B A N D AL U I Z A L I A N V O ZM A R T I M B E R N A R D E S G U I T A R R AJ U L I A N O A B R A M O V A Y V I O L O , G U I T A R R AV I O L A B R A N C A [ L U A R ] , C U M B U S H [ M E T E M A ]T O M A S D E S O U Z A P I A N O , T E C L A D O , S A N F O N AG U I L H E R M E D A L M E I D A B A I X O E L T R I C OC H A R L E S T I X I E R B A T E R I A , M P C
S E L O R I S C OG R A V A D O N O E S T D I O C A N O A2 0 1 4 P O R G U I J E S U S T O L E D O
M I X A G E M G U I J E S U S T O L E D OE D I O J U L I A N O A B R A M O V A Y
G U I J E S U S T O L E D OM A S T E R I Z A O G I L B E R T O A S S I S
A R T E M A R I A C A U L E V Y
Um agradecimento de boca cheia aos tantos encontros que vieram semeando este disco comigo nos ltimos anos: Gui Jesus, Martim
Bernardes, Juliano Abramovay, Charles Tixier, Guilherme DAlmeida e Toms de Souza.
Foi maravilhoso criar com vocs este disco que leva meu nome, mas construdo com
WDQWDVPRV'HQWURHIRUDGDFKDWFQLFD
parceiros e artistas que estiveram conosco: Cau Levy, Gabi Cherubini, Paulo Scharlach,
Ktia Knig, Amanda Amaral, Helena Guerra, Gui Giraldi, Riscos - TODOS. Thomas
Huszar, que cedeu o Estdio Jabuticabeira para as gravaes adicionais.
Fabiana Lian, G Marques, que me mostraram algumas das canes em um momento muito
especial da minha vida. Ao Adi, sempre... Finalmente e muito especialmente,
ao grande amigo e professor Rodrigo Naves, que apostou em uma artista independente
HDMXGRXQDQDOL]DRGHVWHGLVFR2VRXWURV
tantos que me inspiraram e deram fora para este projeto acontecer que no vo
caber nessas letrinhas: obrigada, OBRIGADA, MUITO obrigada de corao.
Nunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororFoi minha Me que me chamou
Para adentrar a Cachoeira
A Cachoeira me adentrou
E comeou a sua limpezaNunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororMinha Rainha uma Flor
Ela quem manda no meu corao
As suas guas so as linhas
Costurando a escurido
CH
OR
OR
L
UI
ZA
L
IA
NEnce
na, encena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
Interessada
mente dev
agar
Sistema, s
istema
O gosto d
e ter gosto
de vulgar
Cinema, cin
ema
Encena o
lme todo
E no se de
ixa pra trs
A chave no
seu bolso
Para abrir
a porta ma
s
Ningum p
ode saber
do Sol
Ningum p
ode saber
do som
O gosto a
margo arra
nha sua vo
z
O jeito de
cantar alte
ra o tom
Encena, en
cena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
O discreto
desejo de
amar
Poema, po
ema
Indecifrave
lmente se
entregar
Algema, alg
ema
Encena o
lme todo
E no se de
ixa pra trs
A chave no
seu bolso
Para abrir
a porta ma
s
Ningum p
ode saber
do Sol
Ningum p
ode saber
do som
O gosto a
margo arra
nha sua vo
z
O jeito de
cantar alte
ra o tom
Malcia, ex
plcita
Os seus ol
hos famin
to
Procurando
a carnia
Malcia exp
lcita
Os seus ol
hos famin
tos
Procurando
a carnia
A moa co
m seu ale
crim
Olhou pra
mim
Olhou pra
mim
A moa ch
eiro de jasm
im
Olhou pra
mim
Olhou pra
mim
Encena, en
cena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
Interessada
mente dev
agar
Sistema, s
istema
O gosto d
e ter gosto
de vulgar
Cinema, cin
ema
B
RB
AR
A
MA
LA
V
GL
IA
ME
T
EM
A
Eu todo di
a de manh
Pego um
nibus lotad
o
Prenso o co
rao na p
orta
E me sinto
apaixona
do
Bate bate
porta
Bate bate
porta
Meu cora
o tem ne
blinas
Como toda
s as manh
s
Que pena
voc foi e
mbora
E eu perdi
a hora
De instala
r meu im
Bate porta
, corao
Preciso de
um corpo
colado
Todo dia d
e manh
Um nibus
lotado
G
MA
RQ
UE
S
G
MA
RQ
UE
S
N
IB
US
L
OT
AD
O
Ela a protetora dessa casa
Essa casa de orao Aye eu Mame Oxum Ouro do Rei SalomoEla a dona da manjedoura
Aonde abrigo o meu Jesus
O meu Amor dedico a Ela
Grande este brilho Que me conduzProtegei-nos destes enganos
Que comentemos dentro da
Linha Aye Eu, Mame Oxum Nos defendei, minha Rainha
Protetora dessa casa, Guardi do corao Fazei-me agir na sabedoria
Nestes encontros Com meus irmos
PR
OT
ET
OR
A
Me aproximo na escurido
Te assimilo na multido
Sou s um vulto Colhendo a sua dana Caindo pela curva Dos lugares onde passa
No tem desculpa No s sombra no Nesse teatro de parede
A parte escura minha moE eu vou chegar mais perto
Pra diminuir a pose Dar-lhe uma rosa branca
E enche-la de coresQuero ver se ela me conta
As histrias do mar Quero ver se ela me conta
As histrias do marVou sussurrar no seu ouvido
Um poema do Neruda E se ela rir da minha cara
s ter jogo de cintura
E eu vou chegar mais perto
Pra diminuir a pose No meu samba de paulista
Sem gingado e doceQuero ver se eu no ganho
A sua coroa de ores
LU
IZ
A
LI
AN
CO
RO
A
DE
F
LO
RE
S
Voc fala,
fala, fala
D espao
pra falado
r
Fala, fala,
fala
Pra vanglo
riar a sua d
or
Voc fala,
fala, fala
Alimenta s
ua tristeza
Fala, fala,
fala
Seu samba
uma con
sequncia
Meu cant
o eu fao
tecendo
Um desen
ho no timb
re da minh
a voz
Na levada
eu fao a r
eza
No p eu d
esato os m
eus ns
Voc fala,
fala, fala
Da espao
pra falado
r
Fala, fala,
fala
Pra vanglo
riar a sua d
or
Voc fala,
fala, fala
Alimenta s
ua tristeza
Fala, fala,
fala
Seu samba
uma con
sequncia
J eu no
sou dona d
o samba,
Canto o qu
e ele me c
ontou
Eu sou con
sequencia
do samba
Ele meu
professor
Apenas um
mensagei
ro
Do samba,
que um
a or
E eu sou c
omo a terr
a que ele
Que usa p
ra se com
por
LU
IZ
A
LI
AN
FA
LA
DO
R
G
MA
RQ
UE
S
B
ET
O
BI
AN
CH
I Eu te olhando assim to infeliz
No Saberei medir sua aioSeu corpo quem me diz
O volume opaco dessa solidoSentada na poltrona choras
E o choro invade todo o saloNo rosto existe um choro que demora
A escorrer liberto pelo mosE agora o seu olhar que gesticula
Depois no ouvirs mais nenhum som
Seu peito ensaia fome mas gula
De quem sabe que no Sabe dizer no
GU
LA
1
2
3
4
5
6
7
27020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 2 23/03/2015 11:50:34
Um agradecimento de boca cheia aos tantos encontros que vieram semeando este disco comigo nos ltimos anos: Gui Jesus, Martim
Bernardes, Juliano Abramovay, Charles Tixier, Guilherme DAlmeida e Toms de Souza.
Foi maravilhoso criar com vocs este disco que leva meu nome, mas construdo com
WDQWDVPRV'HQWURHIRUDGDFKDWFQLFD
parceiros e artistas que estiveram conosco: Cau Levy, Gabi Cherubini, Paulo Scharlach,
Ktia Knig, Amanda Amaral, Helena Guerra, Gui Giraldi, Riscos - TODOS. Thomas
Huszar, que cedeu o Estdio Jabuticabeira para as gravaes adicionais.
Fabiana Lian, G Marques, que me mostraram algumas das canes em um momento muito
especial da minha vida. Ao Adi, sempre... Finalmente e muito especialmente,
ao grande amigo e professor Rodrigo Naves, que apostou em uma artista independente
HDMXGRXQDQDOL]DRGHVWHGLVFR2VRXWURV
tantos que me inspiraram e deram fora para este projeto acontecer que no vo
caber nessas letrinhas: obrigada, OBRIGADA, MUITO obrigada de corao.
Nunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororFoi minha Me que me chamou
Para adentrar a Cachoeira
A Cachoeira me adentrou
E comeou a sua limpezaNunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororMinha Rainha uma Flor
Ela quem manda no meu corao
As suas guas so as linhas
Costurando a escurido
CH
OR
OR
L
UI
ZA
L
IA
N
Encena, en
cena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
Interessada
mente dev
agar
Sistema, s
istema
O gosto d
e ter gosto
de vulgar
Cinema, cin
ema
Encena o
lme todo
E no se de
ixa pra trs
A chave no
seu bolso
Para abrir
a porta ma
s
Ningum p
ode saber
do Sol
Ningum p
ode saber
do som
O gosto a
margo arra
nha sua vo
z
O jeito de
cantar alte
ra o tom
Encena, en
cena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
O discreto
desejo de
amar
Poema, po
ema
Indecifrave
lmente se
entregar
Algema, alg
ema
Encena o
lme todo
E no se de
ixa pra trs
A chave no
seu bolso
Para abrir
a porta ma
s
Ningum p
ode saber
do Sol
Ningum p
ode saber
do som
O gosto a
margo arra
nha sua vo
z
O jeito de
cantar alte
ra o tom
Malcia, ex
plcita
Os seus ol
hos famin
to
Procurando
a carnia
Malcia exp
lcita
Os seus ol
hos famin
tos
Procurando
a carnia
A moa co
m seu ale
crim
Olhou pra
mim
Olhou pra
mim
A moa ch
eiro de jasm
im
Olhou pra
mim
Olhou pra
mim
Encena, en
cena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
Interessada
mente dev
agar
Sistema, s
istema
O gosto d
e ter gosto
de vulgar
Cinema, cin
ema
B
RB
AR
A
MA
LA
V
GL
IA
ME
T
EM
A
Eu todo di
a de manh
Pego um
nibus lotad
o
Prenso o co
rao na p
orta
E me sinto
apaixona
do
Bate bate
porta
Bate bate
porta
Meu cora
o tem ne
blinas
Como toda
s as manh
s
Que pena
voc foi e
mbora
E eu perdi
a hora
De instala
r meu im
Bate porta
, corao
Preciso de
um corpo
colado
Todo dia d
e manh
Um nibus
lotado
G
MA
RQ
UE
S
G
MA
RQ
UE
S
N
IB
US
L
OT
AD
O
Ela a protetora dessa casa
Essa casa de orao Aye eu Mame Oxum Ouro do Rei SalomoEla a dona da manjedoura
Aonde abrigo o meu Jesus
O meu Amor dedico a Ela
Grande este brilho Que me conduzProtegei-nos destes enganos
Que comentemos dentro da
Linha Aye Eu, Mame Oxum Nos defendei, minha Rainha
Protetora dessa casa, Guardi do corao Fazei-me agir na sabedoria
Nestes encontros Com meus irmos
PR
OT
ET
OR
A
Me aproximo na escurido
Te assimilo na multido
Sou s um vulto Colhendo a sua dana Caindo pela curva Dos lugares onde passa
No tem desculpa No s sombra no Nesse teatro de parede
A parte escura minha moE eu vou chegar mais perto
Pra diminuir a pose Dar-lhe uma rosa branca
E enche-la de coresQuero ver se ela me conta
As histrias do mar Quero ver se ela me conta
As histrias do marVou sussurrar no seu ouvido
Um poema do Neruda E se ela rir da minha cara
s ter jogo de cintura
E eu vou chegar mais perto
Pra diminuir a pose No meu samba de paulista
Sem gingado e doceQuero ver se eu no ganho
A sua coroa de ores
LU
IZ
A
LI
AN
CO
RO
A
DE
F
LO
RE
S
Voc fala,
fala, fala
D espao
pra falado
r
Fala, fala,
fala
Pra vanglo
riar a sua d
or
Voc fala,
fala, fala
Alimenta s
ua tristeza
Fala, fala,
fala
Seu samba
uma con
sequncia
Meu cant
o eu fao
tecendo
Um desen
ho no timb
re da minh
a voz
Na levada
eu fao a r
eza
No p eu d
esato os m
eus ns
Voc fala,
fala, fala
Da espao
pra falado
r
Fala, fala,
fala
Pra vanglo
riar a sua d
or
Voc fala,
fala, fala
Alimenta s
ua tristeza
Fala, fala,
fala
Seu samba
uma con
sequncia
J eu no
sou dona d
o samba,
Canto o qu
e ele me c
ontou
Eu sou con
sequencia
do samba
Ele meu
professor
Apenas um
mensagei
ro
Do samba,
que um
a or
E eu sou c
omo a terr
a que ele
Que usa p
ra se com
porL
UI
ZA
L
IA
N
FA
LA
DO
R
G
MA
RQ
UE
S
B
ET
O
BI
AN
CH
I Eu te olhando assim to infeliz
No Saberei medir sua aioSeu corpo quem me diz
O volume opaco dessa solidoSentada na poltrona choras
E o choro invade todo o saloNo rosto existe um choro que demora
A escorrer liberto pelo mosE agora o seu olhar que gesticula
Depois no ouvirs mais nenhum som
Seu peito ensaia fome mas gula
De quem sabe que no Sabe dizer no
GU
LA
1
2
3
4
5
6
7
27020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 2 23/03/2015 11:50:34
Por falta de carinho ou mar
Por falta de cachimbo ou caf
Viciado Desejoso Assustado de fascinaoNa busca de um espelho qualquer
Na fria de um destino melhor
Distrado pisou Iludiu, despedaou O corao de uma pobre mulher
Linda, Linda! Receba estas ores, Mas no saia do lugar Muda, musa, maravilhosa!
Pouca a prosa ao lhe ver passar
Voa, ca na lua Seja a Diva da minha co
Mas no caia Das escadas Da imaginao
A luz da vela Ouro Mansa
Luz amarela Amena LanaUm pensamento aberto
Inteiro Aberto ao tempo absorto
EsperoA dana calma Doce
AlheiaEm que esvai minha alma
Em que VagueiaMinha vida incerta Prossegue belaSerena luz A luz da velaOuro
LU
IZ
A
LI
AN
LI
ND
A,
LI
ND
A
A
LU
Z
DA
V
EL
A
Escuta Z,
Voc me c
ansa com
seus medo
s
E essa ns
ia pelo arr
emedo
Voc est
morto
Com o pav
or que seu
corpo insp
ira
Voc quer
mais, mas
A or que
voc exal
a lhe pira
E iguala, m
e escuta, Z
Aos anima
is
Voc se co
ntenta com
a alegria
Com data
dos carnav
ais
Voc quer
correr pelo
s campos
Numa exalt
ao da vi
da
E consegu
e no mxim
o
Alegorias d
e amor na
Avenida
Voc s am
a o amant
e na cama
Pela telev
iso enqua
drado
E as muitas
putas com
corao
Das multid
es de Jorg
e amado
Voc quer
ser livre, v
oc quer s
ada
Mas na ver
dade tem
asco
Da sua pr
pria liberd
ade
Quando
de fato viv
ida
Escuta Z,
voc me e
nja
Com essa
vida que vo
c leva to
a
Falando pa
ra os outr
os que ela
boa
Quando
de fato fer
ida
Seu presen
te para o a
mor o so
nho
Ou a coroa
de espinh
o
Voc morr
er cedo,
Z
Por que se
u desejo
mesquinh
o
ES
CU
TA
Z
Peque sim Me leve em seu perdo Peque sim Me pegue pela mo
Pela moLeve sim Me regue em meu jardim
Meu jardim ao toque Da sua mo Da sua mo Na sua linha Na sua voz Que leve a minhaNum cordo Me regue em meu perdo
Minha voz Me regue em meu perdo
Carregue nessa canoMe leve E me deixe cair Semear o cho
JA
RD
IM
LU
IZ
A
LI
AN
LU
IZ
A
LI
AN
LU
IZ
A
LI
AN
Artista de cinema Das esquinas onde eu paro
As buzinas so minha trilha
Nos farois monto meu palco
E as ruas, passarelas Onde eu canto a minha histria
Distribuo minhas mazelas Mississipi Blues Te trago nos meus prantos
Minha Mississipi / Luz Que mal sabe dos seu cantos
Mississipi Blues Me salva da rotina no seu balano Que eu escrevo a minha sina
Rio negro, meu espelho
Sob a luz do cu rachado
Na fumaa diluida Pe-se o sol, avermelhado
Onde tocando o sapateado
Eu vou descendo a ladeira
Embalando a choradeiraMississipi Blues Trago os seus prantos,
Na minha Mississipi / Luz
Que mal sabe dos seu cantos
Mississipi Blues Me leva na boleia, Na prxima cidade Onde eu farei a sua estreia
MI
SS
IS
SI
PI
L
UZ
Quanto mar luar Quanto brilho Que me leva A nadar No seu trilhoMas me banho, luar
To imenso Na imagem Das nuvens No ventoMe confundo luar
Quando prendo Se no deixo voar Meu pensamentoMas me banho luar
No suspiro Dos limites Em seu azul innito
LU
AR
G
MA
RQ
UE
S G
MA
RQ
UE
S
BE
TO
B
IA
NC
HI
8
9
11
10
12
13
Este disco
foi coletiv
amente
produzido p
or Gui Jesu
s
Toledo, Ma
rtim Bernar
des,
Juliano Ab
ramovay, C
harles
Tixier, Gui
lherme DA
lmeida,
Toms de S
ouza e Luiz
a Lian
Coro Feminino
em Choror,
Protetora e Lin
da, Linda
Maiana M
onteiro, Na
thalia
Ernesto e M
aria Cau Le
vy
Coro de Palma
s em Protetora
e
Coro Masculin
o
Cau Bene
tti, Martim
Bernardes
, Charles T
ixier,
Juliano Ab
ramovay
Percusso em
Protetora
e Choror
Gabriel Ba
sile
Gravaes adi
cionais
Estdio Jab
uticabeira
por
Juliano Ab
ramovay
e Thomas H
uszar
)RWRJUDDV
Capa: Est
dio Cecilia
Laszkiewic
z por Mari
a Cau
Levy e Oli
via Pedroso
Encarte: A
manda Am
aral
ENCARTE7.indd 2 19/03/15 15:1527020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 1 23/03/2015 11:50:33
Por falta de carinho ou mar
Por falta de cachimbo ou caf
Viciado Desejoso Assustado de fascinaoNa busca de um espelho qualquer
Na fria de um destino melhor
Distrado pisou Iludiu, despedaou O corao de uma pobre mulher
Linda, Linda! Receba estas ores, Mas no saia do lugar Muda, musa, maravilhosa!
Pouca a prosa ao lhe ver passar
Voa, ca na lua Seja a Diva da minha co
Mas no caia Das escadas Da imaginao
A luz da vela Ouro Mansa
Luz amarela Amena LanaUm pensamento aberto
Inteiro Aberto ao tempo absorto
EsperoA dana calma Doce
AlheiaEm que esvai minha alma
Em que VagueiaMinha vida incerta Prossegue belaSerena luz A luz da velaOuro
LU
IZ
A
LI
AN
LI
ND
A,
LI
ND
A
A
LU
Z
DA
V
EL
A
Escuta Z,
Voc me c
ansa com
seus medo
s
E essa ns
ia pelo arr
emedo
Voc est
morto
Com o pav
or que seu
corpo insp
ira
Voc quer
mais, mas
A or que
voc exal
a lhe pira
E iguala, m
e escuta, Z
Aos anima
is
Voc se co
ntenta com
a alegria
Com data
dos carnav
ais
Voc quer
correr pelo
s campos
Numa exalt
ao da vi
da
E consegu
e no mxim
o
Alegorias d
e amor na
Avenida
Voc s am
a o amant
e na cama
Pela telev
iso enqua
drado
E as muitas
putas com
corao
Das multid
es de Jorg
e amado
Voc quer
ser livre, v
oc quer s
ada
Mas na ver
dade tem
asco
Da sua pr
pria liberd
ade
Quando
de fato viv
ida
Escuta Z,
voc me e
nja
Com essa
vida que vo
c leva to
a
Falando pa
ra os outr
os que ela
boa
Quando
de fato fer
ida
Seu presen
te para o a
mor o so
nho
Ou a coroa
de espinh
o
Voc morr
er cedo,
Z
Por que se
u desejo
mesquinh
o
ES
CU
TA
Z
Peque sim Me leve em seu perdo Peque sim Me pegue pela mo
Pela moLeve sim Me regue em meu jardim
Meu jardim ao toque Da sua mo Da sua mo Na sua linha Na sua voz Que leve a minhaNum cordo Me regue em meu perdo
Minha voz Me regue em meu perdo
Carregue nessa canoMe leve E me deixe cair Semear o cho
JA
RD
IM
LU
IZ
A
LI
AN
LU
IZ
A
LI
AN
LU
IZ
A
LI
AN
Artista de cinema Das esquinas onde eu paro
As buzinas so minha trilha
Nos farois monto meu palco
E as ruas, passarelas Onde eu canto a minha histria
Distribuo minhas mazelas Mississipi Blues Te trago nos meus prantos
Minha Mississipi / Luz Que mal sabe dos seu cantos
Mississipi Blues Me salva da rotina no seu balano Que eu escrevo a minha sina
Rio negro, meu espelho
Sob a luz do cu rachado
Na fumaa diluida Pe-se o sol, avermelhado
Onde tocando o sapateado
Eu vou descendo a ladeira
Embalando a choradeiraMississipi Blues Trago os seus prantos,
Na minha Mississipi / Luz
Que mal sabe dos seu cantos
Mississipi Blues Me leva na boleia, Na prxima cidade Onde eu farei a sua estreia
MI
SS
IS
SI
PI
L
UZ
Quanto mar luar Quanto brilho Que me leva A nadar No seu trilhoMas me banho, luar
To imenso Na imagem Das nuvens No ventoMe confundo luar
Quando prendo Se no deixo voar Meu pensamentoMas me banho luar
No suspiro Dos limites Em seu azul innito
LU
AR
G
MA
RQ
UE
S G
MA
RQ
UE
S
BE
TO
B
IA
NC
HI
8
9
11
10
12
13
Este disco
foi coletiv
amente
produzido p
or Gui Jesu
s
Toledo, Ma
rtim Bernar
des,
Juliano Ab
ramovay, C
harles
Tixier, Gui
lherme DA
lmeida,
Toms de S
ouza e Luiz
a Lian
Coro Feminino
em Choror,
Protetora e Lin
da, Linda
Maiana M
onteiro, Na
thalia
Ernesto e M
aria Cau Le
vy
Coro de Palma
s em Protetora
e
Coro Masculin
o
Cau Bene
tti, Martim
Bernardes
, Charles T
ixier,
Juliano Ab
ramovay
Percusso em
Protetora
e Choror
Gabriel Ba
sile
Gravaes adi
cionais
Estdio Jab
uticabeira
por
Juliano Ab
ramovay
e Thomas H
uszar
)RWRJUDDV
Capa: Est
dio Cecilia
Laszkiewic
z por Mari
a Cau
Levy e Oli
via Pedroso
Encarte: A
manda Am
aral
ENCARTE7.indd 2 19/03/15 15:1527020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 1 23/03/2015 11:50:33
Um agradecimento de boca cheia aos tantos encontros que vieram semeando este disco comigo nos ltimos anos: Gui Jesus, Martim
Bernardes, Juliano Abramovay, Charles Tixier, Guilherme DAlmeida e Toms de Souza.
Foi maravilhoso criar com vocs este disco que leva meu nome, mas construdo com
WDQWDVPRV'HQWURHIRUDGDFKDWFQLFD
parceiros e artistas que estiveram conosco: Cau Levy, Gabi Cherubini, Paulo Scharlach,
Ktia Knig, Amanda Amaral, Helena Guerra, Gui Giraldi, Riscos - TODOS. Thomas
Huszar, que cedeu o Estdio Jabuticabeira para as gravaes adicionais.
Fabiana Lian, G Marques, que me mostraram algumas das canes em um momento muito
especial da minha vida. Ao Adi, sempre... Finalmente e muito especialmente,
ao grande amigo e professor Rodrigo Naves, que apostou em uma artista independente
HDMXGRXQDQDOL]DRGHVWHGLVFR2VRXWURV
tantos que me inspiraram e deram fora para este projeto acontecer que no vo
caber nessas letrinhas: obrigada, OBRIGADA, MUITO obrigada de corao.
Nunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororFoi minha Me que me chamou
Para adentrar a Cachoeira
A Cachoeira me adentrou
E comeou a sua limpezaNunca vi tanto choror Nunca vi tanto choror Meu Deus do Cu Quanto choror Meu Deus do Cu Quanto chororMinha Rainha uma Flor
Ela quem manda no meu corao
As suas guas so as linhas
Costurando a escurido
CH
OR
OR
L
UI
ZA
L
IA
N
Encena, en
cena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
Interessada
mente dev
agar
Sistema, s
istema
O gosto d
e ter gosto
de vulgar
Cinema, cin
ema
Encena o
lme todo
E no se de
ixa pra trs
A chave no
seu bolso
Para abrir
a porta ma
s
Ningum p
ode saber
do Sol
Ningum p
ode saber
do som
O gosto a
margo arra
nha sua vo
z
O jeito de
cantar alte
ra o tom
Encena, en
cena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
O discreto
desejo de
amar
Poema, po
ema
Indecifrave
lmente se
entregar
Algema, alg
ema
Encena o
lme todo
E no se de
ixa pra trs
A chave no
seu bolso
Para abrir
a porta ma
s
Ningum p
ode saber
do Sol
Ningum p
ode saber
do som
O gosto a
margo arra
nha sua vo
z
O jeito de
cantar alte
ra o tom
Malcia, ex
plcita
Os seus ol
hos famin
to
Procurando
a carnia
Malcia exp
lcita
Os seus ol
hos famin
tos
Procurando
a carnia
A moa co
m seu ale
crim
Olhou pra
mim
Olhou pra
mim
A moa ch
eiro de jasm
im
Olhou pra
mim
Olhou pra
mim
Encena, en
cena
O charme d
a urgncia
de trepar
Obscena, o
bscena
Interessada
mente dev
agar
Sistema, s
istema
O gosto d
e ter gosto
de vulgar
Cinema, cin
ema
B
RB
AR
A
MA
LA
V
GL
IA
ME
T
EM
A
Eu todo di
a de manh
Pego um
nibus lotad
o
Prenso o co
rao na p
orta
E me sinto
apaixona
do
Bate bate
porta
Bate bate
porta
Meu cora
o tem ne
blinas
Como toda
s as manh
s
Que pena
voc foi e
mbora
E eu perdi
a hora
De instala
r meu im
Bate porta
, corao
Preciso de
um corpo
colado
Todo dia d
e manh
Um nibus
lotado
G
MA
RQ
UE
S
G
MA
RQ
UE
S
N
IB
US
L
OT
AD
O
Ela a protetora dessa casa
Essa casa de orao Aye eu Mame Oxum Ouro do Rei SalomoEla a dona da manjedoura
Aonde abrigo o meu Jesus
O meu Amor dedico a Ela
Grande este brilho Que me conduzProtegei-nos destes enganos
Que comentemos dentro da
Linha Aye Eu, Mame Oxum Nos defendei, minha Rainha
Protetora dessa casa, Guardi do corao Fazei-me agir na sabedoria
Nestes encontros Com meus irmos
PR
OT
ET
OR
A
Me aproximo na escurido
Te assimilo na multido
Sou s um vulto Colhendo a sua dana Caindo pela curva Dos lugares onde passa
No tem desculpa No s sombra no Nesse teatro de parede
A parte escura minha moE eu vou chegar mais perto
Pra diminuir a pose Dar-lhe uma rosa branca
E enche-la de coresQuero ver se ela me conta
As histrias do mar Quero ver se ela me conta
As histrias do marVou sussurrar no seu ouvido
Um poema do Neruda E se ela rir da minha cara
s ter jogo de cintura
E eu vou chegar mais perto
Pra diminuir a pose No meu samba de paulista
Sem gingado e doceQuero ver se eu no ganho
A sua coroa de ores
LU
IZ
A
LI
AN
CO
RO
A
DE
F
LO
RE
S
Voc fala,
fala, fala
D espao
pra falado
r
Fala, fala,
fala
Pra vanglo
riar a sua d
or
Voc fala,
fala, fala
Alimenta s
ua tristeza
Fala, fala,
fala
Seu samba
uma con
sequncia
Meu cant
o eu fao
tecendo
Um desen
ho no timb
re da minh
a voz
Na levada
eu fao a r
eza
No p eu d
esato os m
eus ns
Voc fala,
fala, fala
Da espao
pra falado
r
Fala, fala,
fala
Pra vanglo
riar a sua d
or
Voc fala,
fala, fala
Alimenta s
ua tristeza
Fala, fala,
fala
Seu samba
uma con
sequncia
J eu no
sou dona d
o samba,
Canto o qu
e ele me c
ontou
Eu sou con
sequencia
do samba
Ele meu
professor
Apenas um
mensagei
ro
Do samba,
que um
a or
E eu sou c
omo a terr
a que ele
Que usa p
ra se com
por
LU
IZ
A
LI
AN
FA
LA
DO
R
G
MA
RQ
UE
S
B
ET
O
BI
AN
CH
I Eu te olhando assim to infeliz
No Saberei medir sua aioSeu corpo quem me diz
O volume opaco dessa solidoSentada na poltrona choras
E o choro invade todo o saloNo rosto existe um choro que demora
A escorrer liberto pelo mosE agora o seu olhar que gesticula
Depois no ouvirs mais nenhum som
Seu peito ensaia fome mas gula
De quem sabe que no Sabe dizer no
GU
LA
1
2
3
4
5
6
7
27020_Maria Claudia encarte Luiza Lian.indd 2 23/03/2015 11:50:34
Top Related