LATINOAMÉRICA ANTE LA ALIANZA PAR EAL...
Transcript of LATINOAMÉRICA ANTE LA ALIANZA PAR EAL...
LATINOAMÉRICA A N T E L A A L I A N Z A P A R A EL PROGRESO
VÍCTOR L . URQUIDI del Colegio Nacional
E N L O S Ú L T I M O S V E I N T E A Ñ O S , d u r a n t e los cuales se h a a d q u i
r i d o en América L a t i n a conciencia cada vez mayor de los pro
blemas de desarrol lo y se h a e x t e n d i d o e l convencimiento de
q u e deben adoptarse medidas fundamentales destinadas a re
solverlos, ciertos períodos de prosper idad h a n creado falsas
esperanzas. D e l a segunda guerra m u n d i a l salió l a economía
l a t i n o a m e r i c a n a forta lec ida en general y, en cuanto se p u d o
disponer de cantidades apreciables de bienes de capi ta l , se d i o
i m p u l s o a l crec imiento. S i n embargo, a l poco t iempo, empe
zaron a decaer algunos de los mercados de productos básicos
y a l a vez los ahorros acumulados p o r América L a t i n a se des
p e r d i c i a r o n en parte en importac iones innecesarias. L a rela
ción de precios d e l i n t e r c a m b i o empeoró y las di f icul tades de
balanza de pagos, así como las de desequi l ibr io i n t e r n o , se
agudizaron. M u c h o s de los programas de desarrollo, o deter
minados proyectos importantes , se q u e d a r o n a m e d i o hacer o
se retrasaron; algunos sectores importantes de servicios públi
cos y de l a i n d u s t r i a n o se e x p a n d i e r o n a t iempo; l a agr icul
t u r a y l a ganadería, salvo casos excepcionales, sufr ieron u n
relat ivo abandono. L a minería , antes i m p u l s a d a p o r l a gue
r r a , dejó de crecer, excepto e l petróleo y e l h ierro .
D u r a n t e l a C o n f e r e n c i a Interamericana sobre Problemas
de l a G u e r r a y de l a Paz, celebrada en M é x i c o en 1945, los
países la t inoamericanos , en su mayoría, p l a n t e a r o n c o n gran
c l a r i d a d los dos tipos de problemas, v inculados entre sí, que
l a postguerra traería: e l de l a i n e s t a b i l i d a d externa y e l de l
desarrollo. L a reducción de l a i n e s t a b i l i d a d , u n a transición
prudente a nuevas condic iones de oferta y de d e m a n d a de
productos básicos y e l apoyo f i n a n c i e r o a l desarrol lo y a l a
3 6 9
3 7 ° V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I I - 3
industrialización constituían los puntos pr inc ipales de las
aspiraciones de A m é r i c a L a t i n a en u n e n t e n d i m i e n t o c o n
los Estados U n i d o s en m a t e r i a e c o n ó m i c a ; 1 formas de co
operación que se es t imaban tanto más importantes c u a n t o
q u e l a economía europea tardaría a lgún t iempo en reponer
se y en volver a relacionarse intensamente con l a la t inoame
r i c a n a . Pero l a voz de A m é r i c a L a t i n a , además de n o v i b r a r
a l unísono, tropezó c o n u n a b a r r e r a de sordera que n o fue
posible vencer. L a i n e s t a b i l i d a d de los precios se resolvería,
según los Estados U n i d o s , p o r m e d i o d e l l i b r e juego de los
mercados, e l f i n a n c i a m i e n t o i n t e r n a c i o n a l lo debería resolver
e l c a p i t a l p r i v a d o y l a industrialización n o debería ser objeto
de estímulos especiales n i m u c h o menos de protección arance
l a r i a . E l auge aparente de t i e m p o de guerra se consideraba
como suficiente p a r a que A m é r i c a L a t i n a prosiguiera bajo su
p r o p i o i m p u l s o , en u n a especie de retorno a l a n o r m a l i d a d .
L a a c t i t u d norteamer icana n o varió tres años más tarde, e n
l a Conferenc ia sobre C o m e r c i o y E m p l e o celebrada en L a H a
bana, n i en l a C o n f e r e n c i a I n t e r a m e r i c a n a de Bogotá d e l mis
m o año, cuando A m é r i c a L a t i n a reiteró su posición ante los
problemas económicos q u e l a amenazaban y cuyos síntomas
eran ya alarmantes. Estados U n i d o s , p o r boca de su Secretario
de Estado — c u y o n o m b r e se había ya dado a l p r o g r a m a cua
t r i e n a l de cooperación n o r t e a m e r i c a n a en l a reconstrucción
e u r o p e a — , informó a A m é r i c a L a t i n a n o estar en p o s i b i l i d a d
de apartarse de sus tareas relativas a l P l a n M a r s h a l l y otros
apoyos a países de E u r o p a o de A s i a y le recomendó que, e n
l u g a r de sol ic i tar empréstitos, se dedicara a crear condiciones
favorables a las inversiones pr ivadas extranjeras. Se considera
b a , además, que e l recién creado B a n c o I n t e r n a c i o n a l de R e
construcción y F o m e n t o , j u n t o c o n u n pequeño aumento d e l
c a p i t a l d e l B a n c o de Exportac ión e Importación, bastarían p a r a
satisfacer las p r i n c i p a l e s peticiones de crédito a largo p l a z o . 2
L l e g ó en esa época a hablarse en diversos artículos la t ino
americanos de u n a especie de P l a n M a r s h a l l para A m é r i c a
L a t i n a , sobre cuya b o n d a d trataría de convencerse a Estados
U n i d o s . P e r o jamás tuvo precisión. H a y q u e recordar que los
países de E u r o p a o c c i d e n t a l sabían l o que querían, q u e m u -
FI I I _ 3 A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 371
chos de ellos habían adoptado planes bastante definidos de
reconstrucción y desarrol lo de posguerra y que, con l a a y u d a
norteamer icana , c o o r d i n a d a p o r i n t e r m e d i o de l a Organización
E u r o p e a de Cooperación Económica, p u d i e r o n ponerlos en
ejecución en poco t iempo. E n c a m b i o , América L a t i n a carecía
de programas y a u n de orientación b i e n concebida, y esto s i n
c o n t a r ciertas in ic iat ivas descarriadas d e l peronismo; tampoco
le servían m u c h o los organismos inteamericanos.
L a repercusión económica de l a guerra de C o r e a y e l au
m e n t o d e l prec io d e l café h i c i e r o n o l v i d a r muchas de las d i f i
cultades y surgió de nuevo l a i lusión de que los problemos
d e desarrol lo de América L a t i n a podrían resolverse fácilmente
y s i n u n p r o g r a m a de cooperación i n t e r n a c i o n a l de cuantía.
L a insistencia c o n t i n u a de los Estados U n i d o s en l a misión
c i v i l i z a d o r a de las inversiones extranjeras privadas había en
c o n t r a d o eco en dos o tres países lat inoamericanos, y a l menos
las cifras totales de m o v i m i e n t o s de c a p i t a l p r i v a d o aumenta
r o n considerablemente, a u n c u a n d o concentradas en l a indus
t r i a petrolera y l a m i n e r a . E l B a n c o M u n d i a l y e l B a n c o de
E x p o r t a c i o n e s e Importac iones a u m e n t a r o n sus operaciones, y
los buenos precios d e l café y otros productos p e r m i t i e r o n a
m u c h o s países emprender de nuevo proyectos de gran a l iento .
P e r o estas condiciones d u r a r o n poco y e l retroceso de l a eco
n o m í a norteamericana a fines de 1953 y p r i n c i p i o s de 1954
puso u n a vez más en ev idencia los graves problemas de carác
ter permanente que a frontaba l a economía de América L a t i n a .
Si b i e n d u r a n t e ese per íodo n o se logró n a d a p o r v ía de
las conferencias interamericanas, destinadas éstas entonces a l
e x a m e n más que n a d a de problemas políticos, se aprovechó
e l t iempo, en m e d i o de u n a g r a n incomprensión y con fre
cuentes obstrucciones, en estudiar a f o n d o los problemas d e l
desarrol lo económico l a t i n o a m e r i c a n o y en empezar a edi f icar
u n conjunto de p r i n c i p i o s en qué apoyar con solidez l a polí
t i c a de crec imiento económico que A m é r i c a L a t i n a deseaba.
E s t a l a b o r sistemática y paciente, despojada de prejuicios y
de i lusiones, f u n d a d a en l a d u r a r e a l i d a d , alejada de los co
r r i l l o s diplomáticos de W a s h i n g t o n , sobr ia y competente, l a
V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I L - 3
desempeñó l a Secretaría de l a Comis ión Económica p a r a Amé
r i c a L a t i n a , bajo l a dirección de u n economista preclaro, R a ú l
Prebisch , a q u i e n se tendrá que reconocer u n a visión de l fu
t u r o que pocas veces h a tenido u n la t inoamericano. C u a n d o
l a X C o n f e r e n c i a Interamer icana , celebrada en Caracas en
1954, desplazó e l examen de los problemas económicos a u n a
reunión especial de minis tros de Economía o H a c i e n d a a fines
de ese año, mientras crecía e l descontento la t inoamer icano
respecto a la política de los Estados U n i d o s en mater ia econó
m i c a y a u n de otra índole, l a C E P A L , gracias a sus oportunos
estudios, p u d o presentar a l a conferencia económica, r e u n i d a
en Petrópolis, u n conjunto de ideas, p r i n c i p i o s y recomenda
ciones en qué basar u n nuevo concepto de cooperación nor
teamericana en e l desarrol lo l a t i n o a m e r i c a n o . 3
F u n d a d o en u n examen certero de los problemas de creci
m i e n t o y de i n e s t a b i l i d a d de l a economía la t inoamericana, e l
i n f o r m e presentado p o r l a C E P A L hacía ver l a necesidad de
acometer su solución en varios frentes simultáneos. U n o de és
tos debería ser u n i n c r e m e n t o sustancial d e l f i n a n c i a m i e n t o
externo a largo plazo, inc lus ive mediante l a creación de u n
f o n d o interamer icano de desarrol lo i n d u s t r i a l , agrícola y m i
nero. Se est imaban las necesidades de c a p i t a l del exter ior en
l a suma — a h o r a considerada modesta—• de 1,000 m i l l o n e s de
dólares a l año, de los que cerca de 700 deberían p r o v e n i r
de recursos credit ic ios internacionales . A l m i s m o t iempo, s i n
embargo, se consideraba necesario que los países la t inoamer i
canos, a f i n de absorber m a y o r c a p i t a l d e l exterior, adoptaran
programas internos de desarrol lo mejor definidos. T a l e s pro
gramas debían comprender , entre otros aspectos, los siguientes:
u n fuerte i m p u l s o a inversiones de infraestructura y otras
básicas o en las que se o b t u v i e r a n los mayores incrementos de
p r o d u c t i v i d a d ; u n a orientación conveniente de las inversiones
extranjeras privadas; e l establecimiento de mecanismos ade
cuados p a r a l a programación económica y l a adopción de po
líticas monetarias , t r ibutar ias , arancelarias y otras indispensa
bles p a r a m o v i l i z a r e l a h o r r o i n t e r n o y crear incentivos ade
cuados a l crecimiento. L a polít ica de desarrol lo l a t i n o a m e r i
cano y e l p r o g r a m a de cooperación interamericana deberían,
FI I L _ 3 A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 373
según aquel las proposiciones, ser objeto de revisión periódica.
L a preparación de los planes nacionales podría ser a u x i l i a d a , a
pet ic ión de c u a l q u i e r país, p o r u n a j u n t a consult iva integrada
p o r personal i m p a r c i a l y competente.
P a r a atenuar los efectos de las f luctuaciones a corto plazo,
e l i n f o r m e de l a C E P A L recomendaba l a adopción de medidas
de orden i n t e r n a c i o n a l de carácter compensatorio de las pér
didas de divisas o de las bajas de los precios, y a l m i s m o t iem
p o l a formación de reservas internas en los períodos de auge,
q u e se complementarían con l a obtención de créditos externos
p a r a m a n t e n e r en v igor los proyectos de desarrol lo durante las
etapas de escasez de divisas.
L a polít ica de desarrol lo se prev io también como u n con
j u n t o de medidas de apoyo a l a industrialización y a l mejora
m i e n t o agrícola a través de l a polít ica de comercio exterior .
N o sólo debía América L a t i n a seguir u n a orientación protec
c ionis ta — a u n cuando n o exces iva—; se sugería también que
Estados U n i d o s , s in l a exigencia de compensaciones equiva
lentes, a b r i e r a sus mercados a los productos lat inoamericanos
y persistiera en e l i m i n a r diversos obstáculos específicos a u n a
m a y o r participación en e l consumo norteamericano. E n e l
i n f o r m e m e n c i o n a d o de l a C E P A L se d i e r o n también algunos
l i n c a m i e n t o s p a r a l i b e r a r e l i n t e r c a m b i o entre los p r o p i o s
países lat inoamericanos, c o m o i d e a precursora de l a ac tua l
zona de l i b r e comercio.
E l p r o b l e m a de l a fa l ta de preparación técnica de l a po
blac ión l a t i n o a m e r i c a n a , así como de l a i n f e r i o r i d a d tecnoló
g ica d e l c a p i t a l n a c i o n a l , f u e r o n también objeto de recomen
daciones, j u n t o con otras sobre l a conveniencia de p r o g r a m a r
u n aprovechamiento a l m á x i m o de l a asistencia técnica inter
n a c i o n a l .
P u e d e advertirse, p o r l o que se h a descrito en f o r m a m u y
r e s u m i d a , q u e l a C E P A L planteó en 1954 los problemas fun
damentales d e l desarrol lo económico, tanto internos como en
su aspecto de cooperación c o m e r c i a l y f i n a n c i e r a interameri
cana, que subsisten hasta nuestros días y que h a n surgido de
n u e v o en l a reciente conferencia de P u n t a d e l Este. L o s p l a n
teó, además, a l a l u z de l a r e a l i d a d polít ica y social y cons-
374 V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I L - 3
cíente de las funciones que tendría q u e a s u m i r e l Estado p a r a
resolverlos adecuadamente en u n régimen de economía m i x t a
p ú b l i c a y p r i v a d a . S i n embargo, e l único resultado posit ivo
de a q u e l l a conferencia económica i n t e r a m e r i c a n a celebrada
e n n o v i e m b r e de 1954 en Petrópolis fue u n a resolución p o r l a
que se recomendó — s i n e l voto a p r o b a t o r i o de l a delegación
de los Estados U n i d o s y s in e l d e l P e r ú — que se formara u n a
comisión de expertos p a r a f o r m u l a r u n anteproyecto de inst i
tución f inanc iera de fomento o posible B a n c o Interamer icano. 4
Se h i c i e r o n también recomendaciones generales sobre progra
m a c i ó n y política d e l desarro l lo . 5 L o demás quedó rechazado
p o r los Estados U n i d o s , o d i l u i d o en resoluciones de escasa o
n u l a significación real . L a a c t i t u d norteamericana fue part i
c u l a r m e n t e contrar ia — c o m o l a d e l B a n c o M u n d i a l — a que
se pensara en u n a meta c u a n t i t a t i v a de cooperación f inanciera
i n t e r n a c i o n a l y a que se f o r m u l a r a n programas de desarrol lo
económico.
E l deter ioro subsiguiente de las relaciones económicas y
polít icas entre Estados U n i d o s y A m é r i c a L a t i n a y l a creciente
incomprensión p o r e l g o b i e r n o y los círculos privados i n f l u
yentes norteamericanos de l a verdadera naturaleza de los pro
blemas y planteamientos la t inoamericanos l legaron a ta l p u n
to que e n 1957 tuvo u n sonado fracaso u n a conferencia
económica de l a O E A celebrada e n Buenos A i r e s ; y en 1958
e l vicepresidente de los Estados U n i d o s fue vejado pública
m e n t e e n dos capitales la t inoamericanas d u r a n t e u n recorr ido
de b u e n a v o l u n t a d . Estos hechos, aunados a las crecientes
d i f i cu l t a d es económicas de casi todos los países, d i e r o n or igen
a l a i n i c i a t i v a d e l presidente K u b r i t s c h e k , d e l B r a s i l , de sugerir
a l presidente Eisenhower , e n m a y o de 1958, l a necesidad de
" p r o c e d e r a u n verdadero e x a m e n de c o n c i e n c i a " de las rela
ciones interamericanas, en consul ta c o n los demás gobiernos. 6
A u n q u e l a respuesta d e l presidente E i s e n h o w e r acusó más i n
terés e n cuestiones de s o l i d a r i d a d pol í t ica i n t e r n a c i o n a l que
e n las económicas, 7 fue favorable a que se l l evaran a cabo
consultas. L a i n i c i a t i v a brasileña, concebida como u n plantea
m i e n t o pol í t ico y económico a l a vez, tomó cuerpo pocas se-
FI II_3 A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 375
manas después en u n discurso d e l Presidente Kubi tschek , en
q u e h izo ver l a necesidad de q u e América L a t i n a tuviera u n a
"part ic ipac ión dinámica en los problemas de ámbito m u n d i a l " ,
p a r a l o c u a l era preciso i m p u l s a r e l desarrol lo económico e
i n i c i a r u n gran p r o g r a m a dest inado a e l i m i n a r l a m i s e r i a . 8
C o n c i b i ó e l programa como u n conjunto de medidas p a r a i n
tensif icar l a inversión en las zonas rezagadas de América L a
t i n a , a u m e n t a r l a asistencia técnica, estabil izar los precios de
los productos básicos y a m p l i a r l a d i s p o n i b i l i d a d de recursos
f inancieros d e l exterior. Éste fue e l p r i n c i p i o de l a l l a m a d a
O p e r a c i ó n P a n a m e r i c a n a , que e l p r o p i o Presidente de l B r a s i l ,
e n declaraciones a l a prensa de Estados U n i d o s caracterizó n o
c o m o u n P l a n M a r s h a l l , puesto que n o era u n p l a n orgánico,
s ino como u n nuevo i m p u l s o basado en l a cooperación y en l a
comprensión, y que tenía q u e p a r t i r d e l hecho de q u e e l
p a n a m e r i c a n i s m o " h a b í a avanzado apenas unas exiguas p u l
gadas en e l terreno de las realizaciones económicas" . 9
L a a c t i t u d norteamericana h a c i a l a propuesta Operación
P a n a m e r i c a n a quedó d e f i n i d a p o r p r i m e r a vez en u n discurso
hecho p o r e l secretario de Estado B u l l e s en R í o de J a n e i r o e n
agosto de 1958, cuando hizo notar l a preocupación d e l gobier
n o norteamericano p o r los problemas de cooperación econó
m i c a , pero advirtió que " e l bienestar económico de u n a na
ción depende siempre p r i n c i p a l m e n t e de sus propios esfuer
zos. . . requiere u n o r d e n polít ico e s t a b l e . . . sólidas prácticas
fiscales, monetarias y de tasación de i m p u e s t o s . . . que e l pue
b l o acepte v o l u n t a r i a m e n t e l a a u t o d i s c i p l i n a , e l trabajo a r d u o
y l a p a r s i m o n i a . . . " , y af irmó que Estados U n i d o s expandir ía
"sus esfuerzos para a u x i l i a r a todas las repúblicas en l a ayuda
a sí mismas a f i n de q u e conquis ten su poderío económico
bajo e l m a n t o de l a l i b e r t a d " . 1 0 E n l a Declaración de B r a s i l i a ,
e x p e d i d a p o r los gobiernos d e l B r a s i l y de Estados U n i d o s , se
r e a f i r m a r o n p r i n c i p i o s políticos de s o l i d a r i d a d interamericana
y se expuso l a "convicción de que e l forta lec imiento de l a
u n i d a d amer icana requiere, entre otras medidas, esfuerzos d i
námicos p a r a vencer e l p r o b l e m a d e l s u b d e s a r r o l l o " . 1 1
L a idea de l a Operac ión P a n a m e r i c a n a tuvo i n m e d i a t a
acogida y respaldo en algunos países, como l a A r g e n t i n a . C o -
37^ V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I L . 3
l o m b i a y Paraguay, y e l gobierno d e l B r a s i l esbozó a todos los
demás u n p l a n consistente en convocar u n a Comisión Espec ia l
de l a O E A — e l que se l lamaría e l C o m i t é de los 2 1 — p a r a
e x a m i n a r las ideas generales de u n p r o g r a m a a m p l i o de co
operación económica y f inanciera , que comprendería nuevas
bases de crédito i n t e r n a c i o n a l , l a creación de u n a institución
f i n a n c i e r a interamericana, medidas p a r a favorecer l a inversión
p r i v a d a , e l combate a l a inflación, medidas p a r a estabil izar
los mercados, l a asistencia técnica y e l estudio de medidas p a r a
hacer frente a las consecuencias d e l mercado común europeo
y p a r a desarrol lar "mercados regionales , , e n e l continente
a m e r i c a n o . 1 2
E n septiembre de 1958 se celebró e n W a s h i n g t o n u n inter
c a m b i o i n f o r m a l entre los cancilleres de las repúblicas ameri
canas, e n e l q u e e l B r a s i l presentó u n a concepción acertada
de los p r o b l e m a s de desarrol lo l a t i n o a m e r i c a n o y de l a f o r m a
de reso lver los , 1 3 pero en que tropezó con diversas dif icultades
de índole política. L a tesis brasileña fue que América L a t i n a
necesitaba fuerte ayuda d e l exter ior p a r a elevar e l ingreso,
e n u n plazo de veinte años, de u n n i v e l de 270 dólares p o r
h a b i t a n t e a precios de 1950, a u n o de 400 dólares (o sea u n a
tasa a n u a l a c u m u l a t i v a de 4.4 % , que requerir ía u n coeficiente
b r u t o de inversión de más de 20 % d e l p r o d u c t o bruto) . U n a
vez a lcanzado e l n i v e l de 400 dólares, se esperaba que de allí
en adelante se lograra u n crec imiento sostenido a base de re
cursos p r o p i o s . L a declaración de los canci l leres americanos
e n W a s h i n g t o n fue sólo de índole general , en apoyo de l a
O p e r a c i ó n P a n a m e r i c a n a y d e l examen de las propuestas p o r
m e d i o d e l C o m i t é de los 2 1 ; s in embargo, se recomendó l a crea
ción de u n a "institución i n t e r a m e r i c a n a de fomento econó
m i c o " ( B a n c o I n t e r a m e r i c a n o ) 1 4
E l C o m i t é de los 21 se reunió en W a s h i n g t o n en n o v i e m
b r e de 1958, y ante e l m i s m o l a delegación brasileña presentó
u n vasto y p r o f u n d o análisis de los problemas de l a economía
l a t i n o a m e r i c a n a y de l a f o r m a en que concebía u n a programa
ción de c o n j u n t o que contara con cuantioso apoyo f inanciero
d e l exter ior , d e l q u e u n a gran parte tendría que ser capi ta l
p ú b l i c o , y a q u e n o podría esperarse d e l c a p i t a l p r i v a d o u n a
FI I L - 3 A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 377
aportac ión a d e c u a d a . 1 5 Se insistió e n l a conveniencia de f i jar
objet ivos cuantitat ivos p a r a e l desarrol lo , y se indicó que tan
sólo e l B r a s i l necesitaría 3,000 m i l l o n e s de dólares en ve inte
años (y A m é r i c a L a t i n a en su c o n j u n t o t a l vez 10,000 m i l l o
n e s ) . 1 6
A l m i s m o t iempo, e l B r a s i l insistió repetidas veces en q u e
e l p l a n de l a Operación P a n a m e r i c a n a era de carácter político.
E l Presidente K u b i t s c h e k envió u n mensaje a l Comité de los 21
e n que d i j o que "más que u n estudio de soluciones económicas,
perseguimos, con l a Operac ión P a n a m e r i c a n a , u n objetivo más
a l to — e l de a f i rmar algunos p r i n c i p i o s y l a renovación de acti
tudes frente a l a crisis que amenaza nuestra concepción de l a
v i d a y d e l régimen d e m o c r á t i c o . . . " ; 1 7 en u n discurso p r o n u n
c i a d o en Asunción en agosto anter ior , e l M i n i s t r o de Re lac io
nes d e l B r a s i l había d i c h o q u e " e l o b j e t i v o . . . es, antes que
n a d a , de naturaleza político-estratégica.. . " . 1 8
L a a c t i t u d norteamericana e n e l C o m i t é de los 21 fue de
cons iderable reserva a l a i d e a de u n p l a n la t inoamer icano
de desarrol lo . U n representante de Estados U n i d o s señaló
q u e u n p l a n de c o n j u n t o ofrecería "demasiadas variables en
l a e c u a c i ó n " y que era prefer ible comenzar p o r problemas con
cretos y en todo caso p o r planes n a c i o n a l e s ; 1 9 o tro manifestó,
después de enumerar las actividades de diversos organismos
f inancieros norteamericanos e internacionales , que "los prés
tamos de carácter p ú b l i c o . . . jamás podrán sust i tuir a l a i n i
c i a t i v a y a l cap i ta l p r i v a d o s . . . es necesario remover los obs
táculos que i m p i d e n l a entrada de capitales privados a los
países q u e desean atraer i n v e r s i o n e s . . . crear incentivos e n
grado m a y o r . . . L o que se requiere es e l m a n t e n i m i e n t o de u n
a m b i e n t e de h o s p i t a l i d a d , en e l c u a l l a empresa p r i v a d a p u e d a
o p e r a r c o n c o n f i a n z a " . 2 0 P o r o t r a parte, e l apoyo a l a estabi
l ización de los precios de los productos básicos n o lo ofreció e l
g o b i e r n o de los Estados U n i d o s s ino e n los términos modestos
d e estar dispuesto a " p a r t i c i p a r en e l estudio de los problemas
de los productos que c r e a n . . . d i f icul tades , p a r a ver qué solu
ciones p u e d e n h a l l a r s e " . 2 1
Sea p o r los aspectos políticos de l a Operac ión Panamerica
n a , sea p o r l a a c t i t u d escéptica de los Estados U n i d o s , las
378 V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I L - 3
propuestas brasileñas n o t u v i e r o n todo e l apoyo que se pre
tendió.
F u e r a de l a resolución de establecer u n g r u p o de expertos
que debería redactar los estatutos d e l f u t u r o B a n c o Interame-
r icano, e l C o m i t é de los 21 n o p r o d u j o n i n g ú n resultado tan
gible . E l i n f o r m e de l a delegación de l B r a s i l a su gobierno
dejó tras luc ir c ierta desilusión y a u n a l g u n a crítica a l a posi
ción de otros gobiernos l a t i n o a m e r i c a n o s . 2 2 Se constituyó a
cont inuación u n g r u p o de trabajo en l a O E A que debería pre
sentar a u n a segunda reunión del Comité de los 21, en Buenos
A i r e s , u n a serie de proyectos de resolución más concretos. E l
gobierno d e l B r a s i l , aceptando que e l Comité de los 21 había
p o r l o menos creado ambiente y orientación para l a Opera
ción P a n a m e r i c a n a , precisó aún más algunas de sus ideas sobre
programación d e l desarrol lo y procuró l i m i t a r algunos de sus
p r o n u n c i a m i e n t o s políticos, sobre todo en el sentido de acla
r a r que l a integración de América L a t i n a en u n esfuerzo occi
d e n t a l p a r a garantía de l a paz n o debía l legar a l extremo de
u n a identif icación con l a política exter ior anglonorteamerica
n a n i con l a de l a O T A N 2 3
E l g r u p o de trabajo abandonó d e l todo e l concepto de u n a
programación g l o b a l l a t i n o a m e r i c a n a y de l a fijación de me
tas, pero recomendó que se efectuaran estudios p o r países . 2 4
E n l a segunda reunión de l C o m i t é de los 21 se emitió u n a
declaración c o n j u n t a en que se aceptó que los problemas eco
nómicos estaban en el m i s m o n i v e l , y en i g u a l d a d jerárquica,
que los de carácter pol í t ico y seguridad m u t u a . L a idea de
u n a n u e v a polít ica de cooperación i n t e r a m e r i c a n a en m a t e r i a
económica se afianzó, pero n o tuvo expresión concreta con
excepción d e l proyecto d e l B a n c o Interamericano. F u e en esa
conferencia, p o r cierto, donde l a delegación c u b a n a estimó en
30,000 m i l l o n e s de dólares las necesidades lat inoamericanas
de c a p i t a l d e l exter ior p a r a l levar a cabo u n p r o g r a m a de des
a r r o l l o de diez años, y planteó abiertamente los problemas de
re forma agrar ia , educación y re forma t r i b u t a r i a como condi
ciones indispensables d e l desarrol lo. E l C o m i t é de los 21 esta
bleció u n a subcomisión p a r a l levar los trabajos de l a Opera
ción P a n a m e r i c a n a a l a U n d é c i m a C o n f e r e n c i a Interamer icana
FI II_3 A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 379
que debía convocarse en Q u i t o en 1959. E s t a conferencia se
aplazó y a l f i n n o se celebró, y a l parecer, e n los siguientes
meses, l a Operac ión P a n a m e r i c a n a perdió e l i m p u l s o con que
había p r i n c i p i a d o , desprovista y a de su característica funda
m e n t a l de p r o g r a m a de conjunto y de metas.
L a p r ó x i m a etapa, después d e l v iraje de l a política exte
r i o r de C u b a hac ia e l b l o q u e soviético, se caracterizó p o r u n a
acentuada preocupación norteamericana p o r los aspectos so
ciales d e l desarrol lo. Debe hacerse n o t a r q u e éstos n o habían
f igurado n i en las sugestiones de l a C E P A L de 1954, n i en l a
Operac ión Panamer icana . L a g i r a d e l presidente Eisenhower
p o r var ios países lat inoamericanos en marzo de 1960 fue l a
manifestación de u n nuevo p u n t o de vista p o l í t i c o . 2 5 A l mis
m o t i e m p o , puesto en m a r c h a e l B a n c o Interamericano en
1960, l a a c t i t u d d e l gobierno norteamericano respecto a las
formas más adecuadas de f i n a n c i a m i e n t o d e l desarrol lo lat ino
a m e r i c a n o empezó a cambiar .
L a tercera reunión d e l Comité de los 21 de l a O E A , que
p r o d u j o e l A c t a de Bogotá en septiembre de 1960, decidió
" d a r u n a expresión práctica aún m a y o r a l espíritu de l a Ope
ración P a n a m e r i c a n a mediante l a ampl iac ión i n m e d i a t a de las
o p o r t u n i d a d e s de progreso social de los pueblos de América
L a t i n a " y reconoció en general l a i n t e r d e p e n d e n c i a de l progre
so social y e l e c o n ó m i c o . 2 6 A este respecto, e l A c t a de Bogotá
señaló l a necesidad de emprender programas interamericanos
en m a t e r i a de v i d a r u r a l y uso y tenencia de l a t ierra, v i v i e n d a ,
educación, s a l u b r i d a d y re forma t r i b u t a r i a como condiciones
indispensables a l desarrol lo económico. J u n t o con l a idea de
l a r e f o r m a social se h i z o también m u c h o hincapié en u n p u n t o
de v ista norteamericano, expresado ya en los pr imeros comen
tarios d e l gobierno de los Estados U n i d o s a l a Operación
P a n a m e r i c a n a dos años antes, 2 7 y s iempre reiterado: de que
l a cooperación d e l exter ior n o podría tener éxito s in que exis
t ieran programas basados en a y u d a p r o p i a o uso m á x i m o de
los recursos propios . Se acordó, en torno a estas ideas, crear
u n F o n d o E s p e c i a l de D e s a r r o l l o Socia l , a l que e l gobierno
n o r t e a m e r i c a n o aportaría 500 m i l l o n e s de dólares p a r a que,
3 8 o V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I L 3
s i n p e r j u i c i o de otros recursos y otros programas, se dest inaran,
a través d e l B a n c o Interamericano, a f inanc iar , en condiciones
de préstamo f lexibles y adecuadas, proyectos de repercusión
social que los países lat inoamericanos se p r o p u s i e r a n empren
der como parte de programas generales de r e f o r m a a sus insti
tuciones y uti l ización de sus propios recursos. 2 8 C o m o es b i e n
sabido, d i c h o F o n d o ya está f u n c i o n a n d o , m e d i a n t e u n f idei
comiso encomendado a l B a n c o Interamericano p o r e l gobierno
de los Estados U n i d o s .
E l A c t a de Bogotá adoptó también u n a innovación en ma
ter ia de f i n a n c i a m i e n t o general de l desarrol lo que significó u n
i m p o r t a n t e c a m b i o de l a polít ica norteamericana. Se h i z o ver
que, en e l cuadro de l a Operac ión P a n a m e r i c a n a y como con
creción de ésta, sería precisa u n a " p r o n t a acción de a m p l i t u d
excepcional en e l c a m p o de l a cooperación i n t e r n a c i o n a l y e l
esfuerzo n a c i o n a l " , y a t a l f i n se recomendó u n p r o g r a m a de
"asistencia f i n a n c i e r a a d i c i o n a l , públ ica y p r i v a d a , p o r parte
de los países exportadores de c a p i t a l de América, E u r o p a O c c i
d e n t a l y los organismos de crédito i n t e r n a c i o n a l " , d a n d o es
pec ia l atención a l a necesidad de que los préstamos se h i c i e r a n
en condiciones más f lexibles, inc lus ive en l o que hace a f inan
c iar gastos internos de los proyectos y a m p l i a r los plazos de
amort izac ión. 2 0 E n consecuencia, a fines de 1960 empezaba ya
a v is lumbrarse u n p a n o r a m a de acceso más fácil a l f inancia
m i e n t o exter ior d e l desarrol lo l a t i n o a m e r i c a n o , pues además
d e l F o n d o de D e s a r r o l l o Socia l , Estados U n i d o s estaban dis
puestos a p u g n a r p o r que se d i r i g i e r a a A m é r i c a L a t i n a , a
través de sus propias dependencias crediticias y de a y u d a f i
nanciera , de las internacionales y de los organismos europeos,
u n a mayor corr iente de empréstitos cuyas condic iones f u e r a n
más adecuadas. E n ese período se ampl ió a su vez e l tota l de
recursos prestables d e l B a n c o M u n d i a l y d e l B a n c o de E x p o r
tación e Importación. Es de notar , sobre todo, que en e l A c t a
de Bogotá, p o r p r i m e r a vez se deja de ins is t i r e n e l c a p i t a l
p r i v a d o extranjero como i n s t r u m e n t o preferente de f inanc ia
m i e n t o d e l desarrol lo l a t i n o a m e r i c a n o y en l a creación de c l i
mas acogedores p a r a e l m i s m o como objet ivo de las discusiones
interamericanas.
Fl II_3 A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 381
E l A c t a de Bogotá fue l a base de u n a polít ica norteame
r i c a n a a ú n más abierta y a lentadora proseguida posteriormen
te p o r l a administración d e l presidente K e n n e d y — y ya a n u n
c i a d a e n e l período e l e c t o r a l — bajo e l l e m a " A l i a n z a p a r a e l
Progreso" . Este ú l t imo, según e l p u n t o de vista norteameri
cano, n o sería u n s imple p l a n para p a l i a r los problemas socia
les y acentuar los avances económicos, s ino u n a revolución
pacífica y pos i t iva , e n c a m i n a d a a transformar l a estructura
social y económica de América L a t i n a y e n l a que Estados
U n i d o s y otros países, tales como los europeos, e l C a n a d á y e l
Japón, cooperarían con recursos técnicos y f inancieros en gran
escala, a condición de que los países la t inoamericanos empren
d i e r a n o intens i f icaran, según e l caso, programas b i e n concebi
dos de verdadero progreso y sobre ampl ias bases. E n r e a l i d a d ,
e l p l a n de " A l i a n z a p a r a e l Progreso", además de rebasar e n
sus aspectos generales las concepciones de l a Operac ión P a n
a m e r i c a n a y a l m i s m o t i e m p o de hacer m u c h o menos hincapié
e n los aspectos políticos inmediatos , v a también más allá de
l o previsto e n e l A c t a de Bogotá, tanto en l a parte social como
e n l a económica, pero adopta l incamientos de l a Operac ión
P a n a m e r i c a n a en cuanto a l señalamiento de metas de desarrol lo
y f inancieras. E l presidente K e n n e d y , en u n discurso p r o n u n
ciado en l a Casa B l a n c a en marzo de 1961, l o concibió como
u n "vasto esfuerzo de cooperación, s i n para le lo e n su m a g n i t u d
y en l a nobleza de sus propósitos, a f i n de satisfacer las nece
sidades fundamentales de los pueblos de las Américas" , y pro
puso, entre otras cosas, l a iniciación de u n p l a n de diez años,
que serían "los años de m á x i m o esfuerzo, los años en que
deberán superarse los más grandes obstáculos, los años en
q u e será m a y o r l a necesidad de apoyo y r e s p a l d o " . 3 0
L a m a d u r e z de estas ideas — e l hecho de que América L a
t i n a l l e v a b a largos años de exponer sus problemas y de i n d i c a r
e l t i p o de cooperación que consideraba n e c e s a r i o — permitió
q u e en poco t i e m p o se concretaran. L a tarea de l a R e u n i ó n
E x t r a o r d i n a r i a d e l Consejo Interamer icano Económico y So
c i a l a l N i v e l M i n i s t e r i a l , celebrada en P u n t a d e l Este, U r u
guay, e n agosto pasado, fue menos difícil que l a de muchas
conferencias anteriores, p o r q u e a l f i n se aceptaban puntos de
382 V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I L . 3
vista lat inoamericanos. L a Declaración y l a C a r t a de P u n t a
d e l Este son documentos que cont ienen, en efecto, todo l o q u e
hasta ahora h a v e n i d o considerándose como esencial e n u n
p r o g r a m a de desarrol lo p a r a América L a t i n a .
L a Declaración, p o r u n a parte, fortalece l a anter ior de
Bogotá a l i n c l u i r entre los compromisos a d q u i r i d o s referencias
a l a remuneración d e l trabajo y a las relaciones obreropatro-
nales y especificar con más c l a r i d a d algunos de los i n s t r u m e n
tos de progreso, entre ellos los de re forma agraria integra l ,
re forma t r i b u t a r i a , integración de las economías l a t i n o a m e r i
canas y otras políticas tendientes a l mejoramiento económico
y s o c i a l . 3 1 Se especifica, además, que los Estados U n i d o s "se
c o m p r o m e t e n a ofrecer su cooperación f inanciera y técnica
p a r a alcanzar los fines de l a A l i a n z a p a r a e l Progreso" y que
" a ta l f i n , proporcionarán l a m a y o r parte d e l f i n a n c i a m i e n t o
de p o r lo menos veinte m i l m i l l o n e s de dólares, p r i n c i p a l m e n t e
fondos públicos, que l a Amér ica L a t i n a requiere de todas las
fuentes externas d u r a n t e l a p r ó x i m a década para completar
sus propios esfuerzos". C o m o contribución i n m e d i a t a , Estados
U n i d o s indicó que proveería m i l m i l l o n e s en los doce meses
contados a p a r t i r de marzo de 1961. Expresó también l a inten
ción de q u e " los préstamos p a r a e l desarrol lo sean a largo
plazo y, c u a n d o sea a p r o p i a d o , se e x t i e n d a n hasta c incuenta
años, a interés en general m u y bajo o s i n interés". A c a m b i o
de lo anter ior , Amér ica L a t i n a se h a c o m p r o m e t i d o a dedicar
u n a proporción cada vez m a y o r de sus propios recursos a l des
a r r o l l o económico y a l progreso social , "así como a i n t r o d u c i r
las reformas encaminadas a asegurar u n a p l e n a participación
de todos los sectores en los frutos de l a A l i a n z a para e l P r o
greso". C a d a país, p o r su parte, se h a c o m p r o m e t i d o a f o r m u
lar programas nacionales de desarrol lo p a r a los fines de l a
nueva polít ica de c o o p e r a c i ó n . 3 2
L a C a r t a de P u n t a d e l Este establece u n objet ivo cuant i
tativo, si n o tan ambic ioso como e l de l a Operación Paname
r i c a n a , bastante razonable: e l de que se persiga u n crecimien
to d e l ingreso p o r habi tante n o i n f e r i o r a l 2.5 % a l año d u r a n t e
los próximos diez años (que requerirá u n coeficiente b r u t o de
inversión de a lrededor d e l 17 % ) . C a d a país determinará su
FI I L * A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 383
m e t a p a r t i c u l a r , pero asegurando u n a mejor distribución d e l
ingreso, a l a p a r que l l evando a cabo e l cambio estructural y
p r o d u c t i v o necesario, par t icu larmente a través de l a i n d u s t r i a
lización. E n t r e los objetivos cualitativos f i g u r a n los referentes
a educación, s a l u b r i d a d , re forma agraria, v i v i e n d a , d i s t r i b u
ción de l a carga fiscal, es tabi l idad de precios de los productos
básicos e integración económica l a t i n o a m e r i c a n a que y a se h a n
m e n c i o n a d o .
P a r a lograr l a meta d e l 2.5 % a n u a l p o r h a b i t a n t e — q u e
es casi l a tasa de crec imiento registrada entre 1945 y 1955, l a
c u a l decayó posteriormente a poco más de 1 % a l a ñ o — , l a Car
ta de P u n t a d e l Este prevé l a adopción p o r cada país, dentro
de los próximos dieciocho meses, de programas de desarrol lo
a largo plazo que n o sean simples listas de proyectos, s ino que
const i tuyan conjuntos de metas e instrumentos congruentes,
destinados a elevar l a p r o d u c t i v i d a d , u t i l i z a r p lenamente los
recursos y mejorar las condiciones de v i d a . L a programación
d e l desarrol lo viene así a ser u n a condición d e l apoyo f i n a n
ciero d e l exter ior , pues n o se concibe que e l f i n a n c i a m i e n t o
externo p u e d a ser u t l i z a d o eficazmente si n o se e m p l e a n racio
nalmente los recursos internos. M i e n t r a s se p r e p a r a n los pro
gramas a largo plazo, l a C a r t a de P u n t a d e l Este establece obje
tivos de acción i n m e d i a t a p a r a e l f i n a n c i a m i e n t o de proyectos
concretos de especial interés social , de uti l ización de recursos
inactivos o cuyo objeto sea fac i l i tar los planes ulteriores.
L o s programas de integración económica, tanto a través
d e l T r a t a d o de M o n t e v i d e o como de los convenios centro
americanos, r e c i b i e r o n igualmente apoyo s in reservas en P u n
ta de l Este, con recomendación de que se i n t e n s i f i q u e n e i n -
terrelacionen, y con sugestiones sobre apoyo f inanciero es
pecia l .
E n m a t e r i a de educación y s a l u b r i d a d se a d o p t a r o n reso
luciones e n que se r e c o m i e n d a l a adopción de planes a diez
años destinados a lograr objetivos específicos en cada sector
de enseñanza (alfabetización, educación p r i m a r i a u n i v e r s a l ,
enseñanza técnica y super ior , etc.) y de s a l u d (enfermedades,
campañas sanitarias, agua potable , etc.). Se a b o r d a r o n tam
bién otros problemas, como los de transporte.
3^4 V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I L - 3
Sólo en m a t e r i a de f luctuaciones de precios de los produc
tos básicos, l a C o n f e r e n c i a de P u n t a d e l Este n o l legó a con
cretar los medios de acción más adecuados. Este p r o b l e m a ,
cuya naturaleza excede a l ámbito interamericano y presenta
muchas y complicadas facetas, había s ido estudiado p o r u n
comité de expertos de l a O E A , e n cuyo i n f o r m e se sugirió,
entre otras cosas, q u e se e x p l o r a r a r a u n a propuesta reciente
de u n g r u p o de las N a c i o n e s U n i d a s sobre compensación p o r
pérdida de ingresos de divisas ocasionada p o r l a ba ja de los
p r e c i o s . 3 3 F u e r a de hacer recomendaciones, que ya son tradi
cionales, sobre e l iminación de obstáculos a l consumo de pro
ductos básicos en los países más desarrollados, l a C o n f e r e n c i a
de P u n t a d e l Este sólo expresó apoyo de t i p o general a los
esfuerzos encaminados a lograr convenios internacionales so
bre productos básicos y encomendó de nuevo a u n g r u p o de
expertos que considerara las diversas propuestas de estabiliza
ción y preparara u n antepropecto sobre l a creación de meca
nismos compensatorios de f i n a n c i a m i e n t o . 3 4 E l p r o b l e m a d e l
café, ya e n c a m i n a d o p o r otros conductos h a c i a l a celebración
de u n convenio i n t e r n a c i o n a l , fue objeto de u n a resolución
especial en que destacó l a preocupación p o r que en ese con
v e n i o se i n c l u y e r a n p r i n c i p i o s sobre cuotas de exportación y
a u n l imitac iones a l a p lantación y producción d e l ca fé . 8 5
L o f u n d a m e n t a l de l a C a r t a de P u n t a d e l Este es q u e p o r
p r i m e r a vez h a aceptado los Estados U n i d o s e l concepto de q u e
e l desarrol lo económico y social de América L a t i n a es u n pro
b l e m a de conjunto que requiere soluciones también de con
j u n t o . Se reconoce que se necesita u n a inyección masiva de
recursos f inancieros d e l exter ior , en su m a y o r parte emprésti
tos, y se establecen metas de crec imiento m í n i m o del ingreso
p o r habi tante — 2 . 5 % a l a ñ o — y de f i n a n c i a m i e n t o externo
— 2 0 , 0 0 0 m i l l o n e s de dólares en diez a ñ o s — . Según declara
ciones recientes d e l secretario de H a c i e n d a de los Estados
U n i d o s ; 3 6 d e l p r o m e d i o de 2,000 m i l l o n e s de dólares anuales
de c a p i t a l d e l exter ior dest inado a cooperar en e l desarrol lo
económico l a t i n o a m e r i c a n o , unos 400 serán proporc ionados
p o r e l B a n c o de Exportac ión e Importac ión de los Estados
U n i d o s , unos 250 corresponderán a l p r o g r a m a de desarrol lo
FI I L - 3 A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 385
social previsto en e l A c t a de Bogotá, a lrededor de 150 m i l l o
nes se proporcionarán a través d e l p r o g r a m a de a l imentos
p a r a l a paz, 75 m i l l o n e s provendrán d e l F o n d o de Préstamos
p a r a e l D e s a r r o l l o d e l gobierno norteamericano, 75 m i l l o n e s
serán asistencia técnica, 750 m i l l o n e s constituirán empréstitos
de los organismos internacionales , i n c l u i d o e l B a n c o ínter-
americano, y de diversas fuentes públicas y pr ivadas europeas
y japonesas, y sólo los 300 m i l l o n e s restantes se est ima que
representen c a p i t a l p r i v a d o norteamericano.
N o sólo se h a dejado de ins ist i r en este ú l t imo como ins
t r u m e n t o preferente de f i n a n c i a m i e n t o , sino que Estados U n i
dos acepta y a u n r e c o m i e n d a l a planeación d e l desarrol lo eco
nómico, de t a l suerte q u e admite a l f i n l a b o n d a d de las
recomendaciones sobre programación que h a v e n i d o hac iendo
durante años l a C E P A L , y a u n se h a n previsto medidas p a r a
ayudar a los países que l o sol ic i ten a preparar sus programas
a largo plazo con asesoramiento técnico de l a O E A , l a C E P A L
y e l B a n c o ínter americano en estrecha cooperación.
Igualmente f u n d a m e n t a l en l a C a r t a de P u n t a d e l Este es
e l hecho de que l a cooperación f inanc iera se v i n c u l e a l a eje
cución de reformas sociales conjuntamente con los proyectos
de desarrol lo económico. E l atraso social de grandes partes de
América L a t i n a y l a fa l ta de eficacia de muchos de los pro
gramas agrarios, educativos y otros se h a reconocido de u n
m o d o general como u n o de los obstáculos más graves a l creci
mien to . R a z ó n t ienen los Estados U n i d o s c u a n d o observan que
en el pasado l a cooperación f i n a n c i e r a d a d a a muchos países
n o se h a c o m p a g i n a d o c o n firmes avances económicos y socia
les y, en c a m b i o , los países beneficiados h a n puesto a salvo
parte de sus p r o p i o s recursos f inancieros, concentrados en
manos de u n a minoría . L a C a r t a de P u n t a d e l Este constitu
ye, p o r l o tanto, u n n u e v o p u n t o de p a r t i d a p a r a l a intensi f i
cación de los programas sociales fundamentales.
Merece señalarse o t r a característica d e l p l a n de P u n t a d e l
Este q u e t iene considerable i m p o r t a n c i a . N o se aprecia en él
n i n g ú n aspecto q u e coarte l a l i b e r t a d de acción de u n país
l a t i n o a m e r i c a n o p a r a relacionarse, a través de l comercio o de
las inversiones, c o n los países c o n los que más le convenga
386 V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I L . 3
hacerlo . A di ferencia de formulac iones anteriores en que se
concebía u n a vinculación exc lus iva entre América L a t i n a y
Estados U n i d o s , las condiciones previstas en P u n t a d e l Este
abarcan l a participación europea, o l a canadiense, o l a japo
nesa, o c u a l q u i e r a otra en e l desarrol lo la t inoamericano; ade
más, u n a parte i m p o r t a n t e de los recursos provendrá de orga
nismos internacionales. N o se h a establecido, por otro lado,
n i n g u n a prohibic ión o l imitación en cuanto a relaciones eco
nómicas c o n los países d e l b l o q u e soviético, que en e l r a m o
c o m e r c i a l tendrán, s i n d u d a , q u e desarrollarse aún más y q u e
p o d r í a n signif icar, en ciertas actividades, u n a l i v i o a los exce
dentes de productos básicos a c a m b i o d e l suminis tro de equi
p o . L o q u e n o parece a d m i t i r l a C a r t a de P u n t a d e l Este es
q u e u n país tenga p l e n o acceso a los recursos d e l p l a n de
A l i a n z a p a r a e l Progreso si a d o p t a u n régimen político que n o
se base e n e l sistema de democrac ia representativa y si se
v i n c u l a exclusivamente a l b l o q u e soviético. T a l es e l caso
a c t u a l de C u b a , cuyo desarrol lo económico y social está l igado
h o y a l p r o g r a m a comerc ia l y de empréstitos y otros apoyos
q u e d i c h o b l o q u e le p u e d a prestar. C u b a , como los demás paí
ses la t inoamericanos , necesita vender l o que produce, y p a r a
su p r o g r a m a n a c i o n a l de desarrol lo económico requiere de
l a a y u d a de los países que le q u i e r a n c o m p r a r y que, p o r haber
a lcanzado y a considerable evolución i n d u s t r i a l , le p u e d a n su
m i n i s t r a r a crédito m a q u i n a r i a y e q u i p o i n d u s t r i a l . E n este
sentido, C u b a n o se h a q u e d a d o fuera de l a cooperación para
e l desarrol lo , a u n q u e p o r caminos de m u y d i s t i n t a i m p l i c a
c ión polít ica.
¿Qué puede esperarse d e l p l a n de A l i a n z a p a r a e l Progreso?
M á s i m p o r t a n t e que las cifras mismas dadas a conocer es e l
p l a n t e a m i e n t o hecho y e l enfoque de l a m a n e r a en que Amé
r i c a L a t i n a puede aprovechar e l apoyo y l a cooperación d e l
exter ior . E l p l a n se asemeja a l P l a n M a r s h a l l en e l sentido
de que es l a garantía de u n acceso a fondos d e l exterior sufi
c iente p a r a asegurar que e l esfuerzo i n t e r n o que se e m p r e n d a
n o fracase. C o m o en e l caso de E u r o p a , e l éxi to de l p r o g r a m a
dependerá de l o que l a m i s m a A m é r i c a L a t i n a haga. S i pre-
FI A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 387
valece e l escepticismo, si los gobiernos se empeñan en proc la
m a r , como y a ocurre con algunos, que n a d a más les q u e d a p o r
hacer para ajustarse a las metas de l a A l i a n z a , si n o se prepa
r a n planes económicos a largo plazo que const i tuyan verdade
ros programas en lugar de listas de proyectos, y si n o se corr i
gen deficiencias inst i tucionales , políticas y sociales, que i m p i
d e n o retrasan e l desarrol lo, n o hay p r o g r a m a de cooperación
i n t e r n a c i o n a l que p u e d a tener éxito. E n tales condiciones, si
se fracasa, e l fracaso habrá sido la t inoamericano. S i , en cam
b i o , América L a t i n a se embarca en esta nueva etapa de des
a r r o l l o y l a cooperación externa resultara insufic iente, p o r
pérdida de c o n t i n u i d a d o p o r nuevo cambio en l a orientación
de l a polít ica norteamericana, se puede fracasar también, p o r
factores ajenos a América L a t i n a . E l compromiso , p a r a que se
logren los objetivos, tiene que ser f i r m e y duradero p o r ambas
partes, y l a situación deberá ser susceptible de examinarse pe
riódicamente, como está previsto, p a r a evitar e l desánimo y
c u a l q u i e r e r r o r de orientación.
A l ponerse a l descubierto los problemas y las características
d e l desarrol lo económico de A m é r i c a L a t i n a , n o como caso
abstracto s ino encuadrados en l a r e a l i d a d d e l m u n d o contem
poráneo, se encontrará s i n d u d a que los obstáculos que a ú n se
o p o n e n a l desarrol lo , pese a los adelantos de muchos países,
son formidables , tanto en e l terreno económico como en e l
social y e l pol í t ico. Pero se advertirán innumerables factores
positivos y síntomas de que las di f icultades son susceptibles
de resolverse. P a r a esto es preciso reconocer y d e f i n i r los pro
blemas y acometer sus soluciones con decisión, pero c o n con
ciencia de l a necesidad de crear u n proceso social a c u m u l a t i v o
q u e tenga solidez. E n l a a c t u a l etapa d e l desarrol lo l a t i n o
americano muchas reformas sociales e inst i tucionales t ienen
visos de haberse retrasado excesivamente; p o r otro lado, los
problemas económicos r e q u i e r e n soluciones más técnicas, me
j o r planteadas y b i e n ejecutadas, y, sobre todo, integradas en
planes de c o n j u n t o . Se está en l a situación paradójica de te
m e r adentrarse e n u n a verdadera programación d e l desarrol lo
s i n reconocer q u e cuanto más se aplace, más r a d i c a l tendría
388 V Í C T O R L . U R Q U I D I FI II_3
q u e ser l a programación posterior y, p o r l o tanto, menos acep
table p a r a l a tradición democrática de A m é r i c a L a t i n a .
Pos ib lemente , n u n c a como ahora haya contado América L a
t i n a c o n u n a c o y u n t u r a externa más favorable p a r a hacer de sus
utopías u n a r e a l i d a d — u n a r e a l i d a d bastante imperfecta, pero
varias veces mejor que l a a c t u a l — . Es inúti l pretender que se
p u e d a n resolver idealmente los problemas. E l desarrol lo, con
o s i n apoyo d e l exterior, es u n a tarea a r d u a y, p o r desgracia,
de resultados n o inmediatos. " E l desarrol lo — h a escrito re
cientemente R a ú l P r e b i s c h — tiene que ser o b r a de nosotros
mismos, de nuestra determinación de i n t r o d u c i r cambios fun
damentales en l a estructura económica y s o c i a l . . . l a política
de cooperación i n t e r n a c i o n a l n o puede inspirarse en e l propó
sito de favorecer a grupos pr iv i leg iados en nuestros países, o
de preservar e l o r d e n de cosas existentes, s ino [en el] de cola
b o r a r c o n los países lat inoamericanos p a r a transformar e l or
d e n existente a f i n de acelerar e l desarrol lo económico y ase
g u r a r u n a creciente participación de las masas populares en
los frutos d e l desarrol lo ." 3 7 L a A l i a n z a p a r a e l Progreso está
c o n c e b i d a e n estos términos y s ignif ica , en r e a l i d a d , e l único
c a m i n o q u e se le presenta a América L a t i n a en u n régimen de
democrac ia , l i b e r t a d y d i g n i d a d de l a persona.
NOTAS
1 Víctor L . U R Q U I D I , "Problemas económicos planteados en la Conferencia de Chapultepec", Boletín del Banco Central de Venezuela, Ca
racas, abril de 1 9 4 5 , año IV, núm. 1 6 , pp. 3 2 - 4 0 .
2 La primera solicitud importante que recibió el Banco Internacional de un país latinoamericano —para energía eléctrica y teléfonos en el
Brasil— le interesó más porque el prestatario fuera una empresa privada extranjera (la Brazilian Light and Traction Co., de Montréal) que por tratarse de un problema fundamental de desarrollo para ese país.
3 C E P A L , La cooperación internacional en la política de desarrollo
latinoamericana (Naciones Unidas, Nueva York, 1 9 5 4 , Publ. 54 . I I .G .2) .
Las recomendaciones de este informe sirvieron de hecho como proyectos de resolución o base de discusiones, aunque pocas fueron aceptadas a la postre.
4 Véase Reunión de Ministros de Hacienda o Economía en IV Sesión
Extraordinaria del Consejo Interamericano Económico y Social, celebrada
FI IL_3 A L I A N Z A P A R A E L P R O G R E S O 3B9
en Petrópolis, Brasil, del 22 de noviembre al 2 de diciembre de 1954
(México, Secretaría de Hacienda y Crédito Público, Dirección General de Prensa, si.), pp. 5 2 - 5 3 y 1 4 7 - 1 4 9 (resolución núm. 4 0 ) .
5 Resoluciones 3 2 y 4 6 (ibid., pp. 1 3 0 - 1 3 2 y 1 5 5 - 1 5 7 ) .
6 Carta del presidente Jucelino Kubitschek al presidente Dwight D. Eisenhower, del 2 8 de mayo de 1 9 5 8 . Véase Operación Panamericana.
Compilación de documentos (Río de Janeiro, Presidencia de la Repúbl i ca, Servicio de Documentación, 1 9 5 8 ) , tomo I, p. 1 3 .
7 Carta del presidente Eisenhower al presidente Kubitschek, del 5 de junio de 1 9 5 8 (ibid., pp. 1 5 - 1 6 ) .
8 Discurso del presidente Kubitschek a la nación y a los representantes diplomáticos de los Estados americanos, del 2 0 de junio de 1 9 5 8
(ibid., pp. 3 1 - 3 7 ) .
9 Entrevista del presidente Kubitschek al New York Times, 6 de junio de 1 9 5 8 (ibid., pp. 6 3 - 6 9 ) .
1 0 Discurso del secretario de Estado de los Estados Unidos, John Foster Dulles, a la Cámara de Comercio Americana en R ío de Janeiro, del 6 de agosto de 1 9 5 8 (ibid., tomo II, pp. 6 7 - 8 0 , esp. pp. 7 4 - 7 5 ) .
1 1 Declaración de Brasilia, del 6 de agosto de 1 9 5 8 (ibid., tomo II,
PP- 9 3 9 5 ) •
1 2 Pro memoria sometido a las misiones diplomáticas de las Repúbl i cas americanas, R í o de Janeiro, 9 de agosto de 1 9 5 8 (ibid.¿ tomo II, pp. 9 7 - 1 0 6 ) .
13 Aide-mémoire presentado por el gobierno del Brasil a las delegaciones americanas, Washington, 2 2 de septiembre de 1 9 5 8 (ibid., tomo III, pp. 8 5 - 1 0 1 ) .
14 Comunicado de la Reunión de Cancilleres Americanos, Washington, 2 4 de septiembre de 1 9 5 8 (ibid., III, pp. 1 0 3 - 1 0 7 ) .
15 Discurso de Augusto Federico Schmidt, representante del Brasil en el Comité de los 2 1 , el 2 5 de noviembre de 1 9 5 8 (ibid., tomo IV, pp. 5 1 -
7 9 ) . Véase también la intervención del mismo del día 4 de diciembre (ibid., pp. 9 7 - 1 0 7 ) .
16 Esta últ ima cifra fue mencionada por el presidente Kubitschek en una conferencia pronunciada en la Escuela Superior de Guerra, R í o de Janeiro, 2 6 de noviembre de 1 9 5 8 (ibid., tomo IV, p. 9 1 ) .
17 Mensaje del presidente Kubitschek al Comité de los 2 1 , R í o de Janeiro, 1 7 de noviembre de 1 9 5 8 (ibid., tomo IV, pp. 1 7 - 1 9 ) .
18 Conferencia del Ministro de Relaciones Exteriores del Brasil, Francisco Negráo de Lima, Asunción, Paraguay, 1 6 de agosto de 1 9 5 8 (ibid.,
tomo II, p. 8 6 ) . Véase también el Pro memoria citado en la nota 1 2
(ibid, II, p. 9 9 ) .
19 Discurso de Thomas Mann, representante suplente de los Estados Unidos, el 2 de diciembre de 1 9 5 8 (ibid., tomo V, pp. 8 3 - 8 7 ) .
2 0 Discurso de Douglas C. Dillon, representante de los Estados Unidos, el 1 8 de noviembre de 1 9 5 8 (ibid., tomo V, pp. 4 9 - 6 1 , esp. p. 5 4 ) .
39» V Í C T O R L . U R Q U I D I FI I I - 3
21 Ibid., p. 5 9 .
22 Primer informe de la delegación del Brasil al Comité de los 21 ,
Río de Janeiro, 20 de enero de 1959 (ibid., tomo V, pp. 143-206).
23 ibid., p. 151.
24 Resumen del segundo informe de la delegación del Brasil al Comité de los 2 1 , R ío de Janeiro, 8 de abril de 1959 (ibid, tomo VII, pp. 49-71,
esp. pp. 53-54).
25 José G A R R I D O T O R R E S , "El imperativo urgente de la cooperación económica interamericana", Foro Internacional, Voi. I, núm. 4 , esp. PP- 583-585-
26 Acta de Bogotá, 12 de septiembre de i 9 6 0 , preámbulo. 2 7 Véase la nota 10.
28 Acta de Bogotá, parte II. 2 9 ibid., parte III. so Discurso del presidente John F. Kennedy ante el cuerpo diplomático
latinoamericano acreditado en Washington, del 13 de marzo de 1961.
31 Declaración a los Pueblos de América. Documentos oficiales de la
reunión de Punta del Este, 5 - / 7 de agosto de 1961. (OEA/Ser. H / X . i ,
I/oc. ES-RE-145, 17 de agosto de 1961.)
»2 ibid.
33 OEA, Productos de exportación de América Latina —problemas de
mercados. Informe del grupo de expertos. (Doc. ES-RE-5), Washington, julio de 1961.
34 carta de Punta del Este, T í tu lo IV, Cap. II. <35 Carta de Punta del Este, resolución anexa, núm. C . i .
36 Discurso de Douglas C. Dillon, secretario de Hacienda de los Estados Unidos, ante el World Affairs Council, Los Ángeles, 11 de septiembre de 1961.
37 Raúl P R E B I S C H , "La respuesta de América Latina a una nueva política de cooperación económica internacional", El Trimestre Económico,
Voi. XXVIII, n ú m . 112, p. 674.