8/6/2019 Durkheim -El socialismo
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EMILE DURKHEIM:PROfE50R DE 50ClOLOGiA. EN LA 50RBONA.
r
"
EL SOCIALISMOISU DEf'INICI6N. _SUS ORiGENES
LA. DOCTRINA 5AINT-5IMONIANA
DE
TRADUCCI6N Y PR6l0GO
FRANCISCO CANADAS
SEGUNDA EDICI6N
EDITORIAL APOLO.fLaRES. 10 - DAR CELONA
8/6/2019 Durkheim -El socialismo
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PROLOGO
Derecho$ :t:e~ervado. parae:01:a ed1cl6t:<.
CoPydllh£, 1932, por E.dttc~~rial AllOlo. ~
Printed In Sp~n
< •
Esta obra de Durkhnm sabre el Socsalssmo tiene
de smgular qu« no es combatnm; no es apologitlca. Its'j
umcamente objetvoa, exclusiuamenie anaUtica, ctenti-
[u:« Esia origmahdad es de ~1)' menta vncontrastcble '
y digno de desiacarse en una esjera de meduociones ,:I 1
en una. clase de estwdios en que l1iuy r ara s u ec es $C
,produce una pagina Que 1tO esti 111~ pregnada de cif4n "
proseli,tista}i de concepios mouedizos, de Imsmos f l t { J C ~ ~
tuantes I ,, '" ~U wtratado de socioloqu: no p1fede "ser, no cabe en
modo\algwto que sea, un progrania. poUhco m un a P d ~ ,
nacea) social La s d~sq.ptma.s socioles no to son de ta l
o c ua l p ar tid o, HO so n ww a hrma ci6 n d e a cti tu de s, 1 t1 I
una plataforma, n~ una iendencui Totlo eso, como ma..
mt estocun» de la 1'ealldad socu», y tamblh~ lo _ q l { e 'cott} r
ella se relaciona, es substmtcia de la Soci% gia, su,campo de acci6n, S% objeto de ~xper ' iencta/ pera no su
espintu total ni su fundam el1 ,to intrinseco. La S ocio-:
log!a es, m al qH e otra coso, ~ na c ie nc ~a , y como tal se ,
apoya w e l j ui ct o objetw o e H id ep en ch en te, en la l6[/ica:"
in fle:nble, sa gura po r normos y meiodos especwleJ 'y
propende, como todas [a s CU1tetGS p o ss tv ua s , c t\ tr crean-,I' I osrt; Impresor ·Rda. d, Sal! I'Jj~lo,dl •• f tU/. IJUS ••OJ.EOELONJ.
\ \
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~ 1 ~ ~ ~ \ : ~ f ; ; : , : ; ~ : ~ ' C ~ ~ J ; ; f t ~ ~ £ f i ~ ~ t ) i : ~ ; ; i 7 : ; ~ i ~ l i ! ; ! ~ ; ;;:: '~dosusleyespropiasYPtmttin,izs ,sus:·PuHtos ' de mira;~ 'el i:~ ' ;, ::
. ;dJi !b iente ir o picio a s~ s disqH isiciol;es'y ' atisbos -. ' ' ."
, :: " ." N ' o esotra fa caracte~istica esencialiie-esta obra:de:;<
:)} :p nrkh eim ,'d e tod a. S1t.' a b ra) de. toda.su7/ida'de: .pr~fe- .(
~ : ; ' : ( ~ o r : ' yd e soci610go ': ~sCla;ecido . E;i:'toddS;e·llas;.::·e~~id.:.,~y
;;Jriivisi6n del Traba j0,' 'e n 1c k : R e g l~s: .del~i"etodb; : ; ' ih\~ / / ~ :<~r~ducaci6n ~1oral, . :en:" ' la· . ,Fisiologia::del:De\~ch,O~:y.))as, ; tn,:F ; ' i . C os tu mb re s, '.por . c it ar,s610; .Zas. : » w s . :p ecltliares:de:~ s'lt:',: r ,
:. doctrine, pa/pita' el titismo ideal, e ( ' f ! ~ i s m o :af{In · e n t e r < . - ' :';/'vorecido· d e ..iHquirirJa, uerd c u i; ' .de: 'G;braz~r'a/ p.~r \ ,as t . ,' ; '
~ ,." de ci rl o, y premierla C011iJas ,dos:>i;ands;·Je·v~~drnefifej·:'·. ' .
! :. :, ·~ i l en c io samen i e, ', r e ve r enc ia lmen t eJ<e .n . ,'e l .~ b l a s 6 n ' ; d e ; l o : ":~\t.Ciencia posit ivdJ ' ju n , f o ., . f I, :l a , s ' 'otr,$: 'verdadeiconq;is);: '
' t : ~ d d s. . : ' , / : ' . " ; . , : ' . " . . : ; / : ~ ~ : ~ < ; ~ , <,;;; .;" D urk he im ,n oe s. h om br e d e ,p ar tid o, 110 e sfm ra ir io :./ "
: ; , i ~ t i . s t a ' 1 { o es unmetaf i sic_p;fS } ,p~;r-a.y ; l im.pi~;1t'e~fe~/tln'·
. i}hombreide ,cieJtcici,un' hombre; de : 'estl~dio; ti l i a b o r ! i t d - ' : ' ; ,:':/fio.?N d es , e »tp er o, w n : exclttsiVisia,'tin e s p ' i ; i t w : q ~ e \ : s / ' ; f " ; '"'aisle:(!n un a a tm os fe ra d e.n sa .y e~rarecidd)·;;~ino/th·~y};.,,\·
a l ,con trario ; unavolun tad j 'o r jada .' c ;i .p leno , c e J t ! : t I i c ' t o \ : : : , : (:::con;,el ' medio embient», 1t1~ c or M on a bie rto .a _ f ~ d os 'l os ' :, :, :; :
} jc la mo res , a io da la d olo ro s~ ): p t'~ fu sa ~e a·lid ad .d e:'ia .::. 'I
;~e.:c~s~encia colectiua de los. jwoble t lws 'humanOs, 'de )as: ," , ,~
> ' p u g n a s .d e e se D e re ch o q u e n o e si na lt er ab le ;: qt te '~ t o; e~ i .
: ',d < or ig ~ n d iv ~ no J Si1W que.;~~cede, lo s hombres,bfdia"
':d~laS~tismas eniraiias de fa sociedad ,' se : proyect~(fm;,.
_;'liihistoria y seva "d esenvo lV ie ndoO fm tatii~ n,t~ a. tf-;VJs;"",
: .<,~~I~scSiglos] 'U;1~' ,v~ces en-los al~azaris,)de',; !os,;eyes" i
>"Y·de .· los ,seTiores [eudales , p er o ' tam b i{ ~ j cuMd aso trd si:: ..::
\ ~ . f . l t / ; " i ~ ~ .san:bleas: 'po p ~ l a r e s j " m l i ; ; ' r g a s f ; i l d s J ' e n , : l ~ ' > . "
~djarncadas. ',.' \ , ,." " : < : : ~
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Elf SOCltlUS1)fO
, ,
.Yta~~t~ , e; '~ ; ij ': ta 1 ~ ci er to q ue 1 d v oc ac io n c ie nt ij ic a,
et ; ; H ~ ) fal 1; i todo rigHroso, la volttf,taria c01ttweioH
en los limitesde'laactividad cr£tica tJ.O le impedian la .
,: ject~~tda conmve:rcia ca n la real-idad, qu e J aur6s, el gran.
,'(,:ia rla meH ta rio . d el.so cia lism o, h all6 m olivo en lo s 1 '0 :::0 -
~namientos de nt{estro auior para d ec id ir Stl d e f in it iva
" p o si ci 6t ~ p o l{ ti qG , para abandonar r esueltomeni e los [or-
;m alism os de cenaodo, la filosdfia lvuera e illexpresiva
:delradicalismo 'y tonzorse. apa siona dam ente a lc .. er-
;; \:p'retaci6nde .los h ec ho s s oc ia le s. La s t eorias de D'ur-
:.khcim i1~ flHyeronsobremanera,aH rt a des p echo de Sl IS
';:'-'.intenciones,en'.la orielttacion d el so cio lism o ; i l lspira-
: , : ! .f M i a Sore l n o ' pocos .puntos de su sensacioncl crlilca
:.,:'11.wriistaJy cont~ ibuyeron en 1tO esccsc meduia a q l { e
. ~ · ~ estableci~~a. 'n l~ bases de l moderno s in dic alis mq _. (- ,_ ,- :
,/",:.Pero iodo es~ sr:,desprendi;rd;·Hl;;H;br~·de. l )j~'~-j;:hfi ;H .
';'Isin,qu/el'se [ 0 propusieraJ
p orq ue e ra extraordinaria-
:/.1ite}ite·r_ica en'substancia, y, co~no totlas la s creaclones
",:,cietmtieas~que. se. remonitm a principiosgenerales, re-
·\.lacionan, granies shifesis y bwceos: e1t lo s m ism os or£-
:jg~'Msdel conoccmienso, produjoconsecue1icias remotes,
':,diJ tugar a u;,w [ecunda y varia f1 0raciJn de emocio-
<:1tesintelectualesy descubrio perspectiv[ls que. estoban
. '. :la ten tes . en · lo s ,:pr imeros in;tantes.. .:','Asi q ~ t ' e pU'ede 'a firn wrse q ue Durhheim. es ti·no de
[ ": Zo sg ra nd es c r~ ad or es de fa Socioiocia; lc recogi6 en
· : : · P k n o d cs c'rid iio Y J' c01(sagrandole su s afeetas 1mls a r . -
. ( h elc nite s, s e'i1 1tP U S O la to re a de aco plar l os n ia te ri al es
, " d ispersos ' detposi t iv i smo de Saint-Simon y d e A H gu stO
.."Comtc, y, mediante la aplicaci6ndc !Ilia mctodolopia
f. ~uidadosa;nel1,t~ es tablecida, erigirla con iodos los lto -
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! 10 EMILE · D U , R K H E I M . :i~:~~.:~;\;'.. . : ~ , ~ · , · · , · : X ~ ' . : ' ; /. ; " . . ' " ,< " ' : : : ' ;> . ,~ : . · ; , I ' , , , ; i, , ; , ·. : / '\ i , : : : ', ' ; : ; : ,W W i i :
nores y a trib uto s e n Hna uerdaderc: dencia:Todcis'lcis;~!;":
o br as c it ad a s= - lo ' mdico» c l d r a ; i t : ~ ' i ~ t ~ : i u ; :ttulos';:_<no,·.,·, " . t ,·,',,:·>;.,;','L ,.'" " " : ' : " ' : " i , ' : < , '
"son mas qu,c intentos, so oeraaamclItc"iogradosl. d ~ : 6 ~ " ' . \ : ~ '
g an iza r s6 lid am e,n te lo s c i l n i e n t o s d ~ 1 l a ' S o c i o l o g f ~ , : c o l i S ~ : ' ; ' ~
tituirla e1~ cuerp o de do.~tr in~;e~tr~~tJ . ;~r y' detillir; :sti~'~,,\
. p ri nc ip io s) w ! ij ic ar su s ' fil!esipa~aq1;§'fuera:posib!<;;t:;fa . misio,l que, de spuesde e I. Yme .rced :~ ' su ;" ; e; tue rzd :( ,' :~ ; :'
illsignes,pudieron lleuo»: a cima otroi:J;o ';t~'~es;CJ:If~,::;el~; ': '
(> l~ ;n ar~ n ase =: Levy-Bru~d,.Bo:f~€.~~~~) . '~~tJ;~\o,~~j,~,;; · ,g ,e, G tde, Bernstet1 l-...· ' ," ::.i .C · . "","",j ..
, A esia ipoc~construct iva perte; te~e: l~obra~u~'of~;~::H' i . ;
cemos hOY'a l publico espaiio] e iberoamericano.Dur-r f ::
k he in : em pr en di 6 el e si ud io , d el SociaJiS;~~o~:como. ' ~ 1 1 ~ f : ' ~ ; ~ :de las tendencies f undamen ta le s d /·Za: 'e vo luc i6 tl }; is t6< ·Ur
rica q w e se iniciara vigorosamente>'c~' ,i la'Re;olt~;i6;i '; ' :;~
[ranccsc de I793, porq1£.ecn·ten,di6.s.ag ' f]zm'ente. que';dt::'O<lHcl uertice de la lnstoria de'Ft ' (mcid~:;y"p~~reperc'u~"2
s io n l un ul is im a . de todos lospHeblos:. 'df'Eu·ropal- 'C6ii! ':,\:~~,
c-ldian las corrientes mas caudaiosasdi(a;p;liticayd~t':;l;
cspirii« so cial y rcligioso d e 1 nHc l! os ~s ig lo s 'imteriores./;l
S i bien el S ociclismo no es toda II) Sodo!og{a,' seglili:;'
r e i l c r o d a m e n t e c ; r j ! !l s o , t w u o ' D u r k h ~ i m " ' e l ' ~ c r t c r O : p r c + > \
sentiniiento de qzw en. el So ciolismo, ~ ; . ' . s aghiesisy~;'~{;:ta u to como en su desarrol lo ;ex is t ia ~ ma [uen te coPi.os~ i , : ' :
de su bsttm cic so cio l6 gic a, WI nsuilao recio y cXPallsivo_':
de hip6tesis, de [enomenos , uHa' m a s~ c;mpleja yco'n~'/
poctc de hechos de exper iiHentacioH}ca. i{cesprotundoi<d e e uo lu cio n hist6rica y, por e1Lcima·de.'todoello,grall~",
. des c la mo re s d is pe rs es de hHmanidrid~\desasosieg;· .s:e.;<'
. inquietudes graves, alga amorfotoda:m~~'~qu'e iba:rur~:
giendo de los arcanos de l iicnvpo, d e l cora::6n lacerado:::I _ ' . ~ ' . L~ ~ •
~ ~ ~ " i ; · ~ , ' ~ ; : ! ; \ ? ~ ~ i , : ; ~ ; 4 ; ' ~ ~ ~ : 1 i Z i · o , ; 1 ~ ' ; ' ; ~ ~>ide ' las , :ce 'nturiaS .niedie' iiaks: con'r twvr.1tmo~.e%ttaordmp,::; '; \~;jj
~ -" I ~ C "; ",_ :" ,, "~ ,- ,. · _ ,_ : • • • _ ~; ,.; r" :', '; ,: , ... ' ,,~.:~;r>_.:,:,:~~,,!.; -. ,,-_r L<_~_ : - "' ;_ . ,. .•~.;·~,';~-b.~~\!.,~~
::kio'de' 7 J i d a : · ~ i e S ' p e r . a ' n z a / : ' c o ' i 'afa1~esl'que,~.s(sttp~r:abq:l~i:P
: , ' l ~ ~ , i s / d ~ i ~ ; ~ e , i i e ; : ; d ; : : ; ~ l i i d a d , ' d e '~strw;turdci61t) , d e : P l # . ~ ' ; : : ; ! E
lIWci6n~Xefi1titiva: o'~nHevas'forni.as:"y,e$encial;:·d~<;l~!::;f~> ' , ' ,_ ; , ~ " , ' _ ~ ; _ ,~ _ ;' . , ' ' "' _ ,_ ,' • • • • _ , _ ,- ' • • •. . ;_ " _ ' ',: . : • • ' ' . v. ' ..• - .d-·:- : " .•
".'.vida·so'cial. E ra n" co mo ','baltnueos 'a .1tgust toSOsique·se;~}'
; , ; ) \ ~ ~ a: : ~ f a ; , : ~ ~ f , r [ J : i ~ : 7 : ~ ~ ~ ; i L ~ : : : ~ ~ ; ii' .':D~rkheincen ' e s te ' vo lumen~- '1J t/ I sf t a I 1 J i ; , J&ueenel rest():;'~
t ~ ~ ? ; 1 : ~ 1 h ~ t ; ; ; 1 ~ ; ~ ~ ~ ~ 1 a J 0 ~ . r ; t f c 7 u ~ o ; , ,;}:'~r~ttopri;!ie'ro ,PIf((!·,' ;er euarlos. !ueg?:,, 'a . la ', j er.arq·u,~(},d: Y S : ~.:;',Ie'iig~a j e:plenmI1imir}. belfamenie :c i ent[ fi c 0 : 1 , 'c. :':: ;\,,:~','>~:')r
r ? , ' : S u eje1 rip lo 'h~ de-:;'ernos'precioso ,e.'in"dtintableJ.,p_o~~;·,:~;."
: ,, ':que,ene 's tos:mom'en' tos}~is t6r icos de ·conf~~si61 lide;e fe ( :. :X; : :
, '. :: ':e ; 'c ~ l ~ci a: " t(me ll ;o s " t od o s "e l :d eber demedita(acer~a';~y:
';I'd eesos'[ira~ e~ p r o . r , ' em cs " , tt e sf : h a ~ i c la 7 ! Q d ,o ' ( m : ~ ' f " : ' Co 1 i ; : : ' t ~ ; '::'.ci~;icia d e , lo s "fmeblos.' nwden10s y'·lo:s:per't~0"ban.;·/ql~.:.}'.:
' ~ ' i ' ; : ~ ' n . o o s -r eado rc s . .)? ero " j lay' :que·en}p,ezarholer~da'm~nt.e~,: , : \,
:_~: '~'p~or:~'c1 i d ce~lo~;':p 0 1 ; 'd efill.irlos: b i e n J p or .e ; ' p etim;en.t~r~;!Vi
. :' ' lo s ta nto 'como a la lus: infl~ mada 'del coraz6)1,)'y'acas'~':;;:
\~'nr6~1 al-respJando~ ,:s~ renode la rdz6ny' de s u d is c ip li ~ '. ;, :
, n~ im lcclinable: l a c ie lic ia . ;" , I~;:"",:;" ,.':: .'.;;'.;.J,;',~
':- ' . "'" ·FRA.~.CISCOCANADAS".;c~,<!,..': . ~.;.,.-
• • I _ • , - . : ~ .r:_,j,";;:':1
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Libro I
.Definicion 'S f ori~enes
del
. Socialisruo·
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CAPITULO PRIMERO,.;,
DEFINICION" DBI.; SOCIALISMO'~,~ - ~ " '
I,
H~y dos formas lilly distintas de estudiar clsocia-.
l is mo . C ons is te u na enconsiderarlocomo una doctrina.:
cientifica sabre Ja naturaleza y e'voluci6n de l~s so~ie-'
, dadesen general y, mas concretamente, d; las socieda- "
des contemporaneas mas civilizadas. m exarnen 'q~e ,
ental ,casa se efectua. no difiere del que aplican 'lo~ , ,:
<, investigadores a las teorias e nipotesis de cada den-':
cia. Se las <:onslder~ (,' ;nabst~acto, fuera del tiempoy'.: ~
del espacio, independientemcntc de to do proceso ihis- ,~,
t o r i c o , no co mo h ech os cuyas gene s is ' s e trata d e av'e:. '
riguar, s ino como un sislema de proposiciones que ~x~':'\'
presan 0 son susceptibles de exprcsar :hecbos, ' para;,
descubrir en Cl · 1 0 que haya de cierto a erroneo, ' ; i V ' "
coincide 0 DO con la-realidad social y hasta que punta 'es concorde consigo mismo 0 can los datos reah:s.(ES' e ~;
es el metodo seguido por Leroy-Beaulieu en SUObl-a,,:
.El Coleciiuismo., No "sera, sin embargo, el nuestro,por-'>:
, queraun cuando no pretendernos, n~ rnucho menos; ,ne~";
:,gar' la importancia yel interes del 'S?Cial~rr!9J,.noS':T!::~'"
s~::in;os a' fGcono'ce.rl.e ,un c~d:.c::restrictarn:nte cien-.:
~1! lc9· Para que UD Il m vesngac io n pue d a d ignarnen te -., . . ," -
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EM ILE DU RK HEIM EL SOCIAUSMO 17
recibir este nombre es necesario que se ejerza sabre
. un objeto actual, realizado, eon .el {mica propo s ito de .expresarlo en lenguaje inte1igible. Una ciencia no es
masque el estudio de una determinada f raccion de, 10
, ( real, que,' nos 'proponemosconocer y auncom'prendert
> si es posible. Describir y explicar 10 que es y 10 que ,' '
, ,ha sido; no es otra su fin alid ad , ~ ~ espe~~:la~i.(in~s :',~:~
~:,sobre el po!y~_nirno sebasanen hechos y no son,por
.;.tanto, .ohjeto-de .la cicncia . . por mas qu e .su f inal idad ' ,
{!ltim~ sea hacer aquellas posibles. ,,-',.,."
:< '..i'El, socialisrno, por el contraric, se orienta cornple-], .' _ , I ' '_. ~"tamente hacia el futuro. Es , porendma'de todo, ,'un~,
' , 'plan de reconstruccion de la s sociedades aduales,~tHl \_'
"program'a de, vida colectiva qu e no existetodavia, j50r' 'i"
" 10 rneno s , tal como Se h a ideado, y'que se o£~ece alos: .'
';hombres como deseable, Es un i d ea1 . ' Sepreocupa.mu-. i: <
, ,'. chornenos de 1 0 . que .ha sido q u e - d e l l a que, debe s e r : . " , "! Bien e s ve rd ad que, aun en sus-Iormas m a s l1t6pica:s>' ' "' } . nU11ca :d e sd en6 el socialismo e l apo yo de lo s ' h ~ ~ h o s /y ,
,\,que, incluso en los u l t imo s tiempos, h a idoadoptando
,\t \ad a .ve z m as icierto :empaque cientifico, r ie s de : lu .e g~ : , " :< :' es includable que can 'eso ha prestado a la,dentia:"so-;",/
::,:;"cial rnayores ..ben~ficios que los que d e ' , e11~.re'Cibiera('::
: ' : r puesto que, ha hostigado e1 ;entido,ref1exiyo~ j ,h a:} cs .',. ';j;~)imulado la'actividad cientffica ' sugir iendoinves , t iga~:, , :~
LJ ' do?- e sy planteando problemas, de suerte que ' ;~ r i: h i s ~ ', ,, '
\ ' d~ tor ia se confunde, en algunos' puntos, .coriIa hisf6ri~'<
' r i j 'r i 1 i s " m a de · I a sodologia. Pero a un 'a .5 1n c r d e j a d e ,' :c au ~ '
· ;· (s a r v : o fi .md a sorpresa Ia: d~5proporci6nenor~e,~q~~s~ '"
i~\'dvlerte ~ntre 105 datos escasos.y rnezquinos quet l t l : : L
i~;:Jlza de otras cienciasy el alcancerle l as . co n cl us i on e s ! i ' ::'l'-~;~~~:C,".- . ' ':.
, pnicticas Clue, d e e110s deduce y que SOl1,con todo, e J
',corazon del .sistema.i.Aspira el socialismo' ;1 " una com-
~'pJeta transformacion- del orden social. Perc para sa-
';:hcr 1 0 que pucden y deben ser, en un porvenir cercano,
,',la familia, la propiedad y la organizaci6n politica, mo- :
'-;ral,"jufic1ica y economics de las naciones de Europa
,'C#indispensable estudiar historicamente este conglo~e~,
;,:,tado de institucionexy de realidadcs sociales, invcsti-:
; :l gn r l as causas ~ Iactores de su evo luc i on , las co n-
:};tlidonc:s "CScncia les d?t:~l~"5-transfol'maciones ~';" '~61d" ~__..- ~-. .. ) ...as i se r£t posible entrever ra ci o na lm e n te l a': -n u ev as cs-", I
;:truct~ras 'que hayan de. adoptar, en relacion can las;
,;,:ctnales caracteristicas de nuestra existencia 'colectivaJ
p : . l Z ~ r o1a ve rd ad e ~ . que todas esas investigaciones estan
!;~~n:s'uscomienzos. Pocas son la~'que se han iniciado, y
; : ! a s · m a s adelantadas no hah salida de una insc mny
~rudirrientaria.· Y como quiera que, por otra parte, cada
~ : . ; u n C l : de estas cuestioAes ,constitnye un mundo, no es
;:'::P?sibleque .la ':~luci6n, surj a de repente, per el solo
!::,hecho de' que sintamos la.necesidad de que asi sea. Las
;.hases de ;g1a. induction met6dlca ac.~!S.LdJ~LilJiu.r.n,y
<con mayor motivo las d e una induccion tan vast~, no
;}~~n~uentr~n~~~ establecidas. Es ,absolutamente ~c e -,~ano que el. teoflCO las construya par S1mismo, E t 50-{~~a1 i smoo ha ' cmp leado e 'l tiernpo en esta labor v aun
' ; : , ~ ~ a s o,ea~1as j}lst.o Creer que 1e ha Ialtado tiem;o.
,;:~:,'Pr.eC1samente por esto, si queremos expresarnos en
: ; ~ rmmos exac to s , h em os d e afirrn ar qu e e 1 soc ia l i smo I '
Ud,~n?£jcono existe, Yes C}ue~de ser po s i b l e un socia-
.lismo de tal, caracter, seria menester que se forrnasen
"-~:tlev~s ciencias que n o se pu e d e n improvisar, La unica
"
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I~ .~
','. . ~ I ': "I .:~..-\--:,
a ct it ud v er da dc ra m cn te cicntlfica an te e ste s p ro ble mas
cs la d e reserva y circunspeccion, y e~a :no puede"ad~p-
tarla cl scc ialism o s in d esvirtuar.su pro pia .e s encia.. Y
l~ prueba es que no la ha adoptado. Ahl csta la+obra
mas robusta. Ia mas sistematica, la m a s densa .en ideasque ha proclucido esta E~cue l a i.El Capital,'de, Marx..
~ Q ue I cautidad de clitos estadisticos, de' parangones ,
historicos, de estudios.vanaliticos habria que-aportar
para resolver uno cualquiera de los innumeros rpro-
blemas que alli se tratan! ~Sera, precise 'recorcla:~q'ue
e n tal ob r a se plantca e n breves Iineas nada menosrqilc
una teoria completa d e l valor? Acontece, en efecto, que,
lo s hechos ...y las observaciones aS I reunidos par los' te6-' ,'"
ricos que se preocupan de c1ocume~)~I-sus ascrtos, noi
ticncnde argumento sino 1 2 . . 1 aspect~~s,ill.vestig~ci.o~:'
nes se realizaron para hallar _fuudarriento a una doc~,;c
trina prcconcebida t : 11}l_l]9_ 1a teo'ria:se deduj04e:l~, ,
,,;n_vsstig:~ci2IJ::,Todos ellos form-;~onsus' juiciosan~es,
'! de vcr cl apoyo que la cicncia 'pudiera proporcionar-' ,
l~s laTl~~;~l] la que ha-inspirado todos esto.s'siste~: .
' ;1 1; 1S ; 1 0 que lcs clio cl scr y la Iucrzn ,inc el ansia ..d e , ,
una justicia mas perf ccta, cl 'dolor por el sufrirniento ::'.
de las clases trabajadoras, ese indefinible sentimi~n:to ..
de malestar que palpita en las sociedadcs contenlpo:~-,
n ca s .. . £1 socialisrno no cs una: c icncia , no e s una.'so .: '!
c io log ia en miniatura , sino un gritode dO , l o r y a: ~ i~ 'e s. \. . ,- {: ,',', ;
de colcra, lanzado par los hombres que slent~)}11aS I
hcindamente e1 malestar colectivo.'iH/}+'?j~:;;-
Es ell rclacion can los Ienomenosque 10 prornueven
1 0 que los gcmidos del enfermo' con la dolencia que le
aqlleja',y, las ansias que 1 0 atormentan. ~Y 'qtie'pensa~. . \ ..
1.. 1 -
".. .~-.' _ ' , ' : ' - . ' :- : ~,~:'.-: "' :;:' :""' \ . \
; ; , ~ ' ~ : ~ ~ i : , d ~ : " u r i 'edico'~~~)bm;~e lasp~labrasdel pa:~"
:'ci~;te:~po"r'afori~mo_~:cie~ltificos? Bien 'e s verdad que,
E l a . s tcorlas que mas 'gencralmente se oponcn ill SOCla~ .'
:lis~':'~o:sonde mejorcondici6n y no merecen tarn-, \ : rx ;co l~~~al idad quenegal110s a cstas, CuandoIosecc-
;n(imi~tasp'rcconizan el dejar hacerv piden quese anu-
Y'e':ia~influencia del Estado, y que Ia competencia se'
0 d ~ ~ e r i ~ d y a libre de todo .Ireno,. no basan can, mas _
j t ' f i i I T ; e z ~ q u e ' los o t r o s sus >aspiraciones.' en ,leyes~ien~'~_
t ~ \ ' t r f i c a ~ e n t e ' induc:idas. 'Yes que las ciencias .sociales
,;;~i"d~asiado j6vene~para que puedan. servir de base;
~~";joctrinas practicas tan sistematic~~ y : de ' tal.~lcan~e.,;'
{;Se'seistienen estas en' aspiraciones de otra'categona~:'
k'~~~o. s on ' el sentimiento exclusivista deTa au t onon~ i~ ; , :
Firi;Uvidual e1 respeto-al orden, el ternor' a las: innova- ,
c ' ~ i (mes : ' e l 'm i s one i smo , como se d ice ah o ra . \E t. in ,4lV i ;
;:dua1i~'mo, tanto como el socialismo, es, 'ante todo, ~n
: " p a s i o ' r l ' qu e se afirma, aun cuando en ocasi_o~e~.teng·
::-q~e'buscar en la razon argumentos que : 0 JUs~lflque41'
(>Estudiar, pues, e1 socialismo como un SIstema de~ro~:
;;:po5icione'~ a bs tra ct as , c om o ' un cuerpo . de. t ~ o r! as c !e n ,~ . ·
Y ' ii fi c as , y . vd i s cu t ir lo doctrinalmente, 'slg~lflca, verlo. v. ;preser i t ' a ' r l0 por el Iado que' ofrece m~nos:Jl1ter~s. 9 u1 ,en,,
: , : tcnga ' idea cxacta de 10 que .e s la ciencia s o c I~ I , 'de .I~',
';:l~ltitud de su desenvolvimiento, de las laboriosas _1U~ -
\ 'y cs tig ac io ne s qu e requieren s us p ro b le m as ~as elemen~:.,':'tal:e:s;:no'puedesentir larnenor cur~ssidad ~or_esas so-
f)ticioaesprecipitadas, io~; esos v,astos'slst:mas tan',
s~~ariame:nte esbozados.. Se advierte- inm ed l~ tan :e n te ,
.' ladesproporci6n entre la sin;plicidad, de losmedlOs,Y ,.
>laampl i tud de lo s resultados, los cuales, por tal razon~;•~ ".:... : ,; _ -~ ,.. ~' . '. .', ,. - -.
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:u'-~......;;..-;"""_,-";,,,,~ _ _;__~,,:,,,,:,,_,',; :EMnn'DURXHElj\I E L SOCI . ' JUSMO
,: ' hin de' estimarseinad;ni~ibl:s.'iEI :socialismo puede, sin:
embargo,examinarse bajo otro aspecto.. Por mas que < \
nose Ie pueda considerar .como una expresion cien- UI; H~ica de hechos sociales, resulta.. no obstante, en' S 1 \ )
, r rn smo un .h e c l l O social cj e la miJ.yor impOJ:.ta.n.ci.:"2_Si(
, bien no constituye un cuerpo cienti~ico, es un objeto ,
de ciencia. No tiene, pues,_ esta, por que pedirle una.
,l cyb ie ? d e fin id a . . sino, que t ra tara ' cIe conoce r l o para .
.' deterrninar 10 que es, de donde procede ya que pro- '
(rende.• ; . "
¥, Es interes~nt~estudiarl0 desde este punta de vista '"
por dos razones. Cabe suponer en primer terrnino que .nos ayude a comprender los estados sociales que 1 0 ,
suscitaron. Precisamente porque se desprende de ell os, .
los manifiesta y expresa a su modo, y, por 10 misrno, .
. nos propor-dona', u n media mas d e aprehenderlos, No .
es que los refleje can fidelidad. Antes al contrario, y
porlas razones ya expuestas; tenemos .Ia seguridad de
que les refracta involuntariamenn, y que no es exacta Ia
' imagen que reproduce, y que ocurre aqui 1~·que en el
.enferrno que interpreta equivocadamente. sus sensa- '"ciones, atribuyendolas a ltna.causa que no es laverda- '
dera. Pero, tales cuales son', esassensa'ciones n~ tare-
.cen de interes,y el medico las recage y las tieneen ,
. cucnta.: Son elementos de surna importancia'~ara for-
.mar el. diagnostico.r AS1,por ejemplo, eonvie~~' conoccr '.
'. ,Ia form~r y el punto en que se manifestarondesde. uri '.•.
" p.rincipio! ,'I'ambienpor' 'eso es del mayor int.eres,;rc." .'
'.cisar la epcca en que apareci6 el 'socialismo,Es un
g.rito d e angustia: colectiva, 11e11105 clicha antes; pues
bien, cs de surna importancia dcjar cstablccic10 en que
'momenta fue lanzado este gritopor vez primera. Pues
no cabe' duda de que las tendencias ,que ~e n{anifieshn
en el socialismo seran juzgadas de uno U otro modo,segunque se trate de un hecho reciente, Iruto de las
modalidades nuevas de la existencia colcctiva 0 siin-
plemente de una reedicion, a 10 sumo de una 'variante
'de las quejas que exhalaron los deshereclados de todas >
.Ia s e po ca s y de t o d a s las . s oc iedades , d e las e te rnas re i-
·vindicaciones de los pobres contra los rices, E n estv
caso habra motives para creer que las re ivinr l icaciones
· son irrealizables, qucJa miseria en la humanidad t:s
irremediable; Y : se las xonsideraru como um. eni ' I ' : :-me .: .. 4a d c ro n i r :l _ _c 1( '1 . p:,"l1crn hl11_i1_:ll).()·( 'I 111:, . jJ....lulflca:
'-;l;~rit;, en el curso de la historia y bajo la influencia ,;'
de circunstancias accidcntales, adquiere ca r acter agudo
y .•d o l o r o s o , para ,amortiguarse l u ego , por 1 0 qu e nos
lirnitaremos a adrninistrarle paliativos que ejerzan una
accion sedante.l Si, por e1 contrario, se descnbre que
" e l fe nom e no e s re cie n te , que e s e fe c to d e una s i tu a -
· c i o n que no tiene analogi a en la historia, hay que des-
tartar la hipotesisde la cronicidad, es mas e l i f icil f Dr-. n1arse una opinion concreta: Pero el estudio del socia\
lisrno es instructivo,no solarnente por 10 que se ref iere \
. al c~.5.c.te.r_je 1 < 1 dolencia, sino par 10 que se relacional::
con los intentosrque deban ef e ctuarse para d~~r.i.d, el rernedio, Podemos asegurar, desde luego, que e1 re-
.rnedio ef icazno ha de ser ninguno de los que proponen
• i o s sistematizadoresrlel soc ia l i smo," como no 1 0 cs para
e1 lebriJento'!]a b~bida ,que mas apetezca. Pero en uno
y otro caso las necesidades que experirnenta el orga-.. .
111$1110 sirvcn pam oriental' cl t rn tn rn ic nto . E sta s necc-
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sidades rcconocen una causa" yaveces 10 rnejor es
satisfacerlas, Par los mismos motives convien~, pues,', .
conocer los remedies que las masas oprimidas de la'.·
sociedad han idcado de un modo espontaneo e .instin-v.c-
esa diatesis coiectiv~/ ese malestar' 'profunda del que
las teorias particulare,:; n o son. sino' manifestaciones
epis6dicas , y "epidCrmicas ' , ' El solo ,hecho de cornbatir
las teorias' de Saint-Simon, de Fourier, de Carlos Marx,
no es bas tank a ilustrarnos acerca de los .estadosso~'
~iales que las '"suscitan. que fueron yson hoy aun-su
plena razon de ser y que manana; desacreditadas aque~,
llas, prornoveran 'otras doctrinas.' Ad que todas esas
brill~ntes refutaciones se parecen a1_trabaj 0 de Pene-"
lope, que a cada instan.e hay que empezar de nuevo; 'ya,
que s6lo hieren 1a co:-te~a del socialismo y dej anrel
interior indemne. Combaten .10s efcctos y no las cau-
sas. V'io que conviene es elevarse a las causas,aunQJl1
. no sea mas que para eomprencier los efectos. Pero par~
csncs necesario que no se considere e 1 socialisrno e nabstracto, Iuera del tiernpo y del cspacio, sino, al con-
trario, en re1aci6n COIl los ambientes socialestque ,10'
han producido: ,10 que pro cede no es 5ujetarlo)_l una
discusion dialectic a .Ii,;no trazar su h is to ria. ' . ,"
, ~Estc es preciSal~e1rte d'-punto de vista en que va-:
mas a situarnos.' Vamos a enfocar c l. socialismo como, '" I
. ~nacosa,como una realidad, y a' tratar de compren-
. derlo. Nos estorzaremos en dcterrninar en que, consi~-J
te cuando s e in ic io , que t ransformacionesha expen-]
, mentado y las causas determinantes de estas transfor-j
maciones, Esta investigaci6n no discrcpara scnsiblcmen- :
te de otras que emprendimos en obras anteriores,: Es-
tudiaremos, 'pues, el socialisrno mediante metorlos an3.-,;
logos a los que emplearnos para estudiar e1 suicidio,:;'!.:'!:
. la fa'milia, e1 matrimonio, el crimen, lapenalidad,la»'
responsabilidad y la religion. La unica dif erencia ra-
, "
tivo, por poco cientif ica que haya sido su elaboraci6~:
Y alii es donde mas explicitas S011 las teorias s;~ialis~
"tas. Las indicaciones que sobre la cuestion puedenre- ,
cogerse, seran mucho mas int~resante6,' sl en ve t de,comprenderlas ~n un sistema, se deducen d~ u~ ' a m ~plio examen comparativo de todasIas doctrinas.i Pues _: .
de este modo aumenta la posibilidad de elimin~r'de
todas csas aspiraciones 10 que neeesariamente contienen .
de individual, de subjetivo, de contingcntc, para p o n e ; 'de relieve y elegir unicarnente sus caractercsrnas ge- -,
ncrico s, m as im pcrs onale s y o b je t ivo s . , '_ .
Un exarnen de csta indole, ademas de scr mucho mas
util, es indudablerncnte mas Iccundo que cualquicra de,
los que generalmente sc aplican a la critica del socia-.
lisrno. Cuando se le disc~tc desde un punto de vista-
purarnentc doctrinaric, como su base ci'entUi9.._ es .,R!:e-, ,
caria,,_ resulta muy facil probar que rebasa, en mucho,
los misrnos hechos en que sc apoya, 0 arg-uir hechos
contrarios, poner , en una palabra, de manifiesto su s
imperfccciones teoricas. De esta suerte, y sin gran tra-
baj 0, se pucde pasar revista a todos los sistemas'y re_;'
f utarlos f acilmcnte, ya que todos carccen de fund~~' \'.
mento cientifico. Pero una critica ,de tal· ca ractcr;'por "
,_,muy erudita ysolida que sea, resultara siempre -super-v. . 'r - , ' - . . -
: fi cia l porque no penetra la esenciade la-cues t ion . Co n- "
i sidera tan s610 su envoltura, la Iorrna apareritedel so- "
lcialisrno, sin percibir su nucleo substancial, es decir, '
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' ,EMILI! DURKHEIMEL SOCIAI.ISMO
elien en que aqui vamos a encontrarnos e n presencia
de un hecho social poco desenvueito par scr reciente.
,Resulta de ello que es restrictala esfera de las cornpa-"rationes, 10 q u e dificultn el conocimielito del fen6me-
, nO,ya de S1 harto complejo, ASl, pues, no estara de
' mas que para Iograr una comprensi6n completa, apro-
vechemos los resultados de otras investizaciones va- b ~...(.
que eI estado social que coincide, can el soeialismo 110
se airece ahara par prirnera vez a nuestra ecinsidera~
cion. Lo hemos encontrado en nucstrosestuclios an-
teriores, cad a vez que, al tratar de etl~stiones sociales,
seguimos $U c urs o hasta la edad contempor[ lnea . .Cicr-'to que ento'nces ,1 0 tratabarnos 's610 fragmentar{amen-
te; ~no no~ ha de ser mas factible enfocarlo plena-
',' mente ahora que, varnos a estudiar el socialismo el cual
'10 comprende en bloque, por asi decirlo? Lo s :resulta-
"dos,parciales 'obtenidos hasta ahara po d dn s e r utili-
:,;zados con evidente pro ve ch o . '
, ,Convendra, pues, que antes de mlcwr, este .estudio
Aeterminemos exactamente su objeto. N o basta afir-
: : , m a r , que varnos a consid~rar ~1 social ismo como una" cosn, Es menester adernas que digamos cu<5Jesson los
" ra sgo s _que Ia caracterizan, 'es decir, que 'establ~zcamos
una definicion que nos permita distinguirla,- donde-
\': quiera que se encuentrc, sin confu~dir1a jamas connin-, guna otra, " "
,. **I. '
li~emos y expresemo~ el producto de esteanalisis en cl
Jenguaje mas claro que sea posible ? Cierto es, en ef c c-
to, que para dar un senti do a esta palabra, que can tan-
ta frecnencia pronunciarnos, no'. ha side necesario que
la sociologia se plantease metod icarnente el problema.
~Luego, pues, no' hemos de hacer sino conceritrarnos,
consu l tarnos anosotros misrnos, apo rle rarno s d e cs ta
no cio n que po se em os ya y desar ro l lar la en una fo r-
"mula definida? De proceder asi llegaremos sin dud a
alguna a saber 1 0 qu e entcndcmos personalmcntc por
soc ia l i s rno, perc no 10 que e s e l so cialism». Y como
qui era qu e cad a ,eual entiende el socialismo a su rna-
nera, segun su gusto, su idiosincrasia, su inclination
espiritual y sus prejuicios, la nocion que as! obtuvie-.
rarnos seria subjetiva, individual y no podria servi r
.de materia para un exam en cientifico,
Pero, ~que dereeho tengo a irnponer a los dernas mi
mo d o personal d e co nce b ir e l s o cial ism o, ni q u e de rc -, '.,' ?
, cho tienen ellos a imponerrne sus respectivas opiruones :
~Sera rn ejo r qu e, e lim in ern os de esas co nce pcio ne s, d i-
fere~tes en cad a individuo, 10 qu e contienen de indivi-
dual, extrayendo lo que les es ea~un? Mej or dicho;
; definir el socialismo significa acaso expresar, no ]a
, idea que de e l me he Iormado, sino la idea prornedia de
, ' los hombres de rni tiempo? 2Denorninaremos, pues, so-
, cialismo, no 10 que yo ereo tal, sino 10 que designa can
e ste n om b re la 'generalidad de las gentes? Ya es sabi-
do 10 confusas Y' endebles que son esas conccpciones
cornunes y prornedias. Se van formando al dia, empi-
ricamente, al margen de toda logica y mctodo, y asi
resulta que unas veces se aplican a cosas distintas, y
' _ " "
"
, ~,Como varnos a establecer'csta 'definicion;' ,;.;
,'. l Bas ta ra quereflexionemos d~tenidatncnte s ; b r c laidea que nos hernos f'ormado del soc ia l i smo , y que ana-, " I
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EMILE'DURKHEn.J" " ,.~. ';,BI, SOCIALISMO
otras separan ideas que son. afines, Al formarest6s
conceptos, cl vulga sc deja influir. par, semejanzas ex- \
tenus y engafiosas 0 es inducido a error por diferen- .
cias aparentes. Dc seguir, pues, este camino, correrii-
rnos grave riesgode conceptuar' socialistas ideas cod~
trarias, 0 de excluir del socialismo doctrines que 1 '0 '
Son en sus rasgas esenciales, pero que 'las gentes s u e -len llamarcan otranombre. En el primer caso se apli',- : '
cada nuestro estudio a una masa confusa de hecho's
heterogeneos y f altos de ;11idad; en el atro;'dejari~";
de abarcar todos los hechos comparablesentre' sl. ',y '. 'sl.lsceptibles de explicarse rnutuarnente. En. ambos c a ~50S s c dcsarrolhiria nuestro cs fucrzo e n m alas co nd i-
. c i o n e s y s e malograria. ~,
Para darse cuenta del valor de este metoda bas-
tara obs c r va r sus resultados 0 s e a examinar las d e d . :niciones'mas corr icntcs del socialism~. Es tanto ~a s "util este exarnen cuanto que las tales definiciones ex~' _.
pr~ ;sa~ las id e as que mas ,s e h an . d iv uJ ga d o~ ?b rc el "~
socialismo y las {Ofmas mas cornentes de concebirlo ", , ·f
e mtcrcsn, pOl' tanto, I~stosprcjuicios, que i; {
clltorpl' ccrbn nucstra la bo r y p C'rflm rc ilIT :l l l eI l ' e . s u r = "tado de estas investigaciones. Si no Iograsemos 'despo~ -
jarnos complctamentc de tales prcjuicios antes de se-
g uir ad elan to , acabarbn por illterponers~ entre 11(;s->
otros y. los hechos, de suerte que estos apareceri~ndis- ttintos de 10 que son en r~alidad.'·',· ":! .:
\0 ; D~ todas, las defi~1icio~es del social.ismo, acaso 'sea;, .
ia mas arraigada y dlfundlda In que afirrna que es una"
" negacion rotunda de la propiedad individual. No',~oJ
nozco, es cierto, un solo pasaje ric alguns ~b~a ~c: fus- \
e t e " e~ que~igure fo;r .aulaclaexp1icit~~ei1te· esta·'defi~/, :-.
nicion, peri) es innegable :que se' halla envu",eltacl1 " >m uch as d e las po le rn icas que e l s o c ial is rno h a pro mo - ~ "
vidc.Asi, par ej emplo, opina Janet, en su obra sobre : ,l'~~~Origenes del Sociclismo, que para' dejar bien sen-,
tado que la 'Revoluci6a frances a no tuvo d. menor ca-\
racter ,socialista, basta observar "que respeto jel prin-r.
cipio de prcpiedad". Sin embargo, puede arguirseque'[ ..
.noexiste ,una sola doctrina socialista a la queseapli-Y.
.que tal definicion. Vearnos, por -ejernplo, la que mas: (:
restringe ,lipropi~dad privada, la doetrin~ c?l:ctivista i . : :de Carlos Marx.(En ella serehu;a a los individuos el "
derccho a poseer instrumentos de -produccion, pero no~.c
toda clase 'd e riqueza. Admite un derecho absoluto .a :
-Ios productos del trabajo p'~': Puede esta limita-.":
" cio n d el prin cipio d eld ere ch o de prop iedad individual .
considerarse .caracterlstica del socialismo l'Adviertase
que la actual organizacion economica contiene restric-
ciones 'd e ig ua l genera y no s e d i st in gu e , de c on sig uie n- .
te, a este respecto, delmarxisrno, masque par el grado,:;
~Quien negara que todo 10 que direct a : 0 indirectamente "
es monopolio del Estado pcrtenccio al dominic privado ?
Los f errocarriles, los correos, los tabacos, la.Iabricacion.
. de 'moneda; de polvorayetc., no pucden ser explotados/.
por particulares sino cxcepcionalmcnte y por expresa'
concesion del Estado. d Alegad, alguien que el socia-
lismo cornienzacon la implantaci6n de'losrnonop~lios ?: ~
En este caso existe socialismo e n todas partes, puesto.
"que nunca hubo una so~iedads}n rno;::2polios. Perc se:'~:
mejante definicion es demasiado extensa.: Y aun: hay
mas. El socialisrno, lejos de negarel principia de la:
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• - c " , r .' .. _ . . _ .~ .
EMiLE DURRHEJJ\1 EL SOCIALlSMO
, ,
propiedad privada, puede pretender, no sin razon, que ,
'.representa lajifirmacion mas' rotunda ~y radical que
',d~ ella se conoce. En efecto, locontr~rio dela pro-piedad privada es el: comunismo:' ahora bien, en nues-
tras ins t i tuc iones actuales hay .vestigios del viejo co-
rnunismo familiar, como la her~ncia, El derecho de los
parientes a sucederse, unosa otros, en la propiedad de
, los '>bienes de' fami l ia , no e s o tra co s a que e l ultimo
,ves t igio del ant i guo derecho de co-propiedad, que en
'otros tiempos poseian colectivarnente todos los miern-
b r o s de una familia sabre e l conjtmtode la For t una
domcst i ca . Mas h e aqui que uno de los puntas que co n
mas frecuencia surge en las tcorias socialistas cs la
l' supresion de la herencia. Una reforma de este car ac-
ter produciria el efecto de librar de tccla rnezcla cornu-
n is ta a la in s t i tuc io n de la pro pie dad privad a y r e inte -r
grarIa, en consecuenc ia . : a su ve r dade r o ser.' En otros
s . , . te rm incs : para que la pro pie dad pucd a s e r co us id crad a
como ve rdad cram ente ind ivid ual, e s m e n e st er que se a
~obra del individuo, d e e l solo. M~s el patrimonio que
,,se transrnite par herencia, no prescnta este carac te r : .e s
una labor colcctiva que se apropia u n in div id uo . 'L apropiedad individual, conviene repetirlo, esIa que e;l1-'
pieza con el individuo y acaba en el; y Iaque ~ecibe
:.. en virt~d del derecho sucesorio exjstia antes que e l y
se ha fo rmado sin e l. No pretendo, al reproducir .estos
.argumentos, defender', la t e s i s socialista.. sino demos-
trar, tan s610, que hay; e ntre ' s us adversaries. faetores
d e , c om u ni sr no y, deconsiguiente, que no e s asi c omo
precede definirlo. ' .
. : ' .Lo pro pio d irem o s d e e sa concepc ion , no .mcnos ex-
did u 'n la cual el socialismo consistc en una e s -ten 1 a, seg , ' ~ . ' _ L d
di ;' ;'_1: di"icluo aJa,colectlvW2 ,trecha subor _.lnru::,u:lIL,u.J::l..--lU _s.....,,_.,__ -
-,' ' " f' Ad If Held
, " Po dem os co ns id crar sO Clah sta , a irrna .0
o. .'toda tende~cia que exige 1i subord,inaci6n del bien in-
d' id 1 ~ la 'c omunidad." 1'ambien Roscher, en unalVI ua ce. c • '
. definici6nen la que desliza un juicio, deno~.ma SOC1~-
, ,." d ' c e st i ma que el O le n co m unlista cualqtHer ten encia qu ' ,-"-",,-,,:,,
. 1 . t ' d el [nd i viciuo", Nose d e n ln g\ln ~ \ Je s s up cn or a_).f.!."~~,~,__.,.,,,' ", 1-~ o ~ ; ~ c G c i~ - ~ que los bienes 'particulares no se rayan
suborclinado a los fines sociales; porquc e s . t ~ l scbor- .
'Jinaci6n cs la condiei6n cscncial d e toda VICla colcc-
tiva, l Se argiiid aca s o , can RO, s c1~e~ , que, Ia aDne ~ a -
. , 1 s o c ia l ism o e x ice d e l ind iv id uo t ie ne d e s in -Cion que e " b ' •
gular\ que esta mas al1£l d e n ue s tra s fuerz~~ ?,,~sto equi-
vale a juzgar la d o ctrina, pero ] : 0 ; : c 1 e tJ l :L , b ,. a p " rt c
de que tal apreciacion no e 5 cnterio s u fic ie nte pa~ a
clistinguirla de todo 10 demas, par 1 a raz~n : l c qu~ cleF
nmpl io margen a l a a rb i tr ar ie d a c1. El hm/ltc C~UC~ll_O
de los. sacrificios soportables para el egol5111o indi Vl~
dual no puedepJ~terminarse objetivamente, Cad a ,eua!
10 gradtla aSH capricho, Y todos quedam?s en libcr-
tad de interpretar el socialismo como n:e]or nos p~-,
r e z e a , Pero aun asi, cabe objetar que la Idea de sumi-
• r d 1 individuo. al grupo se halla tan ausente deSlOn e, ,
determin~das escuelas socialistas importantes, 1.ue mas
bien se inclinan al anarqtlismo. Es 10 que se a d VH crt e e n
"e l fo urie rism o Y en e l m utu al ism o de P r oud h on , ;e~-
rias en las que el individualismo es llevado a sus lirni-
te s e xtre m oS mas paracl6 jico s. ~Nose p r opane e l mar~
xismo, scgun una celebre frase de llQg.~la __!:5.tnK:,, 1? C' . 61 0 s in ella opinan~jQD_9,~!,_:r;~~?-~?_,~?,I?o_~,~. on raz I
8/6/2019 Durkheim -El socialismo
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30Elf II E DURKHEIM
Marx y disci 1 I _l!sus ISClPU os que, e cua en que. se coristrtuvn '\
la organlzac lOn s cciah sta, cs ta po dra f uncio nar po r sf \
mi sma, au tomat Icamcn tc , sm ncce s id ad d e l rncno r in i-
pu lso , Id e a qu e cncontramos ya e n Sam t-Slm o n En
r e s umen , que h ay un soc ia l r smo autorrtano y o tro e s e n- \
cialmcntc de.mocrS.bco ~Y podia haber side de otro
modo? Como verernos mas adelante, el s oc l a h smo Sur-
[10 del indrviduahsm., revolucionano, del misrno modo
que las Ideas del siglo :AIX Surgleron de las del XVIII-{
) no puede, por tanto, sustraerse a Ias -mfluenclas de
su ongen Falta ahora saber 51 esas tendencias dis-
pares Son susceptIbles de concrliarse 10g1camen t e Perc
de m o me nto n o Il1 te ntam o s aprcc lar .. la val ia logica del
sociahsmn, s ino pura y s l1 np le m en te a ve rig ua r en queCOI1Slste
- Exis te otra de f i n i c i on , y e s la u l t im a, que parece mas
adecuada al obj eto defuudo El soclahsmo ha soste-
nido, SI no slcmpre, en rnuchas ocasiones, que su prin-
cipal fmahclad estribaba en mcjor~r la condicion de
las clases trabapdoras mediante el estab1eclmlento de
una 1111) OJ 19ualdad en Ll::' I el.rciones cconouucas Por
csto p1c( . . s amentc se dice que cl s ocr ah smo cs Ia Iilo-
sofn econOmlca de las clases oprimidas Pe r o esta ten-dcncm no basta por 5 1 sola a caractcnzarlo, ya que no
cs propia y c Ac lu Sl Va m en te suya Tambl(~11 los econo-
mistas aspiran a dismmuir la desigualdad en las cond i -
crones soclaks, pero opinan que este progreso pucdc
y debe r eahzar sc por c1 juego natural de la oferta y Ia
\ demaI1da, ya que es mutt! toda mtervenClon legislanva
J Sc dira e n to nce s que el scciabsmo se d l s tmgue d e
esto en que can cl l C 111tcnta lograr e1 mismo resul-
EL SOCIALISMO 31
,tado por otros medic- 0 sea po r la acc ion de la ley? I
Esta cs precisarnente ra defimcion de Laveleye "TOd~/:
d o ctrina] so cialis ta pro pend e a cstablecer una m ayo r
igualda o en las condi uones soc-ales y a realizar estas
r eformas par medic de la ley 0 del Estado JJ Pero no'
cs [sta la umca fmalidad que pcrsiguen las doctrrnas
sociahstas La absorc on por el Estado de IdS gran des
industrias, de las grdndcs orgarnzaciones economicas]
que, por su importancia extraordmaria, abarcan toda-
la sociedad, como las minas, los Ierrocarrrles, los -ban-~
cos, etc, tiene par objeto la proteccion de los mtereses \
colectivos cont ra deterrnmadas mfluencias particula- ,I
res y no el de rnejorar 1a condicion de la clase proleta-
na EI sociahsrno reba sa el p r ob l ema obrerb 'E n algu- Inos sistemas mcluso ocupa un sitio s e cund ano . Es to ' ,
ocurr e en la obra de Saint-Stmon, el f ilosofo que se \
consrdera generalmente COmo fundador del socialismo\
Lo propio acontece a los sociahstas de catedra, mas
preoeupados en salvaguardar los mteresp." (1<"1Fstado
que en proteger a los desneredados de la tortuna Hay I
otra doc t r rna que sc propone establccer esta igualdad
cconornica mucho mas radicalmente aue el sociahsmo :• I
cs el cornunisrno, que mega toda propiedad individual \ ')" como consecuencia, toda desigualdad econorrnca
Aunque son muchos los que incurren en este error,
cs imposible considerar el comunismo como una sim-
ple vanedad del socialismo. Ya tenclremos ocasion de
volver sabre este asunto. Platen y Toma s Morc, de
•una parte, y Marx, de otra, no son discipulos de Una
rnisma escuela. De nmgun modo es posible, 1 1 1 siquie-
ra a pnon} que una orgamzac1on so_cIal ideada e n re -
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;,,)- EM ILE D UR KH EIM IJL SOCIAUSMO II
laci6n con las cmpresas industriales que hoy conocc-
mas, haya sido concebida antes de que tales empresas
fuesen creadas. Finalmente son en mimero no escaso
las disposicioncs legales que, sin que puedan calificarse
de socialistas, tienden a amenguar Ia desigualdad so-
I'ia1. El irnpuesto progresivo sabre la herencia y la renta
propende a esta finalidad y no es, sin embargo, obra
I' s ocia lis ta , ~ Y que diremos de las bolsas y becas q11C
otorga el Estado, de los establecimientos oficiales de
bcneficencia, de prevision, ctc.? S I estas reformas se
ro n ce p tu an s o ci al is ta s, como pre tenden algunos, la pa-
labra acaba par perdei to do senti do, a fuerza de ser
tomada en una acepd6n excesivamente lata e in deter-
minada.
A todo eso nos exponemos, cuando, para establecer
un a def in ic ion d e l soc ia l i smo , no s co ntentam os co n e x-
presar, con toda la precisi6n que se qui era, conceptos
corrientes, Se le confunde entonces con tal 0 cual as-
p e ct o p ar ti cu la r 0 co n d ete rm mad a te nd encia e s pecial I
d 1" '11 . Ie a gun SIstema, senci amente porque, por un motive
cualquiera, esta particularidad nos llama mas 1a aten- I
cion que las otras. La unica manera de no incurrir en
tamafios errores consiste en aplicar e1 metodo que
hernos seguido siempre en tales crrcunstanciasx Olvide-
mas por un instante la idea que nos hayarnos formado
del objeto que vamos a .definir, En vez de mirar a1
interior de nosotros mismos, miremos hacia fuera; en
vez de interrcgarnos, intcrroguemos las cosas Son nu-
merosas las doctrinas que versan sobre asuntos socia-
les . Tra temos de observarlas y compararlns. Incluya-
mos en una mrsma c1asificaci6n las que presentan ca-
ractcres cornunes. Si, entre los grupos de tcorias as!
farmados, hay uno que par sus caracteres distintivos
se asemeje bastante a 10 que se entiende generalmente
por socialismo, le aplicaremos esta misma denomwa-
cion En otras palabras, denominarernos sociahstas to-
dos los SIstemas que o£rezcan estos caracteres, y asi
o bte nd re mo s la d efinicio n que s e b us ca ba , Pucde ocu- I
r rir, sin embargo, que la definici6n no abarque todos j
los sistemas vu1gannentc conccidos can esre nornbre,
o que con tenga otros que la s gentes deslgnan, por 10
general, con nombre clistinto. Perc no importa Estes
dlVergencias nos probaran una vez mas cu.m burda-
mente se elaboran las clasihcaciones basicas de la ter-
minologia usual, cosa que sabiamos de sabra La im-
portante en esta cuestion es que ante noso t ro s se des- !
envuelva u ! ? - orcl t ;_nde _he _cho '§_~ .1! . . !~nga t! l11daQ__y_ t~ tc~
claramcnte, circunscrito, y que se pueda Ilamar socia-
lista, sin la mas leve irnpropiedad de lenguaje. En ta-
les condiciones nuestro estudio sera posible, ya que
operara sobre un conjunto de casas deterrninado y,
de otra parte, llegara a dilucidar la nOCI6n c0'116n en
10 que quepa ser ac1aracla, es decir, en el gracio en que
sea consistente 0 exprese alga bien definido La l'1VeS-
tigacion, orientada de esta forma, nos dara I n contes-
taci6n a to do 10 que 16gicamente se desea averiguar
cuando se plantea este problema: l Q u e es cl soc-a-.>
lismo ?
Aphqucrnos, PUC3, este metoda.
* * *
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ELSOCIALISMO' '
EMILE DURKr{EIM
-Las cloctrinas socinlcs se dividenur, dos g' .:,U eneros, '. 11 ; 15Sc proponcn solamcnte expresar 1 0 que e s 0 h a c
sido : S.011 las purarncntc C S p e c l l J i . l t i Y i l l L . , ) ' : . _ . ; ; _ i g u t i f i c a s . Las
o tras t icnen po r principal objcto modif icar 1 0 que e xis-
t~ :y prO?01,1Cn, no 'Ieyes, sino r cformas ; son las .~
l , :", : , , : l i ls_pn~ctlc~, Lo que ante ce de pone d e manif i es to
que s i 1a palabra~cialismo cOl1ti~ne algo que Sea de-
f i n i b l e , hcmos de encontrarlo en e 1 segundo grupo,' .
Este segundo grupo contiene varias especies. Las
rcformas propucstas afectan, ya a·'la politico, va a la
cuscfianzn, ya a la administraci6n, ya a la vida' eton6-
mica, Vamos a f ijarnos en esta ultima, pues en ella ra-
clie a cas i to do c1 so cialis rno . Pucdc s in d ud a afirrnarse ,en un sCllLiJo late, que hay un socialismo politico, otro
pedag6gico, etc" y' aunihemos de vcr como, por la
f ucrza d e la re al id ad , s c cx ticnd e Iatnlm en te a to d as
esa,s esfcras. Perc no es mcnos' cierto.vsin embargo,"
que.la palabr., fu e crcada para designar teorias qu e afec-"
tan principalmcntc al cstado cconolnJSO, e imp1ic;n' su...:
transicrmacion. No hay que crcer, ernpcro, que esta
distincion baste para caractcrizarlo, Tambicn los' ~co-
nomistas individualistas protcstan contra la actu~l or-ganizacion y abogan par que se la librc de toda com-
pulsion social. Las rcformns que e1 ~efi6r de Moiin;l'i
prcscnta en su Euoiucio»: economica,'no son menos sus-
ccptibles de subvertir el 'actual orden de la socied~d:~
que las que propugna cl socialismo mas internperant-."
No hay, pues, mas remedio qu~ llevar mas lej as la.·
c1asificaci6n que hernos estab1c~ido;· a fin de ver 51
entre las trill1sformaciQnes cconorn icas que pre co nizan .\
las diferentes sectas reformistashay alguna que 'no .; .
presente las caracteristicas d e l socialismo. .
Para que seentienda b i e n 1 0 .que 'va a dccirsc, se im~
. ponen algunas aclaracicnes, . "._,
Se aye afirrnar can frccuencia que las f unciones ;
que ej e:;cen los miembros de una rnisma saciedad SOl1
de dos clases : unas sociales y privadas' las. otras. Las!','-
del ingeniero del Estado, del administrador; del dipu- 1\
tado, del sacerdote, etc.,!' pertenecen a la prirnera cla- \.
sej el'come'rcio y·h,i.\fh·stria,es decir, las funciones -: ' )
econornicas (a excepcion de los 'monopolies) pertenecen !.;,
a Is.eegunda. En rigor estas denominaciones son in- ';
exactas, pues, en cierto senti do, todas las fu~ciones d e .o jl a s o ci e da d son sociales , tanto las economicas c omo h is " ; ' lotras .. En efecto, si esas funciones dejan de 'actuar ;.,
· n o rma lmen t e . v l a repercusion se hacesentircn t o da- la
; sociedad e, inversamente.iel estado general d e 1a salud·social repercute en el -funcionarniento de los organos
· e c onom ico s , 'La disti~ci6n en simisrna, independiente-v" ~
mente de las palabras que la expresan.mo deja, s in ern-
. bargo,' de ser Iundada, Las funciones econornicas ofrc- '-'~.:'
>.c~n.la particularidad deno estar en relaci6n definida:;:;y'regular con el organc-que representa el cuerpo 50- .
,::td.aicnsu conjuntoy 1 0 dirige, 0 s e a cl Es f a d o , Se com-:_
~ E ; p m e b a J asimismo,. esta ausencia de,n;:laciones. en la
~:/m anera c6mo la vida industrial y comercial actua sabre
~~;:e1:8stadoy este sabre aquella. Enprimer terp1ino,'coll~.
c. vengamos en que 1 0 que sucede en las manufactures,
" ,> ,en . l a s fibricas y los almacenes,' escapa, en: principio,.
;. a' su conocimiento, No' esta informado de manera .es-r."; . , . ~ . " _, .. , . : " - . ' , t : I
'. p ed al y d ire cta d e 10 q ue en t al es e st ab le ci mi en to s a co ~ ~ . ..?'. I .: c~., -.,~'e~
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tu: SOCIAU, )HO 37
,36 rVILE DURKHEIM
tece, Puede en determinados casas expenmentar los
efectos, pero, en genera1, no se entera de otro modo
ni per otros medias que los demas organos de la socie-
d ad . Y aun para esto es necesario que 1a situacion eco-
nornica sea tan gravemente perturbada que se modi-
Iiquc sensiblernente el cstado general de la sociedad
Entonces el Estado experirnenta la s acud rd a y advierte
vagamente 1a eXlstencia del mal, como las dernas par-
tes d e l organismo, y no d e un modo d lfe rente En otr as
palabras : no bay eomunicac ion especial entre el Estado
y ;:.qudbs csferas de la organizacion coiec t1Va. Y es
que, en term.nos ge:l1crales, ! ~ ct lv !d< : _ :J _ _~'on6mica <,c
de~arrol1!h__Iuera de, la.nrbita-de la (:onocnCla-souat
Funciona silenciosarnente ; los centres conSC len t e s no
se dan cuenta d e nad a mientras Ia sl t \ .1<lClOn es normal
Por 1 0 m is m o ta rn po co actuan s o b re e l la d e un m o d o
especial y regular. No existe ningun sistema detcrrrn-
nado' de canales par los que In. mfluenCla del Estado
l legue hasta el ias y ejerza su inf lu jo 0 10 que e s igual :
no existe un sistema de funciones encargadas de im-
poner, a aquellas eeietes, la accron que parte, de los
centres superiores Muy distmto es 1 0 que ocurre con
las otras funciones. Cuanto acontece e n las diversas
o rga mza cio ne s ad mlD 1s tra i lya s, e n las asambleas y COn-
cejos locales, en instrucc10n publica, en el cjercito, etc,
puede l1egar hasta 10 que se llama cerebro social, por
vias d cs tm ad as e spe cialrnen te a transm iur e s tas cornu-
nicaciones, de tal modo que el :Cst ado aciqll1ere inrne-
d ia to co nccim ie n to d e e lla , s in que 10 adV le rtan ' 10 mas
mlnimo las ot ras parLes d e la sociedad An:tlogamente,cxisten otras vias por las que cl Est.cdo ti ,lDsmitc su
acc io n a lo s nucle os s e cund ario s, Entre un o y otros s e
e s tab le ce un in te rcam b io co n s tan te d e comunicacioues j
tPodemos, pues, afirrnar, que estas u l t lmas funcrones,.I
se hallan or~.i~ ya que un cucrpo VlVO organi-
zado se caractenza par la existencia de un organa cen-
tral y Ia unio n a e s te d e todos lo s o rg an os s ec un da no s
y sentarcmos, al contrario, que las f unt.ioncs econo-
micas , en su e s tad o ac tua l, s o n dif usu s par SU Ialta de
orgaruzacion
A dm lllc lo e sto , podrcrnos comprobar UCl lmcn t e que,~
e n tre las d oc: tr lna s s o cia l is ta s j h ay un.is que pi opugn, \ ' \
que s e unan a las Iuncio ne s d i re c to ras y conscien tc- ,
de 1a sociedau las lul1C1oneS Iabi iles Y LomCl uah.:" )
que estas doctrmz.s pugnan con oti as que pi tlOn' l.an
la necesidad de aumentar 1a difus.on de estns ultim.is
Junciones Est:t fuel a de dudn que SI C,tH ic.uuos de
s cciah s ta s las d o ctnnas co ns rd e rad as e n prune r te i-
rnrno, no se habr.i torciclo el s ign if icado del vocablo,
puesto que to das las teorias cornpi enrhdas, po i Jo gf1-
ne ral, b a jo Ja d e no nunacro n d e so cralrs tas , com cid e r
m.rs Q menos en este punto La drferencia cst.i en h ~
rnanera c omo +a union d e 6rganos es conceb ida en
cada teoria Segun unas, son 10c),lS las fUIJcrones eco-
nomica<; las que han de UI11rSe a los centros superior es ,
segun atlas, basta que 10 estcn algunas Para cstasI
ulbmas, el en l ace debe efectuarse m ed ian te in te rm e-
diaries, es declT, po" determmados c.<:::ntros seunc1a
no s) d o tad o s d e crcr ta autouom ia, como , par e jcm plo ,
las agrupaclOnes pro fe sio nale s, las CO! poraciones ceo-
nornicas, etc, las otras teorias establece.n q ue la urnon,
el enlace , Ira d e se r mmed i a t o y di r ec to Pe ro com o to -
" ';~:~:":'-~·1 :a~~~~~)IF, _ r .
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,c. ,: : .. .; ; , . ' : ; ; . , : t 9 ~ i ~ : : : : : /, " .' _- .i ·
.: -,
cion que de estes problemas se ha £o:rma,d6;1a:ge~era~":'c
lidad de gentes. No s o n tan s610 lo s adversaries deesta,'
doctrina los que ladiscu ten sin tener de ella una i d ea i..
clara , s ino que tam bicn lo s rn is rn os s oc ia li sta s d e mu es -: '
t ran a cada paso que no tie ne n p le na co ncie nc ia d e 10 , '
que sustentan, ASl , ,no esraro observar ql!e confundenaveces una ' cuestion de detalle con e l c o nj un to del sis-
tema, 'unicamente porque este detalle les interesa. mas
'que cualquier otro.tNo es de extrafiarypues, q u e p a r i >rnuchos Ia doctrina socialista quede reducida av una •
, simple cuesti6n obrera. No insistiriamos ',tanto acerca > , 'de estas confusiones, tan .f recuentes como lamentables,::'
si no fue s e po r la necesidad d e ' p re p ar ar ,los . espi r i tus
para abordar d e s d e un pun ta d e m ira e s t ric tam en te
, .cientif ico el problema que nos hemos planteado. Estas
co nfus io ne s , al po ne r d e m an ifie s tc e l e s cas o valo r d e "
las d e f i n i c i on e s mas usuales, nos inclinan a desechar
toda idea prcconcebida, para evitar que esta labor":
, inve s t ig ad o ra co ncluya e n una co nfirm ac i6n, } :lura . 'y
,'simple, de nuestros propios prejuicio's.· Ante e1 socia-';
, l i sm o hernos d e situarnos en la rnisrna posicion que'
ad o ptam o s fre n te a , las co s asque igno rarno s , fre n te .
a' un orden de Ienornenos inexploradosry asi lovere-'.
.mos surgir poco a poco y presentarse a nuestrarefle- "
xion bajo un aspecto mas a menosdiferente deLque,:,::,
.en general, 10 apreciamos, Si este metoda, este pun~?{~
de vista, no te orico , s ino e rn in en te m en te p ra cti ce , s e ' : ' ~adoptase con mas t f r ecuenc ia , lograriase ca lmar u n <tanto las pasio~es' encontradas que suscita este pro-:
. .b lem a, to d a ve z . qu e o po ne auno s y o t ro s ' su a fan
de impa:rcialidad y se mantiene par igual alejado
das estas dif ercncias carecen de importancia, vamos a
estableccr una definicion que exprcse todos lOScar~cte~
res cornunes ~ estas teorias : E s so cialista tada doctrine
que preccnizo cl enlace de todas las [unciones econo-
micas 0 de algunos de cllas, que hoy' apa~ecen d if u sa s ,
C071 lo s centres dire~tores Y conscienics de fa sociedtul.Adviertase que hablarnos de, en l ace , de un i6n , no desubordinacion Y es que a juicio nuestro este lazo en-
tre la vida econornica y el Estado no irnplica en modo
alguno que toda Ia accion parta del u l t imo , Cabe con-
-cebir que una vez que se establezca un contacto permo-
ncnt e entre el Estado y la vida industrial y comercial,
ambas esferas se influiran reciprocamente, 10 que can-
t ribuira a dctcrrninar, CO~l mis cuergia que ahara, ,la
actividad estatal, hasta e lpun t o de que puede af i rmar-s e que las te orias so cia lis tas que a cc nn ia n e sta in flu en -
cia de la csf era cconomica pri vada sabre e1 Estado,
aun cuando cstcn contenidas en '1a d e fi ni Ci 6n qu e' acaba
d e establecerse, propenden Irancamente a la anarquia ,
Porque estas teorias cxprcsan el desco de que la trall~~
Io rrnac io n s e cfe ctuc d e m o d o que c l Es tud o s e supe - .
e l ite a las funcio ne s e co nom icas , 'e n Ingar d e que ' qu~ -'
dell estas a merced de aquel.
/~Lr;CCI6N SEGUNDA'
Hemos vistoque, aun cuando las cuestiones del sa~"
cialisrno estan a la o rd e n d e l d ia , la s d efin ic io ne s .que '
d el m ism o circu lan y m ayo r d ifus i6n alcanzan prue b an
culm cndeblc, confusa Y aun contradictoria es la no-
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4D EMILE DURKHEIM EL SOCIAUS1fO 4'
de todos. En vez de obligar al pensamiento a elegir
sobre eI mismo terrene una solucion 0 una etiqueta,
dividiendo de anternano a 105 investigadorcs, nuestro
metoda los une, mornentaneamente al menos, en un
co rnun se n tim ien to d e ignoranCla y reserva, Al dar a
entender a unos y otros gue, antes de juzgar el socia-
lisrno, antes de trazar su apologia 0 su condenacicn,
es necesario conocerlo, mediante un e s t ud i o minucioso
y profundo, nuestro metoda les brinda un terreno co-
mun de uni6n y trabajo, y los prepara a todos para
que puedan examinar serena y obje t rvamentc- los pro-
b1emas agudos y apasionantes del socialismo, Pues te-
nemos por includable que en esta clast de estudios,
cuando nos vernos constrefiidos a desconfiar de nues-
tro personal punto de mira y a salirnos de e l, siquiera
s e a p rov i s i onal rn en t e y pe r m cto do , no s sentimos me-
nos prcpensos a solucionss exclusivas y s impl is tas , y
en mejores condiciones para apreciar toda la complc-
j id ad d e lo s hechos.
'I'ras de haber discutido las definiciones corrientes
'J t . ' l . : : ID 'C l 'S \1d~"U 'Sell. \u 'S1l . ' l l t , ) 'eTl6d, Tl\:) ' : :>D.'CQlt.amo;; a De;;t.u-
bri:c cuales Son los caracteres que acusa el socialismoy 10 distinguen de todo 10 demas, contrastando al efecto
las diversas doctnnas sociales, y asi l1egamos a esta ~
blecer Ia definicion siguiente : es sociahsta toda doc- !trina que preconiza e1 enlace de todas las funciones
econormcas 0 de algunas de ellas, que hoy aparecen \
d ifusas , can lo s cen tre s d ire c to re s y co ns cie nte s d e 1 3 . b , Jsociedad. Perc csta definicion requicre algunos cornen-:
tarios,
Se ha observado ya que se trata aqui de enlace, de
union, no de subordinacion Conviene !11sl s t i r en e s t ,
diferencia, que _ s L <:s<-nCIR.liSI1l1<l. Lo q ue p re cornzan
]05- 60Udl~"Ub- 1;0 es que l< t val; ecun6mica se pong:t
en manes d e l Estado, sino e n contacto ,can e l, pucsto
que opinan que aquella debe actuar sabre este, tanto
51 no milS que el segundo sobre ]a primera Desean que
esta relacion produaca el efecto, no de' subcrdmar los
intereses indus t r ia l e s y comerc i a l e s a los llamados po-
Jiticos, sino mas bien elevar ]05 pnmeros 8.1nivel de.
los segundos Forgue una vel af' ianzada la comunn,a-
cion constante entre ellos, <1911 cllos intereses af eel I I ] :1 11
m is pi o fund am ente que ah o i a al Iuncio na rn icn to d e l
organo gubernament:ll y cont r ibui r ian may ormente a
oricntar su marcha.x Lejos de relegar aqucllos u-te-
re s e s a segundo t e rrn ino, sc trata mas bien d.CJuide po-
ncrlo s en situacion d e que d csempe iien , en e 1 COn -
junto de la vida social, un papel rnucho mas imp or-
ian te que ah ara , en que , a causa d e la distanoa qlle
los separa de los centres directores de la sociedad,
no pueden ejercer sobre cstos mas que una accion in -
' cerni tce1trey 1i~h "hmhi{enenopni.iulllre' fO S 'reori-
zantes mas celebres del socialismo, es el~, en Sl1
forma actual, el que debe desaparecer para COliVO tn sc
en punto central de 1a vida econornica : pero nunca v
de ni;gun modo sera,- esta ultima ab~orblda por el E s o -
tado. Par este mot r vo , en 1a defimcion que hemos adop-
tado se expresa el concepto de Estado por la formula
, co rnple ja y algo metaf6rica d e : "los 6rganos conscien-
te s y d ire cto re s d e 1<1.o cierlnd ". En In d octrina d e M arx,
per ejemplo, el Estado propiarnente tal, es dec:ir, que
desempeiia un papel especifico, que reprcserr a mte-
' / . ~ - : ; , ,· , , · :~ ; , j ~ ~ ; : ; :~ ; - ~ : : : W ; : ~ - ; ( ~ · ~ ~ r
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EMILE DURKHEIM .·/~L SOCIALISMO: . .- . ; . . . .( > : - - " \ : ~ - 3 ~ ; , ~ / ~ ~ ~ ·
:- rescs s ui g cn cr is ] superiorcs a los del cornercio y la i n -
dustria, como So n tradiciones historicas, creenciasco-
rnunes de caracter religiose, ctc., cesara de existir, Las
. runc iones gen~inamentc pol i t icos, quehoy const i tuyen
su cspccii l iciad, no tenrlran' razon d e ser, y todas las
f unciones scrim cconomicas. Por esto 1 0 dcsignamos.en nuestra definicion con una denorninacion n ~ as g en e -
rica y adecuada. Otra ac1araci6n importante sabre un
extremo de Ia definicion adoptada. Hayen esta un a
palabra muy significativa que se emple~ en su acep-.
cion corriente sin haberla somctido previarnente a una
definicion mctodica. Sc trata alli, en 'c~ccto, de fun-
ciones econ6micas, sin que se indiqueen que consisten
tales funciones, ni sus rasgos mils 'caracterlsti cos. Esta ' ,
d cficicncia e s im pu tab le a la pro pia cicncia e co no mica, .~
que no ha definido sus concertos >mas Iundamentales, .'
1 0 que no s o b lign a cmplcarlo s en Il L fo rma m isma en'
que 110~ los'transmitc. No hay en ella, sincmbargo.wn
grave inconvenicnte, )'<1 que si bien no conocernos con
cxacti tud lo s lim itcs d e 1 < 1 E co no mia. ' s c coinc ide casi
sicmpre en 1 0 escncial de su contenido, y csto nos basta
por cl memento. .'
Si coutmstarnos nue stra d efinicio n con cl co ncepto
que, gcncralmcnte, sc tiene del socialismo, sultan a 1a
.vista, como era de cspcrar, notor ias ·cliscrcpancias.' Asi·,
par ej ernplo, cificndonos a la definicion propucsta, to-. >
das aquellas tcorias que reclaman, para rernediar los,
males que aqucjan a la sociedad actual] un mayor·d~s~"·
arrollo de las instituciones de beneficence, y prevision '
publicae y privadas, no dcben ser consideradas .corno
socialistas, aunque asi sc las denornine c o n Irccuencia,
tanto al combatirIa!s 'c~mo al defenderl,~s~:Pe;;~l-;";~~~\
pone eso que nuestra definicion sea dericiente : 10'qu'e;r
ocurre es que a tales tcorias se las-clasifica con irri~.(; 1 ,
propiedad, puestoque, por muy generosasy utiles que)resulten, no respond en en mod o .alguno a l a s e sp e c ia l e s . . )
necesidades y preocupacion:s que e l socialismo suscit'a,:[, y manifiesta. Al aplicarles esta denominaci6n se con- /r
funden lastimosamente los terminos y se clasifican por ~
ig~al y bajo un misrno vocablocosas rnuy distintas.,',\
@nstituir obras de benef icencia a1 margen de Iii vida: ieconornica, no es 1 0 mismo que' unir estaa la vida pu- j
'I blica] E1 estado de difusion en que se . h a l l a n lasfun-~:
ciones industriales 'y cornerciales no mengua porque s e'funden cajas de socorro para aliviar la situacion d e
los que; de modo permanente 0~accidental; cesen 'en elcumplimiento de talesIunciones. Elsocialisrno es esen- \
cialrncntc \una tcndencia organizadora; y'Ia beneficel1" "J ~ , " ! •
cia, par e 1 contrario, no organiza nada. Deja las' 'cosas ":
, e n el mismo estado en que estaban: y no puede hacer .
i mas que niitigar 13.angustia q u e origina la desorgani-
zaci6n. Esta es una prueba m a s . de la importancia qua
tiene e l detenninar con vabso lu ta exactitud el signifi-.
cado de ln palabra :socia1istal. para evitar todo ·equi~,
voco sobre la naturaleza de la cosa y. sobre e1 alcan-. 'cc de las medidas practicas que se tornen oaeonsej en..',
La definicion aceptada me obliga a' formular una nue--:
va advertencia del may o r interes.ry es 1a siguiente: (No'
figu~a e~ ella 1<uDfI~J~~ye ah.isi6n:_a_la.1u6ha_:clL~laie~,
:ni a1 deseo de, est ablecer otras relaciones economicu-
, '~11Cl.S justas y par 10 .tanto mas favorab1es a1 proleta-
riado. Y Ja razon es que estas caracteristicas no' solo
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.... .'EMltE;~DURI(fIEJM
( no son todo el socialisrno, sino que ni siquiera repre-
__sen ian uno de sus elementos esenciales y genuinos.
,.'Estanios tan familiarizados con otra concepcion total- '
mentedistinta,quee~ natural que,
de memento,cause
extrafieza esta afi ;niaci6n y aun suscite dudas ace rca
l:':,~~'la exactitud de la.f6r~ula que hernos aceptado, ~No
: 'nos presentan acaso el socialismo.iasl suspartidarios
::~omo,sus opositcres, como' la Iilosof ia de las clases
,Jrabajadoras? A pesar de ello es muy Lkil advertir
, que no s610 esta tendencia no es la unica que inspire
el socialismo, sino que es una forma particular y der i-
vada de -otra mas general, en Iuncion de la cual la
:' hemos formulado. -En realidad, elfoienestar del pro"
.letariado n~ es mas que una. de las consccue~s que
el:.soCla1ismo atribuye aIa organizacion econ6micaque
preconiza, como laIucha de clases no es. sino uno de los
, , ,medias que han de contribuir a que. esta organizacion
serealice, uno- de los aspectos del proceso hist6rico que\
habria de engendrarln, .., .. ".,'" '---:
':Y,~n efecto, ~que es, segun los socialistas, 1 0 que\
produce la inferioridad de la claseobrera.y la injusticia:n
, . de que es victim a ? Pues el hecho de que estcbajo la'
'~: ~ependencia inme~iata;,no' de la sociedad en gene~al,
I ,1 sino .de una clase tan pujante que Ie impone 5U volun-
:\~t,ad:. 1 0 : 5 capitalistas., Y esa es la . verdad; los ob r e r o s !
: _"rio" tienen relacion directa con la sociedad, no esiesta
,,)!:,que los remunera de un modo inmediato, sino 0.1ca-
.: .pi~alista. Pero este a su vez es un simple particular
, que, como tal, se preocupa, legitimamente 'no de .10s." ' _ . . . . . . . . . . . . _ 'mtereses sociales, s ino . de ID s suyos partIcu lares .Asi ,
pues, los servicio's que contrata procura pagarlos, no
E L S OC IA LlS M O
al prcc io que val en socialmente, sino 10 , mas bajo qHe ,
pueda. Y este hombre tiene en sus manos un arrna can :' .
la que puede obligar a los que viven exclusivarnentc .de 5U trabajo, a que le vendan 0.1producto a un precio
inferior a su valor real. Esta arma es su capital, Pue-
de, si no siempre, porJo menos durante rnucho tiern-
po , vivir de la riqueza ncumulada, en vez de ernplearla ien dar ocupacion a lo s trabajadores, Compra sn c o b - _ _ _ !
boracion si quiere y cuando quiere, al P:lSO que a lo s
trabajadores 'Ies es imposible espera r; estes ncccsitan
vender sin dernora la unica cosa que pucdcn vender
y que constituye su unico medic de subs i s t euc ia . Sc
ven, pues, obligados a ceder, basta cierto punta, a las
exigencias del que les pag" y a rebajar las suyas mas
alIa de 10 . que corresponderia siel valor de las cosas
no tuviese otra mcdicla qtlC cl intcrcs publ ico. No cs
- de mi incumbencia, en este memento, juzgar S f es real j.csta preponderancia capital ista o si, por e l contra rio , '
como afirman lo s economistas ortorloxcs, In concurrcn-
, cia que entre, el1o~ establecen los capitalistas la reduce
.n la nac1a; meIimito a reproducir cl argumcnto socia-
, lista sin analizarlo, Sentadas y'a estas pr emisas, resulta ''"_ .. .evidente queel {mica medio viable de atcnuar, al me-
11OS, esta sujecion y d~,modificar bencficiosamcnte tal
estado de cosas, consiste e n rnorlerar el pode r fo del
capital por otro que posea una Iuerza igual 0 superior
Y ,que, adernas de esto, actue de acuerdo can los intc-
reses generales de la socicdad, Seria pcrf ectamente in-
ut i l Ja in t e rvenc ion de otra fuerza particular y privada
en e1 mecanisme econ6mico; csto -equivaldr ia a susti-
tuir la esclavitud que su ircn l os p ro lc ta r ios, por or ra
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EMILE DURKI-IEIU
- - - - - - - - ~ . . . . . ; . . . . . . . . , [ , ; _ , _ - . . . . . . .---- . .:EL socriUSMO, :,':",:.",:'.,,",.' '~.
< - •• ~ - . "
. ~ . .
tenderia a elevar la condition de 1a clase mas nurrie-'
rO S3 ; la segunda es tan solo una variante de Ia pr imera , i
En otros lcrminos, seg-ull la doctrina' s6cialista, una.'
gran p~rte d e l cuerpo econ6mico' ~ctual no se ~ncuent.i:a '
realy di r ec tamente integradc en la. soc iedad. : .S . .E : r.t;he-'
re a los trabajadores nocapitalistas. No 'son 'integra- __
mente sociales, puesto que participan en lavida social
a traves de un media 'interpuesto, el cua1, por su c a -ricter definido, los priva de actuar sobre la sociedad "
v recibir de ella los benefi.cios que les corresponden. . .,en relacion can la importancia social de sus servicios, .'~
Y eSO es precisamente 10 que crea la. situacion de 1a
que di~en ser victimas, En realidad, pues, a 1 0 qu e as-
piran cuando piden mejor trato, es a no permanecer tan
distanciados de los centres quepresiden la existencia
colectiva, a que se lo~ un a a ella mas ' a m e n o s 'e s tr e. ~ ;:
", chamente. Los cambios materiaJespor· que suspiran no : '
son sino una Iorrna. y una consecuencia de esta -mayor"
integraci6n.' .
En resumen, pues, nuestra Jef inic i6n exprcsa r ea l -
men t e estas preocupaciones especiales; que a1 pronto
parccian cs ta r ause n tcs d e e l la j s 610 ' que ocupanUl:'_
J u g a l ' secunclario, £1sociatisn1o no se r e duc e a una sim- ,
. ple cuesti6n de salarios, 0,,:COJ_11O se ha. dicho, de esto- !, mago. Mas que nada y par encima de 'todoes una as-
;:piraci6n a reotganizar ~1 cuerpo social, de tal, mod~
~que eloaparato indus t r ia l en e1 conjunto del, organismo,
este filly distintamente situado, sacandolo de la. obscu- '
ridad donde funcionaba automaticarhente Y exponicn.:.:
dolo a -la luz y bajo cl control de 1a conciencia. Hemos:
llcgado' alpunto en que cabe sefialar que esta aspira-'
forma de opresi6n, y no a suprimirla. De todo ello se
d~duce que cl Estado es cl {mica organismo capaz de
C J er~er cstu accion moderadora ; pero es nccesario para
ella que los organos econ6micos dejen de fun.cici~1ar
Iuera de su orbita', sin que aquel adquiera concienciade este funcionarniento ; conviene, par el contrario, que
cl Estado, merced a una cornunicacion constante ad-
vierta cuanto ocurre, y pueda a su vez intervenir efi-
'cazmente. Si se desea ir mas lejos, si seaspira, no 5 6 1 0
a atenuar, sino a Iograr que esta situacion termine ra-
'.dicalmente, es necesario suprirnir en absoluto a este
interrnediario del capitalista, que, interponiendose entre
la socicdad y el obrero, i rnp ide que e1 trabajo sea jus-
tarnentc remunerado en funcionrle su valor social. Esnccesario que cl trabajo sea rccornpensado dircctarncn-
~c, S1 ono par la colec t ividac1, 10 que eS practicarnente
l111POSlblc, par el organa qu e la repre sent a normalmdn-
te, Se comprende que en estas condiciones hade des-
apare ce r Ia c lase capita l is ta , que cl Estado ha de sus"
'- tituirla en sus funciones al mismo tiempo que ha de
ponersc, en relacion inrnediata con 1a clase obrera Y
co nvcrtirs c, d e consiguicutc, e n centro d e 1~ vida e c o~ .
nornica. Se cella de ver par 1 0 cxpucsto que el biencstar .'d o c Ja " ~Ias e proletaria no ,constit\fe una finalidad espe- .
cia l , s ino que cs m as b i en una' d e lasconsecuencias
nccesarias del enlace de las Iunciones econornicas con.
los organos directores de la sociedad, y que, en con-
ccpto del socialismo, este bienestar sed. tanto 'mas C01~~
pleto cuanto este enlace sea mas"Lt';mo'Y absoluto;;No
e ox is tcn a qu i des tendcncias : u na qu ~, te nd ria por Iina-
l id ad la o rganizaci6n d e la vid a econom ica, y otra queI
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EJfIJ,n D[}RKHT:!M nt. SOCJAUSMO
ei'6~ no es patrimonio exclusivo de las clases inf erio-
. , res, sino que la siente el mismo Estado,:1 ,euaI, a i l 1 : -dida que se acrecienta e; valor de la aetlVlda~ eeo,no-
mica como factor de la vida eolectiva, se ve compelido,por Ia fuerza de la realidad, por necca i dade s vi tales
.de .la mayor trascendencia; a observar y regular ~ten-,
tamente las manifestaciones de aquella. Del rnrsmo
""'~~do que las mas~s obreras tienden a acercarse al.Es -tado, muestra este. tarnbien una marcarla tendencia a
. aproximarsea aqucllas, par el impulso que naturalmente
lc an im a a ir extendiendo SU raigambre y su esfera
pro pia de influencia. 1 Dc ,tal modo dista de ser ~l ,50-
cialismo una cuestion exclusivarnente obrera ! Existen,. ': e n . r e al i da d , dos corrientes que h a n c o nt ri b ui d o de modo
extraordinario a la' formaci6n de la cloctrina socialista :
'una, que.~iene de aba jo y se dirige a las zonas supe-
r ior es de la sociedad, y otra que, partiendo de es tas ,
siguc Ta c1irecci6n inversa. Pero como, en el fondo,
no son' ambas otra co s a que 1a prolongaci6n una d e
'otra, como se implican redprocamente y no son mas
que dos fases distintas de la misma necesidad de orga-
nizacion, no eabe definir el socialisrno como algo ~arac-teristico y exclusivo de esta 0 de aquel1a ~orriente. Cla- ,
. ro que no todos los sistemas corren igualmente y'en
la rnisma proporcion por uno y otro cauce ; 1a influen-
cia que ejercen encada doctrina depende de laposici6n
, que oeupe 0 adopte el teorizante, del gradode.contacto "
que . rnantenga can los t r aba jadores y del in t e r es q u e c le-
. muestre per el progreso general de la sociedad. Deahi
'.prccisamentc d erivan lo s d ive rso s rna t i ce s del soCialis-
• mo: socialismo obrero,' socialismo de Estado, que s610., ~ ~ . ......... ,. -" '.~ _ ••• - 1
- . . . . .. . . . . .. . . . .. . . . .. . > . . . . . .. . . . .. . . .. . _ ,. ~ . . .
se di s t inguen entre si par c1iferencias de grade . No hay !
un partido socialista obrero que no exija un mayor y
considerable desarrollo de la institucion estatal, como
no ex i s t e una sola tendencia de so cia l is rno d e Es tad oque deje de interesarse por la suerte del obrero. Son
variantes, pues, de un mismo genero, y' aqui es 1 0 ge-
nerico 10 que estamos definiendo.
Perc si el socialismo versa principalrnente sobrc
asun to s e co nom ico s , no to d as las d o c trine s d e cs ta ten -
dencia le consagran atencion especial y prcferentc, E n
su inmensa mayoria se extienden esras doctrinas a otras
esferas d e Ia ac tiv id ad social: 1a po li t ica, la familia, el
matrimonio, la- moral, el arte, la 1iteratura,etc. Hayinc1uso una escuela que se .ha trazado la norma de
aplicar el principia so cia l is ta a todos los 6rdencs d e
Ia socicdad. Es Ia que Benito Malon denornina el 50-
cialism o in te gral . ~ Sera, pue s , .co nven ie ntc que para
permanecer fieles a la definicion propuesta excluyarnos
esas tendencias del socialisrno, que las consideremos
inspiradas por otros principios y las califiquernos de
. bastardas par· el heche de que no se relacionan dir ec-
tamente con las funciones economicas?Esta decision seria arbitraria, puesto que si bien
algunas de estas doctrinas no contienen propiamente
especulaciones economicas, ,y por ello las repudia eI
,socialismo llamadorealista, son muchas las que las
t.. , .:abordan de lIeno, y como, de ot ra parte, es tas 1 0 mi smo
i..<·:que aqu el las , cualquie ra que sea e l crite rio d o ctrina-
.;'::rio con que se la~' examine, presentan rnuchos puntos
~~7',decontacto con el socialismo, es includable que han de
': apreciarse comoInspiradas en tal ideario. Las teorias4
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E},fILE DURKHEnf£L SOCIALISMO
5 1
a qJC 110S 1cf enmos co inc t d en , par e J emp l o , hasta h o y ,
al rnenos, en aspirar a una orgarnzacion mas demccra-
t ica d e III s o cicd ad , a una m ayo r lib crtad en las re la-
Clones co nyugale s , a Ia iguald ad ju rid ica d e a.nb o s se -
:\.05, a una moral mas altruista, a una simplificacion
de las norrnas J undicas, etc Eso establece entre todas
ella" un parentcsco que demuestra hasta 1a evidencia
que, aun sm ser plenamente socialistas, son, sm em-
bargo, rnuy afrnes a csta doctnna. Y cs que la trans-
t ormacron que precornza el socralismo es tan cornpleja
) pro1unda, que imphca necesariamente ajustcs y re-
£ormas en todas, absolutamente todas las partes d e l
orgamsmo social Porque es imposible que se modifique
tan 1adicalmente la csf e ra de !c l ac i onc s cnu c un o r -gana tan complejo como cl mdustrial y los otros, sin
que 1a icpc.cusion se haga scntir en toclos Irnaginemos
par un memento que en un organismo animal, una de
las Iuncrones vcgetatrvas situadas hasta cste instante
Iucra de la concicncra, se pusiera drrectamente en < : : 0 -
m um cacio n can ella; la co n sccucncia m mcd ia ta d e c s tc
cambro scria que la vida psiquica del animal SC trans-
formai ia complctamcntc por la aflucncia de nuevas SCl1-
S;U:1011es Analogamcnte ocurre con el sociahsmo, qu e
no pucde 10C<1hZ<11 sc 0 circunscrrbirse a una region de-
tcrminada de la socicdad e impulsa a sus teorizantes
a que lleven hasta el ultuno extrema las consecuencias
de sus prmcipios con intrepidez tal que viol an cons-
tnn tcrncn tc las fi cntcras d e la Eccnornia. ASl, pues ,
no son advenedizos en el SIstema sociahsta los pro-'
yectos concretos de reforma a que aludiamos, sino que
surgen de los mismos princip ios y dcbcn por tanto,
:er acogidos en nu stra defimcion Con este proposito
un.carnente, vamos a arnpliar nuestra definicion ana-
diendo : "Pueden conceptuarse asmnsmo SOClahs tas)
aque:1a~ teorias que, sin referirse directarnente al orden
\ cconomrco, ofrecen cierta conexion con las anterrores./'De esta forma queda el sociahsmo esenclalmente defi-
nrdo por sus concepciones economicas, sin exclusion de
otros problemas nr de las tendencias afrnes,
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CAPiTULO II
SOCIALISMO Y COMVNISMO
LI\CCH'm SlICUNDA (CON'1'lNUACr6N)
Una vez d e fin id o e l s o cia lism o , co nvien e , para que
la idea que nos fo rl 11 c~ n os s e a 'clara y prccisa, distin-
guirlo de un grupo de tcorias can el que se le ccnf unde
rnuchas veces. Nos referimos a las tcorias comunistas,de.Ias que Plat6n proporcion6 la primera formula sis-
t ernat izada, y qu e h an sos tcn ido luegn Tomas M o ro en
, la Utopfa y Campanella en la CiH da d de l S o l, para no
citar sino las m as ilustres.
La confus ion e n tre una y o tra te o ria la hnn proclu-
cido tanto los prosclitos como los adversaries del so-
cialismo, "Desde e1 misrno instante, dice La veleye, en
. · " qw . : - e L 'mrniure d . : " l . . n : : I u n ' f u c:utcura v,j$-c,nire VJ1<.t {rc{l,,-e
cuenta de las, iniquidadcs sociales ... ernpezaron a ger-rninar e n su alma suefios de transf orrnacion. De ahi
que en todas las epocas y en toclos los paises, una ve:
desaparecida la igl1aldad prirnitiva, hayan surgido aspi-
raciones socialistas, ora en forma de protesta contra
.. el malexistente, ora en el de programas utopicos de
reconstruccion social. E; l mod e l e mils pe rfecto d e e sas
utopias es ... 1a Republica de Platen." (Soc-ialismo Con -
' t e m p o r a . n l ? o . ) En su Socidlismo Integral (p. I, 86) ex-
S4
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presa Benito Malon la misrna idea, pero, remontand05~
mas alla de Platen, presenta el ~omunismo d e los plta~:
g6ricos como precursor del socialismo conternporaneo.
'famoien Luis Reybaud sigui6 un metoda parecido err
sus Estudios sabre los reform adores contempora1~cos
(r840). EL problema que se planteo Pla t en no difiere,
3.)uicio de este autor, del que suscitaron luego Saint-:
Simon y Fouricr ; sc dif crencian solarnentc en la solu-
ci6n. No faltan auto res quellegau aidentificar los con-,
ceptos de socialismo y comunismo .. Lichtenberger.' ~l
pretender; en su obra Et Socialismo en el siglo XVIII,
formular una d e fin ic io n d e l s o cia l is rno , d ice : "Se d e no - .
111 ina11socialistas los cs c ri to rcs q \;e ,C i l nom bre d e l po -'
derio del Estado y en un sentido igtialita'rio y cornunis-'
ta, se proponcn modi ficar b . o rganizacio n t rud ic io nal
de 1a socicdad." (Pref acio, p. r r.) Otros, tromas Moro'
y Carlos Marx entre eUos, aun rcconocicndo que h ~ Y ," que d is t inguir entre co rnun i smo Y's~cialismo, no .apre - :
, r . i a n entre uno y otro mas que dif~iencias de grado' :Y".: .
d:' mat i z . No de otro modo se manifiesta.Woolesley e n:\.'omnnism and SociaJism; a juicio S~lYO; socialismces'
, d ~c:1er? ~ cornunismo la espe~ie, y acaba p'~r em~a~.·
I cas i indistintamcnte una y otra palabrn, Y, Iinalmcrite;
Gucsde y Lafargue,' para demostrarien su pr()grama'>
obrcro de Marsella que el co1ectiYi~~~)'marxist~es re~-
l izab lc , 1 0 pr e s en t an como' una ' s e n c i l l a ampl i~c i6i~ 'de l . ' , . :cot11uniSl11oantiguo.· ' ',. .' . ..«: .. ", .'
2 Pero es que realrnente existe ent'r~ ambos 'si~~ema~'
una identidad 'de naturaleza 0 siquiera un estrecho. • _ . I' .• . ~". I"
, parcntesco ? Esta cuesti6n es de irnportancia extraor- i
dina ria, pues de que se la resuelva e n ~n sentido 0 : ~n i
I '.
,._: t','
,., - . : : ., .;
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EMIUJ, DURKI IE lM'lJI, SOCIAUSMO 57
- - - - - - - - ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
',( noreaparece el comunismo hasta el si?,l? XVIII. ~l co-
, \ munismo no encuentra mnchos prosehtos. Inspira a
. j algunos"pensadores solitaries. que surgen de tarde e n ,
:\tardeyque, no forman esc~ela. Sus teorias parecen
- 'revelar mas bien la personahdad de cada uno de e1los
"" queun estado general y _ con stante de la sociedad. Son
, ' e nsueno s que arre b a tan a algunas a lm as generosas, que
,:'atraen y sedueen en raz6n de, su misrna generosidad
'y su ,elevacion de miras, pero que, no respondiendo a
- las ' actuales necesidades del c ue rpo s ocia l, producen
; una in flue ncia pu ram en te im ag inat ive y s o n practica~
mente infecundos'. No de otra forma las ofrecen sus
, .; propios auto res. Ellos misrnos no ereen que tengan otro
" :'valo~' que, el de merasy bellas ficciones que conviene
,..". de vez envez brindar a los hombres, pero que nunea
y < handeco~v~rtirse, en realidad. "Si bien no puedo acep-
" t ir po r entero, dice Sir Tomas Mora a1 final de su
; '<obr_a, cuanto acaba de contarse dela isla Utopia, .deseo,
'aunque " no 10 espero, que muchasde las cosas qu e all!
acontecen sean imitadas par nuestras sociedad~s," I~1-
cluso 'en e 1 metoda expositivo que ernplean estos auto-
'-;res se.echa de ver cual es la: intencion que' losmueve
y guia y el caracter que atribuyen a sus obras.T6dos
o casi todos ellos eligen, como escena, un pais absolu-
tamente imaginario,que situan f uera de toda condicion
'hist6rica.Lo que esuna prueba mas de que sus siste- -
;\ mas' se relaciorian muy someramente can la realidad
):': social,' sobre laque no se proponen acaso influir sino
,.(i-nuy cl6bilmente. M uy distinta es 1a forma e n , que se
" l ' ha dcsa~rolladoel sodalismo. Desde principles del s ig l0
,ultimo las teorias socialistas sc suceden sin la mas leve
i ) ' ' - '
interrupcion y forman una corriente que, sin intermi-
tencias, peseal aflojamiento que se observe en 1850,
au rne nta d e d b en d ia. Es mas : no s o lam ente s e suce -
den las escuelas, sino que surgen a un tiempo, sin pre-
v io acue rd o , l ib res de in flu e ncias re c ip ro cas , co mo o b e-
deciendo a un secreta y poderoso impulso que es una
ver dadera prueba de que responden a una necesidad
co lec t iva . r Asi vemos surgir s im ultane am ente a Sain t-
, Simon y Fourier en Francia, y a Owen en Inglaterra,
, < La finalidad que estos autor es persiguen 110 es pura-
mente sentimental.y artistica ; no se entrcgan a ensue-
nos y arrebatos, sino que se proponen tenazmente una
finalidad real y practica.' No hay uno siquiera de estos
autores qu e considere irrea1izables sus teorias, aun
aquellas que a, nosotros se nos antojen mas ntopicas.
Es que piensan bajo el impulse, no de su personal SC!1-
s ib i l idad , sino d e las aspiracio ne s so cia lcs que pre ten-
den ser eficazrnente. satisfechas y que no pueden con-
tentarse co n rneras fan tas ias novelescas, cualquiera que
s e a su porler de sugesti6n. Es imposible que un con-
traste tan marcado entre uno y otro genera de teorias
no se funde en diferencias esenciales.
, l'/ Y asi es, en efecto. Son irreductiblemente opuestas
'\ entre 5 1 . El socialisrno, hemos dicho, aspira a un)n!aee
I entre las fu nc io n es i nd ~ s tri al es y el Estado (empleamos
, ') la palabra Estado para abreviar, pese a su inexactitud).
,., El c~mu~ismo, ,en cambia, propende mas bien a colocar
\ lavida indus t r ia l fuera del Es t ad o . Esta es la GIl';1l'
" teristica mas acusada del comunismo platonico=La ciu-
, c 1 n d , e n co nce pto d e Pla ten , cstfl c o n s t i t u i d » p u r d e s .
grupos muy distintos; a un lado, los labradc res y los
, ." .• -I ~,
'-. ':/,~~~~.;~
58 EM ILE D UR KH EIM
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artcsanos : 0 .1 otro, los magistrados y 105' militates. El
'ejcrcicio de las f unciones politicas corresponde al ulti-
mo ; a los militates incuinbc defender can las armas
los intereses generales de la sociedad: contra los peli-~,
eros interiores 0 extcriores, y a1 magistrado, regularb
la vida interna de la sociedad. Rcunidos estes y aque-llos, forman juntos el Estado, puesto que son los unicos
facultados para actuar en nornbre de la comunidad. ~,_
los rnicmbros de la primer a clase corresponde el ej er- .
cicio de lasfunciones econornicas : son ellos quienes, a
juicio de Platen y 'sc g- t1l1 S l1S propias palabras, han de
subvenir al sustento de la sociedad, Es principia fun-
darnental de la politica platonica que la clase inferior
pcrm ane l.ca rad icalm cntc s cparad a d e las o t ras , 0, cl icho
de otra manera, que e1 organo econornico debe situarse
f ucrn del Estado, y de ningun modo en rclacion con
cL N i los artcsanos ni los labradorcs participan en la
adrninistracion 11 i en la legislacion iestan excluidos,
adernas, de las funciones militarcs, Norlisponen, pues,
de ni nguna via de comunicacion que los' una a los cen-
tros dircctores de la socicdad. E,' irrversamente, estos
(dlilllOS son ujcnos a cl1antosc rclaciona con Ia vi?a
cconomica. No solo debcn .abstenerse de intervenir,
activamcnte, sino que han _de ser indifcrentes a' tod,o
10 que en ella ocurra. A este cfectose.Iesniega e:de-
recho a la propiedad individual, quese reconoce aJos
artesanos y labradores, En tales condiciones es natural
que los militates y magistrados no se interesen par el
progreso de la indus t r ia y d e la 'agricultura, pue~ t o , l'que nada ganan can ella. La unico que les interesa e~~:,;
que no les Ialte el alimento necesario para la subsisten- , ,
cia, que no ha de ser mucho, puesto que des d e Ia infan->:
cia. se habituaron a desdefiar la vida ociosay , r egalada: '<"
Por las mismas razones que se prohibe el acceso de los' ',.',
; labradores y artesanos a 1avid~ publica,' se abstieneri-;
los otros, los que Plat6n calif ica de guardias de la Re·'
publica, .de intervenir en las actividades economicaa...'Entre estes dos grupos de eiudadanos establece Platen "
unasoluci6n de continuidad, Todo el personal de los,' i
servicios public;s, civiles, 0 militares, hab r a devi0r~·:t
en determinado sitio des de donde se pueda L'icilmente,',':
observar 10 que acontece dentro y fuera d e l Estado. C o n l . : ~ . , , ;
la particularidnd de quej' mientraslii dcctrina SOCialista.!t:
tiendc a situar la organizacion cconomica en el centro, '
del orgnnismo social, cl comunismo platonico lcsefiala ., "J
, .un sitio perifhico. Para ello aduce J:31at6n, el al'gumen-'to de que la riqueza, y. todo 10 q~~con ella se rela-
c ion a, e s Ia Fue nte primordial d e , to d a co rrupcio n pi1~ " _
.blica, Es 1a riqueza 1a que, avivandolos eg-oIsmos in~;'.'
,dividuales, divide y lanza a unos ciudadanos contra ' ,
otrosy desencadena los mas gravesconfl ictos interiores. '
susccptibles de arruinar 0 descomponcr los Estados.
Ella es tambien la que-al crear interescs individuales'<j.
0.1margen del interes colectivo.tquitaa este la prepon~'::
derancia que ha de tener en toda sociedad bien regida~ ,Debe) pues, colocarse la riqueza fuera dela vida' pu-.
bEea , 10 mas Iej os posible d e l Estado,: para que no 10 , r-
~ .-:,."f pervierta, " _e,--'" .
, , . , '. i ~..
'_','Todas las' teorias 'cornunistas formuladas. posterior-T:<
;_:mellte derivan del comuuismo platonico, del que son,}),;simples .variantes. No es necesario exarninarlas en~de-.:; ", , I -
:-talle para adquirir h. certeza de que presentan todas : '
:>_·'·I
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60 EMILE DURldIEnf
EL SOCIALISUO 61
eUas este mismo caracter, que precisamente las opone
al socialismo, lejos de confundirlas can el, como algu-
nos pretenden Tomemos, por ejernplo, la Utopia de
Tomas Moro No discrepa del sistema de Plat6n mas
que en un punto. Todos los ciudadanos partIclpan aquien la vida publica; todos tienen derecho a elegir a los
magistrados y a ser elegidcs Trenen todos asimismo
el deber de trabajar y contnbuir al sustento de la co-
munidad como agricultores 0 como artesanos, Parece
1 6 g 1 C O que esta doble dlfu<;16n de funciones politicas
y economicas produzea el efecto de unirlos estrecha-
mente 0: C6mo concebirlos vrviendo separaclamente S1
cada uno de enos cumple un as Iunciones )' otras ? Can
todo, S1 la separacion de clases se abilene aqui porotros medios que en Ja RepublIca de Platon, no es, S1'1
embargo, menos completa No se reahza en el espaclO,
s ino en cl t i empo N o e xrs ten ya aqui d o s grupo<, de
ciudadanos entre los cuales se establece una soluci6n
de contmuidad Pero MOl 0 establecc en la vida de cad a
ciudadano dos partes, U11a consagrada at trabajo agr{-
cola e industrial y otra a la COSa pubhc[1 I y entre una y
otra levanta una barrera que imprd e que aqueila ejerza
accion alguna sobre esta E1 procedimiento que en estepunto ernplea est.i tarnbicn msplrado en Platen, qU1en
rehusa e1derecho posesono a los directores del Estado,
para evitar que mtervengan en los asuntos CCOl1omlCOS
Esta prohrbicion la evtiende Moro a todos los ciuda-
d ano s , ya que e n S 1 . 1 s is tem a partrcipan to do s en 1a di-
reccion d e l Es tad o Le s d s t a prolubido apropiarse lo s
productos de su propio trabajo I vienen obligados a
ponerlo todo en com un, para consunnrlo en Ia misma
forma Las cornidas han de ser colec t rvas E n tales
condiciones, los intereses econormcos no pcdran nifluir yen las decisiones qu e adopten los ciudadanos en sus
d eb ate s ace rca d e la cosa pub lica, pue s to que est()S e s-tan desposeidos de mtereses econorrncos Y como al
igual que los rmlitares y los magistrados de 1a ciudad
platonica, han side educados austeramente, como la vida
que llevan es frugal y sencilla y son parcos en Sl1S ne-
cesidades, se contentan con poco y no abrgan el nienoi
ternor rn prcocupacror, alguna de c.ir.ic+cr cwnorlllco
El papeJ ql'C se les asigna en ln direccion de Ia socie-
dad: eleccion de rnagistrados, C)C1CICIO de ma!:_;lstrat'l-
ras -51 resultan electos, esta substraido par entero acualquier influencia economica No cs esto todo Mora
dispone las casas de tal manera que las fur-crones na r(1
subvenir a1 sustcnto, no influyan en modo alguno score
la s fUnCIO'leS publ icas , y se esfuerza en re d ucir Ia l!11-
porta~cla de aquellas para impedir que ocupen un lug:_a
eXCeSlYO en la vida colectiva La frl1g~hdad extrema
gu e impera en la sociedad utopica pernnte r eduClf a
seis las horns que diariamente ha de trabajar cada uno
para que la existencia matcrral de la socicdad quede
garantlda Campanella establecera mas tarde la jornada
d e cuatro horas Estas c <po s r c i one s se basan en las
razone.s que mspiraban a Platen la nqueza ejercc, urrt
mfluencra antrsocial
Idenb£lcar el socialismo can el cornurusmo no es
otra cosa que establecer la identidad de dos contriJ,f10O;
Para e1 pnrnero, el organo economico ha de COnver -
tirse, mas 0menos, en organo Q1I"'gente de la socH~dad
al paso que el segundo aspira a scparai los por com-
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.'~ -, ,., .
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EAfILE DURKHEIAfE[, SOCIAL/SMO
cl sistema nervioso. Pero cada organo, y dentro de el
cad a te jid o, como en el t e j id o cad a ce lu la , se nutre n
. 'par separado; libremente, sin que por ello dependan
.de los otros elementos. Y observese incluso que cada
uno de los.principales componentes del organismo tiene
.~:su 'modo especial de nutrirse. Noes menos conside-
. rable Ia distancia que separa las dos concepciones so-
ciales que tan a menu do .se confunden.
LItCCION 'tgRC8RA
s o cicd ad es inf eriores, q ue r es ul ta ri an ser u na -a pl ic a-
c ion de aqucllas. Pero ya hemos visto que, en rcalidad,
ambas doctrinas, muy lejos de poder ser contenidas en r:.
una misma definicion, se contraponcn en sus puntas
esenciales, Mientras que e l comunismoconsiste en una
£alta de comunicaci6n de las funciones econ6micas,cl
socialisrno propende a incorporarlas mas 0 rnenos es-
trechamente a la comunidad, y esta tendencia cs ln que
con mas elaridad y. exactitud 1 0 define. Para el cornu-
nismo debcrian aquellasfunciones situarse lejos de los
·6rganos esenciales de. la COSa publica, y para e1 socia-
.lismo d e b e rian co nve rt irs e e n e l ce n t ro d e gravcd ad .Para el prirnero, e1 papel del Estado es especif ico y
esencialmente moral y solo puede dcsempcnarlo bien
s i se le substrae a las influ en cias e co no micas : para c l
. segundo, el Estado debe servir de laze de union entre
las diversas relacioncs y corncrciales, de las que ven-
·dria a ser como el sensoriu n: commune,
Pcro la oposicion entre ambas escuelas no deriva so-
lamente de las respectivas conclusiones, sino tarnbicn
de sus puntas de partida. E1 socialisrno se basa en ob-
servaciones-exactas 0 err6neas, poco importa-que se
refieren todas elias al estado econornico de determina-
. dassociedades. Para pr econizar la transformac.i6n del
orden social presente, el socialismo se funda en raze-
narriientos como los 'siguientes : ni aun en las sociedades
·mas civilizaclas deIa Europa contemporanc<l. In praduc- .
ci6n es capaz de"adaptarse en grado suf iciente a las
. 'necesida.des del consumo i la sociedad no pucc1c des-
intercsarse de la concentracion industrial, que da ori-
gen a ernpresas 'demasiado pcdcrosas ; la inestabilidad
. ..; ~
Para trazar la historia del socialismo era absoluta-, 'menti ~ecesario precisar desde unprincipio 10 que se
designaba Can esta palabra. Hemos establecido una
definicion que, par reunir todos los caracteres exte-.
rio res comunes a todas las doctrinas de este nombre,
I nos' permite descubrirlas y reconocerlas doridequiera
.:queaparezcan,. Hecho esto, necesitabarnos inves:i~ar.
.en qu e epoca ernpieza a manifestarse la cosa defmld,a
.en 1a historia, para ir siguiendola en su desenvolvi-
-,,niiento. Nos encontramos luego en presencia de una'':confusi6n cuyo efccto es retrograclar los origenesdel
... socialismo hasta los .mismos origenes de lahistoria Y.'
'~onvertirlo en un sistema tan viejo. Como la hurnani-
rdad, De ser cierto, como se ha afirmado, que e1 cornu-
····· .n is~o .antiguo es' Jni,'forma' mas. o meno s general del
socialismo, nos seria indispensable, para. comprender
:.este ultimo, para describir su evolucion completa, re-
. montarnos husta Platon y aun mas alla, hasta las doc-
trinas pitagoricas, hasta la practica comunista de las'
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EMILE DURKHEIMEL SOCIALISAfO
6( i
producida par las trans formaciones incesantes de 1a -:
maquin;1.ria co lo can al trab ajad o r en situacion de i~fe-
l " ior idac l , 10 que lc o b liga a ~ceplar contrato s poco ]us-.·
tos. Segun s e a dv ie rt c, pue s , cl socialismo fija su atcl_1-
ci6n unicamente en los paises de gran desarrollo Iabril, \~para combatir, de modo casi. exclusive, las c?,nclicio~es •
que enellos rigen, el cambio y 1a produCC1on de 10~
val ores. :81 principia de los comun i s t a s es muy otro.
Su idea fundamental, repetida hasta la s a c i e dad , en
una u otra forma, es que la propiedad privada es fuen- .
te de c,,"oismos y qu e del ego(smo eme rge lainmora-
lidad. Esta proposici6n, como se vc, no ata~a directs-
mente ninguna organizaci6n social, Si es cierta, val_e
para todos los tiempos y todos los paises, y pu~de apl.l-,>carse igualmente al. regi t l1eTI de la grande l~dustnaj
como 0.1de la pequena. En resumen: el co~umsmo es, .•'\
en todas sus partes Y en conjunto, un c6dlgO de m o " ,
ral abstraetn. que no e s de ning-un, ti::?E.o n~ de ningunl
pais. Lo que examina son las eonseCUenCl<lS morale~1
d e la propicdad privada ell gene~al, y n?, c?mo el s~- .
cia l is1110, la oportuniclad de una orgamzaClOn CC01:0-.
mica dcterminada q u e surge en uri morncnto de l a his-
tor ia, Estos dos problemas SOI1 muy di.stintos- El unosc propane aquila~ar cl valor moral de 1 < 1 rique~a ,en,
abstracto y 10 niega ; cl otro examina si'detcrmmado
tipo de producci6n guard a relaci6n.con, las condieione~
de cxisteneia de los pueblos' que' lo·han adoptado,.'sl-,
c~ normal 0 morboso. Por eso,mieI1t ras el eomunismo
trata incidentalmentc de las reformas e c o n6 1 11 ic as c an
cl prop6sito, tan solo, de ponerlas en armenia con'sl,l _.
principio-b suprcsion. d e In. propicdad indiyid\Ed-1 e l
socialisrno, rnuy al eontrario,' no s~ ocupade la pro~'
picdad privada mas que indirectamentc, y s610en· [a .
med i d a en que c s. n ece sario ca rn bia rla para po ncrla e n
comple~an armenia con las reformas econornicas que
. constituyen la f inalidad esencial de sus reivindicacio-
nes ,
Todo esto explica la diferencia que hemos ·apuntado
entre la manera como uno y otro-sisterna se manif ies-
.tan historicamente.: Los teorizantes del comunismo, de-
.c1amos nosotros, son unos solitarios quesurgen de ta~de
e n tard e, y cuyos acentos suscitan eeas vagos y confu-·
sos en las' masas . sociales que los - rorlean. Porque, en .
cfecto, no sonsino filosofos que discurren entre cuatro
.paredes acerca de problemas de e t ica generaly no hom-\bres de. acci6n que no especulan sinoparaaliviar los '
dolores y angustias experirnentados ·a su alrededor. (\
lCual es e1 o rigen del egoismo y de la ininor~lidad? ...
lis Ia eterna prcgunta que s~ dirigen a s1 mismos. La .
cuestion no puede ser planteada' mas que por los pen-
sadores y para los pens ado res ; ahora bien, una de las
.caracteristicasprincipales ·del pensarniento fi10s6fico es
.la de desenvolverse de una manera disconti~ua. Para·
que la idea coinunista c:ristalice plenarnente, es meries-
ter que surj a un hombre que, guiado per-sus naturales'
dotes y ayudado por el espiritu de Ia epo~a,sea capaz
. de .suscitar el problemarcon viveza y de' resolver10en'
un sentido .ascetico, Encar~1a· elltonccse~ur:i sistema·. "
pero l a s ' combinaciones contingentes de circunstancias.. ,
' .c .ap.accsdcproducirlo no se presentan s ino· de tarde en
.: tarde. En los prolongados intervalos, ·la doctrina ·dor-.· .
. m ira s in l lamar la atcncion d e l a s .gente s y, aun en lo s. • • - . 1 !' '.. '.
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E L S O CIA LI SM O. : 6 8 EMILE DURKHEIM,::_---~--------
':pcriodos en que brill a mas esplendorosarnente resulta
excesivarnente especu1ativa para que influya en rnu-
chos espiritus, Eso es precisarnente 10 que imprime
un caracter sentimental y artistico a todas r:stas teo-rias, Y es 'que los mismos autores que tratan la cues-
tion estan persuadidos de que no entrafia soluciones
practicas, It! egoismo esta demasiado arrai~ado en la
naturaleza humana para que se le pueda extirpar, dando
aun por bueno que eso sea dcseable. Pero, en el su-
puesto de que sea un mal y en la rnedida que asi sea,
e s ta rn os c on ve nc id o s de qu e elcgoismo e s una do l enc i a
i cronica de la humanidad. Luego, cuando s e b usca la
., manera de extirparlo, no es posible que se olvide que
no s co lo cam o s ' fue ra d e la r ea l i d ad , y que , a 1 0 sumo,
lograrernos describir un idilio que irnprcsionara, si se
quiere, la imaginacion, pero quc nunca se tradncira en
'heehos. N o s causa un profunda encanto imaginar un
mundo regenerado por el comunismo, 'no obstante (star
" i.onvencidos de que esta regeneracion es imposible. La
[mica utili dad que cabe esperar de esas ficciones es la ,
de su accion moralizador a, tan eficiente como la de una
buena novela. En cambio.: el socialismo, por el heche
de aparacer como solidario de un esta do social deter-
minado, se presenta a nuestros ojos como una corriente
; social y duradera. Y como los sentimientos que for-
, mu1a 0 recoge tienen caracter general, se manifiestan
simultanearnente en diversos puntos de la sociedady
s e a firman con persistericia e n tanto no cesan las cir-.
'cunstancias que los cngendraron. Ahl radica prcci-
samente el secrete de laorientacion practica del. socia-
lisrno. Porque el estarlo de cosas que 10 h a produciclo cs
harto reciente y demasiado agudo, para que se Ie de-
clare incurable.N 0 se trata de una clolellcia iuveterada,
como la inrnoralidad humann, a la que nos hernos acos-
tl1mbrado hasta elpunto de v ol ve rn os i ns eu si bl-« Sin
embargo, con razon 0 sin ella, los hombres no se resig-
nan enterament,e a que el egoismo subsista, y aun cuan-
d o d ud en de I a e fi ca ci a de los remedios, los i)icien rei-
, teradamente y sus c1amores inspinul de vez en cuando
a algun teorizante que se esfuerza inutilmente en des-cub rir Ia panacea,
C~aIquiera que sea Ia posicion que adoptemos para
~nahz~r e1 eomunismo y el socialism 0, COIllprobamos
ll1mechatamente que la relacion entre ambos es de con-:
traste y no de identiJad. El problema aue se Dlalltean)
.uno y otra no es igual ; las ref orrnas q~ e se proponen Y
par una y otra parte tiencn mas puntas de divergencia ;'
que d.e semejanza. En un solo pun ta pare ce que s e
aproxlmen, y.es que ambos temen el perjuicio que
GH~ Sa a la socledad 10 que podriamos Ilamar part icu-
lansmo econ~mico. A uno y a otro preocupan grave-
mente los pehgros con que el interes privac10 amcnnzn
e l i:ltere~ general de Ia sociec1ad. Ambos, estirnan qu e
e1 libre J uego de los egoismos individuales no es bas-tante a producir autamaticamente el orden social y que,
de otra parte, las necesidades eolectivas han de ej e r-
~:r. un predominio decisivo sabre las conveniencias in-
UlVlduales. Estas eoincidencias Son las que dan a en-
telldcrqueexiste un parcri.tesco entre arnbas y ('xplican
el er:or que se cornete al confunclirlas. Pero cl parti-
c.t11ansl1lo que las des cscuelas cOl11baten 110 es en rca-
hdnd el misrno, La una declara antisocial todo 1 0 que
EM ILE DU RKHE IM70
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za < 1 1 individ~~lismo radical e intransigente:-Pe~ocst6 i,
no cs motivo para confundirlos; pues n o eS menor la
'" oposicion que se advierte entre ambos. ' " ' -
Resu1ta de, esta distincion que, para: explicar ~l so-
, cialismo y trazar su historia, po tenernos par ' que re-
montarnos a los origenes com~nistas\' Constituyen -dosc1ases de fen6menos historicos queconviene estudiar
por separado. Sinos cefiirnos a la definicionque hernos ' "
establecido del socialisrno, se advierte inmediatarnente ,;
qu~, lejos de que hayapodido constituirse, siquiera en
forma embrioriaria, en ~os antiguos tiempos, no surge,
verdaderamente hasta un .periodo . rnuy ,avanzado de
I la evoluci6n social. Y no podia serde atro modo, pues-
to que los elementos esend~les por losquc 1 0 hernos ,
definido dependen de varias condiciones .que no se pre- ,
'sentan, sino tardiame~te end, mundo modemo. ' "
Para que se pueda pensar en unir la producci6n al
Estado, es indispensable, en prirnerte~, que sea:"
,s~nsiblemente igual el valor que laconciencia publica
atribuye a estes dos 6rganos sociales ; que todo el mun-
,do los conciba como entidades del rnismo orden e igual
categoria. Ahara bien, durante muchlsimo tiernpo, estos
UO S 6rganos estuvieron separados por 'un verdaderov
abismo. Por hallarse escasamente desarrollada 1 a vida -~'
industrial y comercial, en' epocas en queel poder poli- I
. t icoera ej ercido intensamcnte, las oscilaciones de aque- ,
lla influian muy poco er:lcste 'ult irrio~ Las naciones no! ,c J
,tenian necesidad, en aquellos tiernpos, de ser ricas para
'que fuesen fuertes y poderosas. Si n duda par eso e 1
individuo no se preocupaba gran' cosa de la riqueza:
Elindividuo y cuanto con el serelaciona era en tales
en t er ru inos generales se con s i d e r a propiedad privada,
y la otra s610 estima, en canibio, peligrosa la 'apropla-
, ci6n privada de lasgrandcsempresas econ6micas que
empiezan a Iorrnarse en un memento dido de la his-
I~toria, Tampoco son idCnticos los motives que las de- ,
\ terminan, El comunismo se inspira en razoncs de ordenj moral i~te;p;;rales;h'el sociam;moen--C'onside~aciones\ -d~-~~~act~r: ticon6mico. - -p~~~~-~CP~ l r i1e l : o ;la'-propied.ad
. privada debe. ser abolida porque es fuente de toda ' : n ~moralidad; para el segundo, las grandcs eropresas in-
dustriales n o pueden dejarse abandonadas ad mismas
porque afcctan muy profundamente a toda la vida eco-
nornica de la sociedad. POl' cso discrepan tanto en sus
conclusiones respectivas; el camunismo no admite otro
rcmcdio que la supresion, 10l11a~ cornpleta posible, delos intcreses econ6mi~os; el socialismopr~coniza\ la 'so- , .
cializaci6n de los mismos. Se asemejan,' pues, en la,
vaga tendcncia a vincular en la sociedaCl. cierta prepon~ .
derancia sobre 10 individual, pero sin' que haya nada
de . cornun entre losrnotivos que imponen esta prepon-
dcrancia, ni ell la mancru de implantarla, ni' en la tina-
liclad que se lc asigna. Si todo eso es una razon para
considcrar los dos sistemas como aspectos de una 111i5- •" ,
rna teoria y reunirlos bajo la misma denominacion, ha-oria cntonces que hacer extensiva esta a toda doctrina
moral, politica, pedagogica, economica, juridica, que -.
situa e1 intcres social, en mayor 0 menor grado, 'por
encima del interes par ti cu la r, y el vocable perded<l asi
\u acepcion concreta y definida,r.Si alga ticnen de se-
hlejante el comunisI11o y el socialismo, estriba unica-
mente en que se o po nen uno y o tro can la misrna Iucr-
:•-,__~~•.· ..,.
• 1 ~ •... '
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EM[Lll DURKHETMm. SOC/,·lUS,\/O 7J
tiempos tenido en poca estima. En cambia, lasociedad
era la unica cosa a la que la moral concedia importan~
cia . La m is rno s i se la representaba, co mo h acia e l pue -
bIo, por medio de simbolos religiosos, com~ si,c~n filo- .
: sofas tales como Plat6n,b;J.jo farmas mas racionales.
·1 a sociedad aparecia a los ojos de todos como ungida
de un caracter sacrosanto que Ia elevaba infinitamente
por encima del mundo intenor de los intercses indiv,i-
duales, y, de consiguiente, el Estado, que era su mas
alta encarnaci6n, participaba de este misrno caracter.
Y e s natural que < l s i f u e se y se le invistiera de una
tlignidad religiosa, toda vez que el Estaclocumple la
misi6n de ir realizando los fines sociales por excelen-
cia, los wales se consideraban como emanacion de las
esferas ideales Y J por tanto, superiores a los propia y
exc1usivamente h um ano s . Po r estas razones, como e l
aparato econ6micoestaba desprovisto de todo valor so-
'cia!, puesto que solo representaba egoismos privados,
es natural que no se pensara en enlazarlo can el Es-
tado, y mucho menos, desde luego, en confundi.rlos. La .
. s o la idea de una confusion asi irritaba como S1 se tra-
tasede un sacrilegio. Babia, pues, entre esos dos or-
denes de intereses absoluta incompatibilidacL' Era irn-
. posible que se pen sase en confiar 1a ac1ministraci6n ?e
unos y otros intereses a un mismo organa. He aqui
par que, en la solucion comunista,. todo 10 que ataiie
a1 orden econ6mico es rechazado.: lejos del Estado y
puesto al margen de lasociedad. Pan. que terrninase
tal estaclade casas y pudiese ir poco a poco surgiendo
·el ideario socia1ista, era nccesario, de una parte, que
, his funcionesecon6micas adquiriesen mayor importan-
cia social, y de otra, que tomasen las funciones sociales
un caracter mas humano. Era indispensable que el co-
merc io y la ind us tria s e Call virtie ran e n e ngranaj e s lll(lS
esenciales de la maquina colectiva, y que la sociedad
ccsara de ser consideracla como un ser trascendente,que se elevaba muy por encima de los hombres, para
que el Estado pudiera, sin menoscabo alguno de sus
a tribuciones, sin abdicar de sus prerogativas, aproxi-
marse algo a elIos y ocuparse de sus necesidades. Era
indispensable que se despojase de su caracter mistico
)' s c c on vi rt ie ra en un po rlcr pro fane que Ie pcrrnit iern,
sin contradecirsc, mezclarse en los asuntos prof anos.
So lam en te a. rne d id a que va m enguand o la d is tancia
que separa los dos terrninos, y eso en ambos sentidos,surge poco a poco la idea de enlazarlos y unir los. Pero
este primer paso no cs del todo s ufic ie nte . N o basta
,que la opinion publica deje de creer que es contradic-
torio que el Estado se cncargue de desernpciiar cste
pape l, s ino que e s ne ce sario , ad e rnas , que cs te parczca
enccntrarse en condiciones de desempefiarlo para que
se piense en confiarselo, Pero para esto se necesita que
concurran otras dos condiciones. En primer terrnino,
y para que tal empefio no resuIte superior a las fucr-zas del Estado, es menester que este haya alcanzado el
, s uficiente desarrollo. Es indispensable que haya exten-
.elido 10 bastante su esfera de influencia para que se
aspire a arnpliarla mas, sobre todo en tal sentido. No
h ay qu e o lv id ar que se tratn de la intervencion cstatal
en un orden de manifestaciones sociaJes· que SO,I1, par
su complej idad y elasticic1ad, ref ractarias a una rcgla-
me nt a c io n invariable y simplista. No cs de cxt rafiar ,
J;lfILL DURI~flD [ £L SOCIALISMO 75
8/6/2019 Durkheim -El socialismo
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p i - e s , que no s e pcn sala e n co nf ia r tal rrusion al :Cstado
micntras no d lo pi ucba de aplicar sallsfactonamente
su activulad a otras Iunciones y tai cas tan cornplejas
como aqur. l las Y h ay que co nve rn r, e n segundo lugar,
en que, par c1evado que sea cl myel de su dcsenvolvi-
rn .e n to , s e na m eficaz su accion 51 la s empi esas pro
duc t o i as no adoptasen una es t ructura propicia a la in-
r luenc.a estatal Mientras los organismos pi oductores
scan de escaso volurnen )' en numero casi ihm.tado,
manteruendose disperses y sin cohesion, e s imposible
~ o n c t ci l o s .1 una dUlCelOn co nvc rg cn tc 11H :n tr(ls lo s
organismos econormcos no salgan d e l recinto d om e s -
tICO, cs imposible eJC~rcel sobre enos ningun control
s o c . u : No pucde c l E st .i do PCl1Ct l ar e n carla lo cal pa l a
unponei las condiciones que han de regir la produccion
cconorruca y e l cambro HJ.Y que haber llegado a un
m em en to d e desarrollo ell que las fu e rzas pro d ucto i as
CO'11 enzan, po, cspo.itanco impu l s e a conccn t r a r s e ,
parJ. que pucda e)crcerse sabre cllas, con cierta eft-
C'1Cla y re gu land ad , la mf lucncra d e alguno s d e los
lel it o s cl r rccto i l~CO llVIU1C , e n um palab i il, que haya
pIC! .uncute us tnh zud o cl 1cg\lllen de la gl an m dus ti ia
Est-is son las condiciones que cl sOClahsmo, tal c om o
10 homos dcrrmdo prt suponc y rcqnici e Y advu. i tasc
que tod is ell.is son dl 01lgen recreate La gI.Hl indus-
ti ia nacio a) er, y solo al alcanzar esta forma conquisto
vc.rdadera im po r L an cia SOCIa l Mientras actuo dispersa
) LItusa, c 1 l \ idida en mnumerables empresas de poca
manta, l 11depend lcn t e s en t re 51, como qUlera qu e cada
l',l;:t de ellas se movia en un radio de accion restncto,
d tunc.onanucnto 111COll(,-0 de todas ellas no podia
a Iectar g ravemen t e , en princ rpio al m eno s , lo s m te re s e s
g ene r a l e s de la sociedad Par o tra p arte , hasta un pe-
riodo muy cercano, e1 orden rc1rglOso ) publico preva-
le cia tan dec i s ivamen te s o b re e l temporal y econo rn ico ,
qu e este quedaba relegado a las capas mferiores de las
Jerarqmas sociales Y, Imalmente, conviene observar
• asunismo que el d e s a r r o l l o progresrvo d e l Estado con s -
tituye en S1 un fen6meno completamente nuevo En la
C.!(dad, de Campanella, el Estado presenta caracteres
rudimentarros Su poder es alli absoluto, pero la s fun-
C lo ne s qu e cj erce so n extrernadamente scncillas Se re-
ducen casi a la adrmrnstracion de la jusucia y a orga-
rnzar y l l evar a cabo ernpi e s a s behcosas C laro que en
aque l pe rio d o e s to e ra 1 0 mas impo r t an t e . Su accion,
cuando se hace sentir, es v iolenta e irresistible, porque
carece de contrapeso, pew nunca es varrada ni c om-
p lc ja EI Estado aquel es C Oll0 una maqUl!1J. volumi-
no sa , pesada y compres iva , perc CUjOS tOSC05 eng ra -
IlU)eS no podian producir y no produdan mas qu e rno-
vrmien t o s de fuerzas elementales y m uy generales Ha-.
b id a cuen ta , pue s , d e la com ple j id ad que re vis te la VIda
c co no rru ca , c l Estado, pai a qu e sea d igno d e tal nom-i
b re y se convier ta en e J e d e , aquella, ha de ser capaz
de desan 01 h 1 una accion con t r nuada y varia, ducnl y
extensa , y 10 que necesita para esto, cs, no un porler
coercrtrvo enorrne, sino un a orgamzaclon vasta y ar-
mon ica Solo en el periodo de constitucion y un id ad
de las grandes nacicnes de Curopa y en los mmediata-
men t e postei icres , solo entonces y n o a nt es , vemos como
c l Es t ado atiende a la admmistracion de nurnerosos
pue b lo s y s e rv ic io s d rve rs o s : e je rc i to , m anna, ars e na -
II
8/6/2019 Durkheim -El socialismo
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I;MIL£ DURKHET'(
Ies, flota mercante, carr eteras, vias Iluviales, hospita-
les, establecimientos de ensefianza, bellas artes, etc, Y
da, en suma, la impresion de una actrvidad Iecunda,
profusa e mfirutamente diversa Este es un argumento
que afiadiremos a los anteriores para ref or zar la tesisde que en modo alguno puede verse en e 1 comumsmo
una forma prehrnmar de b. teora soc.alrstn Cuando
se formularon las primeras grandes teo, "IS comurnstas,
no ex.istian tcdavia las condiciones esen.a.iles que h-ere-
ron posible la 3.jlaf1ClOn de la doct 1 1 1 a sociahsta Se
arguir.i acaso que los pensanncntos d e l cornurusrno , '11-
Iiciparon imagmativamente los resultados futuros del
desenvolvirmento historico , que construy cron m mente
un estado de casas muy distinto del que los rodeaba,y que no habia de realizarse hasta rnucho tiernpo des-
pues Pero, adernas de que es poco crcntif rco adrmtn
l.i pcsibilidad de semcjantes anuopauones qu e son
verdaderas creaciones ex-nilulo, ocur r e que los teori-
zantcs del comumsmo orrcnt-ui todo su pensarruerito,
no hacia el porverur, sino m.is bien hacia e1 pasatlo
Son unos retrogrades Lo que descan, no es que se pre-
cipite la evolution y que nos anticrpemos en cierto modo
a ella, smo que se vuelva atras Sus modelos son de
uernpos preterites La ciudad platonica no es smo una
franca rep roducc ion de 1a organzacron e spartana, e s
decir, 10 mas arcaico que exis+ia entre las formas cons-
titucionales de Grecia Yen esto, como en muchos otros
a specto s , lo s suce so re s d e Platen h an segurdo f ie lmen-
te las huellas del maestro El ejemplo qqe nos bnndan
es el de los pueblos prmrtrvos
77
C"-PIruLo III
EL SOCIALISMO :eN LL ~IGLO XVI u
Lcccro-, '1"[' C1 R \ (rr,,<)
'De 10 cue dejamos dicho se de.sprendc lb· 1111ClllL
que no cs posible que cl sociahsmo aparCUlf 1 antes
del siglo :\.VIII En ese momenta lustorico al menos
en Francia hablan surgido ya las condic ones enume
iadas en cl capitulo pi cccdcntc L1 r;-ran rl(lustTl se
ha l la en VIas de des - in ollo '> e rccono«: h ' lT1pO t111
CIa de Ia VIda eCOnOmIL'l pucsto quc sc CanVIL, tc en
obj cto de una ciencia , r l :Cstado es laico ) la urudad
de la J1dCIOn Irances-i es un hecho Todo po~ lllchv'
a ci eer 'que ya en esta cpoca hC1110S de h < 1 1 1 ' 1 , docu i
nas que orrezcan los caractc: es disuntivos del soc 1
hsmo As' se ha sostenulo, en efecto ) no hace m
cho se ha tr az arlo en una obra, mu)' lonCICl1L'1C11. por
cierto, la lustoria del sociahsmo en el siglo \.VIII PCIO
aconteee, en realidad, q"c SI bien las teor <,,, que sc
cahf ican de tales conticnen gll menes de 1 0 que luego
se r : l e l s o oal rs mo , cn sf 11115'111.5 y ell SlI l0l1111nlo no
van rnas alla del cornun smo
Dos Son plll lclpalp1e f1te , las doctrrms dl J'1L1e]1i
epoca que sc consider-in 11' 'IS repl CSC!1 t-i trv-is del c: C
do sociahsta las de ~Iorell) ) e ll \labJ) I:1 pr imx.i o
"""J"
EL SOCIAUSMO , 79
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;9.EMILE DURKHEIM
';
, 'l·.d (7"3 ) Y en e l C6di-,d en La B a . s l w a I ~ .
cxpone sus 1 cas (,..) e l o tro en llumero-
go de lc Naturalez a. 1 /55 , Y . Dvdas q H e seI t las que se destacan.
sas o b ras , e n re , dIE ' conomia. acerca delI f1[6sofos e a
P lantean a as, . d d es p o li t; ca s (Pa-, I d o la s s a G l e a " ,o rd en n atu ra l y escHew. " , 'p ' sile las le-, ~68). sl) « la le gisla ci6 n 0 lo s pnnct ta r" _
rrs, II '" 6)' C onversaeiancs de ronOH so}ICS (Amsterdam, 177, t s lo ] litica' De lo s
I, 11 trc la mora Y a a )
brc las re oe>ones c· . , ( ~8) Basta exa-'J beres del cw dadaito 17~' .
dcrcchos yet 0 s is tem a para darse. itc uno Y 0 r ,
minar e . . . . ' ( tcnon11el t 1 rasgo caracter i s t icobos pr e s en an e
cuenta de que am , que e l ambiente e s. , que C01151ste en
d e l 'comU11lsm o , . ." social que sc. inario,'La o rgaI1 lZ aC lOn . ,
Puramente irnag f' p lica a un pais
, B T.do . se rc icre y ad e s cnb e en La a . s : w :. , '1 perdida en el. ' , M 11 situa en una lS a .£ le t IClo , que, arc Y ti te s Su l ib ra e s un
. d d todos los COll men .mar, alcp a c , ' ',' 1 traducido d e l
, ' utop1co que srrnu apoema alegonco Y d M bl r en los DerechosmellO, An{ t l ogamen t e , (\.lan a a), b d e Stanho-
I dcbcrcs del cil({]ada.Ho, cxpone por, oca, 'r. nte) 'd' \ ' \0 se transpo rta lm ag lI1l1 t l\ a rn ex:suEs ta0 m o o c , . rb l i1 . .0.' l' . ue fumb su Rcpu lea,a una Isla c l e s l e i ta en a q 1 mis-
. tor pbntcan cl problema en o s _ _ .Uno y otro au 11 S pro-
" PI t' 1Mal 'O y Campane a, emOS ten11lnos que a O! , . ".. del vido y los, r las causas ongmanas
Poncn avengua . fi Morelly, ' '-1 "Los morahstas, a Irm a . 'dies de supnml1 as. , '
me 1 h b re e s congemtamen-, ' que e om .han supuesto srernpre . d 1 cuenta de que po-
, , rso S111 ar en ate VIClOSO Y perve , . gnl 'f ico problema:, .
elver este rna .'dian plantearse Y res. 'lmp.osible que
, ., n la que seadeseubrir una s ltu aC lO ll c d" (C6digo de la N a-
10 y deprava o. .'e l hombre sea rna cl roblema que t rata ,de re-turclezo, 14'). Y esc C S P
solver. Iguales a estas son las explicaciones de' Mably. .
S610 cjcrcitandose en 1 la virtud pucden los hombres'
l l egar a ser buenos; averigiiernos, pues, para.isupri- ."
"mirlos, .Ios obstaculos que s e oponen a, que 1a . virtud
. - triunfe definitivamentc. Este y no otro es' e1 objetivo
a que ha de tender el teorizante de Ia mUtica. "~No
es .cierto que la politica, dice Mably, ha de inducirnos
a practicar la virtud y que esta debe ser la unica .fi-
. n alidad de los legisladores, de las leyes y de 105- rna-.
gistrados?" (C onversaciones de F ocion, etc.) Nos ha-
~Iamos, pues, ante un problema, no -de econornia poli-
- ; tiea; sino moral, y de moral abstracta,. independiente
" ' . d e toda. circunstancia de tiempo y 1ugar. • .. . .
l'EI remedio es, en este case, tarnbien el misrno que ,
proponen los cornunistas de todas las epocas, Lacau-
sa del mal es el egoisrnoi 10 que· fomerita el egoisrno
cs el in teres privado ; el. interes privado no puede rles- '..
> aparecer mas que con la propiedad privada : luego e s
:-esta la que debe aoolirse, puesto que en la sociedad
ideal la igualdad econornica entre los ciudadanos ha
, de ser complete. "N?- conozeo mas que un viejo en el
:J.Jniverso, escribe.rMorelly, es .]a, avaricia; todos los
~ , ;~demas ,cualquiera _ { { e sea el. nombre que reciban, no ':
,'};ron" sino matices, grades de aquel. ~No podia, esta' :.
/ ; " l J t a g a UJ; ivet sa l . que es e I interes privado, haber apa-
~'::-ccido en cualquier otro sitio donde no hallase, no"
'(;)";1 alimento, sino ni siquiera e1 rnenor fermento peIi-
: : ;~? No creo .que nadie se atreva a negar 1a eviden-
;:n~' de la·proposici6n siguiente : donde :no exista la
: [ : : '~~2- i tdad privada. no se conoc~rin tampoco sus con-
' > : ; ; ' ~ " \ : e o c i a s perniciosas." (C6digo de l~ N aturoleza, 29. "\ ~
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1' 0 EMILE DURKllEIME L S O C IA L IS ,1 [O S r
Y 30.) Y en otro pasaje : "Suprimid la propiedad y
el ciego e implacable interes que la acompaiia, y no
habra pasiones furiosas, ni acciones feroces, ni ten-
taciones inmorales." (Ibid., 132.) La distincion entre10 tuyo y 10 m io se calihca de "fatal corte d e los la -
zos de la sociedad, los que cs imposible emir de nuevo
cuando han sufrido la mortal separacion". (Basiliada,
I, 189). Mably emplea identico lenguaje. Basta las pa-
labras son casi las mismas, La ma(i:-e de todos los
v icio s e s la co ncupis ce ncia a avar ic ia , "Las pas i one s
e s tan s ie rnpre d ispue s tas a le van tars e b ajo las b an -
deras de la avaricia, El avaro no tiene patria, ni fa-
m ilia, n i am igo s. Las riquezas pro ducen Ja nece s id ad ,que es el mas cobarde de los vicios, 0 el lujo, que aca-
rrea a los ricos tcdos los vicios de la pobreza y des-
pie rta e n lo s po b re s una co ncupisce ncia que so lo pue -
den calmar apelarido a los crimenes y a las cabal d(as
mas envilecedoras." (0 bras) XIV, 342-343.) El unico
m ed io d e ah o gar la co ncupis ce ucia e s la ab o lic io n d e
Ja propiedad privada, ", Quereis saber, decJara Stan-
h o pe a M ab ly , e n su co nve rs acio n irnaginaria , cual e s
la fuente principal de todas las desventuras que af li-gen a Ia humanidad? Es la propiedad de los bienes."
(Derechos y deberes. o bras, XI, 3 78..) Lucgo , cl i d ea l
cs "esta comunidad tan alabada, tan afiorada par los
poetas, que irnplanto LiG.Urgo en Lacedemonia, qu e
Plat6n quis o re s tab le ce r e n su Rep ttb lica , y que , a cau-
sa de 1a depravaci6n de las costumbres, no puede sef~
e n e l m und o m as que una quim e ra" , eXI , 379 .) "E!
unico error de Platon consiste en haber pennitido que
puedan poseer los agricultores y los artcsanos : este
e rro r h ub ie s e s id o una pe rturb acio n para su Es tad o ."
(Legislaci6n. 0bras, I, 106.)
Se trata, pues, 1 0 misrno en una que en otra doctri-
na, no de organizar y concentrar la vida economica,
lo que cs genuinament.e socialista, sino, muy al con-
trario, de dcspojarla, por razoi1:s morales, de toda im-
po rtancia s o cia l m e d ian te ln supre s io n d e la pl 'o p ie -'
dad privada La soluci6n es, como tcdas las soluciones
c orn un is ta s, e m in en te rn en te retr6gTada. Los propios
auto ro s co n f ie s an que SI1S progl am as s e in sp iran e l l 1 ; '<;
socicdarlcs inferiores, en las Iorrnas primit iv; lS de b
civi l izacion . En el las y s o larne n te e n e llas s e h alla COm-
pletamente realizado su ideaL Morelly no se cansa de
elogiar esos poblachones de America e n los qu e las fa-
m ilias vive n t ranqui lam ente e n com un y sub vie ne n a
sus necesic1ades con e1 producto de 1a pesca. Celebra
tarnb icn m uch o la lcg ls lacio n d e Licurgo y la d e l an-
tiguo Egipto.
Tambicn e1 nombre de Licurgo acude con f r ccucn-
cia a lo s pun tas d e la plum a d e M ab ly . "L icu rgo fuc'
cl IT\[LS profundo conocedor de las tendencies natura-
Ies, y pudo, par esto, dictar las disposiciones mas en-
caces para evitar que los ciudadanos se dcsviasen de
elias." (Obscrvaciones sabre la historui de Grccia
Obrcs , IV , 22 .) L e jo s , pue s , d e cre e r que la re fo rm a
que propugnan haya de tener par objeto la implan-
tac io n d e fo rm as so cia le s nut?as) e n arm enia can las
m od e rnas co nd ic io ne s d e la e xis te ncia co le c t iva, se cb s -
Iinnn en seg uir exa ctam ente las J111eJ)as del PJSJdo_
Po r 1 0 rn ism o , e s t im an, can Plate n , can Mora y Cam-
panella, que las ideas que sustentan son irrealizablcs.
B
• I ,~.
EL SOCIALJSMO
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EMILE DURKHEIM
S2:____-----
d' d de que es imposible:E':st ;'w p1cnamente pCfsua I os . cl d "Es de-
lt tal punta a la human! a .
transformar las a -: . lama Morellv, que. . . r desgraoa, exc -
nn51ado ClertO, po t iposible fundardi 5 comp1ctal11cn e I
en nUC5tro5 ias e _,j
(C 6d igo de lc >, 1 3 . que 50nam05.una republica como c d . b : n sentadO, pues, que e 1
I 89) Que a ie r t'N attN'a eza, r ' r , 1ativo que prac. ICO,
•rr en es mas especu dob j e t o que pcrslbu .1 de5co de poner e
" oue otra cosa, e _.Lo 1l1Splra, antes ~l • 1 c "hay de ta1so en
cle l' ldc prOVlcne 0 qu 1
manificsto e 01 £undan en la moral v u -" rrientes que se d
1 < 1 . 5 prztctlcas co " la voluntad de e S -"'.~ 1 log) mas quc
gar" (Bas ,It ([J,j (L, , " " ~ tico : "Los hom-, M blv 5 todavl;) ' mas eSCcp 1· .
trll1rlo. a;, e . de r;:tvados para que r ~ o . po-
bres, dice, sOl~dcl11aSlado " po ' u r a s , XIV, p 3 . g . 46.) Y
sible una. pO h tl C1 5 cn s at a. (1'f' .. 1 f lui.mCric.o el ideal'f 'tado ca 1 ica (e '1
en otro parr~ 0 ya ci , .
quc 5ustenta, It ia OC1050 dis- ,r c1aracio ne s , reSli ar '
DespuCs d e e s tas a . l ' t nue s resalta ca no no sooa is a, J:"
cutir si Rousseau es, ' dalidades de las.' sus c10ctnnas son 1110 c . .
cVld enC l;J. que . !S 0 menos atcnuadas.lc an allzar j 111,\ 1
qn e acab al l1 0S C c d 1 - e n lOS pue b o s, . cEge sus rno e 0:0 r
'l'ambicn Rousseau .' , e lc ;:.ntoja la mas. .. d 1 'U)ra orga11lzaClOn s
de hi antlguC au, c " t 'cl En su Carta (l
. a s haya eX15 \ o.
perfecta que pm, .. de aquella Esparta1 bl can entuslasmo 1
D' Aicinocrt, ra add "par el cjcmp 0
r bastantc pon era a 1que nunca sera III' 175)' Cita a Mab Y
f"CO bras , pag.
que 110S0 reee. . ' '1relaciones muycuando no tUVQ con e ~..
can respcto, aun , d M oro y la Bas~lta-'t n la Utopta e . .
cordialcs; le In eresa,. d i f ci a can estes autore5·
11L U111ca 10r0n . r
d a . de 1·10re y. a. l' por mas que el re-va tan C}os. .
C .S que Rousseau no d as us preferencias, no. t erece to as s
, . ,. i m e n comuD1Sam·b
1 0 estima viable fuera del estado de naturaleza, Pro-·
cura, empero, acercase a e I todo 10 posible. "Mi opi~·
nion, declara, no es que deba abolirse completamente Ia
propiedad, pue s to que es impo s i b l e , pero S1 eontenerla
, -en los limites mas estrechos, ponerle un freno que la
reprirna y guie, que la sojuzgue y subordine en todo
. momento al bien publico." 'CObras ineditas. pag. lOO.)
.L~ igualdad econornica absoluta es irrcalizable actual-
mente, pero eonstituye,. n o o bs tan te ," el ideal que he-,
rnos de tcner siempre presente, esf orzandonos constan-
ternente en realizarlo en la mcdida que sea factible.
"La ley fundamental de vucstra institucion ha de scr
la igualdad" (Ibid. 72), Sabido es 10 que opina acerca '
delcomercio, la industriay las artes, Coincide en esto
can Platen. Al igual que este, no se prop one o rgani-:
zarJos y socializarlos, sino mas bien expulsarlos de la •
s o c i e d a d , 0 al m erio s darks la rne no r cab id a po sib le .
Bien analizada esta teoria, no cabe aplicarle otra eali-;
Iicacion que la de cornunismo modcrno;· .
Debe observarsc, sin em b argo , que s i b ie n e l siglo
XV~II no contiene mas que teorias comunistas, estas
presentan caracteres que le distinguen de las teorias
anteriores de igual nombre y que hacen presentir q u e
esta en viasrlc producirse algo nuevo,En primer terrnino, no' tienen nada d e esporadico..
Mientras en los siglos precedences estas doctrin~s se
presentaban de tarde en tarde; en el siglo xvrrr asisti-
rnos a un verdadero florecimiento de sistemas cornu-
nistas, Los que hasta ahora se han citado, son los mas
Iamosos, pero no, ni mucho menos, losiunicos, En los
. albores de aquel sigloya se descubren en Fen e l o n y .
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EMILE DUR](IfEIM
en el abate Saint-Pierre ciertas simpatias, mas 0 me-
nos vagas, por un regimen un tanto cornunista. Estas
son ya muy francas en el sacerdoteMeslier, cuyo res:'
tcmento es una critica violenta de Ia propiedad priva-
da. Dos disdpulos de Juan J acobo, Mercier YR~s..tif
. d e ' 1a Bretonne escribieron sendas Utopias, dande des-
cubrimos las ideas del maestro, mas 0 menos modifi-
cadas, La de Mercier se titula E ! aria 2:f40 y la de
~Restif El Campesino pervertido. Se traduce la Uto-
pia d e Mora y las obras antiguas y extranjeras ins-
piradas . c n aquellos principios, asi que Freron tuvo so-
. brados motives p~ra escribir : "Poseernos casi ya tan-tas novel as rnorales, filos6ficas y politicas como del
genero estrictamente Eterario." iC o rta s so br e alpwt!os
escritos de estos tie~npos). Incluso en las obras en que
Ia - idea comun i s t a deja de ad o ptar una fo rm a siste-
matica, se tropieza a menudo ~on concepciories aisla- >
dasyteorfas fragmentarias inspiradas en aquellos
r· principios, Dos conceptos- que parecen caracteristicos
del, tiempo ~on: que 1 . 1 1 1 a organizaci6n. dernocratica es
inseparable de cierta dosis de cornunismo y que para .
losvpequefios Estados, 1a democracia es preferible a
la mon~rqufa., Puede afirrnarse, ·en resumen, que, fue-
ra del xirculo de escritores especializados en cuestio-
nes sociales, no h ay una sob rarna literaria en la qu e
no se reproduzcan de algun modo estas tendencias. La
novels, e1 teatro, las narraciones de viajesimagina-.
rios, encornian acacia paso las virtudes de los salvajes
y su incontrastablevsuperioridad sobre los civilizados.
Se tropieza por todas partes can el estado de natura-
lJI. SOC1AUSMO
-'
leza, los peligros del 1ujo y de la civilizacion, las vcn-
tajas de la igualdad.
Esta es ya una nota significativa de que nos halla-.
· mos ya en presencia de un cornunismo de nuevo cuiio,Pero hay otras, Hasta aqui las soluciones comunistas
eran todas hipoteticas. Podfan en conjunto s in te t izurse
asi : Si se aspira a suprimir e 1 egoismo y a que tri un f en
par doquiera 1a virtud y la dicha, es absolutamente in-
d ispe n sab le ab o l ir la p ro picd ad privad a, Pero cs ta ,100"
· licion se consideraba tan s610 como un medio ef icicnte
para alcanzar aquella finalidad y no como un derccho
estricto. Nose afirrnaba que la propiedad privada es-
taba desprovista de base racional, que no rospondiu a ln.:naturaleza de la s cosas, sino, sencillamente, que prcducia
, 1a c o n s e cu e n c ia lamentable d e separaraI individuo d e l
"grupo, y que era forzoso suprimirla 0 restringirla para
,suprimir 0 restringir sus ef ectos antisociales, No cr e ian
· que las sociedades Iundadas .cn larlesigualdad Iueran
· fatalmente injustas, I~oralmcl1te intolerables, sino, tan
5610, que estaban condenadas a 1a discorrlia por ser in-
. c ap a ce s d e cohesion. Los comunistas d e l s ig lo xv III
: van mas alla, No combnten unicarnente los resultados: nocivos .de la propiedad y la desigualdad, SiDO la pro-
:piedad en S 1 misma. "Las [eyes eternas del universe,
~escribe Morelly, indican que s610 puede pertcnecer al
::hombre 10 que requieren sus necesidades actuales, 10
;.:que necesita para elsustcnto diario 0 las comcdidades
{de su existencia : la tierra no es de quien la tr abaja, ni
eel arbol de quien cage el f ruto ; incluso del producto de
la industria que ejerza, no le ccrresponde sino la p,u·te
que utiliza a consume; 10 d e rna s , incluso Sl1 persona,
86 EMlLE DURKHEIM
I.
(Basilioda, No ~~
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pertenece a la socisdad entera." I204).
Ia ig-ualdad un media artificial recomendado al :legis; -
lador en beneficia de los hombres; la igualdad se en~
cuentra en la N a turaleza, y el Iegislador al consagrar-
la no haec 0 no hara otra cosa que sc:g·uir e1 camino que
le sefiala 1a !Naturaleza. Es un principia de derecho,
y su <ontrario es contra rio 8 01 derecho. Las condici.o-.nes de los hombres han pasado a ser desiguales, por-
que se ha violado el dcrecho, Ninguno de estos autores
deja tampoco, naturnlmcnte, deponer de manifiesto las
consecucncias funestas que se derivan de la desigual- .
dad; pero es con el proposito de probarrios par el ab-
surdo, en cierto modo, la vcracidad del principia, 0 'sea,
que la desigualdad sc 11a introducido en las sociedades
mercecl a una desl1aturalizaci6n de la humani.dad, que
d b cons ti tuyc un 111Otivo d e cscaiid alo m o ral, y qu e
ella es 1a negacion de la justicia, En sintcsis, mi.entras
los cornunistas anteriores se Iirnitaron a musit~7' que
las cosas irian rnucno mcjor si se acomodasena sus
cnsuciios, los del siglo XVIII afirman categ6ricar n enteque han de ser tales como cllos' las exponcn. La dife- :
rcncin d e mali" cs d igna d e tcncrsc en cucnta, As! cs
que, aun cuando Jos unos y los otros opinan, segun se
h a vis ta, que sus irlcalcs so n irrealiznblcs, su s renun- .'
cias no revistcn los mismos caracteres. ~
La resignaci6n de los pcnsadoresdel siglo XYIII tie-:
ne un caracter mas triste, nostalgico y desolador que las.
de sus antecesorcs, :8s la impresion que tan vivamen- .,
te se experimenta ;11 Jeer a Rousseau, Y es que 10
que abandonan o crccn abandonar, no es 5610 un pro-
digioso cnsuefio en el que los corazones se elevan sin
que la realidad deba conforrnarse con el, sino .que
1 0 consideran como la ley substancia l d e la 'realidad ." -.
y la b;se normal de la existencia colectiva. Hayen
la actitud de estes hombres una contradicciou que no
pueden conciliar y que le s llena el alma d e ama_rgura.,
Estas son las des grandcs novedades historicas del
ccmwnismo. ;_Que sentido ti.e.nen? Ellas :nos advi~rte.n
que,' esta yet, esas teorias particulares .no son unas sim-
ples construcciones individuales, sino. que responden ..~
a aJgunas aspiraciones nuevas que alborean en el.alma
de 10 .sociedad. Si la igualdad es tan energicamente con-
denada, es porque of en de un sentirniento muy vivo y
profundo, y , ·puesto que es general 1'1.repugnancia que
inspira, es precise que este sentimiento tenga la mis-
. rna generalidad. Si' no se concibe yo . 10. igualdad sim-",
. p lcm cnte co mo un media {ingenioso ideado en la sose-
!f<'-daatm6sfera de un gabinetc, para articular" esos 5i5- ~
·:<~emasconceptuaIe_s, de dudoso valorobjetivo ;si el
·;:'cstada natural del hombre se contrapone al estadoac-
:;:;tual, considerado anorna lo , es, sin duda, porque obe-
::,:··:'decea alguna n e~ e si da d .. d e Ia ~conc i enc i a ' publica. ..: I •
".._~t t ,. I I I
.i,;;\Es[~ tcndcncia nueva, es cl senturnento mas hondo y
\\:.·"ge.neraJizada de la justi c ia social; es la idea de que .la
i~ :~:po5ki6nde los ciudadanos en 'las soci'edades y lQ. re-.:"
' ; :": :munerac i6n de sus ' s e' [v i ci o s ha d e variar exactarnente
~ : r omo el concepto de su valor social. Pero advertirnos,
i\:<,~;Ilismo, que este sentirniento, agudizado 'por las lu~·.":k':~~y.Ias resistencias, alcanza una intensidad y una ' ..
:;:~~tni:tabilidad anorrnales, ya que llega a negar 'toda cla- ....
;.::'/~~<de dcsigtt<lidad. En cste sentido, se lc puede con- .,
J;);!~;j~r .como' uno de los f actores dclsocialismo. Este~ I ~ ; ~ ' , ~ - : ~ : ":" 1 ~ - - ~ ' ~ -
.>~ _ - - - i , . o
EMIL!] DURl(HEIM BC SOCf.'lUSMO
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LEccr6N CUARTA
que la confusion la motiva el heche de que, si bien el
cornunismo establece un mismo nive l de consume, se
propene asimismo asegurar a todos 1 0 cstrictamcntc ne-
cesario, mejorando asi la condicion social de las clases
bajas, proposito este que anima y preocupa tnrnbien
a los socialistas. Si se ccnsiclcra ;11propio tiernpo que
son 110 pecos los que estiman que esta tendcncia par-
cial del socialisrno es todo su sistema, se compr cnde
que dcsde este punto de vista rcsultcn scmcjautcs am-
bas doctrines. Pero cs 1 0 cicrto que, adcmas de SlT
mayor el alcance del socialismo, y de rebasar los limi-
tes de la cuestion citada, auu-esta misma cucstion sc
la plantca en otros tcrminos que el cornu lli 51110. Consi - .
dera este la situacion general de los pobres y los ri-
cos independientemcnte de toda relacion can el cstado
del comercio y lajndustria y sin tcner en cuenta e1
grade en queinfluyen tales factores en aquella situa-
cion; y es tan marcada esta tcndcncia, que las reiv in-
dicaciones comunistas se aplican a todas las socieda-
des en que existe . alguna deslgualdad, cualqu;era q1.1C
sea su regimen economico. Lo s socialistas, por el con-
tJ:~110, t)[0 1:t~PI..-T]_dp,-1' l. . r n n p . : l 0 . . 1 ' l P . . . . . 1 . . . p.._~,-, p...v £ . P . . . : J a J . P " _ T 1 1 f { . .~t],~;ty
d e la rnaquina economica que represents el proleraria-
do y sus relaciones can el resto del mecanisme. Los
primeros tratan de la miseria y la riqueza, en abstrac-
to, y de sus fundamentos 16gicos 0 moraIes j los otros,
! de las condiciones en que el trabajador, no capitalista,
: . c am b ia sus servicios, dentro de deterrninada organiza-
cion social. Poseemos asi un criterio para distinguir Ul-
cilmente esos dos sistemas, ann en el aspecto en que
.mas parecen apr~ximarse. Sicmpre que un esc·ritor opo-
sentimiento . es una rnaniiestacion del socia1ismo que
denominaremos "de abajo" y del que hernos de ocu- .
parnos en breve. Puede causar extrafieza la circuns-
tancia de que, existiendo ya en el siglo XVIIl, no haya
. producido desde tal momenta las consecuencias que
origin6 mas tarde; que no se haya manif estado desde
. entonces h idea socialista can sus rasgos rh{ls cara c-
teristicos, Pew, como se veri Iuego, esc sentimiento no
habia sido suscitado por el espcctaculo de la situacion
economica, sino que se hiz o inclircctamcnt~ extensive
a esta ultima.
.Al cornparar 1a orientacion general del cornunismo
con la del socialisrno, aparecen con tales dif erencias
que nos preguntamos como han pcdido ser con£undielos
entre si. La formula del socialisrno es : regular las ope-,
raciones productoras de valores, de modo tal que con-
verjan armonicamente, En cambia 0.1 comunismo tien-
c le . a 1 .: e .< t ,t .1 ~ \l .: c d. c . .Q . R ' S t . 1 .m Q . \ , , , , < ! . \ , ' l . \ . c l ~ ~ 1 . . .<i~ ~,.':~<i<0~~"'... "'~(..
para todos igual y mediocre. De una parte se asp ira
a· establecer una cooperacion normal y regularizada de
las .funciones economicas entre 5 1 y con las funciones
sociales, can el fin de amortiguar roces, evitar perdidas
de energia y lograr el mfL'{im~ r~ndimiento.· De otra
'. parte, se pretende tan. s6Io evitar queel consume de
.:.u.nos sea superi ..or. al de ot:os. AlIi los inty-eses par-
t iculares se orgamzan; aqUl se los st1primffi Que hay
'de comun entre arnbas teorias? Podrla c i~er alcuien. .. b
90 EMILE DURKHEIM.r.~"
"9'I'"
Il C d e un modo gene ral y fi lo so fico lo s po b re s a lo s..
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ricos para' dernostrarnos que est a oposicion es peli-
grosa 0 no sc apaya en la naturaleza de las casas, po-
demos estar segur-os de hallarnos ante una teoria co-
munista ; y la palabra socialismo 1a aplicaremos unica-
mente a aquellas doctrines en que se trata, no de -ri-
cos y pobres, sino concretamcnte de proletarios y de
su situacion ante los que ernplean su trabajo. El co-
munismo no es otra cosa, en cl fonda, que lacaridad
erigida en principio fundamental de toda la legislacion
social; es la fraternidad obligato ria, ya que obliga a'
carla individuo al rcparto en com un, Pero nosotros ya
estamos advertidos de que las instituciones de benef i-
ccncia y prevision nada tiencn que ver con el socialis-
mo. Aliviar la rniser ia no es organizar la vida econo-
mica, y cl cornunismo no haec otra cosa queIlevar la
caridad hasta la supresion absoluta de la propiedad.
Responde a un doble sentimiento: eompasi6n hacia los
miserabies, y e l ternor de la cnvidia y de lo s a dio s an-
tisocialcs que la riqueza inspira; en su aspecto mas
noble cs Ull movim icn to d e amo r y s i l l lpat l i ,>El 50-
'cialismo constituyc csencialmcnte un proceso d e con-'
ccntracion y ccu tralizacio n cco no micas . .Arrastra t oda
una esfcra de la socicdad, el proletariado, en Ia orbita
de los centres directives del cuerpo social.
Y sin e mb argo , s e nt im os perfectamente que ; a pe~
sar de todo, existe entre ambas doctrinas algim eon-
tacto, He aqui , ' en cfecto, 10 que .ha ocurrido : los sen-
timicntos que se cnlazan a la raigambre del cornunis-
mo, por ser, precisamente, propios de todas las cpocas,
1 0 so n tarnbien de la nuestra. Claro es que no siempre
s e h an trad ucid o e n Io rm as doc t r i n a l e s . Pe rc no s ig -
nifica eso que desaparezcan, sino tan solo que 'dejan '
de ser 1 0 bastante e.ncrgicos para clue den origcn a un
sistema que los exprese .metodicamente. Los tiem-
" pos mas propicios para que se :manifiesten, son, des- '
de Iuego, aquellos en que par cualquier circunsLancia,
sc suscita un intercs por las clases desvalidas. De eonsi-'
. guiente, podemos afirmarque no ha existido otro siglo.
tan favorable como cste a1 desarrollo de sentimientcs.
> , eomunistas. E I s oc ia li sm c i no e s susceptible de satisfa-_.
, c er plenamente csta inclinacion sentimental, porque su
finalidad es muy distinta. Imaginemos por un instan-
tcque ha triunfado el ideario socialista: seguira ha- ", •
bi~ndo desgraciadosy desigualdades de diverse genero.~
. heche de que nadie posea capital nojmpedira que
l a s capacidades sean desigualcs, que haYil enferfQos_ e'
; , i l~ y, de consiguiente, rices y pobres, Ycomo; de.
>Fotra parte, la concurrencia no se ha suprimido,sino
\ii,~egulado solamente, habra servicios rnenos utiles, que; .
~;i~:;'auniendo retribuidos en su justo valor; quiza no pro>';
]~ (p( l ic ionen 1 0 nccesar io pari v iv ir , E xi st ir an siempre'! > ' ~ l " , : : . : _ _ : ,~ , .
: iHi :personas incapaees de ganarse 1a vid a, o tras que nov ~ ~ _ r · \ . .i ;: i~ ;g ;a na r{ m m as q ue 1 0 estrictarnente necesario, como e l •
;1 ~? ~bierode nuestros dias, y arrastraran, par tanto, una'
?n;c:iistencia rniscra y precaria, dcspropor cionada al e sv .:
1j l~~l~n!oue realicen, Porque en el socialismo marxista.T'
~~: :~ l "e :ap i ta l no desaparece; 1 0 que si ocurre es que no 10'
~i~:;~~miriistrar{m los particulates, sino .1,a sociedad. De. 1 0 " .
· ~ i J . 6 t t t : e s e desprende que la rernuneracion de los trabaja- ,
: ; " ~ ~ r . O r e S no depended. de los 'intereses .privados, s ino de'
~ M \ ~ C : s generales. Pero de que la remuneration sea social-:i~:'.~~~C.~ - ~ ; ; ; - r : : ' : " ' , _ : : ;! :;
",i"
E /v JI L1 3 DUR KHE IMEL SOCfAUSMO
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mente justa, no se deduce, en modo alguno, que haya
. d e se r su ficie nte para to d o s . La so c ie rlad , a m eno s que
la ani men otros sentimieritos, tendra el misrno inten~s
que tienen los capitaiistas actuales en pagar 10 menos
que pueda; y Ia sociedad se encontrar.i tarnbien enton-, ces con una demanda mas intensa de prestacion de ser-
vicios f aciles, vulgares) al alcance de cualquiera, 10 que
sed. un motive para que el cuerpo social coustriiia a los
peticionarios a contentarse can una remuneracion b~ja;.; .
ciertc que aqui la imposicion ernana de ia sociedad yno de los capitalistas particulares; pero aun enton-
ccs la irnposicion puede ser muy intcnsa. Precisame~lte
contra esta irnposicion y estes resultados se levantan
lo s sentirnientos que inspiran y en que se fund a eI < : 0 -munismo. ·S e concibe, pucs, que el socialisrno no :lme-
h de substituir al cornunismo. f u alguna vez llegaa es-
'-'tablecersela socializacion de las fuerzas economicas,
se vera entoncesc6mo el comunismo sigue oponien-
<dose a las desigualdades econornicas, que subsistiran _ .
tambien, en otra forma, pero con igual intensidad que
ahora, En resumen, que el socialisrno yel comunisrno
pueden c oe xi st ir s ep ara da me nt e, par e l h e ch o d e que
se orientan en sentidos distlntos.Ha ocurrido, sin em-, . bargo, que el comunismo, en vez de seguir siendo 10 que
. era antes de laeclosi6n del socialismo, una ' doctrina
independiente, ha sido absorbido por .este, una vez cons-
tituidoj, En, e f ecto; aun c~ando el socialismo se engen-
dro bajo otras infI~encias y en correlacion eon otras
neccsidades, por la circunstancia de preocuparse del
b ie ne s tar d e la c lase pro le ta ria, s e mo s tr o n at ur al rn en -
te y muy especialrnente accesible a todos los sentimien-
to s d e co nm ise rnc io n y d e f ra tcmidad , q ue a te rn pe ra -
ban, sin oponerscle, e1 rigor de sus principios. Por G1U-
sas Clue se dejan entrever, y que analizaremos lucgo,
Iue ro n uno s m ism o s h omb re s lo s que expe rune ntaro n a
un tiempo la influencia de -Ias aspiraciones del SOCi8-
lismo y de los conceptos que constituian el fondo del
cornuriismo antiguo. ~ Como era posible Creer que ~ca
necesa~io solidarizar mas complctamcntc las f uncio-
nes economicas, si n experimental' al unisono un sen-
tirnicnto general de so l idar idad social :( de Irntcrui-
dad? Par esta puerta pcnctr6 cl comunismo en c1 so-
c ia l i smo, y cs te s e pus o a d cs em pciiar lo s rlc s pupclcs :
e1 del comunismo y e1 suyo propio. En cste sentido, cl
socialismo vicne a ser -e l hcredcro del comunismo; por-
que, !sin derivar d~ e 1 , 10 ha absorbido totalmente, ~1JI1'
q\.le ;in ccnf undirse con 61. De ahi que arnbas .doctnnas
se presenten asociadas a la imaginacion de cicrtos an-
tares. Porque en realidad e l socialismo conternpora-
- neo se divide en dos corrientes paralelas, que sc in-
. fluye n re cipro cam en te , pe ro que so n d e d is t in to o ri-
gen y corren en distinta ;Ereccion. Una, la mas re-
ciente es la c:orriente socialista propiamente tal; la
otra, es la antigua corriente cornunista, cups aguas
se mezclan con la otra. Aquella cs movida por esas
, causas vagas y obscuras que impulsan a la sociedad a
la organizacion de sus f ucrzas economicas. Mueven a
In otra anhelos de caridad, de f raternidad, de huma-
n itarism o , Po r m as que am b o s cauce s transcurrcn uno
a] lade del otro, estan, cmpero, perIecta y claramcnte
d e l im i t ad o s , y no porquc el vulgo, a causa de su proxi-
mid ad, los confunda, ha de incurrir el sociologo en el
94 EMILE DURKHEIM'. ' ----------__;,,;_..;....,~~:::\:'
_ _ - ' - - - E _ L _ ' _ S _ O _ C _ I A _ L _ _ : _ I S : . . : ~ _ ' f _ : : _ O _ · - - . . : _ _ · : : : . 9 5 " r
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"/ .
la distancia que separa a las dos clases e ir atenuando ;-'.
la desigualdad social. Y no se echa de ver:_ a los 50-
cialistas esto Ies ocurre Co n frecuencia '_ que' can este
sistema se torna 1 0 ' secundario por esenciaL No es asi
. rnostra.ndose complacientes y gener050s con los vesti- ,
". g iosde; antiguo comunismo, como se reprirnira el- 50-
c ia l ism o a s e l le gara a implantar. Este sistema d e bus-
car remedio a Una situacion secular, no corregiri Ja
que data de ayer. De este modo no solo se soslaya la
I ina l idad que debiera perseguirse, sino que deja de Se-
guirsc el camino que habria de llcvar a una soluci6n.
. Puespor mucho que se haga para otorgar a los obre-.
ros privilegios que neuf.ralicen, parcialmente, los que
, disfrutan los patronos, rebajando la jornada de traba-
;~'/: joY' elevando los salaries, no se lograr.i calmar la ape-
5 ~ < ; tencia socialista, la cual, con los paliativos, adquiri-
; : { X : ~ r:i cad a vez mayor fue rza. Las exigencias de e s ta cla-
;~'.:/ se no reconocen limites, To do intento por amortiguar-
V J , ! 1 ; 1 . S , : sJ.t i sfacicnciolas, cquivale a tratar de llenar el tonel
::,\,de ! < L S Dana ide s . Si la cuesti6n social estuviese plantea-
; · i { , " : d ~ r ea lm c nt e en tales tcrrn ino s, m ds valicra d cclararla
; J 1 ~ \ ; / ~ t r o " u b l e ,renunciar de antemanr, a ocuparse de ella,
; , ; i ~ j ; r ~ t : > eo deere tar soluciones que ni 10 son ni pcdran serlo
~~~~N;; i i '~an(" .a .case par donde y de que rnanera, al can fun-
[ i . : W : i ~ l ~ ,d os co rr ie nte s' s ocia le s que muevcn los espi-
'8:'(~~I:!$:::de;uestro tiernpo, Se pierde de vista la que es' .:
~;f}:!~}mportante, hasta el punto de. que se piensa ej er-
~~1)ptr}~b~el1a una accion que, enrealidad, nola alcan-v :
?!\ .;~t: :r '!que'esta desprovisn, de toda eficiencia, . .
[,~tCb~ndo's ta d is ti nc io n se ha establecido claramento,
~~.·;~!~.::~:fy~erten seguida que las tcorias socialesdel si- r\~ - j ~ , : . C ; : - ~ ' _ ' ~ ~ _ ~ ' . : -,I: : ' .
mismo error;' Ya vcrcmos en otro lugar como se se-
paran arnbas doctrinas, y aun como, muy recientemen-
te, detcrrninados sectores cornunistas han recobrado
su plena indcpendencia.
La distinci6n que hemos establecido entre una y otra
.doctrina no es solarnentc interesante en la esfera de la
teo ria. Si no nos < cqui vocamos, csa corriente de C011-
miseracion y simpatia, sucedanea de 1a antigua corrien-
te comunista, que hC1110S scfialado en cl socialismo mo-
derno, intervicne como factor secundario. Lo cornple-
ta , pe rc no 1 0 integra co ns t i tu t ivam en te . Par co ns i-
guiente, las disposiciones que se adoptan para detener
la rnarcha del soc ia l i smo no ataiien a las causas que 10
originaron. En el supuesto de que sus dcscos sean 'le-
gitimos, no se satisf accn con disposicioncs Iragrnenta-
rias csos vagos sentimientos de fratcrnidad. Observe-
mas, S 1 no, 1 0 que acontece en todas las naciones de Eu-
ropa. En todas partes existe viva la preocupacionxlel
p rob l ema social y d e r cm c di arlo g ra du al mc nt c, Y, s in
embargo, todas las medidas que se aplican no tienen
o tro ob jcto que mcjo rnr la si tuncion d e l p ro l ct ar ia d o,
cs decir, que se inspiran e~l las tcorias generosas que
sirvcn de base al comunismo, Parece ser 'que ·1 0 que
se e s t ima mas util y urgente en todas partes e s aliviar
las pcnalidadcs del obrero, cornpensar can Iavores y
dadivas legales la inf erioridad de su dolorosa condicion
social. Se acentua por doquiera 1a tendencia a multi-
plicar las bolsas de trabajo, los socorros, las subven-
ciones, a ampliar cl circulo d e 1a ca rid ad p ub li~ a, a die-
tar leyes que protejan al obrero y velen . por su higiene
y su salud, etc., can el proposito de ir disminuyendo
c : • ' • • .
EI, SOCJAL/SMO
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EMILE DURKHEJU 97
g10 XVIII no han rebasado el nivel del co r nun i smo , y
que este se prcsenta bajo un aspccto nuevo. Ya no se
considera en c l la igualdad como un regimen que (011-
viene a los hombres para refrenar sus egoismos y a1que, sin embargo, no vienen obligados, sino estricta-
mente como un derecho.· Las sociedacles, al establecer
este derecho, no se elevarian por encima de I n Natura-
leza : no harlan 'sino seguir el camino que esta sefiala
.y adaptar se a1 principia de l a ju s t icia , E s ta nueva : rno -
dalidad del cornunismo del siglo XVIII nos da a enten-
der que la nueva tenc1encia se ha forrnado, en parte
a1 m eno s , b aj 0 inf luencias y circunstancias nuevas,
.: 'I'iene por base el' sentimiento colectivo intenso y ge-
neral de que las desigualdades sociales que se obser-:) , ' >
van, no reconocen un fundamento de derechof .Creian
incluso que la 'conciencia publica, par una n~t~ral
reaccion contra 10 existente, llegaria a declarar lUJUS-.
ta toda . d e s i gua l dad . Supongamos . que algunos teo-
rizantes se ponen a examinar atentamente, a la luz de
esta idea, las, relaciones econornicas que les inspiran
rnenos simpatia, y veremos como sur~~e fatalmente un~
serie de reivindicaciones socialistas.xj-Iay, pues, aqui
un germen de socialismo. Pero el desarrollo consiguien-
te de este germ en no se realize en el siglo XVIII. La
. protesta no se dirigi6 contra los hechos d e 1a vida in- .
clustrial y comercial ; no tuvo .en cuenta, por ejemplo,'
la situaci6'ndel pequefio productcir fren te a la gran rna-
nufactura, 0 las relaciones entre e1 obrero y e1 que 1 0
emplea. Se ocupo tan 5610 de los. ricos en general, y
estas preocupaciones trascendieron a los grandes sis-
temas de que hemos tratado, en gencralidades abstrac-
tas y disertaciones I i l osof icas sobrc los pcligros SOCl<l-
le s d e la r iqueza y s u in rno ral id ad . . A un cuanclo es t e
s cn tim ie n to , po r Sl1 gcncra l idad y ln energia con qu e
se manifiesta, estaba h ondamentc enraizado en la con-
ciericia publica y en relacion, par consiguienre, con con-
diciones sociales. deterrninadas, da, sin embargo, In im-
presion, par 1 0 que al or den cconornico se refiere, de
que era ajeno por completo ala realidad ambiente. Es
inaplicable ala e xis te nc ia co ntcm po rancn , y, lc jo s d e
. proporierse una ' finalidad con creta, discute nocioncs ge-
nerales y metaf i s icas que no Son de n ingun tie rnpo n i
de lugar alguno. A eso se debe que los pcnsadorcs que
en 81 .se inspiraron, incurrieran, por 10 general, en los
lugares co rnunes del comun i smo tradicional.
,.Pero aun a este respecto se imponen algunos rcser-
:vas. Hay, entre los de aquel tiernpo, algunos escrito-
res en los cuales el nuevo espiritu de justicia social
torno contacto mas inmediatamente can la realidad eco-
~6mica y revistio una forma que en determinados pun-
tos se aproxima bastante a1 socialismo propiamente cli-
eho. El mas destacado es sin duda Simon .Nicolas En-
rique Linguet;celebre durante un perlorio del si-
.glo XVIII, por mas qu e sea hoy cas i desconocido. :~El
. fu e qui en defendi6 al caballero deLa Barre. Por sus
prolijas aventura's, sus ru id o sas p ole rn ic as con los eLO-
nornistas, los enciclopedistas, el Colegio de Abogadas,
ypor 10 atrevido -de sus ideas, merecio h t farna de que
gozaba , yaun euando no este aun hoy b ie n d ete rm i-
nada su personalidad moral, esta Iuera de duda que
fu c ti n t al en to original y un pcnsador inc1cpenclicnte.
"En algunas de sus obras y especialmcntc en 1a Tcor[a
7
EAflLlI DURKHEJM
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de la s {eyes civiles. (1767) y en' los A noles politicos, ci~
tnlcs y liicrarios del siglo XVIII (I777-1792), se e 11-
cucntran aprcciaciones mtly scrnej antes a las de los so-
cialistas conternporaneos:
No se lirnita, en cf ccto, Linguet a disertar acerca
de la riqueza, aunque no rehuya enteramente esas di-'scrtaciones, tan en boga a la sazon : explica extensa-
mente cual era,cn aqucl tiempo, la situacion del tra-
bajador, que vive exclusivamente del esfuerzo de sus
brazos, y, tal como 10 har a 111'15 tarde Carlos Marx,
ve en C l al sucesor del csclavo de la antigiie dad y del
siervo de la Edad media,\,Gimen bajo los harapos que
son la librca de la indigcncia. Nunca participan en la
abundancia que cl trabajo crca .., En nucstra socic-
clad, los criados han substituido a ,105 sicrvos ..." (Teo-
ria, II, p. 462,) Opina que es preferible la esclavitud.
"Tr atascde indagar cual es la ganancia cf cctiva que le
ha proporcionado la desaparicion de la esclavitud. L a 'declare con tanta sinceridad como' dolor : n o han ga-
nado otra cosa que verse atorrnentados constanternente
por cl rn icdo a morir de h am b re , d e 1 0 que e stab an
a cubicr to sus prcdccc sorc s en cl u l t imo range d e 1a
humanidad." (Lbul . ] La verdad .es que al Senor le [on-
venin tratar bien a los esclavos, porque eran d e su
propicdad, y porque cl comprorncter la salud de uno "
de ellos cquivalia a comprorneter su fortuna,. Hoy,
hasta estc lazo de solidaridacl se ha rota entre el obre-.
ro y los que 10 ernplean. Cuando no. sirve para el
trabajo a que 10 destinan, 10 sustituyen por otro, Lue-
go, la libcrtad que ha conquistado cl trabajador es la
d e rno rir d e homb r e . "Es lib -el cxclam ais : 1 ah 1 1 e s t a
, 99
desgTacia; no esta s~}eto: <J."nad··- , . " "se ocupa de e l " '(A . , l~, .pe, 0 ·tampoco
, nates, XrrI P 498) "Ecruel afirrnar que los obr " : s una
nen arno S' , '. 1eros Son hbres y no< ,l, henen uno. el mas t ible ,',
. d 1,I
ern e, el mas rm--. e as amos No trih b' ", es an a las 6rdenes de, om re, sino a las de todos." (bid xn r . .un· CConomistas arp'ulan ' I ~ -, , p, '5 0L)
- '" qUt: as contratos q fisaJanos se extend' lib ue ijan
Ian 1 remente yb a Ia Superioridad del t rab ' dor que en esto
Rp'lIC,ll)a L' _, 1 aJ a or moderno, Pero]"guet, para que C'0 ' '
. "indispensable que al br " sea cnteramente cierto,. ' Iacero le ibparade algun ti ' ' sea POSI le perma-"a t I H::npo para hacerse indispensablen es a. contra no se vc obli. , . '
'k db' igaoo a ceder por
. .... : su venir impcriosamcnte y' co . " -'.necesldadcs '. ' n Urgencla a. , C . , y, 51 mtenta resistir Ia d t
b1e, acrecienta y ace~ t u d ' err.o -.. que :'.el paro lc ha de)'ad . ' a SI1 cpcndencia, por~ .." . . 0 sin recursos "S'l .a cualqui r .. ' 1 roy no tra-
. ". ., e preclO, dentro de dos ·d' h b ".. manici6n;. pero la reb' d ,las a ra mUer-'
. .' , r aj a e jornal que ahora.-' serYlra' para que mana ' ,
nuevo)J (A I -.; n.a se 10 d lsmmu-... ' na es iII p :2 6) II .
d e l " 1 ~ s I I - . pasta la insu-: ,', _Jorna de un obrero es un motivo r
•.se I,DdlSminUyal1, Cuanto
miIch . mas para
·tanto mas b ,. . s e ostiga la nece-ara tn se vende C '
id 'd '. ' uanto mas urgenteI a , tanto me 1 "
. ",' nos e produceel trabaj 0 .Lomomentaneos I -' ,s".. .: ,a os que Irnplora'p' : ~ rYic jos no se a" ara queacep~, I" verguCl1zan de tomarle po~
· : tS1, e pulso, para apreciar I ' " ,1 i n 't r 'b " . areslstencla que le
'~ .. . ; ,. ,,; . .~ ,' ,' . . • I UC lO n que Ie ofrezcan, sed, proporcio-
grado de desfaIlecimiento Tal 1e z .. . es e estado, en que se encuentran desde que r 'b'
" I ee l im os
, "_; •• " - I
si. SOCIAUSAfO '01
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100
_ EMlLE DURKHEIM
- . _ d 1 a 1ibertad, las diez y nuevei gale emponzonado. L,_ ...~~.~.' .' , d e Euro-e re .. . d una de las naelOnes .vigesimas partes de ca a . . .
na,;', (Anaies, I, pags, 98-?9.) d tiguo es muy re~
J:' " " provlene e an, los .Esta sltuaclOn no . igue : Cuando os·'
t 1 historia como .si - 1dente y. Lingue a 1 s senores feuda eS, .
, US luehas con a ib 'reyes comenzdaron :os siervos, prometiendoles la 11 ~r- ..;~•~.~
P idieron ayu a a . a1 enemigo comun, . (~d que vencleran l-.'fl
tad en el" caso e ? '''Desencadenaron a esas. mu ':;'~!Cual fue el resultado . d las cadenas de sus ; . r ~
< : . , ndo e l peso e . '. '.~titudes que, conocie ban las de los reyes, se ~ : 1
. do 10 que pes a"amos e 19noran. 'It'mos' fue como .:. j
, b deras de estes 1J 1., '.•,j
agruparon bajo las an '. tra e1 ciervo" (A JLa- " ;1 . a110 salvaJe can .',:'1a venganza de caD "dividi6 1a sOCledad en:<~
:' , ) Pues entonees se . 1 d' ~,d, les, I, p. 94-· . 1 .. os los que posewn e me .....•...•..~
la de os nc , ~ 1-->"dos zonas, una, .' 1 s duenoS de los a lmen,;~;," aSlmlsmo 0 . d I ':.:1ro 'v que par ser f o O 1 preclo e oS ::: '.' '- '. 1 derecha de Ipr e.~itos; searrogaron edIs proletarios aisladas, que, por::]salarios, Y otra, la e. 0 . . de amos y par eon-.~;{;
" adie por carecer, , 1 ;'r:no pertenecer an." dos en defender OS ... . )
. d te cto re s m te re sa '; 'siguiente e pro. a merced de la ava-"
. I-b d 5 sm recursoS, ~. . '.)se vieron 1 ra 0 , . 1 e ha causado, pues,~:
'd) La hbertad es a qu . ".'.'ricia." (Ib) . 1 libertar al siervo, 10 pnvo,/~
to do el ma.l, puesto quedd tia Par esto Linguetj, . de to a garan t ',:;
automatlcamente, is funcstos que h:1:i• • , < 0 de los azotes ma, , ;,~
. 1a cahhca de un . d e rno )) (Anoles, I, p a - , . , :. d 1 re finam tento mo · . " ," '~
. provoca 0 e ' : . , , : : . 1
g inas 101-102.): - "de Ia revoluci6n sobze~~1 nsecuenuas ": ".
Tales son as c~edad)J . (XIII, SOL) "Nunc", e~ m~;:
venida en la soc. - t estuvo Europa, mas;~, pendad aparen e, . '.'
di.o de su pros ~-on tanto mas ternb1e cua~7'icerea de un a total subveJ: 'Sl I. , , ',:'
: ' ! ' , _to que la producira la desesperacion ... Hcmos llegado,
} j ; , per el camino recto, al mismo punto en que se encon-
W ' :' traba Italia cuando la guerra de los esclavos la em-
~i;ap6 en sangre y extendi6 las matanzas y los incendios
\1r ;has ta los misrnos _umbrales - de la capital, senora del
~llLi;~undo," (Analis, I, p. 345.) Las sublevaciones han es-
i.Jtallado ya en Italia, en Bohemia, en Francia, Acaso
H : n o tardemos rnucho en vel' como un nuevo Espartaco
rjsuelve a predicar la guerra de lo s m od erno s e sclavo s,
[ i i i ' N o pare e e la VOl de un socialista conternporaneo que
';-;profetiza la revoluci6n social? ;,."
:.:._'Otro e spiritu que 'peel d e muy rnor l e rado , Necker , '
' · ; descr ibe la situacion economica de su tiempo, en tones
no ,menos sombrios. (Vcase Acerca de la leqislacion. )'
,iIdcomerciode los qronos, prim e ra parte , e ap_ XXV,)
'~D e fine N eck e r la palabra pu-eblo como sigue: "En ten-
::'dert~ el sentido de esta palabra como expresiva de aque-
iii1a"parte de la nacion que naee sin prcpiedad, de pa-
i . i dr es que se encuentran aproximadarnente e n igual caso,
: ! [ : £ : ' q u e pOl' no haber recibido de ellos educaci6n alguna,
- { E o o _ pos e en m a s que su s f acultades naturales." E! pue -
; ; " ' b l o , as! definido, esta condenado a la rniseria a causa
' " : : \ 1 :_itpoder que tienen 10~ prapietarios de entregar, a. "b io d e un trabajo que les es grato, u n salario 1 0
':;;-:,.~;-". " :- ,
TJinas bajo posible., Este poder de que' disponen los
r:1~pietarios se funda en 1 0 reducido de su numero,
~: : romparado can el de los hombres sin propiedad ; en la
~ ' ) i . b . nconcurencia de estos ultimos y, sobre tcdo, en la~"" - ; - . ' , - .-
i i ' .a61guaJdadad prodigiosa existente entre lo s h omb re s
~ ~ .eve lld cn su trab ajo para vivir y los que 10 compran
~#ra--aumentar sus Iujos y sus comodidades; unos se
102
£lllLl! DURKHEJ\[ EL SOCIALISMO 103
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v en empupdos par la s e l l eunstanClas, 10::0ot ros , libres
de trabas , "unos hell an siempre las ley cs, los otros se
ver. in obhgados a aC lp tai1as ) cumphrhs" Esta 51 -
tuaclO,l ha prcdo!111l1ado, cs cierto, en tachs las epo-
cas) pero hay dos Clrcunstanclas que inf luy en en que
empcore constantemente 'Es una de ellas el que las
piopledadcs propcnrlen 1l1~S bien a acumularse que a
dlVldlfse Las pequenas propledades van a dar poco
a poco en rnanos de los ncos, el nurncic de plopleta
1105 disminuy e J estos estan as i en mCJOl es e011(1100ne5
para dictar Icycs .nas Impc110sas a los hombres cuyo
trabajo compran" "La aLra e ll eunstanCla que deb l l " t a
la resistencia de los tlabapdores que luchan e n de-
f ensa d e sus salanos, estnba e n que, a .ncd d a que la
sOClcdad envej ece, se van amon t onando un numerocuanuoso de Iaborce l l l dus l t hiles propias para cl lujo
::, las co mo dld ad es , pue sto que IJ. du l a oon d e estas la-
bores e s supe no r a lo . d e la C ). ls te nC la d e lo s h o rn-
])1 cs, tales :'011 alhajas. c sp eJ Os , e d lflC 1 0S , dlamantes,
\a]llbs )' o t lO~ mUlho~ oLJeLOS, CStL mont on d e nqu c-
za s qu e aumcnta d e dia en db determma un a eoneu-I '
11l,'.l1lU SO l ( 1 3 . Y pCl ! l 1, lf i cnLc con t r a c l n uc va 1 .1 a b a j 0 d e
los obreros y dlflculta e1 lagro de sus pi e tenslOne s
,"
d b1 ' - "
tn estas condlClones, el contrato c tra ajo es un 111S-
trumento d e Iue rza Y compresl0n que nace del lmpe -
no del poderl.o y del Juga a qu e esta sometlda la de-
bilidad " (De la m,portancw de las cree,tCWS rehglo-
sas, p 239) Y tarnbien Necker compara la ~suerte del
obrelo y la del esclavo (p 496 de 10,rmsma obra)
A los des auto res cltados, debe anadlrse Grashn
En su C orl'Ls po nc iC HC 1a c an . la A c ad c,m a Econonnca
de San Petei sburqo (Lo d )res, I779 , se enuncia una
t e ona que no es atra que la del "Fondo de los 5 1 -nos" H 1 a aa} en a socieuad actual, segun Graslm una
rnulntud d e p 1rv i egios que tam an d e la masa del tra-
~a]o mas d e 10 que ponen Son estes, en primer Iugar
os propietarios de trerras, de rent as de gr 'es d 1 ' avarnenes,ecir, os que no aportan a 1a rnasa absolutamente
nada Slguen luego los que ocupan un SILo mterrnedto
entre l,~spllvllegladm y los trabajadorcs y reciben sa-
larios supenores a los que les corresponde.ra 51 el re-
parte de trabajo de fe rutos se efectuase equitatrva-
mente" Pertcneccn a esta categona los duefios de rna-
nufacturas de 0c merc.os, etc, cuyas gananc.as den van
en gran parte de la nqueza acumulada que tienen a
su drsposicron per -d ,0 que 5011 extranas a1 indrviduo° as csas porciones de riqueza que se retiran mjusti-
ficadamentc de j dmasa, ,smmuyen la parte de las
clases laboriosas la dque, c este m o do , que ca in jus ta-
m e nt e r ed u ci da SI, ad em .is d e to do eso, sobrev i ene u
mvento que t nene par etecto reducir la cantidad de
t~abaJ~ nccesano , la s rt ua ci o n d e l t ia b aj ad o r sed. t o da-
v i a mas preca H E 1ia 'n a actual constrtucion d e las
sociedades, af .rma 9:rashn, Ia Humanidad pierde mas
que ~ana can esos descubnmientos qu e simphfrcan 1trabajo " (C errespond encia, pags 57-58) Y M t -qUl eu (Ep' I a on es
isto a de las leyes) mdicaba los peligros so-
c ia l es q t-ue en ranan lo s progresos mdustnales "£stas
maquinas que tienen por obj eto abreviar las ma;Ipu-
laciones, no son siempre utiles SI un producto tiene
un precio ba jo que conv l ~ne por 19ual al cornprador
y a t obrcro que 10 ha elaborado la .maquina que vi-
~ . ' , - : t ' ~ . fi-P"
'·'·-·---------------...:;;.;:«;Z!~:,_ _ _ _ _ _ _ _ _ E _ . L _ S _ O _ C _ I _ A _ L _ J S _ , - : - l f _ O ~ I :. .: .: 0 5 ' \( ::
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EMILE· DURKHElj\{'\
niera a simplificar la manufactura Y a reduci r . por
tanto, el numero de operarios, resultaria perniciosa."
" Este lenguaje, como se ve,es muy diferente del que
'emplearon Morelly, Mably y Rousseau. Esta vez nos
encontramos, no can disertaciones abstractas sabre los
rices y los pobres, sino conquejas positivas que tra- ',
tan francamente de 1a situacion creada al trabajac10r
par la organizacion de aquel tiempo. Sabre este. p:nto
concreto, no se expresan en otra forma los soclahstas.
de nuestros dias. Pero hemos de observer que son
raros los autores de aqueUa epoca que sacandel mun-
do de 1as abstracciones filos6ficas aquel sentimiento
de protesta deseubierto ya en el fondo de los grandes
sistemas eomunistas, para proyectar1o en la .realidad
econ6mica. Pero, aun en' estos casas realmente excep-
cionales, si el autor se aproxima mucho al estado de
espiritu que in spira a1socialismo contemporaneo, se
queda a media camino y no acierta a producir un~ c_o-
.rriente ,continuada. de doctrinas propiamente. socialis-
'··tas. Las conclusiones pd.cticas que estos autores de-
ducen de sus criticas, -son mas bien conservadoras. Ad
.Necker y Linguet insisten en la necesidad de mantenerpor todos los mediosel orden social y se limitan a
,, > proponer algunas medidas que 10 hagan mas tolerable.
No es que no1es seduzca. un comunismo absolutamen-
te igualitario,· pero comprenden que es irrealizable. Y,
una vez descartada esta solucion, no ven otra, que el
, ,mantenimiento del statu quo) con algunas mejoras' de
/._detalle. El socialismo de estes autores es enteramente
negativo. Y eso es muy.dig1}o de ser tenido en cuenta, '
pues constituye una prueba de qt.ie albergaban germe~
nes de socialismo : pero conviene asimismo poner de
:nanifiesto que no 'pudo lograr entonces su plena des-
arrollo. N 0 tardarernos mucho en investigar el motive.
Pero no es el germ en de las ideas socialistas el 1m' ieo<:lue se descubre en las doctrinas sociales del siglo XVIII.
" Existe otro que se encuentra tarnbien en el misrno
. estado rudimentario, Para que sea posible la idea so-
cialista es menester que 1a opinion publica reconozca
, al Estado derechos rnuy arnp lio s : pues los mismos que
opinan que el socialismo, despucs cle instituido, habra
de adoptar una forma mas bien anarquica que autori-
taria , sab en t amb i e n pe r Iectam entc que , cuand o se tra te
de establccerlo, hab r a necesidad, par el contrario, detransforrnar las instituciones juridicus y ciertos dere-
chosde que gozan hoy los individuos, y Como quiera
, :que estos cambios s610 puede efectuarlos el Estado, es
absolutamente necesario que no existan derechos COI1-
..tra este. Sobre tal extreme andan de acuerdo, a ex-
.' cepcion de los f isiocratas, toclos los pensador es del si-
gloXVIII. "E1 poder soberano, eseribe Rousseau, que
no S0 inspira en otra Iinaliclad que el bien coruun no
'tiene otros lirnites que los de la utilidad publica bien
entendida." (Obras, I, p. 585.) Y como, efectivamente,
. en su teoria, todo el orden social es una construccion
: del Estado, puede rnodificarse a voluntad , del Estado.
·E1· contrato por el cual se unen los miembros de la
.•comunidad puede ser sometido a revision por ellos mis-
mos, en .cualquier instante, cabiendo introducir en e ltodasbs modificaciones que se estimen oportunas. En
..esta tcoria de Rousseau sabre el .Estado se apoyan
precisamente los que pretenden demostrar que era so"
., .
loGEMILE, DURKHEIM.·
pl~n que propuso, ~n 10 que concierne··alordeneco~6:".\,-' )
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cialista. Montesquieu no pensaba de otro modo. Para
~l d bien d e l pueblo cs la .lcy suprema. (XXVI, 24·)
L3.5 ideas generales de aquella cpoca no se apollian
a que el Estado modificara las bases de la vida econo-
min para o rg an iz ur h s o ci al l1 1c nt e.
Farece, no obstante, que nadie pcnso entonces, encf ecto, que pudici"an 0 dcbieran emplearsc a tal fin
los amplios derechos que en principia se recoJ1ocian al
Esto.do. Es verdad que, en deterl11inado sentido, los co- .
munistas como Morelly le asignan una funci6n eco-
nomica. Pcro esta f1..111Ci611,n la forma que la conciben,
es periectamente negativa.[!\Jo aspiran a que el Estado
pase a ser centro de Ia vida econ6mica, el eje obrero .
de toda la maquina y que regule su funcionamiento .
para que resultc todo 1 0 productivo y ar111611ieoposible,
como preeonizan los socialistas. La funci6n del Es~add
se limitaria, segun estes sistemas, a velar par que todo
d mundo trabaje Y por que se consuman c·ncomun los'
f rutas del trabajo : a evitar 1a ociosidad y a que se re-
constituy::l.l1 las propiedades privadas. Y aUI1 esta am-
pl iae ion· de f un( i 0 I1C5 cstatalcs s e preceptua unicamente
en las auras 110vc!cscas , cuyo c ara ct cr u to pi co es rcco-
nocido por sus propios autares. Y siemprc que se trata,
no de concebir una aha especulativa y metafisica, sino
de propaner rc fo rm as co nc rc tas apJicables a la socie-
dad se limitan los mas audaees a'recabar algunas dis":
posiciones de cad.eter finallci"ero 0 deterrninadas rno-
dificaeiones al derecho sucesorio que impidan el pro-
greso de l~ desiguald'ad de las, condiciones sociales-
Rousseau tuvo ocasion de' formular un prDyecto de
constituei.6n para C6rcega y otro para Polonia. Y el
mIc~, no aparece influido sin? muy debilmente par · s u · ' , : :teoria general d E t d L" . , • • .. e sao. as mnovaciones que intro- :'.
duce se reducen a muy poea cosa, Por 10 visto rio esti- ..
mab a que sus concepciones generales fu e se n a pl ic ab l es
a csta ~ategoria de funciones sociaies, y aquellos con-
tcmporanca~ suyos que cornpartian en mayor 0 mqnor.·grade, sus Ideas, opinaban 10 mismo. Existe, sin' ern-.
bargo, una excepcion en este orden. Hubo en e1 5i-,
gio XVIII una emp~es;l dedicada al comerciode granos, .
que aI~unos de losescritores de la epoca ·deseaban que
se un.1ese estrechamente al Estado. Necker opinaba
que, S1 el Estado no debia encargarse de, la ernpresa, ...
vema 0 .1 rnenos obligado a vigi la r la y reglamentarIa.
~~sde Iuego, juzgabase necesaria una intervencion po-
Sl~lya POl ' parte del Es t a do . No faltaba quien abogase "par q~e el Estado tomase a su cargola direccion de 1a
empresa y se convirtiera en comerciante. Galiani era""
u~o de los que aS1' opinaban (Di61 ogo sobre 'el com er-
c:ode_ gran~s, Londres, I770), lopropio que Desau-
biers (~ on s1 de ra cio nes de (;? co 1! om ia po litic aso brc e l.
c on~ , er cw de g rano s! ., En este sistema se ccnf iaba . rpues,
al Estado una funcion economica activa, Se trata, por
tant~, en este caso de una ampliation socialista de sus .
Iuncioues : perc es la unica importante que hubiese sidepropuesta. Ella nos prueba, en efecto, que Ia concep-
. c~o~ que se tenia entc:nces del Estado conduciaal so-
.'. cJah~mo, pero vernos que, excepcion hecha de estecaso
, particular no pudo duci l' ..' pro UCIr as consecuencias que
. cabia esperar Iogicamente de ella. . .
Resu~iremos nuestra irnpresionsobre el si~lo XVIII,
-, - ~
"".'10'
Eii,fILE DURKHEIM
EL SOCIALISMO 109
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afirmanrlo, una vez mas , que s610 hemos apreciado,
en el conjunto de sus autores, una asp ira cion a un or-
den social mas justa y una teo ria de los. derechos del
Estado, que, reunidas, contienen, en poteneia, el so-·
cialismo, pero que no produjeron, a la saz6n, mas que
algunas veleidades muy rudimentarias . .N i aun en el.
periodo de la Revoluci6n, nadiedi6 e1 paso decisive. La
.. doctrina de Babeuf , .que es aCaSO Ia mas avanzada del
siglo, no rebasa el mero comunismo.Si en algo se dis-
tingue de los sistemas de Mably y de Morelly, es en
que, lejos de considerarla como una utopia, su autor
intent6 implantarla, incluso por 1a fuerza. Y como para
esta empresa ha116 auxiliares .que conspiraron can (1,
demuestrase que e l s e n t im ie n to d e justicia social no
solamente se mantenia vivo, sino que comenzaba a apli-
carse a los hechos concretes de la vida econornica, pero
sin que surgiera. ninguna renovaciori del sistema ni
1 ninguna nueva orienta.cion en las ideas de la. eooca,
"Obtenidosestos resultados, interesa ahora av~riguar:
1.0 .~De d6nde precede ese doble germen, como se for -
. I ? J - o esta nueva concepcion de la jusl icia y del Estado?;
y 2.~~Que es 1 0 que Ie impidio llegar a las consecuen-
cias-socialistas que virtualmente contenia? ; 0 ': - : . ' . . - , - : :'1• • ~~I' 'I'I .r' , ••.
La prirnera pregunti se contesta f[lCJlnlLI1~t. Sf, evi-
dente que estas ideas no son mas que los principios,
Iundamentales en que se apoyan todas las transforma-
ciones politicas de 1789. Son el remate del doble mo-
vimientoque origino la Revoluci6n: el individualista
. y el estatista. Tuvo el prirnero por efecto que se acep-
tase como evidente que 1a posici6n del individuo en ei
.cuerpo social habia de ser exclusivamente determinad~
?o.r su valia personal, can 10 que se rechazaban por
mjustas las desigualdades tradicionales. 'I'ra io el se-
gundo ~omo consecuencia que las reformas Jjuzgadas
necesarias se consideraban realizables, ya que eI Estado
fue concebido como instrumento natural de su reali-
zacion, Una y otra concepcion se solidarizan en ~1
senti do de que cuanto mas recia es la cOI1~titucion del
Estado y a mas altura se eleva sabre los individuos,
en su totalidad, tanto mas iguales pareccn scr entre
S 1 en relacion con aquel, He ahi, pues, de donde pro-
ceden las dos tendencies que acabamos de s ci ialn r, N n -
cier~n una y o::~ durante la organizacicn politica y con
el fm de modificar esta organizacion. Este es el mo-
tivo por el cual se nos presentan como si hubiesen te-
nido poco contacto can Ia realirlad economica ; y es que
se formaron bajo otras influencias. Por esta misma
razon todas las reformas de caracter econornico ins-
piradas en el siglo XVIII tienen el aspecto de apendices .
de teorias politicas. Son las ideas politicas las que all]
constituyen el centro de gravedad de los sistemas,"
Pero queda la segunda pregunta. ~ Cu[J es la causa
de que, una vez surgidas, no se ·aplican, por natural".
ex tens ion , 'a la vida econ6mica? d Por que no se logro
que, bajo.su influenciajnrnediata, se plantenra enton-
ces Ia cuestion social? lA qu e se debe que, a pcsar de
haber sido .fijados los Iactores esenciales del socialis-
mo, no se constituye esta doctrina hasta dcspucs del
Imperio? ,. .
Alguien ha' alegado que no existia cntonccs uno· de
los fermentos de 1a idea socialism, que la si tuacion . de
lo s obrcros no ofrccia ningt l l1 intcrcs especial y ca-
110m,[JLE DURKHEIM
- ~"
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"
"
r~ \
. ,,- '
\, ,
;dIArgcns~n, en los comienzos del siglo,se habia ex- T,:.r,,:
presado Cl ! forma parecida, "Estoy ahora en Turena "(',: ,
. cs:rib,c en sus .Mernorias, y ~eo en todas partes un~
rmser ia horrible", (los. habitantes) invocan a eada paso ' . ,
a la~~erte y se abstienen de procrear." Yen otro pa-.
:En las manufacturasde Iusiles' de Saint-Etien~
'" nc handejado de trabaj arcuarenta mil obreros. Se los ,','
~~:~>5gila.para,impedir que se vayan a1 extranjero. Los
,~\{~operanos sederos de Lyon tambien son vigilados. I-ray
i ~ ; ' :que acabar can esras cosas." "N uestras principales rna-
'-I_,.nufacturas :raIl declinando." Los rnotinesy lashuelgas
,~;:'erall rnuy trecuentes ya des d e el siglo XVII,', a pesar
,:i;,',delas prohibiciones y las represiones de 1a autoridad. " ' '"
t ~ ; t : C : 'Levasseur, Closes trabcjadoras hasta 1789, 'II, pa-' ,
: : c g m a 3I8.) Lo que rnejor prueba los sufrimiehtos'de 1a '
~f.?dase~trabajadora y el descontento que experimentabal~, '
:lt2cs e l sinnumero de precauciones Y. medida~ que adop-
; J ; } ~taba el Poder contra ella. "Una de las 'cuestiones que
t ( 6 : c ~ s O preoeup6 m a s s e r ia rnente durante e l siglo XVIII
{ t i i ) U C la de Ja di sc ip l ina de las c lases obreras. Los maes-
{; : \~ : :~rose hal.laban suje to s ala ley" Pero por debajo de
~ ( ;~ I 1 o ss c a g it ab a n multitudes de obreros, masa inquieta
~ i:qu c lo s a :~ncesde la industria engro sab an cad a d ia y
f, '1t :c_ tarnbicn eada dia se s eparaban mas < y mas id e la
, ( d . 1 s e patronal. Esta poblaci6n obrera, distribuida entre
~)~ misteriosas asociaciones de carnaradas, cuando de-'
~:~hIdban' la hostilidad a los patronos que Tos molesta-"· 'c
] ; : F ~ ,ra~ temibles por su resistencia pasiva 0 par la '
t}~~rza del. numero, y despertaban el recelo de los go-
\:effi'~tes", De ah i que el Poder apelase a todos lo s
: : : : : : " ~
racterlstico. Se ha dicho tambien que el regimen cor-
pora ti vo, al mantcner estrech,!- l11cnte unidos a obreros
y patronos, tenia aquellos mas j cubierto que hoy de
lo s cmbates de la concurrencia. Perc no todos los tra-
bajadores formaban parte de las corporacicines; los delas manufacturas, por ejemplo, se habianasociado de
otra forma. IY cuan lejos se hallaban las' corporacio-
ne s gremiales del siglo XVIII de 1a_bien~~cbora j nfJ ue .[l - , ' ,'
ci a que c:ll'actcriz61>lsdcl.me.dio~j~Q_ lL a l inea divisoria
'entre patronos y ohreros era muy marcada. "Se ha .
hablado, exc1ama Levasseur, de la fraternidad'reinan-
te en las asociaciones pro.fesionales; ya hem os vista"
al penetrar en su interior, 10 que cabe pensar de ello."
(Las closes obrcras haste I789, I, p. 77·) Del misrnomodo que el burgues menospreciaba a1 artesano, este
dcsclenaba al obrero, el eua] trataba mal al aprendiz.
Desde hacia tiernpo iba ahondandose el abisrno que se-
paraba a ambas clases. L~verdad cS que los trabaja-
dar e s sc oncontraban tan po co pro tcg id o s en las cor-
po racio ncs . que sc ib an re t irand o d e e l la s paulatina- '
mente para Iorrnar otras agrupac iones , en la s qu e h a-
l la ron apoyo cont ra los maes t r o s . Laorganizaci6n d e
las asociaciones de esta clase data del siglo XVII. "Lasordenanzas polichcas no lograron destruirlas" Por ' e1 .
contrario, fueron aumentando en numero Y se r obe s -
tecieron a rnedida que se ahondaban las diferencias 'en-'
tre e l obrero y el maest"ro.'" (Levasseur, Closes trabo-
jadoras [uisit: I789; II, p. 218.) Bastara recnrdar como
describian Necker, Linguet y Graslin la situaci6n del
jornalero, para que nos demos cuenta de que no era'
m cjo r que la d e l o brcro 'd e ll t1e s tro s ,e l ias . E I marques
112 E;\flJ.L-: DU1U{HfllM
EL SOCJAUSMO
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~ _ I .
medios para li gar cl obrero a su trabajo y a su taller,"
(Levasseur, Ibui., II, p, 36z, Cf.409·)
Estes hechos son elocucntes. Son una: demostracion .
1n{\S de que la cuesti6n obrera es un elemento seCU!1-
dario del socialismo, ya que a la. saz6n era la situacionde los obreros muy analoga a la de ahora y, .sin em- .
hargo, no existia el socialismo. Ya veremos luego como
se forman los gran des sistemas socialistas en los albores> .
del siglo XIX, a pesar de que e n plena Revolucion no
,.. existieran mas que en germen. Es imposible, no obs-
(an te , que Ia co nd ic io n .d e las c las e s pro le tarias h ub ie s e
cxtraordinariamente empeorado en tan breve lapse ~
. H . e .w . p .B . Perc la conc lu s i on que se desprende de Jo que
precede no es puramente negativa. Si se relacionan losdos fen6menos siguientes : primero, que los factores del
socialismo que se descubren en el siglo XVIII son 10 s
determinantes de los acontecimientos revolucionarios,
y segundo, que el socia1ismo surge inmecliatamente des-
rues de laRevoluci6n; si se relaciorian ambos hechos,
repito, hay motives para creer que 1 0 que faItaba aI
s ig lo XVIII para que pud ie ra o rig inars e ' e I s o cia li sm o
propiamente dicho, no era precisamerite que la Revo-
lucien fuera, a1 fin, un hecho co;'sumado; sino queerane ce s ario , para que aquellos factores pud ieran produ-
cir sus naturales consecuencias sociales 0 socialistas,
que previarnente produjeran sus consecuencias politicas,
En otros •terminos, ~ fueron tal vel- las transformacio-
nes politicas de la. epoca revolucionaria las que oca-
.' sionaron 1a extension al ordeneconornico de las ideas'
y tendencias " d e que eran resultado? ~No fueron, acaso,
los ..cambios introducidos a 1a sazon en la organizacion
J
de la sociedad y que, una vez establecidos, exigieron
otros que en cierto modo derivaban de las misrnas c ; . 111-
sas que habian engendrac!o a aqucllos ? ~ No habra cl
s~c~alismo, desde este doble punto de vista, surgido
directamente de la Revolucion? Adviertase que esta
h.ip.6tesis coincide con la que hernos sentado al prin-
cipio ; la co nfirm ara as im is mo 10 que va a sC{J l l i r . Claro
est£ que el socialisrno no se justifiea por eso, Pero
es incontrovertible que su ascendencia historica esta
ahi precisamente,
, ,
." .
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C\Pi'l'VLO IV
, SISMONDI
LeCCI6N QUINTA,
, Ya' hemos vista queTas dcctrinas sociales del si-
g lO XVI II nosobrepujaron al cornunismo.Xl'odas .ellas ,
"pl'escntan lo s caracteres distintivos de este, su utopis-::,:
~mOconsciente y declarado, su caracter Iiterario y sen-: "
,:tvnental y,sobre todo, la tendencia fundamental a' po-'
':'m~rfuera y 10 mas lejosposiblc de In.vida publica'cuan- . '
'ta,cancieme a los intercses economi~os, C~nviene ob~,
';s(rv~r, para que se precis en bien estas. ~ocio~es esen-
: ' :cialcs; que no definimos' el comunismo par 10 que tiene'
....d?igualitario, aunque 10 es indefect ib lernente . Es cierto
. qJ,.lC ntcd as sus Iormas h a s us te nt ad o s i empre que cl
;p foducto del trabajo detodos debe ser distribuido por .
' ;~ ' idUalentre todos los ciudadanos, y parecernuy dificil,~,p " . '. '
sino imposible; que pueda compaginarsecon otra clase .'
~:·dC·'rcgimen.Pues, desde el momentoque. se sierita el'
~,;'pri?cipiode. que Ia 'p~apiedad s 6 1 0 ' tie~e 'razonde ser '.
: , ~ ; ( " j l1amedida exacta que esjndispensable at sustento, ,
;~;'1ue mas aHa. de este .limitese convierte moral y so-: .'
. ( . d a lmen te en peligrosa, 'e s natural que , par Set indis-
- !. p en sa b1 e a cada iudi~i?uo,sela' distribuya en partes "
," '~iempre iguales entre todos. Pero esta distribucion 1 9 u a - .
. n6 E MIL E D UR KH EU ,,[1 ' , ' 1 . SOCIAL/SMO
1 t 7
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litaria no es mas que una consecuencia del principio
que sostiene que la funci6n social de 1a riqueza debe
.reducirse al minimum 0 a nada,' de ser posible; pero
esta ccnsecuencia es tan secundaria y contingente, que
. pue de conciliarse perfectamente con e1 principia OpUCS- .
to. Si, en' efecto, partimos de 1a idea contraria, que es
la del socialismo, ° sea que la s f unciones economicas
son las Iunciones sociales por excelencia, l l egaremos a .
la conclusion de que han de organizarse socialmente,
de modo que resulten 10 mas arrnonicas y productivas
que sea posible; pero sin que quede c s t ab l e c i do , por ello,
de que manera hayan de repartirse las riquezas elabo-
radas de es ta forma. Si, por el motive que sea, se
op i na que el procedirniento mas practice para alcanzaraquel resultado, estriba en que e1 reparto se ef ectue
por partes iguales, se podra reclamar, con los cornunis-
tas, 1a igualdad en e1 ,reparto, sin aceptar, empero, su
principio fundamental n i abandonar tampa co el que
sirve de base a1 socialismo, Es, por ejernplo, la tesis
que sostendra Luis Blanc . No hay que dejarse engafiar .
par las apariencias, par importante que sea e 1 papel
que desernpefien en las concepciones socialcs. Cuarde-
monos mucho de definir el comunisrno par un caracter
que, desdeIuego, presenta en general, pero que no es
esencial ni espedfico, y sostengamos a t odo trance la
distincion que hemos sefialado clararnente entre ambas
.c1octrinas.Lo que mejor caracteriza el cornunisrno es
:;~:"~l lugar e};..~cntrico que asigna a las funciones econo-
micas' en ,Ii sociedad, en. eontraste can el socialismo,
que les sefiala 1a situacion mas ccntrica y preerninente.
La que caracteriza a la sociedad sofiada por los cornu-
nistas ,es, el aseetismo, mientras Ue10 s sOclahstas e s esenci I . q la q ue p ro ye cta n
caractedstictls o pu e s t a " "?" dlndustrial. Es tas so n lasas y 1"1;[S e st a c a 1
tener en cuenta p . . . < _ , ( as que hay que. ara eVltar cual , •
das las demas son Sec d' qUI~ r confusion; to-'f' un arras v no benen 1 dpeel leo, • nada e es-
Pero si I d .,. I a octnna social d el si I - J
DIsmQ asi definid ' go X\ III cs el cornu-
dO, no se Olvlde que ] .oe aquclla epoc 1 ' en as doctrinas
r a rernos descublert d .germenes de social' U 0 os lmportantcs
. ausrno. no el f'. t es ta con tra las I . ,s e n Imlcnto cle pro -
, C cSlgualclacl~ s c' r ,
po r Ia tradicion' e l t _ ,CO n0 ll 11 Ca s e ll tr o!l ;z ~ ld :\ s, a 10, una conce ' , I 1 r:'
r ecoI ioce a este lo s d . I ,PClOn ue ~stado queerec lOS mas a r .
o rd en e co n6m ie o e 1 ' '< mp 105. AphC<1clo alI ' pnmel'o de estos f t
\' a parecer, o rig inar I ac ores d e b e d a. un (e s e a de m d i f' '
111lentras que e l s c 1 . 0 I r ear e 1 r~f.;·imcllegun 0 e n l<Tual t "
cionaria el rnedi 1" ~ ranee, nos prOD{lr-. 10 , e l l ls trum en to -zar ta les d'f' neeesario l)ara reali-. rno !l cac io '1cs Y " ,t h - , ,no o b s tan te .
o TO an producido s e rnr-i _ ', 11 1 un o niraiz d e l' " .e m eiantcs resu l tado s , Sur ,
a orgamzaCJon I't' . rgidas a, po 1 ICa estas'd _ .Ion a aquella cs', .' 1 cas se aplxca-
Ier,1, StlScltanclo 11s j .• ,
que S011 o b ra d e I R ', , c: n , ll 1S fo r l l 1ac iO l l csa ....vOlUClOn p' ' .
. ~A qu e se debio esto > P ,010 Sin 11'mas lej as.
. ' ues a q'lC est. .. ser Ident icas se conf d L. as l e ndenc i a s , por
R'· , - un en con 1 .' .evolucion, Y creern 1 ,. as que ongmaron IJ
, ", . as e g lt lm o SUlmpld lO que produJ'es' . poner que 10 C lue. . en lI1mccha tament I . •e ras cco n6m icas qu _ , e as ' c ons e cuen_
, e entranaDaJ1 e spreYlamente desarroll'. 1 -, que era preciso qu e
, o lsen as Conse' .que aSlmismoimpJica 'o L CUCl1Cl a s polilicasdi . . an. 0 que 1 f 1 'iesen ongen a esas d tri . . es a to para que'
Iue, sin duda, qu e la o~ 111l:1S ! : rop lamente socialishs,, ' eYO ll1C l011 cs to t vi,
, esc cornpleta-
EMIL1~ DURKHEIM '
mente rea1izada, Nos vcmos asi conducic1os a tener po:110, considerado en sus relcciones ~~n el comercio , y
, que, .alcanzo la tercera edici6n en 1822, "combatio 1a ~
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muy probable que 10 que origin6 la, a?licaci?n exten-,
siva de ambas ideas a 1 6 . csfcra CC0 l10 m lCa Iue el nuev~
estado de casas creado por 1 3 0 Revolucion, ~ amoS pl'e-
cisament~ a' encararnos ahara can un f enamenoque ,'\' t hi 'tes' s y ' cs el heche de
, co n il l-m ara plenam en te e s a lp a1, , .
que '''d sac:ialisma surgiera inmediatamente de:?ues d,e
terminada 1a obra revolucionaria, Su fqrmaclQn defi-
nitiva tUYO lugar a1 final del Imperio IY sobre todoen ';
la epa co. de 10.Rcstauraci6n, , ,-
La doctrina de Smith a-caba de ser lmportada en
. Franci; por Juan Bautista Say, cuyo Tratado d:, £ C O - ' .
Homia poHt ica, que no era sino una ~eproduCClan d,e
las teorias del maestro, a1canz6 un rapido yextraordl-
. "to Expl'lcada por Sav esta daClrina en el Ate-narro eXI , J '
neo, primero, y en la c5.tedra oficial del Conservatono ,
de Artes y Oficios, despuCsl gan6 muy prol~to n~nie-
r050S a.deptos. Pero apenas formulada en F r().nCla la ,
doctrina smithiana, otra opuesta a ella, 0 que se 1 , 0 . ,
creyo tal, se afianz6 con nO menos gallardia; Esta S,I-
!11\lltancidad no cs para e.xtran3.r a nadic, Veremos mas
adclantc comojcl economismo y el socialis1110 procedcn,
en realidad de un mismo origen, Son produdos de un
misrno estado social i;lterpretado de distinto m~do, pero
id tid d se manifiesta a traves de las mterpre-cuya 1 en 1 a '--, - ,taciones dispares, d e una Y o tra escuela,:<Estos' dos her- ,
manos enemigos tienen, pues, e\ mismo origen, y ~ay
entre eUo s,' c om o es natural, mas puntos d~ c?ntacto de
10 que generalmente se cree, ' .' .
El libro de Juan Bautista Say data de 1803, Ya,. al
_ ' icnte Fcricr en una obra titulada D el C ob ter-ano SlgUl "' ,
nueva escuela, oponiendo a las ideas de Smith las tra- '
,dicionales de Colbert, reproducidas par Necker. Tam-.
, bien, 'par aquel .entonces, Ganilhadopt6 Ia rnisma po-
:si~i6n en su T'eoria de la Economic politica.. En. 1815,
, Aubert de Vitry, en su Inuestiqocion. de lasuerdaderas:~caustis de fa miseria y la f el ic id ad } z't bl ic as , combatio
e~optimisrno con que Smith ysus proselitos describian
, los efectos de un industrialismo sin norrnas ni f reno.
:""£s par lo menos dudoso, escribe (p. 30), pese a las pr~-
"tensiones de los actuales econornistas, que nuestro lujo,
',;que· segun sus maximas ha de hacer vivir a los hom-
:'bres de las pasiones de los ricosy aumentar en elex-
. terior la pujanza de las naciones, mediante laacumu-.
. l a ci o n de riquezas .en el interior, haya hecho otra cosa:,que poner .a los que carecen de oro a merced de los,
'que 10 poseen, corromper a aquellos inspirandoles COD-
-cupiscencias que n o pueden satisfacer, embrutecerlos
,~~on trabajos estupidos, embriagar a los otroscon el
' :a bu se d e p la ce re s y desarrollar e l ge rm en d el d e s o rd en
-e n las soc i e dade s , fomentando las pasiones viles y des- .
enfrenadas." Perc es en la obra de Sismondi donde
.culmina el nuevo espiritu que s e iba infiltrando en la s \ -'
'sociedades de aquel tiempo.~", Simon de Sismondi Iue, al principia, discipulo de -
.?A~i~ Smith, y su Riqueea comercial, publicada en 1803, .:
,~;:,oincide de Ileno can las ideas que inspiraronJa Ri-: .
; :~ : ~we ead e l as na ci on e s/ ~Pe ro , poco a poco, s e g u n e r mis- ':} ~ r n o confiesa, "arrastrado por los hechos y las observa-
:~':ciones", va dando de lade, uno tras otro, los principios
[~O EMItE'DURKl-lEIMEL SOCl/JUSMQ
!21
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de la escuela dominante, y, a partir de 1819, da a luz,'
primero, sus Nuevas principios de ~conom{a political,
'y, Iuego, D e . la riqHeza en: sus relaoon,es ca n la pabla-
ci6n, en las que se cnuncia una doctrina cntcrarncnte ,
nueva. .Vamos a exponerla, pero no segun las dos obras.citadas, sino de acuerdo con otra mas reciente, Estu-:
dies sabre Economic political en 1a que las ideas son
las rnismas y cuyos capitulos SOn unos articulos que se
pub1icaron en 1821.
£1 actual regimen economico nos brinda un espec-
taculo realmente magnifico. En ningiin otro periodo se
ha elevado a un nivel semejante b actividad produc-
tara del hombre. Las construccicnes "se multiplican, )'
cambia por completo'la faz de 1a tierra; los alrnacenesestan repletos, y se adrniran en los talleres las fuerzas
que el hombre ha arrancado \al viento, a1 agua, al fuego,
para que colaboren en su trabajo ... Todos, los pueblos,
todas las naciones estan abarrotadas de riqueza, todas
desean enviar a las dernas las mercancias que poseen
en abundancia, y los recientes descubrimientos de la ,
ciencia perrniten transportarlas can una rapidez des-
concertante. Es el triunfo de la crernatistica" (Iritro-
duccion, 9). l p.:ero corresponden, verdaderarnente, ,esosi nd ic io s de prosperidad aparente a una prosperidad
real? ~Ha ida en aurnento el bienestarcolectivo, la :
suma total de comodidades, a rnedida que los pueblos
acumulaban deeste modo las riquezas? "Mas versados
en historia que los economistas, )', de consiguiente, ~n
rnejores condiciones para establecer una comparaci6n
entre lostiempos presentes y los pasados, hemos pro-
curado averiguar quienes eran los que recogian los fru-
. . . . . _ . . . .
tos de toclas csas maravillas d e arte que Sc e lab o ran a
presencia nuestra, de e s t a c1eslu1l1brante activ id ad que
multiplica a un tiempo las fuerzas humanas, los cani-
tales, los medias de transportc y las COl11ul)ic\cia,~Csentre todo el universa, el l : esta rivalidnd que nos ]kva
a suplantarnos los unos a los otros. Hemos, pues, in-
vestigado, y, al mismo tiempo que homos reconocido
el triunf 0 de las cosas, 110S ha p;lrecido que el hombre
queriaba malparado como nuncn." (II, ISO.) En e f ecto,
i quienes SOn los dichosos en cste nuevo regimen ? No
son prccisamentc los trakjaclores. Sismondi pllt;\, con
~o,lo.res. SO~1brios, .la. situacion de los cbreros ell d P Z l l S
clasico del mdustnahsl11o, en Inglaterra, dondc, par COI1-
siguiente, cabe estudiar mejor sus efectos. Tampoco
son los mas afartunadas los directores de e rnpre sn , los'
maesti·os. Su numero es relativamente muy' escaso, y
disminuye de dia en db a causa de la creciente con-
centraci6n de la industria y el comercio, Ademfts de
esto, contribuye a su situacion poco brill ante la terni-
ble posibilid,ad de nuevas inventos 0 de Concurrencias
i~previstas que los arruinen, y el t e r no r a la quiebra,
siempre acechando en el horizonte, max:ime en las in-
dustrias de precaz desarrollo. Todo eso los rnanticne
en estado de perpetua angustia y les impicle gozar de
una fortuna sin estabilidad. Alguien arguye que no So n
los prodllctores, sino los consumidores, los que se be-
ne tician de esta superac:tividad industrial. Pera, para
qu: tal beneficia fuera digno de ser tenido en cuentn,
sena menester que se extenc1iesc a la gran '[]l;lS;\ de [011-
sL1miciares, por cansiguiente a las clases inferiorcs. Pew
'la sociedad se hall a organizada de tal forma, exclarnn
EMILE DURKHEHl , " ' : " \
'.,.~ .
'serva. Para que su subsistencia cste mejor gurantizada,
, D .O es'perara el pan de, eada dia del trabajo cotidiano,
sino que mas bien procurara .•po seer una cantidad de
Sisillondi, que cl 'trabaj 0 no proporciona a las clases
iuicriores mas que 10 indispensable para el sustentO.
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tri~o .reservada de anternano para un ana, par ejernplo.
Asimisrno, adernas de los vestidos que ya lleva pues~
tos, se had. otros, que no usara en seguida, sino que
~osguardara en prevision de alguna contingencia. Perc,
indudablemente, ocurrira que este hombre, una vez que
haya constituido su fondo deconsumoy el de reserva., " ,
~o Ira mas adelante, aun, cuando tenga l a p o si bi li da d
ue aumentar su riqueza c~nsumible. Prcferira des can"
sur y no producir frutos que no han de aprovecharle,
La sociedad, en su conjunto, es igual que este hom~
bre : tiene su fondo de consume;' que se compone ,de
todo ;1 0 que sus miembros han adquirido para' su COi l "
sumo inmediato, y su fondo de reserva para poder sub-
vcnir a cualquier contingencia. Y' una vcz que ambos
fondos e s ta n s u fi ci e nt e rn e nt e provistos, todo 1 0 dernas
que se produce es inutil y carece de valor. Las rique-
zas acumuladas dejan de tcncr valor en 1a medida que
cxccd cn d e las nece s id ad e s d e l consume . Lo s pro d uc-
tos del trabajo solo pueden enriquecer al obrero cuan-
"do cncuentra un consumidor que los' compre, Es d
comprador quien avalora la rnercancia : si falta este,
· SU valor esnulo. '
~" Ningun econci~l1ista niega esta evidencia. Pero ' en
opini6~. de. Say, Ricardo v sus' discipulos, ocur~e: que'
·cl .equilibrio entre el con sumo y 1 1 1 'producci6n se: es-
· ~iblec~ par 5 1 mismo y de un modo necesario, ya que es
·I lnposl~le que aumente 1a producci6n sin que e1 con-
51:1010slga el mismo rumbo. Aun cuando los productos
(II, l54-15.) Y ante tales ,condiciones sociale.s, no es '!
posible que rcciban 111;).Sque antes, a pesar de que se-
les exige un trabajo mucho mas intense, malsano y
deslllorallzador. Se desprcnde de ello que se produce
un incremento de estrechcz y miseria en el momento
misrno en que existe plctora de riquezas y en que, con
arrcclo a las ideas dOlninantes, debe haber exeeso deb "
abundancia.Estc rcsultado parc~ce parad6jico., Sismondi intenta, ,
cmpero, demostrar q~e cs inevitable' Y que se de~iva
[1ccesariamcnte de las nuevas condiciones de orgal1lza-
cion economica. Su demostracion sc apo)'a en las dos
proposi.ciones que siguen:' I.n £1 bienestar colectivo re-
qu i ere que se contrabalancecn con exactitud Ia produc-cion y cl conSumo, )' 2. " , C t nue vo re gim en industrial
sc oponc a que la balanza se i livele. '
1 . , . ; 1 primcra propo s i c i on sc explica f ac i .J 111 cn t c. 1 111a -
gine;nos un h om bre aisbclo que pro d uce po r s i mismo
1 0 que 'c on sum e. ~ P ro du cir[t 111:tS 'd e 1 0 que cs capaz" ? S' '1 en
lie con sumi r y aCl l tnubra nqucza. I, pero so 0 '
clerto modo. Se proveer5., ante todo , de productos que.
se d is ipan inm e dia tam cn tc por e l usa, tales como sus
alimcntos, lue go d e aqtlellos que cmp1ea r [ t mas t i empoconsu\11icndolos, por ej cmpIo, los vesti.dos, y, finalmen-
tc, de aqucllos otros que , siendo asimismc dC'utilioad
inmediata, duradn n13.Squeel, como la vivicnda.· Todo.
eso , que f ormara su masa de consumo inmediato,. es 10
cue procurara ob t cnc r antes qu e nada. Junto a estaI· dllIasa, ir{ tco n s tl tuycnd o , s i l e e s po s ib le , otra e re -
124 rnu t: DURJ<PI;I1[----- rt SOC! Jl 1"1[0
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se multiplicasen mdefirndamente, siempr e se les en-
t ' salida)' colocauon En ef er t o, du.en, supon-on ran a ,
gamos cien labradores que produccn 11111 S '1COSde t ngo ,
cien fabrrcantes laneros que producer, mil varas de
tela y para simphfrcar los terrmnos del problema, ..,a-
mo; 0. 'conslderar que cambian entre 51 los productos del
trabajo respectrvo Pero, entre tanto, sobrevienen m~
ventos que elevan en una decima parte la capacidad
productora de unos j otros Aquellos lTI1SlU05 mdrviduos
1 kilos por '1 ' Clef' sacosambiaran cntonces rm cien d 0
Y cada uno de ellos cornera y vestrr.i '11CJor Otro avan-
ce industi ial llcvara los obj e tos de camb.o '1 mil Jos-
- C1Cl1tOS kilos y 1"111 doscn.ntos S,llOS,) asi sucesiv amen-
te £1 aumento de productos '10 hara nunca sino acre-
centar el bienestar de los que producen Pero esto, e-c-
clama Sisrnondi, es atribuir a las nccesidades humnnas
una elasticidad de que careccn La verdad es que el te-
jedor no ucne m.is apcuto por cl heche de que Inbrique
t dad de tela v SI para su consume le bastallayor can 1 c .J ,
can qumientos 0 mil sacos de tngo, no adquirir.i ma-
yor cantidad de ellos por la crrcunstancia de que tenga
otra mercanda que of recer en cambro La necesidad de
trajes es menos ngurosamente defrn.da £1 cultivador,en situacion mas desahogada, comprara a 10 Sumo dos
o tres traj es en ve7 de uno Pero tarnbicn pa r este lado
top amos con un Iirrnte, J a que no exrste qU1en aurnen-
te mdefirudamente sus reservas de ir-duroentana por-
que sus rentas sean rnayores ~Que ocurnra,.pues? Qu~
en lugar de encargar mayo r mirnei o de traj es, tornar.i
otros mas fmos Y can esta decis on, mfluira en ;ue
d i s rmnuy a e1 nlgoclO de los Iabi rcan t es de telas b' l rc '1Q
!
Y se cre an otras ind us trias d e tc j id o s de lu j 0 Asrm s -
mo, e 1 fabncanle de paiios, en vez de una mayor C2n
bdad dL tflgO, que no ha de servirle para n' ld, l fl-
dira otro de mejor cahdad 0 sllbshttl1ra el pan por
earns \TO had. pues que los 1abrado~es ''1tenslflquln
sus cultr-, os, 51110 que pedir.i que lo s deSpldl'l } que
se sub s t1 tuya una parte de ellos par gan,cleros y lo s
"rigales par pastes Es false, pue s , que el exceso C:e
prOdUCClOl1 que d e COmpCl1S'1CO y que cl e'\.ccc1cntc <;L
compen<;c, ; ll 'l11cnb.ndo cn igual gl ado el consumr, co-
rresponci lente M as all .r d e cier to l im ite , de I< '11d e <;( l >
virse mULuamcntc de salida Antes allontrano, lllndLIl
" a repelerse unos a otros para ceder el sitio a otros pro-
ductos nuevas J de calidad meJor, Cl lya apanClOn sus
citan Estes no se agregan a los antlguos, sino que 10<;
reer'1plazan El agrrcu l to r que produce mas que ; lntes,
no utihza, a cambro de tal e'..cedcnie, el sobrante de
pafio que pue d an fabncar 0 .1 I1l1SmO bCl11po la s rnan. ,
facturas e n fu nC lO na mle nto , sino que deja de uti':
zarlo Podra tal vez impuls-ir a los fabncantes, pOI e l
ascendlcnte que ejerza sabre ellos y la perspectn (l de la
compensaClon que Ies bnnda, a transform1r su rnaquinan , y elaborar otros productos de m2S valor y
precio, y de esta guisa y a la largo. re5tablecer el cqi»-
l rbrro Pero esta t ra '1 sfo rm aC lO n m d us tn al PO se efectua
IPSO facto> consbtuye una cn S1S m as ° menos gray e
puesto que lmpllca perdidas, J:1t'evos d lspend JO s ) urri
sene de aJustes y acoplamlentos labonosos Supone
e n ef e r to, Ia llluhhzaclOn Y p cr <h d <L total de 10<; pi 0
clUC10S d e c:Aceso, la anulauon de l caprtnl w1pkado en
la p
1
oducc1
on de 2qucllos la cont l , taclOn de 'lUC\OS
EMILE DURKI1EIM T,L SOCIALISl,fO i-.
opcrar io s 0 la ad aptacio n d e lo s ', an t iguo s , {o n la co n-
siguicnte baja en la nueva producci6n, y las perdidasla de 1 0 necesario. Claro que este Hmitc no es abso-
luto ; pucde ser arnpliado, si elLienestar general au-
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i n h e r en t e s a t o d a nueva o ri en ta ci 6n i nd us tri al . Henes
aqui, rnuy Iejos de Ia famosa nrrnonia absoluta, que,
segun la escuela inglesa, se estableceautomaticamente
entre 1a producci6n y el consumo. Pero eso 'n o es todo.
SegUn este sistema, c1 equilibrio solo puede restable- "
cerse reemplazando las' industrias viejas por otras de ...
Iu jo . P e ro e sta sub st i tu cio n tiene su limite, pues 1a ne-.:
cesiclad de objetos de lujo no es ilirnitada. El1ujci es
para la vida de ocio, y el o e i o del promedio de los hOI11 -
bres es relativamente escaso. Los trajes e1egantes se
los pone la gentc cuando no trabaja, Y el numero de
hombres que no trabaja es reducido, y pecos y breves
son los rates que e1 hombre trabajador puede co1153.-
grar al descanso y a las distracciones, Y 10 que ?e afir-
1113.rCSDccto a los vestidos, puede aplicarse a todas la s
casas superf luas. Las necesidades 'de la vida marcan
tam b icn en cs te senti do una linea divisoriaquc' no
puedc trazarse (on toda exactitud, perc que acaba siern-.
pre pe r scr a lcanzad a.
E s in cx ac to , pues, que la produccion pueda progre-
sal' indefinidamcntc sin que deje de pcrrnanccer en,'
equilibria can el consumo, ya que este no rcbasara nun-
ca cl nivel. que Ie sciiala cad a tipo de ci vilizacion. .La 'I
cantidad de objetos necesarios a 1a vida tiene limites .
muy estrcchos paradeterrninados articulos, limites que
el industrial no pcdra rebasar impunemente, Una vez
1 0 haya alcanzado, tendera a mejorqr la calidad·; pero
cstc mismo pcrfeccionamiento reconoce tambien lirni-
tcs. La ne ce s id ad d e 1 0 superfluo tiene sus limites, como
menta, El trabajador tendd, entonces rnasratos de ocio
• y dedicara algunos a. Jo superfluo, Perc' no es la 5U-
perprcduccion la que produce .este resultado, pues -si
el. bienestar viene con, el aumento de las rentas, no'. se acrecientan estas par el solo hecho de que se pro-'
duzca mas. En cada momenta historico existeun. pun-.
to que no puede rebasar la produccion sin que rompa
su equilibrio con el consume, 10 que origin a siernpre
graves perturbaciones. Pucsto que, 0 no habra cornpra-
dol' para e1cxces'o de 1a produccion, cuyo valor sera,',
, de consigulcnte, nulo y constituirauna especiede cc- '
, ' p u t mortuus», que hara disminuir proporcionalmente'
/ las rentas del prcductor, a bien esre, carr' el fin de c o -local' el excedente, 1 0 ofrecera a bajo precio .y;para
efectuarlo can la menor pcrdida posible, se esforz ara"
en rebajar lo s salaries, el interes de los capitales que, '
cmp lea , l os a lqu ile re s q u e paga, e t c . Imaginemosun"caso de superproduccion general, y verernos desarro-,',
l larsc ante nosotros una l ucha general de t cdo s contra'
todos, tan violenta y dolorosa, que de ella no saldrian
· indemnes lo s mismos vencedores.: Pues,· para que: cl :
productor ·pueda Iiquidar sin perdida el excedente 'dc'
suproduccion, vendiendolo desde luego barato, es pre-'
ciso que disminuya la renta de' todos sus colaborado-"
.res; ahora b ie n , e s segun su renta como cada cual'
regu1a sus gastos, 9 sea su consume. Si aquel!a ,baj a..
este disminuye, Es un callej6n sin salida, No esposi-
· -ble elevar artificialmente el n ive l de con sumo de unos
productos sin bajar el deotros. Unospicrclen clientes
- -T_'··~· . '.'. :
1 JM rr .1 J D VR KH JJ JM-tu. SOCIAL/SMO
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- y otros los ganan.·y asi nos debatimos inutilm:nte, en
una situaci6n. insoluble.....~esalta de todo 1 0 expuesto, que, muy lcjos de ser
el equilibrio ~ntre la proclucci6ny el 'conSumo ~n he-cho que sobreviene fatalmente, es, por el con~rano, su-
mamente inestab1e Y extremadamente susc~ptl~le de s~-
Irir perturb~ciones. De ahl Clue Sismondl ahrme que'J "han con-
las nuevas condiciones de la vi a economlca ~
vertido 'este desequilibrio en alga cr6nico# Antan~,
ctlando e l mercado era restringido Y n~ se, extendl<l
mas a ll i d e h i pob lac ion 0 d e los Crlscnos ClfC\.1l1d::tn-
tes, cada productor tenia idea bastante e~acta de las
necesidades que debia satis£acer Y amolC1aba su tra-bajo a las circunstancias. Pero ahor~ que e1 m?r,cado'
careee te6ricamente de limites, ese treno ta~utll no
, es ya po sible, No hay manera exacta de ~precla: exrac-
tamente el volumen de Ja demanda. El mdustnal ') el !
agricultor se encuentran ante un espacio infi,nit0'y 8.S-·
ir n naturalmente a recorrerl0 en todas dlrecClones,~a,' ~.Estas perspectivas sin horizontes despiert,an am ,1clDnes
ilimitadas, Y d e ah i que s e produzca ma~ Y mas, con
" imo de satisfacer los apetitos asi exCitados. Cuan-am ' 'tas veces, Y ~nicamente, para conservar las pOS1ClO?eS
conquistadas, se ve obligado el productor 'a ampl1ar-
las y extenderlas, Porque los competid,ores 1 0 ro~ean
par todas partes y le salen a1 paso, dlspuestos siern-
pre a in~ndar e1 mercado de mercandas y arreb,atarlo
al que 10 ocupe Para hacer frente a esta contmgen-
cia, para e~itar el despojo, hay que extendcrsc a otras
p~sici.ones y combatir activamente. pal'a no ~~r ven-
'cido. y paralelamente sc fucrza 10. produCClon para
cerrar e1 paso a otra superprodueci6n que' pueda pre-
sentarse. Puecle af irmarse, en resumen, que si se ha
perdido de vista el interes social de una producci6n
regularizacla y que este en armenia con las necesida-
des del consume, es porque los intereses privados vi-
ven en cliscordia y se han descncac1enado Con una fu-
ria que no conoce ley ni -f reno. Es la guerra a muerte
que ha estallado entre ellos 1 0 que produce e sa fie brc
esa ac.tividad excesiva, ,que agota a los individuos y ~
Ia s ocie d ad j .y h e aqu i como la pro d ucc io n d e rique -
zas, cuantlo , como h oy, 110 sc suj e ta a no rmas ni sc
contie~e en limites, origina' estrechez y miseria y no
'. - com o d i d ad e s y abundanc i a . Sismondi e s tab le ce la con-
clusion siguiente: IiResulta, de 1 0 que acabamos de ex-
poner, una proposicicn que contra dice las doctrinas
; ad rni t id as : que no e s cicrto que I n l uc ha entre los in-
tereses individuales baste a prornover el mavor de to-
-'d,os' los bienes; ,q~e del m i smo modo que la prospe-
ridad de 1a familia re3uiere que su. jefe se preocupe
de q ~ :os gastos sean proporcionalcs a los ingresos, as i
ta:nblen es necesario, en la direccion de Ia fortuna pu-
~lIca, que 1~ autoridad soberana vigile y 'rep rima los
l~tereses privados para encauzarlos en beneficia del
b ; en general; qu e .dicha autoridad no pi erda nunca de
~: VIsta 1a Iormacion y distribucion de la renta, pues de
ello d:pende que se extiendan a todas las clases las
cornodidades y Ia prosper] dad ; que proteja, sobre todo,
a 1a clase pobre y trabajadora, por scr In que sc en-
cuent ra en in f e rio rir lad -d e condiciones para defender-
se por si misrna y cuyos sufrimientos constituyen la
mayor de las calamidades nacionales." (I, r05.)
Il
130 EM ILE DU RK HEIM
' .. ba Sismondi para atajarLas reformas que precol11za. ~tos e~ detalle. Es-
. 1 rnerecen ser c-,-::pue . , " ' . 'd 1estes rna es, no . a reortranizacion e,
, BL ,SOCIAl,ISMO
. ,rrira.: si , al dar cuerda a~n reloj, en YCZ de dar vuel.
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" J " 'C Impone un 'I:>
t im a Sism onc I que s . atreve a f ormular' ico pero no se
actual orden econom, . la- transfer- ,to parque opma que ,
' programa concre 0, . Y ° esta fir-un I rofunda, com , ,
maci6n ha de ser tota Y pr sta concepcion .rebasa e1dido de que e _ 1memente per sua . di id al se limita a sena ar
d talento III IVl U ,
aka-nee c un , , ctua1 en 1a esperanza" d 1 regimen a ,
los inconvenientes e , r I" , te reconocidos por .. b en por ser Iina men
.d e que, 51 aca as H) convcrgencia -de las,' r ias cultas, a ,
todas las inte 19cnc, 1" 1 0 que es irnposibled llegara a rea izar r
luces de to os, ) L ue precede bastaraPara un solo hombre" (1 , 71. 0 q . de estes au-
te que e 1 lenguaje .a dcmostrar plenamen plearon los del si-
di ti t del que em .
teres cs muy15 111 0
'1" superproduccion por-S' ndi no ataca u 1glo XVIII. ismo ." I parezcan inmora es,
. e 1 S1 mlsmaS e dque las riquezas 1 esuradamentc, cesan e
sino porque, al aumcn t~ ; d desm contra la f inal idad que' s volvicn ase d
scr tales nqucza , ... d ad engen ran. 1 r n vcz de prospcn , ,
lcs cs cs e nciai, ) C. su sccpt ib lcs d e d e s -' . N "que cre a que no so n . r
nuscrrn . ~ cs , . . La condicion que impone,arrollarsc indcfinidamcnte. , . resen a,.
desarrollen utilrnente, es que prog . '0 .,'
para ~ue se idades del consumo. Es n,ecesan ,cornpas de las ncccs . iente el bienestar,
d· de conslgUl ,que la rcnta promc ia y, , t do para que pueda. b l . , h aya aum en a , ..
a bien la po aClOD, ., . Es la demanda la1 . Ide la produccion,
clevarse e nive ner en movimientola of erta y po, '1
que debe provo car . . d esperar .que actue e' SI e n vez· e " .
todo el mecarusrno. ·1 da 1 de la produccion '. d IIse e a e
impulse d e 1a dem~n a' l I parecido a 1 0 que ccu-anticipada, s c h ab nl h ec 10 a go . ', " ,
tas a la r~edecilla indica.d,t para ella, hiciesemos retro-
ceder bniscamente otra cualquiera; la romperiamos y
" se parada todo el mceanismol! (I, 74-75) ' Nose trata,
pues, en esta teoria, como enola comunista, de restrin-
gir la fun cion de la industria, sino sencillamcnte de
hacerla mas utilmente productiva,
EI hecho de que hayamo, repr;ducido estes argu-
mentes no impliea, en modo alguno, que los tenga-".
mos par decisivos e irrccusables, Son, eso 51, esen-
' ciaimente 10gicos y dialectieos', :: La doctrina de S i smon-
.. di se aplica mas a estudiar como han de ocurrir logi-
carnente los hecl1OS, que a 'comprobar Como acontecen
re~lmente, Se lirnita a decir; he aqui 10 que debe acon-. '
tecer, y no he aqui 1 0 que acontece, :,Y no es can: esta
; .clase de a~gumel1tos como se encauza Y ~esuelve un
.probleiha tan complejo, Para resolve rlo, son mas Con-
.. v~nientes 'las abservaciones y las 'comparaciones, que
los razonamientos hipoteticos. Es cierto que las obje-
eiones corrientes Son c l e 1 m i S l 1 1 o calibre, Par otra par-
te, sc reduce a poner de relieve Una de las cansecuen-
cias del regimen econ6mico que se· juzgan mas enojo-
sas,.y contra las cuaJes habria que apclar a reformas
no desprovistas de ineonvenientes, Entre estos incon- t-
venientes, ~ cual es el mas importante? Sobre este pun-
ta discrepan las ~pinioI1es de los autores; unos atri-
buyen n~as importancia a este, atros insisten mas so-
bre aguel otro punta, pero de ninguno de ellos ni de
su canjunto se desprende un criteria· fijoy objetivQ
que ofrezca garantias. E! estado actual -de casas pre- .
scnta todos los peligros de lairreglamentaci6n, pero
,i
';J'
EL SOCIAL/SMO132 EUlLE DURKIIEIM
131
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tambien todas las ventajas de 1 1 . libertad. Y para evi-
tar aquellos, hay que renunciar en parte a estes. lEs
un bien? ~Es un mal? Se contestara de distintas rna-
neras a estas preguntas, mientras el problema se plan-
tee de esta forma, segtm que nos inclinemos al orden,
a la armenia, a la regularidad de funciones, 0 que,
par el contrario, pref iramos a todo cso 1 3 . vida in ten-
sa y los grandes vuelos de 1a actividad\\Dbservemos,
sin embargo, que si bien estas teorias y sus sirnilares
poseen escaso valor cientifico, son altamente sintorna-
ticas. Son una prueba Iehacicntc de que ya en aquc-
1las cpocas se pensaba en transformar el orden ccon6-
rnico. Poco importa, a este efecto, el valor que desde
un punto de VIsta rigurosamente mciodico tcngan las
razones que se a1eguen en apoyo de estas aspiraciones,
Estas son ciertas y uqui e1 hecho que conviene tenet.en cuenta; pues no hubier an llegado a manifestarsc de
no haberse experimentado realrnente los ef eetos dolo-
rosos que tratan de destruir. Cuanto mas se c1eja de
considerar estas doctrines como construccioncs cienti-
ficas, mas obligados nos vcmos a admitir que se iun-
dan en 1a realidad. Nada 10 explica mas claramente que
el caracter de las transformacioncs que en ellas sepr econizan. Par enc i rna de todo destaca el deseo apa-
sionado de establecer un orden industrial mas regu-
lar y estable. Pero t en que sc inspira estc deseo? l Como
se exp1ica que ya en aquellos tiempos hubiese ccrebros
y vcluntades bastanre vigorosos para anular parcial-
mente las aspiraciones opuestas ? Cube creer que el
desorden economico habia anmentado a partir del si-
glo XVIlI, pero no (5, sin embargo, adrnisible que en
el breve per' ado 1I que icm os eSlt ld iad o hub i
tad . ' I UICSC aUl1'cn-o e n propor~lOncs tales que justifiqucn e l t ' -
que se tr d 1 " ono en. a ueen as relvlDdicaciones sociales E1 .
mlento d t id . mOVI-e e s as 1 eas, antes de l~ l'c 1 .:
sesun he . . ,-,'_ vo ucion, era ) a,< > mos POdldo apree1ar, considerable He 0 dcreer, pues que' . m s e
, en esc mtervalo se prod' forden economico a1 ' . UJO, uera del
, gun carnbio que I . ,nible el deseqt1ihbrio y Ia falta de 117~ mpus ll1sostc-f ' c armom<l era' '1ue ese cambio ? Eso es _ ' cel,,!
-. preclSamcnte 10 q'confusamente at' d ue vcrnos
Sraves e estas c1octrinas. Hemos de
uponcr l)ltCS q '1 ." ' I ue so a explican d e SO~ll)'O 1 .cio n C lue las crC:1ra' _. ~ , ,\ ~Ilua-
u. ,v que sc rei .a un aceidente' ieren prmClpah;cntesin '. , a una repel cusion 111:15 0 menos le iana
remontarse a Ia ca 'lSu . . . I d J ' ,c c l111Cla e C ] d'
que es la unic ' . uc cnY<ltall, yt . lati a que podna llustrarnos sobre su llnpor'anCIa re ativa, ' "
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I 'I.,
EM ILE DUR KHEIM
e st o s u lt im o s anOS. Cuand o s e co n te rnp lan d e s d e Iu e ra {
estas corrientes, parece como que serechizan unas a
' r : , · . " ' 1 r : " ' Y i ' M i ; ~ I , ; ! t l f ; ; j ' : ; r f ' ~ [ ~ ; \ i ; l i : ~ ; ; ' i " i ~ ~
car lareflexion a las casas sociales, s i no de..quenues-'." ..., ....
tro estado soda1 es anorrnal, que lao rganizaci6n 'cco~>~ . ' : ' :{ \~" · - : / : ' - : - \ : ; , : ;
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o tras , e inc lu s o que los que en ellas andan rnezclados
se juzgan entre 91 antagonistas. El movimiento religiose
es presentado como una protesta contra las arnbiciones
del positivisrno ; el movimiento socialista, porque pro-pugna una solucion mas 0 rnenos def'inida de los pro-
blemas sociales que nos pr eo cupan, no quiere aceptar
la sociologfa mas que si se pone a su entera disposicion,
y si renuncia, de consiguiente, a ser ella rnisma, es de-
cir, una eiencia independiente; parece, pues, que entre
cstas diferentes tendencias del pensamiento contem-
poraneo, no haya mas que contradiccion y antinornia.
£1 estudio que acabamos de efectuar ha de servirnos
aqui de mucho. El heche de que por dos ,veees en clcurse del siglo esas tendencias se hayan producido y
d csarro llad o s imultancamcntc no pucd c scr d cb id o a
un simple accidente, tanto mas cuanto que se jas vc .:
dcsapareccr juntas desde. I848 a r870 . Demuestra, pues, .
q uc ex is tcn e ntre c llas laze s que no s e pe rcib cn d e
pronto. Y esta,hip6tesis viene reforzada per e.l estado
d e un io n e n que las h em os h allad o en el sistema de
Saint-Simon. Nos vernos as! lieyados a preguntarncs
51 cl heche de que estas tesis aparezcan y sean consi-'der adas como contradictorias obedece sencillamente a la
circunstancia de que cada una de ellas expresa un as-.
pecto d e la realidad social y que, por no tener eoncien-·
cia de este caracter fragrnentario, se oree sola, y, par
tanto, inconciliable can cualquier otra. Y, en efecto,
~que significa el desenvolvimiento de la sociologia i' .
(.De que proviene que sintamos Ia necesidad de apli-
lectiva barnboleante no funciona ya . can la .autoridacl.: ..
d e l mstintc, )'3. que es esto pr ec i s amen t e l aq~ e . s u ~ ,giere Ia reflexion cientifica y su extension a un nuevo·.'
orden de cosas? ~Q ue atestiguan, de otra parte, el mo-
vimiento nee-religiose y elsocialista? Pues .que, si ·Ja .
ciencia es un medio, no es una: fina1idad, y como .13..
finalidad que perseguimos es Iejana, 1a ciencia s610
puede conducirnos a111 lentarnente, laboriosamente, y ..
los espiritus anhelantes y presurosos quieten alcanzarla
i nmed i a t amen t e . Sin esperar a que los hombres de··',
ciencia lleven sus estudios m a s adelante, se intenta dar·
instintivamente can e l re rn ed io , y.nada s e r i a mas na¥, .
tural, sino se erigiera este me t o d a en prccedimiento
unico y si no se exagerase su importancia hasta guitar- .
scla toda a 13.cicncia. Esta tiene, sin embargo, mucho .-T
que aprender de este doble movimiento de los dos di-
f erentes aspectos de nuestro estado actual; los unos
que juzgan las cosas bajo su aspecto moral, los otros
bajo su aspecto econ6mico .. Lo que presta fuerza al
primer movirnicnto, es ese sentimiento que nos lleva,
a creer en una autoridad que contenga .las pas i one s , .
que haga converger los egoismos y los dornine, y quedeberernos a una religion, sin. que Se entrevea clara-
m en te .co mo y can que: puede constituirse. Lo ique da
. fuerza al segundo movirniento, 'es que esta situacion
de desorden y confusion moral tiene consecuencias eco-
nomicas s que las pone de relieve. Pues si bien las.
causas objetivas de los sufrimientos no son mas in-
tensas qucanres, la situacion moral' en que losindi-
: \
., .
,~~;.
. .
···l
: . ' , .
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CONCLUSION
Tal ve z h e rno s p io lo naad o co n c . . . . . .e s o e -tc e s tuo io
del s:unt-s!momsmo Pero cs que, aparte de ser una
de las mas ricas en atlsbos fetundos, esta Co>cnch ofre-
ce, en ciertos aspectos, un lntcrcs vercbdcn.mlnte ac-
tua l Su e s tud io e s muy L p ro po si to p ;> .r;1 .InL~no s corn-
prendcr mejor las circunstancias que h o y a tra vc s am o s
Las ana l og i a s , entre c l p eri od o que acab unos d e estu-
char y el que vivnrios, son, en cfecto, sorprcndentes Lo
que caractcnn e 1 prlmero, desde el punta de vistamtelectual, e s que se produjcron en 61 l as trcs s'gUlen-
tes Ideas la Ide hacer extensrvo a las crencias =ocrales
cl m e to d a d e 1(15 c ie nc ia s po sit -va s , d e 10 CUll sllrglo
la sociologia y el me t o d a J 1 I S t O I reo, ese all -,llra r indis-
J.J~l: . l .sdb\e G e \ .1 SO\:\Ol-"'0gl-a. J 1 - ; 1 1Gea l i e . t i n a . . renD"'y'dClCn
re lig to sa , y, fma lmen t e , b Id ea so ciah s ta A hOT '\ b1en ,
cs incontestable que, par espac i o de c1l ez aiios hemos
Vista como esas tres cornentes se reforrnaban sirnul-
t ancamen t e y ad qum an cad a d ia m ayo r m tcns ic-id La\dea <;oclO16g1ca,que pel mauccla en henl1mbr~ hasta
e l punto d e que mc1uso e l n orn bre era d es co no c id o, s e
ha extendido en estos ultimos tiempos Con c,-tI ernada
r iprd cz , s e h a cre ad o una cscue la nco -re lig ro s a , \ aun-
que su s co nce pc lO ne s s o n un tan to imprecr sas , no pu e d e
nccarse C\ue va ganando alg{\ll terreno, en {m, Sl.be'110s
ya los progresos que ha hecho la Idea sociahstn en
'1I
. . J ,1•j
EMILE DURKHEl\{
vid uo s s e encuentran ]05 vue lve n m as s ens ib le s y, po r
EL SOCIALIS\1O
8/6/2019 Durkheim -El socialismo
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ende, mas impatientes Las necesidades irreprimidas
son mas exigentes, y las exigencias crecientes no per-
mrten ya que el hombre se contente Con su estado de
antes No tiene ya par que aceptarlo, someterse a e l yresiznarse Nucstra conclusion, pues, es que si se desea
.0
que todas estas teorias practicas que no han avanzado
mucho desde cornienzos del siglo XIJ( den im paso haCla
ade1ante, precisa que, par metoda, nos hagamos perfec-
tarnente cargo de esas diferentes tendencias y traternos
de d e scub rir su unid ad , Esc es 1 0 que Saint-Simon h a-
bia intentado; hay que continuar su obra, )" a este res-
pecto su historia nuede ensefiarnos el camino que de-
~ bemo~ seguir La ;ausa del fracaso del saint-simonisrno
es que Saint-Simon y sus discipulos pretendicror saca:
1 0 mas de 1 0 menos ; 1 0 superior de la inferior; la nor-
ma moral, de la materia economica Lo cual es irnpo-
SIble' £1 problema hay que plantearlo de esta forma'
descubrir par medio de la ciencia, cualcs son los f renos
rnorales que pueden reglamentar la v'da econorrnca, ':I,
por medio de esta regiamentacion, contener los egols-
P10S y, de consiguiente, perrnitir que Se satrsf'agan las
necesidadesPuecle afinnarse, en resumen, que la oposici6n entre
todas estas escuelas obedece a esta doble causa: el es-
fuerzo de las unas para regularivsr, el esfuerzo de las
otras para liberar la vida ceo io nica La unidad de estas 1
drversas corr ientes e~t:i en que tratan de descubrir que
e le rne n to d e cs ta s i tuacro n e s la : .~ '. : . .: : .~ e l m al Para
105 economistas y los samt-sin.onianos, e1 mal prOYlene
de que las alrnas puras no son cornprendidas par to-
,
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dos, y el rernedio s610 puede consistir en orgarnzar Ia
vida economica en S1 mi sma y par S1 rmsma, conven-
cidos los unos de que esta organizacion puede esta-
blecerse espontaneamente, y los otros, que ha de scr
guiada mas y mas par la reflexion. Frente a esta so-
lUC10n hay otra, que consiste en mvestigar por pro-
cedinuentos racionales cuales Son las Iuerzas monks
que pueden ser su,Perpuestas a las que 1:0 10 son Ade-
mas de las vias diferentes en que agotamos nuestras
fue rzas , e x is te , pue s , o tra e n l . i que po d em os avcn tu -
rarnos A nosotros 110S hasle t Con habe: l.i lllullado.
FIN
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