UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA
DIAGNSTICO DOS RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS GERADOS NA REFINARIA ALBERTO
PASQUALINI REFAP S.A.
Aluno: Gabriel Veronese Professor Orientador: Profa. Dra. Liliana Amaral Feris
Dezembro de 2010
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA QUMICA
Gabriel Veronese
Diagnstico dos resduos slidos e lquidos gerados na Refinaria Alberto Pasqualini REFAP S.A.
Monografia apresentada como Trabalho de Concluso de Curso, como requisito parcial para obteno de Graduao no Curso de Engenharia Qumica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Professor Orientador: Profa. Dra. Liliana Amaral Feris
Dezembro de 2010
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AGRADECIMENTOS
Agradeo a Deus por iluminar meu caminho e fazer-me acreditar sempre em meus objetivos.
Aos meus pais Avelino Veronese, Marlene Maria Braciak e minha irm Liana
Veronese pelo grande apoio nesta longa caminhada percorrida dentro da UFRGS. Agradeo em especial a minha namorada Camila, que nestes anos sempre esteve
ao meu lado nos momentos difceis com sua enorme compreenso e companheirismo. UFRGS pela oportunidade de estudo e conhecimento adquirido desde meu 2
grau na Escola Tcnica, e, agora, na Escola de Engenharia. Aos colegas e amigos da REFAP pela contribuio na minha formao
profissional e possibilitarem meus estudos atravs de trocas de horrios no trabalho. professora Liliana Amaral Feris pela orientao e ateno dedicada para
realizao deste trabalho.
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SUMRIO
1. INTRODUO........................................................................................................................ 1 1.1 OBJETIVOS....................................................................................................................................... 2
2. REVISO BIBLIOGRFICA................................................................................................. 3 2.1. O REFINO DO PETRLEO...................................................................................................... 3 2.2. ETAPAS DO REFINO DE PETRLEO .................................................................................... 4 2.2.1. Processos de Separao.............................................................................................................. 4
2.2.2. Processos de Converso ............................................................................................................. 8
2.2.3. Processos de Tratamento ............................................................................................................ 10
2.2.4. Processos Auxiliares .................................................................................................................. 11
2.3. CARACTERIZAO E TOXICIDADE DOS RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS................. 13 2.4. GESTO DE RESDUOS PERIGOSOS .................................................................................... 16 3. METODOLOGIA .................................................................................................................... 19 4. ESTUDO DE CASO................................................................................................................. 20 4.1. DESTINAO DOS RESDUOS DE PROCESSOS NA REFAP............................................... 21 4.2. GESTO DE RESDUOS SLIDOS E LQUIDOS NA REFAP ............................................... 26 5. CONCLUSO.......................................................................................................................... 28 6. CONSIDERAES................................................................................................................. 31 7. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................... 32
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fluxograma do Processo de Refino do Petrleo............................................................. 04
Figura 2: Pr-aquecimento e Dessalgao do Petrleo............................................................ 05 Figura 3: Torre de Destilao Atmosfrica.............................................................................. 07 Figura 4: Torre de Destilao a Vcuo.................................................................................... 08 Figura 5: Fluxograma simplificado do Coqueamento Retardado............................................ 09 Figura 6: Unidade de Craqueamento Cataltico....................................................................... 10 Figura 7: Fluxograma do Processo de Tratamento MEROX do GLP..................................... 11 Figura 8: Fluxograma de gerenciamento de resduos.............................................................. 17 Figura 9: Fluxograma do Refino e seus principais resduos na REFAP.................................. 20
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Resduos perigosos na etapa de dessalinizao do petrleo.................................... 13 Tabela 2: Resduos perigosos nas etapas de Destilao Atmosfrica e a Vcuo..................... 13 Tabela 3: Resduos perigosos na etapa de Coqueamento Retardado....................................... 14
Tabela 4: Resduos perigosos na etapa de Craqueamento Cataltico....................................... 14 Tabela 5: Resduos perigosos na etapa de Tratamento Bender............................................... 14 Tabela 6: Resduos perigosos na etapa de Tratamento Merox................................................. 15 Tabela 7: Resduos perigosos na etapa de Tratamento de Efluentes....................................... 15 Tabela 8: Resduos perigosos na etapa de Recuperao de Enxofre....................................... 15 Tabela 9: Resduos perigosos na etapa de Armazenamento em tanques ................................ 16 Tabela 10: Resduos da dessalinizao na REFAP.................................................................. 21 Tabela 11: Resduos da destilao atmosfrica e a vcuo na REFAP..................................... 21
Tabela 12: Resduos do craqueamento cataltico na REFAP................................................... 22 Tabela 13: Resduos do coqueamento retardado na REFAP................................................... 23 Tabela 14: Resduos do tratamento Bender na REFAP........................................................... 23 Tabela 15: Resduos do tratamento Merox na REFAP............................................................ 24 Tabela 16: Resduos da estao de tratamento de efluentes na REFAP.................................. 25 Tabela 17: Resduos da recuperao de enxofre na REFAP.................................................... 25 Tabela 18: Resduos do armazenamento na REFAP............................................................... 26
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A.R. gua de resfriamento Bpd barril por dia COMPERJ - Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro
ETDI - estao de tratamento de despejos industriais FEPAM - Fundao Estadual de Proteo Ambiental GC gs Combustvel GLP gs Liquefeito de Petrleo
GLV gasleo leve de vcuo GOC gasleo de circulao GOL - gasleo leve GOP - gasleo pesado
GOR- gasleo residual GORT - gasleo residual de topo GPV- gasleo pesado de vcuo H2S Sulfeto de hidrognio
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IGER ndice de Gerao de Resduos IR ndice de Resduos Merox Mercaptans Oxidation
Na2S Sulfeto de Sdio NL nafta leve
NP nafta petroqumica
PGR Plano de Gerenciamento de Resduos PPI - Parallel Plate Interceptor
QAV querosene de aviao REFAP Refinaria Alberto Pasqualini RNEST Refinaria do Nordeste RSH - mercaptans
RSSR - dissulfeto RV resduo de vcuo S enxofre elementar SAO Separador gua/leo
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SO2 dixido de enxofre
URE Unidade de Recuperao de Enxofre V.A - vapor
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RESUMO
O petrleo a principal fonte de energia da economia mundial, sendo necessrias diferentes etapas e mtodos de separao e converso com o consumo de grandes quantidades de energia e gua nas etapas do refino, a fim de se conseguir produtos finais dentro das
especificaes do mercado. Os resduos slidos e lquidos no refino apresentam caractersticas perigosas que podem vir a agredir o meio ambiente e a sade humana. Neste trabalho, realizou-se uma reviso bibliogrfica das diferentes etapas do refino do petrleo e seus mais variados resduos slidos, lquidos e consideraes para um bom gerenciamento deste passivo
ambiental. O estudo de caso foi realizado na REFAP, Refinaria Alberto Pasqualini, que est
localizada na cidade de Canoas/RS com dados coletados in situ a respeito do fluxograma de processamento do petrleo, principais resduos slidos e lquidos gerados durante o
processamento do petrleo e seus derivados e, tambm, os critrios bsicos de gesto destes resduos perigosos adotados ao longo da cadeia de refino.
Constatou-se atravs deste estudo na REFAP a importncia de um bom gerenciamento dos resduos slidos e lquidos, desde o recebimento e acondicionamento da
matria-prima, o petrleo, o seu processamento e de seus derivados, at a disposio final dos produtos. O reprocessamento dentro da cadeia do refino de leos residuais do processo, o envio de borras e lamas para coprocessamento em cimenteiras e o reaproveitamento destes resduos por empresas de outro ramo ou natureza tornam-se essenciais para um
desenvolvimento sustentvel, nesta atividade industrial de grande impacto econmico e ao meio ambiente.
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1. INTRODUO
O petrleo e seus derivados impulsionam a indstria, o desenvolvimento de novos mercados no mundo, o desenvolvimento urbano e econmico. A explorao e o refino do petrleo, apesar de demandar custos altos, demonstram-se lucrativos para os pases que
possuem esta riqueza.
No entanto, as atividades de refino apresentam um forte impacto no meio ambiente devido grande demanda por gua e energia, produzindo quantidades considerveis de efluentes e resduos perigosos para nosso meio ambiente, caso no sejam gerenciados de forma adequada (MARIANO, 2001). Neste aspecto, as refinarias tm desenvolvido sistemas de tratamento para os efluentes gerados, dentro de um plano de gesto de resduos.
Os resduos lquidos so enviados estao de tratamento de efluentes e tratados por meio de processos fsico-qumicos e biolgicos. Os resduos slidos so classificados e
identificados para serem descartados de forma correta ou encaminhados para empresas terceiras para disposio ou armazenamento adequado.
O resduo oleoso do processo de refino pode ser encaminhado para tanques de armazenamento de petrleo e ser novamente aproveitado no processo ou serem degradados
pela ao natural de microorganismos. Outros resduos slidos so enclausurados em aterros industriais constantemente controlados e monitorados (BRASIL, 2010).
Em 2010, o Brasil passa por um momento especial, com muitas descobertas de reservas de petrleo e gs natural. A camada pr-sal tornou-se uma das maiores descobertas
de reservas petrolferas do mundo dos ltimos tempos, impulsionando a indstria e a economia nacional. As descobertas desta regio, contendo leo leve, podem mudar o perfil de reservas da Petrobras, que em sua maioria eram de petrleo pesado.
O parque de refino da Petrobras em 2010 consta com uma capacidade de processamento de 2.000 mil bpd e dever ser ampliado nos prximos anos em funo desses
gigantescos volumes encontrados de leo. A Petrobras apresenta 11 refinarias em operao. Ainda h uma refinaria sendo construda em Pernambuco RNEST - e uma petroqumica COMPERJ - no estado do Rio de Janeiro, ambas com capacidade de processamento de 200 mil bpd. A legislao ambiental tambm tem forte papel nesta expanso e adequao das
refinarias brasileiras, exigindo uma menor quantidade de enxofre em combustveis oriundos do refino do petrleo, alm da crescente demanda por diesel, querosene de aviao e nafta, estes sendo combustveis mais nobres.
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Tambm existem refinarias Premium, em fase de projeto, a serem construdas no estado do Maranho - Premium I - e Cear - Premium II - com capacidade de processamento de 600 mil bpd juntas, podendo chegar a 900 mil bpd no ano de 2015 (PETROBRAS, 2010).
Verifica-se, junto ao avano tecnolgico, associado ao rpido crescimento econmico, a existncia de diversos problemas ambientais, entre eles a degradao e
contaminao de reas, uso muitas vezes inadequado de recursos naturais, energticos e de alimentos (SHIBATA, 2007).
1.1 Objetivos O presente trabalho visa apresentar um estudo sobre as etapas do processo de refino do
petrleo, identificando os principais resduos slidos e lquidos gerados na Refinaria Alberto Pasqualini REFAP S.A, bem como as aes de gesto implementadas na empresa.
Os objetivos especficos consistem em: Estudo do fluxograma do processo de refino do petrleo na REFAP; Mapeamento dos principais resduos slidos e lquidos gerados em cada etapa do
processo;
Identificao dos resduos e destino;
Avaliao das aes de gesto da empresa.
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2. REVISO BIBLIOGRFICA
Foi realizada uma reviso bibliogrfica, de forma sucinta, do fluxograma de processo do refino do petrleo, destacando os principais produtos de cada unidade de processamento, bem como certas variveis operacionais importantes para especificao do
produto final. O fluxograma de processo foi dividido nas seguintes etapas: processos de separao, de converso, de tratamentos e processos auxiliares. Em cada etapa foram mapeados os principais resduos slidos e lquidos, sendo feita a caracterizao e descrio dos resduos perigosos. Os efluentes das unidades de processamento so encaminhados para a
estao de tratamento de efluentes da refinaria para serem tratados e posteriormente descartados num corpo receptor, de acordo com as normas ambientais. Os resduos slidos e lquidos so administrados de forma a possurem um correto tratamento e destinao final sem, necessariamente, serem processados na estao de tratamento de efluentes da unidade de
refino.
2.1 O Refino de petrleo
O petrleo, no estado em que extrado do solo, tem pouqussimas aplicaes. O petrleo consiste numa complexa mistura de compostos orgnicos e inorgnicos, em que predominam os hidrocarbonetos, alm de algumas impurezas. Para que ocorra o
aproveitamento energtico adequado do petrleo, deve-se submet-lo a processos de separao, converso e tratamento. importante que seja realizado seu desmembramento em cortes, com padres preestabelecidos para determinados objetivos, que denominamos fraes.
O petrleo deve ser processado e transformado de maneira conveniente, com o propsito de obter-se a maior quantidade possvel de produtos de maior qualidade e valor
comercial, conforme observa-se na Figura 1, juntamente com as fraes volumtricas. Atingir este objetivo com o menor custo operacional a diretriz bsica do refino (ABADIE, 2002).
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Figura1: Fluxograma do Processo de Refino do Petrleo. Adaptado de PASSOS et al., 2002.
2.2 Etapas do refino de petrleo
As refinarias possuem seus processos inseridos dentro da seguinte classificao: processos de separao, converso, tratamento e auxiliares, sendo essas as etapas
fundamentais do refino. Os itens 2.2.1, 2.2.2, 2.2.3 e 2.2.4 apresentam as mesmas em detalhe.
2.2.1 Processos de separao
Os processos de separao tm por finalidade separar o petrleo em diversas fraes, ou processar fraes que tenham sido anteriormente geradas e que seriam descartadas como resduo, sendo de natureza fsica. Modificaes de temperatura e/ou presso alteram a composio dos produtos resultantes (MARIANO, 2001).
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A principal operao de separao encontrada numa refinaria a destilao
atmosfrica e a destilao a vcuo. A dessalinizao, devido a seu grande potencial de gerao de resduos, tambm deve ser considerada.
A primeira etapa consiste na dessalgao ou dessalinizao, processo que
promove a remoo dos sais dissolvidos no petrleo, os quais so importantes contribuintes nos processos de corroso e incrustao nos equipamentos de uma refinaria. Nessa operao, injeta-se gua e alguns aditivos na corrente de petrleo submetendo-os a um elevado campo eltrico que ajuda a coalescer as gotas de gua acelerando e facilitando a separao das fases gua e leo, conforme Figura 2. Os sais so separados do petrleo e saem junto com a gua residual para a estao de tratamento de efluentes da refinaria (FRANUS et al., 2006).
Figura 2: Pr-aquecimento e dessalgao do Petrleo. Adaptado de GOMES e FERNANDES, 2002.
Aps a dessalgao, o petrleo dessalgado processado em colunas de destilao. A torre de destilao atmosfrica a primeira unidade de uma refinaria de petrleo, na qual o
petrleo separado em fraes de acordo com seu ponto de ebulio. A capacidade de uma refinaria medida pela capacidade de processamento de uma planta de destilao (ABADIE, 2002).
As torres de destilao que trabalham a presso prxima da atmosfrica utilizam
calor para separar correntes em diversas fraes, de acordo com a diferena do ponto de ebulio. No topo da coluna, ocorre sada dos componentes mais leves, com menor ponto de
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ebulio, e no fundo, os de maior ponto de ebulio. Pode-se resumir da seguinte forma os
produtos da destilao atmosfrica do petrleo: a) Produto de topo: nafta leve, GLP, gs combustvel (GC) e gua; b) Retiradas laterais: nafta pesada, querosene de aviao (QAV), diesel,
gasleo leve (GOL) e gasleo pesado (GOP); c) produto de fundo: resduo atmosfrico. Os produtos mais leves, ou seja, de ponto de ebulio mais baixo e menor massa
molar, saem pelo topo no estado gasoso. Logo aps, so resfriados, e a exceo do gs combustvel, so condensados. No tambor de topo ocorre a separao de trs correntes: a fase
no condensada (GC), a fase oleosa (nafta leve e GLP) e a fase aquosa (gua cida). A gua presente no topo da torre provm da prpria carga e do vapor de retificao utilizado para arrastar os leves no fundo da torre e nas suas retiradas laterais.
As retiradas laterais consistem em correntes que podem ser destinadas para a
etapa de tratamento e posterior armazenamento, como o querosene, a nafta e o diesel, ou correntes que podem ser destinadas para craqueamento cataltico ou incorporados no diesel, dependendo da qualidade do petrleo.
A corrente de fundo chamada de resduo atmosfrico e consiste nos compostos
mais pesados e que no podem ser vaporizados na temperatura de aquecimento do forno. Temperaturas maiores no so utilizadas porque promovem a degradao trmica do petrleo, gerando coque e outros compostos indesejveis. Dessa forma, compostos que vaporizam acima de 380C presso atmosfrica no podem ser fracionados nesta torre, saindo pelo
fundo sendo processada na torre de destilao a vcuo ou na unidade de craqueamento cataltico, conforme a Figura 3 (FRANUS et al., 2006).
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Figura 3: Torre de Destilao Atmosfrica. Adaptado de PASSOS et al., 2002.
O resduo do fundo da torre de destilao atmosfrica pode ser encaminhado para torre de destilao a vcuo ou para a unidade de craqueamento cataltico, dependendo dos produtos que o mercado exigir, objetivando promover a separao destas fraes. Na destilao a vcuo necessrio diminuir a presso da torre de destilao de forma a permitir a
vaporizao em temperaturas mais brandas. Neste processo de separao, os produtos da destilao so:
a) Produto de topo: gasleo residual de topo (GORT) e gua; b) Produto lateral: gasleo leve (GOL) e o gasleo pesado (GOP); c) Produto de fundo: Resduo de Vcuo (RV);
A corrente de GOL, dependendo da sua qualidade, pode ser incorporada corrente de diesel. A corrente de GOP e RV pode ser enviada s unidades de Craqueamento Cataltico ou Coqueamento Retardado, como observado na Figura 4
(FRANUS et al., 2006).
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Figura 4: Torre de Destilao a Vcuo. Adaptado de PASSOS et al., 2002.
2.2.2 Processos de converso
Os processos de converso visam agregar valor econmico a fraes do petrleo pouco interessantes comercialmente, geralmente de alto peso molecular. Estes processos so
baseados em reaes qumicas de quebra das estruturas de alto peso molecular podendo ser usados catalisadores para acelerar e direcionar o processo para certos produtos (FRANUS et al., 2006). Estas operaes incluem o coqueamento retardado e o craqueamento cataltico. O coqueamento retardado o processo de craqueamento trmico que usa como carga resduos
da torre de destilao a vcuo, que serviriam como leo combustvel, gerando fraes leves e intermedirias (GLP, nafta e diesel) alm do prprio coque que pode ser comercializado.
Na operao do processo de coqueamento retardado a corrente de alimentao da unidade primeiramente introduzida na torre de fracionamento onde os compostos mais leves
so removidos e os mais pesados condensados. Os compostos com maior peso molecular so
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aquecidos a temperaturas entre 480C e 540C alimentando os reatores de coqueamento, conforme observamos na Figura 5 (MARIANO, 2001).
Figura 5: Fluxograma simplificado do coqueamento retardado. Adaptado de PASSOS et al., 2002.
O craqueamento cataltico, por sua vez, tem como objetivo a quebra de hidrocarbonetos com grande peso molecular em molculas mais leves e com maior valor econmico atravs do aquecimento, da presso e da ao de um catalisador. Em geral, os
catalisadores utilizados so compostos por aluminossilicato, alumina, argila e um ligante (CUNHA, 2009). Os gases craqueados so encaminhados para uma fracionadora, e o catalisador, no qual ocorre a formao de coque sobre a sua superfcie alterando sua propriedade, regenerado atravs de combusto completa ou incompleta no regenerador.
Como se pode observar na Figura 6, o ciclo do catalisador fechado, sendo que uma etapa de reao ocorre no riser e a outra, de regenerao da superfcie cataltica, ocorrendo no regenerador.
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Figura 6: Unidade de Craqueamento Cataltico. Adaptado de PASSOS et al., 2002.
2.2.3 Processos de Tratamento
Os produtos do refino do petrleo nem sempre esto enquadrados nas
especificaes requeridas, principalmente quanto ao teor de enxofre. A finalidade das diversas formas e etapas de tratamentos eliminar os efeitos
indesejveis destes compostos que esto presentes em todos os produtos do refino. (ABADIE, 2002). Podem ser citados os seguintes tratamentos:
a) Processos de adoamento: transformam compostos de enxofre (S, H2S, RSH) em outros menos prejudiciais (RSSR dissulfetos) sem retir-lo do produto. O teor de enxofre total permanece constante.
b) Processos de dessulfurizao: no qual os compostos de enxofre so retirados quase que na sua totalidade.
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c) Tratamento Bender: um processo caracterizado como um de adoamento, o qual consiste na oxidao cataltica dos mercaptans a dissulfetos em meio alcalino com a utilizao de catalisadores base de xido de chumbo. Este tratamento utilizado para fraes intermedirias do petrleo tais como nafta, querosene e leo diesel (CUNHA, 2009).
d) Tratamento Merox: O processo custico regenerativo baseia-se na extrao custica dos mercaptans (R-SH) presentes nos derivados na torre de extrao. Os compostos de enxofre extrados so posteriormente oxidados a dissulfeto na presena de um
catalisador organo metlico (ftalocioanina de cobalto) e a soda ento regenerada, conforme a Figura 7 (CUNHA, 2009). O processo pode ser aplicado a fraes leves como o GLP e nafta ou fraes mdias como o querosene e diesel. A diferena reside no fato de o catalisador estar na prpria soluo de soda no primeiro caso e, no segundo, ela permanece
em leito fixo (FRANUS et al., 2006).
Figura 7: Fluxograma do Processo de tratamento MEROX do GLP. Adaptado de PASSOS et al., 2002.
2.2.4 Processos auxiliares
Os processos auxiliares esto diretamente ligados produo dos derivados de
petrleo numa refinaria, auxiliando e fornecendo o suporte s unidades de processamento. A seguir, as operaes sero descritas resumidamente:
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a) Tratamento de Efluentes: A ETDI (estao de tratamento de despejos industriais) numa refinaria de petrleo apresenta grande importncia devido legislao ambiental cada vez mais restrita a concentrao final de poluentes. Os efluentes que so descartados para a ETDI so os seguintes:
- Esgoto contaminado: proveniente de guas contaminadas e esgoto pluvial
coletado a cu aberto que no tiveram, necessariamente, contato com o petrleo e seus derivados;
- Esgoto Oleoso: esta corrente aquosa teve contato com o petrleo ou com algum de seus derivados.
- Esgoto cloacal: Esgoto proveniente de efluentes sanitrios. O tratamento do efluente da indstria do petrleo consiste no tratamento primrio
e secundrio. No tratamento primrio so aplicados mtodos fsico-qumicos para separao do leo da fase aquosa basicamente. No secundrio, teremos a biodegradao da fase oleosa
por microorganismos.
b) Recuperao de Enxofre: A Unidade de recuperao de enxofre (URE) tem por finalidade a oxidao parcial do H2S, atravs do processo Claus, contido no gs cido
proveniente das unidades de processo tendo como produto final o enxofre elementar. Conforme ABADIE (2002), no Processo Claus temos a queima de 1/3 do H2S
presente, e o restante reage com o SO2 formado, de acordo com as equaes 1 e 2 a seguir:
H2S + 3/2 O2 SO2 + H2O (1) 2H2S + SO2 3S + 2H2O (2)
A corrente ainda no convertida nesta etapa encaminhada a uma seo cataltica composta por trs reatores em srie. Nesta etapa teremos a converso do SOx ainda no
convertido na primeira fase, em enxofre elementar pela reao com catalisadores de bauxita.
c) Armazenamento em tanques: As refinarias possuem grandes volumes de estoques de petrleo cru aguardando para serem processados, bem como os derivados que esto
armazenados para manter estoque e posterior venda a seus clientes. Os tanques alm de armazenarem matria-prima e derivados, tm a funo de
reduzir a temperatura dos produtos que sero utilizados na prxima etapa do refino (CUNHA, 2009).
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2.3 Caracterizao e toxicidade dos resduos slidos e lquidos
O refino do petrleo apresenta um enorme potencial de impacto ao meio ambiente, e por isso necessita de um constante acompanhamento de suas atividades e monitoramento das inmeras variveis operacionais. O processamento do petrleo, desde o
seu transporte para o parque de refino at a sada de seus produtos finais para estocagem e venda, atravessa inmeras etapas em que a gerao de resduos ocorre em grandes quantidades.
O presente item aborda as etapas de separao, converso, tratamento e processos auxiliares com os principais resduos gerados e seu potencial poluidor para o meio ambiente.
a) Etapa do Processo: Dessalinizao Tabela 1: Resduos perigosos na etapa de dessalinizao do petrleo. Adaptado de
CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE leo, H2S, NH3,
slidos em suspenso, e
fenol
Lama do
dessalinizador
Areia, ferrugem, gua,
metais e leo
emulsificado
Presena de benzeno
e hidrocarbonetos polinucleados
b) Etapa do Processo: Destilao Atmosfrica e a Vcuo Tabela 2: Resduos perigosos nas etapas de Destilao Atmosfrica e a Vcuo.
Adaptado de CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE leo, H2S, NH3,
slidos em
suspenso,
cloretos,
mercaptans e
fenol.
Limpeza de equipamentos
leo de drenagem de equipamentos
Presena de benzeno e compostos txicos
sade humana e meio ambiente
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c) Etapa do Processo: Coqueamento Retardado Tabela 3: Resduos perigosos na etapa de Coqueamento Retardado. Adaptado de
CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE leo, H2S,
NH3, slidos em suspenso,
e fenol
Resduo de Coque Partculas de carbono
e hidrocarboneto
Hidrocarbonetos de
elevado peso molecular em sua
estrutura qumica
d) Etapa do Processo: Craqueamento Cataltico Tabela 4: Resduos perigosos na etapa de Craqueamento Cataltico. Adaptado de
CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE leo, H2S,
NH3, slidos em suspenso,
cianetos e fenol
Catalisador
Exausto
Partculas de silicato
de alumnio
Metais pesados do
leo cru
e) Etapa do Processo: Tratamento Bender Tabela 5: Resduos perigosos na etapa de Tratamento Bender. Adaptado de
CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE Soda Custica
exausta, fenol,
compostos
sulfurosos
Soda Custica
exausta, fenol,
compostos
sulfurosos
Soluo custica
exausta
Metais pesados, fenol,
compostos sulfurosos.
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f) Etapa do Processo: Tratamento Merox Tabela 6: Resduos perigosos na etapa de Tratamento Merox. Adaptado de
CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE Soda Custica
exausta, fenol,
compostos
sulfurosos
Soda Custica
exausta, fenol,
compostos
sulfurosos
Soluo custica
exausta
Metais pesados, fenol,
compostos sulfurosos.
g) Etapa do Processo: Tratamento de Efluentes Tabela 7: Resduos perigosos na etapa de Tratamento de Efluentes: Adaptado de
CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE
- Lamas,
sobrenadantes dos flotadores
Lama do separador
API, da precipitao qumica, lamas
biolgicas
Fenis, sais, metais, leo
e coagulantes
h) Etapa do Processo: Recuperao de Enxofre Tabela 8: Resduos perigosos na etapa de Recuperao de Enxofre: Adaptado de
CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE
H2S, NH3, Resduos de
Enxofre
Partculas de enxofre
elementar
Compostos sulfurosos
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i) Etapa do Processo: Armazenamento em tanques Tabela 9: Resduos perigosos na etapa de Armazenamento em tanques: Adaptado
de CUNHA, 2009 e MARIANO, 2001.
EFLUENTE RESDUO CARACTERIZAO PERICULOSIDADE
gua drenada dos tanques com o contedo do
tanque
Lamas do fundo do tanque
Ferrugem, argilas,
areias, gua, cera, leo
emulsionado e metais.
Presena de benzeno, hidrocarbonetos
polinucleados e metais pesados.
2.4 Gestes de Resduos Perigosos
Conforme MAROUN (2006), o desenvolvimento e a implantao de um plano de gerenciamento de resduos (PGR) so fundamentais para a reduo de custos e riscos associados gesto de resduos perigosos. O PGR deve assegurar que todos os resduos sero gerenciados de forma correta e segura, desde a sua gerao at a destinao final, de acordo
com as seguintes etapas:
Gerao Caracterizao (classificao, quantificao) Manuseio Acondicionamento Armazenamento Coleta Transporte Reuso/reciclagem Tratamento Destinao Final
A Figura 8 apresenta o fluxograma de gerenciamento de resduos que geralmente
praticado no refino do petrleo.
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Figura 8: Fluxograma de gerenciamento de resduos.
Adaptado de MAROUN, 2006.
Com a legislao ambiental cada vez mais restritiva, fundamental efetuar a reutilizao e/ou reciclagem de resduos perigosos. Certos resduos, gerados como
subprodutos em determinadas etapas de um processo industrial, podem ser usados como matria-prima em outros processos industriais. No entanto, a disposio desta forma nem sempre possvel, por razes tcnicas ou econmicas. Esses resduos devem ser dispostos de maneira adequada de modo a no causarem danos ao meio ambiente. Algumas medidas sobre
gesto de resduos perigosos proposta pelo Comit preparatrio da Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro em 1992 (BRAGA et al., 2005) podem ser citadas:
Promover a preveno ou a minimizao da produo de resduos por meio de mtodos de produo mais limpos, evitando o emprego de substncias
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perigosas; sempre que for possvel substitu-la por outras ou pela reciclagem,
reutilizao, recuperao ou usos alternativos dessas substncias;
Aprimorar o conhecimento e a informao sobre os aspectos econmicos envolvidos na gesto desses resduos e sobre os efeitos produzidos por essas substncias sobre a sade dos organismos e sobre o meio ambiente;
Promover e fortalecer a capacitao institucional para prevenir e/ou minimizar danos para gerir o problema;
Promover e fortalecer a cooperao internacional relativa gesto de deslocamentos transfronteirios de resduos perigosos, incluindo monitoramento e controle, de modo consistente com os instrumentos legais regionais e internacionais.
Conforme FORMOSINHO et al., (2000), a destruio trmica dos resduos perigosos tem apresentado destaque frente aos mtodos convencionais de destinao final de resduos. Entre as tcnicas convencionais, cita-se o tratamento biolgico,
tratamento fsico, tratamento qumico que podem vir a gerar efluentes no desejveis e o aterro de resduos industriais, cada vez mais restrito pelos rgos ambientais. A possibilidade de utilizao de resduos industriais, como fonte alternativa secundria de matria-prima e combustvel na fabricao de cimento, vem tornando o custo da
fabricao deste produto mais baixo (CARPIO, 2005) apud (SALOMON, 2002). Os resduos utilizados nos fornos de cimento devem ter caractersticas
orgnicas que substituam o uso de combustveis no renovveis e respeitam a classificao da Norma Brasileira.
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3. METODOLOGIA
O contedo da reviso bibliogrfica do presente estudo foi obtido atravs de pesquisa em teses, artigos cientficos, trabalhos apresentados e sites da internet.
Os dados coletados relativos ao estudo de caso na empresa estudada foram
obtidos atravs de consulta a documentos internos da empresa e acompanhamento in situ do descarte dos resduos das unidades de processamento, do gerenciamento e destinao final dos resduos slidos e lquidos na refinaria.
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4. ESTUDO DE CASO
Neste captulo ser apresentado o fluxograma simplificado de refino do processo na REFAP que est apresentado na Figura 9, com seus produtos juntamente com seus principais resduos slidos e lquidos gerados. Os efluentes das unidades de processamento da
REFAP so encaminhados para a estao de tratamento de efluentes da refinaria para serem tratados e posteriormente descartados num corpo receptor, de acordo com as normas ambientais. Os resduos slidos e lquidos so gerenciados de forma a possurem um correto tratamento e destinao final sem, necessariamente, serem processados na estao de
tratamento de efluentes da refinaria.
Figura 9: Fluxograma do Refino e seus principais resduos na REFAP. Adaptado de CUNHA, 2009.
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4.1 Destinao dos resduos de processos na REFAP
A etapa inicial do processo consiste na dessalinizao do petrleo, quando o mesmo lavado com gua parcialmente tratada proveniente de outras etapas do refino com a finalidade de extrao dos minerais solveis e slidos em suspenso. Aps a
separao das fases gua/leo, a salmoura resultante encaminhada para a ETDI para tratamento e remoo de algum tipo de leo arrastado. A areia que vem junto com o petrleo e a borra oleosa que se formam so encaminhadas para coprocessamento em cimenteiras, conforme a Tabela 10.
Tabela 10: Resduos da dessalinizao na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL Salmoura, leo, H2S, NH3,
slidos em suspenso e fenol.
Lama do dessalinizador Salmoura encaminhada para
ETDI e borra oleosa para coprocessamento
Na unidade de destilao atmosfrica e destilao a vcuo, a gerao dos principais resduos lquidos, so provenientes da limpeza e drenagens de equipamentos em contato com o petrleo e seus derivados. Busca-se coletar este material com caminho
aspirador e descart-lo para um tanque de armazenamento de resduos, no qual so injetados em pequenos volumes na carga de petrleo cru para o processo. A borra oleosa encaminhada para coprocessamento em cimenteiras, de acordo com a Tabela 11.
Tabela 11: Resduos da destilao atmosfrica e a vcuo na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL gua do processo, leo,
H2S, NH3, slidos em
suspenso e cloretos.
Borra oleosa da limpeza de equipamentos
leo encaminhado para reprocessamento;
Borra oleosa encaminhada para coprocessamento;
gua do processo encaminhada para ETDI,
aps pr-tratamento.
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Na Unidade de Craqueamento Cataltico, os principais resduos lquidos so
provenientes da limpeza e drenagens de equipamentos em contato com os derivados do petrleo. Busca-se coletar este material com caminho aspirador e descart-lo para um tanque de armazenamento de resduos, no qual so reinjetados em pequenos volumes na carga de petrleo cru para o processo. A borra oleosa encaminhada para coprocessamento em
cimenteiras, conforme a Tabela 12. O catalisador exausto de craqueamento encaminhado para coprocessamento
em cimenteiras, apresentando um papel importante na composio do cimento Portland. Conforme PAY et al., (2004), o uso de materiais pozolnicos tornou-se
importante para se conseguir um concreto de alto desempenho. O catalisador exausto de craqueamento do petrleo demonstrou possuir uma alta atividade pozolnica de acordo com estudos realizados.
Tabela 12: Resduos do craqueamento cataltico na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL gua do processo, leo,
H2S, NH3, slidos em
suspenso e fenol
Borra oleosa da limpeza de equipamentos e catalisador
exausto do processo
leo encaminhado para reprocessamento;
Borra oleosa e catalisador exausto encaminhados para
coprocessamento;
gua do processo encaminhada para ETDI,
aps pr-tratamento.
O Coque proveniente da Unidade de Coqueamento Retardado de petrleo, subproduto do refino do petrleo, vem apresentando uma grande demanda nos ltimos anos devido ao seu considervel poder calorfico 14.000 BTUs/libra em comparao com o carvo 8.000 a 13.500 BTUs/libra e seu reduzido teor de cinzas (OXBOW, 2010). A principal utilizao deste subproduto da Refap o encaminhamento para indstrias siderrgicas. Os resduos de coque podem ser reincorporados junto ao produto final desta unidade de processamento.
Os resduos lquidos normalmente so provenientes da limpeza e drenagens de
equipamentos em contato com o petrleo e seus derivados, de acordo com a Tabela 13.
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Busca-se coletar este material com caminho aspirador e descart-lo para um tanque de
armazenamento de resduos, no qual so reinjetados em pequenos volumes na carga de petrleo cru para o processo.
Tabela 13: Resduos do coqueamento retardado na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL gua do processo, leo,
H2S, NH3, slidos em suspenso e fenol
Borra oleosa da limpeza de equipamentos e resduos de
Coque
leo encaminhado para reprocessamento;
Borra oleosa e Coque
encaminhados para coprocessamento;
gua do processo encaminhada para ETDI,
aps pr-tratamento.
O Tratamento Bender posterior tem como principal resduo a soda custica usada para lavagem da corrente de querosene com a finalidade de remoo dos cidos naftnicos, gs sulfdrico e transformar os mercaptanas (R-SH) em dissulfetos (R-SS-R). Esta soda pode ser encaminhada para a ETDI na refinaria, atravs do caminho aspirador, no entanto este
destino pode causar alteraes no processo de tratamento do efluente, conforme a Tabela 14. A incinerao deste resduo lquido uma das alternativas, mas o envio para indstria de celulose tem-se apresentado a melhor alternativa custo/benefcio, porm apresenta pouca atratividade devido reduzida concentrao de compostos sulforosos.
Tabela 14: Resduos do tratamento Bender na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL Soda Custica exausta, fenol,
compostos sulfurosos
Soda Custica exausta, fenol,
compostos sulfurosos
Soda custica exausta
encaminhada para EDTI ou incinerao
No que se refere ao tratamento Merox, este semelhante ao Tratamento
Bender, no entanto a soda custica regenerada. Neste tratamento observamos uma maior
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concentrao dos contaminantes em relao soda do tratamento Bender, tais como:
metais, fenol, Na2S. O encaminhamento deste resduo custico para o ETDI sempre foi problemtico devido aos distrbios que causam no processo de tratamento e ao mau cheiro emanado durante o processo de aerao (BAMPI, 2008).
A incinerao deste resduo segue sendo uma das alternativas. O envio da soda do tratamento Merox para a indstria de celulose uma alternativa que agrada tambm a indstria receptora devido maior concentrao de compostos sulfurosos, de acordo com a Tabela 15. O envio deste resduo para reaproveitamento em curtumes est sendo avaliado.
Tabela 15: Resduos do tratamento Merox na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL Soda Custica exausta, fenol,
compostos sulfurosos
Soda Custica exausta, fenol, compostos sulfurosos
Soda custica exausta encaminhada para EDTI
incinerao ou indstria de celulose.
Os efluentes gerados do refino do petrleo so direcionados estao de tratamento de despejos industriais (ETDI) da REFAP, na qual os principais resduos so a lama oriunda do tratamento secundrio vinda dos filtros biolgicos e lagoa de aerao. Estes resduos possuem como principal destino o coprocessamento em cimenteiras, conforme a Tabela 16.
O resduo lquido oleoso capturado pelos separadores gua/leo (SAO) e PPI (Parallel Plate Interceptor) reinjetado em pequenos volumes na carga de petrleo cru para o reprocessamento ou na carga de entrada da unidade de Coqueamento Retardado. Nesta etapa de separao gua/leo, ocorre a maior contribuio, em quantidade, de borra oleosa da refinaria.
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Tabela 16: Resduos da estao de tratamento de efluentes na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL - Lamas, leo sobrenadantes leo encaminhado para
reprocessamento;
Borra oleosa encaminhada
para coprocessamento;
Na unidade de recuperao de enxofre, o principal resduo slido o enxofre na sua forma elementar. Esta unidade vem ganhando importncia nos ltimos anos devido ao crescente processamento de petrleo nacional que apresenta uma maior concentrao de compostos sulfurosos e amoniacais, bem como uma legislao ambiental cada vez mais
restritiva.
Os compostos sulfurosos das correntes do petrleo no qual podemos consider-los como resduo, neste caso so vendidos como produto enxofre na sua forma elementar aps sua converso na Unidade de Recuperao de Enxofre (URE), de acordo com a Tabela 17. A empresa BR distribuidora fica responsvel pela venda e distribuio do produto, sendo as empresas de celulose uma das maiores consumidoras do enxofre elementar.
Tabela 17: Resduos da recuperao de enxofre na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL gua do processo, H2S, NH3 Resduos de Enxofre Encaminhado para empresa
BR Distribuidora
gua do processo encaminhada para ETDI, aps pr-tratamento.
Os armazenamentos dos produtos e da matria-prima, o petrleo, podem vir a conter inmeros contaminantes dependendo do tipo de corrente armazenada. O resduo em grande parte proveniente da deposio de borra no fundo destes tanques que devem ser
periodicamente esvaziados para manuteno, conforme a Tabela 18.
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Tabela 18: Resduos do armazenamento na REFAP
EFLUENTE RESDUO DESTINO FINAL leo, gua de drenagem dos tanques
Borra oleosa leo encaminhado para reprocessamento;
Borra oleosa encaminhada
para coprocessamento;
gua de drenagem encaminhada para ETDI, aps pr-tratamento.
4.2 Gesto de Resduos Slidos e Lquidos na REFAP
O presente trabalho estudou, tambm, os critrios de gesto de resduos slidos e lquidos perigosos do refino do petrleo na REFAP, abordando a caracterizao, segregao, manuseio, acondicionamento e disposio final visando sempre a proteo ao meio ambiente
e a sade. Um dos princpios da gesto dos resduos na REFAP a reduo de resduos na
fonte e assegurar que eles sero tratados de forma segura e correta desde a sua gerao at seu destino final. Constantemente so reforadas aes de conscientizao quanto reduo da
gerao e exposio, junto aos trabalhadores que atuam na rea operacional e esto diretamente ligados gerao e manuseio dos resduos perigosos.
Nas etapas de caracterizao e acondicionamento a REFAP segue as normas NBR 10.004 (Classificao dos Resduos Slidos) e NBR 12.235 (Armazenamento de Resduos Perigosos) os resduos slidos perigosos descartados em recipientes devem ser identificados com a cor laranja para posterior disposio final, evitando, assim, o contato com outros de natureza diferente e que podem vir a gerar reaes desconhecidas. O aumento de volume do resduo e a sua qualidade final tambm podem impactar na parte econmica do tratamento deste resduo. O acondicionamento de resduos perigosos em locais apropriados dentro da
refinaria, somente permitido caso ele esteja devidamente identificado conforme padres internos de segurana.
O planejamento e acompanhamento do gerenciamento de resduos perigosos na REFAP so feitos com reunies peridicas juntamente com representantes dos setores
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envolvidos na gerao e gesto. Indicadores foram criados para um melhor monitoramento da
evoluo e controle da gerao dos resduos na refinaria. Podemos citar o IR (ndice de Resduos) na Equao 3, e o IGER Flotador
(Indicador de Gerao de Resduos) na Equao 4:
IR = 100*[resduos destinados no perodo/(Resduos estocados + Resduos gerados no perodo)] (3)
IGER = massa de borra oleosa no flotador por volume de carga processada (4)
A REFAP deve emitir um relatrio trimestral para a FEPAM (Fundao Estadual de Proteo Ambiental) com informaes sobre todos os resduos destinados no perodo. A empresa deve emitir um relatrio com as mesmas caractersticas para o IBAMA, este com regime anual.
O tratamento final do resduo escolhido levando em considerao o custo, o menor impacto scio-ambiental e aprovao do rgo ambiental. Todos os funcionrios da
refinaria so treinados para serem suficientemente esclarecidos da importncia de um bom gerenciamento de resduos, adotando-se procedimentos de operao e descarte acessveis a todos os envolvidos.
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5. CONCLUSES
O presente estudo apresentou uma reviso bibliogrfica sobre o refino de petrleo. Foi realizado um estudo de caso na refinaria Alberto Pasqualini, atravs do qual se pde conhecer o fluxograma de processamento de uma refinaria com seus principais produtos,
resduos slidos e lquidos perigosos gerados durante seu processamento, bem como as aes de gesto praticadas pela empresa. Com isso podemos concluir que:
a) O modo operacional destas unidades de processamento visa seguir padres de qualidade, segurana, meio ambiente e sade. A matriz energtica atual do Brasil faz com que se busque a maximizao de cortes leves e mdios, pois so produtos de maior valor agregado (GLP, nafta e diesel). Produtos do fundo de torres de fracionamento so encaminhados para processos de converso para, ento, serem
convertidos em produtos de maior valor de venda.
b) O setor industrial da REFAP o maior gerador de resduos slidos e lquidos perigosos e foi estudado atravs das etapas de separao (dessalinizao, destilao atmosfrica e destilao a vcuo), converso (coqueamento retardado e craqueamento cataltico) e tratamentos Bender e Merox. Ainda, processos auxiliares, nos quais esto includos a estao de tratamento de efluentes, recuperao de enxofre e armazenamento.
c) O petrleo sendo uma mistura complexa dos mais variados tipos de hidrocarbonetos apresenta, tambm, inmeros contaminantes. A legislao ambiental e a especificao dos produtos finais quanto ao teor desses compostos, fazem com que a REFAP busque maximizar o reprocessamento de leos residuais das suas unidades de processamento,
a fim de diminuir o impacto ambiental e o custo com o tratamento deste passivo.
d) Os resduos oriundos do processamento na REFAP foram caracterizados e identificados conforme a sua fonte geradora. Nos processos de separao, constatou-se
a presena da salmoura, leo residual emulsificado e borra oleosa vinda da dessalinizao. Na unidade de destilao atmosfrica e a vcuo temos a presena de leo e gua residual do processo como principais resduos. Observou-se a presena do
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benzeno, compostos sulfurosos, amoniacais e fenis como sendo os principais
contaminantes.
e) Os Processos de Converso caracterizam-se pela presena de resduos slidos. Na unidade de coqueamento retardado os finos de coque residual so incorporados ao produto final, visto a baixa especificao de venda do produto coque na REFAP. Na unidade de craqueamento cataltico, o catalisador exausto um dos principais resduos slidos da refinaria devido a grandes quantidades descartadas diariamente, a fim de
manter a atividade cataltica no processo, gerando, consequentemente, produtos de maior valor agregado. H, tambm, os resduos oleosos que so encaminhados ETDI, bem como o resduo aquoso aps ter sofrido um pr-tratamento. Nesses resduos predominam a presena de compostos sulfurosos, amoniacais, fenis e metais
pesados como sendo os principais contaminantes.
f) Nos processos de tratamentos, o principal resduo a soda exausta que descartada aps perder sua reatividade em contato com compostos sulfurosos do querosene, GLP
e nafta. Nesta soda observou-se a presena de compostos sulfurosos, metais e fenol.
g) No armazenamento de matria-prima e produtos finais, tem-se como principal resduo a borra oleosa formada na parte inferior dos tanques e a gua de drenagem, sendo sua caracterizao de acordo com o tipo de produto armazenado.
h) A unidade de recuperao de enxofre apresenta as emisses gasosas e o enxofre slido no especificado como principal resduo. O enxofre, por si s, mesmo sendo vendido como produto pode ser considerado um contaminante do petrleo devido ao grande impacto que gera ao meio ambiente e a sade humana em altas concentraes, sendo esta unidade de processamento economicamente muito pouco rentvel e com principal
funo de enquadrar a refinaria na legislao ambiental de emisses gasosas de compostos sulfurosos.
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i) A destinao final dos resduos slidos e lquidos gerados pelo refino varia conforme sua fonte geradora. As correntes oleosas residuais que so coletadas das unidades de processamento so preferencialmente encaminhadas para carga da unidade de coqueamento retardado ou misturadas em tanques com o petrleo cru para posterior envio e reprocessamento nas unidades de destilao atmosfrica. A gua utilizada no
processo do refino do petrleo, antes de serem descartadas para a estao de tratamento de efluentes, sofrem um pr-tratamento, a fim de diminuir sua concentrao de contaminantes, como amnia e H2S, que so prejudiciais para uma adequada operao e especificao do efluente lquido final.
j) A soda custica exausta dos processos de tratamentos possui concentraes variadas de compostos sulfurosos, o que diferencia sua destinao final. O resduo custico
residual do Tratamento Bender possui como destino final a incinerao ou envio ao ETDI. A soda custica exausta do tratamento Merox, devido sua concentrao maior de compostos sulfurosos, possui maior atratividade tcnica, sendo encaminhada para indstria de celulose. Um possvel uso em curtumes est em estudo. Esta boa prtica
de descarte da soda exausta do tratamento Merox, com reaproveitamento pela indstria de celulose, diminui o impacto ambiental deste resduo perigoso, na estao de tratamento de efluentes da REFAP, com reduo de custos no tratamento pela refinaria.
k) A borra oleosa gerada nos processos de refino do petrleo na REFAP atrativa s indstrias de cimento que usam como fonte energtica alternativa. O uso da tcnica de coprocessamento economicamente e ambientalmente mais atrativa que o descarte para aterro industrial de resduos perigosos.
l) As aes de gesto de resduos da REFAP so fundamentais para um desenvolvimento sustentvel da prtica do refino do petrleo, buscando sempre a minimizao da sua
gerao na fonte. A correta identificao e acondicionamento dos resduos slidos e lquidos so necessrias para termos sucesso no tratamento e destinao final seguindo padres de qualidade, segurana e meio ambiente.
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6. CONSIDERAES
A partir do trabalho desenvolvido, cabe considerar que:
- O fluxograma de processamento numa refinaria de petrleo complexo devido ao alto valor que a matria-prima, o petrleo, possui, e a grande demanda por energia que o refino necessita, fazendo com que o mximo reaproveitamento energtico e de resduos do
processo seja buscado.
- Para que o acompanhamento operacional das unidades de processamento, quanto quantidade e qualidade de seus produtos finais, seja feita de forma adequada e segura, necessria uma instrumentao instalada funcional e operante. Uma manuteno no
adequada em certos instrumentos pode vir a prejudicar a especificao final de produtos e o controle sobre a gerao de resduos slidos e lquidos.
- O refino do petrleo considerado um grande poluidor devido a sua grande
demanda por energia e gua. Os novos projetos devem contemplar ao mximo o reaproveitamento mssico e energtico, a fim de diminuir o impacto ao meio ambiente e tornar-se uma prtica ambientalmente sustentvel.
- O projeto de equipamentos do refino do petrleo com opo de drenagem para sistemas fechados de coleta de resduo, deve ser priorizado, a fim de diminuir a exposio dos trabalhadores a estes contaminantes perigosos e ao melhor ndice de reaproveitamento de fraes oleosas, podendo estas serem novamente introduzidas no processo.
- A criao de ndices de acompanhamento da quantidade de resduos gerados necessria para um melhor gerenciamento e uma possvel associao com a quantidade e qualidade de resduos de acordo com o tipo de petrleo processado
- O treinamento dos funcionrios fundamental para o sucesso de um bom gerenciamento de resduos. A disciplina operacional com acompanhamento de recomendaes procedimentadas e de fcil acesso necessria e requer mo-de-obra
especializada no tema.
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7. BIBLIOGRAFIA
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