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ANATOMIA
HU A~
BASICA
ALEXANDER P. SPENCEState University of New York College at Cortland
Ilustrado por Fran Milner
2 1 ! edicao
•
EDITORAlili MANOLE~ LTDA
1991
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A PRESENTAC;Ao PARA
EDIC ;Ao BRAS ILE IRA
opresente texto de ANATOMIA HUMANA BA.-
SICA destina-se aos estudantes e professores dos cur-
sos da area de Ciencias Biologicas e da Sande (Medi-
cina, Odontologia, Enfermagem, Farmacia e Bioqufrnica,
Biologia, Educacao Ffsica, Psicologia e cursos corre-
latbs).o livro foi projetado como uma verdadeira ferra-
menta de trabalho, para a melhor compreensfio da
anatomia humana normal, Preenche uma lacuna na
area do ensino da anatomia, ja que apresenta alguns
aspectos especiais, dificilmente encontrados em outras
obras do genero.
Apos os capftulos iniciais de Orientacao Anatomi-
ca, A Celula e Tecidos, seguem-se mais 20 capftulos
-abrangendo os aspectos anatornicos, fisiol6gicos e em-
briologicos de cada sistema corp6reo. Todos os capf-
tulos sao acompanhados de urn Resumo e de urn
Questionario. Aquele, facilita sobremaneira a memori-
zagao dos assuntos principais e este, apresentado naforma de testes variados, serve como uma auto-avaIia-
gao do aprendizado, cujas respostas dadas pelo estu-
dante podem ser confrontadas com os gabaritos cons-
rantes do Apendice 2.
As fotografias, bern como as figuras didaticamente '
desenhadas, e ricamente legendadas, ilustram bern os
aspectos morfologicos de cada assunto, que devem ser
comparados com 0material de laboratorio, pam com-
p~etar 0aprendizado,
Os quadros "Condicoes de Importancia Clfnica"
refletem a preocupacao do autor de reforcar 0conhe-
eimento do normal pelo entendimento de suas disfun-
96es ou ~?~~s.~_'lll~9!os_'.'Fro.lJ.tei@_s em Sande"
estimul~~&se do leitor paraassantos de van-
guarda na area de ~~,~~~WrPorte anatomico. Tais
quadros, independentes do, texto, PO~ijl.~$I" ou nao
~d<:,s peIO"profe,~t,n1tcrep~nde~c~\l~~~~fvel e dos
objeti v()s docurs'O;1:Ol"lta11'Hb-texto ~~Wamente
maleavet.itt·ll:o~~~Q'~t8gao a qual-
quer curso.
Ao final, sao apresentados Apendices, destacando-
se os de Anatomia Regional, com fotografias legenda-
das, e 0de Rafzes das PaIavras, Prefixos e Sufixos,
exemplificando 0uso de afixos na tenninologia ana-
IDmica e medica. Este apendice foi adaptado pelo tra-
dnt!Ora terminologia especffica da Lingua Portuguesa.
Ha, ainda, urn Glossario, coni mais de 900 tennos
e expressoes definidos, facilitando sobremaneira 0en-
tendimento do texto, mesmo para os iniciantes, ainda
nao acostumados com a terminologia da area. Com-
pleta a obra urn Indice Remissivo, com mais de 4.000
tennos, expressoes e abreviaturas, contendo a indica-gao das paginas e das figuras onde 0assunto e discuti-
do e onde a estrutura esta representada au assinalada.
Valioso auxiliar na localizacfio rapida dos assuntos.
A traducao, de autoria de dois professores do De-
partamento de Anatomia do Institute de Ciencias Bio-
medic as da USP, e bern cuidada, nurn estiloagradavel,numa linguagem facil e de entendimento imediato.
A revisao terminol6gica, importante nuina obra
desta natureza, incluindo a versao dos egonimos muito
usados no texto ~riginal, e~ta:r~s~ar~ada,. ~&v.,i.'!::l!~-'.-1mente pelas segumtes pubhcago~s«>aS1~a&.-::\crtaINomma
Anatomica, 5~ed., aprovada no 11~CongreS!'o~~p.terc;!nacional de Anatomistas, em 1980, no~M6xi~J,' F t_ ad a7 \zida para a lingua portuguese s@b'a~upervisae':&a-CoJ
missao de Nomenclatura da Sociedade Brasileira de
Anatomia, publicada em Sao Paulo, em 1984; (2) No-
menclatura Histol6gica da Lingua Portuguesa, apro-
vada no I Congresso da Sociedade Luso-Brasileira de
Anatomia (Pow, 1973), publicada em Sao Paulo em
1978; e (3} Glossdrio de Epdnimos Morfologicos, de
Sergio Melhem, no prelo.
Solicitamos aos colegas e leitores que apontem as
eventuais falhas ou omissoes nesta primeira edicao
traduzida, para a constante meIhoria dos textos ofere-
cidos aos estudantes e professores de anatomia.
( Esta de parabens 0 autor, pela ideia de incorporar
a urn texto de anatomia algumas caracterfsticas espe-
dais, que 0tornaram flexfvel, adaptavel a todos os
cursos de anatomia.
Esta de parabens a EDITORA MANOLE LTDA.
pela escolha da obra para traducao, que certamente
constituira urn marco irnportante como instrumento pe-
dag6gico para 0ensino da Anatomia Humana.
Mario de Francisco
Coordenador
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SUMARIO
01 ORIENfA<;AoANATOMICA 3
02 A CELULA 21
•03 TECIDOS 51
04 SISlJE~ 11OC}~~ •••.•••••. .•. ••.•.. .•• .. ••••.••. ..• .. ••••. . 77
05 SISTEMA ESQUELETICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
06 ARTICULACOES '.' " 157
07 SISlJEMA MUSCULAR 187
08 ANA lOMIA DE SUPERFiCIE 255
09 aSISTEMA CIRCULATORlO: 0 SANGUE 273
1~ SITEMA CIRCULATORIO: 0CORA9AO 289
11 . SISTEMA CIRCULA TORIO: VAS'OS SANGUiNEOS. . . . . . . . . . . . . . . . . .. 309
12 SISTEMA LINFATICO 341
13 SISTEMA NERVOSO: ORGANIZA9AO E COMPONENI'ES 355
14 SISTEMANERVOSO CENTRAL 37915 SISTEMA NERVOSO PERlFERICO 419
16 SISTEMA NERVOSO AUTONOMO 445
17 ORGAOS DOS SENTIDOS 455
18 SISTEMA ENDOCRINO :................ 487
19 SISTEMA RESPIRATORIO 515
20 SISlJEMA pIGESTIVO 537
21 SISTEMAuRmARIO 573
22 SISTEMA REPRODUTOR 595
23 GRA~IDEZ E DESENVOL VlMENTO EMBRIONARIO INICIAL .. (. 629
APENDICE 1 .
ANATOMIA REGIONAL 649
APENDICE2
RESPOSTAS'DOS QUESTIONARIOS 665
APENDICE3
FORM AS' COMBINADAS '. . . .. 669
RAizEs DA PAIAVRAS, PREFlXOS, SUFlXOS E
APENDICE4
. UNIDADES DO SISTEMA MErRICO .:..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 673
CREDITO DAS FOTOS .•..............• :-....................... 674
GWSSARIO .....••............................................ 675
iNvrcE REMISSIVO .•.................................... .- 689
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JNnICE GERAL
CAPITULO 1
ORIENTACAO ANATOMICA, 3
CAMPOS DE ESTUDO DA ANATOMIA, 3
FISIOLOGIA, 5
NivEIs ESTRUTURAIS BAsICOS, 5
Celulas,6
Tecidos,6
Tecidos epiteliais - Tecidos musculares - Tecidos nervosos -
Tecidos conjuntivos, 6
6rgaos,6
Sistemas, 7
TERMINOLOGIA ANATOMICA, 8
POSICOES DO CORPO, 8
TERMOS DE DIRECAo, 10
TERMOS REGIONAIS, 10
PLANOS DO CORPO, 12
CAVIDADES DO CORPO, 13
MEMBRANAS DAS CAVIDADES VENTRAIS DO CORPO, 13
CAPITULO 2
A CELULA, 21
Componentes da celula, 21
Membrana plasmatica, 21
Movimentos de materiais atraves da membrana plasmatica, 23
Processos passivos, 24
Processos ativos, 25
oNucleo,26
Citoplasma, 30
Organelas citoplasmaticas - Inclusoes, 30
MATERIAIS EXfRACELULARES, 38DIVISAO CELULAR, 38
Interfase, 40
Mitose,41
Pr6fase - Metafase, 41
Anatase - Telofase, 42Meiose,42
EFEITOS DO ENVELHECIMENTO NAS CELULAS, 46O f °
CAPITuLO 3
TECIDOS,51
Especializacoes das superficies celulares epiteliais, 51
Especializacoes para conexoes celulares, 52Complexos juncionais, 52
Juncoes comunicantes, 53
Classificacao dos epitelios, 53
De acordo com as camadas de celulas, 53
De acordo com a forma das celulas, 54
Classificacao geral, 55
Epitelio glandular - Membranas epiteliais, 60
TECIDOS CONJUNTIVOS, 61
Material intercelular, 63
Fibras colagenas - Fibras elastic as - Fibras reticulares, 63
Tipos de tecido conjuntivo, 64
Tecido conjuntivo frouxo, 64
Tecido conjuntivo denso irregular, 65
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_,. " ':::-.t,~'" "
Tecido conjuntivo denso regular, 65
Tecido conjuntivo elastico - Tecido adiposo, 66
Cargilagem, 67
Osso - Sangue, 68
1EClDO MUSCULAR, 68
Musculo cardfaco, 69
Mdsculo esqueletico, 69
Miisculo liso, 69
1ECIDO NERVOSO, 69
REGENERA<;Ao TECIDUAL, 69
CAPITULO 4
SISTEMA TEGUMENTAR, 77
Epidenne, 77
Camadas da epidenne, 77
Camada germinativa, 77
Camada granulosa - Camada transparente (hicida), 78
Camada c6rnea, 79
Nutricao da pele, 80"
Cor ci a pele, 80
DERME,80
Camada papilar, 80
Camada reticular, 81
HlPODERME, 81
GLANDULAS DA PELE, 81
Glandulas sudorfparas, 81
Glandulas sebaceas, 81
PELOS, 82
UNHAS, 84
FUNCOES 00 SISTEMA 1EGUMENTAR, 84
Protecao, 85
Regulacao da temperatura do corpo, 85
Excrecao, 85 'Sensacao, 85
Producao de vitamina D, 85
CONDICOES DE IMPORTANCIA CLiNICA: 0 SISTEMA
TEGWrfENTAR, 86
Acne, 86
VCITugas,86
Dermatite e eczema, 86f '
Psorfase.Bo
Impetigo, 86
"Pintas", 86
Herpes simples, 86
Herpes zoster ("cobreiro"), 87
cancer, 87
Queimaduras, 87
Efeitos do envelhecimento no sistema tegumentar, 88
FRONTEIRAS EM SAUDE: NOVA ESPERAN9A PARA vir/MAS DE
QUEIMADURAS, 89
CAPITULO 5
SISTEMA ESQUELETICO. 95
FUNC;OES DO ESQUELETO, 95
Suporte,95
Movimento, 95
Prote<;ao,95
Reserva de mineiras, 95
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-_ r.--- - = = - = - = - = = = = - = = - - - - = = - - = =~
Hemopoiese (formacao de celulas do sangue), 95
CLASSIFICA<;;Ao DOS OSSOS, 96
, Ossos Iongos, 96
Ossos curtos, 96
Ossos pIanos, 96
Ossos irregulares, 96
ESTRUTURA DO OSSO, 97
Anatomia macrosc6pica, 97Anatomia microsc6pica, 97
Composicao, 99
DESENVOLVIMENTO DO OSSO, 100
Desenvolvimento inicial do osso, 100
Ossificacao intramembranosa - Ossificacao endocondral, 101
Aumento do osso em comprimento e em diametro, 102
Teorias sobre a formacao do osso, 103
Fatores que afetam 0desenvolvimento do osso, 103
Pressao - Hormonios - Nutricao, 103
CONDI<;:6ES DE IMPORTANCIA cLiNICA. oSISTEMA ESQUELErICO, 104
Fraturas, 104
Tipos de fraturas - Consolidacdo das fraturas, 104• Calcificacao metastatica, 106Espinha bffida, 1,06Osteoporose, 106Osteomielite, 106
Tuberculose do osso, 106
Raquitismo e Osteomalacia, 106Tumores dos ossos, 106
Padr6es anormais de crescimento, 106
Efeitos do envelhecimento no sistema esqueletico, 106
OSSOS INDNIDUAIS DO ESQUELETO, 109
ESQUELETO AXIAL, 109
'Cabe9a, 110
Ab6bada craniana (calvaria, 110)
Ossos que formam a base da cavidade craniana, 115
Esqueleto da Face, 118Ossos que formam a cavidade do Nariz, 120
Ossos que formam 0 palato Osseo, 120
Ossos que formam a debita, 120
Passagens atraves do cranio, 120
Seios paranasais, 120
Ossfculos da Audicao, 123
Ossop_i6ide, 123 , ,Coluna vertebral, 123
C~aturas da coluna vertebral, 125
Funcoes da coluna vertebral, 127
Caracterfsticas de uma vertebra tfpica, 127
Diferencas regionais das vertebras; 129
T6rax,129Estemo, 129
Costelas, 131
Cartilagens costais, 131
ESQUELETO APENDICULAR, 132
Membros superiores, 132
Cintura escapular, 132
Braco e Antebraco, 135
Mao,137
Membros inferiores, 140
Cintura pelvica, 140
Cavidades pelvicas, 142
Coxa, 143
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Perna, 144
Pe, 147
Ossos sesam6ides, 149
CAPITULO 6
ARTlCULA<;OES, 157
ARTICULA<;;6ES FIBROSAS, 157
Suturas, 157
Sindesmoses, 158
ARTICULA<;6ES CARTILAGINOSAS, 159
Sincondroses, "159
Sfnfises, 159
ARTICULA<;6ES SINOVIAIS, !59
Bolsas sinoviais e Bainhas dos tend6es, 160
Movimentos das articulacoes sinoviais, 161
Deslizamento - Movimentos angulares, 161
.Circundu~iio, 162
Rotacao - Movimentos especiais, 163
Tipos de articulacoes sinoviais, 163
Articulacoes nao-axiais, 163
Articulacoes uniaxiais, 165
Articulacoes biaxiais - Articulacoes triaxiais, 166
Ligamentos de articulacoes Importantes, 166
Ligamentos da coluna vertebral, 166
Ligamentos de articulacoes claviculares, 169
Ligamentos da articulacao do ombro, 169
Ligamentos da articulacao do cotovelo, 171
Ligamentos da articulacao do pulso, 171
Ligamentos da articulacao do quadril, 172
Ligamentos da articulacao do joelho, 173
Ligamentos da articulacao Talocrural (do tomozelo), 174
CONDI<;6ES DE IMPORTANCIA CLiNICA: Articulacoes, 176Entorses, 176
Luxacoes, 176
Bursite, 176
Tendinite, 176
Hernia de disco, 176
Les6es dos meniscos, -177
Artrite, 177
Osteoartrite - Artrite reumat6ide, Gota
Efeitos do envelhecimento nas articulacoes, 178
CAPITULO 7
SISTEMA MUSCULAR, 187
TIPOS DE MUSCULOS, 187
Mtisculo esqueletico, 187
Mtisculo liso, 188
Mtisculo cardfaco, 188
DESENVOLVIMENTO EMBRIONARIO DOMVSCULO, 188
Mtisculo esqueletico, 188
Musculo liso, 188Mdsculo cardfaco, 188"
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ANATOMIA MACROSc6PICA DOS MUSCULOS ESQUELETICOS, 188
Envolt6rios de tecido conjuntivo, 189
Fixacoes de mtisculo esqueletico, 189
Forma dos miisculos esqueleticos, 190
ANATOMIA MICROSc6PICA DOS MUSCULOS ESQUELETICOS, 191
Composicao dos miofilamentos, 193
Tubules transversos e reticulo sarcoplasmatico, 194
CONTRAc.::Ao DO MUSCULO ESQUELETICO, .194
Eventos celulares durante a contracao, 194
Fontes de energia para a contracao, 195
Ac.::6ES MUSCULARES, 197
RELAc.::OES ENTRE ALAVANCAS EAc.::6ES MUSCULARES, 198
Classes de alavancas, 198
Alavancas de Primeira (Classe I), 198
.Alavancas de Segunda (Classe II), 198
Alavancas de Terceira (Classe III), 198
Efeitos das alavancas nos movimentos, 199
MUSCULO usn, 199 .
CONDIc.::6ES DE IMPORTANCIA CLINICA: MUsculo esqueletico, 200
• Atrofia muscular, 200Caimbras, 200
Distrofia muscular, 200
Miastenia grave, 200
Efeitos do envelhecimento nos musculos esqueleticos, 200
MUSCULO CARDfACO, 200
MUSCULOS ESQUELETICOS DO COR PO HUMANO, 201
MUSCULOS DA CABEc.::A E DO ·PESCOc.::O, 204
Mtisculos da face, 204
Mtisculos da mastigacao, 204-
. Mtisculos da lingua, 204
Musculos do pesco<;o, 204
Mtisculos da faringe, 205
MUSCULOS DO TRONCO, 206Mtisculos da coluna vertebral, 207
Miisculos profundos do t6rax, 209Musculos que formam 0 assoalho da cavidade abdominopelvica, 215
Mnsculos do perfneo, 215
MUSCULOSDOS MEMBROS SUPERIORES, 217
Mdsculos que atuam na escapula, 217
Muschlos que atuam no brace, 218
Musculos que atuam no antebraco, 221
Miisculos que atuam na mao enos dedos, 223
Miisculos intrfnsecos da mao, 225
MUSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES, 225
Mdsculos que atuam na coxa, 227Musculo que agem na perna, 233
Miisculos que agem no p e enos dedos do pe, 237Mdsculos intrfnsecos do pe, 241
CAPITULO 8
ANATOMIA DE SUPERFICIE, 255
A CABE<;A, 255
o PESCOc.::O, 258
OT6RAX, 258
o ABDOME, 25S
OooRSO, 261
OS MEMBROS SUPERIORES, 264
OS MEMBROS INFERIORES, 264
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CAPITuLo 9
SISTEMA CmCULATORIO: 0 SANGUE, 273
HJNQaES DO SANOUE, 273
'UOMPOSI<;Ao DO SANGUE, 274
Plasma, 274
Elementos figurados, 275
Eritr6citos, 277
IOJNDJi<;aES DE IMPORTANCIA CLiNrCA: Eritrocitos, 281
Anemia, 281
Policitemia, 281
PIaquetas, 281
ICONDlf,;aES DE IMPORTANCIA CLiNICA: Leucocitos, 282
Leucemia, 282
Mononuc1eose infecciosa, 282
Lencocitos, 282
,GRUPOS SANOUiNEOS, 284
Sistema ABO, 284
Sistema Rh, 285
apiTuLo 10
SIS'1"EMA CmCULATORIQ: 0 CORA9.AO, 289
DESENVOLVIMENiO EMBRIONARIO DO CORA<;Ao; 289
POSU;AO DO CORACAo, 290
mo-VOLTORIOS DO CORACAo, 291
~!ll~roMIA DO CORA<;AO, 292
'Cfunaras do coracao, 292
Vaoosassociados ao coracao, 293
Paredes do coracao, 293
Epicirdio, rniocardio e endocardio, 294
Esqueleto do coracao - Vasos do miocardio, 295
V:aillvasdo coracao, 299Vaillvasatrioventriculares, 299
Valvas das arterias (Semilunares), 299
Projet;;iio das valvas na superffcie, 299
CIRCULA<;Ao ATRA Y E S DO CORA<;Ao, 300
SISTEMA CONDUTOR DO CORACAo, 301
N6 sinotrial, 303
N 6 atrioventricular, 303
V m s de conducao do coracao, 303
CONDI<;aES DE IMPORTANCIA CLiNrCA: 0 coracdo, 304
Sons normais do coracao, 304
Sons cardfacos anonnais, 304
Taxas cardfacas anormais, 304Disfuncoes valvulares, 304
Refluxo valvular, 304
Estenose valvular, 305
Bioqueio cardiaco (Parada Cardfaca), 305
Bloqueio do fascfculo atrioventricular, 305
Doenca cardfaca arterioscler6tica, 305
Infarto do miocardio, 305
Endocardite, 305
.Miocardite, 305
,CAPITULO 11
SISTEMA CIRCULATORIO: VAS'OS SANGUiNEOS, 309
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- - ~- - - - -- -
TIPOS DE VASOS, 309
ESTRun.JRA GERAL DAS PAREDES DOS VASOS SANGOiNEOS, 309
ESTRUTURA DAS ARTERIAS, 310
Arterias elasticas, 310
Arterias musculares, 310
ESTRUTURAS DASAR1ERfoLAS, 311
ESTRUTURA DOS CAPILARES, 312ESTRUTURA DAS vENuLAS, 312
ESTRUTURA DAS VEIAS, 313
CONDI<;6ES DE IMPORTANCIA CLOOCA: Vasos sangidneos, 315
Pressao sangufnea alta (hipertensao), 315
Arteriosclerose e Aterosclerose, 315
Aneurismas, 315
Flebite, 315··
Veias varicosas, 316
Efeitos do envelhecimento sobre 0sistema vascular, 316
ANATOMIA DO SIS1EMA VASCULAR, 316
Circuito pulmonar, 316
..Circuito sistemico, 317
Arterias sistemicas, 317
·Veias sistemicas, 327
CAPITULO 12
SISTEMA LINFATICO, 341
VASOS LINFATICOS, 341
LINFONODOS, 342
·DUCTOS LINFATICOS, 345
MECANISMOS DO FLUXO DA LINFA, 347
~<;OES DO SISTEMA LINFATICO, 347
Destruicao de bacterias e remocao de partfculas estranhas da linfa, 347
Respostas imunes especfficas,' 347
Retorno do lfquido intersticial para a corrente sangufnea, 347
dRGAOS LINFdIDES, 347 .Baco, 348Timo,349
Tonsilas, 350
FUN<;OES IMUNES DOS dRGAOS LINFdIDES, 350
Respostas imunes especfficas, 350
Irriunidadep.umoral,351
Imunidade mediada porcelulas, 352
CAPITULO 13
SISTEMA NERVOSO: ORGANIZACAO E COMPONENTES, 355
ORGANIZA<;:AO DO SISTEMA NERVOSO, 355
Sistema Nervoso Central, 355Sistema Nervoso Periferico, 356
Componente aferente e Componente eferente, 357
DESE;NVOLVIMENTO EMBRIONARIO DO SIS1EMA NERVOSO, 358
COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO, 360
Neuronios, 360
Prolongamentos dos neuronios - Tipos de neuronios, 362
Formacao de neuronios mielinizados, 363 .
o impulse nervoso - Sinapses, 365Nervos, 367
Terminacoes nervosas perifericas especializadas,367
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Terminacoes nervosas motoras, 368
Terminacoes nervosas sensitivas, 369
Tipos dereceptores, 370
Classificacao de acordo com a localizacao do estfmulo, 370
Classificacao de acordo com 0tipo de estfmulo, 370
Neuroglia, 371
astrocitos - Oligodendr6citos - Micr6glia, 371Celulas ependimarias, 373
'CAPITuLO 14
SISTEMA NERVOSO CENTRAL, 379
!BN"CEFALO. 379
Telencefalo,379
Tractos de fibras nervosas Mielinicas, 379
Giros, Fissuras - SuIcos e Lobos do Cerebro, 380
Areas funcionais do cortex do cerebra, 382
Ndcleos da base, 385
Bulbos olfat6rios, 386
Diencefalo, 388~aIamo, 388
Hipotalarno, 389
Eplitalamo, 390
Sistema Ifmbico, 391
Mesenc6falo, 392
Pedunculos do cerebra - colfculos (Corpos quadrigemeos), 392
Merencetalo, 392
Cerebelo,392
Ponre,393
il'li'fielenc6falo,393
Formagao reticular, 393
Ve~trfculos encefalicos, 394
Ventnculoa laterais, 394Terceiro ventrfculo, 395
Quarto ventnculo,: 395
Meninges, 397
Dara-mater - Aracnoide - Pia-mater, 397
Uquido cerebrospinal, 397
Funcionamento do encefalo, 399
~ULA ESPINAL, 399
Estrututa. geral da medula espinal, 399
Meninges da medula espinal, 402
Composicao da medula espinal, 402
Substancia cinzenta da medula espinal, 402
Rafzes dorsal e ventral do nervo espinal, 403
Substancia branca da medula espinal, 403
oarco reflexo medular, 408
Reflexo de estiramento, 409
Reflexo tendfneo, 410
NUCLEOS DE NEURONIOS, 411
OONDI<;6ES DE IMPoRTA.NCIA CLfNrCA: 0 Sistema nervoso central,
411
Dor,411
Dor referida - Dor fantasma, 412
Disfuncoes da medula espinal, 413
Paralisia - Les6es dos tractos sensitivos da medula espinal, 413
Disfuncoes especfficas da medula espinal, 413Disfuncoes do tronco do encefalo, 413
Disfuncoes do cerebelo, 413
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Disfuncoes dos ruicleos da base, 413
Doencas inflamat6rias do SNC, 414
Encefalite e Mielite - Meningite, 414
Tumores do SNC, 414
CAPITULO 15SISTEMA NERVOSO PERIFERICO, 419
NERVOS CRANIANOS, 419
I; Nervo olfatorio, 419
IT;Nervo 6ptico, 420
ill; Nerve oculomotor, 421
tv; Nervo troclear, 423
V; Nervo trigemeo, 423
VI; Nervo abducente, 423
Vll; Nervo facial, 423
VIll; Nervo vestibulococlear, 424
IX; Nervo glossofarfngeo, 425
X; Nervo vago, 426
XI; Nervo acess6rio, 427XU; Nervo hipoglosso, 428
NERVOS ESPINAIS, 428
Formacao dos nervos espinais, 428
Ramos dos nervos espinais, 431
Distribuicao dos nervos espinais, 431
"Plexos e nervos perifericos, 432
Plexo cervical - Plexo braquial, 433
Plexo lombossacral, 434
C;0NDn;;OES DE IMPORTANCIA CLfNICA:O Sistema Nervoso
Periferico, 439
Lesao e regeneracao dos nervos perifericos, 439
Neurite, 439
Neuraugia (Nevralgia), 440
Herpes zoster ("cobreiro"), 440
CAPITULO 16
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO, 445
ANATOMIA DO SISTEMA "NERVOSO AUTONOMO, 445
Parte siinpatica, 445
Part! parassimpatica, 448
Diferencas anatomicas entre as partes do SNA, 449
FUNC;6ES DO SISTEMA NERVOSO AUTONOMO, 449
"BIOFEEDBACK", 450
CONDIc:;6ES DE IMPORTANCIA CLiNICA: Sistema Nervoso AutOnomo, 452
Doenca de Raynaud, 452
Acalasia, 452
Doenca de Hirschsprung, 452 "
CAPITuLo 17
6RGAOS DOS SENTIDOS, 455
Desenvolvimento embrionario do olbo, 455
Estrutura do olbo, 456
Tunica fibrosa - TUnica vascular, 456
Tunica sensorial (retina), 457
Lente - Cavidades e Humores, 458
Orgaos acess6rios do olho, 459
Palpebras, 459
Tunica Conjuntiva - Aparelho lacrimal, 460
Mtisculos extrfnsecos do olbo, 461
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Meios de refracao do olbo, 462
Focaliza~ao da imagem na retina, 462
Refracao - Acomodacao, 462
Constricao - Convergencia, 463
Visao binocular, 463
Fotorreceptores da retina, 465Bastonetes - Cones, 465
Componentes nervosos da retina, 465
Vias visuais, 466
CONDI<;6ES DE IMPORTANCIA CLfNICA: Oolho, 467
Miopia - Hipermetropia - Astigmatismo, 467
Catarnta - Glaucoma - Cegueira para cores, 468
A~o do envelbecimento sobre 0 olho, 468
A.ORELHA - AUD[(;AO E EQUILiBRIO. 468
Desenvolvimento embrionario da orelba, 468
Estruturas da orelha, 470
OreIha extema - Orelha Media, 470·
"()reJl!ha interna, 471Mecmismos da audicao, 475
T.rnnsmissao das ondas sonoras para a orelha interna, 475
Fon¢o da c6c1ea, 476
f'eroe~ao do som no encefalo, 478 .:
Equilibrio e balance, 478
F,quiliorio estatico - Equilfbrio dinamico, 479
.(DNDI~6ES DE IMPORTANClA CLfNIO\ :A orelha, 480
In:fec:;c;6esda orelha media (otite media) - Perda da audicao, 480
6R<iAos OLFAT6RIOS, 481
- GAOS DO GOSTO, 482
t
lPITuLO 18
SISl'EMA ENDOCRINO; _487
ESfRUI1JRA QUlMICA DOS HORMONIOS, 489
~MOS DE ACAO HORMONAL, 489
HIPOFISE, 489
Deseavol vimento embrionario e estrutura, 490
_ earo-hipofise - Adeno-hip6fise, 490
Re1aQOescom 0cerebra, 491
HonnOJitos neuro-hipofisarios e seus efeitos, 491
H [Ol(jnio antidiuretico - Oxitocina, 491
Iibern~ao dos hormonios neuro-hipofisarios, 492
HonnOnios adeno-hipofisarios e seus efeitos,_492
Gonadotro_fmas, 492
Tu:otrofina - Adrenocorticotrofina - Hormonio do crescimento, 493
OJNnlc,::6ES DE IMPORTANCIA CLfNICA: Disfuncoes ci a hipofise, 494
~IDE, 496 _
Prolactina - Liberacao dos hormonios adeno-hipofisarios, 495 _
Desenvolvimento embrionario e estrutura, 496
BoonOnios da tire6ide e seus efeitos, 496
riiodotironina e tiroxina - Calcitonina, 497
NDlCOES DE IMPORTANClA CLINICA: Disfuncoes ci a tire6ide, 498
~o dos hormonios da tire6ide, 498
-NDULAS PARATIRE6IDES, 498 _-
Desenvolvimento embrionario e estrutura, 498
BionnOnio paratireoideano e seus efeitos, 499
~o do hormdnio da paratire6ide, 499
NDI06ES DE IMPORTANCIA CLfNICA: Disfuncoes das _
paratire6ides,500
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' . . . . . ."-~
: .' .>;
I
\.GL~NDULA,S SUPRA-RENAIS, 500. . . . . . - -- "" _ ... ~,.
",¥edula.da supra-renal, 500
besenvolvimento embrionario e estrutura, 500
Hormonio da medula supra-renal e seus efeitos, 500
C6rtex da supra-renal, 502
Desenvolvimento embrionario e estrutura, 502
Hormonios corticais e seus efeitos, 502
CONDI<;,::6ESDE IMPORTANCIA CLOOCA: Disfuncoes das
supra-renais, 503
pANCREAS, 504
Desenvolvimento embrionario e estrutura, 504
CONDI<;'::OESDE IMPORTANCIA CLOOCA: Disfuncoes pancredticas, 506
Hormonios pancreaticos e seus efeitos, 506
Insulina, 506
Glucagon, 507
Liberacao dos hormonios pancreaticos, 507
t
GONADAS, 507
OUTROS TECIDOS ENDOCRINOS E HORMONIOS, 507
CAPITULO 19
SISTEMA RESPIRATORIO, 515
DESENVOLVlMENTO EMBRION;\RIO DO
SISTEMA RESPIRATORIO, 515
ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATORIO, 515
·Nariz e cavidade do nariz, 516
Revestimento da cavidade do nariz e dos seios paranasais, 517
Infeccoes das mucosas, 518Faringe,518
Nasofaringe, 518
Bucofaringe - Laringofaringe, 519
Laringe, 519 'I
Esqueleto da laringe - Mucosa da laringe, 519
Traqueia, 521
Bronquios, bronqufolos e alveolos, 522
Pulm6es,524
Pleura - Suprimento sangiifneo dos pulm6es - Membrana respirat6ria, 525
MECANICA D1\ RESPIRA(_;AO, 526Inspira9a O ,t-528Expiracao, 528
Movimentos respirat6rios rftmicos, 529Volumes pulmonares, 529
CONDI<;,::6ES DE IMPORTANCIA CLOOCA: 0 Sistema Respiratorio, 530
Resfriado comum, 530
Febre do feno, 530Asma bronquica, 530
Bronquite, 530
Tuberculose, 530
Enfisema, 530
Pneumonia, 530
J;>leuris,530
Pneumot6rax, 530
Efeitos do envelhecimento no sistema respirat6rio, 532
CAPITULO 20
SISTEMA DIGESTIVO, 537
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I)ESENVOL VIMENTO EMBRIONA.RIO DO SISlEMA DIGESTIVO,
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTIVO, 539
Boca,539
Lingua - Dentes, 541
Glfmdulas salivares, 544
Faringe, 545
Parede do tracto gastrointestinal, 545Tuaica mucosa, 545
TUnica submucosa - TUnica muscular, 546
TUnica serosa ou adventicia - Plexos nervosos intrfnsecos, 547
&Of ago, 547
EstOmago, 547
Intestino delgado, 550
Intestino grosso, 553
Reto e canal anal, 555
ORGAOS DIGESTIVOS ACEss6RIOS, 556
Pancreas, 556
Ffgado,558
'cl 'iesicula biliar e ductos biliares, 561
PBOCESSOS MECA.NICOS DO SISTEMA DIGESTIVO, 561~fustiga<;ao, 563
lJegluti<;ao, 563
'Motitidade gastrica, 564
iM"otilidade intestinal, 565
Intestine delgado - Intestino grosso, 565
PIUJCESSOS ounncos DO SIS lEMA DIGESTIVO, 566
Diges:mo na boca, 566
Digesmo no est6mago, 566
Dioaesffio no intestino delgado, 567
CDN!DI<;OES DE IMPORTA.NCIA CLOOCA: 0 Sistema Digestivo, 568
llicera peptica, 568
Gamenterite, 568
E'edms. na vesfcula, 568
P.mcreatite, 568Hepatite, 568
ICmose, 568
Apendicite, 569
539
t
C..uITULO 21
SlS'i'EMA URINARIO.573
OO~ONENTES DO SISTEMA URINARIO, 574
DESENVOLVIMENTO EMBRIONA.RIO DOS RINS, 574
ANATOMIA DOS RINS, 576
Camadas de revestimento do rim, 577
Estrutura externa do rim, 577
Bstrurura intema do rim, 577
TUbulos renais, 579
Vasos sangufneos do rim, 583
HSIOLOGlA. RENAL, 584
URETERES, 585
BEXIGA URINARIA, 585
UREfRA, 589
CONDI<;OES DE IMPORTA.NCIA CLOOCA: a Sistema Urindrio, 590Patologias relacionadas ~ pressao, 590 _
Hipertrofia da pr6stata - Pressao arterial baixa
Glomerulonefrite, 590
Pielonefrite, 591
Proteinuria, 591
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OBJETIVO$ DO ESTUDO
• Nomear os dez maiores sistemas de orgaos do
corpo humane.
; Y e o
• Descrever ~ pO:si~ftomratol11ica.-"
..• Nome'aros·plan6s,~ ¢~ir idadeS' .do.:eotpo.. : .; ' . '.' . ~.'.' '. - ~t~:··c,- . ~
• Distinguir entre~m~m.btanasvisceral ¢parieta;l cl '<tS¢av1:dade§}le~4;ais do ( ; ; ( 5 tP 9 . , .
Ap6s cempletar este capitulo, voce devera estar
apto para:
• Conceituar as varias subdivisoes do estudo
cia Anatornia
; • Nomear os quatro tipos de tecidos produzidos
pelos tres folhetos embrionarios.
• Descrever os m~sent~tfos da caviejade abd6mino-pelvica ..
CONTEUDO DO CAPITULO
i.ZAMPO$ DA ANATOMIA
FfSIotOOIA
TERMQSREGIONAIS·
PLANUS DOCORPO
\NfVEIS ESTRUTORAIS BASICOS
TRn:MJNOLOGIA ANATOMICA
;.6SH:;OES no CORPQ
' fERMOS DB DJR:J;:< ;:AO
CAVIDAPES DqCORPO
MEMBRANAS DAS CAVIDADES·.VENt'RAIDO CORP{) -:'. . . . .. -: ..: .... /'
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Ana~m~~; e 0 estudo da estrutura de urn organismo e das relacoes entre
saas partes, Este' livro apresenta uma abordagem basica, mas abrangente, da
anatomia humana, 0ermo anatomia e derivado de palavras gregas que signi-
ficam "at.raves de" e "cortar". Como sua origem indica, a anatomia esta larga-
mente baseada na disseccao do corpo. Entretanto, alguns dos campos de estudo
mais recentes da anatomia envolvem 0usa de aparelhos que propiciam valiososoplementaa dis secgao.
CaMPOS DE ESTUDODA ANATOMIA
o estndo da anatomia envolve 0 exame das estruturas gerais do.corpo (ana-
oOlla macroseopica) bern como -daquelas estruturas que so podem ser vistas
com 0auxilio de urn microscopic (anatomia microscopica). A anatornia rna-
croscopica pode ser estudada por regi6es, tais como a cabeca, 0 pescoco, 0 to-
rax, 0 abdome, pelve e membros, Este campo de esrudo, referido como anato-
mia regional, e frequenternente usado na disseccao, na qual as estruturas numa
regiao sao.' estudadas simultaneamente. Entretanto, para nossos prop6sitos, 0
estndo da anatomia por sistemas de orgaos que executam 'uma funcao cornurn
anatomia sistemica) e mais adequado, e este livro utiliza esta abordagem. Aanatomia mieroscopica inclui 0estudo das celulas (citologia) eo estudo dos te-
cidos (histolqgia). Quando a anatomia e estudada sob as rnais extremas condi-
~ de aumento corn 0 microscopic eletronico ela e referida como estrutura fi"
na Oil ultra-estrutura. A anatomia do desenvolvimenro, outra subdivisao da
anaromia, focaliza 0desenvolvimento do-corpo a partir do ovo fertilizado ate a
feana adulta.-.~:A anatomia go desenvolvimento inclui a embriologia; que esta
limitada ao desenvolvimento pre-natal.
A anatomia radiogrdfica e particularmente valiosa no diagnostico de doen-
~ e Iesoes. Ate peuco tempo, as iinicas "ferramentas" disponiveis neste cam-
fJ O eram 0 aparelho de raios X e 0 aparelho de fluoroscopia, Ambos produzem
raios roentgen (raios X), que passam atraves da estrutura sob exarne e sensibi-
Iizam urn films para raios X ou iluminam urna tela fluorescente. Quando 0filme
exposto e revelado, 0 resultado e uma imagem fotografica charnada roerugeno-
'Nama, popularmente conhecida como radiografia. Embora os roentgenogramastenham interiso usa como meio diagnostico, sao limitados, porquanto as rela-
~ tridimensionaisentre as partes do corpo sao perdidasno filme, ja que a
imagem do corpo e comprirnida numa imagem plana. Ainda mais, pequenas di-
feseocas na densidade dos tecidos nero sempre sao detectadas num roentgeno-
grnma.
Nos anos 70,ayan<;as tecnologicos tornaram possfvel a tomografia, ex-
pandindo assim a anatomia radiografica. <A tomografia envolve a radiografia de
urn nfvel especffico do corpo, enquanto nao registra estruturas situadas acima e
abaixo desse nfvel. Este efeitoe conseguido girando 0 tubo de raios X e 0 filme
an redor do nfvel selecionado, que vai sendo expos to repetidas vezes ao raios
X. A tecnica produz uma seccao transversal no corpo, no myel selecionado
CFi.:,oura1-1). Quando a rotacao do tubo de raios X e do filme sao'cobordenados. . - _. ~.
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_---_ -_--_-
4 Orientacao Anatomica
Figura 1-1
Imagem de tomografiaeomputadorizada da regiaomedia do troneo. 0 ffgadoforma a area opaea aesquerda da figura.Observe as eostelas (embranco) na parede do corpoe a vertebra na parteinferior. A aorta pode serobservada encostada nolado superior direito da
vertebra, passando atravesdo hiato a6rtico dodiafragma. (Para umaexplanacao mais completadas imagens de TC, veja0Quadro 5-2.) Poster ior
por-um computador, esta tecnica e referida como tomografia computadorizada
eTC) ou tomografia computadorizada axial (TCA). A tomografia computadori-
zada nao so mostra as relacoes tridimensionais entre as partes do corpo, como
produz melhor diferenciacao entre tecidos do que seria possfvel com 0 usa sim-
ples de raios X.
a recente desenvolvimento de urn complexo aparelho de raios X charnadode reconstrutor espacial dindmico (RED) representa urn significative avanco na
anatomia radiografica, 0 RED usa multiples tubos de raios X querapidamente
giram ao redor do paciente produzindo milhares de seccoes transversas em pou-
cos segundos. Isto e muito mais rapido que a tomografia computadorizada que
produz urna unica seccao no mesmo espaco de tempo. 0 RED produz em filmes
imagens tridimensionais de urn 6cgiio que pode ser girado ou inclinado em
qualquer dire~ao, permitindo a visao de todos os lados de urn orgiio (Figura
F1-2 1~2). Urn tom6grafo computadorizado, em comparacao, produz apenas Hi-
o minas de seccao transversal do corpo. Adicionalmente, a imagem produzida
pelo RED pode ser "fatiada" na tela, de modo que 0interior do orgao pode ser
visto.
A ressondncia magnetica nuclear (RMN) e outro recente avanco na anato-
mia radiografica, A RMN foi usada primitivamente como instrurnento de pes-
quisa, mas esta comecando a ser usada com prop6sitos diagnosticos, Tern 0 a
v<m,tagemde usar radiacao nao ionizante, que e menos lesiva as celulas do queos raios X. No aparelho de R1vIN 0paciente e colocado em uma camara do ta-
manho do corpo contendo urn grande fm a (magneto). 0 campo magnetico causa
o alinhamento de nncleos de hidrogenio, bern como de outros micleos, ao longo
do corpo. Ajustando-se a energia magnetic a gerada pelo fm a, e possfvel detec-tar a quantidade de energia absorvida pelos varies micleos. Esta informacao,
fomecida a urn computador, pode sec usada para mapear a distribuicao dos rni-
cleos originando imagens dos orgaos do COIpo.
A tomografia de emissdo de positrons (YEP) e urn processo especializado
de anatomia radiografica que e freqiientemente usado na producao de imagens
que dao informacoes relativas ao funcionamento dos orgaos. Enquanto a tomo-
------ - I --~-~
. ~
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(b)
NfveisEstruturais Basicos 5
t
\
EsWmago
gtafia computadorizada produz imagens que mostram 0aspecto dos orgaos, a
"IEP' tem sido usada unicamente para visualizar 0cerebro, e produz imagens
que dao a medida da atividade das celulas do orgao. Durante urn exame com
·'fEP.glicose radioativa e injetada na corrente sangufnea do paciente. A glicose
Clmceutra-se nas celulas das regioes do cerebro rnais metabolicamente ativas. A
~ do paciente e introduzida num aparelho de YEP, onde detectores absor-
¥em: :a radiacao e enviam os sinais para urn computador. Este rearranja os sinais
em imagens de video, com pontos brilhantes rnostrando onde a glicose radioati-
v.I .rn~.acnmulada, originando assim urn mapa funcional do cerebro do paciente.
o usa de ultra-sonografia se constitui num outro meio de se obter imagens
rlOs,6rgaos do corpo. Neste procedimento, ondas sonoras sao dirigidas para 0
aJqliO,e 0eco que elas produzem quando colidem com variados tecidos sao
osados para definir os contomos dos orgaos. Como as ondas sonoras parecem
£B:)I produzir efeitos colaterais significantes nas celulasca ultra-sonografia pode
SE':I'" nsada seguramente para produzir imagens de fetos no utero. Tambem pode
pDd.uzir imagens em movimento, tais como a corrente sangufnea ao longo de
mnvaso. f
FISIOLOGIA
o esmdo das funcoes do corpo echamado de fisiologia. A fisiologia explica,
~ rennos qufmicos e ffsicos, como 0 corpo e suas partes trabalham, Embora~ texto focalize principa1mente a anatomia, a estrutura e geralmente relacio-
J U a i d ! a a sua funcao, e uma conscientizacao das relacoes entre estrutura e funcao
: J t I i i i l d e auxiliar a tomar 0estudo da anatomia mais significative. 0texto inclui a
fisioklgia suficiente para explicar a anatomia de urn sistema ou estrutura parti-
cnJm-_
N tVEIS E STRUTURAIS BAsICOS
Ha quatro nfveis estruturais basicos no corpo: celulas, tecidos, orgdos e
~_ Cada nfvel de estrutura corporea tern funcoes especfficas que contri-
~ nan so para a propria estrutura como tambem para.o bern estar geral do
..::o:po eomo urn todo.
Figura 1-2
(a) Reconstrutor espacialdinamico (RED). (b)Imagens tridimensionaisdos pulmoes, coracao,diafragma e estomagoproduzidas pelo RED.
-.-~/
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TECIDOS MUSCULARES Os tecidos musculares sao compostos de ce-.
lulas especializadas que sao capazes de se contrair, ou seja, diminuir seu com-
primento. Esses tecidos movimentam 0esqueleto, propulsionam 0sangue atra-
ves do corpo e auxiliam na digestao movimentando 0 alimento ao longo do tubo
digestivo. Como sera explicado no Capitulo 7, hi! tres tipos de tecidos muscula-
______________ res: esqueletico, cardiaco e visceral. Cada tipo e derivado da mesoderme em-
brionaria,
6 Orientacao Anatomica
Endoderme Cavidade do corpo(celoma)
Celulas
No nfvel estrutural mais basico, 0corpo e constitufdo por celulas. Mesmo
ao nfvel celular ha diferencas estruturais e essas diferencas celulares estao inti-
mamente relacionadas com a fisiologia de cada tipo de celula. Considerarnos
essas diferencas celulares no Capftulo 3.
Tecidos
Dentre os animais, apenas os mais simples estao capacitados a existir como
celula iinica. Na maioria dos animais, inc1uindo 0ser humano, grupos de celu-
las sirnilares juntam-se para formar tecidos. No estagio primitivo do embriao,
quando ocorre a primeira formacao de tecidos, celulas similares agrupam-se em
tres folhetos: a ectoderme, que forma tanto 0tegumento do corpo scomo 0
sistema nervoso; a endoderme, que forma 0revestimento interno do tubo di-
gestivo e das estruturas associadas; e a mesoderme, 0folheto localizado entre
a ectoderme e a endoderme, que forma 0esqueleto e os rmisculos do corpo (Fi-
F1-3 gura 1-3). Os tres folhetos embrionarios de celulas - a ectoderme, a endoderme
e a mesoderme - dao origem aos quatro tipos de tecidos. Esses tecidos sao dis-
cutidos aqui muito superficialmente e estudados com detalhes no Capftulo 3.
Tubo
digestiv~
TECIDOS EPITEUAIS Estes tecidos cobrem a superffcie corporea efor-
ram as varias cavidades do corpo, ductos e vasos. 0 tecido epitelial que forma
a camada mais externa protetora do corpo, a epiderme, e derivada da ectoder-me embrionaria, 0 restante dos tecidos epiteliais origina-se ou da mesoderme
ou da endoderme do embriao,
TECIDOS NERVOSOS Os tecidos nervosos, que formam 0encefalo, a
mednla espinal e os nervos, consistem de celulas com longos prolongamentos
protoplasmaticos. Essas celulas nervosas, ou neuromos, transmitem mensagens
atrav6s do corpo. Originam-se da ectoderme do embriao.
TECIDOS CONJUNTIVOS Muitos tipos de celulas estao envolvidas na
formacao dos varies tecidos conjuntivos. Esses tecidos, a maioria dos quais de-
riva da mesoderme, sao usados como suporte (ossos e cartilagens), para a fixa-
C;aode outros tecidos (tendoes, ligamentos e fascias), ou para outras funcoes
especializadas (por exemplo, sangue).
Orgaos
A formacao de tecidos capacita 0 corpo a realizar atividades fisiol6gicas
mais complexas do que as possfveis numa celula individualizada. Os processos
fisiologicos mais complexos sao possfveis quando dois ou mais tecidos se com-
binam para formar urn 6rgao. 0 estomago, por exemplo, e forrado por tecido
epitelial e suas paredes sao formadas por tecido muscular. Esses tecidos sao
mantidos juntos por variados tipos de tecido conjuntivo e sao inervados por te-
"cido nervoso. Cada urn desses tipos de tecido contribui de uma maneira especf-
fica para 0funcionamento do estomago e sem tais combinacoes de tecidos nao
seria possfvel processar grandes partfculas de alimentos complexos. 0 mesmo
\lti.u.~{\li() 15verdadeiro l'ara todos os orgaos, cada urn deles servindo como urn
centro fisiol6gico especializado para 0corpo.
Figura 1-3
Seccao transversalesquematica de urn embriaomostrando a localizacao da
endoderme, mesoderme eectoderme. A linnainterrompida no embriaoindica 0 local da seccaotransversal.
_ . . -_
---'
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Tabela 1-1 Sistemas de Orgaos do Corpo
Tegumentar
CJn:uJat6rio
RapiratOrio
~vo
R e p o o d n t o r
Nfveis Estruturais Basicos 7
Pele e estruturasassodadas, como
p elo s e unbas
Ossos
Musculos esqueleticos
Encefalo, medula espinal,
nerves, 6rgiios dos sentidosespeci.us
GIdndmas secretoras deh9hnonios, tais como hipofise,
tire6ide, paratireoide, supra-renais,
pancreas e gonaclas
Cora~ao, vases sangilineQs e
linfaticos,sangue, l infa
Nariz, traqueia, pulmoes
Bcea, es6fago, estomago,
in~estifio delgado, irltestino
grosse; estruturas acessoriasincltuem gtandulas saIivares,
pallllreas, figado e vesicula biliar.
Rins, ureteres, bexiga urinaria,
uretra.
M!lsculino: vesiculas seminais,
testieulos, pr6stata, glandulas
bufbouretrais, penis , ductosassociados, .
PeMnino; ovaries, tubas
uterinas, utero, vagina,gicindulas mammas
Proteger as estruturas internas db
corpo contra lesoes e substanciasestranbas; prevenir perda de fluidos
(desidratacao); importante na
regvla~o da temperatura
Suportar e proteger tecidos moles e
6rgaos
Movimentar 0 corpo e suas partes
Controle e integracao das
atividades do corpo; responsavel
pelas "fungoes superiores" tais
como 0 pensamento e 0 raciocfnio
abstrato
Controlar e integrar as atividadesdo corpo; funcionamintimarnente
ligadas com as fungoes do sistema
nervosO
Interligam as meios interne e
extern a do corpo: transportammateriais entre diferentes celulas e
tecidos
Transfere oxigenio da atmosfera
para 0 sangue e di6xido de carbone
do sangue para a atmosfera
Supre 0 corpo com substaneias
(materiais alimentares) dos quaiS
deri va a energia para as ati vidades ede onde se obtem c ompon en t e spara a sfntese das substanciasnecessarlas
Elanina uma variedade de produtos
metabolicos finais, como ureia;conserva ou excreta l igua e outras
snbstancias con forme a necessidade
Produzir gametas masculines(espermatoz6ides); providenciar
metodo para introduzir o esperma
namulber
Produzir gametas feminines
(ovulos); providenciar meio pr6priopara 0 desenvolvimento do ove
fertilizado
Sistemas
A habilidade dos orgaos para funcionarem pelo bern estar geral do corpo e au-rrentada pelo fato de que certos 6rgii0s trabalhamjuntos com urn sistema, onde
cada 6rgiio cumpre uma parte especffica de uma funcao geral do corpo. Por
eaemplo, uma funcao assim repartida e a obtencao de energia dos alimentos pa-
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-- --- - -- -- - -
8 Orientacao Anatomica
ra ser usada pelo corpo; 0alimento e preparado e parcialmente digerido na bo-
ca; 16 transportado atraves do esofago ao estomago, onde ,1 6 adicionalrnente pre-
parade e digerido; e absorvido pelos vasos sangiifneos atraves das paredes
do intestino; e.finalmente, 0 residuo que nao 16absorvido 16eliminado do corpo
atraves do reto, Quando os varies orgaos e sistemas trabalham juntos pela ma-
nutencao de urn meio interno estavel, ocorre 0 estado de homeostase.
Orgaos que funcionam cooperativamente para curnprir urn mesmo propos ito
comurn (tais como digestao e absorcao de alimentos) sao referidos como for-
mando urn sistema. Ha 10 sistemas au aparelhos principais no corpo hurnano:
tegumentar, esqueletico, muscular, nervoso, endocrine, circulatorio, respira-
torio, digestivo, urindrio e reprodutor. A estrutura de cada urn desses sistemas
T ab ela 1 -1 do corpoesta listada na Tabela 1-1 e discutida em capftulos posteriores.
\
TERMINOLOGIA ANATOMICA
\
Cada ramo da ciencia desenvolveu sua propria terminologia especial, e a
Anatomia nao e excecao. Muitos termos neste texto sao novas para voce. Ape-nas as termos sao novos, porque urn mimero relativamente grande deles origi-
nou-se seculos arras, de oozes gregas au latinas, Embora esses termos possamparecer terriveis, eles sao totalmente descritivos se voce entender suas oozes.
Par exemplo, tlio refere-se ao ossa do quadril (ossa pelvico), e costal refere-se
a costelas, Assim sendo, 0mnsculo iliocostal representa claramente urn rmis-
culo que se estende desde 0osso do quadril ate a caixa toracica.
o conhecimento de prefixos e sufixos 1 6 u rn born auxilio no entendimento
dos termos anatomicos, Por exemplo, a prefixo endo significa "dentro de" e eusado em muitos termos anatomicos, inc1uindo os seguintes:
endocardio (cardia refere-se ao coracao)
no do coracao.
o revestimento mais inter-
endocardite (ite significa inflamacao) uma inflamacdo do revesti-
mento mais interno do coracao.
endocondral (condra I refere-se a cartilagem) desenvolvimento
dentro de cartilagem (por exemplo, osso endocondral),
endometria (metrio refere-se a utero) 0 revestimento mais interno
do utero.
o significado de outros prefixos, SuflXOS e rafzes serao explicados amedi-da que eles forem sendo introduzidos no texto. Para consultar urna Iista
rnais completa que mostrara a sua validade como auxflio no entendimento
de termos nao familiares, veja a pag. 669 eo final do livro.
PO SICOES DO CORPOEnquanto voce estiverestudando a descricao detalhada de cada estrutura do
corpo, devera tambem entender a posicao relativa entre essas varias estruturas,
Por essa razao, e essencial que voce se familiarize com os termos que sao usa-
dos para descrever essas relacoes.
Se 0 corpo esta posicionado horizontalmente, com a face para baixo, esta
na posicdo de pronacdo, Se esta posicionado de costas, com a face para cima,
esta na posicdo de supinacdo, As relacoes das varias estruturas do eorpo com
cada outra sao diferentes nessas posicoes. Entretanto, com 0intuito de que a
comunicacao em anatomia humana seja efetiva, 0eorpo deve ser considerado
numa posicao padronizada para que as relacoes entre as estruturas mostrem-se
bern clams e consistentes,
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Posicoes do Corpo 9
Posterlor'
IMembro
superior
(b)
Superior
A:ntebra~o
Membro
iJlferior
Inferior
(c)
(a)
Figura 1~4(a) Posicao anatomica eregioes do corpo. (b, c)
Termos de direcso.
-------
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Orientacao Anatomies
F1-4aEssa posicao padronizada e referida como posicdo anatomica (Figura 1-
40). Nessa posicao, 0 corpo esta na vertical, com os pes unidos, os membros
superiores estendidos ao lado do corpo, com as palmas das maos voltadas paraa frente, os dedos estendidos e os polegares situados em posi<;ao afastada do
corpo. Com as maos nessa posio:;ao,·os ossos das maos e dos dedos sao eviden-
ciados e dessa forma suas relacoes podem ser facilmente descritas. Alem disso,
quando as palma;' das maos estao voltadas para a frente, os ossos do antebraconao ficam cruzados. A menos que seja posicionado de outra maneira, todas as
descricoes anatomicas se referem ao corpo nessa posicao anatomica.
TERMOS DE D IR ECAo
F1-4b, F1-4c
\ \
Os termos usados para indicar direcao sao considerados aos pares, cada urn
indicando uma direcao oposta (Figura lAb, c). Anterior (ventral) refere-se afrente do corpo, enquanto seu oposto, posterior (dorsal) refere-se a parte pos-terior, ao dorso. Superior (cranial) significa voltado para a cabeca; inferior
(caudal) significa afastado da cabeca. Observe que esses termos sao usados di-
ferentemente para 0homem e para os animais quadnipedes. Considerando que
o homem se mantem em pe , isso altera nos animais a direcao indicada por esses
termos. No texto deste livro estaremos apenas interessados em dar 0significado
desses termos em relacao ao corpo humano. Os pares de termos de direcao es-
tao relacionados na Tabela 1-2.abela 1-2
TERMOS REGIONAIS
Em adicao aos termos de direcao, sao muito freqiientemente usados termos
que se referem exclusivamente a areas especiais do corpo (Figura 1-4a):
cervical refere-se ao pescoco.
toraciea a regiao do corpo entre 0pescoco e 0abdome, que e
comumente conhecida como caixa toracica (torax)
lombar regiao do dorso entre 0torax e a pelve.
sacral a regiao mais inferior do tronco, logo acima das nadegas
(regiao ghitea)
plantar a sola do pe; 0 "peito" do pe e a face dorsal
palmar a face anterior da mao; a face posterior da mao e a face dorsal
axila a depressao situada na face inferior da regiao de uniao entre 0
membro superior e 0tronco.
virilha (regiao Inguinal) a juncao entre a coxa e a parede abdominal
braco 0 segmento do membro superior entre 0 ombro e 0 cotovelo
antebraco 0segmento do rnembro superior entre 0cotovelo e 0pulso
coxa 0 segmento do membro inferior entre 0 quadril e 0 joelho
perna 0 segmento do membro inferior entre 0 joelho e 0 tornozelo
Para tomar mais facil a descricao da localizacao dos orgaos do abdorne, a
cavidade abdominal e dividida em nove regioes; primeiramente tracam-se dois
planos verticais que passam pelo meio das claviculas; em seguida, dois pIanos
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(a)
Termos Regionais 11
Agura 1-5
(a) Regioes do abdome, A!inha horizontal superiorpassa pela parte inferior dacaixa toracica, A linhahorizontal inferior passa
atraves da margem superiordos ossos do quadril.As !inhas verticais passampelo ponto medic dasclavfculas e dos Iigamentosinguinais .(b) A parede abdominal e acavidade abdomino-pelvicasubdivididas em quatroquadrantes.
horizontais que passam logo abaixo do final da caixa toracica e pela parte supe-
d., F1-5a
rior dos ossos 0quadril (cnstas ilfacas) (Figura 1-5a). Ess~s regioes sao:
. Umbilical (iII~esogastrica) localizada centralmente, ao redor do
umbigo (centro)
Lateral as regioes it direita e it esquerda da umbilical
.Eptgastrfca (epi- significa acirna de ou sobre; gdstrica se refere ao
estomago) a regiao mediana, superiormente it umbilical. Como 0nome
indica, a maior parte do estomago esta nessa regiao,
Hipocondrfaca (hipo- significa abaixo de ou sob; condrtaca se refere
a cartilagem) as regioes it direita e it esquerda da epigastrica. 0 nome
indica que as regioes hipocondrfacas estao localizadas abaixo das
cartilagens das costeIas
Hipogastrica (p6bica)· a regiao mediana imediatamente abaixo da
regiao umbilical.
Ingiiinal (iliaca) as regioes de cada lado da hipogastrica. Essas
areas sao assim denominadas porque sua margem inferior alcanca
o ligamento inguinal, que forma a dobra da virilha. 0 nome iliaca ederivado do osso iliaco que forma 0 limite lateral dessas regioes.
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12 Orientacao Anatomica
tra nsversal
Figura 1-6PIanos do corpo,1
Na pratica, e mais comum dividir as cavidades abdomino-pelvica em qua
quadrantes por meio de dois planos que se cruzam; urn plano imaginario h
zontal que passa atraves do umbigo e urn plano vertical sagital mediano (Fig
F1-5b 1-5b). Esses dois planos perpendiculares dividem a cavidade abdomino-pelvic
em quadrante superior direito, quadrante inferior direito, quadrante
perior esquerdo e quadrunte inferior esquerdo.
PLANOS DO CORPO
No estudo da anatomia e usual visualizar a corpo cortado ou seccionado
F1-6 varies planos de referencia (Figura 1-6). 0 plano sagital If uma seccao long
dinal que divide 0corpo au qualquer de suas partes em porcoes direita e
querda. Se essa seccao passa exatamente na Iinha mediana do corpo, esse pl
e referido como plano sagital mediano (ou mediano). Tal seccao divid
corpo em metades direita e esquerda, iguais. Outra seccao sagital que na
mediana e referida como sec~ao sagital (paramediana). Estas secedes divid
o corpo em porcoes direita e esquerda desiguais. 0 plano frontal (coron
e tambem uma seccao longitudinal, mas forma urn lingulo rete com 0plano
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Membranas das Cavidades Ventrais do Corpo 13
dividindo 0 corpo em porcoes anterior e posterior. 0 plano transversal
- ~ ttansversal ou seccao horizontal) divide 0corpo ou qualquer de suas
_emporcoes superior e inferior.
CAVlDADES DO CORPO
o corpo contem duas cavidades principais: a dorsal (posterior) e a ven-
tnI (anterior) (Figura 1-7a). Cada uma dessas cavidades e limitada por mem- Fl-1a
~, e contem uma certa quantidade de fluido ao redor dos orgaos que se en-
::attram na cavidade.
A cavidade dorsal tern duas subdivisoes: a cavidade craniana, que aloja 0
~falo. e a cavidade espinal (vertebral), que contem a medula espinal. A
~espinal' comunica-se com a cavidade craniana por meio do forame
~ (buraco ou forame occipital), uma larga abertura situada na base do era-
As membranas associadas com essas cavidades dorsais sao examinadas
maiores detalhes no Capitulo 14. Por ora, e suficiente chamar essas mern-
que cobrem 0encefalo e a medula espinal de meninges. 0 fluido en-
;::onhado nessas ~avidades dorsais e 0fluido cerebrospinal (liquor). E tam-~ co1lSid~radocom maiores detalhes no estudo do sistema nervoso.
A eavidade ventral do corpo tambem apresenta duas subdivisoes, Elas sao~ pelo rmisculo diafragma em cavidade tor4cica, 0 superior, e cavi-
.-JeaM6mino-peivica (peritoneal), 0inferior. Cada uma dessas cavidades e ,..ez.tamb6m subdividida. A cavidade toracica e dividida em cavida-
pericirdica, que se en?ontra ao redor do coracao, e cavidades pleurais, di-
o •e esquerda, que see~contram ao redor dos respectivos pulmoes (Figura 1- F1-1b
A po~ao da cavidade toracica situada entre as duas cavidades pleurais e; tI 'J;nnada de mediastino. A traqueia, 0 esofago, 0 time e a maioria dos grandes
.sangtifneos estao localizados no mediastino, ou0atravessam.
A cavidade abdomino-pelvica, que e a segunda parte da cavidade ventral,
~ ridida, com prop6sitos descritivos, em cavidade abdominal, superior,
,. CJAlidade .,elvica, inferior, ou pelve verdadeira, por urn plano imaginario,
_, ,que passa atraves da margem superior da sfnfise pubica, anterior-:::en:te. e pelo promont6rio sacral, posteriormente (Figura 1-8). A circunferen- Fl-8
• deste plano e chamada de linha terminal (abertura superior da pelve ou
::oa.tgem. pelvica). A cavidade pelvica esta completamente circundada pelos os-
da . pelve. . .
ll. porgao mais inferior da cavidade abdominal e limitada posteriormente~o alargada dos ossos do quadril, mas sua parede anterior e formadaparede abdominal: Essa regiao expandida, que esta localizada justamente
~da linha tennl.nal (margem "pelvica) e chamada de falsa pelve. A cavida-
abdominal contem 0 estomago, 0 baco, 0 figado, a vesicula biliar, 0 pan-
::reas e os intestinos delgado e grosso. A cavidade pelvic a contem a parte mais
- erior do tuba digestive (reto), a bexiga urinaria e, na mulher, os orgaos re-
:;xOOntoresinternos.
MEMBRANAS DAS CAVIDADES
VENTRAIS DO CORPO
Para entender as membranas associadas com as cavidades ventrais do cor-
imagine que voce introduziu sua mao fechada num balao inflado, pressio-
nand0 urn lade do balao (Figura 1-9a). Agora suponha que sua mao fechada 6 Fl-9a
orgao. Observe que a .parede mais extema do balao permanece separada da
Cllais intema, que cobre sua mao, por causa do ar que esta no interior do balao .
•-\5 memb~as das cavidades ventrais tern as mesmas relacoes, exceto que elas
cslfuJ separadas por um fluido e nao por ar.
Na cavidade pericardica, 0coracao (como sua mao fechada), comprime um
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Forame
magno
Cavidade
dorsal
(posterior)
14 Orientacao Anatomica
Omen to menor
Cavidade
craniana
Cavidade toracica
Cavidade
ve ru ra l
(ffnterior)
Mediastino
Cavidade
pericard lca
Cavidade
espinal(vertebral)
Cavidade
abd6mi no-pelvlcaPromontorio
sacral
Est{)mago
Figura 1-7Cavidades do corpo. 0corpo tern duas cavidadesprincipais, dorsal e ventral.Cada urna delas esubdividida em cavidades
menores.(a) Vista sagital,(b) Vista frontal rnostrandosubdivisoes da cavidadetoracica.
F(gado
Mesenterio
PeritOnio visceral
P la no da t tnt ie
terminal (margem pelvica)
Per.tcnio parietal
Figura 1-8Seccao sagital do corpornostrando as relacoes damembrana da cavidadeabdomino-pelvica (peritoneal).
Cavidade
C ld d { abdominalavr a eabcorrmo-petvca
Cavidade
pelv ica
Utero
Aeto
Vagina
. Vretra
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Membranas das Cavidades Ventrais do Corpo
F1-9blado do saco membranoso (como no balao) (Figura 1-9b). A membrana que fica
intimamente aderida ao coracao e 0pertcardio visceral. A membrana que co-
bre ambos, 0 coracao e 0 pericardio visceral, e 0 perlcardio parietal '(parietal
refere-se as paredes da cavidade do corpo). 0 pericardio parietal e separado dopericardio visceral pelo fluido pericdrdico, que e secretado pelas celulas das
membranas pericardicas, Em outras palavras, a parede extema da cavidade pe-ricardica esta limitada pelo pericardio parietal; 0coracao esta coberto pelo pe-
ricardio visceral. Entretanto, sao duas regi6es diferentes da mesrna membrana.
A quantidade de fluido pericardico que separa essas duas membranas e muitopequena - justamente 0suficiente para reduzir 0atrito e manter os tecidos sa-
dios. Se as membranas do coracao tornam-se inflamadas, esta condicao e co-nhecida como pericardite.
Asrelac;6es membranosas das cavidades pleurais sao muito semelhantes
aquelas da cavidade pericardica, A membrana que esta intimamente ligada asuperffeie dos pulmoes, constitui a pleura visceral. As paredes mais externas
das cavidades pleurais estao formadas pela pleura parietal. Estas duas rnem-
branas estao separadas pelo fluido pleural que elas secretam. Uma inflamacao
dessas membranas pode resultar na secrecao de excessiva quantidade de tluido
pleural na cavidade pleural. A inflamacao prolongada pode causar a aderencia
das pleuras" parietal e visceral, uma na outra. Esta condicao, que ocasiona dor
durante os movimentos respiratorios, e conhecida como pleuris.
As relacoes membranosas na cavidade abdomino-pelvica tarnbern sao se-
melhantes aquelas da cavidade toracica, mas aqui a membrana e chamada peri-
tOnio. Os orgaos desta cavidade estao recobertos pelo peritonio visceral e as
paredes extemas da cavidade estao formadas pelo peritonio parietal. 0 espa-
~o entre essas duas membranas esta preenchido pelo fluido peritoneal, que e
secretado pelas celulas do peritonio. Este pode tomar-se inflamado, causando
uma coridicao muito seria chamada peritonite.
A maioria dos orgaos da cavidade abdornino-pelvica estao suspensos da pa-
rede posterior da cavidade por uma dupla membrana de peritonio parietal (Figu- F 1 9ra 1-8). Esta membrana de sustentacao e chamada mesenterio. 0 mesenteric F1-B Igu~a -que sustenta orgdos ou estruturasparticulares, tern nome especifico, tais como Rel~<;oes membr~nosas <las
cavidades ventrais do corpo.
(a) Representacao esquernaticausando 0 punho pressionando
urn balao, (b) Membranas que
envolvem 0 coracao,
Pa rade
externa
Ar
(a)
Pericard io
viscera lPer icard ia
par ieta l
(b)
FJuido
pertcardtco
C av ld ad e d o
c o rp o (c eJ o m a)
Anter ior
Est6mago
Plwcreas
Veia cava
inferior
Arteriar enal - -- ,. .. .. .
Veiarenal
Peri t6nio
viscera l
Rim
Figura 1-10Seccao transversal do corpo
mostrando a posicaoretroperitoneal dos rins.vsculo
Poster ior
15
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16 Orientacao Anatornica
mesocolo (mesenteric do intestino grosso), mesoapendice (mesenteric do apen-
dice), mesovaria (mesenteric do ovario) e assim par diante. Os mesenteries nao
so mantem os orgaos em posicao, como tambem propiciam uma via pela qual os
vasos sangufneos, linfaticos e nervos podem alcanca-Ios, Assim que as mem-
branas que formam os mesenteries passam a recobrir as orgaos que ele sustenta,
passam a se chamar membranas viscerais, Algumas estruturas, tais como os
rins, nao estao situadas na cavidade, dentro dos mesenteries. Em vez disto,.eles estao localizados fora da cavidade, entre a parede do corpo e a peritonio
Fl-l0 parietal (Figura 1-10). Essas estruturas sao retroperitoneais - isto e , estao 10-
calizadas atras do peritonio,
Tabela 1-2. Termo de Dire~ao
Posterior (dorsal)
'Superior {cranial)
nferior (~alldal)
Media l
Profundo (interne)
Situado na fre nte de ; a fr . !' lu te d9corpo ..
Voltado para a cab~a; emppsigaorelativamente'alta ....¢
Afastados da caheca, empg'S'igaorelativfLD:1ente baixa
Voltado para 0 plano median! ; ) dO
COfJ;lO
A I i l lamae medial. a a X i l i l t
Afastado do plano meoiano do corrt}
Afastarlo de !\J.ualquerpon~0de
refereneia, como a origerndti!alE .
membro, a origem de uma esttuturaou 0 centro do COlI?O .
Localizado pr6xlmo ou na superfkie.d o c o rp o
Localizademaisafastado
ou maisprofu(ldamente da suP!tffj'ci~ d ecerpe doque as estruturas '.sup e rfidais .
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:' 1 ~IJ .
RESUMO
Resume 17
CAMPOS DA ANATOMIA (pp.3-5)
ANATOMIA MACROSCOPICA estudo das estru-turas do corpo em geral.
ANATOMIA REGIONAL estudo das estruturas
macrosc6picas por regiao.
ANATOMIA SISTEMICA estudo das estruturas
macrosc6picas por sistemas de orgaos.
ANATOMIA MICROSCOPICA estudo das estru-
turns com auxilio de urn microsc6pio.
CfTOLOGIA estudo das celulas,
HISTOLOGIA estudo dos tecidos.
ESTRUTURA FINA (ULTRA-ESTRUTURA) estu-
do das estruturas com urn microscopic eletrfmico.
ANATOMIA DO DESENVOLVIMENTO estudo
do desenvolvimento do corpo.
EMBRIOLOGIA estudo do desenvolvirnento pre-
natal.
ANATOMIA RADIOGRAFICA uso de aparelhos
especializados para estudar a estrutura do corpo; roent-
genogramas, fluoroscopia, tomografia computadoriza-
da-reconstrutor espacial dinamico, ressomlncia magne-
tica nuclear, tomografia de ernissao de positrons, ul-
tra-sonografia.
FlSIOLOGIA estudo das funcoes do corpo p. 5
NivEIs BASICOS ESTRUTURAIS Mquatro nfveis
estruturais no corpo: celulas, tecidos, orgaos e sistemas. pp.
5-7
CELULAS nivel estrutural mais simples do corpo.
TECIDOS trss folhetos celulares embrionarios - ecto-
derme, endoderme e mesoderme - dao origem a quatro ti-
pos de tecidos. '.
TECIDOS EPfTEUAIS cobrem a superffcie do corpo,
revestem as cavidades do corpo, os ductos, os vasos;
desenvolvem-se a partir de ectoderme, endoderme e
mesoderme.
TECIDOS MUSCULARES movimentam 0 esqueleto,
fazem 0 bombeamento do sangue, movimentam 0 ali-
mento atraves do tubo digestivo, desenvolvem-se a
partir da mesoderme embrionaria,
TEC/DOS NERVOSOS formam 0 encefalo, a medula
espinal, os nervos; desenvolvem-se a partir da ecto-
derme embrionaria.
TECIDOS CONJUNTNOS usados como suporte,
sustentando outros tecidos; desenvolvem-se a partir da
mesodenne embrionaria,
ORGAos tecidos combinados formam orgaos, como por
exemplo 0 estomago.
SISTEMAS
HOMEOSTASE os orgaos funcionam em geral para 0
bern estar do corpo todo, man tendo urn meio interno
estavel,
SISTEMAS PRINCIPAlS dez sistemas principais de
orgaos formam 0 corpo: tegumentar, esqueletico, mus-
cular, nervoso, endocrine, circulat6rio, respiratorio, di-
gestivo, urinario, reprodutor.
TERMINOLOGIA ANATOMICAo conhecimento das
rafzes das palavras, dos prefixos e sufixos e urn au-
xil iar no conhecimento dos termos anatomicos: p.8
\
POSI<;AO DO CORPO p.8 \
POSIc;Ao ANATOMICA e obtida quando 0
corpo esta erecto, pes unidos, rnembros superiores colo-
cados ao lado do corpo, palmas das maos voltadas para
a frente, dedos estendidos, polegares afastados do cor-
po.
POSIc;Ao DE PRONA<;:Ao deitado com a face para
baixo.
POSI<;:Ao DE SUPINA<;:Ao deitado com a face
para cima.
1ERMOS D E D IR E <;A o indicam a direcao por pares de
palavras opostas; por exemplo, medial (proximo do pla-
no mediano do corpo) e lateral (afastado do plano me-
diano do corpo) p.10
TERMOS REGIONAIS referem-se a a r e a s especiais,
como por exempki, cervical (~SC090), toracica (do 16-
rax), plantar (sola dos pes). p.10
CA VIDA DE ABDOMINAL e dividida em nove re-
gioes por dois pIanos vert icais e dois pianos horizontais;
e tambem dividida em quatro quadrantes por urn plano
vertical e urn plano horizontal.
PLANOS DO CORPO pp: 12·13
PLANO SAGITAL e uma seccao longitudinal que
divide 0 corpo em partes direita e esquerda.
PLANO FRONTAL e tambem urna seccao longitudi-
nal, perpendicular a seccao sagital, que divide 0 corpo
em partes anterior e posterior.
PLANO TRANSVERSAL divide 0 corpo em partes
superior e inferior.
CA VIDADES DO CORPO 0 corpo tern duas cavidades
principais. pp. 13.14
DORSAL (POSTERIOR) que tern duas subdivisoes,
CAVIDADE CRANIANA que aloja 0encefalo.
CA VIDA DE ESPINAL que aloja a medula espi-nal.
VENTRAL (ANTERIOR tambem com duas subdi-
visoes,
CAVIDADE ToRAcICA dividida em:
Cavidade Pericdrdica ao redor do coracao,
Cavidades Pleurais direita e esquerda, ao redor
dos pulmoes.
CA VIDADE ABDOMINO- PEL VICA dividida em:
Cavidade abdominal.
Cavidade pelvica.
\
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18 Questionario
MEMBRANAS DAS CAVIDADES VENTRAIS 00
CORPO ambas as cavidades do corpo, toracica
e abdomino-pelvica, tern membrana visceral que
recobre os orgaos e membrana parietal que for-
ma pare de mais externa da cavidade. 0espaco
entre as duas membranas e preenchido por urn
fluido. p. 13
QUESTIONA.RIO
\
7. Relacione as seguintes posicoes do corpo e os termos de
direcao com a descricao apropriada listada ao lado:
Pos icao de pr onacao (a) Voltada para a cabeca,Anterior (b) Afastado do plano me-
(ventral) diano do corpo.
Posterior (c) Deitado com a face para
(dorsal) cima.Posicao (d) Afastado da cabeca .
anatomica (e) Voltada para a origem
Superior de urn membro.
(cranial) (t) Planta do pe.
Medial (g) Frente do corpo.
Posicao de supinacao (h) Pos icao ereta, com os
Inferior (caudal) pes juntos, membros su-
lateral periores ao lado do cor-
Proximalpo, pa1mas da s maos
Cervicalpara a frente.
Plantar(i) 1i.fastado da origem de
Distalurn membro.
(j) Parte do dorso entre 0Lombar
t6rax e a pelve.Palmar (Ie) Deitado com a face para
baixo.(1 ) Parte de tras do corpo.(m) Pescoco,(n) Voltado para 0 plano
mediano do corpo.
(0) Face anterior das maos
8. Quais dos seguintes termos de direcao estao pareados
corretamente? (a) superficial e profundo; (b) medial e
distal; (c) proximal e lateral.
1. Histologia e uma subdivisao de: (a) anatomia macros-
copica; (b) anatomia do desenvolvimento; (c) anatomia
micro sc6pica.
2. Cada funcao diferente de cada estrutura do corpo eusualmente empregada mais no bern estar da pr6pria
estrutura do que no corpo como urn todo, Verdadeiro
ou Falso?
3. 0 tecido nervoso 6 derivado do seguinte folheto em-
brionario: (a) ectoderme; (b) endoderme; (c) mesoder-
me.
4. 0 tecido muscular e derivado do seguinte folheto em-
brionario: (a) ectoderme; (b) endoderme; (c) mesoder-
me.
5. 0 componente do termo endocardite que significa
"inflamacao" e : (a) endo; (b) card; (c) ite.
6. Relacione os seguintes tipos de tecidos com a descri-
gao apropriada listada ao lado:
Tecidos
epiteliais
Tecidos musculares
Tecidos nervosos
Tecidos
conjuntivos
(a) derivado da mesoderme
embrionaria,
(b) derivado na maior parte
da mesoderme
9. A regiao mediana superiormente colocada em relacao
a regiao umbilical e chamada epigastrica, e contem a
maior parte do est6mago. Verdadeiro ou Falso?
10. A regiao mediana imediatamente inferior a regiao um-
bilical e a: (a) hipocondrfaca; (b) lateral; (c) hipogastri-
ca.
11. Qualquer seccao sagital que na o seja a mediana e: (a)
intersagital; (b) sagital; (c) intra-sagital,
12. A cavidade dorsal do corpo contem 0 encefalo e a me-
dula espinal. Verdadeiro ou Falso?
13. 0 fluido associado com as cavidades dorsais do corpo
eo fluido cerebroespinal, Verdadeiro ou Falso?
(c) derivado da ectoderme
mesoderme e endoderme
embrionaria.
(d) forma 0 encefalo, a me-
dula espinhal e os nervos.
(e) recobre a superffcie do
corpo e reveste as cavi-
dades do corpo.
(1 ) derivados da ectoderme
embrionaria,
(g) ajuda na digestao mo-
vimentando 0 alimento
atraves do tubo digesti-yo.
(h) usado como suporte ou
sus tentacao,
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Orientacao Anatomica 19
. A por~ao da cavidade toracica entre as duas cavidades
pJeurais e chamada: (a) mediastino; (b) meninge; (c)
forame magno.
dade pelvica: (a) bexiga urinaria; (b) ffgado; (c) orgaos
reprodutores internos femininos.
-'- Se as membranas do coracao tornam-se inflamadas,
e ss a c o n dic a o e conhecida como: (a) pericardite; (b)
peritonite; (c) pleurite.
18. Os orgaos da cavidade abdominal, na sua maioria, es-
tao suspensos da parede anterior da cavidade por uma
membrana simples de peritonio parietal. Verdadeiro ouFaIso?
ti QuaI dos seguintes orgaos nao esta localizado na cavi-
dade abdominal? (a) baco; (b) ffgado; (c) pulmoes, 19. as mesenteries: (a) suportam os rins; (b) estao princi-
palmente associados com as cavidades dorsais; (c) sao
membranas duplas ..Qaa l dos seguintes 6rgaos nao esta localizado na cavi-
f
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------- -~ -
OBJETNOS DO ESTUDO
Aposcompletar este capitulo, voce devera estar
apto para:
• Descrever os principais modelos estruturais da
membrana plasmatica,
• Descrever os processos ativos e passivos pelos
quais as substancias se movem atraves da mem-
brana plasmatica,
• Distinguir' entf~
rugosa.
•
.• Descrever 0 envolt6rio nuclear.
CONTEUDO DO CAPtrULO
COMPONENTES OA CELULA
MATERIAlS EXTRACELULARES EFErtO$ OO~\$tHeClM~NtroCELULASc.
... ... '" ..
. ;;.
. ,. -----------
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Ja esta bern estabelecido que todos os organismos, desde as bacterias ate 0
~::3:m, sao formados por unidades celulares. Embora os mais complexos ani-
~ sejam organizados em teeidos, orgaos e sistemas, a natureza celular basica
zessas estruturas' e evidente sob exame microscopico, No hornem e em outros
pillsmos superiores, as celulas se tornaram especializadas tanto anatomica
fisiologicamehte. As celulas musculares.rpor exemplo, tern muito bern de-""'"':.-ulvida a capacidade de comratilidade (habilidade para se mover ou con-
enquanto as celulas rtervosas sao especializadas em condutividade (habi-
para transrnitir impulsos nervosos), Outras celulas podem exibir de rna-
- _ muito desenvelvida, propriedades de metabolismo (habilidade para pro-
alanentos, obtendo energia, e sintetizar produtos), irritabilidade (capaci-
para~responder a -estfmulos) e reprodUfii~ (habilidade para duplicar a si
- ia). E importante relembrar, entretanto, que essas propriedades estao pre-
em grausvariados, em todas as celulas, e devem ser consideradas como
___~ticas gerais das celulas , Mesmo o s mais simples organismos unicelulares,
as amebas; saocapazes de desempenhar todas as atividades basicas dos
~svivos.
COM PONENTES DA CELULA
Durante as pnmeiros anos de estudo das celulas, acreditava-se que elas
constitufdas de um material runiforme chamado protoplasma e que todas
?OOPriedades earacjensticas da vida era inerentes a esse material. Assim que
~.llllentos e. tecnicas .mais sofisticadas foram desenvolvidas, verificou-se que
~rora d¥ celulasestava longe de ser uniforme.Tlm corpo central chamado
_ ... ~ foi observado no interior das celulas. Alem russo, 0rnicleo parecia en-
do por urn meiocharnado citoplasma. Estudos posteriores revelaram que 0
_ _ citoplasma "contem numerosas estruturas coletivamente chamadas de
.-ganeI.as (pequeans.orgaos). Como advento da microscopia eletronica, foi
- r . " , , - " ' " " ' l determinartnais precisamente as estruturas das varias organelas e exa-
mais detalhadamente a parede limitanre da celula - a membrana plas-
..atica (ou membrana. ceiulari (Figura 2-1). Ademais, tecnicas fisio16gicas e F2.1~:l.¥Ii·nll'·cas apel'fei~oadas fomeceram novas informacoes sobre 0 funciona-
o das variasestruturas celulares.
rana Plasniatica
_Iesmo antes d O . membrana plasrrtatica ter sido observada .rnicroscopica-
t? sua existencia j~ tinha sido deduzida a partir de experimentos que trata-
_ da capacidade de "arias substancias entrarem nas celulas. Quando os pes-
~res verifioaram que nem todo materialentrava nas celulas com a mesma
i:!I::llE1Iaa'e,omecaram a suspeitar da existencia de alguma forma de barreira se-
~.'a na superffcie. da celula, Constatou-se que essa barreira retardava a livre
_ : sao . Algumas substancias .movimentavam-se atraves da barreira mais vaga-
~nte do que se estivessem livremente difusas na agua. Alemdisso, verifi-
se que essa barreira, a membrana plasmatica, era altamente seletiva - isto
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", '~'- .:..!!!~I --- -- - --
22 A Celula
Membranaplasm~nlca
Citoplasma
Centriolos
Aparelho
de Golgi
Filamentos
de cromati ....Nucleo
Retfculo
endoplasrnlitico
rugoso
Mitoc6ndria
Figurp 2·1Uma celula animal "tipica"
mostrando organeJas
subcelulares. Niio hli
provavelrnente, na realidade,
nenhuma celula que possa ser
considerada "tipica" em
todos os aspectos.
F2-3
e, afetava a entrada de algumas moleculas na celula muito mais do que outras.
Observada em urn microscopic eletronico, a membrana plasmatic a aparece
como uma estrutura trilrupinar (tres folhetosoou camadas) de aproximadamente
. 80 a 100 angstrons (A) de espessura (1 A =1 x 1O-7mm) (Figura 2-2). Ate
recentemente, as tres camadas eram interpretadas como correspondendo a uma
camada central de fosfolipfdios entre duas camadas de proteina. Evidenciasmais recentes resultaram na proposicao de diversos arranjos moleculares alter-
nativos para a membrana plasmatica. Uma altemativa bem aceita sugere que a
membrana plasmatica consiste de duas camadas de lipidios (particularmente
fosfolipfdios e colesterol) com varias protefnas incrustadas na superffcie da
membrana (protetnas perifericas) ou embebidas nos lipfdios tprotetnas inte-
grantes), num padrao assimetrico (Figura 2-3). Alguns grupos de protefna se
estendem atraves da espessura da membrana, formando canais aquosos ou poros
que-conectam 0interior. da celula com 0meio extemo. Os carboidratos estao
freqiientemente unidos a s moleculas de lipfdios e proteinas na superffcie extra-ceIular da membrana. Muitas celulas possuem uma fina carapaca externa de po-
lissacarfdeos chamada de glicocdlice. Esta carapaca parece ter urn importante
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Componentes da Celula 23
Glicocallce
Lamela externaJ
Lamela media Membra~a.celular tnlamlnar
Lamela interna
Figura 2-2Micrografia eletronica da~membrana plasmatica 'I
mostrando suas tres lamelas(camadas).
Moleculade
fosfolipidio
Moleculadecolesterol
Camada bimolecular
de Ilpidio
Protefnas
integrantes
Carboidrato
2-3
Gcq:oo' 9io da membrana
~
na manutencao da propriedade adesiva entre celulas, e pode estar envol-
na regulacao da absorcao de substancias pel as celulas (Fig. 2.2).
" ln l ln 'n- 'Dto d e M ate r ia is A t r av e s da M emb r an a P l asma ti c a
Todos os materiais que entram na celula ou a deixam devem passar atravc,
rnemb:rana plasmatica ou atraves dos poros da membrana plasrnatica. Assim,
proprieJades da membrana (como as propriedades das rnoleculas pe-. rs"mr:es) sao import antes na dererminacao da facilidade relativa com que essas
~ estao capacitadas para entrar au sair da celula, Se a membrana
·;:il5:m~ticafosse completamente impermeavel, as celulas nao poderiam sobrevi-
• perquanto nenhuma substancia poderia entrar au sair da celula, e esta nao
s: ~tentavel - requer certos ions e moleculas do meio para funcionar e
e.timinar os produtos residuais. Se a membrana plasmatica fosse corn-
;ladlieote permeavel, por outro lado, nao impediria a passagem de nada e nao
~ reter os componentes da propria celula. Em verdade, a membrana plas-
permite que certos ions ou moleculas entrem ou deixem a celula mas
~ge 0movimento de outros. Isso e feito com base nas diversas caracteris-
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24 A Celula
ticas moleculares, inc1uindo tamanho, carga eletrica e solubilidade em lipidios.
Por isto, a membrana citoplasmatica e chamada de semipermeavel ou seletlva-
mente permeavel.
As substancias podem passar atraves da membrana plasmatica com 0 uso da
energia ou forca obtida no exterior da celula ou no seu proprio interior. Quando
a energia au forca e obtida no meio extracelular mais do que na propria celula,
o processo e referido como processo passivo. Quando a celula e responsavelpelo suprimento de energia para 0 transporte, 0 processo e chamado de proces-
so ativo. Considerando os diferentes caminhos pelos quais os materiais podem
entrar ou sair das celulas, lembre-se que as substancias podem entrar ou sair da
celula par diferentes caminhos.
Processos Passivos
Sao cinco os processos de trans porte passivo pelos quais as substancias se
movem atraves da membrana plasmatica: difusao, difusao facilitada, osmose,
dialise e filtracao.
• "0
DIFusAo Difusao e 0deslocamento de uma substancia de uma regiao de
alta concentracao para uma regiao onde a concentracao dessa substancia e me-
nor. Ocorre por causa da colisao entre atomos e moleculas, que estao sempreem movimento devido a sua energia cinetica. A difusao prossegue ate que as
moleculas estejam igualmente distribufdas - neste ponto, obtem-se 0 equilibria,
A difusao nao requer .a presenca de uma membrana; entretanto, rnuitos com-
postos que sao sohiveis em lipfdios (gorduras) movem-se com relativa facilida-
de atrves da membrana plasmatica por simples difusao. Outros compostos que
nao sao sohiveis em lipfdios, os hidrossohiveis, gera1mente tern dificuldade em
se movimentar atraves da membrana plasmatica por simples difusao - embora
eles sejam capazes de faze-lo sob qualquer condicao. Assim, a porcao Iipfdica
da membrana plasmatica parece ser a principal barreira para as substancias que
nao sao soltiveis em lipfdios, retardando sua entrada ou safda da celula por di-
fusao.
- ! : '
DlFUSAo FACILTADA Algumas substancias sao capazes de se difundir
atraves da membrana plasmatica, mesmo sendo insoluveis em lipfdios, atraves
da ditusao facilitada. Neste processo a substancia insoluvel em Iipfdio prende-
se numa molecula transportadora num dos lados da membrana plasmatica.
Nesta forma a substancia torna-se soluvel em lipfdios e pode mover-se atraves
da membrana. Uma vez atravessada a membrana, a molecula transportada e li-
berada e deixa a membrana. Na difusao facilitada acredita-se que a molecula
transportadora pode movimentar-se em ambos as sentidos com a mesma facili-:
dade. De qualquer modo, 0sentido do movimento na difusao facilitada, assim.
como ocorre em qualquer difusao, e da regiao de alta concentracao para a de
concentracao mais baixa da substancia. Por isso mesmo a difusao facilitada econsiderada urn processo passivo no qual nao e usada energia celular.
OSMOSE Osmose e urn processo passivo pelo qual a agua move-se atra-
yes de uma membrana semipermeavel de uma regiao de alta concentracao deagua para uma regiao de baixa concentracao de agua. A permeabilidade seletiva
na membrana e importante na osmose a medida que possibilita que a agua atra-
vesse a membrana enquanto 0movimento de substancias em solucao na agua
pode ser restringido pela membrana. Desta forma, a osmose e responsavel pel a
direcao do movimento de agua para dentro e para fora das celulas.
DIALISE Pelo fato de a membrana plasmatica ser seletivamente permea-
vel, ela e capaz de separar substancias que estao na solucao mas apresentam di-
fiiSibilidade diferente atraves da membrana. Como resultado, agua e pequenas
molecules dissolvidas na agua (ou seja, cristaloides) passam atraves da mem-
brana (por osmose e difusao) enquanto as moleculas maiores, como as rnolecu-
las proteicas, nao podem passar, Este processo de separacao seletiva de subs-
tancias em solucao
echamado di3lise.
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Componentes da Celula 25
o principio da dialise e usado no rim artificial, onde a sangue e dirigidoatraves de urn tuba membranoso que esta imerso numa solucao que tern um ba-
Ianco ionico especffico. 0 tubo mernbranoso tern propriedades semelhantes
aquelas da membrana plasmatica. Desde que a maior parte dos resfduos metabo-
licos sejam cristaloides, eles podem ser removidos do sangue enquanto as rno-
leculas proteicas vitais sao incapazes de passar pelo tuba e ficam assim retidas
DO sangue. Aqueles cristal6ides requeridos pelo organismo tambem podem ser
retidos no sangue se eles estiverem presentes no fluido que banha 0 tubo na
mesma concentracao do sangue. Assim, nao havendo diferenca de concentracao
de-'Ssasmoleculas de ambos os lados da membrana, nao ha difusao.
FILTRA<;;:Ao A filtr'acao e a passagem de solventes, tais como agua e
varias substancias dissolvidas, atraves da membrana, como resultado de forcas
mecdnicas como a gravidade e a pressao hidrostatica (por exemplo, pressao
sangufnea). A direcao do movimento e da regiao de mais alta pres sao para a de
mais baixa pressao. Desde que as grandes moleculas dispersas no solvente po-
dem nao passar atraves da membrana, a filtracao as remove do solvente. A fil-
trn~ao e considerada urn processo passivo porque a forca que causa 0 movi-
mento origina-se fora da celula.
No corpo, a filtracao e importante no rim. A pressao sangufnea nos capila-res do rimforca a porcao fluida do sangue, e pequenas moleculas dissolvidas, tais
como sais e glicose, saem dos vases, mas as celulas sangufneas e as moleculas
de protefna, que sao muito grandes para deixar as vasos , perrnanecem no san-
gue.
o movimento de substancias atraves da membrana plasmatica por meio des-
ses processos passivos e grandemente influenciado pela presenca de poros ou
eanais na membrana. Esses poros sao geralmente considerados como menores• 0
do que 10 A de difunetro. Dessa forma s6 as menores moleculas podem entrar
nacelula au deixa-la atraves deles. Alem disso, 0movimento de ions (atomos
earregados eletricamente) atraves dos poros e altamente especifico, e certos
j;ms passam mais facilmente atraves de determinados poros. Por exemplo, ions
:s6;tio passam facilmente atraves de alguns poros e ions potassio passam facil-
mente atraves de outros.
Peocessos Ativos
Os processes ativos sao aqueles rnetodos de transporte nos quais se faz ne-
eessario gastode energia pela celula para que certas substancias possam entrar
00sair da celula. Os process os ativos incluem 0transporte ativo, a endocitose e
exocitose,
'j"
TRANSPORTE ATIVO Este tipo de transporte nao so e capaz de movi-rzentar substancias atraves da membrana plasmatica que nao poderiam passar de
outta forma, mas tambem de movimentar as substancias de regioes de baixa
ClIDCentra<;aOara regioes de alta concentracao, contra a concentracdo normal
on gradiente de conceruracdo, Assim, os sistemas de transporte ativo sao capa-
zes de acumular substancias de um dos lados da membrana em concentracao
mIlitas vezes maim do que aquela do lado oposto da membrana. Esta atividade
requer 0auxflio de energia celular e depende dos processos metabolicos da ce-
lola viva. 0 transporte ativo tambern torna possfvel a entrada na celula de rnui-
tas moleculas polares que sao insohiveis nos Iipfdios e as que sao muito gran-
des para 'atravessar os poros da membrana plasmatica,
Muitas teorias tern sido propostas para explicar como as substancias sao
rrmvimentadas atraves da membrana plasmatic a por transporte ativo. Uma teo-
m. chamada de mecanismo transportador propoe que uma molecula de pro-
.mm transportadora que esta livre na membrana plasmatica prende-se num dos
)ados da membrana a molecula da substancia que deve ser transportada (Figura F2-4
_-4). Como resultado de gasto de energia metab6lica pela celula, a molecula de
p:nreina transportadora gira atraves da membrana, Fberando a molecula transpor-
iada do outro lado da membrana. A molecula transportadora gira para tras atraves
da membrana e apanha outra molecula da substancia a ser transportada.
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t ranspor tada
' > 1 0 . . . . •(c) •
• •I
•
26 A Celula
Exter io r Membrana
• (a)
•
Moleculas
liv res •
•••
Figura 2-4Mecanismo transportador do
transporte ativo. (a) A
substancia a ser transportada
atraves da membrana
plasmatica prende-sea urn
sitio de ligacao numa
molecule transportadora
membrana. (b) A molecula
transportadora gira atraves da
membrana plasmatica F2-5levando a substancia com ela.
(e) A substancia e l iberada no
interior da celula, Ap6sliberar a molecula
transportada, a moleculatransportadora retoma ao lado da
membrana de onde veio.
In te r io r
•
Ves(c,ula
Figura 2-5Processo de endocitose mostrando fagocitose de materia
s6lida e pinocitose de liquidos.
ENDOCITOSE (FAGOCITOSE E PINOClTOSE) Sabe-se que algumas
celulas formam sacos ou vesiculas que englobam pequenas porcoes do meio
extemo. Neste processo a celula rodeia uma parte do meio com uma expansao
da sua membrana plasmatica, Essa porcao e entao separada da membrana plas-
matica ,e move-se no interior da celula, 0 tenno geral para este proceso e endo-citose. Se 0conteudo da vesicula e material s6lido, 0processo e chamado fago-citose (celula comendo). Se 0 conteudo e Ifquido,' 0 processo de formacao da
vesicula 6 pinocitose (celula bebendo) (Figura 2-5). Endocitose e urn processoativo que requer energia, mas 0 exato mecanisrno desse processo ainda nao esta
completamente esc1arecido. A endocitose nao envolve grandes quantidades de
material, mas esta via de entrada proporciona urn meio pelo qual pequenas
quantidades mesmo de grandes moleculaspossam entrar nas celulas."
oprocesso de fagocitose pode prover 0 corpo de urn importante mecanismo
de defesa. Certas celulas do corpo (por exemplo, alguns tipos de gl6bulos bran-
cos do sangue) sao capazes de fazer fagocitose (engolir) e subseqiientemente
destruir muitos materiais estranhos potencialmente nocivos, tais como bacterias
que entram no corpo.
EXOCITOSE Substancias que estao contidas em vesiculas membranosas
(ou vacuolos) localizados no interior da celula podem deixar as celulas por urn
F2-6 processo chamado exocitose (Figura 2-6). Neste processo, a vesicula membra-
nosa funde-se com a membrana plasmatica e 0 conteudo da vesicula e liberadono exterior da celula. Alem de possibilitar a excrecao de material da celula, 0
processo de exocitose tambem pode gerar membrana plasmatica adicionalquando a vesicula membranosa se funde com a membrana plasmatica, A exoci-
tose proporciona urn meio pelo qual varies produtos celulares e secrecoes - tais
como gotfculas de muco que sao formadas nas celulas calicifonnes do intestino,
e precursores de enzimas digestivas que aparecem como pacotes de granules
das celulas pancreatic as - podem deixar as celulas nas quais sao produzidas.
NticleoO-nucleo da celula 6 uma grande organela quecontem 0 material genetico
e fabrica moleculas (RNA ribossomico, RNA transferidor, RNA mensageiro)
que control am a atividade sintetica de outras organeIas do citoplasma. A maio-
ria das celulas contem apenas urn micleo. Entretanto, algumas celulas tern dois
ou mais micleos; os globules vennelhos maduros e as plaquetas nao contem nu-
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Componentes da Celula 27
Figura 2-6Processo de exocitose.
Figura 2-7Micrografia eletronica do rnicleo
de uma celula-pancreatica,Observar os poros (indicadospelas setas) na membrananuclear. A area escura nointerior do micleo e 0
nucleolo, Os pontos naperiferia da membrananuclear sao ribossomos.
Cleo ..As cel6.ias que perdem 0 micleo nao sao capazes de sintetizar protefnas,
e nem se dividir,
o micleo da celula que nao esta em processo de divisao is rodeado por urn
IIDyolt6rionuclear que consiste de duas membranas paralelas separadas por urn
espa~ perinuclear (Figura 2-7). A membrana mais extima - isto e, 0lade F-2.7
ltado para 0citoplasma - freqiientemente tern ribossomos ligados a ela, (A
- ~ dos ribossomos e discutida a seguir neste capitulo.) 0 envolt6rio nuclearzm cerca de 400 A de espessura. Numerosos poros nucleares octogonais estao
presentes onde as membranas intema e extema do envolt6rio nuclear se unem .
. E s s e s poros tern diametro de 300 A a 1.000 A . Conquantoos poros perrnitem a
passagem de substancias entre 0micleo e 0citoplasma, seus pequenos diame-
!lI'IlS idicam que nao perrnitem a livre passagem de grandes substancias, De fato,
- porus nucleares podem ser muito rnais restritivos do que seus diametros indi-
cam, jaque as micrografias eletronicas sugerem que as aberturas de muitos
pmos sao parcial ou completamente obliteradas por finos diafragmas. A camada
:nais extema do envolt6rio nuclear e freqiientemente continua com as membra-
, do reticulo endoplasmatico, uma serie de canais que passam atraves do ci-
elasma (Figura 2-1). 0 envolt6rio nuclear desintegra-se durante a divisao F 2-1
cclu.lar e recompoe-se depois de completada a divisao.
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28 A C61ula
Nucleotfdios
T ~ s " ' < . . ~ J \'p ~T~-"Sp
G-SP
····G-S
~\~--A'
VA
-C
P'S-C
Nucleotidios
f
Figura 2-8
A dupla helice de DNA. Pa-res de bases complementares
(A- T, C-G) sao mantidas unidas
por pontes de hidrogenio.
S =aciicar (desoxirribo-
s e ) ; P = fosfato; as bases
sao: A =adenina; C = cito-
sina; G=guanina, T = timi-
na.
DCitosina
1 · , · / ' · · ; J Adenina
~Guanina
• Uracila
CTimina
Cadeias do DNA Cadeias do
Figura 2-9Sfntese de RNA a partir de
urn molde de DNA. As
unidades base acucar - fosfato ,.
(RNA nucleotfdios) que se
ligam para formar a eadeia de
RNA unem-se na ordero
especificada pela sequencia
de bases do DNA molde.
j
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Cornponentes da Celula 29
DNA ANAm
e }G {UUC
Fenitalanina Fenilalanina
eGA
{ } ceolanina Alanina
GGA
{ } ~UProlina Prolina
Agura 2-10
Ditosina Os c6digos do DNA e do
{
t:::=:) AdeninaRNArn. Cada sequencia de
AGT } ~ tres bases (codon) especifica
Serlna Serina t=][ Guaninaurndeterminado arninoacido.Observe que a sequencia de
K UraciJa tres bases do RNArn que
{.:
especffica urn determinadoTimina aminoacido e complementar a
GAA} cuu sequencia de tres bases do
Leucina LeucinaDNA que especifica 0
mesmo aminoacido,
Enfre os perfodos de divisao celular, 0material genetico da celula e encon-nO'micleo na forma de filamentos ou granules de cromatina que consiste
%8ddO desoxirribonucleico (DNA) combinado com protefna, Durante a divi-
- ce1n.lar, os filamentos ou granules de cromatina tornam-se espessamente es-
;ira'Jizados e visfveis como estruturas chamadas cromossomos. 0nucleo con-'
ta:J::n:remuma ou mais estruturas conhecidas como nucleolos (pequenos mi-
~. Os nucleolos nlio sao delimitados par membranas e consistem na sua
parte de addo ribonudeico (RNA) e protefna, e de pequenas quantida-
DNA. Acredita-se que as nucleolos sejam sftios de sfntese (no DNA) do
lespoecfficode RNA conhecido como RNA riboss6mico (RNAr) e que 0
-Ar se combine com a protefna na area nucleolar. Os complexos protefna-
-,,\r sao entao liberados para migrar do micleo em direcao ao citoplasma, on-
DDmn-se organizados em estruturas chamadas ribossomos.
o DNA no micleo e capaz de replicar a si mesmo para finalidade de repro-
- celular e serve como modelo para a montagem de moleculas de RNA. A
J l I I I I [ : i l S c : n l 1 a de DNA consiste de duas cadeias de. unidades base-aciicar-fosfato
L ... alias nucleotideos (Figura 2-8). As duas cadeias estao ligadas entre si por F2-8
de hidrogenio entre as bases das diferentes cadeias: e as bases das dife-cadeias sempre pareiam com uma outra de uma maneira previsfvel.
01.:.:1010 DNA serve de modelo para a sfntese de RNA,sec~6es de duas ca-
maidas do DNA se separam uma da outra por uma certa distancia, ex-
parte da sequencia de bases de uma das cadeias, Os RNA-nuc1eotfdeos
- sao montados ao longo dessa cadeia simples de DNA (Figura 2-9). F2-9
Um tipo de RNA que e produzido a partir do DNA nuclear e a RNA-men·lIIIIIII~iroRNAm): Na sua sequencia de bases, 0RNA mensageiro contem in-
_iiG~-;-ies codificadas derivadas do DNA que podemser usadas para dirigir a
.de protefnas pela celula. Esta sfntese de protefnas ocorre no citoplasma,
ribossomos. Para alcancar os ribossomos, 0RNAm passa atraves da mem-
nuclear e entra no citoplasma. Sua mensagem codificada, derivada do
-. especifica a sequencia na qual diferentes aminoacidos devem ser unidos
ifrmnar polipeptidios especfficos ou protefnas. 0 codigo esta contido na
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30 A Celula
F2-10
sequencia de bases do RNAm e, portanto, na sequencia de bases do DNA que
serviu de modelo para a sfntese da molecula de RNAm. Cada sequencia de tres
bases constitui um c6don ou "palavra" do c6digo (Fig"fa 2-10). De maneira
similar, 0 DNA nuclear serve como modelo para a producao do RNA transfe-
ridor (RNAt). 0 RNA transferidor deixa 0rnicleo e transporta aminoacidos no
citoplasma da celula para 0 RNA mensageiro, que faz a montagem dos aminoa-
cidos em protefnas. 0 metodo pelo qual essa funcao e executada esta discutido
na secao de ribossomos.A molecula de DNA que compreende 0 material genetico hereditario da
celula, age via RNA mensageiro para especificar a sequencia particular de ami-
noacidos dos varies polipeptidios ou protefnas que sao sintetizados na celula,
Como resultado desta atividade do DNA do material hereditario, pode-se defi-
nir urn gene bioquimicamente ou fisiologicamente como wna porr;~o \Ie DNA
que especifica a sequencia de aminoacidos de urn polipeptfdio ou protefna.
Uma vez que as polipeptfdios ou protefnas sao sintetizados de acordo com
as especificacoes do DNA, e1es podem agir como enzimas, ou hormonios, au
par outros caminhos acompanhar 0 trabalho da celula, 0 DNA (e sua protefna
associada) regula 0funcionamento celular determinando quais polipeptfdios ou
proteinas devem ser sintetizados.
Embora cada celula (exceto as reprodutoras) contenha 0 complemento ge-
netica de DNA completo (material hereditario), nem todas as regioes do DNA
sao ativas ao mesmo tempo em todas as celulas, Ern algumas celulas, urna re-giao do DNA pode estar ativa especificando a sfntese de urn tipo particular de
polipeptfdio ou proteina. Em outra celula, esta regiao do DNA pode estar ina-
tiva, mas outra regiao pode estar ativa especificando a sfntese de urn tipo dife-
rente de polipeptfdios ou protefna, Ate numa mesma celula, uma regiao especf-
fica do DNA pode nao estar ativa todo 0 tempo. Assim, 0 DNA exerce urn pa-
pel central na conducao das atividades da celula, especificando os polipeptf-
dios ou proteinas particulares que devem ser sintetizados pela celula e, ulte-
riormente, quando ele deve ser sintetizado, .
Citoplasma
o citoplasma e urn Ifquido espesso localizado entre a membrana plasmatica
e a membrana nuclear. Recebe substancias do meio extemo a celula bern como
do micleo da celula, Muitas reacoes qufmicas ocorrem no citoplasrna, e elecontem nurnerosas estruturas especializadas chamadas organelas que funcionam
para 0 provimento de energia da celula, para sintetizar novas moleculas, para
transportar moleculas na celula, providenciar estruturas de suporte para a celu-
la, ou facilitar ,a excrecao de residuos da celula,
Organelas Citoplasmaticas
RmOSSOMOS Os ribossomos sao pequenas partfculas do citoplasma
que sao constitufdas de RNA ribossomico (RNAr) e proteina. 0 ribossorno con-
siste de duas subunidades de tamanho desigual, cada uma delas contendo RNAro 0
e proteina. Os ribossomos tern de 120 A a 150 A de difunetro. Podem ser en-
contrados livres no citoplasma ou ligados a membranas, incluindo as membra-
F2-1 nas do envo1t6rio nuclear e do retfculo endoplasmatico (Figura 2-1). Estejam
eles livres ou ligados, os ribossomos geraIrnente sao encontrados em cachos
chamados poIissomos ou polirribossomos.
Os ribossornos sao os sftios onde novas protefnas sao sintetizadas na celula.
Tern sido sugerido que os ribossomos livres sintetizam protefnas que sao usadas
pela celula para suas pr6prias necessidades, tais como replicacao, enquanto os
ribossomos ligados a membranas sintetizam protefnas que devem ser secretadas
pela celula e usadas em outro lugar do corpo. Embora as celulas que produzem
grandes quantidades de proteinas que sao exportadas para fora da celula devem
possuir mais ribossomos ligados e aquelas que produzem proteinas que perma-
necem na celula tendam a ter mais ribossomos livres, as funcoes de ribossomos
livres e ligados nao sao provavelmente mais diferentes do que este esquema su-
gere.
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COdon de
RNAm
Cadeia de polipeptidlos
sendo montada
%.~ ~inoa.~ cidos
RNA transferidor
~ \ Anticodon~9 \deRNAt
~O ,...Efl..
a1~...c:::J ... ~
RNAtcom
aminoacido
ligado &4~
~-~.~5
\RNA mensageiro
Componentes da Celula 31
Figura 2-11Urn ribossomo tendo 0
c6digo do RNAm e
construindo uma cadeia dearninoacidos de urn
polipeptidio ou protefna. As
moleculas do RNAt trazem
arninoacidos aos ribossomos
para serem incorporados acadeia em crescimento.
c l o \ s proteinas sao sintetizadas nos ribossomos pela uniao de aminoacidos
si na sequencia especificada pelo RNAmensageiro (e em ultima analise,
, DNA) para formar polipeptfdios ouprotefnas (Figura 2-11). Neste proces-
mna cadeia de RNAm que carrega as instrucoes codificadas pelo DNA nu-z:k:arpara sintetizar urn polipeptfdio especffico ou proteioa entra no citoplasrna
e 1ig,a-se ao ribossomo.
oribossomo entao trabalha ao longo da cadeia do RNAm e "Ie" 0codigo
RNAm. Muitas vezes, varies ribossomos podem estar ligados a urn tinieo
~ cada urn Iendo 0codigo do RNAm e formando uma cadeia de amino a -adOs que se tornara urn polipeptfdio ou protefna especificada pela molecula de
~.Os aminoacidos que devem ser incorporados-na cadeia em crescimento de
pofipeptfdios estiio flutuando livres no citoplasrna ate que sejam levados ao ri-
Dossomo por outro tipo de RNA, chamado RNA transferidor (RNAt). Acre-
CJIa..se que ha, afinal, urn RNAt diferente pam cada diferente aminoacido, Urn
NAt especffico contem na sua sequencia de bases uma regiao chamada anti-
c6d0nque esta apta a reconhecer 0 codon respectivo no RNArn com 0 qual esta
F2·11
l
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32 A Celula
Tubos
Figura 2-12Micrografia eletronica do retfculo ~ '. '.endoplasmatico rugoso. Osgranules ligados ao reticulo
sao ribossomos. . x 75.000 Igados
RETfevw ENDOPLASMA TIeO Uma rede membranosa de canais
bulares ou saculares chamada retlculo endoplasmaticc (endo =dentro
plasma = citoplasma; reticula = rede) estende-se atraves da maior parte do
F2-12 toplasma da celula (Figura 2-12). As paredes do reticulo endoplasmatico
tern enzimas relacionadas com a sintese de varias substancias.
Os ribossomos estao freqiientemente ligados ao reticulo endoplasmatico.
o retfculo endoplasmatico que tern ribossomos ligados e chamado rel~k
endoplasnuitico rugosa (granular). Este se apresenta geralmente na forma
saculos achatados chamados cisternas e e freqiientemente continuo com
membrana nuclear. Acredita-se que as enzimas encontradas nas paredes do
culo endoplasmatico rugosa estejam envolvidas na sfntese de lipfdios, e que
ribossomos a ele ligados fabriquem protefnas. A protefna sintetizada pelos
bossomos ligados pode passar para 0interior dos canais do retfculo endopl
matico e "viajar" atraves da celula, Outras porcoes do reticulo podem
sa-Ia, dando formacao a vesiculas membranosas contendo protefnas no seu
nor.
o reticulo endoplasmatico que nao contem ribossomos Iigados e chamade reticulo endoplasmdtico lisa (agranular), Este apresenta-se geralmente
mo uma complexa rede de nibulos anastomosados, com muito poucas r1<· ,tp1rn
presentes, se tanto. Acredita-se que as enzimas encontradas nas paredes do
tfculo endoplasmatico lisa estejarn relacionadas com a sintese de ester6ides e
lipfdios. Em algumas celulas (do figado, por exemplo), as enzimas do
endoplasmatico lisa trabalham na desintoxicacao de venenos.
ligado. Isso possibilita que 0aminoacido que ele carrega seja inserido na
de polipeptfdio em crescimento na posicao apropriada. Quando 0
"leu" toda a molecula de RNAm, libera 0polipeptfdio' ou proteina recem-ro
mada e 0RNAm. 0 ribossomo entao esta apto a ler outra molecula de RNAm
formar novas protefnas enquanto 0 RNAm que e liberado pode ser usado
outros ribossomos
APARELHO DE GOLGI 0 aparelho de Goigi ou complexo de Golg
formado de pilhas de sacos membranosos achatados localizados no LHUI.I;'<U>Jln
da maioria das celulas, freqiientemente perto do nucleo (Figura 2-1,
F2-1, F2-13 2-13). Arranjadas ao redor das margens dos sacos achatados estao vesiculas
varies tamanhos. Acredita-se que as estruturas do aparelho de Golgi uu,">uuW
se das membranas do retfculo endoplasmatico.
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Componentes da Celula 33
A . "00.000
membranoso
achatado
Figura 2-13Micrografia eletronica do
aparelho de Golgi. ,',
o aparelho de Goigi e particulannente evidente nas celulas durante perio-
de irntens~atividade secretora, Nas celulas glandulares, 0aparelbo de Golgi,
como sftio de acumulacao e concentracao dos produtos de secrecao da
as celulas que secretam protefnas, estas sao sintetizadas nos ribosso-
do retfculo endoplasmatico rugoso. A protefna e entao transportada atravesWbulos do retfculo endoplasmatico para as vesiculas do aparelho de Golgi;
e concentrada e estocada. Eventualmente, a proteina estocada e liberadaa:parelho de Golgi na forma de vesiculas chamadas grdos de secrecdo que
vern em direcao a superffcie da celula, Antes de serem liberadas pelo apa-
de Golgi, os graos de secrecao adquirem urn envolt6rio membranoso que,
~ c:;paz de fundir-se com a membrana plasmatica - liberando dessa forma a se-
~u proteica da celula pelo processo de exocitose. Alem de liberar material
forn da celula, este processo pode gerar membrana plasmatica adicional
Q:!2:IloCl'O as vesiculas membranosas se fundern com a membrana plasmatica.
o aparelho de Golgi tarnbem desempenha importante papel nas celulas que
~ glicoproteinas (combinacao de carboidratos e proteinas). As membra-
do aparelho de Golgi contem as enzimas necessarias para sintetizar carboi-
-, ,e acopla-los as proteinas. Nas celulas que secretam glicoprotefnas, a
~, que e sintetizada pelos ribossomos do retfculo endoplasmatico rugoso,
!a:;oplada com 0carboidrato do aparelho de Golgi ap6s a sua entrada nas vesi-
- desta organela. A glicoproteina resultante e entao liberada como graos
Figura 2-14
Micrografia eletronicade lisossomos numglobule branco.
UNIC BIBLIOTECl-I. L:E;,.ri"R<
1 1 1 1 1 I 1 I 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 i l ~ I i I ' i '~d..~84·.55 .'-,";'
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34 A Celula
Figura 2-15Digestao enzimatica por
lisossomos de substancias
fagocitadas.
Vesicula
fagocltaria
Lisossomo
Corpo
residual
Vacuolo
digestivo
de secrecao que se movem em direcao a membrana plasmatica e deixam a celula
ci a mesma maneira como as demais secrecoes de Goigi - via exocitose.
LISOSSOMOS Os Iisossomos (lise =dissolucao; somas= corpo) sao es-
truturas citoplasmaticas membranosas que se mostramgranulares durante perfo-
dos de inatividade mas assumem aspecto vesiculoso quando e . . 1 J l atividade (Figu-
F2-14 ra 2-14). Os lisossomos, como vesiculas secretoras, originam-se do aparelho de
Golgi, segundo se acredita, embora em certascelulas, sob determinadas condi-
¢es, eles possam se originar de porcoes do retfculo endoplasmatico que se
rompem e liberam vesiculas contendo protefnas, Os lisossomos contem enzimas
potentes que sao capazes de digerir protefnas, lipfdios, certos carboidratos,
DNA e RNA. Os lisossomos estao capacitados a fonnar vacuoles digestivos
(tambem chamados lisossomos secundtirios) pela uniao com as vesiculas que se
formam nas celulas como resultado da fagocitose (Figura 2-15). Durante essa
F2-15 uniao, as membranas dos lisossomos e das vesiculas se fundem, os lisossomos
liberam suas enzimas no interior do vacuole, eas enzimas digerem 0 material
fagocitado, convertendo 0 material em produtos que podem ser usados pela ce-
lula. 0 material nao digerido permanece nos vacuoles (que agora sao chamados
corpos residuais), e 0material digerido difunde-se no citoplasma. Os corpos
residuais provavelmente sao reroovidos da celula por exocitose. Os lisossomos
sao particularmente abundantes nos g16bulos brancos cuja principal atividade ea fagocitose de materiais estranhos ao corpo.
A funcao completa dos lisossomos ainda nao esta bern esclarecida, mas en-
volve mais do que a digestao de material fagocitado. Partes da propria celula as
vezes aparecem dentro dos vaciiolos lisossomicos (quando entao e chamadode vactiolo autofdgico) e podem ser degradadas ali. Isto explica, quando 0 fato
ocorre durante 0 jejum, como a celula pode usar suas pr6prias partes para obter
energia sem que seja lesada de maneirairreparavel. Ap6s a celula ser severa-
mente lesada, ou morrer, as membranas Iisossomicas podem se romper. As en-
zimas liberadas digerem entao 0material da pr6pria celula. A destruicao das
celulas por seus pr6prios lisossomos parece tambem desempenhar urn papel im-
portante no desenvolvimento embrionario normal, e na regressao das glandulae
mamarias da mae quando seu filho nao esta mais sendo por ela amamentado.
Em ambos os casos, ha excesso de celulas que devem ser eliminadas. A des-
truicao de celulas aparentemente normals pelos seus lisossomos parece desem-
penhar urn papel vital nesses casos de morte celular,
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Dupla
membrana
Figura 2-16
Micrografia eletronicade uma mitocondria
Mlcrotubulos
Figura 2~17
Micrografia eletronica demicronibulos em seccaolongitudinal (72.000 x).
IDCROC<!>RPOS Os microcorpos sao estruturas citoplasmaticas mem-
X!DIlJSiliS'ue parecem muito semelhantes aos lisossomos em seccoes microsco-
d! a celula, embora sejam na verdade maiores, constituindo estruturas de
irregular (Figura 2-0. as microcorpos diferem dos lisossomos pelo fato F2-1
eonterem enzimas digestivas, enquanto aqueles contem uma variedade de
: : : : c ; z i : r : : S : R I S ' " fortemente oxidativas que sao usadas na obtencao de energia das mo-
_ = " " " " . , como as enzimas que aumentam a taxa de decomposicao oxidativa do
- " 0' de hidrogenio, em agua e oxigenio. Esta e uma funcao importante,
~:S:::ID porque urn aciimulo de peroxide de hidrogenio pode causar les6es a'-="'--'..Li"'- -]BOT causa desse papel, os microcorpos tambem sao charnados peroxi-
~6NDRIAS As mitocondrias (mito filamento; condros
= @ r i i l ll i S ) 1 sao organelas citoplasmaticas filamentosas ou em forma de bastao que
- limitadas por uma dupla membrana (Figura 2-1; Figura 2-16). A membrana F2-1, F2-16
=S:E:;[oa e lisa e recobre toda a mitocondria, A membrana intema e pregueada a
ZlICli]:linillEialdclosntervaJos na porcao central da mitocondria, formando estruturas
- ; : : : a C i : b : : : c . i " · ' , d a s como cristas. Uma substancia "semi-sdlida" chamada matriz preen-
o .in:terior de cada mitocondria, entre as cristas. Na matriz encontram-se
.if:c:mm<)S e freqiientemente pequenos griios que servem de sitio de Iigacao
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X . '5 0 , 00 0
(a) Cilioseflagelos
Figura 2-18(a) Seccao transversal do
. tfpico arranjo 9 + 2 demicronibulos em cflios ef1agelos. (b) Seccaotransversal do tfpico arranjo
de microttibulos noscorpiisculos basais ecentriolos. Observar que hatres nibulos por grupo e naoM tiibulos no centro. (c)Centriolos.
) Centrfolos e
(b corpusculos basals
X 5 0 ,0 00
(c) Centriolos
para variosfons carregados positivamente (tal como 0calcic). Esses fons sa
necessarios para 0funcionamento das enzimas localizadas nas mitocondrias, A
enzimas localizadas na membrana interna das mitoc6ndrias estao relacionadas
com a fabricacao de trifosfato de adenosina (ATP) - uma molecula vital qu
fornece energia metab6lica para as atividades celulares. Como as mitocondrias
desempenham importante papelna geracao de energia metabolica, sao conside
rados a central energetica da celula. As rnitoc6ndrias possuem seu proprio su
primento de material genetico, na forma de DNA, e sao capazes de auto-dupli-
cacao. Como seriaesperado, as mitocondrias estao presentes em maior quanti
dade nas celulas mais ativas, do que naquelas onde a ,atividade metab6lica
menor,
MICROTUBULOS 0 citoplasma de muitas celulas contem uma formacao
de nibulos ciIfndricos muito pequenos, ocos e nao ramificados, chamados mi
F2-17 crotUbulos (Figura 2-17). Os microtubulos parecem nao serem limitados poruma
membrana, e sao formados de subunidades de urna protefna chamada tubulina
assim como de varias outras proteinas, conhecidas como protefnas associadas
----t
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Componentes da Celula 37
Figura 2-19Micrografia eletronica mostrandofeixes de microfilamentos.As estruturas de paredeescura sao desmossomos(veja Capitulo 3).
mc:;JitIi[b'los. Os micronibulos formam uma estrutura de suporte na celula;
E::::;!!ta-5ie que estejam reIacionados com a desenvolvimento e manutencao da
eehrlar. Tambem ja foi sugerido que as micronibulos servem como canais
c::::m:::!:::I[J['f~ para substancias que se rnavern dentro da celula; mas suas funcoes
•- 030 estao perfeitamente esclarecidas. Os microttibulos formam estruturas
a;a:::al!as fibras do fuso que se mostram muito evidentes durante a divisao
.a::!CIaJr.. e acredita-se que sejam semalhantes aos nibulos de cflios e flagelos. Os
::DIl:::tCliIDlEllos,eslizando uns sobre os outros, parecem estar envolvidos nos
'-~::EntclS dos cflios e flagelos.
cfLIos, FLAGELOS E CORPUSCULOS BASAIS Muitas celulas tern
mais extens6es cilindricas finas, projetando--se de suas superficies. Es-
esanmras podem movimentar substancias na superffcie da celula, ou podema celula inteira num meio lfquido. Se tais extensoes sao curtas e numero-
- denorninadas cilios (Figura 2-1). Se sao longas e pouco numerosas, sao F2.1
.,,,..,,madas flagelos. Ambos, cflios e flagelos, exibem a mesmo padrao basico
uganiza~o, e acredita-se que sejam originados em estruturas citoplasrnati-
=-s ;::oamadas corpusculos basais. Tambem se admite que 'os corpiisculos ba-
~relacionados com a coordenacao de movimentos dos cflios e flagelos.
CiJios e flagelos consistem de bainhas membranosas que envolvem uma se-
microhll1ulos. A bainha e contfnuacom=a membrana plasmatica e os mi-
.;::zon:bIluIS estao arranjados num padrao circular caracterfstico, de nove grupos
as, com dois tubules cada grupo. Dais nibulos adicionais estao locali-
- DO centro dessa distribuicao circular (Figura 2-18a). Os corptisculos ba- F2-18a
- ~m exibem um padrao caracteristico de nove grupos de microtubulos
0,mas possuem tres nibulos por grupo e nao apresentam nibulos cen-
~o:w:a 2-18b). F2-18b
c:::E}.liTRIOLOS. As estruturas citoplasmaticas chamadas centrfolos sao
ellCj ;rnd'as perto do micleo da celula, na regiao chamada de centrossomo ou
.......O't"! ' l lTl i".era. as centriolos estao relacionados com a divisao celular. Normal-
eeorrem aos pares, com cada membra do par orientado perpendicular-
-em relacao ao outro. as centriolos sao cilfndricos, e contem uma serie de
mc::oomruos que estao arranjados no mesmo padrao dos microttibulos dos cor-
~!ila:IIos basais (Figura 2-1; Figura 2--18b,c). Na verdade, os corpiisculos ba- F2-1, F2-18b, C
- ~ os centriolos sao considerados como tendo origem comum e devem ser
';::;:lI!:!:omldlosariacoes da mesma estrutura.
Os centriolos sao organelas que se autoduplicarn. Durante a divisfio celu-
~ ser observados dais pares de centriolos, cada par consistindo de dois
tifb::nrlS perpendiculares entre si. Confonne progride a divisao celular, urn par
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'! o j:" .•
38 A Celula
de centrfolos se move para urn dos p6los da celula, enquanto 0 outro se move
para 0 p610 oposto. Durante a divisao celular, finos microtubulos podem ser
vistos irradiando-se em todas as direcoes a partir da vizinhanca de cada par de
centrfolos. Muitos desses micronibulos, que sao chamados fibras do fuso, estao
na forma de urn sistema organizado, conhecido como foso celnlar, que esta 10-
calizado entre os dois pares de centrfolos. As fibras do fuso sao importantes na
redistribuicao dos cromossomos durante a divisao celular. Outros microtubulos,
chamados fibras do aster irradiam-se aleatoriamente da regiao do centrfolo e
formam 0que e chamado aster em volta de cada par de centrfolos,
MlCROFlLAMENTOS 0citoplasma de muita celulas contem fibrilas
F2-19 muito diminutas chamadas microfilamenfos (Figura 2-19). Em contraste com
os micronibulos, os microfilamentos nao sao oeos, e tern urn diametro II,luito
menor. Os microfilamentos geraImente ocorrem em feixes e outros, posicioham-
se individua1mente. Ha muitas diferentes classes .de microfilamentos, alguns dos
quais parecem estar associados com as atividades contrateis das celulasrelacio-
nadas com esse fenomeno, como a locomocao celular e as modificacoes na for-
ma celular. As celulas musculares, em particular, exibem uma organizacao al-
tamente desenvolvida de feixes de microfilamentos.
Inclus6esAlem das organelas, que acabamos de discutir, 0citoplasma das celulas
tambem contem uma grande variedade de substancias qufrnicas que sao coleti-
vamente referidas como Inclusoes. As moleculas de hemoglobina dos g16bulos
vermelhos, que transportam oxigenio e dioxide de carbono, sao inc1us6es. As-
sim tambem 0 pigmento melanina; que e encontrado em algumas celulas dos
olhos, na pele enos pelos, Urn certo numero de substancias metabolicamente
importante tambem sao encontradas como inclus6es nas celulas, Por exemplo,
o polissacaridio glicogenio, que e urna forma de estocagem de carboidratos, eparticularmente evidente nas celulas do ffgado e nas celulas musculares, e gor-
duras sao estocadas nas celulas do tecido adiposo. Quando uma inclusao celular
e urn liquido que pode se misturar com 0citoplasma da celula, a inclusao pode
ser envolvida por uma membrana, formando uma estrutura chamada vacuolo,
MATERIAlS EXTRACELULARES
Muitas substancias do corpo sao encontradas fora das celulas em maior
quantidade do que dentro delas. Sao co1etivamente chamadas de materiais ex-
tracelulares, Estes incluem os fluidos do corpo e a matriz onde a maioria das
celulas estao embebidas. Muitos materiaisextracelulares sao produtos das pro-
prias celulas, Entre esses materiais estao 0sulfato de condroitina, uma substan-
cia gelatinosa encontrada em 05S0S, cartilagens e nas valvulas do coracao; e 0
acido hialuronico, que e uma substancia viscosa presente num certo mimero de
tecidos. Uma variedade de materiais fibrosos, tais como as protein as do colage-
no e a elastina, tambem ocorrem extracelularmente. as tecidos conjuntivos sao
particulannente ricos nesses materiais extracelulares,
DlVISAo CELULAR
Algumas celulas altamente especializadas, tais como as musculares e as
nervosas, nao mais se dividem umavez que estejam diferenciadas (alcancaram
sua forma madura). Outras celulas, entretanto, tais como as do figado, do intes-
tino, < ; U J . medula ossea e epidermicas, retem a capacidade de se dividir e repro-
duzir. as processos pelos quais as celulas se dividem envolvem diversos even-
tos basicos, 0 primeiro evento e a replicacao do material genetico contido no
micleo celular. Urn segundo e a redistribuicao do material genetico replicado
em dois novos nncleos. 0processo de redistribuicao do material genetico em
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Divisao Celular 39
3' 5'
Locals de montagem
' _.,
Figura 2-20Replicacao do DNA. A
eadem dupla original ci a
molecula de DNA se separa,
e cada cadeia entao serve de
molde para a montagem de
uma nova cadeiacomplementar. Isto resuIta
em duas molecules de DNA,
cada uma exatamente igual aoriginal.
Adenina
3
Guanina
3'
~Novas cadeias
em tormacao
Cadeia
original
TiminaCadeiaoriginal
- novos micleos, cada qual com 0mesmo mimero e os mesmos tipos de ero-
::rns:s:omosdo nucleo original, e chamado mitose au cariocinese. Um terceiro
~toe a divisao do citoplasma em duas novas celulas (chamadas celulas fi-
), cada qual com seu proprio nucleo. Este processo e chamado citocinese.Demaneira geral, a citocinese ocorre imediatamente ap6s a mitose.
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40 A Celula
(a) Interfase
Figura 2~21
Interfase e fases da mitose.
Veja 0 texto para urn estudo
detalhado,
(d) Final da pr6fase
(g) Final da anatase
(b) Inieio da pr6fase
(e) Met.::ifase
Celulas filhas
(h) Te!6fase
Fuso
Cro rnosso rnos
( c) Meio da pr6fas1e ~
(f) In(eio da anatase
Interfase
o perfodo entre duas divisoes celulares e chamado Interfase, Durante a
interfase , as rnoleculas de DNA que constituem 0 material genetico da celula (e
proteinas associadas com 0DNA) aparecem somente como f:tlamentos ou gra-
nulos indistintos de cromatina, no micleo. Urn dos principais fatos que ocorre
durante a interfase e a replica.;;ao do DNA - isto e , as rnoleculas pe DNA ser-
vern como molde para a replicacao de moleculas de DNA adicional (Figura
F2·20 2-20). Neste processo, as duas cadeiasda molecula de DNA, separam-se uma
da outra por uma certa distancia e unidades individuais de base-aciicar-fosfato
(DNA-nuc1eotideos) Iigam-se a cadeia exposta do DNA molde de acordo com
umpadrao de pareamento de bases complementares. Isto significa que nucleotf-
deo contendo adenina e incorporado na nova cadeiade DNA no local onde na
cadeia molde esta a timina, e vice-versa, urn nucleotfdeo contendo citosina eincorporado onde no DNA molde esta a guaninae vice-versa. As unidades in-
dividuais de base-acricar-fosfato tomam-se entao unidas entre si por enzimas
chamadas DNA-polimerases e forma-se uma nova cadeia de DNA que e 0 com-
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~to da cadeia original do DNA molde. A cadeia de DNA recem-duplicada
~ Iigada ao DNA molde original, ate que se forme uma molecula com-
de DNA exatamente igual a original. Assim, cada nova cadeia dupla de
-:\c eensiste de uma cadeia do DNA original que atua como molde e uma ca-
: : a : : : i i 2 ! . receoremente sintetizada. No final dainterfase, a celula entaocontem du-
qwntidade de DNA com relacao a contida no micleo no inicio da interfase,&10 fato das atividades que se passam na celula mudarem confonne a mi-
se aproxima, a interfase tern sido considerada como dividida em tres fases.
G :: ~ intervalo), S (sfntese de DNA) e G :l (2!:!intervalo).
1. A Case Gt segue-se imediatamente ao final da divisao celular. Durante
esta fase ha intensa sfntese de protefnas e RNA; 0rnicleo eo citoplasma
aamentam, e ha aumento da atividade pinocitotica da celula .
...:..A fase S segue-se a fase GI. A atividade pinocitotica decresce durante
esta fase; entretanto, 0mais notavel evento e a sfntese de moleculas deDNA .
.:l. A faseG2 ocorre ap6s a sfntese de DNA. Durante esta fase as ativida-
des metab6licas da celula decrescem enquanto ocorrem rnudancas napreparacao para a mitose (que e por alguns chamada de fase M).
Com prop6sitos descritivos, a mitose (divisao nuclear) e dividida em quatro::s;i,gios.: pr6fase, metdfase, andfase e tel6fase. Deve-se enfatizar, contudo,que
::::: itme e urn processo continuo e nao urna serie de estagios distintos.
_:\.fase inicial da mitose e chamada profase (Figura 2,21b). No infcio da
~ estao presentes dois pares de centrfolos, Durante a profase , os centrio-
lCOIIIegam se deslocar para poles opostos da celula, 0 nucleolo desaparece
- :II ~brana nuclear comeca a se desintegrar. Ainda durante a profase, os
~4ltDs de cromatina ou granulos de DNA e protefna tomam-se espessos e~Jjzados, sendo visualizados como cromossomos (Figura 2-22).
Oada cromossomo e fonnado por dais filamentos separados, chamados
a_d-li,odes que se apresentarn unidos num so ponto da estrutura, chamado cen-
_ ... ~o. Na verdade, cada cromatide e urn cromossomo completo farmado par:mol€culadupla de DNA que foi replicada durante a interfase._In final da profase (Figura 2,21' d), os centriolos ja alcancaram poles
~mtos. da celula e oscromossomos movem-se para uma posicao mediana, au
~ da celula.Ia meio 'caminho dos dois pares de centriolos. Alguns dos
~ulos que se irradiam das regioes dos centriolos terminam em fundo ce-
: s a o conhecidos como fibras do aster, e assumem uma disposicao estrelada
}I a partir de cada par de centrfolos, Outros micronibulos, chamadosde jr-
do fuso, formam 0aparelho do fuso (ou somente fuso) entre urn par de
=:D::iJlos e 0 outro. 0fuso e composto de dois tipos de fibras (que sao na rea-emicronibulos). Urn desses tipos (microttdndos continuos, ou fibras eon-
c- ) estende-se de p610 a polo da celula, Urn segundo tipo (microtubulos
~micos) prende-se aos cromossornos e termina petto dos polos do fuso.
4.";0 iafcioda metat'ase (Figura 2-21, e), a membrana nuclear ja desapareceu
~.letamente. A medida que a metafase prossegue, os cromossomos alinham-
.E.a. placa equatorial da celula e as cromatides de cada crornossomo prendem-
JC peJios seus centrdmeros as fibras do fuso. Na .conclusao desse estagio, os
;:::::::ullomemsse dividem e cada uma das crornatides se separa, fonnando urn fi-
arnenio cromossomico iinico. Para se determinar 0 mimero de cromossomos,
:rSnma-se contar 0mimero de centromeros e nao 0mimero de filamentos.
~" durante a profase, cada cromossomo e formado por duas cromatides,,-:~o no final da metafase.icada crornatide e considerada urn cromossomo.
Divisao Celular 41
Cromatides (cada
uma inclui uma cadeia duplade motecuta de DNA)
Centr6mero
Figura 2-22F2-21 Urn crornossorno como
aparece durante 0 finalcIa
pr6fase.
F2-22
F2-21d
F2-21e
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42 A Celula
/
/
Figura 2-23Cromossomos humanos. (a)Cromossomos do sexofeminino, com cromossomosexual X indicado. (b) F2-21i, 9
Cromossomos do sexomasculine, com oscromossomos homologosarranjados em pares. X e Ysao os cromossomos sexuais.
Anafase
Durante a anatase (Figura 2-21J,g), os filamentos cromossomicos simple
separam-se e movem-se em direcao aos palos opostos da celula, No final d
anatase, os filamentos crornossomicos simples (cada qual formado por uma s
molecula de cadeia dupla de DNA) alcancam os p610s da celula, Quando a rn
tose e a citocinese ocorrem juntas, 0 infcio da citocinese e geralmente evident
durante a anatase como um estreitamento (invaginacao) da membrana plasmati
ca na regiao equatorial.
Tel6fase
F2-21h Na tel6fase (Figura 2-21h), forma-se urn novo envoltorio nuclear, presurni
velmente a partir do reticulo endoplasmatico, e 0nucleolo reaparece. Se a mitose e a citonese estao ocorrendo concomitantemente, a citocinese se complet
quando a invaginacao da membrana plasmatica divide a celula em duas celula
filhas. Ainda durante a te16fase, 0 fuso desaparece, e os cromossomos tomam
se menos distintos, assumindo gradualmente seu aspecto interfasico de fila
mentos de cromatina, Na maioria das celulas, os centriolos sao replicados du
rante esta fase, mas em outras celulas, e1es sao replicados durante a interfase,
No final da tel6fase, as duas celulas filhas ja assurniram 0 aspecto interfasico
se completa 0 ciclo da divisao.
Meiose
Ha 46 cromossomos nas celulas somdticas human as (que sao todas as clulas, exceto as reprodutoras). Dois de1es sao cromossomos sexuais (dois
-mossomos XliaS' mulheres; urn crornossorno X, e urn cromossorno Y nos ho
mens). Os restantes 44 crornossomos sao chamados autossomos. Os 44 autos
F2-23 somos consistem de 22 pares de cromossomos deaspecto similar (Figura 2-23
Urn membro de cada par contem informacao genetica proveniente da mae.
outro membro de cada par contem a informacao genetica do pai. Cada
constitui urn conjunto de cromossomos hom6logos. Os dois cromossomos
xuais (XX) da mulher tambem sao hornologos, mas os dois cromossomos
xuais do homem (X e Y) nao sao homologos.
Em cada par de cromossomos hornologos encontra-se informacao l<_o;;ll<oU .
que controla as mesrnas funcoes ou caracteristicas. Freqiienternente a mrorma
9fio genetica de urn cromossomo de urn par de homologos tern precedencia
bre a.correspondente informacao genetica do outro cromossomo do par. Se a
formacao genetica derivada do pai tern precedencia sobre a informacao genetic
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Cerurfolos
-~--.-Mefiitase 1
Divisao Celular 43
Aster
Cro r nosso r nos
(b) Meio da profase 1 ( C ) Final da protase I
Cromossomos
hom61 o go s
pareados
Calulas filhas
./
(e) Anafase 1 (f) Tetotase I
(9) Intercinese (h) Profase II
(i) Metafase II
(I) Tel6fase II
Figur@ 2-24
As fases da meiose. Veja 0
texto para urn estudo
detalhado.
Celulas tilhas
I
/ \'.
/.~::../
/"
\\.. :.~.
'.
I
/
(m) tnterfase .
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~
Primelra
dlVI.saOmel9tica
44 A Celula
I \
Figura 2-25Redistribuicao decromossomos durante ameiose, Os cromossomosderivados originalmente dopai (coloridos) e os da mae(pretos) nao saonecessariamente mantidosjuntos. As celulas resultantesapresentam uma mistura decromossomos de ambos ospais.
derivada da mae, as funcoes ou caracterfsticas paternas sao ditas dominantes,
o indivfduo exibira as funcoes ou caracterfsticas paternas. Em tais casos, a
funcoes maternas, ou caracterfsticas, sao ditas recessivas. Se a informacao ge
netica materna tern precedencia sobre a correspondente informacao genetica
paterna, 0indivfduo exibira as funcoes ou caracterfsticas maternas. Se nem
informacao genetic a paterna ou materna para uma determinada funcao ou ca
racterfstica e dominante, 0 indivfduo exibira alguma funcao ou caracterfstica
intermediaria,
Os 46 cromossomos das celulas somaticas humanas consistem realmente d
23 lotes de cromossomos (22 de autossomos e 1 de cromossomos sexuais), ur
deles derivado do pai e outro da mae. Assim, os gametas (celulas reprodutoras)
do pai (espermatozoides, dos testfculos) e da mae (6vulos, dos ovaries) contem
cada urn somente 23 cromossomos. Quando urn espermatoz6ide fecunda um
6vulo, cada gameta contribui com 23 cromossomos, restabelecendo dessa forma
o mimero de 46 cromossomos no novo individuo.
Celulas com dois lotes completos de crornossomos (46 cromossomos) sa
conhecidas com€) celulas dipI6ides. A formacao dos gametas, entretanto, d
como resultado celulas que tern apenas urn lote de cromossomos (23 cromosso-
mos ao inves de 46). Tais celulas sao chamadas de ctllulas hapl6ides. Esta
nao sao produzidas pelo processo normal de mitose. Urn segundo tipo de divi
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- c e I : 0 1 m " , , a divisao reducional conhecida como meiose, e responsavel pela
;a!::C:~-o das celulas reprodutoras haploides.
illnmi,. sequencias de divis6es sucessivas ocorrem na meiose 5Figura 2-24).
:;;rrirreirn sequencia (Figura 2~24a.-j), a profase ocorre essencialmente como
~nse, exceto pelo fato de que os 46 cromossomos nao se movem separa-
aC1l=:::te·ao longo das tibras do fuso. Mais propriamente, os cromossomos ho-_:::i l I lJIS:PS- pareiam (sinapse) com outro (a excecao dos cromossomos sexuais
- ;....bo(n6)logoso homem). as cromossomos pareados movem-se atraves das
00 fuso como uma so unidade. Durante a metafase, as cromatides dos
~os sinapticos nao se desligam. Na anatase, os cromossomos hornolo-
pa:reados simplesmente se separam, com um membro do par se movendo
urn. poio da celula e a outro para 0polo oposto. Dessa forma, 23 cromos-
dl!Iplosmovem-se para cada polo durante a primeira divisao da meiose,
~!]to 46 cromossomos simples movem-se para cada polo na mitose. as fa-
~ ocorrem na 'primeira anatase e primeira tel6fase seguem 0mesmo pa-
- m . mitose (com citocinese), resultando duas celulas tilhas cada uma com
....,.,....re 23 cromossomos, mas estes sao duplos e nao simples. Terminada a
~. separacao da meiose, ocorre um curto intervalo de tempo, chamado in-
... tinese (Figura 2-2-4-g). Durante este perfodo, que e similar a interfase rnitoti-
.;:z, 0023 cromossomos duplos das celulas filhas nao se duplicam.
_ - \ P O S 0perfodo de intercinese, ocorre a segunda sequencia de divis6es da
- - (Figura 2-24h-k) Cada urn dos 23 cromossomos duplos das celulas fi-
sofre uma tipica divisao mitotica, seguida de citocinese. Como resultado
.a:sm segJ!ffida sequencia da divisao mei6tica, formarn-se quatro celulas haploi-
cada uma delas contendo 23 cromossomos simples (Figura 2-24/). Sao es-
1:15 .:e'fnl.as haploides que depois se diferenciarn em espermatozoides nos testi-
do homem, ou em ovules, nos ovaries da mulher, Entretanto, a segunda
""'£1!i_' mei6tica feminina e completada na tuba uterina, e somente quando a
e fertilizado pelo espermatozoide.A meiose prove uma grande diversidade genetica na composicao dos es-
~z6ides e ovules. as cromossomos que originalmente sao provenientes
psi. por exemplo, nfto se alinham todos ao redor de urn par de centrfolos,
: : II:CJIt aqueles provenientes da mae se alinham ao redor do outro par de centrfo-
dmant.e a sinapse dos cromossomos que ocorre na primeira sequencia de di-
- _ da meiose (Figura 2-25). Mais propriamente, ocorre urna mistura de po-
~, ,de tal modo que cada celula filha resultante recebe alguns cromossomos
~s e outrosmaternos, numa aparentedistribuicao ao acaso.
Amcionalmente, a diversidade genetica pode resultar do' fenomeno do eros-
~ver (recornbinacao) que tern lugar ocasionalmente durante a primeiro es-
-_: da meio~, enquanto os cromossomos estao unidos (Figura 2-26). Neste
~,as cromatides dos cromossomos sinapticos podem se romper e os dois
~ntos Iivres entao trocam de lugar urn com 0outro, de tal forma que
A A a a A A a a
B B b b
(a)
B b .8 b
(b)
Divisao Celular 45
F2-24
F2~24g
F2-24h-k
F2~241
F2-25
F2-26
A A a a
B b B b
(C)
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quando as crorruitides se separam, 0fragmento originario de uma das crorrui
das esta ligado a outra e vice-versa. Quando os cromossomos sinapticos se
param e as cehilas-filhas sao fina1mente produzidas, elas podem apresentar u
composicao genetic a diversa daquela que existiria se 0crossing-over nao
vesse ocorrido. Assim, os gametas que sao finalmente formados a partir de
versas celulas, irao diferir geneticamente urn do outro na dependencia da red
tribuicao cromossomica que ocorre durante a meiose.
A MEMBRA NA PLASMA.TICA e uma barreira al-tarnente seletiva que influencia 0movirnento de substancias
para dentro e para fora das celulas, A membrana e umaearnada bilarninar de lipidios . com protefnas incrustadas;
poros na membrana coneetam 0 interior da celula corn 0
exterior. Materiais que entrarn ou deixarn a celulade-vernpassar atraves da membrana ou poros.
MOVIMENTO DE MATERIAlS ATRA YES DA
MEMBRANA PLASMA.TICA
PROCESSOS PASSNOS energia ou forcas ne-cessarias para movirnento atraves da membranaplasmatica supridas pelo meio extracelular.
Difusiio movimento da regiao de alta concen-tr~ao para a regiao de baixa.concentracao devidoa colisao entre atomos e moleculas.
Difusiio facilitada moleculas incapazes de pe-netrar na membrana pelos seus proprios meiosprendem-se a moleculas transportadoras de urn lado
da membrana e atravessam- na na forma ligadamovimento se faz corn gradiente de concentrace mio requer energia celular.
Osmose movimento de agua atraves de umamembrana semipermeavel, de uma a r e a de altaconcentracao de agua para uma de baixa coneetracao de agua.
Dialise separacao seletiva de substancias emsolucao pela membrana plasmatica, Usada em~artificial. !
Filtracao forcas mecanicas (pressoes) movi-mentam substancias atraves da membrana plas-matica,
EFEITOS DO ENVELHECIMENTO NAS CELULA
A partir do momento da fertilizacao, 0 organismo humano cresce e se d
senvolve ate alcancar a plena maturidade. Apos este ponto, 0iAdivfduo gdualmente enveIhece.
Os processos de envelhecimento que as celulas sofrem despertam atua
mente grande interesse e muita pesquisa.
No indivfduo maduro, celulas altarnente especializadas, tais como as mu
culares e as nervosas, geralmente nao sofrem mais divis6es. Quando estas clulas morrem como resultado de uma doenca ou lesao, nao sao substitufdas
formando-se tecido cicatricial. As celulas musculares ou nervosas remanescen"tes entao.assumem as funcoes das celulas mortas. Isto imp6e uma fadiga adici
nal a estas celulas e pode apressar sua morte, contribuindo para a envelheci
mento. Outras celulas do corpo, tais como aquelas do figado e do pancreas
mantem a capacidade de divisao e isso sugere que esses orgaos envelhaca
mais rapidamente do que os tecidos muscular e nervoso.
Varias teorias tern sido propostas para explicar 0que reahnente causa
morte das celulas e daf 0envelhecimento. Alguns pesquisadores sugerem q
fatores extemos como raios X e radiacao cosmic a au 0mais nebuloso "estres
da vida" graduahnente cobram suas taxas das celulas; outros prop6em que
alteracoes do envelhecimento estao programadas ja n6 aparelho genetico
celula, Contudo, nenhuma dessas teorias e completamente satisfatoria e a busc
das respostas continua.
RESUMO
COMPONENTES CELULARES micleo rodeado pelo
citoplasma, que contem nurnerosas estruturas eharnadasorganelas. 0 limite da celula e a membrana plasmatica, p.21
PROCESSOS ATIVOS A energia necessaria p
movirnentos atraves da membrana plasrnatica e suprida pela celula.
Transporte ativo as molecules movem-se atravesda membrana plasmatica contra urn gradiente deconcentracao por compostos transportadores.
Endocitose a membrana plasmatica forma pequenas vesiculas que englobam substancias do meio e
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..... CiIi~!::"~u1as englobam materiais solidos,
PIi.. ::a:::2:"ftSicuJIas englobam liquidos.
6-=:ca!!:"~o de material da celula por
_1E:':fi:~' mernbranosas.
~_IiiI":l_~iiIenetico da celula na forma de___ BlEK:lilOnslste de DNA combinado com
~_ .. -=:a:!Eo)dQDS do RNAm especifica a se-
".IIR,.oJI:::sa:::::inOOcidos do polipeptidio ou proteina.
t.IIIiI.... ; n ; : c : l S ou protefnas sintetizados de acordo_ __ .:IIIII;n c::::D ~fies do DNA podem atuar como
Hnido espesso localizado entre a
.... _;~II!i::2:fica e a membrana nuclear; sitio de___ t:il!:I.;-="i!iease organelas especializadas,
_15o!1U~"" . sCIIOPLASMATlCASlocals de formacao de polipeptidios
_,~_:iJes;siio formados de RNAr e protefna.
.*,.~p.lasrrv:itico rede membranosa de
__ .;:]:D:!~res:: Oil saculares. Dois tipos: liso ou
paredes con tern enzimas que atuam na
- ac idos graxos e esteroides; as protefnas
_.s:.:a:zpec!:os ribossomos ligados podem
__ = -::o:s; eanais, e vesiculas contendo proteinas
~Hern.d:as.
estrnturas membranosas que sao ti-
_1i"IliWI::~as no aparelho de Golgi; con-
ar-:r: ;:: ic::zsdigestivas que agem sobre protefnas,
... _ .. =ms carboidratos, DNA e RNA.
."""''''-''-:_2l''Ii' eontem uma variedade de pode-
~ exidativas.limitadas por dupla membrana;
:.._2;;:Jm!! ..mrerna tern cristas, Envolvidas na ge-
- ~~gja metab6lica para atividades celu-
mbulos cilindricos pequenos,
- 'r:m:rificados, que podem funcionar como
--:::i-c00: sopcrte das celulas ou como canais
_'Z§elm ,ecorpusculos basais cflios e fla-
- ~Oes moveis da membrana plas-
aj:daro a movimentar substancias na su-
- - ~ Oll movimentar a celula inteira;
sio tides como derivados dos corptisculos
- ~ flagelos e corpiisculos basais apre-
Resumo 47
sentam padroes caracteristicos de microuibulos.
Centriolos sao semelhantes na estrutura aos
corpusculos basais; envolvidos na divisao celular.
Microfilamentos ocorrem em feixes ou outro ti-
po de grupamento; podem estar associados com
atividades contrateis envolvidas com movimento
celular.
INCLUSOES sao substancias qufrnicas existentes
na celula, como bemoglobina e melanina.
MATERIAlS EXTRACELULARES incluem fluidos do
corpo e matriz extracelular na qual muitas celulas podem estarembebidas. Os tecidos conjuntivos sao particularmente ricos
em materials extracelulares. p.38
DIVISAo CELULAR· muitos eventos basicos envol vi-
dos, incluindo replicacao do material genetico no micleo, re-
distribuicao desse material em dois novos ndcleos e divisao do
citoplasma em duas novas celulas, cada uma com seu micleo
proprio pp.38-46
INTERFASE perfodo ente duas divisoes celulares;
ocorre sfntese de DNA.
MITOSE evento continuo, embora sejam observaveis
quatro fases.
PROFASE os cromossomos tomam-se visfveis;
centriolos movem-se ern direcao a p6los opostos;
forma-se 0 fuso.
METMASE os centromeros se dividem, e cada
cromatide se separa, formando urn cromossorno com
urn so filamento.
ANMASE os cromossomos monofilamentosos se-
param-se e movem-se para p610s opostos da celula, -»:
TELOFASE os cromossomos assumem o aspecto
interfasico como indistintos filamentos de cromatina;
o fuso desaparece; a citocinese, se ela ocorer, e com-
pletada.MEIOSE urn processo de divisao reducional respon-
savel pela producao celulas reprodutivas bap16ides; en-
volve duas sequencias sucessivas de divisoes.
1'3SEQUENCIA
Profase essencialmente como na mitose, exceto
que os cromossomos hom6logos pareiam e se
movemjuntos ao longo das fibras do fuso como
unidades de cromossomos duplos.
Metdfase as cromatidesdos cromossomos si-napticos nao se desligam .
Anafase os cromossomos pareados movem-se
separadamente; urn membro do par move-se para
urn p610 da celula e ooutro para0
polo oposto.2f!SEQUENCIA cada uma das celulas filhas com 23
cromossomos sofre mitose com citocinese. Resultam
quatro celulas haploides, cadauma com 23 cromos-
somos simples. As celulas hapl6ides diferenciam-se
ern gametas.
EFEITOS DO ENVELHECIMENTO NAS CELU-LAS os raios X e a radiacao c6smica podem danificar ou
matar celulas que nao serao substitufdas, causando entao 0
envelhecimento. As alteracoes do envelhecimento podem
estar programadas no aparelho genetico das celulas,
p.46
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