Plano de curso operador de caixa

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Plano de Curso Operador de Caixa Qualificação Profissional Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios Segmento: Comércio

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Plano de CursoOperador de CaixaQualificação Profissional

Eixo Tecnológico: Gestão e NegóciosSegmento: Comércio

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Senac – Departamento NacionalAv. Ayrton Senna, 5.555 – Barra da TijucaRio de Janeiro – RJ – BrasilCEP 22775-004www.senac.brDistribuição gratuita

Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

Presidente do Conselho NacionalAntonio Oliveira Santos

Departamento Nacional

Diretor-geralSidney Cunha

Diretora de Educação ProfissionalAnna Beatriz Waehneldt

Diretor de Integração com o MercadoJacinto Corrêa

Diretora de Operações CompartilhadasSimone Caldas

Diretor de Unidades EspecializadasJosé Carlos Cirilo

Coordenação GeralGerência de Desenvolvimento Educacional

Supervisão TécnicaGerência de Implementação e Integração Educacional

Departamento Regional Coordenador do Grupo de ElaboraçãoAmazonas

Departamentos Regionais participantes do Grupo de ElaboraçãoAlagoas, Tocantins, Pernambuco e São Paulo

Coordenação EditorialGerência de Marketing e Comunicação/Diretoria de Integração com o Mercado

Dados de Catalogação na Publicação

SENAC. DN. Planos de cursos: operador de caixa: qualificação profissional. Rio de Janeiro, 2014. 19 p. Eixo tecnológico: Gestão e Negócios. Inclui bibliografia.

PLANO DE CURSO; OPERADOR DE CAIXA; SENAC.

Ficha elaborada de acordo com as normas do Sics – Sistema de Informação e Conhecimento do Senac.

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Rio de Janeiro, 2014

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1. Identificação do curso

Título do Curso: Operador de Caixa

Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios

Segmento: Comércio

Carga Horária: 160 horas

Código DN: 139

Código CBO: 4211 25 – Atendente de pedágio. Caixa (supermercado). Caixa de bar, lanchonete e restaurantes, caixa de loja, caixa no comércio, caixa no serviço de alimentação, fiscal de caixa.

2. Requisitos e formas de acesso

Requisitos de acesso

• Escolaridade: Ensino Médio incompleto;

• Idade mínima: 18 anos.

Documentos exigidos para matrícula

• Documento oficial de identificação;

• CPF;

• Comprovante de escolaridade;

• Comprovante de residência.

Quando a oferta deste curso ocorrer por meio de parceria, convênio ou acordo de cooperação com outras instituições, principalmente governamentais, deverão ser incluídas neste item as especificações, caso existirem.

3. Justificativa e objetivos

Desde o início dos anos 2000, observa-se, no Brasil, uma significativa expansão do setor terciário. Atualmente, mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) e 75% dos empregos formais no país estão concentrados nele. Para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, as atividades de comércio de bens e serviços sinalizam o quanto esse setor pode ser considerado um importante elemento propulsor do crescimento econômico do Brasil1.

Nesse cenário de expansão das atividades do setor terciário, aumento do poder aquisitivo da população e forte competitividade entre as empresas, o atendimento de excelência aos clientes é um desafio para as organizações que pretendem conquistar uma posição de destaque no mercado. A demanda por profissionais qualificados, capazes de realizar atendimentos com qualidade e competência, tem-se mostrado um diferencial na busca pela fidelização do cliente. A oferta da Qualificação Profissional em Operador de Caixa justifica-se, portanto, na importância que esse profissional tem para o sucesso da empresa, uma vez que é no

1 BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Importância do setor terciário. Brasília, DF, 2014 [capturado em 30 set. 2014]. Disponível: <http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=4485>.

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momento em que o cliente passa suas compras pelos terminais de frente de caixa que se consolida todo o esforço de venda da empresa. Essa é a derradeira oportunidade de reverter algum desconforto, cabendo ao operador, como último profissional a ter contato pessoal com o cliente no momento de concretização do negócio, sensibilidade para consolidar a venda, não só de mercadorias ou serviços, mas também da imagem da empresa para que o cliente se sinta satisfeito e encantado. Vale considerar que, em função das transformações do mercado, o profissional Operador de Caixa teve suas atividades ampliadas, a ele cabe, por exemplo, fornecer informações sobre produtos e esclarecer dúvidas quando solicitado, o que reforça, ainda mais, a necessidade de qualificação desse profissional.

A frente de caixa, por essas razões, é uma ocupação relevante para o terceiro setor, assim como quaisquer outras ocupações que fazem parte do ciclo operacional do varejo e deve, portanto, receber os mesmos cuidados e a mesma atenção, com a educação profissional, o desenvolvimento e o monitoramento das práticas da gestão de varejo.

Objetivo geral

Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com foco em resultados.

Objetivos específicos

• Promover o desenvolvimento do aluno por meio de ações que articulem e mobilizem conhecimentos, habilidades, valores e atitudes, de forma potencialmente criativa e que estimule o aprimoramento contínuo;

• Estimular por meio de situações de aprendizagens e atitudes empreendedoras, sustentáveis e colaborativas nos alunos;

• Articular as competências do perfil profissional com projetos integradores e outras atividades laborais que estimulem a visão crítica e a tomada de decisão para resolução de problemas;

• Promover uma avaliação processual e formativa com base em indicadores das competências, os quais possibilitem a todos os envolvidos no processo educativo a verificação da aprendizagem;

• Incentivar a pesquisa como princípio pedagógico e para consolidação do domínio técnico-científico, utilizando recursos didáticos e bibliográficos.

4. Perfil profissional de conclusão

O Operador de Caixa é um profissional que realiza procedimentos de operação de caixa e atendimento ao cliente em empresas de pequeno, médio e grande porte de diversas áreas de varejo, atacado, entretenimento e serviços.

Este profissional realiza abertura e fechamento de caixa, registro de entradas de valores e saídasdeprodutos∕serviços, seguindonormasediretrizesdaempresa.Atuaemequipe,como empregado e prestador de serviços, interagindo com funcionários de outros setores e contribuindo para a satisfação e fidelização do cliente.

O Operador de Caixa, qualificado pelo Senac, tem como Marcas Formativas: domínio técnico-científico, visão crítica, atitude empreendedora, sustentável, colaborativa, atuando

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com foco em resultados. Essas Marcas Formativas reforçam o compromisso da Instituição com a formação integral do ser humano, considerando aspectos relacionados ao mundo do trabalho e ao exercício da cidadania. Essa perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do trabalho, o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e sobre sua capacidade de transformação da sociedade.

A ocupação está situada no eixo tecnológico Gestão e Negócios, cuja natureza é “gerir”, e pertence ao segmento de Comércio. Deve seguir, ainda, orientações da Legislação Tributária vigente e o Código do Consumidor.

Competências

• Organizar e realizar a abertura e fechamento do caixa;

• Organizar e realizar os processos de registro da venda de produtos/serviços, no atendimento ao cliente.

5. Organização curricular

O Modelo Pedagógico Nacional do Senac traz a competência para o ponto central do currículo dos cursos de Qualificação Profissional, sendo a competência a própria Unidade Curricular (UC):

Unidades Curriculares Carga horária

UC3 – Projeto Integrador do Operador de Caixa – 16 horas

UC1 – Organizar e realizar a abertura e fechamento do caixa 60 horas

UC2 – Organizar e realizar os processos de registro da venda de produtos/serviços, no atendimento ao cliente

84 horas

Carga Horária Total 160 horas

• Pré-requisitos: as Unidades Curriculares não possuem pré-requisito e podem ser ofertadas subsequentes ou concomitantes, segundo a disposição de cada Departamento Regional.

• Correquisitos: a UC3 Projeto Integrador deve ser ofertada simultaneamente às demais Unidades Curriculares.

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5.1. Detalhamento das Unidades Curriculares

UC1: Organizar e realizar a abertura e fechamento do caixa Carga horária: 60 horas.

Indicadores

1. Organiza o ambiente de trabalho, zelando pela sua higiene e dispondo dos utensílios utilizados no check out;

2. Inicializa o sistema de caixa, para controle do fluxo de trabalho;

3. Confere e registra dados e valores, conforme procedimentos para organizar a abertura e fechamento de caixa;

4. Organiza o fluxo de caixa, desde a abertura até o fechamento, conferindo as formas de pagamento e prestando conta por meio da emissão dos relatórios de movimentação de caixa.

Elementos de Competência

Conhecimentos

• Planejamento de carreira: mundo do trabalho, formas de inserção no mercado de trabalho, marketing e apresentação pessoal, preparação de currículos, entrevista de emprego;

• Estrutura organizacional: organograma funcional e suas inter-relações;

• Relações de trabalho no contexto do comércio de bens, serviços e turismo;

• Equipamentos, utensílios e materiais: tipos, características, funções, higienização, conservação e operacionalização;

• Hardware: conceito e características;

• Sistemas operacionais do Operador de Caixa;

• Operações matemáticas básicas: adição, subtração, multiplicação, divisão, desconto e juros simples;

• Conferência de mercadorias e produtos em exposição na estação de trabalho;

• Definição e aplicação:

– abertura do sistema;

– formas de controle e registro do fundo de caixa;

– rendição;

– sangria;

– fechamento – conferência do movimento diário a partir do relatório de caixa e organização das formas de pagamento.

Habilidades

• Organizar o ambiente de trabalho;

• Aplicar procedimentos de abertura e fechamento do caixa;

• Interpretar relatórios e documentos;

• Pesquisar e organizar dados.

Atitudes/Valores

• Zelo pela higiene do ambiente de trabalho;

• Atenção nos procedimentos de abertura e fechamento do caixa;

• Adoção das práticas ergonômicas;

• Probidade no manuseio de valores;

• Cooperação e respeito às diferenças individuais e no trabalho em equipe;

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• Cooperação e respeito às diferenças individuais e no trabalho em equipe;

• Zelo na apresentação pessoal e postura profissional;

• Prevenção da segurança pessoal.

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UC2: Organizar e realizar os processos de registro da venda de produtos/serviços, no atendimento ao cliente Carga horária: 84 horas.

Indicadores

1. Adota medidas de segurança e de prevenção às doenças do trabalho, respeitando normas internas e legislações vigentes;

2. Manuseia, confere e embala os produtos com cuidado e atenção, conforme princípios de sustentabilidade;

3. Presta informações e orienta os clientes conforme legislação e normas da empresa;

4. Arquiva documentos e cupons segundo a organização estabelecida pela empresa;

5. Oferece e disponibiliza produtos, serviços e promoções na estação de trabalho conforme política de divulgação da empresa;

6. Verifica produtos expostos e materiais do seu local de trabalho, solicitando reposição quando necessário;

7. Recebe valores, verificando e registrando a forma de pagamento em sistemas de controles, conferindo a autenticidade dos tipos de pagamento e fornecendo comprovantes.

Elementos de Competência

Conhecimentos

• Segurança, ergonomia e qualidade de vida no trabalho: procedimentos de segurança de numerário; ergonomia no posto de trabalho, prevenção de Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbio Osteomolecular Relacionado ao Trabalho (Dort) na função do Operador de Caixa: NR17 e ginástica laboral, estresse e ansiedade, ações que auxiliam a manutenção da saúde física e mental;

• Elementos da comunicação: contexto, emissor, receptor, canal, mensagem, ruídos e feedback;

• Técnicas de atendimento aos diversos tipos de cliente;

• Calculadora financeira: tipos, características, funcionalidades e aplicação básica;

• Código de Defesa do Consumidor: direitos e deveres do consumidor;

• Princípios do desenvolvimento sustentável: pilares, princípios ambientais, 3Rs, descarte consciente, 5Ss, logística reversa;

• Produtos e serviços: conceito, tipos, características, manuseio, conferência, embalagens, preços, ofertas e promoções;

• Operações com formas de pagamento: dinheiro, cheque, cartão, tíquete;

• Tipos e características de registros de mercadorias: padrão de código de barras – EAN: formas de identificação, código interno, registro, pesáveis e consulta de preço;

• Consulta de preço de produtos;

• Procedimentos para devolução e cancelamento de cupom fiscal, estorno, troca e cancelamento de compra de mercadorias;

• Relatórios do operador de caixa: tipos, características, formas de preenchimento e arquivamento.

Habilidades

• Comunicar-se assertivamente;

• Utilizar vocabulário técnico nas rotinas de trabalho;

• Gerenciar tempo e atividades de trabalho;

• Administrar conflitos inerentes ao processo de trabalho;

• Trabalhar em equipe;

• Ler, escrever e interpretar relatórios e documentos;

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• Operacionalizar valores monetários.

Atitudes/Valores

• Zelo pela higiene do ambiente de trabalho;

• Atenção nos procedimentos de registro de entradas de valores;

• Probidade no manuseio de valores;

• Comprometimento com os princípios de sustentabilidade;

• Cooperação e respeito às diferenças individuais e no trabalho em equipe;

• Zelo na apresentação pessoal e postura profissional;

• Comportamento preventivo em relação à segurança pessoal;

• Proatividade no encaminhamento das atividades.

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UC3: Projeto Integrador Operador de Caixa Carga Horária: 16 horas.

O Projeto Integrador é uma Unidade Curricular de Natureza Diferenciada, baseada na metodologia de ação-reflexão-ação, que se constitui na proposição de situações desafiadoras a serem cumpridas pelo aluno. Esta Unidade Curricular é obrigatória nos cursos de Aprendizagem Profissional Comercial, Qualificação Profissional, Habilitação Técnica e respectivas certificações intermediárias.

O planejamento e a execução do Projeto Integrador propiciam a articulação das competências previstas no perfil profissional de conclusão do curso, pois apresentam ao aluno situações que estimulam o seu desenvolvimento profissional ao ter que decidir, opinar e debater com o grupo a resolução de problemas a partir do tema gerador.

Durante a realização do Projeto, portanto, o aluno poderá demonstrar sua atuação profissional pautada pelas Marcas Formativas Senac, uma vez que permite o trabalho em equipe e o exercício da ética, da responsabilidade social e da atitude empreendedora.

O Projeto Integrador prevê:

• articulação das competências do curso, com foco no desenvolvimento do perfil profissional de conclusão;

• criação de estratégias para a solução de um problema ou de uma fonte geradora de problemas relacionada à prática profissional;

• desenvolvimento de atividades em grupos realizadas pelos alunos de maneira autônoma e responsável;

• geração de novas aprendizagens ao longo do processo;

• planejamento integrado entre todos os docentes do curso;

• compromisso dos docentes com o desenvolvimento do Projeto no decorrer das Unidades Curriculares, sob a coordenação do docente responsável pela Unidade Curricular Projeto Integrador, que tem papel de mediador e facilitador do processo;

• espaço privilegiado para imprimir as Marcas Formativas Senac:

– domínio técnico-científico;

– atitude empreendedora;

– visão crítica;

– atitude sustentável;

– atitude colaborativa.

A partir do tema gerador, são necessárias três etapas para aexecução do Projeto Integrador:

– 1ª) Problematização: corresponde ao ponto de partida do projeto. Na definição do tema gerador, deve-se ter em vista uma situação plausível, identificada no campo de atuação profissional e que perpasse as competências do perfil de conclusão do curso. Neste momento é feito o detalhamento do tema gerador e o levantamento das questões que irão nortear a pesquisa e o desenvolvimento do projeto. As questões devem mobilizar ações que articulem as competências do curso para a resolução do problema.

– 2ª) Desenvolvimento: para o desenvolvimento do Projeto Integrador, é necessário que os alunos organizem e estruturem um plano de trabalho. Esse é o momento em que são elaboradas as estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas na etapa de problematização. O plano de trabalho deve ser realizado conjuntamente pelos alunos e prever situações que extrapolem o espaço da sala de aula, estimulando a pesquisa em bibliotecas, a visita aos ambientes reais de trabalho, a contribuição de outros docentes e profissionais, além de outras ações para a busca da resolução do problema.

– 3ª) Síntese: momento de organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos resultados obtidos. Nesta etapa, os alunos podem rever suas convicções iniciais à luz das novas aprendizagens, expressar ideias com maior fundamentação teórica e prática, além de gerar produtos de maior complexidade. É importante que a proposta traga aspectos inovadores, tanto no próprio produto quanto na forma de apresentação.

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Propostas de temas geradores

Proposta 1 – Atendimento ao cliente como diferencial competitivo de mercado

A partir deste tema, a fase de problematização pode ser proposta incentivando os alunos a que, com base na observação in loco ou com a simulação da atuação de diversos Operadores de Caixa de sua cidade ou região, realizem o levantamento das formas e dos processos de trabalho e atendimento. Com base nessa pesquisa, os alunos podem, no contexto da elaboração do Projeto Integrador, propor ações de melhoria e inovação nos processos de trabalho, visando à excelência no atendimento ao público, ao controle de qualidade, ao relacionamento e à fidelização de clientes.

Proposta 2 – Operador de Caixa: diversos olhares no comércio de bens, serviços e turismo

Vários estabelecimentos do comércio de bens, serviços e turismo, como supermercados, agências de viagem, restaurantes, lojas de conveniência etc. se utilizam do trabalho do Operador de Caixa. Para aproximar os alunos da realidade, o docente deve desafiar os grupos, a partir de pesquisas, análise de casos e observações de operadores de caixa atuando no mercado, a identificar dificuldades e potencialidades comuns e específicas de cada realidade, haja vista que a ação deste profissional adquire características próprias conforme o tipo de estabelecimento, exigindo-lhe certo grau de flexibilidade. Com isso, pretende-se que os alunos ampliem sua visão sobre o perfil do profissional e proponham ações de melhoria na atuação do Operador de Caixa.

Outros temas geradores podem ser definidos em conjunto com os alunos, desde que constituam uma situação-problema e atendam aos indicadores para avaliação.

Indicadores para avaliação

Para avaliação do Projeto Integrador, são propostos os seguintes indicadores:

• adota estratégias que evidenciam as Marcas Formativas Senac na resolução dos desafios apresentados;

• elabora síntese do Projeto Integrador, respondendo às especificações do tema gerador;

• apresenta os resultados do Projeto Integrador com coerência, coesão e criatividade, propondo soluções inovadoras, a partir da visão crítica da atuação profissional no segmento;

• articula as competências do curso no desenvolvimento do Projeto Integrador.

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6. Orientações metodológicasAs orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de desenvolvimento de competências, estas entendidas como ação/fazer profissional observável, potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que permite desenvolvimento contínuo.

As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho deste profissional. Para o desenvolvimento das competências foi configurado um percurso metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno frente a situações de aprendizagem que possibilitam o exercício contínuo da mobilização e articulação dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da ocupação.

A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de situações desafiadoras de aprendizagem, que apresentem níveis crescentes de complexidade e se relacionem com a realidade do aluno e com o contexto da ocupação.

Para mobilizar o elemento Planejamento de Carreira, o docente deve propor atividades relacionadas ao mercado e ao mundo do trabalho como, por exemplo, simulações de entrevista de emprego e outras situações de aprendizagem relacionadas à imagem pessoal, postura profissional e desenvoltura verbal. Propõem-se, na abordagem desse elemento, três etapas: I) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico profissional; II) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e longo prazos, e; III) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos.

No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador, ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação, propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais Unidades Curriculares.

Orientações metodológicas relacionadas às Unidades Curriculares 1 e 2

Considerando a análise dos cenários de trabalho e emprego na região e conforme o investimento pessoal e profissional dos alunos, os docentes devem orientá-los a realizar o planejamento de sua carreira.

Dramatizações, estudos de caso, situações-problema e pesquisas, debates e júris simulados são atividades recomendáveis para o desenvolvimento das Unidades Curriculares 1 e 2. Dessa forma, será possível o docente verificar as Marcas Formativas, como o domínio técnico e científico e a visão crítica que ficam evidentes na fundamentação de uma análise de estudo de caso, na resolução de uma situação-problema ou na defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo em que também subsidiam a avaliação do desenvolvimento das competências, por meio de seus indicadores.

Igualmente, trabalhos em grandes ou pequenos grupos, organizados em volta de projetos que favoreçam a pesquisa, a resolução de problemas e as propostas de melhorias, geram

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possibilidades de desenvolvimento das atitudes colaborativas, sustentáveis e empreendedoras.

Também é possível observar as atitudes e os valores adotados e o desenvolvimento das Marcas Formativas quando os alunos são desafiados a solucionarem conflitos e aspectos relacionados à diversidade de pessoas que compõem os quadros funcionais das organizações. Os estudos de caso, dramatização de situações de trabalho, visitas técnicas e entrevistas com profissionais da área são estratégias importantes para o alcance desse objetivo. Quando bem roteirizadas pelo docente em conjunto com os alunos, os resultados apresentados e debatidos em sala de aula proporcionam momentos significativos de aplicação e síntese.

Orientações metodológicas da Unidade Curricular 3 – Projeto Integrador

Recomenda-se que o docente responsável apresente o tema gerador no primeiro contato com os alunos. Estes, por sua vez, devem validar a proposta, podendo sugerir modificação ou inclusão, a ser acatada pelos docentes, quando pertinente. Ressalta-se que o tema gerador tem como princípio ser desafiador e, portanto, deve estimular a pesquisa e investigação de outras realidades, transcendendo a mera sistematização de informações já trabalhadas durante as demais Unidades Curriculares. Junto com a definição do tema gerador, é necessário estabelecer o cronograma de trabalho e prazos para as entregas.

Caso se opte por trabalhar com os temas geradores indicados, recomenda-se priorizar pesquisas in loco, por meio de vivências, práticas, visitas técnicas, entrevistas com pessoas de mercado, entre outros. Entretanto, quando não for possível a vivência em ambiente real de trabalho, sugere-se a utilização de situações-problema presentes em vídeos, reportagens e casos fictícios baseados na realidade. As pesquisas e visitas técnicas realizadas nas demais Unidades Curriculares também servirão de subsídio para o desenvolvimento do projeto.

Durante o desenvolvimento do projeto, o docente deve acompanhar as entregas parciais conforme previsto no cronograma, auxiliando os grupos na realização e consolidação das pesquisas.

No momento de síntese, procede-se com a sistematização de todos os dados pesquisados e atividades realizadas durante o desenvolvimento do projeto para subsidiar a apresentação das respostas aos desafios gerados. Aspectos como empreendedorismo, criatividade e inovação devem estar presentes tanto nos produtos/resultados propriamente ditos quanto na forma de apresentação desses resultados.

Por fim, considerando que o Projeto Integrador deve ser um espaço privilegiado para impressão das Marcas Formativas Senac, recomenda-se que, durante sua execução, os docentes propiciem desafios que exijam dos alunos a demonstração de domínio técnico-científico relacionado ao exercício profissional – esta é a marca mais diretamente ligada às suas atividades práticas. Além disso, devem estimular a autonomia, a criatividade e proatividade nos alunos, ajudando-os nas atividades de pesquisa e sistematização. Para estimular a atitude colaborativa, devem priorizar o trabalho em equipe e a comunicação construtiva e assertiva. Devem ainda fomentar a atitude cidadã e responsável, por meio da reflexão sobre o contexto de trabalho, a importância do Operador de Caixa para o segmento de Comércio, além de levá-los a refletir sobre a atuação profissional em suas próprias vidas.

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7. Aproveitamento de conhecimentos e de experiências anteriores

De acordo com a legislação educacional em vigor, é possível aproveitar conhecimentos e experiências anteriores dos alunos, desde que diretamente relacionados com o perfil profissional de conclusão do presente curso.

O aproveitamento de competências anteriormente adquiridas pelo aluno por meio da educação formal, informal ou do trabalho, para fins de prosseguimento de estudos, será feito mediante protocolo de avaliação de competências, conforme as diretrizes legais e orientações organizacionais vigentes.

8. Avaliação

De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como propósitos:

• avaliar o desenvolvimento das competências no processo formativo;

• ser diagnóstica e formativa;

• permear e orientar todo o processo educativo;

• verificar a aprendizagem do aluno, sinalizando o quão perto ou longe está do desenvolvimento das competências que compõem o perfil profissional de conclusão (foco na aprendizagem);

• permitir que o aluno assuma papel ativo em seu processo de aprendizagem, devendo, portanto, prever momentos para autoavaliação e feedback, em que docente e aluno possam juntos realizar correções de rumo ou adoção de novas estratégias que permitam melhorar o desempenho do aluno no curso.

8.1. Formas de expressão dos resultados da avaliação

• Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da Unidade Curricular/curso);

• As menções adotadas no Modelo Pedagógico Nacional do Senac reforçam o comprometimento com o desenvolvimento da competência e buscam diminuir o grau de subjetividade do processo avaliativo;

• De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem.

8.1.1. Menção por indicador de competência

A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão atribuídas para cada indicador são descritas a seguir.

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Durante o processo

• Atendido – A

• Parcialmente atendido – PA

• Não atendido – NA

Ao término da Unidade Curricular

• Atendido – A

• Não atendido – NA

8.1.2. Menção por Unidade Curricular

Ao final de cada Unidade Curricular (Competência, Estágio, Prática Profissional ou Projeto Integrador), estão as menções relativas a cada indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará comprometido. Ao final da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja atingido, o aluno será considerado reprovado na unidade. É com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções possíveis para cada Unidade Curricular são:

• Desenvolvida – D

• Não desenvolvida – ND

8.1.3. Menção para aprovação no curso

Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (Desenvolvida) em todas as Unidades Curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada).

Além da menção D (Desenvolvida), o aluno deve ter frequência mínima de 75%, conforme legislação vigente. Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades previstas.

• Aprovado – AP

• Reprovado – RP

8.1.4. Fluxo do processo de registro da avaliação

8.1.4.1. Por Unidade Curricular:

Todos os indicadores

foram atendidos?

Frequênciaatendida?

Sim

Não

Aprovado

ReprovadoSim

Não

D

ND

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8.1.4.2. Ao término do curso:

Aprovado

Reprovado

Sim

Não

Todas as competências/ Unidades Curriculares com

menção desenvolvida?

8.2. Recuperação

A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio da solução de situações-problema e realização de estudos dirigidos. Na modalidade de oferta presencial, é possível a adoção de recursos de educação a distância.

9. Estágio profissional supervisionadoO estágio tem por finalidade propiciar condições para a integração dos alunos no mercado de trabalho. É um “ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos” (Lei n° 11.788/08).

Conforme previsto em legislação vigente, o estágio pode integrar ou não a estrutura curricular dos cursos. Será obrigatório quando a legislação que regulamenta a atividade profissional assim o determinar.

Nos cursos em que o estágio não é obrigatório, pode ser facultada aos alunos a realização do estágio, de acordo com a demanda do mercado de trabalho. Desenvolvido como atividade opcional, a carga horária do estágio é apostilada ao histórico escolar do aluno.

No presente curso, o estágio não é obrigatório.

10. Instalações, equipamentos e recursos didáticos

10.1. Instalações e equipamentos2

Para oferta presencial:

• sala de aula convencional devidamente mobiliada e equipada com recursos audiovisuais (projetor multimídia e caixas de som) e computador;

• biblioteca com acervo atualizado;

• softwares de caixa (proprietário ou livre, de acordo com especificidades regionais);

• calculadora com bobina;

• impressora matricial autenticadora para caixa;

• impressora fiscal térmica;

• leitor de código de barras;

• leitor de boletos.

2 É importante que as instalações e equipamentos estejam em consonância com a legislação e atendam às orientações descritas nas normas técnicas de acessibilidade. Estes aspectos, assim como os atitudinais, comunicacionais e metodológicos, buscam atender às orientações da Convenção de Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o Brasil é signatário.

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Para oferta a distância:

• computador com internet banda larga (configuração mínima: Windows XP: 1.2 GHz, Intel Pentium IV ou superior, memória RAM: 1GB e, obrigatoriamente, um endereço de e-mail válido);

• equipamento de recursos multimídia (som, vídeo e imagem);

• pacotes e recursos adicionais de acordo com as especificidades definidas para o curso.

10.2. Recursos didáticos

O Departamento Regional deve especificar o que será adquirido pelo aluno ou fornecido pelo Senac em caso de alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) ou Programa Senac de Gratuidade (PSG).

11. Perfil do pessoal docente e técnico

O desenvolvimento da oferta ora proposta requer docentes com experiência profissional na operação, gestão ou consultoria ligada ao varejo e que evidencie atualização na área, por meio de participação em cursos, palestras, oficinas, treinamentos recentes ou referências à produção na área de Recursos Humanos e formação em Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Administração, Marketing, Publicidade e Propaganda ou áreas afins, preferencialmente com formação pedagógica.

A docência nos cursos a distância requer a experiência e formação anteriormente citadas, bem como domínio de recursos de informática e noções básicas de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs). Desejável experiência ou formação em tutoria online.

12. Bibliografia

Unidades Curriculares

UC1: Organizar e realizar a abertura e fechamento do caixa. Carga horária: 60 horas

Bibliografias Básicas

RATTO, L.; LANDI, A.C. O trabalho no supermercado: setores, funções e carreira profissional. 2. ed. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2012.

ROLIM, Fabiana. Operador de caixa: qualificando a linha de frente. Santa Cruz do Rio Pardo: Ed. Viena, 2013.

Bibliografias Complementares

MARCHESI, Cristina; CAMACHO, Fabíola; SANTOS, Priscila. Diálogo, reflexão e prática: abordagem objetiva para o iniciante em finan-ças. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2011.

MERLO, E. (Org.). Administração de varejo com foco em casos brasileiros. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

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UC2: Organizar e realizar os processos de registro da venda de produtos/serviços, no atendimento ao cliente. Carga horária: 84 horas

Bibliografias Básicas

RATTO, L.; LANDI, A.C. O trabalho no supermercado: setores, funções e carreira profissional. 2. ed. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2012.

ROLIM, Fabiana. Operador de caixa: qualificando a linha de frente. Santa Cruz do Rio Pardo: Ed. Viena, 2013.

Bibliografias Complementares

LANGDON, K. Você sabe fazer uma boa venda?: conquiste seus clientes, feche negócios e ganhe novas vendas. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2009.

MERLO, E. (Org.). Administração de varejo com foco em casos brasileiros. Rio de Janeiro: LTC, 2011.

13. Certificação

Àquele que concluir com aprovação este curso será conferido o respectivo certificado de Qualificação Profissional em Operador de Caixa, com validade nacional.

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