Tese Revisada Helenadja Santos Mota OK.52
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evolução biológica é colocada como elemento unificador das ciências biológicas: “Os
conteúdos básicos deverão englobar conhecimentos biológicos e das áreas das ciências exatas,
da terra e humanas, tendo a evolução como eixo integrador” (BRASIL, 2001, p. 5).
A interdependência entre os seres vivos está expressa do documento, ao preconizar
que
[...] a compreensão de que a vida se organizou através do tempo, sob a ação de processos evolutivos, tendo resultado numa diversidade de formas sobre as quais continuam atuando as pressões seletivas. Esses organismos, incluindo os seres humanos, não estão isolados, ao contrário, constituem sistemas que estabelecem complexas relações de interdependência. O entendimento dessas interações envolve a compreensão das condições físicas do meio, do modo de vida e da organização funcional interna próprios das diferentes espécies e sistemas biológicos. (BRASIL, 2001, p. 1).
A evolução biológica também é contemplada quando orienta que o perfil dos
formando em Biologia deverá ter
adequada fundamentação teórica, como base para uma ação competente, que inclua o conhecimento profundo da diversidade dos seres vivos, bem como sua organização e funcionamento em diferentes níveis, suas relações filogenéticas e evolutivas, suas respectivas distribuições e relações com o meio em que vivem. (BRASIL, 2001, p. 3).
Desse modo, percebe-se que o devido destaque ao ensino de evolução biológica como
eixo central dos conhecimentos biológicos é contemplado pelos documentos oficiais que
imprimem as orientações curriculares no Brasil. Contudo, pesquisas realizadas no País
(BIZZO, 1991, 1994; TIDON, LEWONTIN, 2004; BELLINI, 2006; CICCILINI, 1991;
SANTOS, 1999; MEGLHIORATTI, 2004; CARNEIRO, 2004; GOEDERT, 2004;
SEPÚLVEDA, 2003; MELLO, 2008; OLIVEIRA, 2009) relatam intensas dificuldades no
processo de ensino e aprendizagem de evolução, apontando que existem muitos obstáculos a
serem transpostos para que o papel centralizador da evolução biológica seja colocado em
prática nas salas de aula de Biologia.
O destaque na estrutura curricular da teoria evolutiva como elemento ordenador dos
conhecimentos biológicos por parte de documentos oficiais não é uma prática tão comum.
Segundo Carneiro (2004), essa centralidade não tem primazia na estrutura dos currículos
educacionais nem nas concessões de verbas para pesquisas, em muitos países não sendo
considerado a sua importância científica e as suas contribuições para a sociedade.