, termina
pagando s u culpa. E n la segunda, de neto carisma católico, parece que
el autor se retrotrae a posic ionamientos anteriores. E s u n bel lo canto al
amor abnegado y redentor de s u protagonista, que renuncia al posib le
amor de s u vida en aras de una m i s i ó n salvíf ica l ibremente asumida.
Obra muy bien pensada, desarrollada y, en cierto modo, concluida, pues
responde a convicciones profundas de la protagonista. Cotejada con El
baúl de los disfraces, supone una reafirmación de las creencias crist ianas
del autor frente a las veleidades del puro amor humano, o a las enso
ñaciones eróticas de Parchís party y Cita los sábados.
3 2 ) Período 1968-71. Coincide con el de la ruptura de Sa lom res
pecto a s u mundo precedente; subdiv id iéndose en dos direcciones o
2. Salom, Jaime, El autor visto por sí mismo. Universidad Nacional a Distancia, Madrid, 1976, pp.23.
3. "Entrevista a J a i m e Salom", en Hierro, Bilbao, 2 2 - 0 9 - 1 9 7 1 .
785
JESUS IZQUIERDO GOMEZ
t e n d e n c i a s . U n a l i g a d a a la m á s e s t a b l e y c o n s e r v a d o r a (La Casa de las
chivas; La playa vacía; La noche de los cien pájaros) y o t r a e n c l a r a a v a n
z a d i l l a h a c i a la d i s c o n f o r m i d a d c o n e l s i s t e m a s o c i o - r e l i g i o s o p r e d o m i
n a n t e (Viaje en un trapecio, Los delfines).
Su m a g n í f i c a o b r a s o b r e l o s c o m p o r t a m i e n t o s h u m a n o s d e u n g r u p o
e s p e c i a l d e p e r s o n a s a t r a p a d a s p o r la g u e r r a c iv i l (La casa...) e s t a b a c o n
c l u i d a y a e n e l a ñ o 1 9 6 4 , é p o c a t a m b i é n d e Espejo para dos mujeres. D e
a h í s u í n t i m a c o r r e s p o n d e n c i a e n la i n t e n c i o n a l i d a d sa lv í f i ca . Y La noche
de los cien pájaros ( 7 1 - 7 2 ) e s u n a r e m o d e l a c i ó n p r o f u n d a d e Falta de
pruebas ( 6 4 ) ; a u n q u e a h o r a i n c l i n a a u n m á s la b a l a n z a al t r i u n f o p o s t -
m o r t e m d e l a m o r c o n s a g r a d o p o r e l m a t r i m o n i o , a l t i e m p o q u e r e s a l t a
e l e s p e j i s m o d e l o s a m o r e s d e l p r o t a g o n i s t a c o n la j o v e n L i l i án , d e s a
r r o l l a d o s c o m o a u t é n t i c o s y l i b e r a d o r e s ; p e r o d r a m á t i c a m e n t e f r a c a s a d o s
p o r la r e c o n v e r s i ó n d e A d r i á n a n t e la m u e r t e d e s u m u j e r . Su e s t r u c t u r a
a d q u i e r e u n a g r a n flexibilidad y e f i c a c i a , f u s i o n a n d o t i e m p o s y e s p a c i o s
c o n g r a n l i b e r t a d y p l a s t i c i d a d e s c é n i c o - d r a m á t i c a .
C a d a v e z m á s , l a s t e n s i o n e s v i v e n c i a l e s , i d e o l ó g i c a s o d e fe d e l
a u t o r , s e t r a s l u c e n e n s u s o b r a s . D i g a m o s q u e l o s p r i n c i p i o s d e l b i e n y
d e l m a l s e d e b a t e n d e n t r o d e sí y d e s u s p e r s o n a j e s e n b u s c a d e u n e s t a
d o d i f e r e n t e . E n La playa vacía ( 7 0 ) p l a s m a e s a l u c h a v i v e n c i a l y d i a
l é c t i c a e n t r e e r o s - v i d a h u m a n a y D i o s - a m o r a t r a v é s d e la m u e r t e . E n
c u a n t o a u t o r r e l i g i o s o , n o t r i u n f a e r o s ; p e r o la p r o t a g o n i s t a b u s c a r e f u
g i o e n D o n - D i o s , h u y e n d o d e T a n a ( l a m u e r t e ) .
D e n t r o d e l p r o c e s o e v o l u t i v o d e la o b r a s a l o m i a n a , Viaje en un tra
pecio ( 7 0 ) e s c e n i f i c a l a s c o n t r a d i c c i o n e s p r o f u n d a s d e l a m o r , l o s d e s a
m o r e s y l o s s u e ñ o s d o r a d o s q u e s i r v e n d e c o n t r a p e s o p a r a ir t i r a n d o .
O b r a d e t e a t r o i n s c r i t a d e n t r o d e u n a r e p r e s e n t a c i ó n a c t o r a l , é s t a a p e n a s
e n t o r p e c e s u d e s a r r o l l o , p u e s la f u s i ó n t e m á t i c a , e s t r u c t u r a l y d r a m á t i c a
e s p e r f e c t a . A q u í y a n o h a y p r i n c i p i o s é t i c o - r e l i g i o s o s o s o c i a l e s ; s i n o
s ó l o e g o í s m o s , a m o r e s a u l t r a n z a , c e g u e r a e i l u s i ó n , d o l o r y r e s i g n a c i ó n
h e c h a c o s t u m b r e , p e r o c o n u n v e n t a n u c o d e e s p e r a n z a a l f o n d o , t e n u e
y v a g o .
E n 1 9 6 7 , J o s é M o n l e ó n l e d e f i n í a c o m o "e l a u t o r d e la d u d a , c o m o
u n a p e r m a n e n t e t e n s i ó n e n t r e la r e a l i d a d s o c i a l e s p a ñ o l a y u n a r e a l i d a d
h i p o t é t i c a p a r a la q u e q u i s i e r a e s c r i b i r " 4 . L o q u e a d m i t í a S a l o m , p e r o t a n
s ó l o h a s t a la c o m p o s i c i ó n d e f i n i t i v a d e La casa de las chivas, e n 1 9 6 5 .
E s e a ñ o s e h a l l a b a c o m p o n i e n d o y a Los delfines, p r i m e r a o b r a a la q u e
d e d i c a u n a c o n c i e n z u d a i n v e s t i g a c i ó n p r e p a r a t o r i a . E n e l l a a b o r d a g r a -
4. Recogido en la revista Perlas y cuevas, Manacor, 1967.
7 8 6
TRAYECTORIA TEATRAL D E JAIME SALOM
ves problemas sociales y generacionales, ínt imamente l igados a l os per
sonales y amorosos: c r i s i s de la burguesía indust r ia l famil iar; lucha por
el poder empresarial (con probables connotaciones al régimen socio-
polí t ico español) ; quiebra de l os patriarcados fami l iares, h ipocresías y
rebeldías, amores f rust rados, etc.; en una estructura or ig inal y dinámica,
espectacular.
Muchos reseñistas del momento destacaban 'el gran viraje produci
do en s u creación dramática, pasando de la fantasía a las realidades
sociales, con u n teatro crítico respecto a la polít ica, las costumbres, la
re l ig ión, la tradición o la falta de l ibertades' 5 . Sa lom confesaba que esta
pieza era la más importante y ambiciosa hasta el momento ( 1 9 6 9 ) y le
había trazado el camino a seguir ; pues en ella, y en otras antecedentes
suyas, veía una senda más definida, con más personalidad. " S i n embar
go nunca p ienso que una comedia pueda marcarme la pauta, n i me repi
to jamás en u n tema, aunque éste haya s ido un éxi to. Soy u n hombre al
que no le gusta la rut ina y prefiere la fantasía. Esta inquietud me ha l le
vado s iempre a intentar técnicas y géneros d is t in tos y, al m i s m o t iempo,
me ha permit ido tener una máxima libertad expres iva" . Pese a lo cual,
reconocía: 'en algún t iempo in f luyó en m i el teatro in t imis ta de Chejov.
Soy, as im ismo, admirador del teatro de Peter W e i s s y, en menor escala,
de Albee' 6 .
Jaime Salom se consideraba por estos años perteneciente a la gene
ración intermedia, "esa de la que formamos parte tú y yo -declaraba a
Manuel del Arco ref i r iéndose al protagonista de Los delfines-, dando la
mano a dos mundos m u y fuertes, antagónicos e irreconci l iables, el de
ayer y el de mañana, una generacic>n en blanco, de t ransic ión, a la que
temo nos juzguen con u n r igor inmerecido, ya que es in jus to juzgar a l os
hombres por l os er rores de s u época" 7.
Con Los delfines Sa lom traza una enorme zanja entre gran parte de
la producción anterior y la siguiente. Desde entonces, s u s obras preten
den ahondar en los problemas del entorno sociocultural como respues
ta a s u s preocupaciones personales, cada día más enraizadas en cues
t iones básicas del ser humano. La veta humorís t ica y u n tanto f r ivo la del
dramaturgo suf re una transformación radical, se torna sarcástica, mordaz
o corrosiva; viene a ser el reverso de la v i s i ó n crítica y fustigadora de s u s
5. Manegat, Julio, Artículo publicado en Solidaridad Nacional, El Noticiero Universal, La Prensa, Tele-Exprés. El Mundo Deportivo, Barcelona, 1-02-1969.
6. Diario Regional, Valladolid, 2-01-1969. 7. Manuel del Arco, La Vanguardia. Barcelona, 31-12-1969-
787
JESUS IZQUIERDO GOMEZ
dramas trascendentes. E n tal dirección hay que enclavar s u ve rs ión de
La muralla china, de Max F r i s c h , en el año 1 9 7 1 , que coincide con las
preocupaciones y luchas ínt imas de Salom, contr ibuyendo a que las
aflorara en s u s obras poster iores.
E n estos años la personalidad del autor siente temblores s í sm icos
que zarandean s u s cimientos socioculturales: l os pr inc ip ios y creencias
f i losóf ico-re l ig iosas, l os hábitos de convivencia y de relación, la concep
ción del amor y s u s anclajes f i j os , la sociopolít ica, la producción ar t ís t i
ca, con s u s tendencias múl t ip les y casi antagónicas, etc., etc. La inmov i
lidad de la famil ia será, qu izás, quien acuse mayor resquebrajamiento;
pero también s u forma de concebir y hacer teatro. N o es que Salom se
pase a las desaforadas formas experimental istas per se, pues s u forma
ción teatral y s u s convicciones dramáticas están plenamente arraigadas
en la dramaturgia de la palabra, del gesto, de las situaciones, etc., que
construyen o reflejan h is tor ias humanas. Pero amplía y diversi f ica las téc
nicas de expres ión teatral, ensayando estructuras y enfoques más o
menos novedosos que potencian los contenidos de las obras.
4a) P e r í o d o 1 9 7 2 - 8 2 . Desde Tiempo de espadas a El corto vuelo del
gallo. Durante el m i s m o estrenaría se i s obras or ig inales más la adapta
ción de El rehén, de Brendan Behan. T r e s de ellas sobre temáticas socio-
polít icas basadas en hechos h is tór icos. S o n alegatos contra los poderes
opresores, cargados de connotaciones al presente. Las transferencias de
un t iempo a otro se suceden constantemente, con una gran libertad y
movi l idad escénica, sobre todo en Nueve brindis por un rey, de carácter
farsesco y paródico.
Tiempo de espadas fluctúa entre la teología de la l iberación activa y
el mensaje de amor y de paz t ransmit ido por Cr is to; todo en u n ámbito
cerrado, de gran tens ión dramática y constreñido a las unidades clásicas.
Aquí, el autor, más que se rv i r a la doctrina de Jesucr is to, u t i l i za s u con
texto re l ig ioso y polí t ico para expresar s u s rebeldías contra todas las
opres iones y dictaduras.
E n El corto vuelo del gallo toma la f igura del padre de Franco como
encarnación emblemática del republ icanismo y de las l ibertades afecti
vas frente al f ranquismo y al matr imonio ind iso lub le de los cr is t ianos. La
estructura teatral de esta pieza rompe la cronología espacio-temporal y
l os recursos escénicos con omnímoda libertad, en aras de la eficacia
expresiva. Dramatiza ensoñaciones futuras no real izables, cual sueños de
la razón; o enlaza varias escenas con l os ru idos del accidente aéreo de
Ramón, etc.
788
TRAYECTORIA TEATRAL DE JAIME SALOM
S u actitud queda perfilada al af irmar que 'es una defensa de la vida
frente a las inst i tuc iones, la ortodoxia, las apariencias, la hipocresía o la
cultura, en s u sent ido conservador'.
La piel del limón e Historias íntimas del Paraíso ( 7 8 ) son , también,
alegatos contra la concepción machista del amor y el matr imonio. La p r i
mera, en tono bronco y feroz, acusaba a las inst i tuc iones re l ig iosas y
c iv i les por mantener la ind iso lub i l idad del matr imonio. E s u n canto de
cisne por la l ibertad amorosa de la pareja y la autenticidad del amor al
margen de normativas o de pres iones sociales. La segunda es una come
dia farsesca, desenfadada e ingenua, que pretende (a tono con el mov i
miento femin is ta) desmit i f icar el machismo del varón (de Adán y s u s
descendientes), parodiando la creación de Eva al parangonarla con la
supuesta pr imera mujer del Paraíso, L i l i t ( intel igente, l ibre, feminista, . . . ) .
E n estas piezas Sa lom ya no es 'el autor de la duda, n i una perma
nente tens ión entre po los opuestos ' , s i n o u n combatiente por las l iber
tades y contra l os poderes que él juzga represores. Marcan el punto álgi
do de s u evolución, s i n retrocesos ya a planteamientos precedentes. Con
ellas hurga en l os problemas de la sociedad actual desde una v i s i ó n per
sonal de dramaturgo ser io . E n 1978 declaraba: "Mi obra se ha intelec-
tual izado en el t ranscurso del t iempo. Ahora soy más dialéctico, más tes
t imonia l que comprometido, en el sent ido polí t ico [...] N o soy doctrinal,
no qviiero enseñar nada, s implemente dejar constancia de lo que suce
de a m i alrededor" 8.
Se siente impregnado por ideales revoluc ionar ios, de ahí que bus
que nuevos temas y nuevas fó rmulas teatrales en conexión con las con
vu l s i ones de la sociedad. Para él , ' las revoluciones actuales no s o n ya las
sociales, económicas o polít icas, s i no las biológico-síquicas: la de una
generación nueva que se levante contra el s istema y las inst i tuc iones de
unas sociedades cuyos fundamentos no satisfacen. Po r ejemplo, la revo
luc ión sexua l , especialmente en la mujer ' 9 . •
5Q) P e r í o d o 1 9 8 2 - 9 4 . Produce obras en l ínea progresiva con la ante
r ior . Desde Mis cuatro hombres (escrita para te lev is ión) , acerca de la
explotación sucesiva, afectiva y machista, del padre, el marido, el aman
te y el h i jo de una mujer que s iempre soñó real izarse en l ibertad e igual
dad, y s u desplante l iberador contra todo pronóst ico; pasando por Una
hora sin televisión (d iscurso dialéctico v igoroso y dramático entre unos
8. Hierro, Bilbao, 22-09-1971. La Vanguardia, Barcelona, 6-10-1971. 9. En La Prensa, Barcelona, 25-11-1978, p.24.
789
JESÚS IZQUIERDO GÓMEZ
esposos ) , en l ínea con La piel del limón-, hasta otras donde el compo
nente socio-polít ico se entrelaza con el amoroso-sexual : Un hombre en
la puerta ( 8 4 ) ; Las Casas, una hoguera en el amanecer (publicada excep-
cionalmente antes de s u representación en Méjico (Ene ro del 9 0 ) y s u s
ú l t imas obras estrenada, El señor de las patrañas (Octubre del 9 0 ) y
Mariposas negras (Alicante, 1994) .
S u antigua veta f r ivo la o humoríst ica suf re , as im ismo, una trasfor-
mación radical. Cada año se torna más crítica y polivalente; se hace mor
daz, sarcástica y corrosiva respecto a los poderes polí t icos y eclesiásti
cos, en contextos paródico-farsescos. E n Un hombre en la puerta acoge
el tema del lesb ian ismo y en Las Casas, una hoguera al amanecer, i n s i
núa cierta homosexual idad, casi congénita en el ind io Señor, que está
enamorado del joven Bar to lomé, y de ínt ima complacencia en el c lér i
go; pese a que corte por lo sano, abandonando al ind io a s u tr iste suer
te.
S u s manifestaciones sobre la pr imera adquieren valor de mani f iestos
ideológicos: " E n el fondo -dice- es la lucha del hombre frente a l os dog
mat ismos, sean de part idos o de iglesias.. . E l tema central es u n canto a
la l ibertad de los ind iv iduos , s u derecho a evolucionar en el sent ido que
crean, s ientan y consideren más conveniente" 1 0 . O sea, es casi s u lucha
por superar viejas ideas, pro fundos sent imientos, enraizadas costumbres,
etc, cuando ya no se acoplan a las necesidades o deseos de la persona.
Corroborando parte de lo expuesto, Haze l Cazorla ( 1 9 8 2 ) escribía:
"La ampl i tud de temas de s u obra refleja la inquietud vital del autor. La
contraposición de actitudes confl ict ivas, delata su profundo sent ido de
just icia y tolerancia, al par que confianza en las posibi l idades de la vida
humana".
E n todas ellas compone comedias y dramas; alternando lo ser io y l o
cómico, lo real y s imból ico en unas mismas piezas. S i bien, a part ir de
Los delfines, la veta cómica tiene poco de avasiva, pues adquiere u n pro
gresivo sent ido crítico, iniciando s u segunda gran etapa temática hasta
Tiempo de espadas, que marca la tercera. E n ésta lo cómico y h u m o r í s
tico toman claras tonalidades farsescas.
Jaime Salom cultiva tres grandes temáticas: la de problemas morales
del ind iv iduo dentro de grupos humanos reducidos; la amoroso-sexual
y la sociopolít ica; tres t ipos de teatro: el humoríst ico-evasivo, el dramá
tico y el paródico-farsesco; y dos n ive les expres ivos : el predominante
mente realista y el s imból ico e imaginativo. Por supuesto, só lo algunas
10. En El País, Madrid, 28-05-1984.
790
TRAYECTORIA TEATRAL DE JAIME SALOM
p i e z a s s e c i r c u n s c r i b e n g l o b a l m e n t e a u n a u o t r a n o m e n c l a t u r a ; s i e n d o l o m á s f r e c u e n t e la c o n f l u e n c i a d e l a s t e m á t i c a s , g é n e r o s y n i v e l e s .
E n l a s ú l t i m a s p r o d u c c i o n e s e l a u t o r p a r e c e h a b e r s e c o l o c a d o e n e l b a n d o d e s a f o r a d o d e l a s d e s m i t i f i c a c i o n e s m á s c r í t i c a s y r e v u l s i v a s , l i b e r a l i z a n t e s o p e r m i s i v a s . D e f i e n d e y p r o m u e v e u n a l i b e r t a d i n d i v i d u a l y p o p u l a r c a s i i l i m i t a d a , b a s a d a e n la a u t e n t i c i d a d d e c a d a c u a l y e n e l r e s p e t o a l o s d e m á s ; d o n d e l o s c o n c e p t o s d e c o n c i e n c i a m o r a l , v e r d a d o n o r m a t i v a s , y a n o t i e n e n p o r q u é r e s p o n d e r a p r i n c i p i o s e m a n a d o s d e l o s p o d e r e s o d e l a s i n s t i t u c i o n e s .
A n t e la n o c o i n c i d e n c i a d e l a s d i v e r s a s c l a s i f i c a c i o n e s s o b r e s u o b r a , s e l e c c i o n o c u a t r o d e e l l a s , c o m e n z a n d o p o r la d e l p r o p i o a u t o r , q u e d i s t i n g u e c u a t r o v e r t i e n t e s y c u a t r o e t a p a s c r o n o l ó g i c a s .
A. - V e r t i e n t e s d e s u t e a t r o : I a La d e l h u m o r y la f a n t a s í a (El baúl de los disfraces a Viaje en un
trapecio). 2 a La d r a m á t i c o - r e a l i s t a ( d e La casa de las chivas a Espejo para dos
mujeres), m á s í n t i m a , d o n d e p l a n t e a e l p r o b l e m a d e l h o m b r e e n f r e n t a d o c o n s i g o m i s m o , s u s e n t i d o d e l d e b e r y a s u p r o p i a v i d a .
3 a C o m e d i a s o c i a l (Motor en marcha, Los delfines, Tiempo de espadas, Nueve brindis por un rey...).
4 a C o m e d i a t e s t i m o n i a l y s i c o l ó g i c a (La piel del limón, El corto vuelo del gallo, Mariposas negras).
B . - E t a p a s c r o n o l ó g i c a s : I a H a s t a Motor en marcha ( 6 3 ) . 2 a D e s d e El baúl de los disfraces ( 6 4 ) . 3 a D e s d e Los delfines ( 6 9 ) y Tiempo de espadas ( 7 2 ) . 4 a D e s d e La piel del limón ( 7 6 ) . 5 a D e s d e Un hombre en la puerta ( 8 4 ) .
E m i l i o P é r e z d e O l i v a d i s t i n g u í a t r e s t i p o s e n e l t e a t r o s a l o m i a n o : I a T e a t r o d e i n t r i g a o s e m i p o l i c í a c o : El mensaje, Verde esmeralda,
Culpables. 2- T e a t r o i m a g i n a t i v o : El baúl de los disfraces, La playa vacía. 3 Q T e a t r o d r a m á t i c o : La casa de las chivas, Los delfines, Tiempo de
espadas. T o d o é l - a f i r m a b a - d e n t r o d e la c l a r i d a d d e c o n c e p t o s , la p u r e z a y
c o r r e c c i ó n d e l l e n g u a j e .
7 9 1
JESÚS IZQUIERDO GÓMEZ
José María Loperena apreciaba también tres b loques 1 1 :
1 Q E l teatro de evasión: Verde esmeralda, El baúl de los disfraces,
etc.
2 f i E l teatro s imból ico: La playa vacía...
3° E l teatro simból ico-real ista: Los delfines, Tiempo de espadas, etc.,
con problemáticas sobre l os t iempos actuales.
José Mon león veía tres t ipos de obras en s u producción teatral 1 2:
I a La de tono resignado y conservador. Que él juzga menos val io
sa y supeditada a la ideología predominante impuesta por el
régimen franquista.
2 a La de tono dubitativo: l o s personajes aparecen, s imultáneamen
te, atosigados por el orden, la tentación de t ransgredir lo y la
culpa por haberlo hecho'.
3 a De tonalidad más progresista, 'en el que l os héroes so l i ta r ios
aceptan con reso luc ión las consecuencias de s u s discrepancias,
s i b ien persiste la angustia de la marginación'.
ENCLAVE GENERACIONAL DEL D R A M A T U R G O
E l autor se consideraba, generacionalmente, entre l os autores de la
posguerra, junto a la generación que va de 1964 a 1976, como B u e r o
Vallejo, Anton io Gala, Mar t ín Recuerda, Carlos M u ñ i z , Ana Diosdado y
ot ros, pues "una posguerra dura, la de l os años cuarenta, nos ha que
dado como una cicatriz que aún duele los días de l luv ia . E s e largo perí
odo de censuras y cortapisas nos marcó como una generación pos ib i l i s -
ta. Necesitábamos escr ib i r y que nuestras obras tuvieran u n públ ico, para
lo cual tuv imos que ceñi rnos a lo que en el momento era publicable,
aunque esto cercenara nuestra creación" 1 3 .
E n tal pos ic ión le situaban, más o menos, Mar io An to l í n y López
Rub io . E l p r imero señalaba hacia 1980, en una conferencia dada en
A lmer ía sobre l os ú l t imos 25 años del teatro español, 'que de la in f luen
cia de Miguel M ihura , B u e r o Vallejo, Casona, López Rub io y o t ros, s u r
gen nuevos autores como Anton io Gala, Mar t ín Descalzo, Jaime Salom,
A lonso Mi l lán , etc'. Y López R u b i o 1 4 le consideraba dentro de la gene-
11. En Diario de Lérida, 6-05-1974. 12. En Diario 16, Madrid, 19-05-1984. 13. En Arriba. Madrid, 26-03-1976. 14. Carta del 7-04-82, de López Rubio a Salom.
792
TRAYECTORIA TEATRAL DE JAIME SALOM
ración que sigue a la suya, con B u e r o Vallejo, R u i z I r iar te, Anton io Gala,
y después Francisco Nieva y pocos más.
Po r s u parte, Lo renzo López Sancho y En r ique L lovet le colocan en
'esa generación intermedia que surge entre Valle Inclán, Lorca, Albert i . . .
y l os dramaturgos soterrados, junto a J . A l onso Mi l lán , Ana Diosdado,
etc., como generación puente entre la pr imera y la nueva vanguardia' 1 5 .
O t ros le inc luyen, de un modo general, entre " l o s autores que han
abordado un teatro de más trascendencia y altura, al par de Calvo Sotelo,
Claudio de la T o r r e , J . A. de la Ig lesia, R . López Aranda, Anton io López
Arco" 1 6 ; o junto a Gala, Bue ro , Sastre, Lauro O l m o y A l f onso Paso;
s i tuando s u teatro en la l ínea que va desde el tradicional, pasando por
las tendencias más logradas, hasta llegar a las composiciones progres is
tas en formas y contenidos, al tomar de las corr ientes vanguardistas y
experimental istas lo que ha juzgado más granado. E n este sent ido,
Manuel de Cala escribía que Salom pretendía "enfrentarse con proble
mas de envergadura que saquen del r i tmo rut inar io que afecta a nt iestro
teatro nacional, hoy coaccionado y acaparado por determinados exclu
s i v i s m o s que cierran las puertas y matan es t ímu los d ignos de f igvirar" 1 7 .
Sergio Nerva le incluía en la generación contra el tedio: la que ha
luchado contra el teatro facilón y carpintero, s i n ideas n i ideales, contra
el mediocre fo l le t ín sentimental y de espaldas a la realidad contemporá
nea. Le sitúa junto a l os Criado, l os A lonso Mi l lán , l os Léípez Rub io , l os
M u ñ i z , l o s Arrabal . . . 1 8
E n general, la Crítica engloba s u teatro bien en un rea l ismo ampl io,
bien en el s imbo l i smo , caracterizado todo él por una construcción equi
librada y un notable humanismo.
R E F E R E N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
A R C O , Manuel del , en La Vanguardia, Barcelona, 31-12-1969-CALA, Manuel de, en El Noticiero Universal, Barcelona, 24-01-1964. CAZORLA, Hazel, "Entrevista con Jaime Salom", Estreno, vo i . V I I I , (1982),
Cincinnati , (USA), pp.11-15. LOPERENA, José M-, en Diario de Lérida, 6-05-1974.
15. En ABC, Madrid, 2-09-1976, y en Sábado Gráfico, Madrid, 9-10-1976. 16. En Diario de Burgos, 21-01-1966. 17. En El Noticiero Universal, Barcelona, 24-01-1964. 18. En España Semanal, Tánger. 16-09-1962
7 9 3
JESÚS IZQUIERDO GÓMEZ
LÓPEZ SANCHO, L., en ABC, Madr id , 2-09-1976.
LÓPEZ R U B I O , Carta del 7-04-1982 a Jaime Salom. LLOVET, Enrique, en Sábado Gráfico, Madr id, 9-10-1976. M A N E G A T , Jul io, Art ículo publ icado en Solidaridad Nacional, El Noticiero
Universal, La Prensa, Tele-Exprés, El Mundo Deportivo, Barcelona, 1-02-1969.
M O N L E Ó N , José, en Diario 16, Madr id , 19-05-1984. NERVA, Sergio, en España Semanal, Tánger, 16-09-1962. Perlas y cuevas, revista de Manacor, 1967. Ruiz R A M Ó N , F., (1975), Historia del Teatro Español. Siglo XX, Madr id , Cátedra,
p.430. S ALOM, Jaime, en Diario Regional, Val ladolid, 2-01-1969. S ALOM, Jaime, Entrevistas en Hierro, Bi lbao, 22-09-1971. La Vanguardia,
Barcelona, 6-10-1971. — , en Arriba, Madr id, 26-03-1976. — , (1976), El autor visto por sí mismo, Madr id, Universidad Nacional a Distancia,
p.23. — , en La Prensa, Barcelona, 25-11-1978, p.24. — , en El País, Madr id, 28-05-1984.
B I B L I O G R A F Í A SELECTA S O B R E EL T E A T R O D E J A I M E S A L O M
ABELLA, Rafael, (1981), Nicolás Franco, el gallo de vuelo corto, en Tiempo de Historia, año VI I , n" 74, enero, pp.54-57.
ALVARO, Francisco, (1959-85), El Espectador y la Crítica, Val ladol id-Madrid, edic. de el Autor-Prensa Española.
A R C O , Manuel del , en La Vanguardia, Barcelona, 31-12-1969-— , (1969), Hablar con ton y son, Barcelona, Planeta. — , (1972), Mano a mano, Barcelona, Planeta. AA. W . , (1973), Panorama del teatro en España, Editora Nacional, Madr id. AA. W . , (1979), ¿Quién es quién en las letras españolas?, Madr id , Instituto
Nacional del Libro-Edit. Castilla. AA. W , (1975), Ideologías para un rey, Madr id, Edit. Aguaribay. AA. W . , Estreno. Cuadernos del teatro español contemporáneo, vo l . V I I I , № 2
(1982), (monográf ico sobre J. Salom), Cincinnati , Ohío (USA). BRUNEL, Joëlle, (1975), Les personnages féminins dans l'oeuvre de Jaime Salom,
Université Patil Valéry, Montpelier. COPETTE, Jacqueline, (1986) La playa vacía, traducción y comentario, Institut
Libre Marie Haps, Université Catholique de Louvain, Bélgica. CHERUBINI , Arnaldo, (1982), / medici scrittori del XV al XX secólo, Monte dei
Paschi de Siena. D E B U E , Joëlle, (1987), Culpables, traducción y comentario, Institut Libre Marie
Haps, Université Catholique de Louvain, Bélgica.
794
TRAYECTORIA TEATRAL DE JAIME SALOM
795
DEVULDER, Rosaline, ( 1 9 8 8 ) , Los delfines, de faime Salom, traducción y comentario, Institut Libre Marie Haps, Université Catholique de Louvain, Bélgica.
ESCRIBANO, Marianna, ( 1 9 8 6 ) , La otra realidad de faime Salom, Tesina. GARCÍA, Estela, ( 1 9 8 7 ) , Hacia la definición del hombre en la obra de Salom,
Tesina. GONDRY, Françoise, ( 1 9 8 0 ) , Tiempo de espadas, Traducción y crítica, Institut
Libre Marie Haps, Université Catholique de Louvain. HERA, Alberto de la, Sobre Nueve brindis por un rey, Primer Acto n a 1 7 7 , ( 1 9 7 5 ) . H O L T , Mar ión P., ( 1 9 7 5 ) , The Contemporary Spanish theater 1 9 4 9 - 7 2 ) , Boston,
Wayne Publishers. H o z , Enrique de la, ( 1 9 7 3 ) , Panorámica del teatro en España, Madr id , Editora
Nacional. I Z Q U I E R D O G Ó M E Z , Jesús, ( 1 9 7 9 ) , Amor y matrimonio en la obra de f. Salom,
Universidad de Granada. — , ( 1 9 8 7 ) , "Jaime Salom, dramaturgo a caballo de la t radición y el cambio p ro
gresista", en Amistad a lo largo. Estudios en memoria de f. Fernández Sevilla y N. Marín López, Universidad de Granada.
— , ( 1 9 9 3 ) , Obra teatral de faime Salom, Universidad de Granada. — , ( 1 9 9 7 ) , Conformación y éxito de un dramaturgo: faime Salom, Universidad
de Granada. K O P P , Marianne, "Objet ividad y universal idad versus realidad", Primer Acto 113,
( 1 9 6 9 ) .
— , ( 1 9 7 3 ) , Grunzüge im theater von faime Salom, Gutemberg-Universitát Mainz Fachbereich Anfewandte , Alemania.
MARQUERÍE, A l f redo, ( 1 9 7 3 ) , Realidad y fantasía en el teatro de faime Salom,
Madr id , Escelicer. M O L E R O M A N G L A N O , Luis, ( 1 9 7 4 ) , "Sobre La casa de las chivas y Los delfines, en
Teatro español contemporáneo, Madr id , Editora Nacional , p p . 3 2 1 - 3 5 . M O N L E Ó N , José, ( 1 9 7 1 ) , Treinta años de teatro de la derecha, Barcelona, Tusquet
Editor.
— , "Seis autores para una crónica del teatro español", Primer Acto n e 2 3 6 ,
( 1 9 9 1 ) .
M U R C I A N O , Carlos, "Al h i lo de u n autor y su obra", La Estafeta Literaria, 8 - 6 -1 9 7 2 , Madr id .
PERMANYER, Lluis, ( 1 9 8 1 ) , "Jaime Salom, u n Jano armónico", en Cuestionario Proust, Barcelona, Plaza y Janes, p p . 3 1 1 - 1 5 .
S A D O W S K A - G U I L L Ó N , Irene, "Le maitre des intrigues", en Acteurs-Auteurs n 2 8 4 -8 5 , 1 9 9 0 , París.
SAINZ DE ROBLES, F. Carlos, ( 1 9 6 3 - 7 4 ) , Teatro Español, Madr id , Aguilar. SAS, Mieke, ( 1 9 8 2 ) , Traducción e introducción a La casa de las chivas,
Kathol ieke Vlaamse Hogeschool , Antwerpen , (Holanda) . SUÁREZ RADILLO, Carlos Miguel , ( 1 9 7 6 ) , "El teatro social y sicológico de J. Salom"
(sobre Culpables y El baúl de los disfraces), en Itinerario temático y estilístico del teatro contemporáneo español, Madr id , Playor, pp . 1 6 7 - 7 5 .
JESÚS IZQUIERDO GÓMEZ
URSANO, Victoria, (1972), El teatro español y sus directrices contemporáneas, Madrid, Editora Nacional.
Z A T L I N B O R I N G , Phillis, "Jaime Salom and the Use of doubl ing" , (Sobre El baúl de los disfraces y La piel del limón), The American Hispanist, vo l . 4, n Q 34-35, marzo-abril-1979.
(1980), In t roducción a La piel del limón, Salamanca, Almar. "Theater in Madrid. The di f f icul t transit ion to democracy", Theater Journal, vol . 32, n g 4, diciembre-1980, pp.11-27.
(1982), Jaime Salom, Twayne's Wor ld Author Series n e 588, Boston (USA), Twayne Publishers.
"Two characters plays as "teatro ínt imo", examples f r o m Diaz Junyent and Salom", España contemporánea, t o m o IV, n a 1, (1991). (1992), The contemporary Spanish theatre, a Collection of Critical Esays, Lanhan, Maryland, University Press of America.
7 9 6