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Revista Iberoamericana de Psicología del Ejercicio y el Deporte ISSN: 1886-8576 [email protected] Universidad de Las Palmas de Gran Canaria España Pereira, Felismina; Mesquita, Isabel; Graça, Amândio O CONTEÚDO SUBSTANTIVO DA INFORMAÇAO E AS TAREFAS DE TREINO NO CONTEXTO DO VOLEIBOL JUVENIL Revista Iberoamericana de Psicología del Ejercicio y el Deporte, vol. 4, núm. 2, julio-diciembre, 2009, pp. 185-200 Universidad de Las Palmas de Gran Canaria Las Palmas de Gran Canaria, España Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=311126265002 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

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Revista Iberoamericana de Psicología del

Ejercicio y el Deporte

ISSN: 1886-8576

[email protected]

Universidad de Las Palmas de Gran Canaria

España

Pereira, Felismina; Mesquita, Isabel; Graça, Amândio

O CONTEÚDO SUBSTANTIVO DA INFORMAÇAO E AS TAREFAS DE TREINO NO CONTEXTO DO

VOLEIBOL JUVENIL

Revista Iberoamericana de Psicología del Ejercicio y el Deporte, vol. 4, núm. 2, julio-diciembre, 2009,

pp. 185-200

Universidad de Las Palmas de Gran Canaria

Las Palmas de Gran Canaria, España

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=311126265002

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Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal

Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

REVISTA DE IBEROAMERICANA DE PSICOLOGÍA DEL EJERCICIO Y EL DEPORTEVol. 4, nº 2, pp. 185-200 ISSN: 1886-8576

RESUMO: O presente estudo pretendeu analisar a relação entre o conteúdo substantivo dainformação, emitida pelo treinador e as tarefas de treino, em equipas de jovens voleibolistas.Participaram neste estudo vinte e oito treinadores de Voleibol pertencentes à Associação deVoleibol do Porto de equipas de formação. O instrumento de observação utilizado obedeceu auma validação de conteúdo, garantindo a sua adequação aos problemas em estudo. Em relaçãoao tipo de prática, a informação sobre a defesa/cobertura e sobre a distribuição foi significativa-mente superior em tarefas de estruturação (p=0,001 e p=0,004, respectivamente) e adaptação(p=0,005 e p=0,006 respectivamente). Ao nível das tarefas instrucionais a informação sobre adefesa/cobertura e sobre a distribuição também foi superior nas tarefas de aplicação (p=0,006 ep=0,007, respectivamente). Contrariamente, a informação centrada no serviço foi significativa-mente superior em tarefas de baixa complexidade (tarefas de informação) (p=0,009), reflectindoausência de progressão pedagógica A informação sobre o ataque e o bloco mostrou ser utilizadade forma indiferenciada nas tarefas do treino. Os resultados permitem concluir que o conteúdosubstantivo da informação emitida pelo treinador se diferenciou em função da natureza das tare-fas instrucionais e do tipo de prática, reflectindo abordagens diferenciadas, no ensino dos dife-rentes conteúdos específicos do Voleibol, no contexto do treino de jovens.

PALAVRAS-CHAVE: Conteúdo substantivo da informação, tarefas instrucionais, tipo de prá-tica, Voleibol.

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O CONTEÚDO SUBSTANTIVO DA INFORMAÇAO E AS TAREFASDE TREINO NO CONTEXTO DO VOLEIBOL JUVENIL

Felismina Pereira, Isabel Mesquita y Amândio GraçaFacultad de Deporte. Universidad de Oporto.

CIFI2D – Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervençãoem Desporto

RESUMEN: El presente estudio pretendió analizar la relación entre el contenido sustantivo dela información emitida por el entrenador y las tareas de entrenamiento, en equipos de jóvenesjugadores de voleibol. Participaron en el estudio veintiocho entrenadores de Voleibol pertene-cientes à Asociación de Voleibol do Porto de equipos de formación. El instrumento de obser-vación utilizado fue sometido a la validación de contenido, garantizando la adaptación de los ins-trumentos a los problemas de estudio. En relación al tipo de práctica, la información sobre ladefensa/cobertura y sobre la colocación fue significativamente superior en tareas de estructu-ración (p=0,001 y p=0,00, respectivamente) y adaptación (p=0,005 y p=0,006, respectivamen-te). A nivel de las tareas instruccionales la información sobre la defensa/cobertura y sobre lacolocación también fue superior en las tareas de aplicación (p=0,006 y p=0,007, respectivamen-te). Por el contrario, la información centrada en lo servicio fue significativamente superior entareas de baja complejidad (tareas de información) (p=0,009), reflejando ausencia de progresiónpedagógica La información sobre el ataque y el bloqueo se utilizó de manera no diferenciada enlas distintas tareas de entrenamiento. Los resultados permiten concluir que el contenido sustan-tivo de la información emitida por el entrenador se diferenció en función de la naturaleza de lastareas instruccionales y del tipo de práctica, reflejando perspectivas diferenciadas, en la enseñan-za de los diferentes contenidos específicos de Voleibol, en el contexto del entrenamiento dejóvenes.

PALABRAS-CLAVE: Contenido sustantivo de la información, Tareas instruccionales, Tipo depráctica, Voleibol.

ABSTRACT: This study required examining the relationship between the substantive contentof the information provided by the coach and the tasks of training, in teams of young volley-ball players. Twenty-eight coaches’ of Porto Volleyball Association of teams of trainers partici-pated in this study. It followed a validation of content, ensuring the adaptation of tools to theproblems under study. Concerning the type of practice, the information on defence and cove-rage and about setting was significantly superior in structuration tasks (p=0,001 and p=0,004,respectively) and adaptation tasks (p=0,005 and p=0,006, respectively). In the instructionaltasks, the information on defence and coverage and about setting was also significantly superiorin the application tasks (p=0,006 and p=0,007, respectively). Contrarily, the information centredin the service was significantly superior in low complexity tasks (information tasks) (p=0,009)reflecting absence in pedagogic progression. The information on the attack and block was usedin an undifferentiated way in the training tasks. The results suggest that the substantive contentof the information provided by the coach varies according to the nature of instructional tasksand the type of practice, indicating different instructional approaches on the teaching of the dif-ferent subject contents in the youth training setting.

KEYWORDS: Substantive content of the information, Instructional tasks, Practice Type,Volleyball.

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INTRODUÇÃOO advento da investigação centrada

na eficácia pedagógica no contexto doEnsino, tem sugerido a crescente neces-sidade do estudo da intervenção pedagó-gica do treinador, no contexto do TreinoDesportivo. No sentido de compreenderos perfis de intervenção dos treinadores,no contexto de treino e de competição,vários estudos foram desenvolvidos,emergindo a instrução como o compor-tamento pedagógico mais frequenteentre os treinadores (Lacy e Darst, 1985;Hastie, 1999; Cushion e Jones, 2001).Siedentop (1991) define instrução comosendo os comportamentos (verbais enão verbais) assumidos pelos agentes deensino (professor/treinador) para comu-nicar informação substantiva, isto é,directamente relacionada com os objec-tivos e conteúdos de aprendizagem. Paraa qualificação dos processos instrucio-nais concorre inquestionavelmente oconhecimento pedagógico do conteúdo,porquanto constitui uma categoria parti-cular de conhecimento, emergente dastransformações realizadas pelo profes-sor, sobre os conteúdos de ensino, como propósito de torná-los compreensíveispara os alunos (Shulman, 1987).Obviamente que ao domínio pedagógicoda matéria, ou seja, à apropriação da suavalência formativa se acrescenta a neces-sidade de se possuir um conhecimentoaprofundado sobre os conteúdos deensino. Vickers (1990) ciente destanecessidade desenvolveu o Modelo deEstruturas de Conhecimento (do inglêsTheoretical Knowledge Structures), oqual parte da assunção de que a configu-

ração do processo instrucional deve serorientada pela especificidade dos con-teúdos de ensino. O Voleibol, enquantoJogo Desportivo Colectivo (JDC), pos-sui especificidades que devem ser atendi-das na configuração do processo instru-cional, expresso, nomeadamente, nascaracterísticas das tarefas instrucionais eno tipo de prática desenvolvido. Taldecorre do facto da função instrucionalque as tarefas assumem ser norteadorado que se pretende didacticamente enfa-tizar. Rink (1993) designa as tarefas ins-trucionais de informação, refinamento,extensão e aplicação, as quais conferemum cunho particular ao tratamentodidáctico do conteúdo, sendo que dasprimeiras para as últimas a relevância dacontextualização dos conteúdos de ensi-no é incrementada.

Particularmente nos JDC, dada anatureza aberta das habilidades, o tipode prática deve-se reger pelo recurso atarefas que repliquem, o mais cedo pos-sível, a lógica do jogo (Mesquita, 2008).Diferente modelos de ensino do jogo,nomeadamente o Teaching Games forUnderstanding (Bunker e Thorpe, 1982),o Tactical Games (Mitchell, Oslin eGriffin, 2006), o Play Practice (Launder,2001), e em referência ao Voleibol, oStep Game Approach (Mesquita eGraça, 2002) rejeitam a perspectiva dafragmentação do jogo em “habilidadesbásicas”, que ignoram a complexidade,sendo as tarefas de aprendizagem orien-tadas para a resolução de problemas emreferência às exigências do jogo (Nevett,Rovegno e Babiarz, 2001; Hopper, 2002;Griffin, Butler, Lombardo e Nastasi,

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2003; Light, 2005; 2008).Nomeadamente, o Step GameApproach (Mesquita e Graça, 2002) con-sidera uma tipologia de prática, queassenta no recurso a tarefas de dificulda-de crescente em referências às exigênciasdo jogo, denominando as tarefas deaquisição, de estruturação e de aplicação(Mesquita, 2006). Salienta-se que das pri-meiras para as últimas a interferênciacontextual é incrementada, no sentidodas condições de prática incluírem deforma gradativa as exigências proclama-das pelo jogo (Rink, 1993; Landin eHebert, 1997). No Voleibol, apesar detodas as habilidades serem de naturezaaberta o nível de interferência do adver-sário interage com a maior ou menorestabilidade das condições de realizaçãodas acções de jogo; particularmente oserviço assume níveis de interferênciacontextual relativamente baixos compa-rativamente com o ataque e o bloco(Mesquita, 2005). Este facto reivindica,situações de prática de complexidadedistinta, assumindo a informação emiti-da pelo treinador características diferen-ciadas, adequadas às exigências particu-lares das tarefas.

Baseado neste enquadramento con-ceptual, o objectivo do presente estudofoi analisar a relação entre o conteúdosubstantivo da informação emitida pelotreinador, o tipo de prática e as tarefasinstrucionais, implementadas no treinoem equipas de jovens voleibolistas, ondese pretendeu particularmente responderàs seguintes questões: (1) Será que oconteúdo substantivo da informaçãoemitida pelo treinador se diferencia em

função da natureza das tarefas instrucio-nais e do tipo de prática? (2) Será que aspossíveis relações estabelecidas entre oconteúdo substantivo da informaçãoemitida e a natureza da prática reflectemabordagens diferenciadas, no ensino doVoleibol, no contexto do treino dejovens?

MÉTODOS

ParticipantesNo presente estudo participaram

vinte e oito treinadores (n=28) deVoleibol pertencentes à Associação deVoleibol do Porto, credenciados pelaFederação Portuguesa de Voleibol. Osparticipantes do estudo são treinadoresde jovens praticantes com a média deidade de 29.1 anos desvio padrão de 7.9anos, actuando em escalões de formaçãono contexto do treino desportivo. Oscritérios para a selecção da amostra obe-deceram aos seguintes requisitos: seremtreinadores de escalões de formação;estarem em actividade no momento derealização do estudo; mostrarem dispo-nibilidade para participar no estudo;todos os treinadores observados e res-pectivas equipas estarem a disputar ocampeonato nacional no momento daobservação das sessões de treino. Aobservação sistemática do comporta-mento dos treinadores decorreu no con-texto de sessões de treino, em equipas deformação.

Todos os treinadores concordaramem participar no estudo, tendo sidoobservado um total 28 sessões de treino,uma por treinador, perfazendo 7460 uni-

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dades de informação, 226 em média porsessão de treino, com uma taxa de trêsunidades por minuto. Foram analisadas221 tarefas de treino, tarefas instrucio-nais e tipo de prática, com o valor médiode oito, por sessão de treino.

Variáveis e instrumentosO estudo apresenta como variável

dependente o conteúdo substantivo dainformação em referência às acçõesespecíficas do Voleibol, e como variáveisindependentes, as tarefas instrucionais eo tipo de prática.

O sistema de observação aplicadopara a recolha de dados baseou-se nacategorização de Mesquita (2006) para otipo de prática, na categorização de Rink(1993) para as tarefas instrucionais e nacategorização de Vickers (1990) para oconteúdo substantivo do Voleibol. Foigarantida a validação de conteúdo, nosentido de se assegurar a apropriação dascategorizações descritas na literatura aosproblemas em estudo, bem como a con-firmação dos pressupostos de exaustivi-dade e exclusividade das categorias con-sideradas, através de uma validação porperitagem, pela participação de três peri-tos. A percentagem de acordos obtidafoi de 95.3%, traduzindo-se numa forteconsistência. A Tabela 1 apresenta o sis-tema de observação utilizado.

Com o objectivo de testar a objectivi-dade dos nossos resultados (fiabilidade),efectuamos a análise intra e inter-obser-vador. Foram observados 3 treinadores,um treino de cada um, num total de1280 unidades de informação (17.2%) e27 tarefas de aprendizagem (22.69%), o

mínimo exigível (Tabachnick e Fidell,1989). Para excluir a possibilidade deacordos por acaso, foi aplicado o índiceKappa de Cohen o qual apresentouvalores situados entre 0.95 e 1 e entre0.93 e 1 na fiabilidade intra-observador einter-observador, respectivamente. Osresultados mostram que os dados prove-nientes do presente estudo podem serutilizados como ferramenta científica.

Procedimento Foi realizado um contacto anterior

com os treinadores, no sentido de con-firmar a sua disponibilidade para partici-par no estudo e para a explicação doobjectivo do mesmo, destacando o seucarácter “não avaliativo”. O anonimato ea confidencialidade foram garantidosbem como a não utilização indevida ouabusiva da informação proveniente dostreinos observados.

Os treinos observados foram estrate-gicamente seleccionados por seremparte central do microciclo, ou seja,excluiu-se o treino imediatamente após acompetição e o treino que precedia amesma, sendo que todas as equipas seencontravam em igual período competi-tivo. Com este critério pretendeu-sehomogeneizar as características do trei-no observado (Potrac, Jones e Cushion,2007). Do treino observado, foi retiradaa parte inicial (aquecimento) e final (rela-xamento), tendo sido alvo de análise aparte fundamental do treino, porquantoé nesta parte do treino que são aborda-dos por excelência os conteúdos subs-tantivos de aprendizagem (Siedentop,1991). A média de observação por treino

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foi de 87 minutos, de um total de 2430minutos.

Os treinos foram filmados nos seusambientes naturais, através de umacâmara de vídeo Samsung digtal-camVP-D903iPAL, colocada sobre um tripénuma parte do pavilhão que permitiaobter o melhor ângulo de filmagem, e deum microfone sem fios Fonestar MSH-

135, colocado na lapela do treinador,para registo das instruções. Estes proce-dimentos foram realizados com a maiordescrição, no sentido de interferir omenos possível com o ambiente naturalde treino. Deste modo, o microfone semfios foi colocada na parte interna do blu-são do treinador, no sentido dos prati-cantes não se sentirem afectados pela

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sua presença. Do mesmo modo a câma-ra foi discretamente colocada num espa-ço que não era visível para os pratican-tes.

Análise dos dadosRecorreu-se à estatística descritiva,

média, desvio-padrão, frequências e per-centagens. Para verificar se a informaçãode conteúdo substantivo emitida pelostreinadores se diferenciava em funçãodo tipo de prática e da natureza das tare-fas instrucionais recorreu-se ao testeANOVA-one way. Pelo facto de não severificar a homogeneidade das variân-cias, a comparação post-hoc, foi realiza-da através do teste Tamhane’s T2.Recorreu-se, ainda, ao Efeito doTamanho (ET) que mede a magnitudedas diferenças. Cohen (1988) e Winer(1991) consideram valores de ET até 0.2como diferenças baixas, até 0.5 diferen-ças moderadas, e valores superior a 0.8diferenças elevadas. Para efeitos da inter-pretação e análise dos resultados, assu-

miu-se o valor de 0.05 para o nível deconfiança.

RESULTADOSOs resultados relativos à informação

de conteúdo substantivo emitida pelostreinadores em referência às acçõesespecíficas do Voleibol estão representa-dos na tabela 2.

A tabela 2 destaca uma maior percen-tagem de informação sobre a defesa ecobertura (25.9%), seguida da informa-ção sobre os fundamentos de base(16.5%), sobre o ataque (15.0%) e sobreo bloco (12.3%).

Um pouco menos expressivo foi ainformação relativa à recepção e à distri-buição (8.4% e 8.1%, respectivamente).Verificámos ainda que os treinadoresemitiram menos informação relativa àsacções indefinidas (7.1%) e ao serviço(5.1%). A informação de conteúdo subs-tantivo sobre as movimentações sembola foi escassa (1.6%), facto que excluiuesta categoria da análise inferencial.

Os valores de post hocs, representa-dos na Tabela 4, evidenciam que a infor-mação sobre a distribuição foi mais fre-quente nas tarefas de estruturação e deadaptação em relação às de aquisição. Ainformação sobre a defesa e cobertura esobre acções indefinidas foi menosrecorrente em tarefas de aquisição emrelação às tarefas de estruturação e em

relação às de adaptação. A informaçãode conteúdo substantivo sobre os funda-mentos base ocorreu mais em tarefas deaquisição relativamente às tarefas deestruturação e de adaptação. Os valoresencontrados do Efeito do Tamanho(ET) foram na sua totalidade moderadose elevados.

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A Tabela 3 mostra os resultados dainformação de conteúdo substantivo,relativa às acções de Voleibol, emitidapelo treinador, em função do tipo deprática. Como podemos verificar a

informação diferiu significativamentenas acções relativas à distribuição, àdefesa e cobertura, aos fundamentos debase e às acções indefinidas.

Pela análise dos post hocs, apresenta-dos na tabela 6, a informação sobre oserviço foi significativamente superiornas tarefas de informação, relativamenteàs tarefas de extensão e refinamento.Relativamente à informação sobre arecepção, ocorreu mais em tarefas deaplicação em relação às tarefas de exten-são. A informação sobre a distribuiçãofoi mais frequente em tarefas de tarefas

de aplicação do que em tarefas de exten-são. A informação sobre a defesa ecobertura ocorreu significativamentemais nas tarefas aplicação do que nastarefas de extensão. Os valores de ETencontrados são moderados e elevados,excepto na informação sobre a distribui-ção onde se verificou um valor de baixoefeito do tamanho (Tabela 6).

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A Tabela 5 evidencia que a informa-ção de conteúdo substantivo sobre oserviço, a recepção, a distribuição e a

defesa e cobertura diferiram significati-vamente em função da natureza das tare-fas instrucionais.

DISCUSSÃODos conteúdos específicos de treino,

os treinadores do presente estudo emiti-ram substancialmente mais informaçãosobre a defesa e cobertura, seguida dosfundamentos de base, do ataque e dobloco. A informação centrada no servi-ço, recepção, distribuição e acções inde-finidas mostraram menor relevância.Destes resultados emerge a importânciaconferida às acções relacionadas com ojogo de contra-ataque, porquanto é nadíade ataque/defesa que se concentramgrande parte da informação emitida. Oascendente da informação centrada nadefesa é confirmado por Botelho,Mesquita e Moreno (2005), no contextoda competição em equipas de jovens, oque deve à sua importância no incre-mento do fluxo de jogo (Mesquita,2006). Por seu turno, a menor atençãoconferida à informação centrada no ser-viço e recepção pode dever-se, em gran-de medida, ao facto das equipas do pre-sente estudo incluírem praticantes entreos 12 e os 18 anos. A relevância da infor-mação centrada nos aspectos basilaresdo jogo, serviço e recepção, bem comonos fundamentos de base que suportama sustentabilidade da bola no espaçoaéreo (Mesquita, 2006), é valorizada nasequipas mais jovens. Lima, Mesquita ePereira (2007), num estudo aplicado notreino de Voleibol, em equipas com ida-des entre os 12 e os 14 anos confirma-ram este ascendente.

Sendo o ataque a acção que maiorrelevância assume na predição do resul-tado do jogo (Marcelino, Mesquita eAfonso, 2008), o facto de só ter surgido

em terceiro plano, revela que os treina-dores do presente estudo enfatizam maisaspectos relacionados com a sustentaçãoda bola no espaço aéreo, factor promo-tor do incremento do fluxo do jogo.Uma vez que o contacto da bola com osolo é penalizado no Voleibol, é crucialpriorizar na aprendizagem, a sustentabi-lidade da bola no espaço aéreo aumen-tando o fluxo do jogo e a aprendizagemdos comportamentos estruturantes domesmo (Mesquita, 2006). O facto dainformação emitida sobre o bloco tersurgido imediatamente após a informa-ção sobre o ataque advém desta acçãoser um requisito útil para o fluxo dojogo, a partir do momento em que exis-te ataque efectivo (Maxwell, 2003;Mesquita, 2006).

O presente estudo sugere o recurso aabordagens instrucionais distintas emfunção da natureza do conteúdo de trei-no em Voleibol juvenil. Os treinadoresemitiram informação sobre as ações dedistribuição em tarefas, cuja prática lhesconfere um cunho didáctico iminente-mente de aplicação em referência às exi-gências do jogo (tarefas de estruturaçãoe adaptação). O enfoque aplicativo dainformação sobre a distribuição assumerelevância, porquanto sendo uma acçãode jogo com elevadas exigências percep-tivo-decisionais (Mesquita e Graça,2002b), a realização de tarefas que pres-supõem a utilização de situações decompetição e auto-avaliação, permite acontextualização dos conteúdos deaprendizagem nos cenários de jogo quelhes conferem significado, (Rink, 1993;Mesquita, 2005). Um estudo de French

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et al., (1991), no Badminton demonstrouque a aplicação de sequências metodoló-gicas baseadas no recurso a progressões,nas quais se recorreu sobretudo a tarefassujeitas a ICM, mostrou contribuir signi-ficativamente para a melhoria do desem-penho das habilidades técnicas. Nestesentido, a inclusão nas sessões de treinode tarefas progressivamente mais com-plexas e sujeitas a níveis de ICM, pareceser fundamental para ajustar a capacida-de de resposta dos praticantes ao nívelde exigência das tarefas.

A informação relativa à defesa e àcobertura surgiram associadas a tarefasintegradoras dos ingredientes do jogo,mas com o controlo das exigências deprática. As tarefas de estruturação, queintegram situações de prática com níveisde ICM, e adaptação, onde a presença deoposição é uma constante, foram as pre-ferencialmente eleitas pelos treinadores.Do ponto de vista didáctico, os treinado-res mostraram recorrer preferencialmen-te a tarefas que integram as situações decompetição, onde o uso oportuno eajustado das habilidades assume especialrelevância (tarefas de aplicação).

O facto da informação sobre os fun-damentos de base ter sido mais recor-rente em tarefas de aquisição é plausível,na medida que este tipo de tarefas visa odomínio técnico mínimo das acções dejogo pela prática de tarefas analíticasconcretizadas em ambientes de baixainterferência contextual (ICB). Todavia,como refere Rink (1993), o uso excessi-vo das tarefas de aquisição reverte notreino das habilidades como “fechadas”quando nos JDC a natureza das habilida-

des é iminentemente aberta, ou seja, rea-lizadas em situações de envolvimentoimprevisível e, por isso, reguladas porconstrangimentos dos factores exterio-res (Graça, 1994). Mesquita (2005) refe-re que, o treino requer a contextualiza-ção da aprendizagem das habilidades emenvolvimentos situacionais portadoresdos constrangimentos do jogo, o quesignifica que devem ser evitadas situa-ções de execução técnica em tarefas ana-líticas desfasadas das exigências de apli-cação. Todavia ainda é frequente, no trei-no de Voleibol, principalmente ao nívelda formação, a utilização excessiva detarefas exageradamente simplificadas,praticadas em contextos desprovidos deaplicação e artificiais em relação às exi-gências reais da competição (Brunelle,2005).

O presente estudo mostrou, ainda,que é no treino mais integrado, onde asexigências à referência ao jogo e à sualógica acontecimental ditam o uso opor-tuno das habilidades (tarefas de estrutu-ração e de adaptação), que os treinadoresderam mais informação relativa àsacções indefinidas. Apesar de tal seresperado, porquanto nos exercícios ana-líticos (prática mais molecular) é maisfácil centrar objectivamente o teor dainformação, não deixa de ser preocupan-te, já que tal pode significar ausência deobjectividade da informação emitida, emcontextos de prática exigentes como é ojogo ou tarefas afins. Como refereCushion e Jones (2001) a ausência deinformação específica centrada nos con-teúdos de aprendizagem constitui umindicador de inoperância pedagógica por

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parte do treinador.O presente estudo mostrou ainda a

prevalência da informação sobre o servi-ço em tarefas instrucionais de informa-ção, que visam a introdução de umanova habilidade, ou ainda se constituemcomo uma tarefa inicial dentro de umapossível sequência de tarefas daaula/treino (Rink, 1993). Não se tendoverificado, nos treinos observados, aintrodução desta habilidade, estes resul-tados sugerem o recurso ao serviço,mais como meio para oportunizar o trei-no dos outros conteúdos (ex. para colo-car a bola em jogo) do que propriamen-te para o seu aperfeiçoamento técnicoou aplicação táctica. Sendo a acção deserviço uma das primeiras a ser ensina-das, e que suportam no treino outrasacções de jogo, a ausência de tarefas quevisam especificamente a sua aprendiza-gem, poderá repercutir-se em dificulda-des na sua aplicação oportuna e ajustadaem jogo.

Cabe ainda ressaltar que a informa-ção sobre o ataque e o bloco emitidapelos treinadores não variou em funçãodo tipo de prática e da natureza das tare-fas instrucionais. Estas duas acções, paraalém da elevada complexidade que com-portam, são realizadas no jogo, em con-dições de interferência contextual eleva-da (Mesquita, 2005), obrigando o prati-cante a atender a diferentes variáveis, oque justifica por si, que a sua aprendiza-gem seja progressiva, em referências àsexigências do jogo. A ausência de rela-ção entre a informação emitida sobre oataque e o bloco e a natureza da prática,denuncia o recurso a abordagens instru-

cionais que não consideram a especifici-dade destes conteúdos de treino, o queassume particular pertinência no treinode jovens, onde a edificação de compe-tências está indubitavelmente associadaàs características de prática.

Cabe ainda realçar em nenhuma dasacções de jogo, as tarefas de refinamen-to assumiram relevância, quando o seurecurso é crucial sobretudo no treinodas habilidades que denunciam maiorcomplexidade, como é o caso do remateno Voleibol (Mesquita, 2006). A impor-tância das tarefas de refinamento noprocesso instrucional é comprovadapela investigação (Graham, 1987;Masser, 1987; Rink, 1993), sendo que, asua reduzida utilização limita o aperfei-çoamento de aspectos críticos de realiza-ção das acções; o que se pode repercutirnegativamente na prática das tarefas deextensão e de aplicação, que exigemmaior variabilidade e complexidade(Mesquita et al., 2009). Num estudo apli-cado no Voleibol, Pellet e Harrison(1995) verificaram que o grupo de alu-nos que praticou tarefas de refinamentoobteve maiores progressos na práticadiária das tarefas, e também, no final doperíodo instrucional.

CONCLUSÕESO Voleibol, apresenta características

próprias, ditadas pelo seu regulamento epela sua dinâmica funcional, conferindoaos conteúdos de treino um cunho par-ticular, que importa considerar na confi-guração didáctica das tarefas do treino.

Os resultados do presente estudopermitem concluir que o conteúdo subs-

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tantivo da informação emitida pelo trei-nador se diferenciou em função da natu-reza das tarefas instrucionais e do tipode prática, reflectindo abordagens dife-renciadas, no ensino dos diferentes con-teúdos específicos do Voleibol, no con-texto do treino de jovens. A informaçãode conteúdo substantivo sobre a defesa ecobertura e distribuição teve lugar, pre-dominantemente, em tarefas que inte-gram os ingredientes do jogo (tarefas deadaptação e aplicação), assegurando anecessária progressão, variabilidade deprática e refinamento táctico-técnico.Por seu turno, a informação sobre o ser-viço decorreu sobretudo em tarefas deinformação, o que evidencia o carácterde suporte conferido a esta acção notreino dos outros conteúdos, não lhesendo conferido um tratamento didácti-co progressivo em referência às exigên-cias do jogo. A informação centradasobre o ataque e o bloco mostrou serutilizada de forma indiferenciada nastarefas do treino, o que pode evidenciarabordagens instrucionais acriteriosaspara conteúdos com exigências adaptati-vas tão elevadas, reclamadas pelos cons-trangimentos impostos pelo jogo.

Estes resultados, embora sendodecorrentes de uma amostra que de todonão é representativa da população, nãopretendendo portanto inferir ou genali-zar, evidencia a necessidade de no treinode jovens, onde a edificação de compe-tências a longo prazo é a exigência prio-ritária, ser conferido maior cuidado aotratamento didáctico dos conteúdos.Nomeadamente, sendo os JDC modali-dades onde os contextos de aplicação,

ou seja o jogo, é conotado como porta-dor de sistemas dinâmicos e complexos,a aprendizagem dos conteúdos específi-cos da modalidade reivindica o recurso àcontextualização da informação, emitidapelo treinador, em contextos de práticaque integrem essas exigências, num cres-cendo de complexidade e variabilidade.

Em futuros estudos seria relevantecomplementar a observação sistemáticados comportamentos pedagógicos dotreinador com o estudo das suas concep-ções, acerca do ensino e treino doVoleibol. Neste sentido, seria interessan-te perceber, nomeadamente, a razão dereduzida preocupação dos treinadorespelas movimentações sem bola, já que oVoleibol exige, ao nível táctico, a suaintegração e treinabilidade.

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