UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Administração
Rosiclei Pereira Benevides da Silva
Tássia de Queiroz Gargiulo D’Andréa
LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO
CONCEITO À PRÁTICA
Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina
CAMDA – Lins/SP
Lins – SP
2009
ROSICLEI PEREIRA BENEVIDES DA SILVA
TÁSSIA DE QUEIROZ GARGIULO D’ANDRÉA
LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO
CONCEITO À PRÁTICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Esp. Paulo José Manzolli Godinho e orientação técnica da Profª Esp. Ana Beatriz Lima.
Lins – SP
2009
Silva, Rosiclei Pereira Benevides; D´Andrea, Tássia de Queiroz Gargiulo
Logística reversa e logística verde: do conceito a pratica: Camda Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina / Rosiclei Pereira Benevides da Silva; Tássia de Queiroz Gargiulo D´Andréa. – – Lins, 2009.
166p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2009
Orientadores: Paulo José Manzolli Godinho; Ana Beatriz Lima
1. Logística. 2. Logística Reserva. 3. Gestão Ambiental. 4. Reciclagem. I Titulo
CDU 658
ROSICLEI PEREIRA BENEVIDES DA SILVA
TÁSSIA DE QUEIROZ GARGIULO D’ANDRÉA
LOGÍSTICA REVERSA, LOGÍSTICA VERDE DO
CONCEITO À PRÁTICA
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Aprovada em: ___/___/___
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Paulo José Manzolli Godinho
Titulação: Especialista em Administração Empresarial
Assinatura: _________________________________
1ª Profª: ________________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
2ª Profª: ________________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
AGRADECIMENTOS
A DEUS
A Deus por abençoar-nos em mais uma etapa de nossas vidas, dando-nos a
força que precisávamos para elaborar esse projeto, pois sem o apoio divino,
não seriamos capazes de superar tantos obstáculos que surgiram na
passagem deste momento.Obrigada pelo Dom da vida, pela inteligência e
oportunidade concebida.
AOS MEUS PAIS
Aos meus pais Oscalina e Antonio, alicerces da minha grande conquista, que
no decorrer da minha vida, proporcionaram-me, além de extenso carinho e
amor, os conhecimentos da integridade, da perseverança e de procurar sempre
em Deus a força maior para o meu desenvolvimento como ser humano.
AOS QUE AMO
Aos meus irmãos Antonio Sergio e Maicon por caminharem sempre ao meu
lado.
Aos meus sobrinhos Matheus, Hiago e Helen pelo amor e admiração
Ao meu AMOR, por ter ficado ao meu lado, me apoiando, ensinando a sorrir
diante das dificuldades e acreditar que nada acontece por acaso, exemplo de
amor e otimismo. Te amo!
A COMPANHEIRA DE MONOGRAFIA
Especialmente para minha amiga Tássia por ter convivido comigo durante essa
fase da minha vida. Obrigada por estar comigo em momentos bons e ruins,
pois desses momentos que tiro as lições de vida e otimismo que preciso, por
essa razão dedico a você minha imensa gratidão.
AO ORIENTADOR
Agradeço imensamente ao meu orientador Paulo José Manzolli Godinho, por
ter chegado até o final, revendo alguns conceitos, refletindo sobre alguns
pontos de vista e principalmente por ter sido tão paciente, um verdadeiro
Mestre.
AOS PROFESSORES
A todos os Professores, que nos ensinaram muitas coisas, pela competência,
dedicação e empenho em doar seus ensinamentos. Lutando muito para
alcançar este momento e agora concluído, agradecemos a todos; vocês foram
essenciais para a realização deste projeto.
AO UNISALESIANO
Ao Unisalesiano, a todos os funcionários, em especial ao Sr. Luiz que todos os
dias nos acolhe com muito amor e carinho, de alguma maneira, contribuíram
para o nosso crescimento e desenvolvimento
A EMPRESA
À Cooperativa Camda, pelo apoio e empenho, acreditando no nosso potencial
no desenvolvimento deste trabalho e pela contribuição para o nosso
fortalecimento profissional.
“Busquei o conhecimento e encontrei exemplos. Aprendi com os Mestres,
valores que agregaram muito enquanto docente e enquanto ser humano”
Rosiclei Pereira. Benevides da Silva
A DEUS
A força iluminada, que a cada amanhecer nos sorri, abençoando nosso dia. Por
ter feito isso todos os dias da minha vida, por não ter deixado eu perder o
propósito e me dar forças para continuar.
AOS PAIS
A família é a base de tudo, o amor incondicional, meu agradecimento é eterno,
não há como finalizá-lo. A batalha da vida é constante e renuncias sempre
serão feitas, por isso meu agradecimento especial aos meus pais Sonia e José
Luiz que muitas vezes tiraram de si para me proporcionar algum bem, que
sempre acreditaram em mim, confiaram e estarem sempre comigo. Amo muito
vocês.
AOS QUE AMO...
Avós, Tio e Tia...
Ao meu avô José (in memória) meu agradecimento será eterno, e minha
saudade também, e a minha avó Maria Antonieta, obrigada por terem me dado
a base de tudo e principalmente por terem existido da minha vida. Aos meus
tios, Maria José e José Carlos, por me apoiarem e sempre estarem presente na
minha vida e motivando para seguir em frente. Amo vocês!
Irmãos
Tatiana, Fabiano e Rodolpho, por serem meus irmãos, por me amarem e
darem força, e apoiarem. Amo muito vocês!
Diego e Família
Diego, meu amor, obrigada por compreender minhas ausências, me apoiar e
estar sempre presente. Família, minha nova família, por agradeço pelo carinho
que dedicam a mim sempre que estamos juntos. Amo todos vocês!
Amigos
Michelle e Carol por me apoiarem e contribuírem para a realização desse
trabalho, por sempre estarem comigo me apoiando. Obrigada aos meus
amigos que sofreram com minha ausência e me apoiaram. A turma do 8ª A de
2008 por terem transformado minha vida e tornarem meus dias maravilhosos.
COMPANHEIRA DE MONOGRAFIA
A Rosi, obrigada por me agüentar e estar presente nessa face tão especial da
minha vida, concluindo mais uma etapa. A luta foi grande e a vitória é maior
ainda. O agradecimento aqui é pouco por toda ajuda dada.
AO ORIENTADOR
Obrigada por contribuir e nos apoiar na realização desse nosso projetos e
realizar nosso objetivo. Sem seu apoio final meu sonho, não estaria se
realizando. Muito obrigada
AOS PROFESSORES
Aos serem iluminados escolhidos por Deus para entrarem em nossas vidas e
causarem uma revolução. Agradeço a todos professores que tive no decorrer
dos anos, por terem sempre me passado aquilo de tão precioso que possuem.
Devo muito a todos do que sei hoje, serei grata para sempre.
AO UNISALESIANO
A Universidade por me proporcionar um ambiente familiar para que eu pudesse
concluir mais uma etapa de minha de melhor forma possível; a todos os
funcionários por contribuírem para o meu crescimento e a Sr. Luiz que a cada
Boa Noite com um sorriso no rosto, me motivava a continuar a minha
caminhada.
A EMPRESA
Obrigado Cooperativa Camda, por terem aberto as portas, para qual
pudéssemos realizar nossa pesquisa, pelo apoio nos dado e a contribuição
para o nosso conhecimento e fortalecimento profissional.
Tássia de Queiroz Gargiulo D´Andréa
RESUMO
Desde do principio o mundo começou a ser degradado, no começo a capacidade do homem de degradar era entretanto suprida pela capacidade da natureza de se recompor, a exploração dos meios naturais era mais racional e os problemas não refletiam, qualquer preocupação quanto a um futuro problema ambiental. Com o crescimento acelerado do planeta a natureza não consegue repor o que esta sendo degradado com o crescimento. A preservação do meio ambiente no mundo atual é um padrão que todas as organizações devem estar cientes para se manterem competitivas no mercado, as empresas podem optar por duas ferramentas a Logística Reversa e Logística Verde que visam diminuir ou eliminar a degradação dos recursos naturais, para garanti- los as futuras gerações. A aquisição dessas ferramentas não trazem só um benefícios as empresas, por estarem mais em evidencia, mas também a natureza que nesse momento precisa muito de atenção. Várias ferramentas envolvem a logística reversa e logística verde, elas precisam de colaborações para que possam dar o resultado que é esperado. O trabalho visa apresentar uma solução ate o momento nova, a logística verde, que se preocupa com os aspectos e impactos ambientais causados pelos meios operacionais, mais também uma solução já conhecida a logística reversa, que trata o retorno de materiais, para minimizar os impactos causados por eles, ela conta com a colaboração da reciclagem, opção fácil, para diminuição de materiais já utilizados, que muitas vezes são eliminados de forma incorreta. Será realizado uma pesquisa na Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina, com o intuito de verificar a preocupação com o meio ambiente, que ações são tomadas para reverter os impactos causados e que ferramentas elas utilizam para conscientizarem seus cooperados. Palavra chave: Logística. Logística reversa. Logística verde. Gestão Ambiental. Reciclagem
ABSTRACT
Since the beginning of the world began to be degraded in early man's ability to degrade was however made up by nature's ability to reconstitute itself, the exploitation of natural resources was more rational and the problems did not reflect any concern about a future problem environment. With the rapid growth of the planet nature can not replace what is being degraded with the growth. The preservation of the environment in the world today is a standard that all organizations should be aware in order to remain competitive in the market, companies can opt for two tools to Reverse Logistics and Green Logistics aimed at reducing or eliminating the degradation of natural resources, secure them for future generations. The acquisition of these tools not only bring benefits to a business, because they are most in evidence, but also the nature that this time needs a lot of attention. Several tools involve reverse logistics and green logistics, they need contributions so they can give the result that is expected. The paper presents a solution until the time new logistics park, which is concerned with the environmental aspects and impacts caused by operational means, it also has a known solution to reverse logistics, which is the return of materials to minimize the impacts caused by them, it has the collaboration of recycling easy option to decrease materials already used, which are often disposed of improperly. One will be held at the Cooperative Agricultural Research Joint Adamantina in order to verify the concern for the environment, what actions are taken to reverse the impacts and what tools they use to educate their members.
Keywords: Logistics. Reverse logistics. Logistics green. Environmental
Management. Recycling
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Primeira sede Camda.......................................................................20
Figura 2: Sede Adamantina.............................................................................21
Figura 3: Filial Lins...........................................................................................22
Figura 4: Silo Andradina.................................................................................. 23
Figura 5: Fábrica de ração e suplemento mineral........................................... 24
Figura 6: Posto de recebimento de embalagem vazia de Penápolis...............27
Figura 7: Entrega do certificado...................................................................... 28
Figura 8: Propaganda projeto escola no campo..............................................30
Figura 9: Programa segurança e saúde no campo..........................................31
Figura 10: Crianças na aula da Dupont na escola...........................................32
Figura 11: Mosaico Teatral..............................................................................33
Figura 12: Canais de distribuição.................................................................... 48
Figura 13: Símbolo Reciclagem.......................................................................91
Figura 14: Simbologia dos materiais recicláveis..............................................92
Figura 15: Variação do símbolo da reciclagem................................................92
Figura 16: Símbolo de identificação dos materiais plásticos........................... 93
Figura 17: Etapas da Reciclagem Química..................................................... 97
Figura 18: Etapa da reciclagem mecânica.......................................................99
Figura 19: Esquema da reciclagem energética............................................... 101
Figura 20: Uso de Pet reciclado no Brasil........................................................112
Figura 21: Vendas de aço plano no mercado interno......................................115
Figura 22: Preço do cobre de janeiro a agosto de 2009..................................116
Figura 23: Preço do alumínio no cenário mundial de janeiro a agosto de
2009............................................................................................................ 117
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Filiais da Camda..............................................................................21
Quadro 2: Posto de Recebimento....................................................................26
Quadro 3: Benefícios da gestão ambiental......................................................75
Quadro 4: Cores da reciclagem.......................................................................93
Quadro 5: Classificação dos Plásticos.............................................................95
Quadro 6: Processos de reciclagem química.................................................. 98
Quadro 7: Processo da reciclagem mecânica.................................................99
Quadro 8: Economia feita com reciclagem......................................................102
Quadro 9: Papel reciclável e não reciclável.....................................................103
Quadro 10: Vidros que podem ou não serem reciclados.................................108
Quadro 11: Comparativo destinação final acumulada de janeiro a junho em
todos os estados..............................................................................................113
Quadro 12: Requisitos mínimos para a construção de Unidades de
Recebimento....................................................................................................130
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
ACV; Avaliação de ciclo de vida
AMN: Associação Mercosul de Normalização
ANAC: Anuário de Transporte Aéreo
APR: Análise Preliminar de Risco
Basf: The Chemical Company
BRACELPA: Associação brasileira de celulose e papel
CAMDA: Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina
CEMPRE: Compromisso Empresarial para Reciclagem
CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente
COPANT: Comissão Panamericana de Normas Técnicas
COPPEAD: Instituto de Pós Graduação Pesquisa Administração Universidade
Federal do Rio de Janeiro
CVM: Comissão de Valores Mobiliários
DFS: Distrito Florestal Sustentável
DNER: Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DQS: Deutsche Gesellschaft zur Zertifizierung von Managementsystemen
DS: Desenvolvimento Sustentável
EIA: Estudo do Impacto Ambiental
EPA: Environmental Protection Agency
EVA: Poliacetato de Etileno Vinil
FAQ: Perguntas frequentes
IAMA: Instituto de Assistência ao Menor de Adamantina
IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBS: Instituto Brasileiro de Siderurgia
ICZ: Instituto de Metais Não Ferrosos
INCRA: Instituto Nacional Colonização e Reforma Agrária
INPEV: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
IPCC/ONU: Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
ISO: International Organization for Standardization
LA: Licenciamento Ambiental
LME: London Metal Exchange
MNCR: Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis
Ocesp: Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo
OS: Poliestireno
PA: Náilon
PE: Polietileno
PEAD: Polietileno de Alta Densidade
PEBD: Polietileno de Baixa Densidade
PEPS: Primeiro que entra primeiro que sai
PET: Politereftalato de etileno
PIB: Produto Interno Bruto
Plastivida: Instituto Socio Ambiental dos Plasticos
PMMA: Acrílico
PND: Plano Nacional de Desenvolvimento
POM: Poliacetal
PP: Poliproprileno
PU: Poliuretanos
PVC: Policloreto de Vinila
RIMA: Relatório de Impacto Ambiental
SEAQUA: Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental,
Proteção, Controle e Uso Adequado dos Recursos Naturais
SEMA: Secretario de Estado do Meio Ambiente
SGA: Sistema de Gestão Ambiental
SMA: Secretaria do Meio Ambiente
SNUC: Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 17
CAPÍTULO I - COOPERATIVA CAMDA.................................................... 19
1 HISTÓRICO............................................................................... 19
1.1 Visão.......................................................................................... 20
1.2 Missão....................................................................................... 20
1.3 Valor .......................................................................................... 20
1.4 Sede e Filiais............................................................................. 20
1.5 Estrutura Funcional.................................................................... 21
1.5.1 Fabrica....................................................................................... 23
1.6 Planejamento e projeções ......................................................... 23
1.7 Projetos...................................................................................... 24
1.7.1 Programa Lave e Devolva.......................................................... 24
1.7.2 Programa Adamantina Recicla................................................... 25
1.7.3 Projeto Dia Nacional do Campo Limpo...................................... 27
1.7.4 Programa Agricultor nota 10...................................................... 27
1.7.5 Programa escola no campo....................................................... 29
1.7.6 Projeto Horta Familiar................................................................ 29
1.7.7 Jogo de futebol beneficente....................................................... 30
1.7.8. Programa segurança e saúde no campo com ênfase no uso
de equipamentos de proteção individual....................................
31
1.7.8.1 Dupont na escola....................................................................... 31
1.7.8.2 Dupont na Universidade............................................................. 32
1.7.9 Mosaico Teatral.......................................................................... 32
1.7.10 Reflorestar/ Mata Viva................................................................ 33
1.7.10.1 Reciclando Óleo de Cozinha – Rotary (apoio Camda)............. 33
1.8 Importância dos projetos sociais e sócios ambientais............... 34
CAPÍTULO II - LOGÍSTICA E SUSTENTABILIDADE................................ 36
2 CONCEITO DE LOGÍSTICA...................................................... 36
2.1 História da Logística................................................................... 36
2.2 Missão da logística..................................................................... 38
2.3 Objetivo da logística................................................................... 39
2.4 Benefícios da logística............................................................... 39
2.5 Funções da logística.................................................................. 40
2.5.1 Processamento de pedidos ....................................................... 41
2.5.2 Armazenagem............................................................................ 41
2.5.3 Manuseio de materiais.............................................................. 42
2.5.4 Gerenciamento de estoques...................................................... 43
2.5.5 Transporte................................................................................. 43
2.5.5.1 Transporte aéreo..................................................................................... 44
2.5.5.2 Transporte rodoviário............................................................................. 45
2.5.5.3 Transporte ferroviário............................................................................. 46
2.5.5.4 Transporte hidroviário............................................................................. 46
2.5.6 Sistemas de informação....................................................................... 47
2.5.7 Canais de distribuição............................................................................ 47
2.5.8 Conceito para estrutura de um canal de distribuição................. 48
2.5.9 Logística de distribuição como ferramenta estratégica.............. 48
2.5.10 Terceirização............................................................................................ 49
2.5.11 Logística globalizada............................................................................... 49
2.5.12 O gerenciamento da logística............................................................... 50
2.5.13 Dificuldades no processo logístico............................................. 50
2.5.14 Custos logísticos....................................................................................... 51
2.6 Logística Verde......................................................................................... 52
2.6.1 Aplicação Logística Verde..................................................................... 53
2.6.1.1 Mecanismos Legais................................................................................. 53
2.6.1.2 Mecanismo de coordenação................................................................. 54
2.6.1.2.1 Politica Desenvolviento Sustentavel.......................................... 55
2.6.1.2.2 Politica de Gestão Ambiental................................................................ 55
2.6.1.2.3 Certificação sócio ambiental...................................................... 56
2.6.1.3 Mecanismos Instrumentais......................................................... 56
2.6.2 Ferramenta de análise, avaliação e remediação....................... 56
2.6.2.1 Contabilidade ambiental............................................................ 57
2.6.2.2 Consultoria Ambiental................................................................ 58
2.6.2.3 Auditoria Ambiental.................................................................... 58
2.6.2.4 Avaliação Ambiental do Ciclo de Vida de Produto..................... 58
2.6.2.5 Análise Preliminar de Risco....................................................... 59
2.6.2.6 Avaliação de Riscos Toxicológico.............................................. 59
2.6.2.7 Plano de Remediação................................................................ 60
2.6.2.8 Plano de Recuperação Ambiental.............................................. 60
2.6.3 Responsabilidade Socio Ambiental............................................ 60
2.7 Logística Reversa....................................................................... 61
2.7.1 O Processo de Logística Reversa.............................................. 62
2.7.2 Importância da Logística Reversa............................................. 63
2.7.3 Benefícios Ambientais e Econômicos........................................ 64
2.8 Diferença entre logística reversa e logística verde.................... 65
2.9 Sustentabilidade........................................................................ 66
2.10 Sustentabilidade Ambiental........................................................ 66
CAPÍTULO III - GESTÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM......................... 69
3 CONCEITO DE GESTÃO AMBIENTAL................................... 69
3.1 Evolução da Gestão Ambiental no Brasil.................................. 70
3.2 Vantagem da Gestão Ambiental................................................ 73
3.3 Impacto Ambiental..................................................................... 76
3.4 Política Ambiental...................................................................... 77
3.5 Normas e Regulamentações..................................................... 78
3.6 ISO 14 000................................................................................. 82
3.6.1 Subcomitê 1: Sistemas de gestão ambiental............................. 83
3.6.1.1 Estrutura da norma ISO 14001.................................................. 83
3.6.1.2 Objetivo da norma ISO 14001.................................................. 84
3.6.2 Subcomitê 2: Auditorias na área de meio ambiente.................. 84
3.6.3 Subcomitê 3: Rotulagem ambiental........................................... 85
3.6.4 Subcomitê 4: Avaliação da performance ambiental.................. 85
3.6.5 Subcomitê 5: Análise durante a existência................................ 86
3.6.6 Subcomitê 6: Definições e conceitos......................................... 87
3.6.7 Integração de aspectos ambientais no projeto e
desenvolvimento de produtos....................................................
87
3.6.8 Subcomitê 8: Comunicação Ambiental...................................... 88
3.6.9 Subcomitê 9: Mudanças climáticas........................................... 88
3.7 Benefícios e Resultados ........................................................... 89
3.8 História da Reciclagem.............................................................. 89
3.8.1 Simbolo da Reciclagem............................................................. 90
3.8.2 Etapas da Reciclagem.............................................................. 93
3.8.3 Plástico...................................................................................... 95
3.8.3.1 Tipos de Reciclagem................................................................. 97
3.8.3.1.1 Reciclagem Química.................................................................. 97
3.8.3.1.2 Reciclagem Mecânica................................................................ 98
3.8.3.1.3 Reciclagem Energética.............................................................. 100
3.8.2 Papel.......................................................................................... 101
3.8.3 Metal.......................................................................................... 104
3.8.3.1 Pilhas e Baterias........................................................................ 106
3.8.4 Vidro.......................................................................................... 107
3.8.5 Orgânico.................................................................................... 108
3.9 Legislação ................................................................................. 109
3.10 Estatística da Reciclagem......................................................... 111
3.10.1 Plástico...................................................................................... 111
3.10.1.1 PET............................................................................................ 112
3.10.1.2 Embalagens agrotóxicos........................................................... 113
3.10.2 Madeira...................................................................................... 114
3.10.3 Papel.......................................................................................... 114
3.10.4 Metal.......................................................................................... 115
3.10.4.1 Aço............................................................................................. 115
3.10.4.2 Cobre......................................................................................... 116
3.10.4.3 Alumínio..................................................................................... 117
3.10.4.4 Chumbo..................................................................................... 117
3.10.4.5 Pilhas e Baterias.................................................................... 118
3.10.4.6 Têxtil.......................................................................................... 118
3.10.4.7 Vidro.......................................................................................... 118
3.10.4.8 Sucata eletrônica....................................................................... 119
CAPÍTULO IV - APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA VERDE EM EMPRESA
NA REGIÃO DE LINS.................................................................................
120
4 INTRODUÇÂO........................................................................... 120
4.1 Prefeitura Municipal de Lins....................................................... 120
4.4.1 Município Verde Azul................................................................. 120
4.1.2 Programa Município de Incentivo ao Transporte Alternativo..... 121
4.1.3 COMPOR – De olho no Óleo..................................................... 122
4.1.4 Arborização Urbana................................................................... 122
4.1.5 Bosques Urbanos....................................................................... 123
4.1.6 Educação Ambiental.................................................................. 123
4.1.7 Coleta Seletiva........................................................................... 124
4.1.8 Papa Pilhas................................................................................ 124
4.2 Sacolas Retornáveis.................................................................. 125
4.3 Troca de Óleo Amigão............................................................... 125
CAPÍTULO V - APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA E LOGÍSTICA
VERDE NA COOPERATIVA CAMDA........................................................
127
5 INTRODUÇÃO........................................................................... 127
5.1 Métodos e Técnicas................................................................... 128
5.2 Aplicação da Logística na Cooperativa Camda......................... 129
5.2.1 Logística Reversa...................................................................... 129
5.2.2 Logística Verde.......................................................................... 132
5.3 Parecer final .............................................................................. 133
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO............................................................... 135
CONCLUSÃO............................................................................................. 136
REFERÊNCIAS........................................................................................... 137
APÊNDICES................................................................................................ 146
ANEXOS..................................................................................................... 156
17
INTRODUÇÃO
Em um ambiente de globalização, competitividade e preocupação tão
intensa com a preservação do meio ambiente, as empresas precisam buscar
ferramentas que as façam destacar-se no mercado e que envolva todos os
requisitos.
A logística, logística reversa, logística verde, sustentabilidade, gestão
ambiental e reciclagem, se unem na intenção de preservar o meio ambiente,
cada um de sua forma e com seu valor. A logística tem como objetivo facilitar o
fluxo de produtos, economizando e poluindo menos, a logística verde se
preocupa em minimizar a utilização de recursos naturais, a logística reversa
idealiza uma maneira de reaver o material distribuído; as logísticas fazem parte
da reciclagem, pois sua intenção é reaproveitar, economizar e reduzir recursos
humanos; a sustentabilidade provê o melhor para as pessoas e para o
ambiente tanto agora como para um futuro indefinido e a pratica da gestão
ambiental deve visar o uso de ações que garantem a conservação e
preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias primas e a redução
do impacto ambiental. Todas as ferramentas em um ponto se unem.
Existe quem confunda logística reversa com logística verde, mas a
logística reversa trata do retorno de materiais ao centro produtivo, e está ligada
com a logística verde quando o retorno de materiais ao centro produtivo traz
algum ganho ambiental.
A logística verde ou Ecologistica utiliza a logística reversa como ferramenta operacional, no sentido de minimizar o impacto ambiental, não só dos residuos na esfera da produção e do pós consumo, mas de todos os impactos ao longo do ciclo de vida dos produtos, já que a logística reversa viabiliza a devolução para a produção, materiais que serão reaproveitados. (DONATO, 2008 )
O tema central desse trabalho é apresentar a logística verde mostrando
sua importância, e mostrar outros meios de minimizar a utilização de recursos
naturais, abordando ferramentas que colaboram com essa idéia.
18
Para reforçar foi feita uma pesquisa de campo, realizada na Cooperativa
Agrícola Mista de Adamantina - Camda, que atua na área de vendas de
insumos, mudas, sementes, agrotóxicos entre outros, que necessita por vender
materiais nocivos ao meio ambiente seguir a legislação e pensar na
preservação do meio ambiente. Foi realizada a pesquisa no período de
fevereiro a outubro de 2009, sobre a pergunta problema:
A logística reversa utilizada pela Camda aliada à implantação de uma
logística verde, são ferramentas que amenizam impactos ambientais?
Como hipótese acredita-se que a pratica correta da logística reversa é
de profunda importância para a reparação do meio ambiente, assim
minimizando os impactos ambientais; pode-se aliar com uma nova ferramenta
à logística verde na qual contribui com a função de prevenir possíveis impactos
ambientais que podem ocorrer com o processo de logística.
Os métodos e técnicas utilizados na pesquisa estão descritos no capítulo
IV.
O trabalho está assim estruturado:
O capítulo I apresenta a cooperativa em que foi realizada a pesquisa,
incluindo seu histórico, área de atuação entre outro.
O capítulo II descreve logística, logística reversa, logística verde e
sustentabilidade.
O capítulo III descreve gestão ambiental e reciclagem, o modo de
realização e vantagens.
O capitulo IV apresenta empresas que obtiveram sucesso, investindo em
ferramentas que se preocupam com o meio ambiente.
O capitulo V apresenta a analise do comportamento da cooperativa em
relação ao meio ambiente
O trabalho finaliza com a apresentação da proposta de intervenção e
conclusão.
19
CAPITULO I
COOPERATIVA CAMDA
1 HISTÓRICO
A Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina – Camda – foi constituída
em 4 de abril de 1965, formada na época por apenas 23 associados, com um
capital inicial no valor de Cr$ 22 mil, com o intuito de formar um elo entre eles.
O elo pretendido tinha o objetivo de fortalecer a comercialização da
produção, aquisição de insumos, mudas, sementes e outros produtos
necessários para o plantio e a colheita. Outro objetivo desta união foi fundar
uma representação firme e coesa junto aos órgãos governamentais da época,
sendo que a mais importante tarefa foi ser uma espécie de indicador da rota a
seguir, o divulgador da mais moderna tecnologia e criador de processos para o
manuseio da terra.
Assim surgiu e, sob esses princípios, trabalha até os dias atuais, a
Camda - Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina.
Fonte: Camda, 2009 Figura 1: Primeira sede Camda
20
1.1 Visão
A Cooperativa Camda visa, crescer e se desenvolver em bases
econômicas sólidas, sendo referência na prática da administração moderna,
com foco no cooperado e nos resultados; ser profissionalizada e caracterizada
pelo estilo participativo de gestão, alicerçada nas parcerias com marcas fortes
e nos conceitos de qualidade e confiabilidade; ser reconhecida no setor pela
prática de uma política de recursos humanos que proporciona desafios e
oportunidades de crescimento pessoal e profissional aos seus colaboradores;
cultivar uma identidade de missão, visão e valores, cuja prática seja claramente
reconhecida pelos cooperados, fornecedores e colaboradores e ser
comprometida com a preservação do meio ambiente.
1.2 Missão
A cooperativa Camda possui a missão de atender às expectativas dos
cooperados através de orientação técnica qualificada e insumos de
reconhecida qualidade, para que sua atividade agrícola ou pecuária alcance
maior produtividade e melhores resultados e exercer uma atividade técnico-
educacional formativa, desenvolvendo e preparando cooperados como
cidadãos conscientes e participativos para o aprimoramento contínuo de sua
atividade, da comunidade e da cooperativa.
1.3 Valor
Há 44 anos a Cooperativa Camda trabalha com uma ferramenta
importante para o crescimento, o valor profissional. Pode-se descrever como
valor profissional: ética, honestidade de princípios e propósitos, confiança e
21
respeito mútuo, pioneirismo e ousadia, integridade, perseverança,
transparência e comprometimento.
1.4 Sede e Filiais
A sede da Cooperativa Camda, fica situada na cidade de Adamantina.
Fonte: Camda, 2009
Figura 2: Sede Adamantina
Espalhados pelos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais e Paraná, pode-se encontrar 27 filiais, distribuídas conforme quadro a
baixo.
(continua)
São Paulo Mato Grosso do Sul Minas Gerais Paraná
Adamantina Aquidauana Coromandel Londrina
Andradina Bataguassu
Araçatuba Campo Grande
Assis Coxim
22
(conclusão)
Dracena Dourados
Jaú Nova Andradina
Junqueirópolis Paranaíba
Lençóis Paulista Ribas do Rio Pardo
Lins Três Lagoas
Ourinhos
Macatuba
Pacaembu
Penápolis
Presidente
Prudente
Santa Fé do Sul
São José do Rio
Preto
Fonte: Camda,2009 Quadro 1 – Filiais Camda
Fonte: Camda, 2009 Figura 3: Filial Lins
23
1.5 Estrutura Funcional
A Cooperativa Camda possui para seu desenvolvimento; um campo
experimental situado em Adamantina /SP; uma fábrica de ração e suplemento
mineral localizada em Andradina /SP; dois silos situados em Andradina /SP e
Lavinia /SP e vinte postos de recebimento de embalagem de agrotóxico.
Fonte: Camda, 2009 Figura 4: Silo Andradina
1.5.1 Fábrica
A cooperativa possui uma linha própria de produtos chamada
MINERCAMDA, que sempre garante a qualidade e a confiança dos pecuaristas
associados da Camda. Em 2007, as fábricas de suplemento mineral, ração e
mudas nas cidades de Adamantina e Andradina trabalharam em dois turnos
para atender a demanda crescente, o que significa que a Camda sempre busca
inovações.
24
Fonte: Camda, 2009 Figura 5: Fabrica de ração e suplemento mineral.
1.6 Planejamento e projeções
A cooperativa a cada ano vem crescendo e se fortalecendo no mercado
e com isso a perspectiva de crescimento para o ano de 2009 da Camda são:
a) aquisição de silo para milho em Adamantina;
b) instalação da fábrica de ração anexa ao silo adquirido;
c) construção de prédio para filial de Presidente Prudente;
d) instalação de laboratório de analise de solo;
e) abertura de novas unidades em SP/MS/PR;
f) ampliar a assistência técnica ao cooperado;
g) elevar o índice de cooperados atuantes.
1.7 Projetos
25
Com atenção voltada à qualidade de vida de nossos funcionários e
cooperados, a Camda fomenta uma política contínua de investimento em seus
colaboradores, com planos de benefícios, programas de treinamento e
qualificação profissional, de educação, saúde e promoção do bem-estar. Aos
cooperados destinam-se diversas palestras, dias de campo, cursos e
treinamentos sobre novas tecnologias, programas de incentivo as boas práticas
agrícolas e segurança no campo e outras campanhas na matriz e filiais. Para
os filhos dos cooperados tem o programa juventude Cooperativista com cursos
de formação de jovens lideranças.
Em paralelo, desenvolvem-se projetos voltados não só ao público
interno, mas à comunidade como um todo e, dentre eles, destacam-se ações
de educação (social e cultural) e preservação ambiental realizadas muitas
vezes com parcerias de fornecedores, prefeituras e instituições como os
citados abaixo:
a) Lave e devolva
b) Adamantina recicla
c) Dia nacional do campo limpo
d) Agricultor nota 10
e) Escola no campo
f) Projeto horta familiar
g) Jogo de futebol beneficente
h) Programa segurança e saúde no campo com ênfase no uso de
equipamentos de proteção individual
i) Reciclando Óleo de Cozinha – Rotary (apoio Camda)
Outros projetos começaram a serem implantados no ano de 2008 como
Mata Viva, Dupont na Universidade, Dupont nas escolas e Mosaico Teatral,
Reflorestar/ Mata Viva.
1.7.1 Programa Lave e Devolva
A Camda, a partir da Lei nº 9.974 de junho de 2000, desenvolveu o
programa com finalidade de receber as embalagens distribuídas por ela, e
26
fornecer as instruções necessárias para a tríplice lavagem que é necessária
antes da devolução da embalagem.
A cooperativa ao vender o produto deve indicar na nota fiscal o endereço
para a devolução das embalagens e conscientizar o produtor quanto a
devolução; o agricultor, após fazer a tríplice lavagem deve inutilizar as
embalagens armazenando - as temporariamente em local apropriado na
propriedade até entregar na unidade de recebimento; já a industria recolhe as
embalagens vazias devolvidas nas unidades de recebimento e dá a correta
destinação final – reciclagem ou incineração.
Para receber as embalagens a Cooperativa Camda disponibiliza 20
postos de recebimento distribuídos conforme tabela abaixo.
SÃO PAULO MATO GROSSO DO
SUL
Adamantina Campo Grande
Assis Dourados
Bilac Navirai
Jales São Gabriel do Oeste
Jaú
Paraguaçu Paulista MATO GROSSO
Penapolis Campo Novo do Parecis
Santa Cruz do Rio
Pardo Tangara da Serra
São José do Rio Preto
Tres Lagoas PARANÁ
Votuporanga Cambe
MINAS GERAIS
Iturama
Monte Carmelo
Fonte: Camda, 2009. Quadro 2 – Posto de Recebimento
As embalagens recolhidas nos postos da Camda, são transportadas até
a Central de Recebimento, onde é separada por tipo de material e cor e
prensadas antes do envio para as empresas recicladoras.
27
Fonte: Camda, 2009. Figura 6: Posto de recebimento de embalagem vazia de Penapolis
1.7.2 Programa Adamantina Recicla
Este programa foi implantado na filial de Adamantina e funciona como
uma coleta seletiva com intuito de reciclar todo lixo, através de uma parceria
com a prefeitura do município e que também tem apoio da Basf. Este projeto foi
inscrito no V Diálogo de Interbacias de Educação Ambiental em Recursos
Hídricos na cidade de Avaré-SP, e ganhou como premiação troféu “ Pratica
Significativa “ como um dos 10 melhores trabalhos que tiveram como objetivo
favorecer e consolidar um processo permanente de integração de programas,
projetos e ações educativas, realizadas por diferentes autores sociais.
1.7.3 Projeto Dia Nacional do Campo Limpo
Em 2005 foi instituído pela Impev o projeto dia nacional do campo limpo,
como forma de mobilizar todos os envolvidos no programa de destinação final
28
de embalagens vazias de agrotóxicos (agricultores, distribuidores,
cooperativas, industria fabricante e poder publico).
A Camda recebeu um certificado de reconhecimento ao compromisso
com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da
agricultura brasileira, demonstrados por meio de participação ativa no sistema
de destinação final de embalagens vazias de defensivos agrícolas, durante o
ano de 2007.
Fonte: Camda, 2009.
Figura 7: Entrega do certificado.
O consumidor não procura simplesmente um produto, mas o beneficio
que ele é capaz de lhe proporcionar. Na tarefa de atender este principio a
cooperativa deve criar produtos de valor e qualidade; criar e manter clientes
satisfeitos; construir e manter relações significativas com a sociedade; usar os
recursos produtivamente; praticar princípios de conduta aceitos e obter um
lucro que seja razoável. Assim, os atributos do produto ofertado pela
cooperativa e a imagem que ela revela ao consumidor são o que a diferencia
da concorrente e define o seu posicionamento no mercado. Significa que o
posicionamento da cooperativa está intimamente ligado à mensagem que ela
deseja passar e á imagem que ela pretende formar na mente do consumidor.
Portanto, para que os produtos de uma cooperativa possam ser identificados e
requeridos devido aos seus atributos, ela deve posicionar-se de forma a ser
29
claramente percebida pelo consumidor. E é nesse sentido que a cooperativa
Camda caminha para cada vez mais obter sucesso e êxito em suas atividades.
As cooperativas de um modo geral e o governo federal trabalham para
que os frutos do progresso e do desenvolvimento seja uma realidade para
milhões de pessoas em todo País.
Com o quadro da economia brasileira estabilizado, o setor agropecuário,
como um todo, parte para uma luta mais intensa pela implantação de uma
política agrícola mais consistente e de longo prazo, que dê condições de
planejamento e onde as coisas aconteçam e não fiquem apenas no papel.
Embora esta seja uma reivindicação dos vários segmentos que
compõem a atividade, a diretriz é particularmente pleiteada pelo cooperativismo
que, nesses tempos de globalização, precisa de uma base sólida para atuar
com eficiência diante das exigências impostas pela competitividade. O
superintendente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo
(Ocesp) sugere que as cooperativas enfrentem a globalização procurando
alianças estratégicas, mas sempre buscando manter a autonomia e os
princípios, sobretudo o poder de decisão, além da presença dentro da cadeia
inclusive agroindústria.
1.7.4 Programa Agricultor nota 10
A cooperativa Camda, sempre atenta aos problemas ambientais, aderiu
a este projeto que possui o intuito de conscientizar e premiar agricultores que
se preocupam com o meio ambiente, principalmente na devolução de
embalagens de agrotóxicos nos postos autorizados. Em 2007, três cooperados
da Camda foram destaques na premiação.
1.7.5 Programa escola no campo
30
O projeto Escola no Campo tem por objetivo educar as crianças do
ensino fundamental e preservar o meio ambiente, através de apostilas,
dinâmicas, jogos, aulas práticas e visitas. Este é o quarto ano consecutivo que
a Camda, em parceria com a Syngenta Proteção e Cultivos, realiza estes
projetos nas escolas de suas filiais em Adamantina, Dracena e Pacaembu,
totalizando 600 alunos por ano, que também concorrem a uma premiação
participando de um concurso de frases e desenhos referentes ao tema meio
ambiente.
Fonte: Camda, 2009.
Figura 8: Propaganda projeto escola no campo
1.7.6 Projeto Horta Familiar
Através de um projeto desenvolvido pela IAMA (Instituto de Assistência
ao Menor de Adamantina), mais de noventa famílias desenvolvem hortas em
espaços ociosos das residências, buscando uma alternativa para suprir a
deficiência alimentar e nutricional. A Camda apóia este projeto através da
doação de sementes e visitas técnicas.
1.7.7 Jogo de futebol beneficente
A Camda realiza jogos de futebol beneficentes entre funcionários como
intuito de arrecadar brinquedos para doação a entidades carentes. Cada
integrante do time e outros convidados que participam do evento levam um
31
brinquedo; em 2007 o jogo realizado em Adamantina arrecadou noventa itens
que beneficiaram o projeto SOS Bombeiros.
1.7.8 Programa segurança e saúde no campo com ênfase no uso de
equipamentos de proteção individual
Fonte: Camda, 2009. Figura 9: Programa segurança e saúde no campo
1.7.8.1 Dupont na escola
A divisão de agricultura e nutrição da Dupont do Brasil (Multinacional na
área de defensivos agrícolas) lançou durante o mês de 2006, em parceria com
sua rede de distribuidores, o programa Dupont na Escola. Ele foi implementado
na região de Adamantina, na cidade de Mariapolis, na Escola Municipal de
32
Ensino Fundamental Nelson Magnani, visando conscientizar alunos da 3ª e 4ª
series, incentivando-os a serem multiplicadores de conhecimentos de praticas
agrícolas perante seus familiares e a comunidade onde vivem para que
promovam o crescimento sustentável da atividade agrícola na região. Sendo a
maioria filhos de produtores rurais, este projeto desenvolve a cidadania e
mentalidade de preservação do meio ambiente nos futuros agricultores e
contribui para o aprendizado de segurança e saúde no trabalhador rural.
Fonte: Camda, 2009. Figura 10: Crianças na aula da Dupont na escola
1.7.8.2 Dupont na Universidade
Este projeto tem como objetivo levar ao meio acadêmico o conceito de
segurança no uso de defensivos agrícolas conscientizando através de aulas
teóricas e práticas para as boas práticas agrícolas, promovendo crescimento
sustentável e desenvolvendo a cidadania.
1.7.9 Mosaico Teatral
33
Este projeto visa proporcionar entretenimento e cultura aos cooperados
e população em geral, trazendo para o município peças teatrais renomadas
gratuitamente.
Fonte: Camda, 2009. Figura 11: Mosaico Teatral
1.7.10 Reflorestar/ Mata Viva
O objetivo deste projeto é diagnosticar e implementar a readequação
ambiental, disponibilidade metodológicas de viabilidade econômica permitindo
uma mudança cultural dos cooperados e comunidade dentro do conceito de
preservação e recuperação da qualidade ambiental, sinônimo obrigatório de
sustentabilidade da agricultura, e dos negócios a médio e longo prazo.
1.7.10.1 Reciclando Óleo de Cozinha – Rotary (apoio Camda)
Focando na preservação ambiental a Camda apóia um projeto
desenvolvido pelo Rotary de Adamantina chamado “Reciclando o óleo de
34
cozinha”, que busca a conscientização da população com relação à reciclagem
do material utilizado na culinária. O projeto viabiliza por parceria firmada entre o
Rotary e a empresa Granol, conta com o apoio fundamental da Camda e das
Secretarias de Obras e Meio Ambiente da Prefeitura de Adamantina. A parceria
propõe conscientizar os funcionários e cooperados sobre o armazenamento do
material utilizado em garrafas do tipo pet, ao invés de jogar no ralo. O material
recolhido é destinado a produção de biodiesel. Além do recolhimento e
reciclagem do material, o projeto também atua socialmente, por meio da
distribuição de óleo de cozinha às entidades assistenciais de Adamantina. Ao
final de 2008, foram contabilizados mais 1.000 latas de óleo de soja de 900ml.
A Camda possui a intenção de ampliar a iniciativa para outras cidades da
região, ressaltando o trabalho de conscientização ambiental, com ações
também voltadas para redução do numero de sacolas plásticas utilizadas pelos
cidadãos.
1.8 Importância dos projetos sociais e sócios ambientais
Os projetos são fundamentais para o real desenvolvimento da
cooperativa; a responsabilidade social e o compromisso ambiental estão
inseridos nos conceitos estruturais da Camda, auxiliando no desenvolvimento
sólido, consciente e responsável diante da comunidade.
Cada projeto é desenvolvido de acordo com a necessidade, ou em
parceria com empresas multinacionais.
Os projetos desenvolvidos pela cooperativa conscientizam, o agricultor
sobre o reflorestamento, a utilização de equipamentos de proteção individual e
a devolução de embalagens de produtos agrotóxicos, entre outros. Por outro
lado, aqueles que envolvem parcerias de multinacionais estão geralmente
ligados à educação, como projeto Escola no Campo,que conta com o apoio de
empresas como Syngenta, uma das lideres mundiais na área de agribusiness
comprometida com a agricultura sustentável, por meio de inovação em
pesquisas e tecnologia. A Basf, a empresa química líder mundial, também
participa dos projetos sócio-ambientais.
35
Atualmente a Camda desenvolve projetos sociais, com objetivo de
renovar os atos cooperativistas junto ao publico jovem, onde crianças e
adolescentes podem conhecer as praticas de ajuda mútua e companheirismo.
Desta forma a cooperativa torna-se presente na sociedade e se destaca.
36
CAPITULO II
LOGÍSTICA E SUSTENTABILIDADE
2 CONCEITO DE LOGÍSTICA
Segundo Hara (2005), a logística trata de todas as atividades de
movimentação e armazenagem, que tem como objetivo facilitar o fluxo de
produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até a finalização do
produto, assim como os fluxos de informação que colocam os produtos em
movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos
clientes a um custo razoável.
Uma visão antiga da logística era apenas em transporte e na distribuição
física, mas a nova conceituação de logística diz que a logística é o processo de
planejamento, implementação e controle da eficiência, e do custo efetivo
relacionado ao fluxo de armazenagem de matéria-prima, material em processo
e produto acabado, bem como o fluxo de informações, do ponto de origem, ao
ponto de consumo com o objetivo de atender às exigências do cliente.
Logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente e eficaz do fluxo e armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender às necessidades do cliente. (BOWERSOX; CLOSS 2001, p.20).
2.1 História da Logística
Segundo Souza, a logística originou-se no século XVIII, no reinado de
Luiz XIV, onde existia o posto de Marechal – General de Lógis – responsável
pelo suprimento e pelo transporte do material bélico nas batalhas. (apud DIAS,
2005)
37
O sistema logístico foi desenvolvido com intuito de abastecer, transportar
e alojar tropas. Desde os tempos bíblicos, os líderes militares já se utilizavam
da logística. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram
necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos, propiciando que
os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa. Este sistema
operacional permitia que as campanhas militares fossem realizadas, e
contribua para a vitória das tropas nos combates.
A partir do momento em que os militares começaram a perceber o poder
estratégico que o sistema logístico possuía, deu-se mais atenção ao serviço de
apoio que as equipes prestavam no sentido de deslocamento de distribuição de
equipamentos, armazenagem, suprimentos e socorro médico nas batalhas.
Consequentemente, despertou-se o interesse em estudos nesta área que foi
evoluindo após os resultados observados na Segunda Guerra Mundial em
relação ao sistema logístico utilizado pelos militares. Existem algumas versões
para a origem da palavra logística: alguns autores afirma que ela é vem do
francês Logistique e tem como uma de suas definições a parte da arte da
guerra que trata do planejamento e da realização de : projeto e
desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição,
reparação, manutenção e evacuação de material para fins operativos ou
administrativos . Logística também pode ser definida como a satisfação do
cliente ao menor custo total (FERREIRA, 1986). Pode-se dizer então que os
termos logística e Cadeia de suprimentos tem o mesmo significado, já que
ambos têm a finalidade de satisfazer o cliente com menor custo possível.
Outros historiadores defendem que a palavra logística vem do antigo grego
logos, razão que significa a arte de calcular, pensar e analisar detalhes de uma
operação. (OLIVEIRA, 2006).
Os professores John L. Kent. Jr.; Daniel J. Flint, estudaram a evolução
do pensamento de logística em cinco eras principais. (apud FIGUEIREDO;
ARKADER, 2007),
A primeira era, denominada do campo ao mercado, teve seu inicio
situado na virada para o Século XX, sendo a economia agrária sua principal
influência teórica. A principal preocupação, no caso, era com questões de
transporte para escoamento da produção agrícola.
38
Rotulada de funções segmentadas, a segunda era, apesar dessa
evolução, até a década de 40 havia poucos estudos e publicações sobre o
tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com
a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito logística empresarial,
motivado por uma nova atitude do consumidor.
A terceira era, denominada de funções integradas, vai do inicio da
década de 70. Como seu nome indica, trata-se do começo de uma visão
integrada nas questões logísticas, explorando-se aspectos como custo total e
abordagem de sistemas. Pela primeira vez, o foco deixa de recair na
distribuição física para englobar um aspecto mais amplo de funções, sob a
influencia da economia industrial. É interessante observar que é neste período
que se presencia o aparecimento, tanto no ensino quanto na prática da
logística, de um gerenciamento consolidado das atividades de transportes de
suprimentos e distribuição, armazenagem, controle de estoques e manuseio de
materiais.
A era seguinte, após os anos 80, a logística passa a ter realmente um
desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela
globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de
computadores na administração. Nesse novo contexto da economia
globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro
de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de
operações para moldes mundiais de operação.
A quinta era, que vai de meados da década de 80 até o presente, tem
ênfase estrategicamente, como indica o rótulo que lhe foi atribuído: a logística
como elemento diferenciador.
2.2 Missão da logística
De acordo com Bowersox e Closs (2001), a logística existe para atender
às necessidades dos clientes, de modo a facilitar as operações relevantes de
produção e marketing. O desafio é equiparar as expectativas de serviços e os
gastos de modo a alcançar os objetivos do negocio.
39
É possível atingir qualquer nível de serviço logístico se a empresa
estiver disposta a alocar os recursos necessários. O serviço logístico
representa um equilíbrio entre prioridade de serviço e custo. Quanto mais
significativo for o impacto da falha do serviço sobre o cliente, maior será a
prioridade dada ao desempenho logístico.
A medição do desempenho do serviço logístico se dá em termos de
disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade do serviço, salienta
Bowersox e Closs (2001).
2.3 Objetivo da logística
Conforme Kotler e Armatrong (2003), infelizmente, nenhum sistema de
logística pode maximinizar o atendimento ao cliente e minimizar o custo de
distribuição ao mesmo tempo.
Um processo logístico efetivo é essencial para satisfazer o cliente e
ganhar vantagem competitiva. Melhorar a qualidade do serviço que a logística
fornece, aumenta da participação do mercado e a maior margem de lucro.
Ao mesmo tempo, focalizar as reais necessidades do cliente elimina
custo de serviço não valorizado. Melhorar a produtividade do processo logístico
também reduz custo. Juntas, essas ações ajudam a tornar os produtos e
serviços mais atraentes ao mercado.
2.4 Benefícios da logística
Ao ser corretamente entendida e aplicada, a logística permite
desenvolver estratégias para a redução de custos e o aumento de nível de
serviço ofertado ao cliente. Com essas duas condições, isoladamente ou em
conjunto, possibilitam o estabelecimento de diferenciais competitivos,
justificando-se que este caminho escolhido por um numero crescente de
empresas para buscar vantagens sobre a concorrência.
40
Segundo Guimarães e Jardim (2005), a utilização da logística pode
permitir a uma empresa :
a) penetrar rapidamente em novos mercados;
b) dividir custos e riscos;
c) ter acesso a soluções inovadoras, com a utilização de tecnologia
da informação, através de hardware e software, para o gerenciamento e
controle de centros de distribuição.
E melhorias esperadas como:
a) melhoria do nível de serviço ao cliente (pontualidade na entrega,
rastreabilidade de carga, redução do tempo de ciclo);
b) da qualidade dos serviços, que pode resultar em maior disponibilidade
de estoques, menores tempos de ciclo, e maior pontualidade nas
entregas;
c) da malha logística (tamanho da frota, capacidade de veículos,
localização dos centros de distribuição).
Apesar do potencial de vantagens competitivos identificadas
anteriormente, o uso estratégico de operadores logísticos não se trata de uma
solução de igual beneficio para todas as empresas e não esta livre de
problemas e riscos.
2.5 Funções da logística
Em uma economia cada vez mais dependente de resultados
operacionais, em que as empresas lutam para manter sua participação no
mercado, o sucesso das operações passou a ser vital. Neste cernario, a
logística é a ferramenta de maior impacto na melhoria dos resultados
operacionais, pois é com ela que as empresa podem obter grandes reduções
de custo e melhoria de performance.
De acordo com Kotler e Armstrong (2003), as funções mais importantes
da logística incluem processamento de pedidos, armazenagem, manuseio de
materiais, gerenciamento de estoques e transportes. Podem-se incluir ainda os
sistemas de informação.
41
2.5.1 Processamento de pedidos
Os pedidos podem ser processados de diversas formas - por correio,
telefone, vendedores, fax, internet e EDI. Em alguns casos até os próprios
fornecedores geram pedidos para seus clientes recebendo diariamente
relatórios com informações de vendas dos produtos. Essas informações são
recebidas e analisadas pelos fornecedores que produz um novo pedido e
reenvia ao cliente aguardando sua aprovação.
Após o recebimento da aprovação do pedido pelo cliente, outro passo
importante é o processamento com rapidez e precisão, acelerando assim o
ciclo pedido - expedição -cobrança.
2.5.2 Armazenagem
Devem decidir quantos e de que tipos de depósitos irão precisar, e onde
eles serão localizados. Quanto maior o número de depósitos, mais
rapidamente os produtos serão entregues. No entanto, se a empresa tiver
muitos depósitos em localidades diferentes, os custos de armazenagem serão
mais altos.
O armazenamento de materiais é uma atividade especializada e consiste em armazenar adequadamente os materiais para que seja possível sua rápida recuperação e a manutenção dos níveis de qualidade para que a entrega seja facilitada. (MARTINS; LAUGENI, 2006, p. 262-265)
O armazenamento de materiais é necessário para reduzir os custos de:
produção e fretes, para garantir um melhor atendimento aos clientes.
Um bom armazenamento de materiais é aconselhável para permitir o
correto funcionamento do sistema Primeiro que Entra Primeiro que Sai (PEPS).
A estocagem deve ser planejada, para não alterar as características dos
materiais e também, para manter uma visualização e identificação clara dos
42
itens estocados.
O bom armazenamento também ajuda a diminuir o espaço alocado, a
estocagem dos materiais e consequentemente os custos relacionados a ela.
Segundo Rosenbloon (2002), o componente armazenamento ou
estocagem de um sistema logístico diz respeito à guarda dos produtos até que
eles possam ser vendidos.
O armazenamento pode ser um dos mais complexos componentes de
um sistema logístico porque, ao considerar opções para armazenamento, a
empresa frequentemente enfrenta várias decisões críticas, e cada uma delas
pode ser difícil e complexa de se lidar. As mais básicas dessas decisões são: a
localização das instalações, o número de unidades de armazenamento, o
tamanho das unidades, o projeto das unidades, incluindo layout e sistemas
internos, e a questão da propriedade.
2.5.3 Manuseio de materiais
Segundo Rosenbloon (2002), o manuseio de materiais envolve todas as
atividades e equipamentos ligados à acomodação e movimentação de
produtos em área de armazenamento.
A manutenção dos estoques pode atingir de um a dois terços dos custos
logísticos, o que torna a manutenção de estoques uma atividade chave da
logística.
Selecionar o equipamento adequado para manuseio físico dos produtos,
incluindo o próprio prédio do armazém, constitui o subsistema do manuseio dos
materiais na administração da distribuição física. Um equipamento bem
apropriado para a tarefa pode minimizar prejuízos decorrentes de quebra,
danos e furto. Um equipamento eficiente pode reduzir os custos de manuseio,
bem como o tempo necessário para realizá-lo.
A conteinerização é um sistema de manuseio da carga que se tornou
uma prática padrão na distribuição física. Os carregamentos de produtos são
colocados em grandes contêineres de metal ou madeira. Os contêineres são
transportados fechados, desde o momento em que deixam as instalações do
43
expedidor, até que cheguem ao seu destino. A conteinerização minimiza o
manuseio físico, reduzindo as avarias, diminuindo o risco de furto e permitindo
um transporte mais eficiente.
2.5.4 Gerenciamento de estoques
De acordo com Kotler e Armstrong (2003), os níveis de estoque também
afetam o grau de satisfação do cliente. O principal problema é manter um
equilíbrio cuidadoso entre um estoque grande demais e pequeno demais. O
estoque grande demais resulta em custos mais altos que o necessário, e
possível obsolescência dos produtos. O estoque pequeno demais resulta em
produtos esgotados, expedições ou produções de emergência onerosas, e
insatisfação dos clientes.
Assim, nem sempre os níveis de estoque no armazém são passíveis de
otimização da forma como planejada. Muitas vezes, o depósito funciona como
um pulmão entre o processo produtivo e a comercialização/distribuição, sem
que o gerente do armazém tenha interferência nas decisões sobre produção e
vendas. Assim, se o nível de estoque de um determinado produto começar a
cair muito, o gerente do depósito acionará a fábrica para atendê-lo com
prioridade.
2.5.5 Transporte
As primeiras rodovias brasileiras datam do século XIX, mas a ampliação
da malha rodoviária ocorreu no governo Vargas, com a criação do
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e, mais
tarde, com a implantação da indústria automobilística, na segunda metade da
década de 1950.
As primeiras medidas concretas para a formação de um sistema de
transporte no Brasil só foram estabelecidas em 1934. Desde a criação da
44
primeira estrada de ferro até 1946 os esquemas viários de âmbito nacional
foram montados tendo por base as ferrovias, complementados pelas vias
fluviais e a malha rodoviária. Esses conceitos começaram a ser modificados a
partir de então, especialmente pela profunda mudança que se operou na
economia brasileira, e a ênfase passou para o setor rodoviário.
O transporte é o componente mais fundamental e obviamente necessário de qualquer sistema logístico [...], os produtos precisam ser movidos fisicamente de um local para outro para completar a transação. É o conjunto que responde pela maior porcentagem do custo total da logística. (ROSENBLOON, 2002, p. 324).
Conforme Kotler e Armstrong (2003), "ao escolher o meio de transporte
para um produto, às empresas devem levar em conta muitos aspectos:
velocidade, confiabilidade, disponibilidade e custo, entre outros".
No Brasil os principais modais de transportes são: o transporte aéreo, o
transporte rodoviário, o transporte ferroviário e o transporte hidroviário.
2.5.5.1 Transporte aéreo
A partir da II Guerra Mundial a aviação comercial assistiu a um grande
desenvolvimento, transformando o avião num dos principais meios de
transporte de passageiros e mercadorias no contexto mundial.
O transporte aéreo foi o que mais contribuiu para a redução da distância
tempo, ao percorrer rapidamente distâncias longas. Rápido, cômodo e seguro
o avião suplantou outros meios de transporte de passageiros a médias e
longas distâncias.
Implantado no Brasil em 1927, o transporte aéreo é realizado por
companhias particulares sob o controle do Ministério da Aeronáutica no que diz
respeito ao equipamento utilizado. A rede brasileira, que cresceu muito até a
década de 1980, sofreu as conseqüências da crise mundial que afetou o setor
45
nos primeiros anos da década de 1990.
O frete para o transporte de carga aérea é significativamente mais elevado que o correspondente rodoviário. Mas, em compensação, os tempos de deslocamento porta a porta podem ser bastante reduzidos, abrindo um mercado específico para essa modalidade. (ALVARENGA; NOVAES, 2000, p. 84-85)
No processo clássico, de transporte aéreo de mercadorias, são
utilizados aviões cargueiros exclusivos. Há também versões combi, ou seja,
aeronaves para transporte combinado de passageiros e de carga (parte da
cabina utilizada normalmente para acomodar passageiros se transforma em
compartimento para carga). Noutros casos, aviões de passageiro são
convertidos à noite para o transporte de correio e malotes, voltando à
configuração normal (passageiros), após o vôo noturno. No Brasil, o emprego
de aviões wide body (fuselagem larga) nos vôos domésticos, com maior
volume útil nos porões e maior capacidade em peso, tem dado certo impulso
ao desenvolvimento do transporte aéreo de carga.
2.5.5.2 Transporte rodoviário
Hoje a rede rodoviária nacional se apresenta bastante deteriorada, com
extensos trechos necessitando de recursos maciços para sua recuperação.
O modo rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, e atinge praticamente todos os pontos do território nacional. Com a implantação da indústria automobilística na década de 50, com a pavimentação das principais rodovias, o modo rodoviário se expandiu de tal forma que hoje domina amplamente o transporte de mercadorias no país. (ALVARENGA; NOVAES, 2000, p. 82)
Essa situação prejudica bastante o transporte rodoviário de mercadorias,
aumentando os tempos de viagem e encarecendo os custos operacionais.
46
Apesar de ter as rodovias, como principal forma de trânsito a nível
nacional, estas não compreendem uma rede eficaz, segura e moderna. Grande
parte das ligações interurbanas no país, mesmo em regiões de grande
demanda, ainda se dão por estradas de terra ou estradas com pavimentação
quase inexistente. Durante a época de chuvas, a maioria das estradas
enchesse de buracos, sendo comuns, ainda que em menor quantidade,
deslizamentos de terra e quedas de pontes, provocando muitas vezes
prejuízos para o transporte de cargas bem como acidentes e mortes.
2.5.5.3 Transporte ferroviário
A malha ferroviária brasileira é pequena e obsoleta. Os serviços de
passageiros praticamente acabaram, e os de carga subsistem em sua
maioria para o transporte de minérios. A única linha de passageiros que
ainda preserva serviços diários de longa distância com relativo conforto é a
ligação Belo Horizonte-Vitória. Entretanto, ainda existem algumas ferrovias
de interesse exclusivamente turístico em funcionamento, tais como Curitiba-
Paranaguá.
O transporte ferroviário tem custo baixo, porém não tem muita flexibilidade e os prazos de entrega são longos e variáveis, além de haver necessidade em alguns casos, de baldeação para troca de trem, pois há ferrovias que possuem bitola estreita, enquanto outras possuem bitola larga. Este tipo de transporte é indicado para grandes quantidades de produtos, longas distâncias e produtos não perecíveis e não frágeis. (MARTINS, LAUGENI, 2006, p. 271).
2.5.5.4 Transporte hidroviário
As hidrovias, uma alternativa sempre lembrada dadas às condições
privilegiadas da rede fluvial nacional, pouco se desenvolveram.
Segundo Martins e Laugeni (2006), os transportes fluvial e marítimo, são
47
uma alternativa barata, contudo, suas operações apresentam alguns
problemas. No transporte fluvial há a dificuldade de navegabilidade contínua
dos rios, que muitas vezes dependem de eclusas de navegação, e na falta das
eclusas há necessidade de baldeação dos produtos. Esse tipo de transporte é
indicado para longas distâncias e grandes quantidades.
2.5.6 Sistemas de informação
Segundo Laudon (1999), um sistema de informações pode ser definido
como um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para
coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações com a
finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o
processo decisório em empresas.
O avanço da tecnologia vem contribuindo imensamente para isto, à
medida que processa a informação de um modo mais rápido e confiável. O que
antes era praticamente executado com papéis, hoje se baseia principalmente
num processo integrado que combina hardware e software para medir,
controlar e gerenciar as operações das organizações. Como hardware,
computadores, dispositivos para armazenar dados, instrumentos de entrada e
saída de dados, como códigos de barra, leitores ópticos, Global Position
System (GPS), (NAZÁRIO, 1999).
2.5.7 Canais de distribuição
Segundo Cobra (1997), o canal ou via de distribuição é composto de um
número de organizações ou de indivíduos que se encarregam de levar o
produto ou serviço ao local onde o comprador potencial se encontra, em tempo
e momento convenientes a esses compradores e em condições de transferir a
posse.
Um canal de distribuição é um conjunto de
48
pessoas e empresas envolvidas na transferência da propriedade de um produto durante seu trajeto do produtor até o usuário final ou usuário empresarial. Um canal de distribuição sempre inclui tanto o produtor e o consumidor final em sua forma atual, quanto quaisquer intermediário, como varejistas e atacadistas. (ETZEL; WALKER; STANTON, 2001, p. 350)
2.5.8 Conceito para estrutura de um canal de distribuição
O canal de distribuição deve ser orientado, com estratégias e
planejamentos estruturados, para que haja um maior controle no processo de
distribuição, e maior eficiência no atendimento aos clientes.
Segundo Rosembloon (2002), as empresas necessitam de membros
fortes e responsáveis, capazes de atingir as metas e objetivos com flexibilidade
de se readaptar as mudanças e variações do mercado.
Fonte: Dias, 1993.
Figura 12: Canais de distribuição
2.5.9 Logística de distribuição como ferramenta estratégica
PRODUTOR
CONSUMIDOR
Varejista
Atacadista
Varejista
Atacadista
Representante
Varejista
49
De acordo com Martins e Laugeni (2006), no ambiente atual as
empresas utilizam-se de decisões estratégias, táticas e operacionais, visando à
busca de um diferencial competitivo em relação aos concorrentes.
Esses diferenciais, em grande parte das negociações entre cliente e
empresas, são fatores decisivos para a conquista ou manutenção de clientes.
Uma vez que no momento do fechamento dos negócios um dos pontos fortes
atualmente está na rapidez em cumprir os prazos exigidos pelo mercado
consumidor.
Ao se aplicar a logística de distribuição, como ferramenta estratégica,
deve-se analisar o gerenciamento estratégico dos fluxos de materiais e das
informações correlatas para levar, de forma eficiente e eficaz, os produtos de
uma origem ao seu destino.
2.5.10 Terceirização
Segundo Viana (2004), terceirizar uma atividade nada mais é que
repassar a terceiros a sua realização. Em termos empresariais, pode-se dizer
que é o repasse de uma atividade que não esteja relacionada ao objetivo
principal da empresa.
Conforme Rezende (2001), a maior parte das terceirizações de
transportes de cargas teve como foco principal a redução de custos,
permitindo que as empresas se tornassem mais flexíveis; a escolha,
provavelmente não indica o menor preço, porém, certamente que a relação
entre custo e benefício apresenta resultados muito mais satisfatórios a médio e
longo prazos.
2.5.11 Logística globalizada
Conforme Martins e Alt (2003), a globalização tem provocado alterações
nas transações comerciais e no fluxo de materiais, ultrapassando os limites
50
locais para os globais.
Assim, as empresas globalizadas não se diferenciam, só pela busca de
melhores mercados, mas por sua capacidade de fornecer produtos e serviços a
nível mundial.
A logística globalizada passa a ser vista como um diferencial estratégico,
ampliando suas relações internacionais, dando às empresas condições de
atuar em novos mercados, com a constante busca de atingir um alto nível de
competitividade.
Na economia mundial, sistemas logísticos eficientes, formam a base
para o comércio e a manutenção do padrão de vida na maioria dos países. Não
há como ser eficiente sem pensar em um padrão adequado de logística. É a
única forma de sobreviver em um mercado cada vez mais globalizado e
competitivo. Nesta dinâmica, a qualidade já é pré-requisito em todos os
setores, mas a busca por eficiência, economia de tempo e redução de custos
pode representar sucesso nos negócios.
As características particulares de cada setor, produto e companhia
exigem o desenvolvimento de soluções sob medida, que atendam às
necessidades específicas de cada cliente.
2.5.12 O gerenciamento da logística
Segundo Martins e Alt (2003), o gerenciamento da logística, nada mais é
do que administrar o sistema de logística integrada da empresa, com o uso de
tecnologias avançadas, que permita gerenciar informações e pesquisas
operacionais, para planejar e controlar uma complexa rede de fatores, visando
produzir e distribuir produtos e serviços aos clientes.
Tem por objetivo buscar a satisfação dos clientes, criando um diferencial
competitivo, minimizando os custos financeiros, diminuindo desperdícios e
evitando as atividades que não agregam valor.
2.5.13 Dificuldades no processo logístico
51
Segundo Taboada (2002), uma das dificuldades para a logística, nas
empresas brasileiras, está na matriz dos transportes do país, que apresenta
um grande desequilíbrio, pois mais dos 60% do mercado de cargas é
transportado pelo modal rodoviário. Países com dimensões continentais, tais
como Estados Unidos e Canadá, transportam 27% e 21 %, respectivamente,
de todas as suas cargas pelo modal rodoviário.
O Brasil possui uma frota com idade média de 14 anos, já os caminhões
superam um milhão de veículos. A malha rodoviária encontra-se em péssimo
estado de conservação, abrangendo mais de 1,7 milhões de quilômetros,
menos de 10% (162 mil quilômetros), são pavimentados. A falta de infra-
estrutura adequada nas rodovias brasileiras contribui significativamente para a
elevação dos custos logísticos.
2.5.14 Custos logísticos
No Brasil os custos logísticos, calculados pelo Instituto Coppead (Instituto
de Pós Graduação Pesquisa Administração Universidade Federal do Rio de
Janeiro) em 2004, chegaram a 12,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja,
aproximadamente US$ 73 bilhões no ano. a Banco Mundial estima que o gasto
logístico brasileiro seja equivalente a 20% do PIB.
Conforme Guedes (2007), os custos logísticos do modo empresarial,
passou a ser um fator determinante para competitividade das empresas e dos
produtos, nos mercados externo e interno, principalmente no contexto global
dos negócios.
A movimentação de produtos acabados ou insumos, existente entre uma
fábrica e um centro consumidor, deve ocorrer em uma velocidade muito
grande, produzindo maior qualidade e integridade total dos produtos, com
custos cada vez menores. É por esse motivo que se diz que a logística passou
a ser utilizada, também, para aumentar a força do marketing, agregar valor,
aumentar a eficiência da operação e gerar satisfação ao cliente.
52
2.6 Logística Verde
Conforme Donato (2008) a preservação do meio ambiente também está
diretamente ligada aos diversos sistemas logísticos. Surgindo assim a Logística
Verde ou Ecologística entre o final do século XX e inicio do XXI.
A logística Verde ou Ecologística é a parte da logística que se preocupa
com os aspectos e impactos ambientais causados pela atividade logística. Por
se tratar de uma ciência em desenvolvimento ainda existe uma grande
confusão conceitual a respeito desde conceito. Muitas pessoas confundem
logística verde com logística reversa.
Conforme Donato (2008), alguns fatores que deu inicio a movimentação
da logística verde, foram :
a) a crescente poluição ambiental decorrente da emissão dos gases
gerados pela combustão incompleta dos combustíveis fósseis durante
os diversos sistemas de transportes;
b) a crescente contaminação dos recursos naturais como consequencia
de cargas desprotegidas, tais como: caminhões com produtos químicos
que acidentam e contaminam rios, navios petroleiros que contaminam os
oceanos;
c) movimentação e armazenagem, destacou-se o fator de extrema
importância que forma os impactos causados por vazamento dos
diversos produtos contidos através de rompimento dos diques de
contenção, utilizados pela armazenagem de resíduos da atividade
produtiva (mineração e celulose);
d) a necessidade de desenvolvimento de projetos adequados à efetiva
necessidade do produto contido, de forma a evitar qualquer as ações
geradas pelo transporte ou armazenagem não causem avarias à
embalagem em produtos químicos, petroquímicos, defensivos agrícolas
e farmacêuticos.
O objetivo principal da logística verde é o de atender aos princípios de
sustentabilidade ambiental como o da produção limpa, onde a responsabilidade
é do começo ao fim, ou seja, quem produz deve se responsabilizar- se também
pelo destino final dos produtos gerados, de forma a reduzir o impacto ambiental
53
que eles causam. Assim as empresas devem organizar canais reversos,
retorno de materiais após seu ciclo de utilização, para terem a melhor
destinação, seja por reparo, reutilização ou reciclagem. A logística verde será
um referencial importante para as empresas que queiram ter um diferencial
competitivo no mercado.
Um dos desafios dos empresários que atuam na logística verde é
construir um modelo de distribuição reversa com parte da cadeia de
distribuição direta, pois com a rapidez que um produto é lançado no mercado, o
rápido avanço da tecnologia, juntamente com um grande fluxo de informações,
a alta competitividade das empresa e o crescimento da consciência ecológica
quanto às consequências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio
ambiente, com isso estão contribuindo para conscientização da adoção de
novos comportamentos por parte das organizações e da sociedade.
As empresas devem buscar um desempenho razoável em todas as
competências logísticas, posicionamento, integração, agilidade e mensuração.
Para o sucesso na implementação de estratégias de operação de logística
deve-se sempre adotar a administração de um sistema de medida de avaliação
desempenho e além de tudo uma estrutura organizacional apropriada para se
atingir a excelência nas operações.
2.6.1 Aplicação Logística Verde
Os intrumentos de gestão ambiental podem ser utilizados como
ferramentas de suporte a decisão estratégica. Estas ferramentas poder ser
classificado segundo Donato (2008) pelos seus objetivos em analise e
avaliação de desempenho, de recursos humanos e de comunicação. Outra
forma de classificação apresenta como tipologia a classificação como:
mecanismo legais, mencanismos de coordenação (conceituais) e mecanismos
instrumentais.
2.6.1.1 Mecanismos Legais
54
Esse mecanismo existe para enquadrar a empresa na lei, a possissiona-
la corretamente perante o juridico.
O inciso IV, do § 1º, do art. 225, da Constituição Federal, determina que
haja de se exigir, na forma de lei, o Estudo Prévio de Impacto Ambiental para a
instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente.
O EIA – Estudo de Impacto Ambiental e o RIMA – Relátorio de Impacto
Ambiental, são instrumentos da Politica Nacional do Meio Ambiente, previsto
na lei nº 6.938, de 1981 e também na Resolução CONAMA nº 1, de 1986. O
EIa é o principal instrumento para o Licenciamento Ambiental e é por meio do
qual o orgão ambiental toma suas decisões quanto ao menos impacto e a
melhor solução para a instalação da obra, atividade ou empreendimento
objetivo do pedido do interessado.
O licenciamento ambiental consitui importante instrumento de gestão
ambiental, por meio dele a administração pública exerce o necessário controle
sobre as atividades humanas que interferem nas condições ambientais, de
forma a compatibilizar o desenvolvimento econônico com a preservação do
equilibrio ecológico e consiste na preparação de documentação para a
obtenção de licenças prévias, de instalação e de operação de atividades
produtivas e serviços publicos. Esta licença é obtida junto aos orgãos
competentes nas esferas municipal, estadual e federal.
Segundo a resolução CONAMA nº 237, de 1997, art. 1º, Licenciamento
Ambiental (LA) é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas aplicaveis ao caso.
O LA é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer
empreendimento ou atividade potencialmente poluidoea ou degradadora do
meio ambiente.
2.6.1.2 Mecanismo de coordenação
55
O mecanismo de coordenação, tem como objetivo administrar a
empresa, coordenando todos as areas e o meio ambiente, resultando na
redução de recursos ambientais e proteção ao cenario ambiental.
Dentre as ferramentes de coordenação existentes encontramos a
política de desenvolvimento sustentavel e a politica de gestao ambiental como
uma das principais, por estarem na base das ações da empresa
2.6.1.2.1 Politica Desenvolviento Sustentavel
Uma politica de desenvolvimento sustentavel (DS) para empresa
logisticas, apregoa que as atividades empresariais devem incorporar
tecnologias para a produção limpa, a empresa deve investir no uso racional de
recursos e no controle das emissões atmosfericas e na redução de geração de
residuos, reduzindo os impactos negativos do processo logisticos sobre o meio
ambiente. O principal objetivo de implantação de uma politica de DS é
contrubuir para que a empresa cresça sem agredir o meio ambiente.
2.6.1.2.2 Politica de Gestão Ambiental
A implantação de uma politica de gestão ambiental é uma ferramenta
básica para alcançar os objetivos citados na visão e missão da empresa e tem
que ser considerado como prioridade corporativa.
A ISO 14000:2004 é a unica norma certificável da serie que se refere a
implantação de um sistema de gestão ambiental, esta norma padronizou,
organizou e sistematizou o gerenciamento ambiental nas empresas. A referida
norma serve como intrumento de vantagem competitiva e coloca a questao
ambiental em todas as areas da empresa, desta forma forçando a empresa
invetir nos processos com vistas à melhoria continua e provocando um efeito
cascada na cadeia produtiva, com fornecedores de empresas certificadas
56
sendo obrigados, por força do mercado, a tambem implantar o sistema de
gestão ambiental (SGA).
2.6.1.2.3 Certificação sócio ambiental
No intuito de estimular a responsabilidade socio ambiental nas empresas
uma serie de instrumentos de certificação foi criada nos ultimos anos. No
mundo cada vez mais competitivo, empresas veem vantagens comparativas
em adquirir certificações que atestam suas boas práticas empresariais. A
pressão por produtos e serviços socialmente corretos faz com que empresas
adotem processos de reformulação interna para se adequarem às normas
impostas pelas entidades certificadoras. A certificação é voluntaria, as
certificações não tem qualquer poder de mando sobre os governos nacionais.
O certificado assegura que a empresa tem compromisso absoluto com o
desenvolvimento, preocupação com o meio ambiente, com crianças ou é uma
empresa solidaria, (DONATO, 2008).
2.6.1.3 Mecanismos Instrumentais
Dentre os mecanismos industriais se destaca as ferramentas de análise,
avaliação e remediação, de gestão de recursos humanos e ferramentas de
comunicação.
2.6.2 Ferramenta de análise, avaliação e remediação
Desde de 2005 está em vigor deliberação da Comissão de Valores
Mobiliarios (CVM) que obriga as empresas que tem suas ações negociadas na
bolsa a declaram o passivel ambiental, e que sejam eles classificados como:
57
provaveis, possiveis ou remotos. Porém esta classificação cabe a empresa
considerar que esse ou aquele dano é um passivo ambiental.
As principais ferramentas utilizadas para analise, avaliação e
remediação são:
a) Contabilidade Ambiental
b) Consultoria Ambiental
c) Auditoria Ambiental
d) Avaliação Ambiental e de Ciclo de Vida
e) Análise Preliminar de Risco
f) Avaliação de Risco Toxicológico
g) Plano de Remediação
h) Recuperação Ambiental
2.6.2.1 Contabilidade ambiental
A preocupação mundial em torno do meio ambiente caminha para um
consenso em torno da adesão a um novo estilo de desenvolvimento que deve
combinar eficiência econômica com justiça social e prudência ecológica. A
combinação desses elementos somente será possível se houver um esforço
conjunto de todos com objetivo de atingir o bem-estar geral no futuro.
Segundo Donato (2008) a contabilidade ambiental é o mecanismo que
facilita as decisões relativas à atuação da empresa a partir da seleção de
indicadores ambientais e análises de dados contábeis. A contabilidade mede
somente os elementos que possuem preço, a maioria desses elementos
ambientais não carrega rótulo de preço e pode, portanto, ser ignorado. Então,
enquanto o encaixe não é perfeito, há quase que uma certeza de que o
sucesso contábil e a degradação contábil andam juntas. As inovações trazida
pela contabilidade ambiental estão associadasa pelo menos em cinco temas.
a) Definição do custo da preservação ambiental;
b) Forma de mensuração do passivo ambiental, com destaque para o
decorrente de ativos de ciclo de vida longa;
58
c) Utilização intensiva de notas explicativas abrangentes e o uso de
indicadores de desempenho ambiental, padronizados no processo
de fornecimento de informações ao público;
d) Cálculo do custo ambiental evitado e
e) Informação para viabilizar o comércio de carbono.
2.6.2.2 Consultoria Ambiental
A consultoria ambiental consiste numa assessoria especializada para o
correto encaminhamento das assuntos relacionados ao meio ambiente em
atendimento á legislação e às boas praticas de gerenciamento.
A atividade de consultoria ambiental visa suprir a necessidade das
empresas que não possuem departamentos ambientais proprios. Ela pode
auxiliar na implantação da contabilidade ambiental, (DONATO, 2008).
2.6.2.3 Auditoria Ambiental
A auditoria ambiental é uma atividade que frequentemente acontece nas
atividades de acompanhamento dos processos de obtenção e manutenção de
certificação das empresas e objetiva diagnosticar as possiveis pendencias
ambientais existentes face ao atendimento da legislação vigente. É uma
atividade necessária nos processos de compra e venda de ativo e objetiva a
observância a legislação como tambem diagnostica as pendências ambientais
existentes face ao atendimento da legislação.
2.6.2.4 Avaliação Ambiental do Ciclo de Vida de Produto
59
A Avaliação de ciclo de vida (ACV) é uma ferramenta para análise das
relações entre os sistemas produtivos e o ambiente. O conceito fundamental
dessa técnica é o do estudo do ciclo de vida do produto, que surge com a
consciência de que a qualquer produto, processo ou atividade produz impactos
no ambiente desde o momento em que são extraídas as matérias primas até
que, após o esgotamento de sua vida útil, o produto é devovildo à natureza,
(DONATO, 2008).
2.6.2.5 Análise Preliminar de Risco
É um mecanismo de identificação de risco militar originada de programa
de segurança da área militar, que foram adaptadas para a instalação industrial.
Dentro de uma visão matemática, a taxa de risco é definida como a
combinação entre frequência de ocorrência e a sua consequência.
O emprego predominante do estudo de analise preliminar de risco (APR)
acontece durante o processo de licenciamento ambiental de fontes
potencialmente geradoras de acidentes ambientais, (DONATO, 2008).
2.6.2.6 Avaliação de Riscos Toxicológico
O escopo de uma avaliação de riscos toxicológico pode variar em
detalhe e extensão, conforme a natureza das informações a serem utilizadas e
com o grau especificidade dos dados relativos à área de interesse. O processo
tradicional pode ser dividido segundo EPA - Environmental Protection Agency
(1989), nas seguintes etapas de trabalho:
a) Aquisição e avaliação de dados
b) Avaliação de exposição
c) Análise de toxicidade
d) Caractarização do risco
60
2.6.2.7 Plano de Remediação
De posse de dados dos levantamentos de avaliações realizadas ou de
investigações especificas das áreas de interesse e constatados que existam
áreas contaminadas, sistemas de remediação são projetados para o
abatimento dos contaminantes. Para cada tipo de degradação , existe uma
tecnica que busca reverter o proceso, se não reverter, minimizar o impacto
ambiental, (DONATO, 2008).
2.6.2.8 Plano de Recuperação Ambiental
Estes planos tem finalidade recuperar áreas degradadas, com plantio de
mudas e vegetação local, que devem ser escolhidas conforme a localidade do
terreno, para que atinjam o objetivo e de forma econômica, (DONATO, 2008).
2.6.3 Responsabilidade Socio Ambiental
Segundo Donato (2008) entende-se por responsabilidade sócioambiental
corporativa o somátorio dos investimentos de uma empresa em ações de
responsabilidade social, cultura e ambiental.
Algumas atividades sócioambiental atualmente em prática na atividade
logística são:
a) Monitoramento dos motoristas: o conjunto (equipamento, pneus e
combustível) pode ter o máximo de tecnologia porém é o condutor
quem comanda o espetaculo do transporte.
b) Reuso de água: o volume de água doce, limpa e de fácil acesso é
de cerca de menos que 1% de toda a água disponível no planeta e
está reeduzindo.
61
c) Aumento da vida útil dos pneus: estender ao máximo a vida útil dos
pneus das frotas, sem comprometer a segurança é uma meta de
responsabilidade social
d) Utilização de combustíveis alternativos e atualozação da frota.
Essas atividades socioambiental, são ferramentas utilizadas na pratica
da logística verde, que idealiza minimizar a utilização dos recursos naturais.
Para adoção da logística verde é necessario uma reeducação no consumo
responsavel, consumo consiente e educação ambiental.
2.7 Logística Reversa
A logística reversa trata dos aspectos de retornos de produtos,
embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Esse processo já ocorre a
alguns anos nas industrias de bebidas (retorno de vasilhames de vidro) e
distribuição de gás de cozinha com a reutilização de seus vasilhames, isto é, o
produto chega ao consumidor e a embalagem retorna ao seu centro produtivo
para que seja reutilizada e volte ao consumidor final em um ciclo continuo ,
(DONATO, 2008).
Atualmente podemos observar esse fluxo mais claramente em alguns
segmentos do mercado, pois o retorno de embalagens descartáveis, como
latas de alumínio, garrafas plásticas, caixas de papelão, entres outras, por
diversos motivos é constante.
Muitas empresas trabalham com o conceito de logística reversa, porém
nem todas encaram esse processo como parte integrante e necessária para o
bom andamento ou para a redução nos custos, apenas utiliza o processo e não
demandam maior importância e nem investem em pesquisas.
Uma empresa que recebe um produto como conseqüência de devolução, por qualquer motivo, já esta aplicando conceitos de logística reversa, bem como aquele que compra materiais recicláveis para transforma-los em matéria-prima, , (DONATO, 2008, p 19).
62
De acordo com Lacerda (2002), o processo de logística reverso tem
trazido consideráveis retornos para as empresas. O reaproveitamento de
materiais e a economia com embalagens retornáveis têm trazido ganhos que
estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e
melhoria nos processos de logística reversa. Também não podemos ignorar os
custos que o processo de logística reversa pode acarretar para as empresas,
quando não é feito de forma intencional, isto é, muita das vezes a logística
reversa é utilizada em prol da empresa, transformando materiais, que seriam
inutilizados, em matéria-prima, reduzindo assim, os custos para a empresa.
Acontece que o contrário também pode acontecer, e é o que notamos com
mais freqüência, materiais que voltam aos seus centros produtivos devido às
falhas na produção, pedidos emitidos em desacordo com aquilo que o cliente
não queria, troca de embalagens, entre outros. Este tipo de processo reverso
da logística acarreta custos adicionais, muitas vezes altos para as empresas,
uma vez que processos como armazenagem, separação, conferência e
distribuição serão feitos em duplicidade, e assim como os processos, os custos
também são duplicados.
De forma mais abrangente, Leite (2003) conceitua logística reversa da
seguinte maneira. A logística reversa é responsável por tornar possível o
retorno de materiais e produtos, após sua venda e consumo, aos centros
produtivos e de negócios, por meio dos canais reversos de distribuição
agregando valor aos mesmos.
A alta competitividade das empresas, grande fluxo de informações
juntamente com o avanço tecnológico, a rapidez com que o produto é lançado
no mercado e o crescimento da consciência ecológica quanto às
consequências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio ambiente,
estão contribuindo para a inclusão de novos comportamentos por parte das
organizações e da sociedade de um modo geral, sinalizando assim para uma
valorização maior dos processos de retorno de produtos e materiais
descartados no meio ambiente.
2.7.1 O Processo de Logística Reversa
63
Segundo Donato (2008), o processo da logística reversa movimenta
materiais reaproveitados que retornam ao processo tradicional de suprimentos,
produção e distribuição. A logística reversa é composta por uma serie de
atividades que a empresa tem que realizar para atendê-lo, como exemplo,
coletas, embalagens, separações, expedições até locais de reprocessamento
do materiais quando necessário.
O processo de logística reversa tem que ser sustentável, pois se trata de
questões muito mais amplas que simples devoluções. Os materiais envolvidos
nesses processos geralmente retornam ao fornecedor, são revendidos,
recondicionados, reciclados ou simplesmente são descartados e substituídos.
Segundo Barbieri e Dias (2002), a logística reversa deve ser concebida
como um dos instrumentos de uma proposta de produção e consumo
sustentável, por exemplo, se o setor responsável desenvolver critérios de
avaliação ficará mais fácil recuperar peças, componentes, matérias e
embalagens reutilizáveis e recicla-las.
2.7.2 Importância da Logística Reversa
Devido a legislações ambientais cada vez mais rígidas, a
responsabilidade do fabricante sobre o produto está se ampliando. Além do
refugo gerado em seu próprio processo produtivo, o fabricante está sendo
responsabilizado pelo produto até o final de sua vida útil. Isto tem ampliado
uma atividade que até então era restrita a suas premissas. Normalmente os
fabricantes não se sentem responsáveis por seus produtos após o consumo. A
maioria deles usados são descartados ou incinerados com consideráveis danos
ao meio ambiente. Atualmente, legislações mais rígidas e a maior consciência
do consumidor/empresário sobre danos ao meio ambiente estão levando as
empresa a repensarem sua responsabilidade sobre seus produtos após o uso.
Segundo Lambert et al. (1998) a logística tem seu papel importante no
planejamento estratégico, e como arma de marketing nas organizações.
Empresas com um sistema logístico bem estruturado tem grande vantagem
64
competitiva sobre aquelas que não possuem. Sua grande contribuição é na
ampliação do serviço ao cliente, satisfazendo exigências e expectativas.
2.7.3 Benefícios Ambientais e Econômicos
A preocupação com a logística reversa tem aumentado dentro do
gerenciamento da logística. As corporações estão se especializando nos
processos reversos e transformando isso num diferencial competitivo, no que
tange a produtos retornáveis, reciclagem e destinação final de material. A
logística reversa tem uma interface com áreas ligadas até mesmo fora das
corporações, por exemplo, na manufatura, marketing, compras, engenharia de
embalagens, conseguindo através dessa integração transformar metas em
geração de recursos (SINNECKER, 2007).
Conforme Campos (2006) um processo de retorno altamente custoso e
complexo pode ser revertido em vantagem competitiva através da aplicação de
um sistema eficiente de logística reversa.
Chaves e Batalha (2006) afirmam que as vantagens competitivas podem
ser alcançadas pela adoção de políticas reversa, sendo elas:
a) Restrições ambientais: a conscientização sobre a preservação
ambiental esta promovendo uma crescente mudança da produção e do
consumo no sentido de fomentar o desenvolvimento sustentável. A
logística necessita a diminuição do impacto ambiental, não só dos
resíduos procedentes das fases de produção e do pós- consumo, mas
dos impactos ao longo de tido ciclo de vida dos produtos;
b) Redução de custo: os ganhos obtidos com o reaproveitamento de
materiais e a ecomonia com embalagens retornáveis estimulam o
desenvolvimento e melhorias do processos de logística reversa. Com
isso as empresas podem produzir matéria-prima através da reciclagem
de produtos descartados, conseguindo processa-los a custos menores
do que se fosse extrair da natureza o mesmo material;
c) Razões competitivas: uma forma de aumento de vantagem
competitiva frente aos adversários é a utilização de estratégias que
65
minimizem os obstáculos no retorno e troca de produtos, fidelizando
assim os clientes. Com isso as empresas podem se sobressair no
mercado, pelo fato de proporcionarem atendimento diferenciado dos
seus concorrentes.
d) Diferenciação da imagem corporativa: posicionar-se como
empresa cidadã utilizando estrategicamente a logística reversa no
auxilio ao menos favorecidos (a exemplo das cooperativas de catadores
de material reciclável), conseguindo com isso agregar valor à sua marca,
e também aos seus produtos.
2.8 Diferença entre logística reversa e logística verde
O termo logístico verde, atualmente utilizado por pesquisadores, possui
características distintas da logística reversa. A logística reversa estuda meios
para inserir produtos descartados novamente ao ciclo dos negócios,
agregando-lhes valores. A logística verde, ou logística ecológica, estuda meios
para planejar e diminuir impactos ambientais da logística comum. Isso inclui
estudo de impacto com a inserção de um novo meio de transporte na cidade,
projetos relacionados com o certificado ISO 14000, redução de energia nos
processos logísticos, e redução na utilização de materiais, (DONATO, 2008).
Como se pode notar, a logística verde é muitas vezes classificada como
logística reversa. Por exemplo, um estudo para reutilização de pneus trata ao
mesmo tempo da logística reversa e da logística verde. Entretanto, a redução
no consumo de energia em um determinado processo é um estudo de logística
verde, porém não trata de logística reversa.
Donato (2008) define logística verde ou Ecologística é a parte da
logística que se preocupa com os aspectos e impactos ambientais causados
pelos meios que operacionalizam a atividade logística. Já logística reversa é a
parte da logística que trata do retorno de materiais e embalagens ao processo
produtivo.
66
2.9 Sustentabilidade
Colocando em termos simples, a sustentabilidade é prover o melhor para
as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido.
Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é: "suprir as
necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações
futuras de suprir as suas". O termo original foi “desenvolvimento sustentável”,
um termo adaptado pela Agenda 21, programa das Nações Unidas. Algumas
pessoas hoje, referem- se ao termo "desenvolvimento sustentável" como um
termo amplo pois implica desenvolvimento continuado, e insistem que ele deve
ser reservado somente para as atividades de desenvolvimento.
"Sustentabilidade", então, é hoje em dia usado como um termo amplo para
todas as atividades humanas.Se pensarmos que 10% de tudo o que é extraído
do planeta pela industria (em peso) é que se torna produto útil e que o restante
é resíduo, torna-se urgente uma Gestão Sustentável que nos leve a um
consumo sustentável, é urgente minimizar a utilização de recursos naturais e
materiais tóxicos. O Desenvolvimento Sustentável não é ambientalismo nem
apenas ambiente, mas sim um processo de equilíbrio entre os objetos
econômicos, financeiros, ambientais e sociais.
2.10 Sustentabilidade Ambiental
O mundo está chegando num ponto cada vez mais crítico, o aumento do
consumo e exploração incontroláveis de produtos e recursos naturais e
minerais do planeta só agravam a vida na terra, deixando em dúvida o futuro.
Para reverter essas situações, precisa- se pensar na sustentabilidade
ambiental, envolvendo todos os setores a sociedade: econômica, política,
educação, saúde.
E se for exercida a Sustentabilidade Ambiental, proporcionara qualidade
de vida, atendendo às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade de gerações futuras, (GUAITOLINI, 2008)
67
Para resolver esse problema, toda sociedade precisa educar suas
ações, estabelecer limites de consumo, e isso envolve não só os
consumidores, mas também as empresas que devem desenvolver produtos
ecologicamente corretas e com materiais que não agridem o meio ambiente.
Automaticamente, esse fato influencia a economia, algumas empresas
perderão muito dinheiro em nome da conservação ambiental.
Porém todos pagarão um preço pelo futuro do nosso planeta. O
desenvolvimento sustentável não deve ser apenas econômico, é necessário
planejar ações e programas (governamentais ou não) que levem em conta a
sustentabilidade econômica, ambiental e social, (GUAITOLINI, 2008)
Sustentabilidade significa usufruir de recursos naturais e matérias com
responsabilidade social, desenvolver produtos e fontes de energia renováveis
(como o biodiesel).
Segundo Guaitolini (2008), no caminho para a sustentabilidade, é
importante observar e mudar atitudes em relação aos seguintes aspectos:
a) Ecologia: sabe usar conscientemente os recursos naturais do
planeta.
b) Espacial: a má distribuição e o crescimento desordenado da
população resultam em favelas e moradias de péssima qualidade.
Conseqüentemente, cresce a violência.
c) Economia: vincular - se a políticas públicas e privadas para
destinação e administração corretas.
d) Sociedade: melhor a distribuição de renda, oferecendo mais
empregos e diminuindo as diferenças sociais.
e) Cultura: fazer mudanças harmoniosas de cultura de acordo com a
realidade em que se vive esse fato diminui as diferenças sociais, pois
cada realidade possui seus próprios traços de cultura.
Promover a sustentabilidade não é fácil, pois cada mudança impõe seus
obstáculos. E com a cultura materialista que a sociedade se encontra, esse
desafio se torna mais complexo. Quando se trata das grandes cidades, se
torna um problema quase sem solução. A população urbana é dependente do
consumo desenfreado que a sociedade em geral impõe. Diminuir esse
consumo e se conscientizar quanto a isso requer tempo e reflexão no seu dia-
a-dia, em com o capitalismo a flor da pele, as pessoas não param para pensar.
68
Por outro lado, em comunidades rurais esse problema fica mais fácil, pois as
pessoas precisam aprender a melhorar sua qualidade de vida, fazendo uso
correto da terra, aumentando suas produção sem agredir o meio ambiente.
Segundo Guaitolini (2008), para desenvolver práticas agrícolas sustentáveis é
necessário:
a) Fazer manutenção, por longo prazo, dos recursos naturais e da
produtividade agrícola.
b) Satisfazer às necessidades humanas de alimento e renda.
c) Garantir o atendimento às necessidades sociais, das famílias e das
comunidades rurais.
A agricultura sustentável tem apoio e recomendações de órgãos do
governo como o Instituto Nacional Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o
FAQ (perguntas freqüentes)
Enfim, com as mudanças acontecendo na agricultura,
consequentemente as empresas e depois a sociedade (consumidora) terão que
se adequar às novas necessidades. Pois as necessidades de agora (se forem
atendidas) garantirão futuro do planeta. A sociedade deve se conscientizar
quanto à Sustentabilidade Ambiental, e para tanto deve - se traçar medidas e
projetos com parceria, criar maneiras das pessoas pensarem e perceber os
benefícios que o consumo consciente pode causar no seu dia-a-dia.
Para esse projeto de ações as informações importantes para a melhoria da
cultura da sociedade, fazendo mudanças harmoniosas de acordo com a
realidade em que vivemos. Promover a sustentabilidade não é fácil, pois cada
mudança impõe seus obstáculos, e com a aventura materialista que a
sociedade se encontra esse desafio se torna mais complexo.
69
CAPITULO III
GESTÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM
3 CONCEITO DE GESTÃO AMBIENTAL
O termo gestão ambiental foi adotado em determinados espaços
geográficos com a intenção de nomear ações ambientais.
A gestão ambiental é administração do exercício de atividade
econômicas e sociais de forma a utilizar maneira racional os recursos naturais,
renováveis ou não. A pratica da gestão ambiental deve visar o uso de praticas
que garantam a conservação e preservação da biodiversidade, a reciclagem
das matérias primas e a redução do impacto ambiental. Fazem parte também
do arcabouço de conhecimentos associados à gestão ambiental, técnicas para
a recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento, métodos
para exploração sustentável de recursos naturais, e o estudo de riscos e
impactos ambientais para a avaliação de novos empreendimentos ou
ampliação de atividades produtivas.
À medida que a sociedade vai se conscientizando da necessidade de
preservar o meio ambiente, as empresas também estão transferindo a gestão
ambiental de uma função complementar para uma parte do planejamento
estratégico da empresa, idealizando um método de preservar e reduzir os
recursos naturais.
A proteção ambiental, não pode depender apenas de controle no final do
processo, mas de todas as suas fases, isto é, desde a fabricação ate as
vendas e consumo dos produtos; ciclo de vida do produto. A empresa para
adquirir uma postura responsável com relação ao meio ambiente, é necessário
incluir a variável ambiental em suas decisões e estratégias.
Existem pessoas que imaginam que a pratica da gestão ambiental cria
um conflito entre preservação ambiental e negócio, que para conciliar os dois é
necessário investir muito, mas pelo ao contrário, a preservação cria
oportunidades de negocio e benefícios à empresa e o que é investido, retorna a
70
empresa em forma de lucro, pois atualmente a busca por produtos verdes tem
crescido.
3.1 Evolução da Gestão Ambiental no Brasil
A Gestão Ambiental no Brasil começou sua evolução a partir de 1500.
Em abril de 1500, Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao Rei de Portugal, faz
o primeiro relato, que se tem registro, sobre o Brasil; “A terra em si é de muito
bons ares, frescos e temperados. Águas são muito, infinitas”. Já na época das
capitanias hereditárias, registros históricos já apresentavam sinais de
preocupação com a derrubada descontrolada da mata atlântica na costa da
Bahia, como segue o trecho a seguir:
“Nesta capitania, da Bahia, já não há aquela abundancia de madeira que
havia em outros tempos, porque as infinitas derrubadas, que no espaço de
tantos anos se tem feito, por causa de plantações, e para as embarcações da
Coroa e dos particulares”.
A preocupação com a gestão ambiental há a centenas de anos, e cada
vez se torna mais forte à medida que a sociedade vai se conscientizando da
necessidade de se preservar o meio ambiente. A opinião pública começa a
pressionar o meio empresarial a buscar meios de desenvolver suas atividades
econômicas de maneira mais racional, (DONATO, 2008)
Durante a evolução ambiental no Brasil, percebe-se que as primeiras
industrias surgiram em uma época em que os problemas ambientais eram de
pequena expressão, devido às reduzidas escalas de produção.
Conforme Donaire (1999) nessa época as exigencia ambientais eram
poucas e a fumaça das chaminés era um símbolo de progresso, apregoada
orgulhosamente na propaganda de diversas industrias.
Em 1940, foi fundada a ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), uma entidade privada, independente e sem fins lucrativos, que atua
na area de certificação, é o Órgão responsável pela normalização técnica no
país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro;
É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da
71
COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN
(Associação Mercosul de Normalização).
Fundada em 1947 e com sede em na Genebra, a ISO foi estabelecida
com a missão de promover o desenvolvimento da normalização de atividades
correlatas no mundo, com vistas a facilitar as trocas internacionais de bens e
serviço s e para o desenvolvimento da cooperação nas esferas intelectual,
científica, tecnológica e de atividades econômicas. Os trabalhos da ISO
resultam em acordos internacionais que são publicados como Normas
Internacionais.
Em 5 de janeiro de 1962 foi criado pela Lei nº 2.606 o Instituto Estadual
de Florestas e regulamentado pelo Decreto nº 44.807, de 12/05/2008, com o
intuito de dirigir, orientar e promover a fiscalização DFS das atividades da
florestas, fauna silvestre e aquática.
A lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965, nomeada lei da florestas,
determina a proteção de florestas nativas e define áreas de preservação
permanente.
A lei da Fauna Silvestre, nº 5.197, surgiu em 03 de janeiro de 1967,
classificando o uso, perseguição, apanha de animais silvestres, caça
profissional, comercio de espécie da fauna silvestre e produtos derivados de
sua caça como crime e proibindo a introdução de espécie exótica (importada) e
a caça amadorística sem autorização do ibama.
Em 1968, foi realizada a 1ª Conferência das Naçoes Unidas sobre o
meio ambiente, que inspirou a criação da Secretaria Especial de Meio
Ambiente e inaugurou uma nova fase no Brasil, cujo modelo de
desenvolvimento é baseado em uma industrialização concentrada e rápida.
Tal modelo criou deseconomias de escala, que manifestaram pelo
agravamento de certos problemas urbanos, especialmente o aumento da
poluição industrial, falta de saneamento e os problemas de abastecimento que
afetaram os habitantes das principais cidades do país, onde se manifestou uma
grande vontade politica de resolver a problemática ambiental.
Devido à sensibilização durante esse período, grupos criaram vários
movimentos sociais relacionados às questões ambientais. Em 1975,
acreditavam-se que os problemas relacionados à poluição ambiental deveriam
ser prioridades aos de ordem economica. Porém, a posição sustentada pelo
72
Brasil na Conferencia de Estocolmo foi de quem a proteção ao meio ambiente
era considerada um empecilho ao crescimento da produção, uma vez que seria
dificil recuperar os grandes investimentos, pois reduziriam os lucros, devido ao
aumento do custo de produção; e a posição no mercado, colocando a empresa
com risco de cessar suas atividades.
Entre 1975 e 1979, criou-se o PND (Plano Nacional de
Desenvolvimento), que definiu como prioridade o controle da poluição
industrial, fazendo uso de normas antipoluição e de uma política de localização
industrial nas regiões extremamente urbanizadas, presente em seu capítulo
sobre desenvolvimento urbano, controle de poluição e preservação do meio
ambiente.
Este Plano tinha apenas um objetivo: apontar que o maior problema
ambiental era a poluição industrial, sendo que o responsável pelo seu controle
deveria ser o Estado.
A Lei Federal nº 6.803 de 1980, a Lei nº 6.938 de 1981 e o Decreto do
Executivo nº 88.351 resultaram na criação de diversos agentes de controle
ambiental; marcado a necessidade de responsabilização dos causadores dos
danos ambientais.
Em 17 de janeiro de 1981, surgiu a lei ambiental nº 6.938, denominada
Lei da Politica Nacional do Meio Ambiente, a mais importante e define que o
poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que causar,
independentemente da culpa. No mesmo ano no dia 27 de abril de 1981
entrou em vigor a lei nº 6.902, Lei da Área de Proteção Ambiental, que
determina a existencia da estação ecologica nas areas, sendo que 90% elas
devem permancer intocaveis e 10% podem sofrer alterações para fins
cientificos.
No ano de 1985, foram criados o Ministerio do Desenvolvimento Urbano
e Meio Ambiente, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e o
Sistema Nacional do Meio Ambiente. A partir daí, os regulamentos limitavam as
organizações produtivas, dando inicio a mudança no meio ambiente de
negócios. As empresas passaram a rever e reformular seus planos e diretrizes
referentes ao meio ambiente.
A constituição de 1988 foi a primeira constituição brasileira a tratar
abertamente a questão ambiental.
73
Com a Lei nº 7.735 de 22 de fevereiro de 1989, decreta que a Secretaria
de Estado do Meio Ambiente (SEMA) seje extinta, e criado o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Em 1989, surgiram duas leis, a lei nº 7.802, lei dos agrotóxicos,
regulariza desde a pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua
comercialização, aplicação controle, fiscalização e também destino da
embalagem e a lei nº 7.805, lei da exploração mineral, que regulariza as
atividades garimpeiras.
Década de 90, foi cheia de acontecimentos, o gerenciamento ambiental
teve sua grande marca em 1991, quando a Câmara de Comércio Internacional
lançou em Roterdã, Holanda, a Carta de Princípios sobre o Desenvolvimento
Sustentável. Em 1991, surgiu a lei da política agrícola. No mês de agosto de
1994 foi fundada a Deutsche Gesellschaft zur Zertifizierung von
Managementsystemen - Associação Alemã para Certificação de Sistemas de
Gestão (DQS) do Brasil, que é responsável pela coordenação das certificações
no Brasil e nos países vizinhos, tanto para as normas referentes à qualidade
quanto às da ISO 14001. Em 1995 foi aprovada a política ambiental, que levou
a implementação do primeiro sistema de gestão ambiental, relativa tanto a
gestão interna dos edifícios como de serviços. No Brasil em 1996 surgiu a ISO
14001, que substituiu em 1997 a norma BS 7750. No ano de 1998 a lei de
crimes ambientais reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere
às infrações e punições.
3.2 Vantagem da Gestão Ambiental
Cada vez mais a questão ambiental está se tornando matéria obrigatória
das agendas dos executivos das empresas. A globalização dos negócios, a
internacionalização dos padrões de qualidade ambiental descritos na serie ISO
14000, a conscientização crescente dos atuais consumidores e a disseminação
da educação ambiental nas escolas permitem reconhecer a exigência
crescente dos consumidores em relação ao meio ambiente.
74
Segundo Faria (2000) afirma que hoje em dia, face à crescente a
concorrência global, as expectativas dos clientes não se restringem à procura
de um determinado nível de qualidade ao menor custo. Eles estão cada vez
mais informados e predispostos a comprar e usar produtos que respeitem o
ambiente, o que é uma vantagem para a natureza e a organização.
As vantagens ambientais resultam da definição de regras escritas para a
realização de operações com potencial impacto ambiental e a introdução de
práticas ambientais nessas operações, conseguindo-se reduzir os riscos
ambientais da atividade.
Segundo Winter apud Donaire (1999), existem seis razões principais
pelas quais as empresas deveriam aplicar o principio da gestão ambiental em
sua empresa.
a) Sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá existir uma
economia orientada para o ambiente – e sem esta última não se
poderá esperar para a espécie humana uma vida com o mínimo e
qualidade;
b) Sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá existir
consenso entre o público e a comunidade empresarial – e sem
consenso entre ambos não poderá existir livre economia de mercado;
c) Sem gestão ambiental da empresa, esta perderá oportunidades no
mercado em rápido crescimento e aumentará o risco de sua
responsabilização por danos ambientais, traduzida em enormes
somas de dinheiro, pondo desta forma em perigo seu futuro e os
postos de trabalho dela dependentes;
d) Sem gestão ambiental da empresa, os conselhos de administração,
os diretores executivos, os chefes de departamentos e outros
membros de pessoal verão aumentada sua responsabilidade em face
de danos ambientais, pondo assim em perigo seu emprego e sua
carreira profissional;
e) Sem gestão ambiental da empresa, serão potencialmente
desaproveitadas muitas oportunidades de redução de custos e;
f) Sem gestão ambiental da empresa, os homens de negócios estarão
em conflito com sua própria consciência – e sem auto – estima não
poderá existir verdadeira identificação com o emprego ou a profissão.
75
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS
Economia de Custos
- Economias devido à redução do consumo de água, energia e outros
insumos;
- Economias devidos à reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos e
diminuição de efluentes e
- Redução de multas e penalidade por poluição.
Incremento de receitas
- Aumento da contribuição marginal de “produtos verdes” que podem ser
vendidos a preços mais altos;
- Aumento da participação no mercado devido a inovação dos produtos e
menos concorrência;
- Linhas de novos produtos para novo mercados e;
- Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da
poluição.
BENEFÍCIO ESTRATÉGICO
- Melhoria da imagem institucional;
- Renovação do “portifolio” de produtos;
- Aumento da produtividade;
- Alto comprometimento do pessoal;
- Melhoria nas relações de trabalho;
- Melhoria e criatividade para novos desafios;
- Melhoria das relações com os órgãos governamentais, comunidade e grupos
ambientalistas;
- Acesso assegurado ao mercado externo e;
- Melhor adequação aos padrões ambientais.
Fonte: Donaire, 1999, p. 59 Quadro 3: Benefícios da gestão ambiental.
76
3.3 Impacto Ambiental
Nos anos 70 e 80, a expressão impacto ambiental teve uma definição
mais precisa, quando diversos países perceberam a necessidade de
estabelecer diretrizes e critérios para avaliar efeitos adversos das intervenções
humanas na natureza.
A definição jurídica de impacto ambiental no Brasil vem expressa no art.
1º da Res. 1, de 23.1.86 do CONAMA, nos seguintes termos:
Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que diretamente ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos naturais. (CONAMA, 2006)
O impacto ambiental é a alteração no meio ou em algum de seus
componentes por determinada ação ou atividade. Estas alterações precisam
ser quantificadas pois apresentam variações relativas, podendo ser positivas
ou negativas, grandes ou pequenas.
O que caracteriza o impacto ambiental são alterações que provoquem o
desequilíbrio das relações constitutivas do ambiente, tais como as alterações
que excedam a capacidade de absorção do ambiente considerado, e não
qualquer alteração nas propriedades do ambiente. Em suma, os impactos
ambientais afetam a estabilidade preexistente dos ciclos ecológicos,
fragilizando ou fortalecendo-o.
De acordo com Moreira (1999), o ambiente urbano se trata de uma
relação entre os homens, o espaço construído e a natureza, em aglomeração
de população e atividade humanas, constituídas por fluxo de energia e de
informação para a nutrição e biodiversidade. A percepção visual é a principal
responsável pela atribuição de significado às conformações e configurações da
77
aglomeração e pela utilização e ocupação do espaço construído e dos recursos
naturais.
Portanto, antes de se colocar em pratica um projeto, seja de caráter
público ou privado, precisa-se levantar informações relacionadas ao local onde
se pretende implementá-lo, conhecer melhor o ambiente natural (atmosfera,
hidrosfera, litosfera e biosfera) e o ambiente social (infra- estrutura material
construída pelo homem e sistemas sociais criados), (MOREIRA, 1999).
A maioria dos impactos ocorre devido ao rápido desenvolvimento
econômico, sem o adequado controle e manutenção dos recursos naturais. A
poluição e o uso incontrolado de recursos, como água e energia, são algumas
das conseqüências das ações humanas voltadas para o desenvolvimento, já a
ocupação urbana indevida em áreas protegidas e a falta de saneamento básico
são alguns impactos gerados em região subdesenvolvida.
De maneira geral, os impactos ambientais mais significativos encontram-
se nas regiões industrializadas, que por oferecerem mais oportunidade de
emprego e infra-estrutura social, apresentam maiores concentrações
demográficas, (BATISTA e PAGLIUSO, 2006)
3.4 Política Ambiental
A política ambiental deve estabelecer um senso geral de orientação para
as organizações simultaneamente fixar os princípios de ação pertinentes aos
assuntos e à postura empresarial relacionados ao meio ambiente. E servir de
modelo de administração a ser adotado por um governo ou empresa para se
relacionar com o meio ambiente e os recursos naturais. Um bom modelo de
política ambiental provavelmente respeitará a premissa do desenvolvimento
sustentável.
Para definir que política usar a empresa necessita inicialmente realizar
um levantamento de informações que permitam identificar a realidade
ambiental da organização, posteriormente, objetivos e metas devem ser
estabelecidos, nesse sentido a organização discute e fixa seu
78
comprometimento e a respectiva política ambiental, para que tenha um
posicionamento definido e forte.
A política ambiental seguida pela empresa precisa estar em todas as
áreas administrativas e operacionais da organização e incorporada nas
variadas hierarquias existentes, ou seja, da alta administração até a produção.
Com a política ambiental adotada, todos precisam ter comprometimento
de cumprir, pois nenhuma empresa é obrigada a adotar um Sistema de Gestão
Ambiental (SGA), exceto em caso de requisitos exigidos por lei, como
licenciamento ambiental, controle de emissões, tratamento de resíduos e
outros, e sua adoção só trás benefícios para empresa.
3.5 Normas e Regulamentações
O art. 225, da Constituição Federal de 1988, cita que:
Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (BRASIL, 1988)
Verbalizando desta forma num direito que transcende e permeia todos
os demais ramos do direito, posto que o meio ambiente fosse um bem de uso
comum do povo brasileiro e diz respeito à própria vida, que se respeitado
permitirá a viver o presente sem comprometer o futuro.
O avanço da fiscalização e a possibilidade de uma fiscalização mais
rígida esbarram no ainda escasso volume de recursos financeiros destinados
às questões ambientais e na falta de articulação entre os governos federal,
estaduais e municipais, sociedade civil, e mesmo o uso da terra ou dos
recursos hídricos.
O art. 225 da Constituição Brasileira de 1988 dispõe sobre o direito de
todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e estabelece as
incumbências do Poder Público para garantir a efetividade desse direito. Dentre
79
essas incumbências consta a Educação Ambiental, no § 1º, Inciso VI. Outras
leis que compõem nossa legislação ambiental são as seguintes:
a) Lei nº 4.771 de 1965. Lei do Código Florestal
b) Lei nº 227 de 1967. Lei do Código de Mineração
c) Lei nº 6.803 de 1980. Dispõe sobre as diretrizes básicas para o
zonemanento industrial nas áreas críticas de poluição.
d) Lei nº 9.638 de 1981. Estabelece a Política Nacional de Meio
Ambiente. O licenciamento e a revisão de atividade efetivas ou
potencialmente poluidoras são colocados como instrumentos dessa
política.
e) Decreto Estadual nº 24.715/86. transforma a divisão de proteção de
recursos naturais da coordenadoria da pesquisa de recursos naturais
da Secretaria de Agricultura e Abastecimento em Departamento
Estadual de Proteção de Recursos Naturais, dispõe sobre sua
organização e dá providência correlatas.
f) Decreto Estadual nº 24.932/86. Institui o Sistema Estadual do Meio
Ambiente, cria a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dá
providência correlatas.
g) Resolução CONAMA nº 009 de 1987. regulamenta as Audiências
Publicas, que tem como objetivo expor aos interessados o conteúdo
do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), dirimindo dúvida e
recolhendo críticas e sugestões que devem constar em ata se que
deverão, por sua vez, servir de base, juntamente com o RIMA, para a
analise e parecer final do licenciador quanto à aprovação ou não do
empreendimento.
h) Lei nº 7.735 de 1989. dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade
autárquica, cria o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências.
i) Decreto 99.274 de 1990. Em seu capítulo IV trata do licenciamento
ambiental de atividades utilizadoras de recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras.
j) Resolução CONAMA nº 013 de 1990. Determina que nas áreas
circundantes das Unidades de Conservação, num raio de dez
80
quilômetros, qualquer atividade que possa afetar a biota deverá,
obrigatoriamente, ser licenciada.
k) Decreto nº 750 de 1993. Dispõe sobre o corte, a exploração e a
supressão de vegetação primária ou nos estágios avançados e
médio de regeneração da Mata Atlântica, e dá outras providências.
l) Resolução CONAMA nº 002 de 1996. Determina a implantação de
Unidade de Conservação de domínio público a ser exigida em
licenciamento de empreendimento de relevante impacto ambiental,
em montante não inferior a 0,5% dos custos totais do
empreendimento.
m) Resolução CONAMA nº 237 de 1997. Regulamenta aspectos do
licenciamento ambiental, estabelecidos na política Nacional de Meio
Ambiente e revisa procedimentos e critérios visando sua utilização
como instrumento de gestão ambiental.
n) Lei nº 9.433 de 1997. Política Nacional dos Recursos Hídricos. A
água é um bem público, com apropriação privada. Compete
privativamente à União legislar sobre as águas. A água é um finito,
vulnerável e irregurlamente distribuída, e ainda degradável renovável
e reciclável.
o) Lei nº 9.605. Lei de Crimes Ambientais, sancionada em fevereiro de
1998 e regulamentada em setembro de 1999, estabelece as penas
para a infrações e agressões cometidas contra o meio ambiente no
Brasil. Prevê multas que chegam a 50 milhões de reais para uma
variedade de infrações: pesca em locais proibidos, crimes contra
patrimônio, soltura de balões, pichações, caça ilegal, obras
poluidoras, queimadas e desmatamento.
p) Decreto nº 3.179 de setembro de 1999. regulamentada a Lei nº 9.605
de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a especificação das sanções
aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências.
q) Lei nº 9.795 de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental e institui a
política nacional de educação. Em seu art. 2º afirma: A educação
ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os
81
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não
formal. A educação ambiental tenta despertar em todos a
consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente.
r) Lei nº 9.985 de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, inciso I, II, III e
VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação da Natureza (SNUC) e dá outras providencias.
s) Resolução Secretaria do Meio Ambiente (SMA) 25/2000.
regulamenta o desenvolvimento de pesquisa nas unidades de
conservação sobre a responsabilidade do Estado de São Paulo.
t) Resolução SMA 16/2001. institui o “compromisso de compensação
ambiental” no âmbito do órgão central e dos órgão executores do
SEAQUA (Sistema Estadual de Administração da Qualidade
Ambiental, Proteção, Controle e Uso Adequado dos Recursos
Naturais) e dá providências correlatas.
u) Resolução CONAMA nº 281 de 2001. Dispõe sobre os modelos de
pedidos de licenciamento ambiental, diferenciando as exigências de
publicação para empreendimentos de menor impacto.
v) Decreto 4.340 de 2002. Regulamenta artigos da Lei 9.985, de 2000,
que dispõe sobre o SNUC e dá outras providencias.
w) Resolução CONAMA nº 334 de 2003. Estabelece procedimentos de
licenciamento de estabelecimentos destinados ao recebimento de
embalagens vazias de agrotóxicos.
Atualmente a Legislação Brasileira é reconhecida e avançada em muitos
aspectos, porém branda no ponto de vista penal. Crimes contra o meio
ambiente ficam impunes, devido à falta de consciência política, ambiental e de
fiscalização, consciência do numero baixo de fiscais em relação ao tamanho do
território brasileiro. Com a elaboração do EIA (Estudo do Impacto Ambiental) e
do RIMA houve um avanço de fundamental importância em relação à proteção
do meio ambiente.
No final da década de 60, o EIA passou a ser um instrumento de
relevante importância para prevenir danos ambientais e fazer parte de forma
significativa dos eventos internacionais.
82
No Brasil, seguindo a tendência mundial, o EIA e o RIMA foram
legalmente institucionalizados pela resolução CONAMA/ 001 de 23 de janeiro
de 1986.
3.6 ISO 14 000
Passados a Segunda Guerra Mundial, em 1946, delegados de 25
paises, em reunião especial realizada em Londres, decidiram criar uma nova
organização internacional de normalização. A nova organização, a ISO
começou suas atividades no dia 23 de fevereiro 1947. como o nome da
organização poderia ser abreviado de diversas formas, dependendo do idioma
do país, decidiu-se pela utilização de um nome derivado do grego, isos, que
significa igual, assim a abreviação para o nome da organização é sempre ISO,
em todos os países. A sigla ISO é reconhecida por International Organization
for Standarlization.
A ISO é uma federação internacional civil de organizações de
normalização com sede em Genebra, na Suíça. É uma federação sem fins
lucrativos, não governamental, composta de 110 membros. Trata-se de uma
organização de caráter privado que procura associar as diversas entidades de
normalização dos países, respeitando as peculiaridade de cada um.
No início da década de 90, a ISO viu a necessidade de se desenvolver
normas que falassem da questão ambiental e tivessem com intuito a
padronização dos processos de empresas que utilizassem recursos tirados da
natureza e ou causassem algum dano ambiental decorrente de suas
atividades.
No ano de 1993, a ISO reuniu diversos profissionais e criou um comitê
titulado Comitê Técnico TC 207 que teria como objetivo desenvolver normas
nas seguintes áreas envolvidas com o meio ambiente. O comitê foi dividido em
vários subcomitês.
a) Subcomitê 1: Desenvolveu uma norma relativa aos sistemas de
gestão ambiental;
83
b) Subcomitê 2: Desenvolveu normas relativas às auditorias na área
de meio ambiente;
c) Subcomitê 3: Desenvolveu normas relativas à rotulagem ambiental;
d) Subcomitê 4: Desenvolveu normas relativas a avaliação do
desempenho ambiental;
e) Subcomitê 5: Desenvolveu normas relativas à analise durante a
existência;
f) Subcomitê 6: Desenvolveu normas relativas a definições e
conceitos;
g) Subcomitê 7: Desenvolveu normas relativas à integração de
aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos;
h) Subcomitê 8: Desenvolveu normas relativas à comunicação
ambiental e
i) Subcomitê 9: Desenvolveu normas relativas às mudanças
climáticas.
3.6.1 Subcomitê 1: Sistemas de gestão ambiental
Este subcomitê desenvolveu a norma ISO 14001 que estabelece as
diretrizes básicas para o desenvolvimento de um sistema que gerenciasse a
questão ambiental dentro da empresa, ou seja, um sistema de gestão
ambiental. É a mais conhecida entre todas as normas da série 14000
3.6.1.1 Estrutura da norma ISO 14001
Está é primeira parte da norma onde é abordada o contexto histórico em
que foi desenvolvida, ressaltando a necessidade das empresas estabelecerem
parâmetros para a área ambiental.
84
A ISO 14001 tem como foco a proteção ao meio ambiente e a prevenção
da equilibrada com as necessidades sócio – econômicas do mundo atual; a
norma se aplica a qualquer tipo de empresa.
3.6.1.2 Objetivo da norma ISO 14001
a) Estabelecer a criação, manutenção e melhoria do sistema de
gestão ambiental;
b) Verificar se a empresa está conformidade com sua própria política
ambiental e outras determinações legais;
c) Permitir que a empresa demonstre isso para a sociedade;
d) Permitir que a empresa possa solicitar uma certificação, registro do
sistema de gestão ambiental, por um organismo certificador
externo.
3.6.2 Subcomitê 2: Auditorias na área de meio ambiente
No que diz respeito à execução de auditorias ambientais, este subcomitê
desenvolveu três normas: ISO 14010, ISO 14011 e ISO 14012 em 1996.
Em 2001 foi desenvolvida a ISO 14015 que foi revisada em 2003. No
ano de 2002 foi criada a norma ISO 19011 que substituiu a 14010, 11 e 12.
As normas citadas estabelecem:
a) ISO 14010: os princípios gerais para execução das auditorias;
b) ISO 14011: os procedimentos para o planejamento e execução de
auditorias num sistema de gestão ambiental;
c) ISO 14012: os critérios para qualificação de auditores;
d) ISO 14015: as avaliações ambientais de localidades e
organizações e
e) ISO 19011: guias sobre auditorias da qualidade e do meio
ambiente.
85
3.6.3 Subcomitê 3: Rotulagem ambiental
Rotulagem ambiental é a garantia de que um determinado produto é
adequado ao uso que se propõe e apresenta menor impacto ambiental em
relação aos produtos do concorrente disponíveis no mercado. É conhecida
também pelo nome de Selo Verde, sendo utilizadas em vários países , mas
com formas de abordagens objetivos que diferem uma das outras, (BARRA e
RENOFIO, 2008).
Para estabelecer as diretrizes para a rotulagem ecológica, este
subcomitê criou varias normas. São elas:
a) ISO 14020: estabelece os princípios básicos para rótulos e
declarações ambientais (criada em 1998 e revisada 2002)
b) ISO 14021: estabelece as auto – declarações ambientais – Tipo II
(criada em 1999 e revisada em 2004)
c) ISO 14024: estabelece os princípios e procedimentos para o rótulo
ambiental Tipo I (criada em 1999 e revisada em 2004)
d) ISO 14025: estabelece os princípios e procedimentos para o rótulo
ambiental Tipo II (criada em 2001)
No ano de 2003, foi iniciada a criação da ISO 14025 relativa ao Selo
Verde Tipo III que poderá ser usada como empecilho para às exportações dos
produtos de países que não estejam adequados e preparados.
3.6.4 Subcomitê 4: Avaliação da performance ambiental
Para estabelecer as diretrizes para um processo de avaliação de
performance ambiental de sistemas de gestão ambiental, este subcomitê, criou
as normas ISO 14031 em 1999 (revisada em 2004) e ISO 14032 também em
1999.
As normas estabelecem e fornecem:
a) ISO 140315: Diretrizes para a avaliação de desempenho ambiental;
ela inclui ainda exemplos de indicadores ambientais
86
b) ISO 14032: Exemplos de avaliação do desempenho ambiental.
3.6.5 Subcomitê 5: Análise durante a existência
A analise do ciclo de vida, ou seja, durante a existência da empresa, é
um processo criado com o intuito de avaliar os impactos ao meio ambiente e a
saúde provocados por um determinado produto processo, serviços ou outra
atividade econômica.
A analise abrange todo o ciclo de vida de um produto, processo,
atividade aborda, por exemplo.
a) A extração da matéria – prima
b) O processamento de matéria- prima
c) A produção
d) A distribuição
e) O uso
f) O reuso
g) A manutenção
h) A reciclagem
i) A eliminação.
Para incentivar entidades oficiais e empresas privadas e publicas a
abordarem os temas ambientais de forma integrada durante toda a sua
existência, este subcomitê, criou diversas normas. São elas:
a) ISO 14040: estabelece as diretrizes e estrutura para a analise do
ciclo de vida (criada em 1997)
b) ISO 14041: estabelece a definição do escopo e analise do
inventário do ciclo de vida (criada em 1998)
c) ISO 14042: Estabelece a avaliação do impacto do ciclo de vida
(criado em 2000)
d) ISO 14043: estabelece a interpretação do ciclo de vida (criada em
2000)
e) ISO 14048: estabelece o formato da apresentação de dados (criada
em 2002)
87
f) ISO TR 14047: fornece exemplos para a aplicação da ISO 14042
(criado em 2003)
g) ISO TR 14049: fornece exemplos para a aplicação da ISO 14041
(criado em 2000)
Com finalidade de facilitar a aplicação, as normas 14040, 14041, 14042
e 14043, foram reunidas em apenas dois documentos (14041 e 14044)
3.6.6 Subcomitê 6: Definições e conceitos
Toda a terminologia utilizada em todas as normas citadas anteriormente
é definida na norma ISO 14050, publicado no ano de 1998, criada por este
subcomitê.
Foi feita uma revisão desta norma, conforme descrito abaixo:
a) ISO 14050 Ver. I: publicada em 2002 e revisada em 2004.
3.6.7 Integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de
produtos.
Este subcomitê estudou como desenvolvimento de novos produtos
interage com o ambiente. Foi criada a seguinte norma:
a) ISO TR 14062: estabelece a integração de aspectos ambientais no
projeto e desenvolvimento de produtos (criada em 2002e revisada
em 2004)
Nesta norma foi criado o conceito de ecodesign. Este oferece inúmeros
benefícios as empresas que o utilizam, tais como;
a) Os custos são reduzidos;
b) O desempenho ambiental é melhorado;
c) A inovação é estimulada;
d) São criadas novas oportunidades de mercado e
e) A qualidade do produto é melhorada como um todo.
88
3.6.8 Subcomitê 8: Comunicação Ambiental
Este subcomitê desenvolveu duas normas relativas à comunicação
ambiental. São elas:
a) ISO TC 207/WG 4: Estabelece diretrizes e exemplos para a
comunicação ambiental.
b) ISO 14063: Estabelece o que foi definido sobre comunicação
ambiental (criada em 2006)
3.6.9 Subcomitê 9: Mudanças climáticas.
Este subcomitê desenvolveu normas relativas as mudanças climáticas
na Terra. Estas, em grande parte, são provocadas por impactos ambientais
gerados pelo homem. As normas são:
a) ISO TC 207/WG 5: Estabelece a medição, comunicação e
verificação de emissões de gases do efeito estufa, a nível de
entidades e projetos;
b) ISO TC 14064 Parte 1: Relativa aos gases do efeito estufa, diz
respeito a especificação para a quantificação, monitoramento e
comunicação de emissões e absorção por entidades;
c) ISO TC 14064 Parte 2: Relativa aos gases estufa, diz respeito a
especificação para a quantificação, monitoramento e comunicação
de emissões e absorção de projetos;
d) ISO TC 14064 Parte 3: Relativa aos gases estufa, diz respeito a
especificação e diretrizes para validação, verificação e certificação;
e) ISO TC 207/WG 6: Estabelece a acreditação e
f) ISO 14065: Relativa aos gases estufas, diz respeito aos requisitos
para validação e verificação de organismos para o uso em
acreditação ou outras formas de reconhecimento.
89
3.7 Benefícios e Resultados
Os certificados de gestão ambiental da serie ISO 14000 atestam a
responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades de uma
organização.
Para a obtenção e manutenção do certificado ISO 14000, a organização
tem que se submeter a auditorias periódicas, realizadas por uma empresa
certificadora, credenciada e reconhecida pelos organismos nacionais e
internacionais.
Nas auditorias são verificados o cumprimento de requisitos como:
a) Cumprimento da legislação ambiental;
b) Diagnostico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de
cada atividade;
c) Procedimento padrões e planos de ação para eliminar ou diminuir
os impactos ambientais sobre os aspectos ambientais e
d) Pessoal devidamente treinado e qualificado.
3.8 História da Reciclagem
A palavra reciclagem difundiu-se na mídia a partir do final da década de
1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-
primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta
de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A
expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
A reciclagem é o termo genericamente utilizado para designar o
reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo
produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns
são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem
são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não
renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de
tratamento final, como aterramento, ou incineração. O conceito de reciclagem
90
serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser
transformado novamente em um produto igual em todas as suas
características. O conceito de reciclagem é diferente do de reutilização. O
reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado
material já beneficiado em outro.
Para compreender a reciclagem, é importante alterar o conceito que se
tem de lixo, de algo sujo e inútil em sua totalidade. O primeiro passo é perceber
que o lixo, quando encaminhado ao processo de tratamento correto, é fonte de
riqueza. Para tanto, necessita que se faça uma separação de materiais,
(BATISTA e PAGLIUSO, 2006).
A reciclagem em alguns materiais, como papel é finita, pois algumas de
suas propriedades fisicas minimizam a cada processo da reciclagem; mais em
outros materiais como o aluminio é infinita, pois não acarreta em nenhuma
perda de suas propriedades físicas, e esse pode, assim, ser reciclado
continuamente.
O mercado da reciclagem está em continuo crescimento; o Brasil está
entre um dos maiores recicladores do mundo embora a atividade seja pouco
explorada. A reciclagem abrage a todos das industrais as donas de casas,
jovens, (BATISTA e PAGLIUSO, 2006).
Um dos maiores problemas com a reciclagem é a separação dos
materiais aproveitaveis, como papel, vidro e metais do restante de nosso lixo.
Existem usinas de reciclagens onde o lixo misturado pode ser separado do que
possa ser realmente lixo.
Segundo o CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem
(2008) a indústria da reciclagem movimenta, por ano, cerca de 8 bilhões de
reais, entre as atividades de geração, comercialização, medição e consumo de
commodities sucateadas.
3.8.1 Simbolo da Reciclagem
Como resultado da crescente conscientização dos consumidores e
ambientalismo, em 1970, o Container Corporation of America patrocinou um
91
concurso nacional para a escola secundária e estudantes universitários. Em
resposta a este concurso, o original símbolo reciclagem foi apresentado à
Conferência Internacional de Design por Gary Anderson. Ele desenhou o
símbolo enquanto ele era um sênior na Universidade de Southern Califórnia.
O símbolo mundial da reciclagem é um triângulo, formado por três setas,
no sentido horário. Elas fazem alusão a um ciclo: a primeira seta representa a
indústria, que produz um determinado produto (uma garrafa PET, por exemplo);
a segunda refere-se ao consumidor, que utiliza o item (a pessoa que consome
um refrigerante); a terceira sete representa a reciclagem, que permite a
reutilização da matéria-prima (a garrafa, que volta a ser matéria-prima, dando
origem a novas garrafas PETs e outros produtos).
Cada tipo de material - plástico, vidro, metal e papel - tem um símbolo
próprio. Esses símbolos podem ser encontrados nas embalagens dos produtos
recicláveis e mostram o que pode ser reaproveitado como matéria-prima.
Fonte: Wikipedia, 2009
Figura 13: Símbolo Reciclagem
92
Fonte: Setor Reciclagem (2009)
Figura 14: Simbologia dos materiais recicláveis.
Fonte: Google, 2009
Figura 15: Variação do símbolo da reciclagem
93
Os materiais plásticos, por terem uma grande variedade, foram divididos
em 7 categorias:
Fonte: Setor Reciclagem, 2009.
Figura 16: Símbolo de identificação dos materiais plásticos.
As cores é uma ferramenta também utilizada nos símbolos, cada
material tem sua cor.
AZUL
Papel/ Papelão
VERMELHO
Plástico
VERDE
Vidro
AMARELO
Metal
PRETO
Madeira
LARANJA
Resíduos Perigosos
BRANCO
Resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde.
CINZA
Resíduos geral não reciclável, ou misturado ou contaminado não
passível de separação
ROXO
Resíduos radioativos.
MARRON
Resíduos orgânicos.
Fonte: Setor Reciclagem, 2009. Quadro 4: Cores da reciclagem
3.8.2 Etapas da Reciclagem
94
A reciclagem começa com a separação do lixo. O lixo é separado por
papel, plástico, vidro, metal e orgânico. Nem tudo que é jogado fora pode ser
separado para a reciclagem.
Segundo o Setor Reciclagem (2005), que pode ir para reciclagem:
a) Plástico: Copos plásticos, vasilhas, embalagens de refrigerante,
sacos de leite, embalagens, tubos de canos de Policloreto de Vinila
(PVC).
b) Papel: Jornais, revistas, papelão, formulários, papéis brancos,
cartões, aparas de papel, papel- toalha, cartolina, embalagens de
ovo, fotocópia, envelopes e caixas em geral.
c) Metal: Chapas metálicas, latas de alumínio, panelas, fio, arames,
pregos, sucatas de ferro, cobre, pilhas e baterias. As pilhas e
baterias precisam ser descartadas em lugares corretos.
d) Vidro: Copos, garrafas, potes, frascos e cacos.
e) Orgânico: Restos de comida
O que não pode ir para reciclagem:
a) Papel: Etiquetas adesivas, papel carbono e de estêncil, papel
plastificado, fita crepe, papel de fax, papel metalizado, papéis sujos
de alimentos e guardanapos.
b) Plástico: Tomadas, cabos de panela, embalagens de biscoito,
náilon e poliester.
c) Vidro: Espelho, lâmina, pirex, porcelana, cerâmica e tubos de
televisão.
d) Metal: Clips, esponjas de aço e grampos.
Os produtos que vão para reciclagem precisam ir limpos, secos, latas e
plásticos amassado.
O material separado pode ser entregue aos catadores que o leva para
um depósito, onde ele é triado, prensado e enfardado com o auxílio de prensas
hidráulicas. Desse modo o volume de material é reduzido, otimizando o uso do
espaço e facilitando a organização. Os fardos separados por material são
então vendidos para os grandes sucateiros ou aparistas, que por sua vez
vendem para as indústrias; ou o material já é recolhido e entregues a industrias
de triagem.
95
3.8.3 Plástico
Conforme o site Setor Reciclavel (2005), a matéria-prima dos plásticos
geralmente é o petróleo, e é formado por uma complexa mistura de compostos;
pelo fato de estes compostos possuírem diferentes temperaturas de ebulição, é
possível separá-los através de um processo conhecido como destilação ou
craqueamento.
Os plásticos são materiais de enorme utilidade. Mas eles não se
decompõem facilmente e é difícil separar seus tipos diferentes para reciclagem.
Segundo Ambiente Brasil (2000), existem sete diferentes famílias de
plásticos que muitas vezes não são compatíveis quimicamente entre si, ou
seja, a mistura de alguns deles pode resultar em matérias defeituosas, de baixa
qualidade, sem as especificações técnicas necessárias para retornar à
produção, como matéria prima.
Os 7 tipos de plásticos são divididos em dois grupos de acordo com as
suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos.
Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem aquecidos,
podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova
forma. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80%
dos plásticos consumidos. Ex: polipropileno, polietileno.
Os termorrígidos ou termofixos são aqueles que não derretem quando
aquecidos, o que impossibilita a sua reutilização através dos processos
convencionais de reciclagem. Ex: poliuretano rígido.
(continua)
Tipos Aplicações
TERMOPLÁSTICOS
PET - (polietileno tereftalado)
Frascos de refrigerantes, produtos farmacêuticos, produtos de limpeza, mantas de impermeabilização e fibras têxteis, etc;
96
PEAD - (polietileno de alta densidade)
Embalagens para cosméticos, frascos de produtos químicos e de limpeza, tubos para líquidos e gás, tanques de combustível para veículos automotivos, etc;
V ou PVC - (policloreto de vinila)
Frascos de água mineral, tubos e conexões de encanamento, calçados, encapamentos de cabos elétricos, equipamentos médico-cirúrgicos, esquadrias e revestimentos, etc.
PEBD - (polietileno de baixa densidade)
Embalagens de alimentos, sacos industriais, sacos para lixo, lonas agrícolas, filmes flexíveis para embalagens e rótulos de brinquedos, etc;
PP - (poliproprileno)
Embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, seringas descartáveis, equipamentos médico-cirúrgicos, fibras e fios têxteis, utilidades domésticas, autopeças (pára-choques de carro);
PS – (poliestireno)
Copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e tv, embalagens de alimentos, revestimento de geladeiras, material escolar;
OUTROS
Plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores;
TERMORRÍGIDOS
97
PU - Poliuretanos, EVA – Poliacetato de Etileno Vinil etc
Solados de calçados, interruptores, peças industriais elétricas, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones e etc.
Fonte: Recicloteca, 2009.
Quadro 5: Classificação dos Plásticos.
3.8.3.1 Tipos de Reciclagem
3.8.3.1.1 Reciclagem Química
Segundo o Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos – Plastivida, a
reciclagem química reprocessa plásticos transformando-os em petroquímicos
básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como
matéria-prima, em refinarias ou centrais petroquímicas, para a obtenção de
produtos nobres de elevada qualidade.
O objetivo da reciclagem química é a recuperação dos componentes
químicos individuais para serem reutilizados como produtos químicos ou para a
produção de novos plásticos.
Essa reciclagem permite tratar mistura de plásticos, reduzindo custos de
pré-tratamento, custos de coleta e seleção. Além disso, permite produzir
plásticos novos com a mesma qualidade de um polímero original.
Fonte: Plastivida, 2009
Figura 17: Etapas da Reciclagem Química
(conclusão)
98
Os novos processos de reciclagem química desenvolvidos permitem a
reciclagem de misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado
grau de contaminantes (ex.: tintas, papéis etc.)
Existem vários processos de reciclagem química, entre eles:
HIDROGENAÇÃO As cadeias são quebradas mediante o tratamento com hidrogênio e calor, gerando produtos capazes de serem processados em refinarias.
GASEIFICAÇÃO Os plásticos são aquecidos com ar ou oxigênio, gerando-se gás de síntese contendo monóxido de carbono e hidrogênio.
QUIMÓLISE Consiste na quebra parcial ou total dos plásticos em monômeros na presença de glicol/ metanol e água.
PIRÓLISE É a quebra das moléculas pela ação do calor na ausência de oxigênio. Este processo gera frações de hidrocarbonetos capazes de serem processados em refinarias.
Fonte: Plastivida, 2009.
Quadro 6: Processos de reciclagem química.
3.8.3.1.2 Reciclagem Mecânica
A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos
pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na
produção de outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes,
mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens não- alimentícias
e muitos outros.
Essa reciclagem possibilita a obtenção de produtos compostos por um
único tipo de plástico, ou produtos a partir de misturas de diferentes plásticos
em determinadas proporções. Estima-se que no Brasil sejam reciclados
mecanicamente 15% dos resíduos plásticos pós-consumo.
Segundo o Instituto Plastivida, as etapas básicas desta forma de
reciclagem são:
a) Sistema de coleta dos descartes (coleta seletiva, coleta municipal,
catadores);
99
b) Separação e triagem dos diferentes tipos de plásticos;
c) Limpeza para retirada de sujeiras e restos de conteúdos;
d) Revalorização (produção do plástico granulado).
Fonte: Plastivida, 2009.
Figura 18: Etapa da reciclagem mecânica
SEPARAÇÃO
Separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de acordo com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são separados também rótulos de materiais diferentes, tampas de garrafas e produtos compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc. Por ser uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática das pessoas que executam esta tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva é mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.
MOAGEM Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e fragmentados em pequenas partes.
LAVAGEM
Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a retirada dos contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba um tratamento para a sua reutilização ou emissão como efluente.
AGLUTINAÇÃO
Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-se assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos contra a parede do equipamento rotativo provoca elevação da temperatura, levando à formação de uma massa plástica. O aglutinador também é utilizado para incorporação de aditivos - como cargas, pigmentos e lubrificantes.
(continua)
100
EXTRUSÃO
A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um "espaguete" contínuo, que é resfriado com água. Em seguida, o "espaguete" é picotado em um granulador e transformado em pellet (grãos plásticos).
Fonte: Plastivida, 2009
Quadro 7: Processo da reciclagem mecânica
3.8.3.1.3 Reciclagem Energética
A Reciclagem Energética é hoje uma realidade e uma importante
alternativa no gerenciamento do lixo urbano.
Conforme a Instituição Plastivida, é a tecnologia que transforma lixo
urbano em energia elétrica e térmica, um processo amplamente utilizado no
exterior e que aproveita o alto poder calorífico contido nos plásticos para uso
como combustível.
Países que adotam esse processo, além de criar novas matrizes
energéticas, conseguem reduzir substancialmente o volume de seus resíduos,
um benefício incalculável para cidades com problemas de espaço para a
destinação do lixo urbano.
Segundo o Instituto Plastivida, investir na Reciclagem Energética do lixo
urbano proporciona vantagens e benefícios inquestionáveis:
a) soluciona o problema dos lixões e aterros sanitários que já não são
capazes de atender às necessidades dos centros urbanos;
b) é a solução para a destinação final de lixo urbano não reciclável
recomendado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC/ONU);
c) reduz a emissão de gases dos aterros sanitários;
d) ajuda a preservar os leitos dos rios;
e) possibilita a recuperação energética dos materiais plásticos;
tecnologia que pode ser implantada próxima aos centros urbanos,
reduzindo os custos de coleta e transporte do lixo para os distantes
aterros sanitários;
(conclusão)
101
f) a área necessária para a implantação de uma usina de Reciclagem
Energética é muito inferior à exigida.
A reciclagem energética consiste na compactação dos resíduos e
subseqüente queima, gerando energia e resíduos sólidos e gasosos. Este
processo baseia-se no alto poder calorífico dos plásticos, utilizando-os como
combustíveis sintéticos.
Fonte: Instituto do PVC, 2009.
Figura 19: Esquema da reciclagem energética.
Os resíduos gasosos são tratados de forma a se reduzir a toxicidade das
emissões; os sólidos (subprodutos da queima) recebem destinação
diferenciada conforme o país que utiliza o processo. A energia térmica gerada
é recuperada sob a forma de vapor ou eletricidade.
3.8.2 Papel
A aceitação do papel reciclado é crescente, especialmente no mercado
corporativo. O papel reciclado tem um apelo ecológico, o que faz com que
alcance um preço até maior que o material virgem.
A reciclagem do papel é um procedimento que permite recuperar as
fibras celulósicas do papel velho e incorporá-las na fabricação de novo papel.
Não é um processo isento da produção de resíduos, mas a produção de pastas
virgens também não o é, e assim sempre se minimizam os problemas
102
relacionados com a produção de matéria prima e com a deposição do papel
velho. É importante realçar que os papéis não podem ser reciclados
indefinidamente sem que haja perde de qualidade. Após cada utilização, eles
perdem parte das suas propriedades e só podem ser reciclados para uso
distinto, e um pouco menos nobre, do que o original, (MEIRA, 2002).
Se olhar com cuidado e bem de perto para uma folha de papel vai-se
perceber que o papel é feito de inúmeras fibras que se cruzam. São elas que
lhe dão resistência.
Dependendo do tipo de polpa que é usada para fazer o papel (pode ser
pinho, eucalipto ou até outras fibras vegetais como algodão, linho, entre
outros.) ele vai ter fibras mais longas ou curtas e vai ser mais ou menos
resistente, (MEIRA, 2002).
Fonte: RudzerHOST, 2009.
Quadro 8: Economia feita com reciclagem
O papel é um material biodegradável e orgânico, mas em caso de
aterros com pouca umidade o processo de degradação se torna lento,
chegando a demorar de 3 meses a 100 anos para se decompor.
A definição das matérias-primas fibrosas recicláveis utilizadas para a
fabricação de papel compreende dois grandes grupos: aparas; e papéis
usados.
As aparas juntamente com materiais refugados e não utilizados,
resultam de operação industrial que transforma os papéis e cartões em uma
variada gama de artefatos. O grupo é caracterizado como de pré-consumo.
Já os papéis usados, também designados de papéis velhos, são os
diferentes tipos de papéis e artefatos de papel descartados pelos usuários
finais, após utilização. O grupo é caracterizado como de pós-consumo.
Economia feita com reciclagem:
1000kg de papel reciclado = 20 árvores poupadas
1000kg de papel reciclado = 2000l água
1000kg de papel não reciclado = 100 000l água.
103
PODE RECICLAR NÃO PODE RECICLAR
Caixas de papelão
Jornal
Revistas
Impressos em geral
Fotocópias
Rascunhos
Envelopes
Papéis timbrados
Cartões
Papel de fax
Papéis sanitários
Papéis plastificados
Papéis metalizados
Papéis parafinados
Copos descartáveis de papel
Papel carbono
Fotografias
Fitas adesivas
Etiquetas adesivas
Papel vegetal
Fonte: RudzerHOST, 2009.
Quadro 9: Papel reciclável e não reciclável.
O processo da reciclagem e fabricação do papel, é dividido em etapas.
Fabricação em industria:
Etapa 1:
a) Entrega das aparas (fardo) na fábrica recicladora de papel
b) Passa pelo controle de qualidade e é classificado
c) Vai para o estoque de aparas
d) O lote do estoque mais antigo vai para as esteiras transportadoras
e) O hidrapulper desagrega o papel, juntamente com água industrial
f) Depois de desagregado, a bomba puxa a massa de papel para
outras etapas
Etapa 2 - turbo tiraplástico (retirada de plástico)
Etapa 3 - processo de centrifugação para retirada de impurezas (areia,
prego, etc)
Etapa 4 - processo de refino da massa
a) Aditivos são adicionados à massa: sulfato de alumínio, amido de
mandioca, etc
Etapa 5 - Caixa de entrada da máquina de papel
Etapa 6 - Mesa formadora (vácuo retira umidade excedente)
Etapa 7 - Prensa acerta gramatura do papel
Etapa 8 - O papel passa pelos rolos secadores
104
Etapa 9 - Chega até a enroladeira
Etapa 10 - Forma-se o rolo de papel
Etapa 11 - O rolo é transportado por ponte rolante até a rebobinadeira
Etapa 12 - O papel é rebobinado conforme formato da bobina
Etapa 13 - A bobina de papel acabada vai para o controle de qualidade
Etapa 14 - Vai para o estoque, podendo ser vendida ou vai para a
cartonagem, transformando-se em chapa de papelão, a fim de ser
industrializada como caixas de papelão
Reciclar o papel em sua casa (artesanalmente)
Etapa 1: Corte os papéis que deseja reciclar. Ponha em uma bacia com
água. Deixe descansar por 24 hrs.
Etapa 2: Mexa essa mistura ou bata no liquidificador.
Etapa 3: Seque pondo em redes.Prense se quiser.
Etapa 4: Ponha essas redes para secar no sol.
Dica: Se quiser papéis coloridos use corante na cor desejada durante a
"Etapa 1".
3.8.3 Metal
Encontramos os metais em todos os lugares à nossa volta. Em nossa
cozinha - panelas, talheres. refrigerante de latinha, nos automóveis, nas pilhas,
nas baterias e no nosso dinheiro, por exemplo. Ele é sólido, não deixa passar
luz (é opaco) e conduz bem a eletricidade e o calor, possuindo um brilho
especial chamado de metálico. Quando aquecido é maleável, podendo ser
moldado em várias formas, desde fios até chapas e barras. Os metais podem
ser encontrados misturados no solo e nas rochas, sendo chamados de
minérios.
Existem muitos tipos de metais, chegando hoje ao total de sessenta e
oito. Dentre eles existem alguns bem diferentes, como o mercúrio (que é
líquido) e o sódio (que é leve). Os mais conhecidos e utilizados há muitos anos
são o ferro, cobre, estanho, chumbo, ouro e a prata.
105
De acordo com o site Geocities (2009), os metais podem ser separados
em dois grandes grupos: os ferrosos, compostos por ferro, e os não-ferrosos e
ainda em:
a) Sucatas pesadas: geralmente encontradas nos "ferros-velhos"
(vigas, equipamentos, chapas, grelhas etc.).
b) Sucatas de processo: cavacos, limalhas e rebarbas, além de peças
defeituosas que voltam ao processo industrial.
c) Sucatas de obsolescência: materiais destinados ao lixo após o uso.
Segundo Ambiente Brasil (2209), os metais são 100% recicláveis, por
exemplo, para fabricação de uma tonelada de alumínio são necessárias 5
toneladas de bauxita. A reciclagem de uma tonelada de sucata de alumínio
economiza 5 toneladas de bauxita, um recurso natural não-renovável.
As latas, tanto as de folhas-de-flandres quanto as de alumínio, são as
principais sucatas metálicas desprezadas hoje em dia e que podem ser
recuperadas em grandes quantidades pela coleta seletiva.
Cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1.140 kg
de minério de ferro, 154 kg de carvão e 18 kg de cal. Já na reciclagem do
alumínio, a economia de energia é de 95% em relação ao processo primário,
economizando a extração de 5 toneladas de bauxita (matéria prima para se
fabricar o alumínio) por tonelada reciclada, sem contar toda a lama vermelha
(resíduo da mineração) que é evitada.
Cada material tem o seu próprio processo de reciclagem, que podem se
diferenciar por método de triagem, retirada de impurezas, processo de
derretimento do material, e outros.
O primeiro passo do processo de reciclagem do alumínio é a coleta de
lixo feitos de alumínio a ser reciclado, eles podem ser latinhas de refrigerantes,
peças de carro, armação de janelas, entre outros. O material é limpo e
transformados em fardos(blocos dos materiais compactados), que são
transportados para a usina de reciclagem, então os fardos já na usina de
reciclagem são desenfardados e quebrados em pedaços menores uma
máquina desmancha os pedaços dos fardos transformando-os em pedaços
ainda menores(praticamente voltam a ser latas e peças usadas).Uma triagem
novamente é feita, agora com um separador eletromagnético que remove
metais ferrosos que possam estar misturados ao alumínio. Então o material é
106
picotado e novamente a separação eletromagnética é feita e uma peneira
vibratória faz a retirada de terra, areia e outros resíduos, depois um separador
pneumático por meio de jatos de ar separam papéis, plásticos e outros
materiais do alumínio. Os pedaços de alumínio são armazenados e colocados
em um forno que realiza a retirada de tintas e vernizes que estão nos pedaços
de alumínio. Feito isso o alumínio é levado para um forno de fusão e os
pedaços são transformados em metal líquido que é separado em
cadinhos(espécie de tigela onde metais fundem). Por fim o alumínio é
transformado em chapas prontas para virarem novos produtos.
3.8.3.1 Pilhas e Baterias
Apesar da aparência inocente e pequeno porte, as pilhas e baterias de
celular são hoje um problema ambiental. Classificadas como resíduos
perigosos e compostas de metais pesados altamente tóxicos e não-
biodegradáveis, como cádmio, chumbo e mercúrio, depois de utilizadas, a
maioria é jogada em lixos comuns e vai para aterros sanitários ou lixões a céu
aberto, (SILVEIRA, 2003)
A forma como são eliminados e o conseqüente vazamento de seus
componentes tóxicos contamina o solo, os cursos d’água e o lençol freático,
atingindo a flora e a fauna das regiões circunvizinhas. Através da cadeia
alimentar, essas substâncias chegam, de forma acumulada, aos seres
humanos.
Durante muitos anos, devido ao pouco uso de aparelhos eletrônicos, não
havia preocupação com a reciclagem de pilhas e baterias. Mas com o passar
do tempo e o avanço da tecnologia, esses materiais tornaram-se artigos
relevantes no dia a dia e de fácil acesso, e seu descarte começou a preocupar
pesquisadores, ambientalistas e autoridades, (SILVEIRA, 2003).
Os metais pesados contidos nas pilhas e baterias, quando absorvidos,
são de difícil eliminação pelo organismo, podendo causar diversos efeitos
nocivos ao ser humano, tais como: alergias de pele e respiratórias; náuseas e
vômitos; diarréias; diminuição do apetite e do peso; dores de estômago e gosto
107
metálico na boca; instabilidade, com distúrbio do sono; inibição das células de
defesa do organismo e bronquite. Pode inclusive causar danos ao sistema
nervoso, edemas pulmonares, osteoporose e alguns tipos de câncer
Na reciclagem das pilhas, as partes plásticas e os circuitos impressos
são incinerados, gerando energia elétrica. O aço e o níquel são fundidos e
reaproveitados. O cádmio, por sua vez, é purificado e também reutilizado. Nas
baterias, as carcaças são separadas dos componentes internos, moídas e
vendidas para empresas que reciclam plástico.
Os metais, como cádmio, mercúrio, chumbo e cromo, passam por vários
processos químicos e de calcinação, que resultam em óxidos e sais metálicos,
usados como corantes para pisos cerâmicos e vidros, (SILVEIRA, 2003).
3.8.4 Vidro
A sucata de vidro se origina da própria utilização do vidro em nosso
cotidiano, o que engloba vasilhames, copos, vidraças, entre outros. Sucata de
vidro é todo o vidro já utilizado ao menos uma vez que perde sua função pois
sua reutilização é impossibilitada por algum fator ou simplesmente é inviável.
Dessa forma, as alternativas que restam a esta sucata são: a reciclagem ou os
depósitos de lixo. Segundo Instituto Ambientalista Reviverde o vidro é um
material ideal para a reciclagem e pode, dependendo das circunstâncias, ser
infinitamente reciclado.
O vidro transformado em cacos volta ao forno no processo de fusão,
misturado com as mesmas matérias-primas usadas na sua fabricação. Depois
da fusão o vidro reciclado tem as mesmas características do vidro produzido
totalmente com matérias-primas.
O processo de reciclagem do vidro começa com o recebimento , logo
após o vidro é lavado, passa pela maquina que irá limpá-los e triturá-los ,
segue pela esteira o material para a segunda lavagem, há uma seleção para
tirar os plásticos e impurezas que possam ter se misturados, depois desses
processos forma-se um monte de caco de vidro, que segue para as industrias
108
que trabalham com o vidro, as industrias trabalha com os cacos e moldas
conforme deseja.
Podem ser reciclados Não podem ser reciclados
. Garrafas de refrigerantes e cervejas
descartáveis e retornáveis.
. Garrafas de sucos e águas.
. Garrafas de bebidas alcoólicas.
. Espelhos.
. Vidros de janela.
. Box de banheiro.
. Pára-brisa.
. Potes de produtos alimentícios.
. Frascos de remédios e perfumes.
. Frascos de molhos e condimentos.
. Embalagens de vidro, em geral.
. Cacos de qualquer das embalagens
acima.
. Cristais e lâmpadas.
. Tubos de televisão e válvulas.
. Ampolas de remédios.
. Porcelana, produtos de cerâmica e
louças (não são vidros).
Fonte: Saint Gobain, 2009.
Quadro 10: Vidros que podem ou não serem reciclados.
3.8.5 Orgânico
Lixo orgânico é todo resíduo de origem vegetal ou animal, ou seja, todo
lixo originário de um ser vivo e aqueles que a própria natureza produz. Este tipo
de lixo é produzido nas residências, escolas, empresas e pela natureza. Este
tipo de lixo precisa ser tratado com todo cuidado, pois pode gerar
conseqüências indesejadas para os seres humanos.
O lixo orgânico pode virar adubo, através do processo de decomposição.
No processo de decomposição (apodrecimento) do lixo orgânico é
produzido o chorume, que é um líquido viscoso e de cheiro forte e
109
desagradável. O chorume também é um elemento que pode provocar a
contaminação do solo e das águas (rios, lagos, lençóis freáticos).
O lixo orgânico deve ser depositado em aterros sanitários, seguindo
todas as normas de saneamento básico e tratamento de lixo. A população
também pode contribuir para o tratamento deste lixo, favorecendo a coleta
seletiva do lixo e a reciclagem.
Este tipo de lixo também pode ser usado para a produção de energia
(biogás), pois em seu processo de decomposição é gerado o gás metano.
Outra utilidade do lixo orgânico é a produção de adubo orgânico, muito usado
na agricultura, através do processo de compostagem.
3.9 Legislação
A legislação sobre resíduos sólidos em geral e em particular sobre sua
reciclagem é bastante escassa, para não dizer inexistente. O tratamento e a
disposição adequados dos resíduos sólidos, entretanto, são condições para a
manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, a sadia qualidade
de vida e a saúde da população, razão pela qual, na legislação ambiental,
encontram-se as linhas mestras que devem nortear o administrador público
nessa questão.
Especificamente em relação à reciclagem, começam a aparecer, ainda
que timidamente, normas de caráter nacional para determinados tipos de
resíduos, saber: agrotóxicos, pneus, pilhas e baterias.
Relativamente a agrotóxicos, vale citar a Lei nº 9.974, de 6 de junho de
2000, a qual, por sua vez, alterou a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989. As
principais alterações introduzidas pela Lei 9.974/00 são:
a) obrigação da devolução pelos usuários das embalagens de
agrotóxicos vazias;
b) responsabilização das empresas produtoras e comercializadoras de
agrotóxicos quanto à destinação das embalagens vazias, dos
produtos apreendidos pela ação fiscalizatória, bem como dos
110
produtos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua
reutilização, reciclagem ou inutilização.
Quanto aos pneus, o CONAMA aprovou, em 26 de agosto de 1999, a
Resolução nº 258, segundo a qual, as empresas fabricantes e as importadoras
de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final,
ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território
nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às quantidades
fabricadas e/ ou importada.
Assim, pelo disposto na Resolução 258/99 do CONAMA, a partir de 1º
de janeiro de 2002, para cada quatro pneus novos ou fabricados no País ou
pneus importados, inclusive aqueles que acompanham os veículos importados,
as empresas fabricantes e as importadoras devem dar destinação final a um
pneu inservível. A proporção cresce até 2005, quando:
a) para cada quatro pneus novos ou fabricados no País ou pneus
novos importados, inclusive aqueles que acompanham os veículos
importados, as empresas fabricantes e as importadoras devem dar
destinação final a cinco pneus inservíveis;
b) para cada três pneus reformados importados, de qualquer tipo, as
empresas importadoras devem dar destinação final a quatro pneus
inservíveis.
Essas normas devem ser revistas, conforme determina a própria
Resolução 258/99 do CONAMA, no quinto ano de sua vigência.
Em relação a pilhas e baterias, vigora a Resolução nº 257, de 30 de
junho de 1999, do CONAMA. De acordo com essa Resolução, as pilhas e
baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e
seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de
aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos
eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não
substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários
aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica
autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou
importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os
procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final
ambientalmente adequada.
111
A Resolução 257/99 do CONAMA fixa, ainda, os seguintes prazos, a
contar da vigência da mesma, para os fabricantes, os importadores, a rede
autorizada de assistência técnica e os comerciantes:
a) 12 meses para implantar os mecanismos operacionais para a
coleta, transporte e armazenamento;
b) 24 meses para implantar os sistemas de reutilização, reciclagem,
tratamento ou disposição final.
A Resolução 257/99 do CONAMA também fixa limites máximos de
conteúdo de mercúrio, cádmio e chumbo para pilhas e baterias e abre uma
exceção quanto à obrigatoriedade de recolhimento e reciclagem desses
produtos. De acordo com o art. 13 da citada norma, as pilhas e baterias que
atenderem aos limites fixados no seu art. 6º, podem ser dispostas juntamente
com os resíduos domiciliares em aterros sanitários licenciados. Como a maior
parte dos fabricantes de pilhas comercializadas no Brasil declararam estar de
acordo com tais limites, a reciclagem de pilhas usadas, na prática, não
ocorrerá.
Ante a insuficiência de normas mais abrangentes e mais rígidas, é ínfima
a parcela de resíduos submetida a processos de reciclagem.
3.10 Estatística da Reciclagem
3.10.1 Plástico
Segunda a Revista Reciclagem moderna (2009), desde do inicio do ano
de 2009, o preço dos materiais abaixou de 10% a 20%. Os matérias PET e
PEAD apresentaram um equilíbrio de compra de venda no mês de maio, já o
PP apresentou dificuldades para venda.
Dentro da área de plásticos, o PP, o PE (polietileno) e o PS (poliestireno)
são os plásticos que tiveram maior queda de demanda e de preço até 50 %,
dentre os citados o PP de cor preta chegou a apresentar queda de preço e
demanda acima de 50%, (VIEIRA, 2009).
112
O problema para a comercialização de algumas resinas secundárias é
que quando comparadas com o preço do produto virgem, a diferença foi
reduzida nos últimos meses, dessa forma, parte dos consumidores de plásticos
migrou para a compra de resina virgem. A diferença de preço historicamente
era de 40%.
Outros plásticos, foram menos afetados pela crise e continuam com boa
saída e diferença do material virgem, é o caso do POM (Poliacetal), PA
(Náilons) e do PMMA (Acrílico).
Segundo o MNCR, o plástico estava sendo comprado dos catadores por
R$ 1,00 passou para R$ 0,60, o quilo, e o plástico de garrafas pet, de R$1,20
para R$0,60; valores pagos entre janeiro e maio de 2009. Teoricamente o
preço do plástico é cotado pelo dólar, mas, como não existe ferramenta de
controle, as empresas não repassam a alta do dólar para os catadores.
3.10.1.1 PET
Uso de PET reciclado no Brasil1,70%
3,20%
3,60%
4,10%
5,80%
6,10%
12%
13,10%
50,50%
Tubos
Plásticos de engenharia
Fitas de Arquear
Injeção e Sopro
Exportação
Resinas insaturadas
Termoformados
Extrusão
Têxteis
Fonte: Revista Reciclagem, 2009
Figura 20: Uso de Pet reciclado no Brasil.
O PET reciclado é a resina plástica no Brasil que apresenta maior
número de aplicações na indústria, o índice de reciclagem hoje segundo a
Revista Reciclagem é de 53,5% e perde no mundo apenas para o Japão, que
detém a marca de 66,3%.
113
Atualmente, existem no Brasil 300 empresas que transformam a garrafa
PET em flakes ou grânulos , outras 60 empresas compram esse material para
a manufatura dos produtos. A reciclagem de PET gera perto de 6 mil empregos
diretos e 300 mil indiretos.
3.10.1.2 Embalagens agrotóxicos
As embalagens de agrotóxicos necessitam de um destino final córrego,
pois seu descarte errado causa danos ao meio ambiente. Todo ano campanhas
são realizadas para que agricultores e agropecuaristas, se conscientizam e
descartem as embalagens de forma correta, (INPEV, 2009).
Desde de 2002 segundo o site INPEV, 128.371 tonelas de embalagens
de agrotóxicos vazias foram retiradas do meio ambiente.
Fonte: Inpev, 2009.
Quadro 11: Comparativo destinação final acumulada de janeiro a junho em
todos os estados.
114
3.10.2 Madeira
Segundo Sergio (2009). os restos de serrarias ou até mesmo os restos
de poda de arvores, podem ser reciclados. Na cidade de São Paulo, estima
que 45 mil tonelada de madeiras são recolhidas na cidade após a poda de
arvores.
Na utilização desses materiais reciclados o pecuarista, está dividindo
espaço com fornos de padarias e caldeiras industriais. Os pecuarista estão
utilizando o material para cama onde os animais passam boa parte do tempo.
Grande parte da madeira que serve para a industria de reciclagem é
gerada nos principais pólos moveleiros do Brasil
Outro aplicação ao material reciclado cresce no Brasil, à medida que vai
aumentando a fiscalização em torno no uso da madeira, o segmento em
crescimento é a fabricação de moveis.
A serragem é oferecida entre R$ 80,00 e R$ 130,00 a tonelada, a
pecuaristas. Após seu uso, pelos pecuaristas ela recebe o nome de composto
orgânico e pode ser vendida para agricultores. A serragem compete com o
bagaço de cana, que é mais barato e encontrado com abundância.
A outra forma de venda da madeira é através de briquetes (compactação
em pequenos cubos), utilizados em queima, é oferecida entre R$ 130,00 a R$
140,00, o briquete.
3.10.3 Papel
O consumo de aparas no mercado nacional foi de 875 mil toneladas no
primeiro trimestre de 2009, uma queda de 3,3% se comparado com o mesmo
período de 2008, (VIEIRA, 2009).
Segundo a BRACELPA (Associação brasileira de celulose e papel) apud
Reciclagem Moderna (2009), o consumo de aparas foi 303 mil toneladas em
março de 2009, o que representa um aumento de 9,8%, se comparado com
115
Mil/ ton
220
277 275250
225
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio
276 mil toneladas consumidas em fevereiro. O mês de março apresenta ainda
queda de 0,7% se confrontado com o mês de março de 2008.
Com a crise do setor da reciclagem, os preços de vários tipos de papéis
se mantêm tão baixos, inclusive, provocando a saída de catadores dessa
atividade. Há cerca de um ano, a tonelada da aparas era comercializada a R$
550,00; hoje não sai por mais de R$ 200,00.
3.10.4 Metal
O setor de sucata ferrosa continua com grande volume de material na
expectativa de que as compras sejam retornadas e os preços apresentem
melhora no segundo semestre de 2009, (VIEIRA, 2009).
Em maio, um agravante passou a desestimular o escoamento de sucata
para o mercado externo; a queda sucessiva do dólar. Segundo o RFR (2009),
até o final de 2009 o mercado de sucata ferrosa ficará nesses leves
movimentos de avanço e retração, sem muitas novidades.
3.10.4.1 Aço
Fonte: Revista Reciclagem, 2009.
Figura 21: Vendas de aço plano no mercado interno.
116
O mais recente relatório do IBS revela que as siderúrgicas produziram
1,7 milhões de tonelada de aço bruto no mês de abril/ 09, o que representa
queda de 40,4% quando comparado com abril de 2008. Já a produção de
laminados de abril/ 09 foi de 1,5 milhão de tonelada, o que significa queda de
11,5% quando comparada com abril de 2008.
3.10.4.2 Cobre
Enquanto algumas commodities metálicas estão com o preço
paralisados ou apresentando modestas altas em torno de 10% o cobre
conseguiu obter alta de 25%, (VIEIRA, 2009)
Os estoques de cobre iniciaram o último trimestre de 2008 com uma
sequência de altas que culminou com um volume de, aproximadamente, 550
mil toneladas, ou seja, os volumes de oferta estavam maiores que os de
demanda, dessa forma a cotação do cobre nos primeiros meses de 2009 se
mantiveram num patamar de US$ 3,3 mil por tonelada. Encerrando o primeiro
trimestre de 2009, os estoques começaram a diminuir e inicia-se o processo
reverso da lei de oferta e procura, ate o mês de junho/ 09 os estoques estavam
em queda na casa das 298 mil toneladas, dessa forma os preços chegaram à
casa dos US$ 5 mil.
Fonte: LME, 2009
Figura 22: Preço do cobre de jan a ago de 2009 - tonelada/ US$
117
3.10.4.3 Alumínio
Comparado à situação do período entre outubro de 2009 e fevereiro de
2009, aos poucos o mercado de alumínio secundário começa a esboçar uma
leve reação de fluxo de material.
Desde o final de 2008, o volume de latas de alumínio caiu de 80 para 50
toneladas.
O quilo do produto está sendo comprado a R$ 1,50, enquanto que os
perfis e fundidos são comprados por R$ 2,20.
Fonte: LME, 2009.
Figura 23: Preço do alumínio no cenário mundial de janeiro a agosto de
2009 - Mil US$/ tonelada
3.10.4.4 Chumbo
O chumbo esta entre os cinco metais mais utilizados pela indústria
mundial. Pela norma Brasileira de resíduos, o chumbo é considerado um metal
perigoso e possui duras restrições quanto ao seu descarte, esse fator somado
118
ao fator que 50% do chumbo usado no Brasil é comprado no mercado externo,
torna sua reciclagem uma atividade importante e lucrativa, (VIEIRA, 2009).
Não há dados muito precisos para o setor, mas estima-se que 60% do
chumbo usado na indústria mundial seja de reciclagem. O Brasil não é mais
produtor de chumbo primário desde a década passada; como não somo
autossuficiente em chumbo, dependemos de duas frentes básicas: importação
e reciclagem interna.
Dados do Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ) apud Reciclagem
Moderna (2009), indicam que o consumo brasileiro de chumbo de 2008 foi de
129 mil toneladas, sendo que as importações somaram aproximadamente 86
mil toneladas de metal, o resto do consumo foi suprido pela reciclagem de
sucatas e material secundário; para as empresas que atuam no setor, o
consumo de chumbo em 2008 ficou entre 210 e 215 mil toneladas, sendo 75
mil toneladas de importação e o restante de reciclagem.
3.10.4.5 Pilhas e Baterias
Estima-se que 12 bilhão de unidade por ano são distribuídos, apenas
consegue se tratar 1%.
3.10.4.6 Têxtil
Essa é uma matéria que carece estudo, para o melhor aproveitamento
de tecidos que são jogados.
3.10.4.7 Vidro
119
Com um quilo de vidro se faz outro quilo de vidro, com perda zero e sem
poluição para o meio ambiente. Além da vantagem do reaproveitamento de
100% do caco, a reciclagem permite poupar matérias primas naturais, como
areia, barrilha, calcário, etc. Esse material reciclado pode ser aplicado em
segmentos como pavimentação de estradas, fibra de vidro, bijuterias e muitos
outros. Em 2008, 46% das embalagens de vidro são recicladas no Brasil
somando 390 mil ton/ ano. Desse total, 40% são oriundos da indústria de
envase, 40% do mercado difuso, 10% do "canal frio" (bares, restaurantes, etc)
e 10% do refugo da indústria, (CEMPRE, 2008)
A reciclagem desse material não é maior devido ao seu peso, o que
encarece o custo do transporte da sucata. Além disso, o material não pode
estar misturado com pedaços de cristais, espelhos, lâmpadas ou até mesmo
vidro plano usado para automóveis, pois a química do material é diferente o
que impede a reciclagem.
O vidro pode ser comprado a tonelada por: o vidro branco na media de
R$ 170, 00, vidro verde R$ 105,00, vidro âmbar R$ 120, 00 e o misto R$ 70,00.
3.10.4.8 Sucata eletrônica
A tonelada da sucata eletrônica, dependendo do estado pode ser cotada
entre R$ 4.000,00 e R$ 7.000,00. Porem grande parte da sucata eletrônica,
acaba por ficar encostada em residências. No Brasil não existe tecnologia para
extrair a parte mais nobre da sucata eletrônica, por isso ela deixa o País na
forma de sucata triturada e acaba sendo processada em países asiáticos.
Segundo a Revista Reciclagem Moderna (2009), de uma tonelada de sucata
eletrônica pode se extrair ate 300 gramas de ouro além de outros metais como
chumbo, cromo e prata.
120
CAPITULO IV
APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA VERDE EM EMPRESA NA REGIÃO DE LINS
4 INTRODUÇÃO
A logística verde é um assunto novo, com preocupação ambiental igual a
da logística reversa, só com valores diferentes, ela se preocupa com o impacto
causado com o uso de recursos humanos, ela visa minimizar a utilização dos
mesmos. Projetos voltados à minimização de recursos podem ser considerados
ecologísticamente correto. Vários já são realizados em nossa região,
demonstrando que a idéia é aplicável, e de baixo valor.
4.1 Prefeitura Municipal de Lins
A Prefeitura Municipal de Lins, como todas as outras prefeituras, atua de
maneira a promover o desenvolvimento sustentável, ou seja, procura suprir as
necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às
necessidades das futuras gerações, é o desenvolvimento que não esgota os
recursos para o futuro.
A cidade possui, vários projetos e programas voltados ao meio
ambiente, que, se encaixam na logística verde, com o objetivo de minimizar a
utilização de recursos naturais.
4.1.1 Município Verde Azul
Participação, democratização e descentralização: esta é a receita do
Projeto Estratégico Município Verde Azul. Neste, o Governo do Estado de São
121
Paulo e os municípios trabalham juntos na efetivação da agenda ambiental
paulista.
A adesão dos municípios ao Projeto se dá a partir da assinatura de um
“Protocolo de Intenções” que propõe 10 Diretivas Ambientais que abordam
questões ambientais prioritárias a serem desenvolvidas. Assim é estabelecida
a parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente que orienta, segundo
critérios específicos a serem avaliados, rumo às ações necessárias para que o
município seja certificado como “Município Verde Azul”.
As 10 Diretivas são: Esgoto Tratado, Lixo Mínimo, Recuperação da Mata
Ciliar, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Habitação Sustentável, Uso
da Água, Poluição do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho de Meio Ambiente,
onde os municípios concentram os seus esforços na construção de uma
agenda ambiental efetiva.
Para a cidade receber o nome de município verde é preciso preencher o
plano de ação nas 10 diretivas, ela sofre uma avaliação e se sua nota for acima
de 80, em uma avaliação que varia de 0 a 100, ela recebe essa nomenclatura.
Com essa iniciação, o município começa a aplicar a logística verde, pois
o intuito de minimizar os recursos humanos e impactos ambientais.
4.1.2 Programa Municipal de Incentivo ao Transporte Alternativo
Nos dias atuais, vem se acentuando a preocupação com a preservação
da natureza, em função das atividades humanas, que tem ocasionado
problemas sérios de degradação ambiental, a ponto de comprometer, caso não
haja uma intervenção decisiva no comportamento humano, os recursos
naturais que restam, as condições de vida e consequentemente toda a vida
futura no planeta. Nunca foram vistas mudanças tão rápidas e com efeitos
devastadores como tem ocorrido nos últimos anos. o aquecimento global
ocorre em função do aumento de gases poluentes, principalmente, derivados
da queima de combustível fóssil. Os gases liberados pela queima de
combustíveis, formam uma camada de poluentes, causando o famoso efeito
estufa. Estes gases dificultam a dispersão das massas de ar, de calor e o
122
resultado é o aumento da temperatura global. Colaboram também para este
processo o desmatamento e a queimada de florestas, embora ocorra de forma
mais evidente em grandes cidades, suas conseqüências são verificadas em
nível global.
Com esses motivos no dia 06 de julho de 2009, iniciou-se o Programa
Municipal de Incentivo ao Transporte Alternativo, o programa tem como
objetivo incentivar a população a colaborar para a diminuição da emissão de
gases poluentes.
O Transporte alternativo é uma opção ao transporte usual. Por exemplo,
ao invés de se usar o carro, pode-se usar a bicicleta, ônibus ou caminhar. A
busca por transporte alternativo faz parte da corrida por melhorias no meio
ambiente, otimizando os fluxos e poupando as emissões de gases.
4.1.3. COMPOR – de olho no óleo
O Projeto visa a sensibilidade da comunidade para a coleta de óleo de
cozinha em 100% da área urbana.
Estão envolvidos no projetos, a prefeitura municipal de Lins. Sabesp,
Grupo Bertin, COPERSOL e Rotary Club Lins Sul.
Os postos de coleta estão espalhados pela cidade em algumas escolas
municipais ou estaduais, ou em outros locais como, Restaurante 3 azes, Babys
Gula, Restaurante Aldeia das Flores, Novo Horto Municipal de Lins, Posto de
Informação Turística – PIT.
4.1.4 Arborização Urbana
A arborização urbana é fundamental para a cidade pois melhora a
qualidade de vida de seus habitantes. Alem da função paisagística, a
arborização urbana proporciona os seguintes benefícios:
a) Proteção contra ventos,
123
b) Diminuição da poluição sonora
c) Absorção de parte dos raios solares
d) Neutralização os efeito da poluição
e) Liberação de oxigênio
f) Elevação da umidade do ar
g) Absorção do gás carbônico
4.1.5 Bosques Urbanos
O programa Bosques Urbanos prevê o reflorestamento das matas
ciliares dos cursos d’ água que corta o município de Lins. Alem de estar de
acordo com a legislação ambiental, recupera a vegetação das áreas de
preservação permanente, contribui para melhorar a qualidade do ar,
preservação de recursos hídricos, evita erosão protegendo o solo, elimina
espaços que poderiam estar sendo usados para depósitos de entulhos, lixo
urbano ou moradias clandestinas e proporciona aos munícipes a oportunidade
de atenderem a importância da preservação da natureza como condição Sine
Qua Non para sua sobrevivência.
O programa Bosques Urbanos, é de caráter sustentável pois garante a
continuidade da vida no planeta nos mesmos patamares quando do seu inicio.
Neste projeto, há a participação de parceiros locais e regionais, como
Ongs ambientalistas, DEPRN, UNIMEP, clubes de serviço ( Rotary ), Sabesp,
AES-Tietê, Policia Ambiental entre outros, com o intuito de somar esforços para
a realização de reflorestamento. Até o momento, já foram plantadas 37.053
mudas as quais estão sendo mantidas pela prefeitura e parceiros.
4.1.6 Educação Ambiental
A educação ambiental se constitui numa forma abrangente de educação,
que se propõe atingir toda a população, relacionando a humanidade com a
124
natureza, tendo interferência nos ecossistemas, hoje culminado numa forte
pressão exercida sobre os recursos naturais e ambientais
É clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em
relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de
desenvolvimento sustentável (processo que assegura uma gestão responsável
dos recursos do planeta de forma a preservar os interesses das gerações
futuras e, ao mesmo tempo atender as necessidades das gerações atuais), a
compatibilização de práticas econômicas e conservacionistas, com reflexos
positivos evidentes junto à qualidade de vida de todos.
4.1.7 Coleta Seletiva
Os materiais recicláveis são recolhidos e enviados para Coopersol, onde
são triados, beneficiados e depois vendidos para as industrias recicláveis.
Dessa forma estamos protegendo a natureza e gerando emprego as famílias
dos cooperados, proporcionando crescimento social, econômico de forma
sustentável.
4.1.8 Papa Pilhas
A parceria entre o Horto Municipal de Lins e Banco Real, o programa de
reciclagem de pilhas e baterias, papa pilhas, recolhe pilhas e baterias portáteis
usadas e se encarrega de sua reciclagem. Assim, contribuímos para uma
adequada disposição desses materiais, cujos resíduos tóxicos representam um
risco ao meio ambiente e a saúde publica.
Com programa, procuram conscientizar as pessoas sobre a necessidade
de dar uma destinação correta a esses material, reduzindo a quantidade de
pilhas e baterias lançadas inadequadamente no meio ambiente.
125
A reciclagem é feita por uma empresa especializada e licenciada para
realizar esse trabalho. O Banco Real é responsável pelos custos de coleta,
transporte e reciclagem dos materiais.
O papa pilhas reforça nossas praticas de gestão, que buscam
engajamento dos públicos que relacionam com o banco na construção de uma
sociedade melhor.
4.2 Sacolas Retornáveis – Amigão Lins
Procurando reconhecer a pratica da logística verde foi efetuada
panfletagem em supermercados locais, tais como Amigão I, Amigão II, Hirata,
Amália, Bom Viver e Confiança. No sentido de divulgar a necessidade do
controle de utilização de sacolas plásticas e de sua substituição por sacolas
ecológica ou permanente.
A abordagem efetuada não visava apenas a entrega do panfleto e sim
um trabalho de educação e conscientização ambiental bem dentro do conceito
que preceitua a logística verde.
É importante reconhecer que as pessoas mostram-se receptivas e
interessadas no assunto respondendo de maneira positiva ao apelo efetuado,
entretanto pequena parcela ainda tem dificuldade de compreender uma política
ambiental julgando a iniciativa como mera distribuição de panfletos
publicitários.
Atendo ao fator negativo demonstrado reforça o conceito da logística
verde de que só obterá um ganho de qualidade ambiental com a crescente
divulgação e educação do cidadão.
4.3 Troca de Óleo – Amigão
126
Uma união entre Amigão, Óleo e Óleo e Grupo Bertin, e em parcerias
com outras entidades, foi fundada a campanha de Recolhimento de Óleo
Usado.
A população leva até o Amigão 4 litros de óleo usado e troca por um
óleo Lisa novo. Esse óleo é recolhido pela empresa Óleo e Óleo e enviado para
o Grupo Bertin que o utiliza na fabricação do biodisel.
O Óleo e Óleo, envia para a reciclagem as embalagens na qual a população
entrega o óleo usado.
127
CAPITULO V
APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA E LOGÍSTICA VERDE NA
COOPERATIVA CAMDA
5 INTRODUÇÃO
As preocupações nesse início de século voltam-se para as
transformações que o planeta vem passando com impactos visíveis.
Discussões intermináveis estão ocorrendo por todas as partes. Os diversos
segmentos da sociedade - políticos, econômicos e sociais - exercem cada um a
sua maneira uma pressão sobre o outro, numa demonstração clara, não de
preocupação, mas de determinação de responsáveis pela questão da
conservação.
No Brasil, as transformações já são visíveis pelo desequilíbrio climático,
enchentes em regiões seca, o mar avançando sob as cidades litorâneas,
quadro de ciclones e tempestades destrutivas; num país que se colocava como
aquele que estava imune a essas intempéries.
A logística é uma atividade onipresente na sociedade moderna. Sua
importância pode ser medida através da simples observação de todos os
produtos que estão acessíveis ao consumidor em um determinado mercado.
As novas exigências para a atividade logística no Brasil e no mundo
passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de
custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no
cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação
das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação,
análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas
metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e
adequação dos negócios
A pratica da logística reversa e logística verde vem no intuito de rever o
impacto causado ao meio ambiente, cada um de sua maneira, a logística
reversa se preocupando com o retorno do que foi distribuído, e a verde a
128
minimização da utilização dos recursos naturais, mais os dois no final com o
mesmo propósito, preservar o que ainda resta.
De acordo com a NBR ISO 14001:2004, Impacto Ambiental é qualquer
alteração benéfica ou adversa causada pelas atividades, serviços e/ ou
produtos de uma organização.(apud DONATO, 2009)
A cooperativa Camda, é uma empresa como todas as outras, tem a
preocupação ambiental, ainda mais aguçada por comercializar produtos que
agridem o meio ambiente, ela se preocupa em minimizar os impactos que
causam ao meio ambiente.
5.1 Métodos e Técnicas
a) Método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso na
Cooperativa Camda de Lins, analisando aspectos voltados para
preocupação com o meio ambiente e a pratica da logística reversa e
logística verde. As técnicas abordadas para o procedimento estão
descritas no Apêndice A - Roteiro de Estudo de Caso.
b) Método de observação sistemática: foi analisados e observados os
procedimentos aplicados nos atendimento a clientes, suporte dado a
procedimento de recebimento e destinação de embalagens e
ferramentas para colocar em pratica a logística reversa e logística
verde, a fim de dar suporte para o desenvolvimento do estudo de
caso. As técnicas abordadas para o procedimento estão descritas no
Apêndice B - Roteiro de Observação Sistemática.
c) Método Histórico: foram observados, analisados e acompanhados os
procedimentos aplicados no pré e pós venda de agrotóxico, e qual a
preocupação da cooperativa e cooperados com o meio ambiente,
como suporte para o desenvolvimento do estudo de caso. As
técnicas abordadas para o procedimento estão descritas no
Apêndice C - Roteiro do Histórico da Empresa.
d) Estatístico: foi recolhido dados da cooperativa Camda e dos
cooperados no período de fevereiro a outubro de 2009, com
129
propósito de demonstrar a evolução com a preocupação com o meio
ambiente e meios de prevenir. As técnicas abordadas para o
procedimento estão descritas no Apêndice D - Roteiro de entrevista
para gerente da cooperativa Camda, Apêndice E – Roteiro de
entrevista para responsável em logística e Apêndice F – Roteiro de
entrevista para cooperados.
5.2 Aplicação da Logística na Cooperativa Camda
5.2.1 Logística Reversa
A cooperativa Camda está ligada diretamente com agricultores, fornecendo
todo o material necessário para o plantio e colheita, e cientes do impacto que
os produtos possam causar ao meio ambiente, desenvolvem projetos sócio
ambientais, com objetivo de renovar os hábitos antigos de seus cooperados.
A cooperativa Camda por seguir decreto nº 4.074, de 04 de janeiro de
2002 - Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989 e lei nº 7.802, de
11 de julho de 1989, treina os seus profissionais para que incentivem e
ensinem os cooperados a dar o destino correto ao final do uso da embalagem
de agrotóxico. Destino que na Lei 9.974 se torna obrigatória, no prazo de um
ano a contar da data da compra. No ato da venda a cooperativa deve indicar na
nota fiscal o endereço para a devolução das embalagens.
A Lei nº 9.974, art. 6, inciso 1, § 5º, da Constituição Federal de junho de
2000, cita que:
As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes. (BRASIL, 2000)
130
Ao vender a cooperativa já fornece as informações de como manusear e
realizar a tríplice lavagem no final do manuseio. Em Lins não existe nenhum
posto de recebimento de embalagens de agrotóxicos, o posto mais próximo se
localiza na cidade de Penapolis com aproximadamente 50 quilômetros. Fica a
responsabilidade do produtor a entrega nos postos de recebimento de
embalagem, pela distância alguns agricultores preferem dar o destino incorreto
as embalagens, enterrando, queimando ou jogando de forma irregular, o que
causa danos irreversíveis ao meio ambiente.
A cooperativa possui projetos voltados não apenas aos produtos
agrotóxicos, outras áreas também são abrangidas, como reciclagem de
diversos materiais, educação ambiental e outros; em algumas cidades que
possui filiais da Camda; em Lins, os projetos ainda não são realizados.
Para mudar o cenário a cooperativa poderia construir um posto de
recebimento de embalagens na cidade, ou contribuir para o destino final,
marcando um dia com os cooperados e passar recolhendo, e levando ao posto
de recebimento mais perto. Assim aumentaria o número de embalagens
recolhidas, pois facilitaria muito os cooperados.
A construção de um posto necessita dispor de instalações adequadas
para o recebimento e armazenamento das embalagens vazias devolvidas pelos
usuários, até que sejam recolhidas pelas indústrias produtoras e
comercializadoras de produtos fitossanitários, responsáveis pela destinação
final destas embalagens.
Continua Necessidades Unidades de Recebimento
Localização Zona rural ou industrial em terreno preferencialmente plano, não sujeito a inundação e distante de corpos hídricos
Área necessária Além da área necessária para o galpão, observar mais 10 metros para movimentação de caminhões
Área cercada A área deve ser toda cercada com altura mínima de 2 metros
Portão de duas folhas 2 metros cada folha
Área para movimentação de veículos Com brita, outro material similar ou impermeabilizada
131
Área total do galpão (mínimo) p/ lavadas
Posto 80 m2 - Central 160 m2
Área para embalagens não laváveis Sim (80 m2 mínimo)
Caixa de contenção Sim
Pé direito Posto 3,5 a 4 metros - Central 4,5 a 5 metros
Fundações A critério
Estrutura A critério (definição regional) Ex: metálico, alvenaria
Cobertura A critério, com beiral de 1 metro e
lanternim lateral
Piso do galpão Piso cimentado (mínimo de 5cm com malha de ferro)
Mureta lateral 2 metros
Telado acima da mureta Sim
Calçada lateral 1 metro de largura
Instalação elétrica Sim
Instalação hidráulica Sim
EPI (Equipamento de Proteção Individual) Sim
Instalações sanitárias Sim (com vestiário e chuveiro)
Sinalização de toda a área Sim
Gerenciamento Sim
Licença ambiental Sim
Fonte: Inpev 2009 Quadro 12: Requisitos mínimos para a construção de Unidades de Recebimento
Segundo a Inpev (2009), para o início do funcionamento, as Unidades de
Recebimento devem estar adequadas para o trabalho dos operadores e
preparo das embalagens como a seguir:
a) dotar as unidades de recebimento de equipamentos e instalações
especiais para o manuseio das embalagens lavadas ou não.
(conclusão)
132
Instalações especiais são células modulares para a separação e
armazenamento das embalagens por tipo de material.
b) treinar a equipe de trabalho (supervisor e operadores) para o uso
de equipamentos de proteção individual e atividades de
recebimento, inspeção, triagem e armazenamento das
embalagens.
O custo para a implantação é alto, porém a Cooperativa tem a opção de
se responsabilizar pelo recolhimento das embalagens agendando data para
entrega das mesmas na filial pelos cooperados ou busca dessas embalagens
nas próprias propriedades dos cooperados, nessa operação o custo seria
adquirir um caminhão apropriado para o transporte, treinamento de funcionário
e combustível, esse que por fim poderia ser repassado aos cooperados já que
é obrigação deles também dar o destino correto às embalagens.
5.2.2 Logística Verde
Por ser um assunto ainda pouco conhecido e publicado, a cooperativa
Camda, assim como outras empresas, fazem pouco relacionado a esse tipo de
logística.
Eles comercializam defensivos agrícolas em embalagens hidrossolúveis,
ou seja, não há o manuseio com o produto apenas joga-se a embalagem
dentro do pulverizador e ela por si só se dissolve, isso torna-se o processo
muito mais seguro que as embalagens convencionais. A tendência é que há
longo prazo todas as empresas fabricantes de defensivos agrícolas e afins
usem dessa tecnologia, protegendo dessa maneira o meio ambiente e as
pessoas ligadas diretamente no manuseio.
Os produtos comercializados necessitam de uma armazenagem correta,
a Camda possui um prédio estruturado com as normas que se exige, dessa
forma eles protegem o meio ambiente de sofrer algum impacto, caso venha há
ocorrer qualquer tipo de acidente.
133
Atualmente essas são as únicas ações de logística verde praticada pela
Camda em Lins, isso não quer dizer que a cooperativa não possui consciência
ambiental, eles participam de vários projetos visando o impacto ambiental.
Na região de Adamantina na cidade Mariapolis, a Camda possui um
projeto chamado Dupont na Escola, com o objetivo de repassar aos alunos do
ensino fundamental, noções de preservar o meio ambiente, conscientizando-
os dos danos causados no nosso planeta e incentivando- os para que eles
repassam ao próximo o que aprenderam.
A logística verde poderia começar a ser aplicada na estrutura do prédio,
transformando o prédio para ecologicamente correto. Os benefícios seriam
para o meio ambiente e economicamente, já que estaria economizando água e
energia. Para transformar o prédio necessita adaptá-lo com alguns
equipamentos e mudança na estrutura do prédio. Segundo ao site Eletrosul
(2009), que passa as coordenadas para construção ecologicamente correta, as
mudanças que podem ser realizadas seriam as seguintes:
a) abertura aproveitando os eventos de verão;
b) insuflamento mecânico: equipamento que puxa o ar externo, e o
lança no lado interno, favorecendo o resfriamento da temperatura e
conforto;
c) coleta e aproveitamento de água pluvial para fins não potáveis, as
águas não contaminadas vão para um dispositivo que passa por
uma peneira e segue para o tanque de reserva, a água
contaminada segue para o esgoto.
d) sistema fotovoltaico: painel silício amorfo sobreposto a face norte
do telhado, com inclinação definida conforme a latitude local; a
capitação gera energia elétrica.
5.3 Parecer final
Analisando as estratégias adotadas pela cooperativa Camda, pode-se
observar que o processo está atendendo as necessidades de seus
cooperados, mesmo estes não realizando devidamente o que são orientados,
134
eles sabem que não é correto o destino que dão as embalagens, mais por
acharem mais cômodo, os realizam, de forma que contraria ao que a
Cooperativa Camda os instrui.
A Cooperativa Camda, com os projetos, e palestras realizadas por eles e
por parceiros, orientam seus cooperados a terem uma consciência de seus
atos diante do impacto ambiental. Os projetos e palestras realizados têm
finalidade reeducar seus cooperados, em consonância ao que define a logística
verde.
Porém, percebe-se que ainda são necessárias algumas medidas de
conscientização por parte dos cooperados, e até mesmo da cooperativa, eles
tem a consciência ambiental, mas ainda estão presos a hábitos antigos, os
cooperados precisam mudar para poder agir dentro da ecologística,
135
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
O estudo realizado pelo grupo na Cooperativa Camda focou como ponto
principal da pesquisa a ferramenta utilizada para a redução do impacto
ambiental, e como implantam essas ferramentas e os métodos que seja
possível realizá-las. Verificou-se que a Camda possui uma conscientização
sobre o meio ambiente, e que tentam repassar a seus cooperados.
Com analises de todos os projetos realizados pela Camda/ Lins, diante
disso propõem-se;
a) A mídia contribua para a conscientização da população aos impactos
causados com pequenas ações. A Camda por sua vez em suas ações
não conscientizar apenas os cooperados mais sim os funcionários e
apoiadores, que normalmente realizam as atividades que causam o
maior impacto ambiental.
b) A construção de mais postos de recebimento de embalagens vazias de
agrotóxicos, para diminuir a distancia e os cooperado não ter obstáculos
para dar o destino correto as embalagens;
c) A aquisição de um caminhão apropriado para o recolhimento das
embalagens nas propriedades, o esquema funcionaria com data
marcada, os cooperados separariam o material e a cooperativa passaria
recolhendo, assim isentaria a responsabilidade do cooperado de
devolver a embalagem, o custo com essa ação poderia ser repassada
para os cooperados, por taxa mínima no ato da compra.
d) Incentivar os cooperados a darem o destino correto através de brindes
ou descontos na compras de produto. É cultural as pessoas aderirem
uma nova ação, quando vêem vantagens nela.
e) Iniciar educação ambiental no ensino fundamental, etapa que se forma o
caráter e as opiniões. É de suma importância, que a educação comece
desde de cedo, e já cresçam consciente de suas ações e no que elas
podem resultar no futuro.
f) Reformar o prédio da Cooperativa Camda, o tornando ecologicamente
correto, trazendo benefícios econômicos e naturais, pois será reduzido o
uso de água e energia.
136
CONCLUSÃO
No mundo atual, a sociedade esta cada vez mais ligada a importância da
não degradação do meio ambiente, diante disso o cenário atual obriga as
empresas atenderem a preservação da natureza.
O assunto sobre meio ambiente sempre foi um fato muito abordado,
antes empresas se preocupavam somente em buscar os lucros e baixar seus
custos, nos dias atuais ocorrem grandes mudanças, o qual empresas estão
mais focadas na opinião da sociedade, pois ela está mais atenta ao
comportamento ético das empresas.
A resposta da pergunta problema foi respondida e a hipótese
comprovada, com a realização deste trabalho, podemos afirmar que na
Cooperativa Camda, os projetos são fundamentais para o real desenvolvimento
da Cooperativa; a responsabilidade social e o compromisso ambiental estão
inseridos nos conceitos estruturais da Cooperativa Camda, auxiliando no
desenvolvimento sólido, consciente e responsável diante a comunidade.
No decorrer deste trabalho, podemos contar com os funcionários da
Cooperativa Camda, que nos permitiram acesso as dependências do órgão, e
nos disponibilizaram todo o material necessário para a realização do mesmo.
Este trabalho foi direcionado aos alunos e especialistas em
Administração e Ciência Contábeis e para todos os profissionais da área que
buscam coletar informações sobre a Logística Reversa e Logística Verde,
esperamos com a realização deste contribuir para futuras pesquisas, já que
realizamos um trabalho pioneiro dentro desta instituição.
Esperamos que o assunto não deixe de ser explorado, que outros
acadêmicos possam atualizá-lo e aprofundá-lo ao longo dos anos.
137
REFERÊNCIAS
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138
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146
APÊNDICES
147
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
Será realizada uma análise utilizando o processo realizado no pré e pós
venda focando na área de prevenção e preservação do meio ambiente, e na
utilização da ferramenta logística reversa e verde
2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO
ESTUDADO
a) Levantamento de informações pertinentes ao assunto relatado
(descrição do processo de logística, preocupação com o meio ambiente).
b) Descrever métodos do processo de logística, contextualizado ao
cotidiano organizacional.
3 DISCUSSÃO
Confronto entre teoria analisada através da revisão bibliográfica e pratica
obtida através de dados coletados em pesquisa na Cooperativa Camda com a
finalidade de demonstrar a importância da Logística Reversa e Logística
Verde
4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE
MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS
148
APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA
I IDENTIFICAÇÃO
Empresa:…………………………………………………………………………………
Localização:...........................................................................................................
Atividade Econômica:............................................................................................
Proprietários:..........................................................................................................
II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1 Histórico da cooperativa
2 Procedimento de logística reversa e logística verde.
3 Estrutura dada a pratica da logística reversa e logística verde
4 Possíveis manobras para melhor efeito da logística reversa e logística
verde
5 Garantia da qualidade da cooperativa
149
APÊNDICE C - Roteiro do Histórico da Empresa
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa: .........................................................................................................
Endereço: ........................................................................................................
Ramo de Atividade: ..........................................................................................
Porte: ................................................................................................................
Data de Fundação: ...........................................................................................
Tipo de Sociedade: ...........................................................................................
II ASPECTOS HISTÓRICOS DA COOPERATICA CAMDA
1 Evolução do procedimento referente à logística reversa e logística
verde
2 Abertura de postos de recolhimento de embalagem
150
APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para Gerente da cooperativa Camda
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Tempo de empresa:...............................................................................................
Cargo/Função:.......................................................................................................
Escolaridade:.........................................................................................................
Especialidade:........................................................................................................
Experiência profissionais anteriores:.....................................................................
Experiências profissionais atuais:..........................................................................
Cidade:............................................................... Estado:......................................
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1 Qual legislação que cooperativa segue?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2 Quais os programas que a cooperativa tem na área sócio ambiental
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3 Qual a preocupação que a cooperativa tem com o meio ambiente
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4 Temos conhecimento que a cooperativa recolhe as embalagens
utilizadas, para isso há algum incentivo para que os cooperados as devolvam?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
151
5 Existe prazo para estarem devolvendo as embalagens?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
6 Como é o armazenamento das embalagens recolhidas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7 Qual o destino das embalagens recolhida?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8 O recolhimento dos postos de recebimento são realizados pela
cooperativa ou por terceiros?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8.a Quais os cuidados que eles tem com o transporte?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9 Existe algum ganho com a embalagem
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10 Para que fim é reutilizado a embalagem
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
152
APÊNDICE E – Roteiro de Entrevista para responsável em logística.
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Tempo de empresa:...............................................................................................
Cargo/Função:.......................................................................................................
Escolaridade:.........................................................................................................
Especialidade:........................................................................................................
Experiências profissionais anteriores:...................................................................
Experiências profissionais atuais:..........................................................................
Cidade: .............................................................. Estado: .....................................
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1 Qual legislação a cooperativa segue?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2 Quais os programas que a cooperativa tem na área sócio ambiental?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3 Qual a preocupação que a cooperativa tem com o meio ambiente?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4 Temos conhecimento que a cooperativa recolhe as embalagens
utilizadas, para isso há algum incentivo para que os cooperados as
devolvam?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
153
5 Existe prazo para estarem devolvendo as embalagens?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
6 Como é o armazenamento das embalagens recolhidas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7 Qual o destino das embalagens recolhida?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8 O recolhimento dos postos de recebimento são realizados pela empresa
ou por terceiros? Quais os cuidados que eles tem com o transporte?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
9 Existe algum ganho com a embalagem
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10 Para que fim é utilizado a embalagem
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
154
APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista para Cooperados
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Tempo de empresa:...............................................................................................
Cargo/Função:.......................................................................................................
Escolaridade:.........................................................................................................
Especialidade:........................................................................................................
Experiência profissionais anteriores:.....................................................................
Experiências profissionais atuais:..........................................................................
Cidade:...........................................................Estado:...........................................
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1 São seguido corretamente as instruções dada a cada agrotoxico sobre
seu manuseio
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2 A cooperativa Camda na venda, orienta como os produtos devem ser
utilizados
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3 Qual é o destino dado as embalagens depois de serem utilizados
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4 Existe preocupação com o meio ambiente, levando em consideração
que aplicação do agrotóxico podem ocasionar no meio ambiente
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
155
5 Os cooperados pagam alguma taxa para o recolhimento,
armazenamento e destinação das embalagens utilizadas por ele.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
156
ANEXOS
157
Foto 1: Campanha Sacola Retornável
Foto 2: Campanha Sacola Retornável
158
Foto 3: Panfleto da campanha da Sacola Retornável
159
Foto 4: Banner Inpev, campanha Agricultor, lave e devolva as embalagens de agrotóxicos
160
Foto 5: Campanha Troca de Óleo
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