PERFIL SOCIOECONÔMICO E O ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE...

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________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________883 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 10, p. 883-899, fev./Jul. 2012. PERFIL SOCIOECONÔMICO E O ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIOECONOMIC PROFILE AND NUTRITIONAL STATUS OF ADULTS ATTEMDED IN THE LABORATORY FOR NUTRITIONAL ASSESSMENT OF CENTER UNIVERSITY ETIENNE BRUNA NICOLAU DOS SANTOS Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Unileste-MG E-mail: [email protected] LORENA RODRIGUES PINHO Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Unileste-MG E-mail: [email protected] ORCIONE APARECIDA VIEIRA PEREIRA Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF E-mail: [email protected] ERING JÚNIOR BARROS COELHO Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais Unileste- MG E-mail: [email protected] RESUMO O estudo teve como objetivo verificar a associação entre os dados socioeconômicos e o estado nutricional de adultos atendidos no Laboratório de Avaliação Nutricional de um Centro Universitário do leste de Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal, cujos dados foram extraídos de 680 prontuários de atendimentos individuais. Utilizou-se o teste Qui-Quadrado (p≤0,05) para avaliar a associação entre as variáveis estudadas e o Índice de Massa Corporal (IMC). Observou-se que 85,3% eram mulheres com estado nutricional eutrófico. Houve associação do baixo peso e da obesidade com a faixa etária de 19 a 29 anos, com a escolaridade representada pelo ensino superior, com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos e com a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. Conclui-se que há necessidade do nutricionista orientar a população sobre o cuidado com a alimentação equilibrada, o estilo de vida saudável e no tratamento do baixo peso e da obesidade principalmente nos adultos jovens, com baixa renda familiar e escolaridade e que apresentam a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. Palavras-chave: classe social, adulto, estado nutricional, obesidade.

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Artigo trata do perfil socioeconômico e o estado nutricional de adultos

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_______________________________________________________________________________________883 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 10, p. 883-899, fev./Jul. 2012.

PERFIL SOCIOECONÔMICO E O ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS

ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE UM

CENTRO UNIVERSITÁRIO

SOCIOECONOMIC PROFILE AND NUTRITIONAL STATUS OF ADULTS

ATTEMDED IN THE LABORATORY FOR NUTRITIONAL ASSESSMENT OF

CENTER UNIVERSITY

ETIENNE BRUNA NICOLAU DOS SANTOS

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG

E-mail: [email protected]

LORENA RODRIGUES PINHO

Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-MG

E-mail: [email protected]

ORCIONE APARECIDA VIEIRA PEREIRA

Doutoranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF

E-mail: [email protected]

ERING JÚNIOR BARROS COELHO

Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais – Unileste-

MG

E-mail: [email protected]

RESUMO

O estudo teve como objetivo verificar a associação entre os dados socioeconômicos e o estado

nutricional de adultos atendidos no Laboratório de Avaliação Nutricional de um Centro

Universitário do leste de Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal, cujos dados foram

extraídos de 680 prontuários de atendimentos individuais. Utilizou-se o teste Qui-Quadrado

(p≤0,05) para avaliar a associação entre as variáveis estudadas e o Índice de Massa Corporal

(IMC). Observou-se que 85,3% eram mulheres com estado nutricional eutrófico. Houve

associação do baixo peso e da obesidade com a faixa etária de 19 a 29 anos, com a

escolaridade representada pelo ensino superior, com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos

e com a hipertensão arterial e o diabetes mellitus. Conclui-se que há necessidade do

nutricionista orientar a população sobre o cuidado com a alimentação equilibrada, o estilo de

vida saudável e no tratamento do baixo peso e da obesidade principalmente nos adultos

jovens, com baixa renda familiar e escolaridade e que apresentam a hipertensão arterial e o

diabetes mellitus.

Palavras-chave: classe social, adulto, estado nutricional, obesidade.

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_______________________________________________________________________________________884 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 10, p. 883-899, fev./Jul. 2012.

ABSTRACT The objective of the study was to investigate the association between socioeconomic and the

nutrition status of adults attended in the laboratory for Nutritional Assessment of Center

University of East of Minas Gerais. It is a cross-sectional study with data extracted from 680

medical records of individual attendance. To evaluate the association between the variables

studied and Body Mass Index (BMI), we used the chi-square test (p≤0,05). We observed that

85,3% were women with nutritional status well nourished. There was an association of low

weight and of obesity with age 19 to 29 years, as represented higher scholarity, with a

household income minimum wages of 1 to 3 and hypertension and the diabetes mellitus. We

conclude that the need the nutritionists in educating the population regarding the care of the

balanced alimentation, healthy lifestyle and the accompaniment the treatment of low weight

and of obesity, especially in young adults, with low income and low scholarity and who have

arterial hypertension and the diabetes mellitus.

Keys words: social class, adult, nutritional status, obesity.

INTRODUÇÃO

Estudos sobre o perfil epidemiológico (GARCIA, 2005; RODRIGUES et al.; 2005;

HATMAN et al., 2007) passaram a mostrar a associação entre a alimentação e doenças

crônicas, o que acarretou problemas de saúde pública tanto nos países desenvolvidos como

nos países em desenvolvimento. Vranjac (2008) ressalta que vários países em

desenvolvimento, incluindo o Brasil vêm passando por uma transição nutricional onde se

observa uma alteração do padrão alimentar, com a substituição do consumo de cereais,

feijões, raízes e tubérculos por alimentos mais ricos em gorduras e açúcares. Dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) revelam que “o excesso de peso e

a obesidade são encontrados com grande frequência a partir de cinco anos de idade, em todos

os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras”. Este fato faz com que a prevalência da

desnutrição diminua e a obesidade aumenta, instalando-se na população de maneira cada vez

mais precoce, o que gera sérios riscos para o surgimento de Doenças Crônicas não

Transmissíveis (DCNTs).

As DCNTs caracterizam-se por apresentar longo período de latência e tempo de

evolução prolongado, lesões irreversíveis e complicações que acarretam óbito e vem

ocupando maior espaço no perfil morbi-mortalidade da população brasileira (MARIATH et

al., 2007). Estes fatores aumentam a procura por atendimento clínico nutricional, pois

representam diagnosticar precocemente as doenças crônicas e identificar as necessidades

nutricionais nos organismos dos indivíduos, com uma dinâmica de avaliação do estado geral

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de saúde e as orientações nutricionais que são imprescindíveis para a elaboração de uma

estratégia efetiva de reeducação alimentar (SAMPAIO; FIGUEIREDO, 2005; COIMBRA;

CARVALHO, 2006).

No ambulatório, o atendimento nutricional é destinado ao acompanhamento de

indivíduos que não estão no ambiente hospitalar (REZENDE, 2008). Neste atendimento é

comum a utilização de medidas antropométricas, pois apresenta baixo custo, maior

praticidade e servem para identificar indivíduos em risco de contrair determinados tipos de

doenças (CASTRO; MORAES; FREITAS, 2010). Segundo Acunã e Cruz (2004), os métodos

antropométricos que incluem peso, altura e dobras cutâneas são também utilizados em estudos

epidemiológicos. O Índice de Massa Corporal (IMC) é um indicador antropométrico que se

utiliza das variáveis peso e altura e tem-se tornado mais eficaz para indicar as condições de

saúde dos indivíduos quando relacionado às condições socioeconômicas, à avaliação clínica e

ao estilo de vida (SAMPAIO; FIGUEREDO, 2005; COIMBRA; CARVALHO, 2006).

As orientações para a melhoria das práticas alimentares e dos hábitos de vida

saudáveis dos indivíduos da população incluem a avaliação nutricional e a detecção de

problemas na alimentação, o que possibilita o acesso ao conhecimento por parte do indivíduo

e favorece que eles façam escolhas mais corretas em relação a saúde (SANTOS, 2005).

Neste sentido, esse estudo teve como objetivo verificar a associação entre os dados

socioeconômicos e o estado nutricional de adultos atendidos no Laboratório de Avaliação

Nutricional de um Centro Universitário. Trata-se de um estudo transversal.

MATERIAIS E MÉTODOS

Realizou-se um estudo do tipo transversal com abordagem quantitativa, descritiva e

observacional. Os dados foram coletados entre os meses de agosto do ano de 2010 e maio de

2011. Foram avaliados 680 prontuários de atendimento realizados pelo Laboratório de

Avaliação Nutricional no período de agosto de 2007 até o mês de dezembro do ano de 2010,

pelos alunos da disciplina de Estágio Social Supervisionado I do Curso de Nutrição, sob a

supervisão de um docente nutricionista. Os critérios de inclusão foram os prontuários de

adultos (19 a 59 anos) serem referentes à primeira consulta e preenchidos corretamente e

como os critérios de exclusão os prontuários que estavam incompletos em seu preenchimento.

Na classificação do estado nutricional utilizou-se o Índice de Massa Corporal (IMC)

da primeira consulta calculado através da divisão da massa corporal (Kg) pela estatura (m2).

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Os pontos de corte utilizados foram os propostos pela Organização Mundial de Saúde (WHO)

que classifica o estado nutricional em IMC ≤ 18,5 Kg/ m2

baixo peso, entre 18,5 e 24,9 Kg/ m2

eutrofia, entre 25 e 29,9 Kg/ m2

sobrepeso e ≥ 30 Kg/ m2

obesidade (CONDE; BORGES,

2011).

Para a determinação do perfil socioeconômico foram avaliados a idade, sexo,

escolaridade e renda familiar; na avaliação clínica foram considerados o estado nutricional e

as patologias predominantes e para o comportamento de risco como o tabagismo, consumo de

bebidas alcoólicas e a prática de atividades físicas. Considerou-se tabagista o indivíduo que

fazia o uso de cigarro, independente da quantidade e frequência. O consumo de bebidas

alcoólicas foi definido a partir do relato da sua ingestão. Para a classificação de indivíduos

adultos não sedentários ou ativos utilizou-se do relato pelos mesmos do tempo disponível para

a prática de atividade física sem analisar o tipo de atividade ou a frequência com que era

praticada.

Como cuidados éticos não foram identificados os dados pessoais contidos nos

prontuários de atendimento que foram analisados garantindo sigilo e anonimato total aos

usuários do serviço.

Os dados socioeconômicos, a prática de atividade física, tabagismo, consumo de

bebidas alcoólicas e as patologias mais frequentes foram correlacionados com os dados do

IMC da primeira consulta. Esses dados analisados pela estatística não-paramétrica, no qual

utilizou-se o Teste Qui – Quadrado (Programa Statistical Package for the Social Science

SPSS versão 11.0). Consideraram-se como estatisticamente significantes, os valores de

p≤0,05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verificou-se que as mulheres procuraram atendimento nutricional com maior

frequência, pois 85,3% (n=580) eram do sexo feminino e 14,7% (n=100) eram do sexo

masculino. Oliveira, Lorenzatto e Fatel (2008) ao avaliarem 267 fichas de solicitação para o

acompanhamento nutricional na cidade de Cascavel, Paraná, encontraram o correspondente de

79,4% do sexo feminino a procura pelo atendimento nutricional. Couto et al. (2010) relatam

que as mulheres são pacientes mais assíduas do que os homens quanto a frequência em

consultas relacionadas a saúde.

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Não houve associação estatisticamente significante (Tabela 1) quanto ao sexo e o

estado nutricional.

Tabela 1 – Sexo e o estado nutricional dos adultos atendidos no Laboratório de Avaliação

Nutricional de um Centro Universitário.

Sexo

Estado Nutricional (IMC)

Valor

P

Baixo Peso

(≤ 18,4 Kg/m2)

Eutrofia

(18,5 a 24,9 Kg/m2)

Sobrepeso

(25 a 29,9 Kg/m2)

Obesidade

(≥ 30 Kg/m2)

n % n % n % n %

Feminino 13 81,3 148 89,7 202 87,1 217 81,3

0,079 Masculino 3 18,7 17 10,3 30 12,9 50 18,7

Total 16 100,0 165 100,0 232 100,0 267 100,0

(p ≤ 0,05)

Fonte: Dados da pesquisa.

O estado eutrófico no sexo feminino foi o que mais predominou na primeira consulta

de nutrição, seguido de sobrepeso, obesidade e de baixo peso. Xavier e Ribeiro (2009) em um

estudo realizado com 853 pacientes entre as quais 728 eram mulheres, o estado nutricional

encontrado foi o eutrófico, sendo que 26,9% apresentaram-se obesa, 36,1% tinham peso

adequado e 3,3% tinha baixo peso.

Foi encontrada associação estatisticamente significativa entre as variáveis idade de 19-

29 anos e o baixo peso na primeira consulta (Tabela 2).

Tabela 2 - Associação da faixa etária e o estado nutricional de adultos atendidos no

Laboratório de Avaliação Nutricional de um Centro Universitário.

Faixa

Etária

Estado Nutricional (IMC)

Valor

P

Baixo Peso

(≤ 18,4 Kg/m2)

Eutrofia

(18,5 a 24,9 Kg/m2)

Sobrepeso

(25 a 29,9 Kg/m2)

Obesidade

(≥ 30 Kg/m2)

n % n % n % n %

19-29 anos 10 62,5 92 55,8 92 39,7 52 19,5

0,000

30-39 anos 4 25,0 23 13,9 43 18,5 69 25,8

40-49 anos - - 30 18,2 52 22,4 69 25,8

50-59 anos 2 12,5 20 12,1 45 19,4 77 28,9

Total 16 100,0 165 100,0 232 100,0 267 100,0

(p ≤ 0,05)

Fonte: Dados da pesquisa.

No estudo realizado por Oliveira et al. (2009), na cidade de Salvador, Bahia, foi

identificada a prevalência do excesso de peso maior nas faixas etárias de 30 a 39 e de 50 a 59

anos, sendo comparadas com a faixa etária de 20 a 29 anos. Zart et al. (2010) verificaram

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que, quando se trata da idade, há uma associação significativa com o estado nutricional, pois o

maior consumo dos alimentos sem restrições está presente nas idades inferior ou igual a 59

anos do que naqueles com idade igual ou superior a 60 anos, sendo a faixa etária um fator

importante nos hábitos alimentares.

Rezende et al. (2008) ao estudarem adultos com idade igual ou superior a 20 anos

encontraram uma prevalência de 61,2% com obesidade ou sobrepeso. No presente estudo

encontrou-se 73,5% (n=228) dos indivíduos classificados com sobrepeso e 88% (n=265) com

obesidade na mesma faixa etária citada acima, sendo 61,2% um menor percentual ao se

comparar com o presente estudo.

Houve associação estatisticamente significativa entre as variáveis escolaridade e o

estado nutricional baixo peso na primeira consulta (Tabela 3).

Tabela 3 - Associação da escolaridade e o estado nutricional de adultos atendidos no

Laboratório de Avaliação Nutricional de um Centro Universitário.

Escolaridade

Estado Nutricional (IMC)

Valor

P

Baixo Peso

(≤ 18,4 Kg/m2)

Eutrofia

(18,5 a 24,9 Kg/m2)

Sobrepeso

(25 a 29,9 Kg/m2)

Obesidade

(≥ 30 Kg/m2)

n % n % n % n %

Analfabeto - - - - 3 1,3 2 0,7

0,000

Ensino

Primário 1 6,3 7 4,2 14 6,0 41 15,4

Ensino

Fundamental 4 25,0 31 18,8 83 35,8 111 41,6

Ensino

Médio 1 6,3 59 35,8 81 34,9 67 25,1

Ensino

Técnico 2 12,4 4 2,4 2 0,9 3 1,1

Ensino

Superior 8 50,0 64 38,8 49 21,1 43 16,1

Total 16 100,0 165 100,0 232 100,0 267 100,0

(p ≤ 0,05)

Fonte: Dados da pesquisa.

Zart et al. (2010) ressaltam que pessoas de baixa escolaridade possuem um estilo de

vida mais sedentário e consomem maiores quantidades de alimentos gordurosos. Peixoto et al.

(2008) no seu estudo sobre sistema de monitoramento de fatores de risco para doenças

crônicas por entrevistas telefônicas no Município de Goiânia, Goiás, observaram que 52,9 %

da amostra apresentava baixo consumo de frutas e hortaliças e destacaram que mesmo os

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indivíduos de maior escolaridade, também apresentavam um menor consumo destes

alimentos.

Houve associação estatisticamente significativa entre a renda familiar de 1-3 salários

mínimos e o estado nutricional de baixo peso (Tabela 4).

Tabela 4 - Associação da renda familiar e o estado nutricional de adultos atendidos no

Laboratório de Avaliação Nutricional de um Centro Universitário.

Renda

Familiar

Estado Nutricional (IMC)

Valor

P

Baixo Peso

(≤ 18,4 Kg/m2)

Eutrofia

(18,5 a 24,9 Kg/m2)

Sobrepeso

(25 a 29,9 Kg/m2)

Obesidade

(≥ 30 Kg/m2)

n % n % n % n %

Até 1 Salário

Mínimo 3 18,8 11 6,7 11 4,7 30 11,2

0,000

1-3 Salários

Mínimos 8 50,0 36 21,8 65 28,0 99 37,2

3-5 Salários

Mínimos 4 25 58 35,2 84 36,3 77 28,8

Acima de 5

Salários

Mínimos

1 6,2 60 36,3 72 31,0 61 22,8

Total 16 100,0 165 100,0 232 100,0 267 100,0

(p ≤ 0,05)

Fonte: Dados da pesquisa.

Jorge, Martins e Araújo (2008) relatam que as chances da precariedade da

alimentação bem como a variedade de frutas e verduras nas refeições estão associadas com a

baixa renda e a escolaridade. Citam também que as famílias consideradas mais afetadas são as

com a menor renda.

Dos 680 prontuários analisados nesta pesquisa, 14,4% (n= 98) dos indivíduos

relataram ter hipertensão arterial diagnosticada, enquanto 85,6% (n=582) dos indivíduos

afirmaram não serem hipertensos. Houve associação estatisticamente significativa entre

hipertensos e o estado nutricional obesidade e não hipertensos e o estado nutricional baixo

peso (Tabela 5).

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Tabela 5 – Associação da hipertensão arterial e o estado nutricional dos adultos atendidos no

Laboratório de Avaliação Nutricional de um Centro Universitário.

Sexo

Estado Nutricional (IMC)

Valor

P

Baixo Peso

(≤ 18,4 Kg/m2)

Eutrofia

(18,5 a 24,9 Kg/m2)

Sobrepeso

(25 a 29,9 Kg/m2)

Obesidade

(≥ 30 Kg/m2)

n % n % n % n %

Hipertensos - - 6 3,6 32 13,8 60 22,5

0,000 Não

Hipertensos 16 100,0 159 96,4 200 86,2 207 77,5

Total 16 100,0 165 100,0 232 100,0 267 100,0

(p ≤ 0,05)

Fonte: Dados da pesquisa.

Olmi et al. (2009) em seu estudo comentam que indivíduos que apresentam

predisposição genética para hipertensão pode ter associação com a obesidade.

As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em todo o mundo. A

hipertensão arterial é uma das mais comuns podendo ser considerada causa direta ou fator de

risco para outras doenças do coração (HATMAN et al., 2007; FERNANDES et al., 2010).

O consumo por dietas hipercalóricas, o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas, a

obesidade, a ingestão insuficiente de frutas e hortaliças e o sedentarismo contribuíram e

compõem os principais fatores de risco para a ocorrência das doenças crônicas não-

transmissíveis (BRASIL, 2008; ALVES et al., 2010; BERTO, CARVALHÃES; MOURA,

2010).

No estudo realizado por Nascente et al. (2010) sobre a prevalência da hipertensão

arterial e sua correlação com alguns fatores de risco cardiovasculares na população adulta de

Firminópolis, Goiás, 49,7% dos entrevistados apresentaram excesso de peso (33,7%

sobrepeso e 16,0% obesidade). A prevalência de hipertensos com o estado nutricional

sobrepeso foi de 36,5% e de hipertensos com obesidade foi de 54,5%, sendo este um

percentual maior ao se comparar com o presente estudo.

Cipullo et al. (2010) em seu estudo revelaram a prevalência dos fatores de risco para

hipertensão em diferentes grupos etários em uma população urbana brasileira e encontraram

estado nutricional normal em 44,6% da população estudada; 55,4% tinham estado nutricional

acima do normal. Neste trabalho foi observada uma maior prevalência de hipertensão em

todos os grupos etários para indivíduos com sobrepeso e obesidade.

Mendes, Oliveira e Coelho Júnior (2010) encontraram 12,1% de indivíduos

hipertensos com obesidade. Estima-se que a prevalência de obesidade em indivíduos

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hipertensos seja consideravelmente maior quando comparada aos não-hipertensos. Neste

mesmo estudo foram encontrados 8,8% de indivíduos hipertensos com obesidade e 30,4% de

não-hipertensos com obesidade, observando um resultado contrário ao se comparar com a

presente pesquisa.

A modificação dos hábitos alimentares no que se refere a ingestão e a composição da

dieta vêm provocando alterações significativas do peso corporal e distribuição da gordura,

aumentando assim a prevalência de sobrepeso e obesidade da população (JARDIM et al.,

2007).

No presente estudo, 5,6% (n=38) declararam ser diabéticas e 94,4% (n=642)

afirmaram ser não diabéticas. Estimativa realizada recentemente indica que o Diabetes

Mellitus (DM) tem sido a quinta principal causa de morte em todo o mundo variando entre 1,7

e 5,2%, e estima-se que 11% da população igual ou superior a 40 anos sejam diabéticas

(SILVEIRA et al., 2010).

Houve associação estatisticamente significativa entre diabéticos e o estado nutricional

obesidade e não-diabéticos e o estado nutricional baixo peso (Tabela 6).

Tabela 6 – Associação do diabetes mellitus e o estado nutricional dos adultos atendidos no

Laboratório de Avaliação Nutricional de um Centro Universitário do leste de Minas Gerais.

Sexo

Estado Nutricional (IMC)

Valor

P

Baixo Peso

(≤ 18,4 Kg/m2)

Eutrofia

(18,5 a 24,9 Kg/m2)

Sobrepeso

(25 a 29,9 Kg/m2)

Obesidade

(≥ 30 Kg/m2)

n % n % n % n %

Diabéticos - - 6 3,6 6 2,6 26 9,7

0,002 Não

Diabéticos 16 100,0 159 96,4 226 97,4 241 90,3

Total 16 100,0 165 100,0 232 100,0 267 100,0

(p ≤ 0,05)

Fonte: Dados da pesquisa.

Martinello (2009) em seu estudo com pacientes portadores de diabetes Mellitus tipo II

em um hospital de Criciúma, Santa Catarina, identificou que dos adultos que participaram do

estudo, 5% são eutróficos, 25% apresentam sobrepeso, 25% apresentam obesidade I, e 10%

apresentam obesidade grau II, sendo 35% um maior percentual ao se comparar com o presente

estudo.

O DM apresenta-se entre a quarta e sexta posição como sendo a causa de óbito nos

países desenvolvidos. No Brasil estudos realizados mostram que a taxa de mortalidade por

DM tem aumentado até 6,4 vezes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2009).

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A obesidade pode induzir no diabetes mellitus resistência à insulina independente

enquanto que a redução do peso melhora a sensibilidade à insulina (LEITE, HALPERN,

2005; OLMI et al., 2009).

Para o controle, tratamento e prevenção das complicações do diabetes, portadores de

qualquer tipo de diabetes devem seguir uma dieta adequada (BATISTA et al., 2006).

Berto, Carvalhaes e Moura (2010) citam que o tabagismo, etilismo, obesidade,

consumo excessivo de gorduras saturadas, ingestão insuficiente de frutas e hortaliças e

inatividade física são os principais fatores de risco responsáveis pela maioria das mortes por

agravos crônicos e o tabagismo, além de ser responsável por vários tipos de câncer também

aumenta o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias, inclusive para fumantes inativos

(MALTA et al., 2010).

No estudo em questão, 5,1% (n=35) da amostra declarou ser tabagista e 94,9% (n=

645) declarou não ser. A coleta dos dados não inclui o tabaco usado, os números consumidos

de cigarro e o tempo de exposição ao mesmo.

Em relação à análise do tabagismo e o estado nutricional não foram observadas

correlações significativas para a mesma, porém há de enfatizar que em 2002 havia 1 bilhão de

homens e 250 milhões de mulheres fumantes em todo o mundo, sendo a prevalência de

tabagismo, em ambos os sexos, superior nos países de média e baixa renda em relação aos

países ricos. Estima-se que o total de fumantes cresça nos próximos anos e chegue a 2 bilhões

em 2030 devido ao aumento do consumo em determinadas regiões do mundo e pelo

crescimento da população adulta (KUHNEN et al., 2009).

As estatísticas da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) afirmam que entre os

problemas sociais e de saúde envolvendo o consumo de bebidas alcoólicas, estão os acidentes

e mortes no trânsito, homicídios, quedas, queimaduras, afogamento, suicídio, lesões

esportivas e no lazer, violência entre outros (SOUZA et al., 2010). Também o abuso e ou a

dependência de álcool podem estar associados a doenças cardíacas e cerebrovasculares,

eventos fatais e transtornos psiquiátricos, traumas, violência doméstica, quedas, várias

neoplasias, doenças sexualmente transmissíveis, cirrose hepática, dentre outros

(GUIMARÃES et al., 2010).

No presente estudo, 19,1% (n=130) da amostra faz uso de bebidas alcoólicas e 80,9%

(n=550) não faz. O consumo de bebidas alcoólicas neste estudo foi definido a partir do relato

da sua ingestão.

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_______________________________________________________________________________________893 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 10, p. 883-899, fev./Jul. 2012.

Em relação à análise do consumo de bebidas alcoólicas e o estado nutricional não

foram observadas correlações significativas para a mesma. Vale ressaltar que as bebidas

alcoólicas fornecem calorias vazias de proteínas, vitaminas e sais minerais, diminuem o

apetite, causam danos às estruturas da mucosa intestinal que podem prejudicar a absorção e

digestão dos nutrientes dos alimentos (DIAS; CAMPOS; FARIA, 2006; ACAUAN;

DONATO; DOMINGOS, 2008).

O seu abuso é a causa da morte de 1,8 milhões de pessoas no mundo; destas, 5%

representam jovens entre 15 e 29 anos de idade, confirmando que as pessoas ainda estão longe

de ter uma relação equilibrada com esta substância (ACAUAN; DONATO; DOMINGOS,

2008).

A atividade física é importante para uma vida saudável, em que contém numerosos

benefícios físicos e psicológicos, mas os níveis desta têm declinado entre adultos nas últimas

décadas (RECH et al., 2011).

O sedentarismo eleva o risco de doenças crônicas, especialmente as afecções

cardiovasculares, a diabetes tipo II, o câncer de mama e o de cólon. No Brasil o aumento da

incidência destas doenças crônicas se deve aos baixos níveis de atividade física da população

e o consumo de dietas hipercalóricas (ALVES et al., 2010).

Dos 680 prontuários analisados, 14,4% (n=98) dos adultos eram ativos e 85,6%

(n=582) eram sedentários. De forma que não foram avaliados o tipo de atividade ou

frequência com que foi praticada. Quanto à análise da prática de atividade física e o estado

nutricional não foram observadas correlações significativas para a mesma.

Mendonça, Toscano e Oliveira (2009) ressaltam que a literatura científica é clara sobre

os benefícios de pessoas que praticam atividade física. Elas têm menor chance de desenvolver

morbidades, além de proporcionar benefícios psicológicos e sociais, promovendo também a

diminuição de mortalidade prematura. Mas existem barreiras para a adoção de um estilo de

vida ativo, como por exemplo: devido à falta de tempo e de dinheiro, pois muitos brasileiros

possuem jornadas duplas de trabalho.

CONCLUSÃO

Verificou-se que a procura por atendimento no laboratório de avaliação nutricional foi

composta em maioria por mulheres com o estado nutricional eutrófico. Em relação à faixa

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_______________________________________________________________________________________894 NUTRIR GERAIS, Ipatinga, v. 6 n. 10, p. 883-899, fev./Jul. 2012.

etária, escolaridade, renda familiar, hipertensão e diabetes mellitus encontrou-se associação

com estado nutricional baixo peso e obesidade.

Apesar de serem encontrados números pequenos de indivíduos com as patologias em

questão há também a necessidade da atenção aos indivíduos que não as apresentam. Os

resultados apontam a necessidade do profissional nutricionista em orientar a população sobre

o cuidado com a alimentação quanto ao padrão de consumo de alimentos, adoção de uma

dieta equilibrada e estilo de vida saudáveis e no acompanhamento do tratamento do baixo

peso e obesidade. Também, é importante ressaltar o seu papel na prevenção do surgimento de

doenças crônicas não transmissíveis e na promoção da saúde da população.

Em relação aos comportamentos de risco como tabagismo, consumo de bebidas

alcoólicas e a prática de atividade física, propõe-se que novos estudos sejam realizados a fim

de uma melhor caracterização da análise do estado nutricional e os presentes comportamentos

de risco para que campanhas preventivas e educativas possam ser elaboradas e adotadas para

minimizar os efeitos negativos do fumo e do álcool e reforçar os benefícios da atividade

física.

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