LEMA: para a Liberdade que Cristo nos Libertou (Gl 5,1) TEMA:
Fraternidade e Trfico Humano
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O perodo quaresmal convida os discpulos missionrios a uma
verdadeira converso. A recomear a partir de Jesus Cristo.
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O tema deste ano pede-nos que sejamos sensveis a situaes que
atentam contra a dignidade da pessoa humana e seus direitos
fundamentais: O TRFICO HUMANO. Pessoas so exploradas pelos
criminosos em vrias atividades: construo, confeco, entretenimento,
sexo, servios agrcolas e domsticos, adoes ilegais, remoo de rgo e
outras.
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Identificar as prticas de trfico humano em suas vrias formas e
denunci-lo como violao da dignidade e da liberdade humana
mobilizando cristos e a sociedade brasileira para erradicar esse
mal, com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus.
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1.Identificar as causas e modalidades do trfico humano e os
rostos que sofrem com essa explorao. 2.Denunciar as estruturas e
situaes causadoras do trfico humano. 3.Reivindicar, dos poderes
pblicos, polticas e meios para reinsero das pessoas atingidas pelo
trfico humano na vida familiar e social. 4.Promover aes de preveno
e de resgate da cidadania das pessoas em situaes de trfico.
5.Suscitar luz da Palavra de Deus, a converso que conduza ao
empenho transformador dessa realidade aviltante da pessoa humana.
6.Celebrar o ministrio da morte e ressurreio de Jesus Cristo,
sensibilizando para a solidariedade e o cuidado s vtimas desse
mal.
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FRATERNIDADE E TRFICO HUMANO
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O trfico de pessoas uma atividade ignbil, uma vergonha para as
nossas sociedades que se dizem civilizadas! Papa Francisco. (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 7)
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O Conclio Vaticano II j afirmava que a escravido, a prostituio,
o mercado de mulheres e de jovens, ou ainda as ignominiosas condies
de trabalho; com as quais os trabalhadores so tratados como simples
instrumentos de ganho, e no como pessoas livres e responsveis so
infames, prejudicam a civilizao humana, desonram aqueles que se
comportam e ofender grandemente a honra do Criador. (T.B. C.F.
2014, n o 8)
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No Brasil, so formas bem conhecidas do trfico humano: a
explorao, que atinge principalmente mulheres, mas tambm crianas e
adolescentes, no mercado do sexo, a explorao de trabalhadores
escravizados em atividades produtivas. (T.B. C.F. 2014, n o
10)
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Nem todos os casos de trabalho escravo so resultados do trfico
humano. Segue dados da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) de
junho de 2012. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 12)
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Os traficantes se aproveitam da vulnerabilidade econmica e
social de muitas pessoas em processo de migrao para alici-las. (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 14)
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Para explorao no trabalho Para explorao sexual Para extrao de
rgo De crianas e adolescentes
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A competio econmica no mundo globalizado vem se acirrando nas
ltimas dcadas, ocasionando reduo de postos de trabalho e precarizao
das condies laborais, alm do aumento da mobilidade humana por todo
o mundo.
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O fenmeno da migrao A imigrao para o Brasil Migrao interna no
Brasil A migrao para o Sudeste e a urbanizao Migrao atual Os
migrantes, apesar de terem trabalho, muitas vezes, acabam
explorados e vivem de forma precria. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
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O Papa Bento XVI, ao analisar o fenmeno da globalizao, afirmou
tratar-se de um processo abrangente e com vrias facetas, que cada
vez mais interliga a humanidade, e deve ser compreendido a partir
de todas as suas dimenses. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 50)
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Trfico humano e escravido no Brasil Os portugueses no
encontraram dificuldade em assumir o processo de colonizao da terra
de Santa Cruz, sob duas formas: a tomada das terras dos povos
indgenas, os quais tambm foram escravizados, e a explorao da fora
do trabalho dos negros traficados do continente africano. (T.B.
C.F. 2014, n o 56)
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Os preconceitos raciais A sociedade escravocrata legou ao
Brasil, ps Lei urea, uma estrutura que relega grande parte da
populao ao sofrimento da marginalizao. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
61)
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No mundo globalizado, os elos da criminalidade tornaram-se
muito eficientes, como ocorre no crime de trfico humano. Por isso,
para o enfrentamento dessas organizaes, alm de novos mecanismos
condizentes com a estrutura que apresentam, faz-se necessria a
cooperao entre pases em reas como a criminal, jurdica, tecnolgica,
econmica e dos meios de comunicao. (T.B. C.F. 2014, n o 64)
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Protocolo de Paris Debates em fruns internacionais: OIT e na
ONU Protocolo de Palermo
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Os atos Os meios A finalidade da explorao importante frisar
que, para a configurao do crime de trfico humano, o consentimento
da vtima irrelevante. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 71)
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Prev aes a serem executadas em cinco linhas operativas
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Evitar simplificaes e confuses Considerar a mobilidade humana e
sua incidncia social Manter o foco na questo da explorao Enfrentar
e desarticular as redes do trfico humano Um empecilho para o
enfrentamento do trfico humano a baixa incidncia de denuncias, o
que ocorre por vergonha o por medo das vtimas. (T.B. C.F. 2014, n o
81)
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No Brasil, so passiveis de questionamento tanto a
confiabilidade das estatsticas do trfico de pessoas, quanto a
abordagem da mdia em relao ao tema. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
84ss)
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CPT: Campanha Nacional De olho aberto para no virar escravo.
OIT: Campanha para a Erradicao do Trabalho Escravo.
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PARA A LIBERDADE QUE CRISTO NOS LIBERTOU GL 3,1
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A Igreja solidria com as pessoas traficadas. Comprometida com a
evoluo da conscincia universal sobre o valor da dignidade humana e
dos direitos fundamentais, quer contribuir no combate pela
erradicao desse crime. Diante da grandeza de sermos filhos e filhas
de Deus inaceitvel que a pessoa seja objeto de explorao ou de
compra e venda. um ato de injustia e de violncia que clama aos cus.
uma negao radical ao projeto de Deus para a humanidade. (T.B. C.F.
2014, n o 91)
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A iluminao do Antigo Testamento
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A Sagrada Escritura uma grande narrativa do agir de Deus a
servio da liberdade e da dignidade humana. Faamos o homem a nossa
imagem e semelhana (Gn 1,26) (cf. T.B. C.F. 2014, n o 92) Deus quer
que o ser humano se relacione com Ele e participe da sua vida. Deus
confere pessoa humana uma dignidade porque o coloca como o ponto
mais alto da criao. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 93)
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Essa dignidade assumida pelo ser humano na medida em que vive
seus relacionamentos conforme o plano de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014,
n o 94) Mas a ruptura das relaes de comunho com o outro, com Deus e
com a criao leva ao pecado da violncia, da explorao do outro e
morte. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 95)
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O Antigo Testamento tem como fio condutor a libertao da pessoa
humana e a Aliana entre Deus e o seu Povo. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
96) O livro do xodo destaca a interveno de Deus em favor de um povo
oprimido e explorado no Egito.... Abrao e Sara, atingidos por forte
seca em Cana, foram obrigados a descer e residir no Egito.... Jos,
filho do patriarca Jac, a primeira pessoa vendida na Bblia. (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 97)
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A celebrao da Pscoa uma grande festa da libertao, mas,
principalmente, um alerta para que Israel no explore e escravize os
estrangeiros que imigram para sua terra. (T.B. C.F. 2014, n o
103)
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As vtimas da deportao vivenciavam este processo como um triste
exlio da sua terra e de suas tradies. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 105)
O exlio mais conhecido o da Babilnia. Na primeira deportao ocorrida
em 397 a.C., a mando do imperador Nabucodonosor. (cf. T.B. C.F.
2014, n o 106)
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De toda a cidade de Jerusalm levou para o cativeiro todos os
chefes e todos os valentes do exrcito, num total de dez mil
exilados, e todos os ferreiros e serralheiros, do povo da terra s
deixou os mais pobres (2Rs 24,14) (cf. T.B. C.F. 2014, n o 107) As
pessoas traficadas de nosso tempo tambm perdem as referenciais e
para sobreviverem se adaptam s novas situaes, perdendo, com isso, a
dignidade e os valores morais e ticos recebidos.... Tornam-se
pessoas vivas, mas sem vida, pois no h dignidade, nem perspectivas.
(cf. T.B. C.F. 2014, n o 111)
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A prtica semelhante que hoje denominamos trfico humano
encontrou oposio nos profetas de Israel, sempre fiis porta-vozes de
Deus em defesa dos injustiados (cf. Jr 31,33). Oprimir o pobre o
maior de todos os pecados (cf. Am 4,1). Colocar a justia servio dos
ricos (cf. Am 5,12) perverter o direito e destruir a sociedade.
(cf. T.B. C.F. 2014, n o 114)
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Em uma poca em que o trfico de pessoas para esse fim era prtica
aceita, os profetas denunciavam tais prticas como desumanas e
idoltricas. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 115) Vendem o justo por
dinheiro e indigente por um par de sandlias (Am 2,6) (cf. T.B. C.F.
2014, n o 117) Segundo os profetas, uma sociedade indiferente
compra e venda de pessoas est condenada destruio. (cf. T.B. C.F.
2014, n o 120)
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O Declogo reflete um projeto social de liberdade e aponta um
caminho para uma convivncia livre de expresses (Ex 20,2-17; Dt
5,6-21). H o compromisso explicito que concerne s relaes sociais,
reguladas, em particular, pelo direito do pobre. (cf. T.B. C.F.
2014, n o 122) Para a Tor, o Pentateuco, roubar uma pessoa para
lucrar com sua venda uma ofensa Aliana com Deus. (cf. T.B. C.F.
2014, n o 126)
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Jesus anuncia a libertao aos cativos Em Jesus Cristo cumpre-se
o evento decisivo da ao amorosa de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
127) O Esprito do Senhor est sobre mim porque Ele me ungiu para
evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remisso aos
presos e aos cegos a recuperao da vista e para restituir a
liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graa do Senhor.
(Lc 4,18-19) A Boa Nova implica a libertao de qualquer tipo de
explorao e injustia contra os pobres. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
129)
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Gestos de Jesus a favor da dignidade humana e da libertao Os
pobres so aqueles para quem a vida uma carga pesada em seus nveis
primrios de sobreviver com um mnimo de dignidade.. (cf. T.B. C.F.
2014, n o 131) Jesus no podia entrar, publicamente, na cidade, Ele
ficava fora, em lugares desertos, mas de toda parte vinham a Ele
(Mc 1,45b). E Jesus amou cada um de forma concreta, com preferncia
pelos marginalizados e submetidos a explorao na sociedade daquele
tempo. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 134) Libertar algum de um grande
mal, como o do trfico humano, devolver a alegria de viver e a
esperana de que possvel libertar o mundo do domnio de poderes que
atentam contra a vida. Em Jesus, Deus realmente estava derrubando
os poderosos de seus tronos e elevando os humilhados (cf. Lc 1,52).
(T.B. C.F. 2014, n o 135)
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Compaixo e misericrdia Jesus nunca relativizou a dor e a aflio
humana. Foi ao encontro das pessoas acolhendo a misria alheia.
Jesus era atento ao clamor dos sofredores: tem compaixo de ns (Mt
20,30; Lc 17,13). (cf. T.B. C.F. 2014, n o 136) Jesus ensina que a
compaixo implica em sofrer a dor do outro..... Deus amou tanto o
mundo, que deu o seu Filho nico (Jo 3,16). Deus se doa e se esvazia
para estar junto da humanidade sofredora. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
138) ... compaixo no mero sentimento, mas reao firme e eficaz
diante da dor alheia. atitude e estilo de vida. O samaritano age
tomado de compaixo (cf. Lc 10,33).... Compaixo e misericrdia,
expresses maiores da nossa imagem e semelhana com Deus: Sede
misericordiosos como o Pai misericordioso (Lc 6,36). (cf. T.B. C.F.
2014, n o 139)
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Jesus resgata a dignidade da mulher Jesus perante os seus
contemporneos promoveu as mulheres ofendidas em sua dignidade. Em
uma poca marcada pelo machismo e discriminao, a prtica de Jesus foi
decisiva para ressaltar a dignidade da mulher e seu valor
indiscutvel. (T.B. C.F. 2014, n o 141) O trfico humano torna a
mulher mero objeto de explorao sexual. O valor e a dignidade da
mulher precisam ser ressaltados no mundo contemporneo em virtude de
realidades que os atingem, como o trfico humano. (cf. T.B. C.F.
2014, n o 145)
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Jesus acolhe as crianas Num mundo onde as crianas no eram
consideradas como seres humanos plenamente realizados, Jesus as
acolhe com gestos de afeto, faz com que sejam referncia de sua
palavra quando se coloca no meio dos discpulos e as abenoa. (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 146)
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Fostes chamados para a liberdade (Gl 5,13) Cristo a Verdade que
liberta (cf. Jo 8,32). a liberdade oferecida a todos
indiscriminadamente. O mistrio pascal mistrio da libertao
definitiva. para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1). (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 150) Onde est o Esprito do Senhor, a est a
liberdade (2 Cor 3,17).... E, medida em que amamos o prximo,
passamos da morte para a vida (cf. 1Jo 3,14) (cf. T.B. C.F. 2014, n
o 152) O verdadeiro amor purifica toda forma de indiferena e falsas
justificativas diante do sofrimento do outro. Todos so responsveis
pelo bem de todos, pois a liberdade oferecida em Cristo diz
respeito pessoa humana em todas as suas dimenses: pessoal e social,
espiritual e corprea. (T.B. C.F. 2014, n o 156)
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Trfico humano, consequncia de um sistema idoltrico Neste mundo,
milhares de seres humanos so jogados no abismo da morte do lucro
desmedido. A se escondem os crimes mais cruis contra inocentes,
como no caso das vtimas do trfico humano. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
159) O pecado do trfico humano uma consequencia da idolatria do
dinheiro: `No podeis servir ao Deus e ao Dinheiro (Mt 6,24b). (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 160) Converter o dinheiro em critrio supremo
negar a Deus e desprezar o prximo. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 163) a
adorao do no adorvel e a absolutizao do relativo levam violao do
mais ntimo da pessoa humana. Eis aqui a palavra libertadora por
excelncia: `Somente ao Senhor Deus adorars e prestars culto` (cf.
Mt 4,10) (cf. T.B. C.F. 2014, n o 164)
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O Reino, revelado por Jesus faz reler a realidade a partir dos
atingidos pelo trfico humano e leva ao desmascaramento daqueles que
mantm ou so seus cmplices: Mas, ai de vs, ricos, porque j tende
consolao` (Lc 6,24-26) (cf. T.B. C.F. 2014, n o 165) O Ensino
social da Igreja adotou a dignidade humana como uma de suas matizes
fundamentais, considerando- a sob a tica da experincia crist da
fraternidade. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 166)
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A criao, fonte da dignidade e igualdade humanas O trfico humano
uma realidade que atenta contra a dignidade humana. (cf. T.B. C.F.
2014, n o 167) O valor da dignidade humana e a sacralidade da vida
esto presentes desde as origens da Revelao, pois uma de suas
afirmaes fundamentais diz que o ser humano criao de Deus. (cf. T.B.
C.F. 2014, n o 169)
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A igualdade fundamental entre as pessoas A viso da pessoa
humana desenvolvida na histria iluminada pela realizao do desgnio
de salvao de Deus. Toda pessoa humana uma criatura de Deus. (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 170) O homem e a mulher so chamados no s a
existir um ao lado do outro ou juntos, mas tambm a existir
reciprocamente um para o outro. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 172) A
igualdade fundamental entre todos os seres humanos deve ser
reconhecida, uma vez que, dotados de alma racional e criados imagem
de Deus, todos tm a mesma natureza e origem; e, remidos por Cristo,
todos tm a mesma vocao e destino divinos. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
172)
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A dignidade do corpo e da sexualidade O Beato Joo Paulo II
denunciava a difundida cultura hedonista e mercantil que promove a
explorao sistemtica da sexualidade. Nela, o sexo apresentado como
mercadoria e a pessoa como objeto. Vivemos uma cultura que banaliza
em grande parte a sexualidade humana. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 177)
O trfico humano utiliza como mercadorias o corpo, a sexualidade, a
fora do trabalho e at rgos de pessoas, atentando contra sua
dignidade. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 178) A sexualidade corresponde
totalidade da pessoa e a marca profundamente. realidade complexa,
no se reduz ao mbito dos impulsos genitais. A sexualidade uma
riqueza de toda a pessoa, corpo, sentimento e esprito. (cf. T.B.
C.F. 2014, n o 179)
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Agresses dignidade humana so agresses a Cristo Cristo, o Filho
de Deus, com a Sua encarnao, uniu-se de algum modo a todo homem.
Nele, Deus assume a humanidade corporal e manifesta-se em um corpo
feito de carne: Ele tinha a condio divina, mas no se apegou a sua
igualdade com Deus. Pelo contrrio, esvaziou-se a si mesmo,
assumindo a condio de servo e tornando-se semelhante aos homens.(Fl
2,6-7), vulnervel, frgil e mortal. Revelou desta forma, o sentido
pleno da dignidade do corpo e da sexualidade. O corpo o caminho que
ele escolheu: O corpo, caminho de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, n o
182) Descobrir nos rostos sofredores dos pobres o rosto do Senhor
(Mt 25,31-46) algo que desafia todos os cristos a uma profunda
converso pessoal e eclesial. A relao com Deus inseparvel da relao
com o outro. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 184)
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O trfico humano agresso minha pessoa Todos os humanos que
nascem de Ado devem ser considerados como um nico humano, de modo
que no direito civil todos os que so de mesma comunidade se
considerem como um corpo, e a comunidade inteira, como um homem.
(cf. T.B. C.F. 2014, n o 183)
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A dignidade e a liberdade da pessoa A liberdade sem atendimento
dignidade, uma liberdade alienada. A dignidade separada da
liberdade uma dignidade periclitante. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 190)
A liberdade um sinal privilegiado da imagem divina em cada ser
humano. Deus criou o ser humano e o entregou s mos do seu arbtrio
(Eclo 15,14). (cf. T.B. C.F. 2014, n o 191)
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Reino de Deus, evangelizao e compromisso Em sua misso a Igreja
anuncia a salvao realizada em Jesus Cristo e contribui para o
crescimento do Reino (cf. Mc 1,15), que implica a comunho com Deus
e entre os homens. E constitui ela prpria na terra o germe e o
incio deste Reino. (T.B. C.F. 2014, n o 193) A misso da Igreja
implica a defesa e a promoo da dignidade e dos direitos
fundamentais da pessoa humana. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 194)
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Proclamar a fora libertadora do amor A vida em Cristo faz vir
tona, de modo pleno e novo, a identidade e a sociabilidade da
pessoa, com conseqncias concretas no plano histrico e social. (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 197) O amor tem diante de si um vasto campo de
trabalho, e a Igreja, nesse campo, est presente tambm com seu
ensino social. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 198)
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Justia e direitos humanos O amor ganha fora operativa em
critrios orientadores da ao. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 199) A justia
consiste em dar ao outro o que dele, o que lhe pertence em razo do
seu ser e do seu agir. Amar o prximo ser justo para com ele. (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 200) A justia o primeiro caminho da caridade, a
medida mnima dela, parte integrante daquele amor com aes e de
verdade (1Jo 3,18), ou da f em obras: a f se no se traduz em aes,
por si s est morta (Tg 2,17). (cf. T.B. C.F. 2014, n o 202)
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O compromisso solidrio Amar o prximo querer o seu bem e
trabalhar por ele. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 203) Em Jesus de Nazar
a solidariedade alcana as dimenses do prprio agir de Deus. o Homem
novo, solidrio com a humanidade at a morte na cruz (Fl 2,8). (cf.
T.B. C.F. 2014, n o 205) As vtimas do trfico humano necessitam
deste movimento solidrio em prol do seu resgate e insero na
sociedade. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 207)
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Trabalho digno e enfrentamento do trfico humano O trabalho
superior a todo e qualquer fator de produo. O valor primordial do
trabalho est vinculado ao fato de que quem o executa uma pessoa
criada imagem e semelhana de Deus. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 210) O
trabalho um direito fundamental e um bem til, digno deste porque
apto a exprimir e a aumentar a dignidade humana. O trabalho digno
um dos principais requisitos para a proteo da pessoa de situaes
desumanas, como a escravido laboral e outras modalidades do trfico
humano. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 212) Os direitos trabalhistas
devem ser respeitados em todos os pases, independentemente do seu
grau de desenvolvimento, pois fazem parte dos direitos humanos
fundamentais. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 216)
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Discpulos e agentes de libertao A lei de Cristo (Gl 6,2),
escrita na mente e no corao do homem (cf. Hb 8,10), move os
discpulos missionrios a tomar decises firmes a favor da liberdade e
da dignidade humana. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 218) O Esprito Santo
o inspirador de um estilo de vida como o de Jesus (cf. Rm 8,2; 2Cor
5,7). ele quem faz do discpulo um agente de libertao para o mundo.
(cf. T.B. C.F. 2014, n o 219) A sociedade toda precisa ser
libertada do jugo das estruturas de pecado, enraizadas na idolatria
ao deus dinheiro. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 220)
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O cdigo de Hamurabi (1690 a.C.), foi o primeiro a consagrar um
rol de direitos.... No direito romano, a Lei das doze Tbuas pode
ser considerada a origem da proteo do cidado, da liberdade e da
propriedade. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 223) A declarao dos Direitos
Humanos, em 1948, cujo artigo primeiro diz: Todos os homens nascem
livres e iguais em dignidade e direitos. So dotados de razo e
conscincia e devem agir em relao uns aos outros com esprito de
fraternidade. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 225) Todo indivduo tem a
dignidade de ser pessoa humana somente pelo fato de existir. Toda
pessoa portadora do santurio da conscincia, de liberdade inviolvel
e sujeito das suas relaes e responsvel pelos seus atos. Toda pessoa
humana nica, irrepetvel e incomparvel. Existem como eu em toda sua
singularidade. (cf. T.B. C.F. 2014, n o 228)
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O trfico humano uma ofensa Igreja Povo de Deus A Igreja
provocada a dar uma resposta de amor (cf. 1Jo 4,19), por meio dos
discpulos missionrios, as situaes que atentam contra a dignidade
dos pequeninos e injustiados, a exemplo das vtimas do trfico
humano. O trfico humano no somente uma questo social, mas, tambm,
eclesial e desafio pastoral.
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Tornarmo-nos prximos de quem sofreu ou est em risco de ter a
dignidade humana violada, apoi-los e socorr-los inclusive com os
meios econmicos de que dispomos. Gestos simples desencadeiam aes de
libertao: colocar a questo em pauta em todos os espaos possveis:
igrejas, escolas, hospitais, obras, projetos sociais, em vista da
formao da conscincia, e com sugestes de interveno na realidade. Nos
Regionais da CNBB e nas dioceses, realizar cursos de formao de
multiplicadores para a preveno ao trfico humano. J ocorreram nos
ltimos anos algumas experincias como as realizadas pela Rede Um
Grito pela Vida e pelo Mutiro Pastoral da CNBB, sendo que o que se
busca agora um universalizao desse processo.
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Despertar o esprito comunitrio e cristo no povo de Deus,
comprometendo, em particular, os cristos na busca do bem comum;
Educar para a vida em fraternidade, a partir da justia e do amor,
exigncia central do Evangelho; Renovar a conscincia da
responsabilidade de todos pela ao da Igreja na evangelizao, na
promoo humana, em vista de uma sociedade justa e solidria (todos
devem evangelizar e todos devem sustentar a ao evangelizadora da
Igreja).