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y-A .' * -, * ¦* v*. ¦ 1 % A REGENERAÇÃO t JORNAL DA PROVÍNCIA DE SANTA CATHARINA ORGAM DO PARTIDO LIBERAL. "•si •*•* ASíSIGlVATtJRA : PAnA A CAPITAL Anno I Rs. 9J000 g REDACTORES JPRIXVCIJPAES I I SEHE8T11E. .'.'.'..'.. «" 5S000 || Anno. . T.T t Av Af Rs. iogooo f Db' DuAlmi ^,WÍ Schutel e Bacharel Luiz Augusto Crespo. I AIVIVO III.iv. 260 DOMINGO 1DDE MARCO ÜE 1871. Semestre. « 50500 f I PUBUCA-SK \'S QulNTAS-FülltAS E DoUlMOS. Folha avulsa 200 reis. A REGENERAÇÃO. Lii Desterro, 19 de Março de 1871. O ministério <le Q de 3V£arr?o. Depois de enfadonha o lahoriosa gestação durante trese longos dias, o 2~.—— -. m.m.y..mm^mm m . ~ , Sr. Joaé Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branéo, dêo á luz o ministério de 6 de Março ! S. Ex. que se achava em missão es- pecial no Rio da Prata para ondo tinha regressado apenas ha cinco mezes, custando ao paiz uma boa somrna de contos de reis ao cambio de 27, foi cha- mado á pressa, para voltar ao Brazil u acabar a situação inaugurada a 16 do Julho, quando o objecto principal de sua missão se achava em viu de con chi silo.J .um,parlido que so diz grande, que em seo seio couta—illudido—tur- mas de homens notáveis, cheios de prestigio , que para organisador do seo terceiro ministério vae recrutar no Paraguay o único diplomata em que confia ! I Composta de homens de opiniões dif- foieiito.s, quanto as niomentosas quês- toes da actualidade. contendo em si elementos heterogêneos, e ainda mais, reciprocas desaffeiçnes pessoaes,u nova organisação ó fr aqui sai ma*, o os pro- prios conservadores dizem mal delia, julgando mesmo ípie djfficilmeiíto se possa sustentar perante as câmaras. Si n&o fôra bastante o raro exemplo de continuar em uma das pastas um ministro do gabinete decaindo para de- terminar a fraqueza do 6 de Março, o facto do terem sido aproveitados'dous homens gastos do muito desacreditado ministério de 16 de Julho, tornava-o por si impossivel para a govcrnaçilo do estado. O Sr. Cotegype como ó sabido e se tem pronunciado no parlamento, é dos osclatocrátas de primeira força; o ga- binete de 16 de Julho contando aliás grande maioria ua câmara temporária e no senado, cahio porque o ministro da marinha mais que os outros colle- gas se oppunha uo elemento servil; lid-! je, seis mezes depois, o 6 de Março quo certamente tem por principal missu« dar ao paiz e ao estrangeiro uma pro- ta ostensiva de que o Brazil deseja e quer extinguir o cancro da escravidão, a pasta da fãzéhiíá e confiada ao mes- mo Sr. Cotegype ex-ministro do 16 de Julho I Grave erro, senão fatal conseqüência do governo pessoal. A actual administração da provincia de Sao Paulo contraria de freute o gru- po que sustenta o Dr.-Duarte de Aze- vedo, e o Sr. Dr. Duarte do Azevedo está encarregado da pastada marinha I O ministro do império de 29 do Se- tembro, o Sr. João Alfredo, sustentará o presidente por elle nomeado, ou pre- dominará a influencia do chefe do gru- po dissidente t Concedendo-se ao actual ministro iria marinha algum puiov político, uao é dado duvidar que S. Ex. ou se retira do ministério ou consegue substituir a seu geito o presidente da província, e a reacção apparece como conseqüência inevitavol. Eutre nós deo-se o mesmo facto, e portanto verifica-se a mesma hypothe- se em relação ao Di\ Corroa, ministra dc estrangeiros.— S.Ex. está com ú col- lega da marinha, na mesma delicada contingência. O gabinete de 29 de Setembro sus- tentou om Santa Catharina, e cumpre dixul-d com prejuiso da força moral da autoridade, o grupo de que'ó chefe na corto o Sr. Jesuino Lamego Costa, e aqui ua provincia um tal Sr. Oliveira, demittindo aciulo.uiraente des seus car- gos o presidente Francisco Fe;*reira Cor- rêa e o chefe de pulicia . Manoel Vieira Tosta; isto nas vésperas de uina eleiçflo de dous deputados provinciaes, frenèti- camente despeitada. < Para adoçar o golpe, semelhante a certo auimalejc* que morde o sopra, o ministro do império fez acompanhar o decreto dc demissão, da carta imperial nomeando o Dr. Corrêa parn igual car- go na província do Espirito-Santo; por sua vez-plano combiuado-?o ministro da justiça designou sem perda de tera- po ao Dr. Tosta para nella ter exercicio demizdudiruito, a comarca da Para- hyba áo Sul. Em acto continuo o Sr. Lamego foi arrancar dt; bordo dos paquetes da li-- nha transatlântica ou recrutar na res- pe>Jtiva agencia o Dr. Bandeira de Gou- ?•sa,e fez delle doação u estes po vos dignos de melhor sorte. Nomeado por influencia laraeguista, é escusado dizer quo o Sr. G.juvêa tem correspondido bollameute aos desejos do seu corrector de presidências. ; Nestas circumstancias pois,é impôs- sivel que o irmão do ex-presidente de Santa Catharina so demore no poder nfto sendo alterada aqui a situação creada pelo Sr. Lamego. Por Fun parte, o ministro do império, ou passa jpèlas forcas caudinaw, ou reti- ra-Ae também ; ó inevitável o conflicto. :, Com taes elementos heterogêneos o dissolventes todas as previsões indi- cam a próxima queda do 6 de Mar- ço corn ella a da situação. O pastel do Sr. do Rio* Branco.amas- sado e cosido no* foruos de Sao Chris- tovflo, se se apresentar ás câmaras terá de ser forçosamente por ellas devorado. COLLABORAÇÃO. Redacção o ©stylo, IV. Para oceasião mais opportuna fica adiado o pro mettido couto dos mas- «antes e trato de acabar o expediente de 14 de Fevereiro. "Ao Sr. coronel Joaquim Xavior Ne- ves, commandante superior da g. n. da capital, etc—Em resposta ao seu oíli- cio, datado de hontem, fico inteirado de haver v. ex. assumido de novo o exercicio do commando snpjrior da guarda nacional dos municípios da ca- pitai, S. Josó o tí. Miguel, cumprindo- 1 ío o grato dovor do reconhecer em v. ea*. tanto zelo pelo serviço da guarda nacional, ficando certo v.'.ex. do que opportuiiamentefaiei ver no governo i.mpsrial o sacrifício que reatÜá, accei- tando de novo encargos de que a a van- cada idade de v. ex. o podia ir dispen- «ando.-y; ¦'*-."¦¦' O Sr. Dr. Bandeira de GouvéNi, no officio supra, tio Sr. coronel Neves o tratamento de exêllmcia, que.ollu iiao tem o que uno lhe pode aer dado {. bel prazer do presídeWte da proviueia, quo nSo tera direito do tratar as auto- ridades e os funccioiiarioy públicos, conforme lhe parece , porque a lei designou o tratamanto que h ciidÜ um compete. O Sr. Dr. Gouvôa porem, tulo satisfeito era dar —-sai.—-.io Sr. co- ronel Neves, foi profuso, generoso, desperdiçado mesmo no presente que fez. Emi um pequeno officio de meiu dúzia de linhas deu -ox.— quatro voses ao teliz commani.lante superior. Chama-se a isto fastf favores cora a bolsa alheia. Deixando do parte as excellencias do Sr.coronel Neves, vou examinai* a mate- ria do officio e ver se sao merecidos os pomposos elogios que lhe sfio pródiga- Usados pelo amabilissimo Sr. Ür. Ban- deira. O Sr. Neves, achando-se ha anão c meiu fóra do" commando superior, iu- commodado pelo fiasco quo tinha feito no exercicio Jo eargo de vice-presi- dente da província, e, segundo se dwiu, tratando de pôr-sd bem com sua cou- sciencia que lhe exprobrava as injusti- ças o violoucias de sua administração, resolveu-se, a podido do Sr. Poudica o de vários outros amigos, que tanto tem sabido especulai* com a boa" e inge- nuidadodeS. S., a assumir ás fuuc- çoes do cargo. Esta deliberação do Sr. Nevo.9 tinha por fim:—secundar as vistas do Siv LamÔgo, auxiliando os planos quo ello pretendi,» levar a effeito por via do Sr. Baudeira de Gquyôa, feitura sua, o pòr fóra do combate e dar xeque no Tonou- to-Coronel Cheio de tístado Maior, Joa- quim d'Almeida Gama Lobo d-Eoa , que tinha moBtrajjo indepetidonciâ u dignidade , qualidades iucoiupativoi.i Li RUTIWD* iiT-p&F I* 1 ih . J

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A REGENERAÇÃO tJORNAL DA PROVÍNCIA DE SANTA CATHARINA

ORGAM DO PARTIDO LIBERAL."•si •*•*

ASíSIGlVATtJRA :PAnA A CAPITAL

Anno

IRs. 9J000 g

REDACTORES JPRIXVCIJPAES II

SEHE8T11E. .'.'.'..'.. «" 5S000 ||

Anno. . T.T t Av Af Rs. iogooo f Db' DuAlmi ^,WÍ Schutel e Bacharel Luiz Augusto Crespo. I

AIVIVO III. iv. 260DOMINGO 1DDE MARCO ÜE 1871.

Semestre. « 50500 f IPUBUCA-SK \'S QulNTAS-FülltAS E DoUlMOS.

Folha avulsa 200 reis.

A REGENERAÇÃO.ii

Desterro, 19 de Março de 1871.O ministério <le Q de

3V£arr?o.

Depois de enfadonha o lahoriosagestação durante trese longos dias, o— ~.—— -. m.m.y. .mm^mm m . — ~ ,

Sr. Joaé Maria da Silva Paranhos,Visconde do Rio Branéo, dêo á luz oministério de 6 de Março !

S. Ex. que se achava em missão es-pecial no Rio da Prata para ondo tinharegressado apenas ha cinco mezes,custando ao paiz uma boa somrna decontos de reis ao cambio de 27, foi cha-mado á pressa, para voltar ao Brazilu acabar a situação inaugurada a 16do Julho, quando o objecto principalde sua missão se achava já em viu decon chi silo. J

Eé .um,parlido que so diz grande,que em seo seio couta—illudido—tur-mas de homens notáveis, cheios deprestigio , que para organisador doseo terceiro ministério vae recrutar noParaguay o único diplomata em queconfia ! I

Composta de homens de opiniões dif-foieiito.s, quanto as niomentosas quês-toes da actualidade. contendo em sielementos heterogêneos, e ainda mais,reciprocas desaffeiçnes pessoaes,u novaorganisação ó fr aqui sai ma*, o os pro-prios conservadores dizem mal delia,julgando mesmo ípie djfficilmeiíto sepossa sustentar perante as câmaras.

Si n&o fôra bastante o raro exemplode continuar em uma das pastas umministro do gabinete decaindo para de-terminar a fraqueza do 6 de Março, ofacto do terem sido aproveitados'doushomens gastos do muito desacreditadoministério de 16 de Julho, tornava-opor si só impossivel para a govcrnaçilodo estado.

O Sr. Cotegype como ó sabido e setem pronunciado no parlamento, é dososclatocrátas de primeira força; o ga-binete de 16 de Julho contando aliásgrande maioria ua câmara temporária

e no senado, cahio porque o ministroda marinha mais que os outros colle-gas se oppunha uo elemento servil; lid-!je, seis mezes depois, o 6 de Março quocertamente tem por principal missu«dar ao paiz e ao estrangeiro uma pro-ta ostensiva de que o Brazil deseja equer extinguir o cancro da escravidão,a pasta da fãzéhiíá e confiada ao mes-mo Sr. Cotegype ex-ministro do 16 deJulho I

Grave erro, senão fatal conseqüênciado governo pessoal.

A actual administração da provinciade Sao Paulo contraria de freute o gru-po que sustenta o Dr.-Duarte de Aze-vedo, e o Sr. Dr. Duarte do Azevedoestá encarregado da pastada marinha I

O ministro do império de 29 do Se-tembro, o Sr. João Alfredo, sustentaráo presidente por elle nomeado, ou pre-dominará a influencia do chefe do gru-po dissidente t

Concedendo-se ao actual ministro iriamarinha algum puiov político, uao édado duvidar que S. Ex. ou se retira doministério ou consegue substituir a seugeito o presidente da província, e areacção apparece como conseqüênciainevitavol. •

Eutre nós deo-se o mesmo facto, eportanto verifica-se a mesma hypothe-se em relação ao Di\ Corroa, ministradc estrangeiros.— S.Ex. está com ú col-lega da marinha, na mesma delicadacontingência.

O gabinete de 29 de Setembro sus-tentou om Santa Catharina, e cumpredixul-d com prejuiso da força moral daautoridade, o grupo de que'ó chefe nacorto o Sr. Jesuino Lamego Costa, eaqui ua provincia um tal Sr. Oliveira,demittindo aciulo.uiraente des seus car-gos o presidente Francisco Fe;*reira Cor-rêa e o chefe de pulicia . Manoel VieiraTosta; isto nas vésperas de uina eleiçflode dous deputados provinciaes, frenèti-camente despeitada.

< Para adoçar o golpe, semelhantea certo auimalejc* que morde o sopra, oministro do império fez acompanhar odecreto dc demissão, da carta imperial

nomeando o Dr. Corrêa parn igual car-go na província do Espirito-Santo; porsua vez-plano combiuado-?o ministroda justiça designou sem perda de tera-po ao Dr. Tosta para nella ter exerciciodemizdudiruito, a comarca da Para-hyba áo Sul.

Em acto continuo o Sr. Lamego foiarrancar dt; bordo dos paquetes da li--nha transatlântica ou recrutar na res-pe>Jtiva agencia o Dr. Bandeira de Gou-?•sa,e fez delle doação u estes po vosdignos de melhor sorte.

Nomeado por influencia laraeguista,é escusado dizer quo o Sr. G.juvêa temcorrespondido bollameute aos desejosdo seu corrector de presidências.

; Nestas circumstancias pois,é impôs-sivel que o irmão do ex-presidente deSanta Catharina so demore no podernfto sendo alterada aqui a situaçãocreada pelo Sr. Lamego.

Por Fun parte, o ministro do império,ou passa jpèlas forcas caudinaw, ou reti-ra-Ae também ; ó inevitável o conflicto.

:, Com taes elementos heterogêneos odissolventes todas as previsões indi-cam a próxima queda do 6 de Mar-ço • corn ella a da situação.

O pastel do Sr. do Rio* Branco.amas-sado e cosido no* foruos de Sao Chris-tovflo, se se apresentar ás câmaras teráde ser forçosamente por ellas devorado.

COLLABORAÇÃO.

Redacção o ©stylo,IV.

Para oceasião mais opportuna ficaadiado o pro mettido couto dos mas-«antes e trato de acabar o expedientede 14 de Fevereiro."Ao Sr. coronel Joaquim Xavior Ne-ves, commandante superior da g. n. dacapital, etc—Em resposta ao seu oíli-cio, datado de hontem, fico inteiradode haver v. ex. assumido de novo oexercicio do commando snpjrior daguarda nacional dos municípios da ca-pitai, S. Josó o tí. Miguel, cumprindo-

1 ío o grato dovor do reconhecer em

v. ea*. tanto zelo pelo serviço da guardanacional, ficando certo v.'.ex. do queopportuiiamentefaiei ver no governoi.mpsrial o sacrifício que reatÜá, accei-tando de novo encargos de que a a van-cada idade de v. ex. o podia ir dispen-«ando. -y; ¦'*-."¦¦'

O Sr. Dr. Bandeira de GouvéNi, noofficio supra, dá tio Sr. coronel Neveso tratamento de exêllmcia, que.olluiiao tem o que uno lhe pode aer dado {.bel prazer do presídeWte da proviueia,quo nSo tera direito do tratar as auto-ridades e os funccioiiarioy públicos,conforme lhe parece , porque a leidesignou o tratamanto que h ciidÜum compete. O Sr. Dr. Gouvôa porem,tulo satisfeito era dar —-sai.—-.io Sr. co-ronel Neves, foi profuso, generoso,desperdiçado mesmo no presente que fez.Emi um pequeno officio de meiu dúziade linhas deu -ox.— quatro voses aoteliz commani.lante superior.

Chama-se a isto fastf favores cora abolsa alheia.Deixando do parte as excellencias doSr.coronel Neves, vou examinai* a mate-

ria do officio e ver se sao merecidos ospomposos elogios que lhe sfio pródiga-Usados pelo amabilissimo Sr. Ür. Ban-deira.

O Sr. Neves, achando-se ha anão cmeiu fóra do" commando superior, iu-commodado pelo fiasco quo tinha feitono exercicio Jo eargo de vice-presi-dente da província, e, segundo se dwiu,tratando de pôr-sd bem com sua cou-sciencia que lhe exprobrava as injusti-ças o violoucias de sua administração,resolveu-se, a podido do Sr. Poudica ode vários outros amigos, que tanto temsabido especulai* com a boa" fó e inge-nuidadodeS. S., a assumir ás fuuc-çoes do cargo.

Esta deliberação do Sr. Nevo.9 tinhapor fim:—secundar as vistas do SivLamÔgo, auxiliando os planos quo ellopretendi,» levar a effeito por via do Sr.Baudeira de Gquyôa, feitura sua, o pòrfóra do combate e dar xeque no Tonou-to-Coronel Cheio de tístado Maior, Joa-quim d'Almeida Gama Lobo d-Eoa ,que tinha moBtrajjo indepetidonciâ udignidade , qualidades iucoiupativoi.i

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A M2GENERÃVA0

com " predomínio do Sr. Pen3ica,chanceller do muito alto e poderosoRei do Arsenal de Marinha da Corte.

Assim pois o Sr. Neves, entrandono exercicio do cargo que oecupa, veiotratar rios interesses do Sr. Lamego,dos do seii partido c dos de sua pro-prin familia,.

Eturètanto o Sr. Dr. Çou-yén^ queánenas Unha entrudo no 'exercicio dásfuncçóes üo cargo de presidente destaproyíticia, que ainda nüo podia conhu-ce" Ò3 hoiuoty, qn>: Hão tinha tido oc-casião do apreciar serviço algum doSr...Neves, dirige-lhei um officio, noassumir esto o . commando superior,elog.íüidò-o pelo zelo'qlie tinha mos-trado ho-fleWiçé da guarda nacional !

Nada mais risível.-Mas....qual zelo ? pergunto eu.O de ter.,estado fora do commando

superior um anno e meio: outro zôlonão encontra.o Sr. DivBandeira.

O presidente da provincia não sn-tisfoito com o bombástico elogio, opadispensou ao distineto comm und antesuperior, digno emulo io Sr. Lamôgo,'acerescenta: .. . " ficando certo v. ex.de que opportunaniente farei ver ao go--vorno imperial o sacrifício qne reali-za (que bello ostylo—realisar sacrifi-cio ), acceitando de novo encargos deque a avançada idade de v. ex. o po-dia ir dispensando."

Parece-me catar ouvindo o grandeCamões, quando tratava do cantar osaltos feitos portuguezes, exclamar:

"Dai-me agora um som alto e subli-rondo ,

"Um estylo grntuliloquo e corrente,para que eu possa faser ver ao grau-

de, Lamego, como cumpro suas ordens,acerescenta o Sr. Gouvôit.

Onde está o saerificio que realiza oSr. Neves?

Na sua avançada idade ? Tom o di-reito de deixar o cargo.

Nüo, não pode ser por isso o o Sr.Neves ha de rir-se de si para si, quan-do-ouvir diser que elle faz sacrifício,porque estíi velho.— Velho ! elle, ain-da tao viçoso e teso.— Sacrifício I omassignar um ou outro officio que ju lhemandão preparadinho!

Ou o Sr. Bandeira não sabia disso,ou quiz se di vertir com o respeitávelpublico, ou então

Não digo o resto, porque S. Ex. jahade ter sciencia dc um decantadofardo que veio do arsenal de Marinhada Corte, consignado ao Sr. Pendica.

Mas o Sr. Dr. Gouvêa não se satis-fez em elevar ás nuvons o Sr. coronelNeves; S. Ex. foi alem. Attcndão osleitores: "ficando corto v. ex. de queopportunatuonto farei ver ao governoimperial o sacrifício que realiza etc,"

Ha uma promessa formal de obtm-do governo imperial mais utn elogio,(piem sabe se alguma tetêa para o pei-to do Sr. Neves ou algum brasão pá--ra o sou nomo.

Tudo isto porque ?Por ter entrado o Sr. Neves no exer-

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cicio do cargo de cotumand.nnte supe-rior da capital, S. Jos-.. e S. Miguel !

Nada mais disparatado.Singular contraste entretanto so no-

ta entre o officio do actual Sr. pre d-dento dn província e o do ex-presidenteCorrêa, n respeito do Sr. Neves.

Ao passo que o Sr. Dr. tnmvêu suf-foca o collega da ,ltilia"a con; a bom-ba dn seus quasi indecentes elogios porutn facto tão trivial, o cumprimento deum dever, o Dr. Francisco FerreiraCorrêa, cetísurij-va-ò severamente peloseu deleixo on incúria cm abandonar olugar sem licença do governo imperialou d" presidente da provincial

Veja o publico o aprecie a justiçados elogios do Sr. Di'. Bandeira deG mvôti".

"Expediente do dia 29 de Setembrodo 1870.—-Ao coronel Joaquim XavierNeves.—Achando-.. eT. S. (tomem no-ta do trata menlo}, acerca de utn anno,fora do pxeraciò do commandante su-perior da' guarda nacional dos muni-cipios que constituem o dito csmman-do., sem licençn do governo imperial, oudesta presidência, o que não k rti.Gst.i_An,cumpre que, por conveniência do ser-viço publico, o assuma com toda aurgência ,; ! ! !

Quu zeloso commandante superior éo Sr. Neves J

Abandono cerca de um anno o seuposto sem licença de sous superiores, eapesar de repreliendido erh uma peçaõfficial, persiste na falta !

Era mesmo preciso que o Sr. Dr.Gouvê'3 viesse de tíucommonila presidira desditosa provincia do Santa Catha-rina para encontrar em um funeciona-rio rem isso e ropréliendido um tão ex-traordinario e extranho zelo—no sim-pies facto de entrar elle no exercíciodas funeções do cargo que oecupa !

Era preciso julgar que este bom po-vo, alem de pacifico , era inepto parapoder acreditais em tão grosseira farea!

Desengaue-se porem o Sr. Dr. Gòu-vêa, que os seus elogios encommenda-dos nãò serão capases de galvanisar ocadáver do inepto a.lminisfrudor, que1869 deixou gravada,em caracteres in-deleveis, a mais negra pagina que jase escrévep na historia desta provincia.

Fique tranquillo, que o juizo segurodo póvwjn se pronunciou contra o ins-tr um et; to cego dos Srs. Lui/ DuartePereira e Manoel'José de 01iv-ira,,qunnão duvidaram decopar as cabeças dehonrados funecionarios públicos enão trepidaram diante da desgraça eruina qae procuraram embalde cavar á.varias famílias catharinenses!

O S .. Neves não se póde, hão sa hade rehabilitar mais perante a-opiniãopublica, apesar dos elogios de S. Ex:conte eo com o tremendo o imparcialjuizo da historia., que-costuma serinexhoravel.

Trate S. Ex. de escapnr-ee, como po-der, e emquanto ó tempo, das garga^-

lhadas da multidão, que já o appelli-da de—Roi Bôbeche.

Isaac.

NOTICIÁRIO.

Foi demittido a bem do serviço pu-blico por acto da presidência de 15deste mez, do cargo de subdelegado depolicia da freguesia de Santo Antonio,o cidadão Laureano Antonio de Andra-de c foi nomeado em substituição o ci-dadão Manoel da Rocha Pires.

Por acto de 17 do corrente foram no-meados 5." e 6." supplente do juiz mi_-nicipal e orphãos :'o termo de S. Joséos cidadãos Antonio Josó da Costa eFrancisco José da Costa.

Hojo á tarde tera lugar a collocaçãoda pedra fundamental de uma Capellasob a invocação de S. Josó, ua rua daPrinceza, nesta capital.

A propósito,do aproveitamento de to-dos os talentos sem distineção de côr po-liticaeào grande desinteresse dos se-nhores da situação, lô-se no Reformada Corte

Por decretos, de 4 de fevereiro fo-ram nomeados para a directoria geralde estatistica:

Chefes de secção: os Drs. JoaquimJosé de Campos da Costa de Medeirose Albuquerque e Josó Maria do Couto.

Õfficial, o bacharel Manoel AntonioRodrigues Torres.

Por portaria da mesma data foi de-signado o Dr. Joaquim José de Camposda Costa de Medeiros e Albuquerquepara substituto do director geral deestatística, nos termo, da ultima partedo art. 24 do regulamento que .bi.ix.auoom o decreto n. 4,676., de -14 de ja-neiro do correute anno.

Por portaria de 6 de fevereiro foramnomeados para a mesma directoriageral ;

Ámanuonses: João Evangelista deNegreiros Sayão Lobato Filho e PedroTeixeira da Rocha.

Praticante: João de Carvalho eSouza.

Porteiro: Carlos Augusto de Oli-veira.

Con.inuo: Francisco José Gomes daSilva.

O Sr. ex-ministro do império nãopóde negar que é um pobre filhoto doSr, Camarngibe.

S. Ex. não reconhece outro mereci-mento, que não seja ser filho, sobri-nho ou camarada de qualquer meda-lhão.

Por esse motivo acaba de nomear umfilho do Sr. visconde de Itaborahy offi-

ciai da repartição de estatistica e ama-nuense da mesma repartição utn sobri-nho do Sr. Sayão Lobato.

Além (Visse o Sr. João Alfredo man-dou buscar em Pernambuco um seo ih-timo amigo e fel-o chefe de secção dacelebre funçonata do censo.

Que gente desembaraçada ! Etn ma-teritfiJe. filhutismo ninguém os podovetfcèr ! Esses parasitas dos çofree pu-blicos vão ficando intoleravei3

O publico supportou indignado oministério de 16 de Julho, que andou'aquinhoando quanto genro, sobrinho efilho tinham os Srs. Muritiba & Itabo-rahy; o ministério do 29 de Setembroviveu atolado em a poiices'e camarada-gens indecentes, e morre completandoa repartição da estatistica.(da qual óchefe um valido do Sr.- Paulino) com.meia duzia de moços, que, como o Sr.João Alfredo, não passam de grellos delarangeiras ou embriões de abastadosfidalgos.

Venha o ministério do. Sr. Paranhos,e acabe de despejar o resto^ do dinheirodp estado uas a.gibai.ras dos filhote;.,qne por ventura ainda estejam sem ta-lher no orçamento.

PARTE VtOI.IftlCTOItllí.

33oatosBravo ! associação colonisadora,—

immigrautes a garnel—todos os braçosperdidos no Paraguay substituídos narasão de um para cem !!

O Sr. Gouvêa mandou imprimir dezmil o urna cartas de convite !—grandereunião em palácio no dia

* *

13 m sugeite a que foi contado o casode ter o governo, inspirado pelo presi-dente de S. Paulo, expedido a circularde 31 de Janeiro recommendando a or-ganisacão de taes associações, disse:

*4 *

Aqui em Santa Catharina, ondo oslavradores attribuem a causa do atrasoda lavoura aos colonos, a ideia liadovingar quando a.s galinhas tiveremdentes ou eu fôr freira.

*

Ainda não está «anunciado o di» dofiusco colonisador.

Já estão iiiscriptos com a palavra osSrs. Galvão, Manoel Marques e Dutra

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O Sr. Pendica, a pedido de muitas. pessoas prometteo empunhar a vo;.

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O discurjo de exposição daymidivopertence ao Sr. Gouvêa. - 'fK^n

S. Ex. espera um grande simktWo.

++ *

O Sr. Bandeira continua a meio páo.Apesar do telegramma do rei do ar-

seual. e das següraiiças do Sr. Pendi-ca sobre sua sustentação na presiden-cia. S; Ex. snffre fortíssimas dores debarriga que resistem a todos os drns-ticos.

*

O novo ministro de estrangeiros ú oseu Gnbrioii,—-sua aza negra.

S. Ex., acordado, vô o conselheiroem todos os lugare. para onde volve osolbos; dormindo, sonha com o Sr. Cor-rèa propondo ao conselho a nialdictademissão.

** «

lia dias o Sr. Goüvea adormeceu ro-deado de mil papeis no seu gabinete eaccordou sobresaltado repetindo os dousversos da primeira scena da tragédiaD. Ignez dc Castro:

Sombra implacável, pavoroso espectro.Nflo mo per.sig.is ii_ais...Coiuu.u...e,.i morro !

N'isto: apparoceo o Sr. Cidrcir.a quereprssenUodo ao serio o papel de aia dainfeliz rainha, consolou o Exm

* -U-.

E' certo ?-—Oli Cidreira, que o Ser-vita vae ser dispensado do gabinete esubstituído pelo Maneca Victoria ?

—Parece que sim, aquillo é um pere-gripo se:r. cajado, e o Exm. quer andarpuxado a dous.

Mysterio !....

* *

—Exm. amigo c Sr. Conselheiro.Estou cada vez üíais desanimado';

V. Ei. oscreve-uos dizendo que nosmanda nm presidente nosso, isto ó parnludo que sugerirmos ; ello por sua vezpromettc mundos o fundos, mas quan-do chega a oceasião pOe-se com..-..pou-tos, com.... biqninhos o nada faz porám.

Na ultima eleição proviucial entreipor capricho, venci; mas estou dispostoa retirar-me da politica. Na futuraeleição senatorial apenas darei meo vo-to a V. Ex. para ajudal-u a entrar nalista tríplice.

Tudo porem indica que não teremose se prazer,—nossa queda se npproxi-ma.

(SimYdata e assignatura.)

*

O rascunho desta caída , que parecedirigida aoSr. Lamego, foi encontra-do em certo escriptorio de commissíies,servindo dc embrulho a uma amostrade arroz.

Um malicioso dissidente decifrouf «ssim n enigma anterior: Manêcl .Var-

tjxics Guiiinrãcs.

O deleg-ado foi , vio,—iudagon—in-quino, reVidveu todo St* Antônio, decima para baixo e de baixo para cima edeixou '* Sr. João Tlieodòsio em santa

pai. .'—o único que sabe bem da surra oilo assassinato ! ! !

0'ra bolas ! Sr. Lopes, ficarão todosdizendo em Santo Antônio.

* *

O Sr. Pendica a quem foi contado ocaso, acrescentou:

—Além de não ter nascido o Lopesparn delegado de policia, e sim parumestre escola, o comp'omellido senhorda inulalinha dissidente e já vôque.....

*.

A mulatiüha morreo,O processo não se fez,Em Santo Antouio o segredoCor.hecem-110 mais de tres

Mas, a policia do LopesO lio nflo descobrio ,Porque interrogou a genteQue não sabe e nada vio !

Se nfio fora um dissidenteDn victima o malfeitorDiz o Pendica q.ümpnneNão ficaria o author.

Sendo repetida.*, estas qnadrinbas aum dissidente este fez a seguinte rc-flexão:

—Todos vêem o argueiro nos olhosdo visinho, mas não enxergão a tran-ca nos seos.

Em que ficou a celebre e miserávelhistoria da outra mulatinha de Can-nas-Yieiros 1

O Palombôta/ será dissidente ?

»* *

O Sr. Dr. Bandeira de Gouvêa, que-rendo dar uma prova de adhesão aospeças lamegitista.s o tomar de unia vezbem patente sua dedicação a esse dis-tinclo grupo de políticos de mão cheia,houve por bem demittir o subdelegadode Santo Antônio e reintegrar - o Sr.Manoel da Rocha Piris que tinha sidodemittido pjlo Sr. Dr. Tosta.

Diz o Sr. Pendica que Roma não s?fez u 'ura dia e que a* cousas hão de ir-se arranjando.

O que sente o illustre mnioraVdo gru-pò lameguislã èque o chefe de policiauão quizesse ac*..*m pau liar o beocio go-vernador da ilha, apresentando -escru-

pulos infantis e tirando a sardinha coma mão do galo.

. * *

O Sr. Conceiçlo rcsolveD pedir de-missão de membro da commissão, en-carregada de estudar o melhor meio degastar o dinheiro do estado e a pacien-cia do commandante da canhoneira dcguerra Mearim, fazendo viagens deinstruc-Jão á barra do norte e do sul.

O illustre defensor da pátria, tendotomado especial ogerisa ás nguas doniar, determinou não desembarcar emnenhuma das fortalezas, que fazemobjecto dc sua commissão, e embarcaou" desembarca no Desterro, sempretrasido ao collo do seus fieis marinhei-ros de guerra.

Não terá o Sr. Bandeira piedade dobravo guerreiro, dando á suspiradademissão, acompanhada do um agra-decimonto á Neves ?

—Comque o Galvão desta vez è ali-jado 1

—Muito bonito. Entra o Chico Car-los, apresentado pelo vice-presidentedo grêmio.—E o Peadica 1

—Também quer, mas nao chucha.—E o José Marques '?—Não pedio, nem é cabdidato, mas

é apresentado, pelo janota brasileiro,membro Tn fl"ri da primeira lista sena-toriúl.

—Mas se o Lamôgo entrar para osenado?

—Então são deputados o Chico Car-los e o Pendica.

—E aceommodão-se ?—Certamente.

Feliz Santa Catharina ! ! !

O Lopes já te poz h vella, o Lamegote fará andar a vapor, o Pendica te po-rá de rastos.

Ditosa Santa Catharina !

E o que fica sendo o Galvão ?Candidato derrotado.

A' PED l DU

Um it|»|>cll<> aos cáthuli-cos «Ia Provincia «le

Santa Calharinacm lavor «lo

Santo Pa-dre

Date, ot daliitur vobis. Luc, VI, 8Dai, e se vos dará.

Nas tristíssimas conjnncluras, cmquo se acha o Soberano Pontífice PioNono, a unido de religiosos sentimen-tos de todos os ca tholicos é um deverrigoroso, e nobilissimo, á fim de queu Divina Providencia se digne fazercessar o terrível m.arlyri«- do a man-lissimo Pae da catholicida.de. Depoisque o exercito do Piemonte invadiuRoma, o Santo Padre tem soffrido, esoffre as dolorosas conseqüências, etnque o collocaram as injustas aspira-ções de homens, que despresão o di-reito divino e humano. Ja dentro dacidade o desapossararn dos palácios,onde se conservavão os seus urchivos.Pio Nono. que innumeraveis vezes li-beralisDu tantas esmolas à pobreza,que deu digna hospedagem aos Bis-pus,, c mais de uma vez,ostá pobre ! IPor isso na Europa pobres o ricoscontribuem com o que podem paraeste illustre Pontífice, cujo Pontifica-do eslá cheio de glorias e santas hu-cnilhações. No Brasil observa-se comprazer o empenho , e interesse ,que mostrâo os catholicos em dar es-molas para o Santo Padre. He belloe edificante lôr-se no periódico «Após-tolo» o nome dc tantos individuos detodas as classes, e condições, quo de-positüo suas offerlas aos pés de SuaSantidade.

Os catholicos Ja provincia dc SantaCatharina, dotados de tão generosossentimentos, offerccerão sem duvidaesmolas para o Santo Padre. Dirijo-me poisa tão amados fitis da minhaprovincia,e peço uma esmola, confor-me as posses de cada pessoa, para oSummo Pontífice. Peço aos meus pa-rochianos uma esmola, pelo amor deDons, para Pio Nono. Essas esmolaspodem ser dirijidas aos respectivos

Íiarochos, que se dignarão remeti»;-

as ao abaixo assignado. Deus NossoSenhor se dignará recompensar comimmensa liberalidade aos qu¦¦ iiseremtito Santa obra. Rogo também aosmeus parochianos c aos catholicos daprovíncia que rezem muito á Santis-simn Virgem May de Nosso SenhorJesus Christo para conceder no Sobe-rono Pontífice c á Igreja Catholicaum esplendido triumpho. Roguemos,sim, caros fieis.com ornais entranha-vel fervor pnr nosso Sant»* Padre o

Papa e offereçauios-llie nossos dona-ti vos.

Cidade do Desterro, 17 de Marco de1871.

O Arcypresf.0.0 Vigário

Sebastião Antunio Martins.

ANNUNCIOS.

Francisco Duarte Silva, sous filho:;e genros cordialmente agradecem a lo-das as pessoas que se dignaram acom-pahhãr ao ultimo jazigo os restosmortaes de sua finada sogra e avó D.Maria Joaqüina Mártins,e convida-aspara assistirem á missa do 7 ° diaquo sorá celebrada no dia 22 do cor-rente ás 7 1|2 lioras da manhã naIgreja da Veneravel Ordem II. n deS. Francisco da Penitencia,proteslau-do-lbcs desde já esse reconhecimento.

0. Thomazia Luz do Valle o suasfilhas DD. Delininda Maria do Valle eAmélia Maria do Valle, convidão atodos os parentes e amigos da falleci-da D. Bernardina Ignez da Silveirapara assistirem á uma missa que porsua alma será celebrada, terça-feira,21 do corrente*, ás 8 horas da* manhãna igreja do Rosário, agradecendo-lhes desde já Ião caridoso obséquio.

Desterro,. 17 de Março de 1871.

Tendo-se recebido o telegrammaque noticia a permissão do Exm.Bispo Diocesano para a crecçào deuma capella, na rua da Princeza, sobinvocação de .S. José. e devendo terlugar a benção e collocação da pri-meira pedra no domingo 19 do cor-rente, ás 5 horas da larde, convidoem nome do Directorio eleito para"evar a effeito a referida construcção,a todos os habitantes desta cidadepara abrilhantarem com suas presen-ças esse aclo de religião e de cultodivino, concorrendo com suas esmo-las para o mesmo fun aquelles (juetiverem tão piedoso desejo.

Desterro, 16 do Março de 1871.O Secretario

José Manoel dc Souza.

FAIIM M «OTRIESTE

Primeira qualidademuito fresca

Vonde^so òiiicasti <IoSchiappfel Cv: Comp.

!_> J-jai-fço clè>3*—\ —

Attenção.Ycndc-sc dois pianos f-irtes, sendo

um de ini-ia cauda de 7 oitnSms novo,e o oulro de moio» por preços bara-lissimos. Qúçm precisar dirija-se urua Augusta n. !2; para tratar com o

/•'»*./ ii r hrn pn nn ina

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Page 4: y-A .' AREGENERAÇÃOmemoria.bn.br/pdf/709603/per709603_1871_00260.pdf · 2015. 6. 26. · Sr. Joaé Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branéo, dêo á luz o ministério de

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.4 REGENLIUÇiO

GRANDE SORTIMENTO• i * t ¦

DE .!".,,;?;:«-tf

E MOLHADOSCHEGADOS DE FRESCO

A.O ARMAZÉM DE

ANTÔNIO RODRIGUES DE OUVEM13 RUA AUGUSTA 13

Aacorotas de azeitonas do Porto. J>Azeito doce de Lisboa superior emf _Z

barris Je 5o —IDito Plagniol, engrrafado. OCerveja ingleza, branca e preta, de _z

diversas marcas. ^TChá Hyson de 1." o 2.' qualidade. >JCognac snperfino de diversas mar-

mar-

33OO30

Chá Nacional.Pimenta do Reino.Sabão amarello do diversas

cas.Dito Oleina.Sal fino.Tinas de bacalhau.Vollas de cebo de diversas marcas.Ditas de composição.Vinagro de Lisboa, tinto e branco

Ocmcn

superior, em barris de 5."

Vinlios

Fumo .superior de Minas em rolos.Genebra Hollandeza superior.Dita Altona.Grande sortimento de charutos de

acreditadas marcas , em caixas eai asso8. '

Kerozcue superior dc I." qualidade.Mostarda Ingloza superior em pó.Papel para escrever, de diversas

qualidades o preços ( Ha grande por-çno ).

Papel amarello de todos os tamanhospnra embrulho.

- Phosplioros superiores de diversosfabricantes.

JU muitos outros gêneros que se vende poratacado e a varejo á vontade do comprador.

O

Vinhos superiores do Porto, finos,em caixas.

Ditos ditos de Lisboa, tinto e bran-co, em pipas e barris de 5.°.

Dito dito Liberdade do Alto Dou-— ro, verdadeiro.< Dito do Mediterrâneo, tinto e bran-_2 co, em pipas e barris de 5.°.¦J3 Dito dito Bordeaux em quartollas e3> engarrafado.

•tm

PREÇOS RAS0AVE1S.

13 RUA AUGUSTA 13

Vende-sepor preço commodo una pequeno ne-goclo dc seccos e molhados, á rua daConstituição na casa n. 70; quem opretender dirija-se a mesma casa.

Desterro, 8 de Março de 1870.

AReg.'. Oatli.-.

Terça feira, 21 do corrente sess.1

mag.*. pera posse das novas DD.', e0ff.\ que devem funecionar no annode 1871—72.

O Secrüt.v Wencesláu- Jr.

Lcaldadi*.

jr\ magiwnara posse dos rio-voseieitos, a 21 d(fcorrente,

Desterro, 10 de Março de 1871.Felippe Camarão.Secret.*, adj.\

'^WPT

GRANDE SORTIMENTO DE OBRAS DE FUNILARIACHEGADAS ULTIMAMENTE DO IUO ÜE JANEIRO

AO ARMAZÉM I>E

ANTÔNIO RODRIGUES D'OLIVEIRA

c<

at*

13 RUA; AUGUSTA 13

Grande porçüo d»! bahus de folha com ricas pinturas sortidos dc 15 palmos.

Bacias grandes de diversos tamanhos para banhos,Ditas para rosto.Banheiras pequenas ovaes, para crianças.Meias banheiras Inglezas,Banheiras inteiras com torneira de bronze,E muitos outros objectos de folha.

Todas esta» ol>ras recommend3,o-se por se-rem todas multo fortes, de bom gosto, pintada»a capriolio e tamlbem pelos

PREÇOS B A R A T ISSI M OS;

13 BUA AUGUSTA 13

LOJA DE ALFAIATENicoláo Lourenço Cabral, partici-

pa ao respeitável publico e com cs-pficialidnde a seus freguezes , quemudou sua loja de alfaiate para a

IO Rim ilo Ouvidor 10

O

,Pi Rua Augusta 5

ü i

ABAIXO assinado Fiscal da,Camara Municipal do 2." dis-'ttícto desla capital, previne ao*proprietários de chácaras e ter-

renos hajão de mandar aparar suascercas e limpar as testadas, conformedispõe cs arligos 103 e 111 do códigode posturas, para o que tuarcõ o pra-zo de trinta dias.

Os contraventores serão multadosem 4:000 rs.

Desterro 15 de Marco do l$7l.

Fraucisco da Cunha Siloeira.

INDUSTRIA NACIONALmmuM b

ESTABELECIDA NESTA CIDADE EM AGOSTO DE 1869

0ABAI XX) assignado acabado recebor um grande eva-riado sortimento de tintas,vernizes, óleos, ouro, pratae bronze moidos, pincéis, eoiitros gêneros nertcnèentesíi pintura, papéis pintados,

vidros paru vidraças, ferragens, quin-quiliinria, e objecto de armarinho; o(pn; ludo vende por atacado e á vare-o oin sua loja, si ta na Rua Augusta .ii V iNncrando rneiecer oelos preços Ijnlear seu credor, dignar-se-ha apre- .n. .), ospuuimu muuAi p^iua y*yy? (Jcím&lni.ofin • ' ? .,.* . «mr.ift gos que pertencerem ao negocio de molhados .fabrica de vinagre, li cores, capif xtremumente módicos que cstabele-1 sentar sua reclamação a ó o üm do f ^^ de todng &s Salidades ctc etc * -' alr.eo, a valiosa confiança c freguesia J corrente mez, porque deste prazo em A &1.Bnde prutica quo lem d(!Ste n(i„ocio ha trinln annos & ^^ ^^do resp.eilavol publico. diante nao se julgara obrigado apa- a0 i,em 6ervir â todas as pessoas que se dignarem honra-lo com sua freguesia

Carlos Mocllmann. ""*""" " " ""m

ABAIXO assignado com offici-na de sapateiro na Largo dePalácio n. 28 , lendo de se re-tirar para a corte afim de tratar

de sua saudo, declara que não è de-vedor de quantia alguma n'esta pra-ça nem fora d'ella, mas se alguém se

POR

JOSÉ DE OLIVEIRA BASTOS5 RUA DO LIVRAMENTO 5O publico já devo estar conveneido da utilidade que tira deste estabeleci-

mento, o primeiro nesta provincia, alcançando em geral uma economia de setaa oito contos de reis por anno, o que se vè pela comparação dos preços antigo»com os de hoje.

O proprietário deste estabelecimento espora ser protegido por todas"fspessoas amigas do seu paiz, e da economia em suas despesas, pois quo elle en-vidarft, sempre todos os esforços a seu alcance, aflm de bem servir seus fregue-zes e amigos, nao só ua boa qualidade dos gêneros como na modicidade dospreços,"

Outrosim participa com antecedência aos seus amigos e freguezes que era bre-ve vae annoxar ao seu ESTABELECIMENTO ÜE REFINAÇÃO todos os arti-

íiCHÍAR«No armazém dc Anlonio Rodrigues

de Oliveira, rua Augusta n, 13 hasempre um grande,sorlimento de su-periores cjgarroyle pnlb» e de PaPcldo todas a? aiutiidadcs por

xvlfeo» multo coraniodogRUA AUGUSTA 1313

VENDE-SEum completo o superior apparelhò dèporo -liana bronca com frizos doira-

nú<«. para jantar.«liu.» do Livramento n. 2.

gamento algum.Desterro 13 de Março de 1871.

il/. Joaquim da Silveira Bittencourt.

Aluga-seuma escrava própria para ama deleite; sabe lavar, cosinhar o engomar:para trator na rua do senado n. 22.

Vende-se uma cha-cara nesta cidadequem a pretendercomprar dirija-se árua doPrincipe n.87.

esmerando-sc com lealdade e circuraspeccao.no empenho de satisfazel-as.O proprietário reconhecendo a coadjuvação que desde o principio tera rece-

bido de seus amigos e fregueseSjVota-lbes o maissincero testemunho de agrade-cimento.

5 RUA DO LIVRAMENTO 5PREÇOS ACTUAES DOS ASS1ICARES HEFINADOS,Primeira qualidadoSegunda "

" mais baixaTerceira qualidadeQuarta "

arroba 7§500," 6/J800,arroba CJJOQO,')

5{f600,41800,ci

libralibralibralibralibra

280220200180160

Garnnte-ne eeren brevemente rednxtdos 00 preços «cimo.Desterro, 26 de Janeiro-de 1871.

Jmé dc Oliveira Bastos.

Typ da «Regeneração» Largo dc Vtlacio n. 32 .

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