boardillaPintura · textos · fotos +Português, castellano e italiano +
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Anderson Santos
Andrés Rubio
Caius Marcellus
Cecilia Tamplenizza
Daniel Freire
Elias Santos
Paula Brum
Rogério Ferrari
Virginia de Medeiros
A palavra boardilla significa ‘parte mais alta da casa, logo embaixo do telhado, que normalmente se utiliza para guardar objetos velhos, inúteis ou sem uso’ e também ‘janela sobressalente em forma de casinha situada no telhado de uma casa, e que serve para dar luz ao sótão o para sair por ela ao telhado’. Publicação online de arte e artistas.O projeto foi uma idéia do pintor Anderson Santos, que propôs a Daniel Freire, também pintor. Em Setembro de 2010 os dois fizeram alguns esboços e definiram o formato e o nome. Depois o projeto foi ganhando forma entre as cidades de Salvador e Barcelona. Como uma das definições da palavra “boardilla” indica, a publicação tem a intenção de ser uma pequena janela onde os artistas poderão “debruçar-se” para mostrar-nos sua obra. A idéia do nome veio pela imagem romântica do artista imerso no seu sótão em meio do seu processo de criação. Espaço sujo, em desordem com zonas com muita luz e outras de escuridão. Resumindo, um reflexo exterior de esses seres: os artistas.
Castellano: boardilla (buhardilla, la forma más usada)Italiano: soffittaPortuguês: sotão
La palabra boardilla significa ‘parte más alta de la casa, inmediatamente debajo del tejado, que se suele utilizar para guardar objetos viejos, inútiles o en desuso’ y también ‘ventana saliente en forma de caseta situada en el tejado de una casa, y que sirve para dar luz a los desvanes o para salir por ella al tejado’.
Publicación online de arte y artistas.El proyecto fue una idea del pintor Anderson Santos, que lo propuso a Daniel Freire, también pintor. En septiembre de 2010 los dos hicieron algunos apuntes y definieron el formato y el nombre. Luego el proyecto fue cobrando forma entre las ciudades de Salvador y Barcelona.
Como una de las definiciones de la palabra “boardilla” indica, la publicación tiene la intención de ser un pequeña ventana desde donde artistas podrán “asomarse” para enseñarnos su obra. La idea del nombre vino por la imagen romántica del artista inmerso en su buhardilla en su proceso de creación. Espacio sucio, desordenado con zonas con mucha luz y otras tantas oscuras. Resumiendo, un reflejo exterior de esos seres: los artistas.
Castellano: boardilla (buhardilla, la forma más usada)Italiano: soffittaPortuguês: sotão
“Pues ¿cómo exigir a los ojos del cuerpo o a los del espíritu, que vean más de lo que ven? La atención puede precisar, aclarar, intensificar, pero no puede crear, en el campo de la percepción, lo que no se halle de antemano en él. Esa es la objeción. Pero esa objeción queda, según creemos, refutada por la experiencia. En efecto, existen desde hace siglos ciertos seres cuya función es cabalmente ver, y hacernos ver, lo que no percibimos naturalmente: esos seres son los artistas”
El pensamiento y lo movible - H. Bergson
Anderson Santos
Paisagens ...estava acordando, olhei pela janela, para contemplar o novo dia, a visão da baía, a ilha e todos os prédios da cidade velha; ao retornar o olhar para o interior do quarto, me deparei com uma cena de uma beleza ainda maior que era a de uma mulher dormindo, depois de ter esgotado todas as formalidades da convivência, o que restou foi este corpo abandonado em si mesmo, suportando o peso de sua humanidade banal, sem graça ou vaidade... uma paisagem... mas dotada de uma intimidade muito mais evidente para mim que a baía, a ilha e as casas. Lembrei-me então, de todas as mulheres que desde criança vi nesta mesma condição: mãe, tias, irmã, amigas, amantes, modelos; carregando as marcas de suas lutas anteriores no desencanto de seus corpos, cada hora mais flácidos. A música do tempo. Estas figuras/paisagens vivem em minha imaginação (e imagino na de outros), através dos anos, e assim permanecem porque apesar de sua obviedade é aí que se revelam os “maiores terrores relativos à pequenez da existência”. É ali que nos damos conta do estranhamento da nudez e da fragilidade da carne que encerra estes corpos em seu cansaço. “Na vida tudo são fardas, o corpo só é civil verdadeiramente quando está despido”. José Saramago
la opera negra, óleo sobre tela, 30x30 cm, 2008 (coleção AMBA)
pintura#3, óleo s/ tela, 20x30cm, 2008
pintura#1, óleo s/tela, 30x50cm, 2008
pintura#2, óleo s/ tela, 30x50cm, 2008
pintura#4, óleo s/ tela, 60x60 cm, 2008
Anderson Santos
http://andep8.wordpress.com
Andrés R
ubio
Sobre o desenho
O sentido da minha questão com o desenho começa com o ato de desenhar enquanto expressão gráfica primordial. Os desenhos se alternam entre figuração e abstração como se fossem “paisagens internas”, mas não necessariamente ilustram; cada linha é então a experiência com a sua história única. À primeira vista a morfologia dos desenhos oferece essa sensação de “incerteza” de não saber aonde eles nos conduzem. Desenhos que respondem a formações de sentidos internos, autônomos e de um processo de ação. A contínua sensação do inacabado é a que gera o discurso. Em alguns casos o espectador tem de participar da construção, algo assim como continuar desenhando ou apagando os traços desenhados na própria mente. A cada traço percorrido a memória trabalha junto ao que já aconteceu e ao que terá por vir, possivelmente, estimulando outro discurso metafórico próprio.
Andrés Rubio. (adaptação do fragmento de texto integral referente da obra-instalação de desenhos exposta no14 Salão da Bahia, Salvador 2007)
Tremores, óleo s/ tela. 100 x 150 cm. 2010
Moderna 1, óleo s/ tela. 60 x 80 cm. 2010
Traços para Cami, óleo s/ tela. 100 x 150 cm. 2010
Caius M
arcellus
metafísica da luz
Essa persistência da luz como esteio de minhas formulações visuais implica naturalmente na recondução da forma natural à forma geométrica e vice-versa, sem que uma seja consumida pela outra, mas, pelo contrário, que encontrem o justo equilíbrio num sistema de coordenadas que apontem para o fator luminoso como a própria matéria de sua composição . e nem se trata de mera estilização, em absoluto, mas de algo bem diverso, um princípio operativo cujos fins são antes construtivos, estruturadores, e que anseia por essa identidade formal entre o dado colhido do natural e sua ideação em esquemas matemáticos.
http://[email protected]
Cecilia Tam
plenizza
Frendas (#fendas+frestas)
Escuto o vento que atravessa uma janela, roça cerejas e faz tremer um desabrigado nas ruas de Bogotá... O lugar não é distintivo, o seu nome é só uma forma de identificá-lo. O que importa é congelar o espaço e reconduzi-lo ao poema que se esconde atrás da nossa cotidianidade... Lembrando assim que existe. O olhar através da fotógrafa nos revela a beleza que nossos olhos esquecem ver, talvez por um excesso de “lucidez”, rotina, ou ainda talvez, por um medo de ver naquilo que vemos todos os dias o reflexo de nossa pequena solidão, aquela tão familiar a mim, você e todos nós...“com uma máquina capturo imagens. Observo como a luz penetra pelas frestas... luz que invade e transforma a percepção do vivido.”
Colombia, 2009
Colombia, 2009
Bogotá, 2009
Lisboa, 2007
La minga indígena, 2008
Xhiva, 2007
http://cesira.botiq.org/
Daniel Freire
“...Io vedo il cielo sopra noiche restiamo quiabbandonaticome se non ci fosse piùniente, più niente al mondo...”
Il cielo in una stanza. Gino Paoli
Hablar de pintura ya me parece algo con poco sentido, inútil, hablar de la pintura de uno mismo es además pervertido. Tan retorcido como “trocear” el tiempo en horas o la idea de estado. Pero nos obligan a ver la hora en relojes, a pertenecer a un estado y a comentar lo que ya esta dicho de la manera que ya consideramos la mejor.
Tengo claro desde hace unos cuantos años que mi trabajo seria una pintura figurativa, al óleo y realista. Realista no como un fin en si misma pero como medio, como resultado de una observación. Hacer un revelado de esta sensación-memoria. Luego, de alguna manera, consideré que la manera más practica de empezar seria con personas extrañas pero que fuesen para mi atractivas como modelos. Tampoco seguí ningún programa o método estricto, hubo cuadros de personas cercanas en este período inicial. Seguidamente pasé a personas con las cuales tenia algún contacto, de las cuales ya tenia algún tipo de impresión, simpatías o antipatías. Actualmente estoy trabajando en cuadros de amigos muy íntimos y pareja. La próxima meta, y la más difícil para mi, es mi familia. Estoy en ello.
Claudia I, óleo s/ lienzo 146 x 114 cm - 2007
Larissa II, óleo s/ lienzo 100 x 100cm - 2007
Yael, óleo s/ lienzo 60 x 81 cm - 2010
Mario y Salete, óleo s/ cobre 25 x 16,5 cm - 2010
www.tallergaleria.net
Elias Santos
“A arte do desenho é para mim um meio de ter acesso a uma experiência espiritual enriquecedora, quando é possível despojar-se dos limites que restringem nossa vida cotidiana. Então podemos perceber que temos um poder em nossas mãos, um poder que flui através da tinta de uma caneta e deixa suas marcas no papel. Este poder nos livra das neuroses e nos faz vislumbrar outros mundos possíveis. Há uma abertura para novas conexões com a vida através da arte.”
Sem titulo
Gravura vectorial, cópia s/ papel fotográfico com laminação fosca, 0,80 x 1,20 cm - 2010
Sem titulo
Gravura vectorial, cópia s/ papel fotográfico com laminação fosca, 0,80 x 1,20 cm - 2010
Sem titulo
Gravura vectorial, cópia s/ papel fotográfico com laminação fosca, 0,80 x 1,20 cm - 2010
Sem titulo
Gravura vectorial, cópia s/ papel fotográfico com laminação fosca, 0,80 x 1,20 cm - 2010
http://www.eliassantosportfolio.blogspot.com/
boardilla nº#1elaboração: Anderson, Daniel Freire
www.tallergaleria.nethttp://andep8.wordpress.com
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Paula Brum
Avesso
Hoje acordei pelo avesso
a pele ficou grudada no travesseiro
as tripas se confundem com as
cobertas
Hoje acordei sem acordar
perambulo sonâmbula do quarto à sala
de estar
língua queimada, pés gelados, olhos
grudados na tela fria
Hoje acordei de uma vida morna
as pálpebras continuam fechadas
a pele seca, a boca sedenta
Hoje acordei de uma outra morte
em um outro tempo
longe daqui
Hoje acordei sem batom,
sem cetim, sem som
cheia de baratas, ratos e vermes
Hoje acordei pelo avesso
arestas de mim sobrando nos cantos
Um cachorro mijou
Acabou o dia
Paula Brum, novembro 2010
Rogério Ferrari
…não é que estejam mortos. Dormem o sono insólito da indiferença.O óbvio que não mais se vê, fronteiras de uma sociedade e sua razão cínica. Sim, são dejetos da nossa própria existência falida.Essa imagem de um ser caído é o reflexo distorcido desses outros eus. Sorria você está aqui.
As imagens integram o trabalho que o fotógrafo Rogério Ferrari desenvolve pelas ruas de Salvador e Porto Alegre.
http://rogerioferrari.wordpress.com/
Virginia de M
edeiros
Série “A descoberta”, acrílica sobre tela 200 x 180 - 1999 / 2000.
Série “A descoberta”, acrílica sobre tela 200 x 120 - 1999 / 2000.
“Auto Retrato”, acrílica s/ tela 200 x 130 - 2000