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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 5 / D I C I E M B R E 1 9 9 6

I D E A S Y O P I N I O N E S

2. . . . . .

POLLOY ELECTRICIDADA. JagadeeshAsesor de energías renovablesNellore, Andhra Pradesh (India)

He leído su excelentetema central del nº 81, sobre las energías re-novables. Cuando muchos países industriali-zados, en especial en Europa, han compren-dido el interés de la energía eólica, las nacio-nes en desarrollo podrían seguir el ejemplode la Mongolia interior, donde 100.000 pe-queñas turbinas eólicas permiten alumbrar lastiendas de los pastores y llevarles la televi-sión.

En un momento en que también se hablamucho de la energía solar y de las instalacio-nes tradicionales que funcionan con biogás,como soluciones prometedoras para los paí-ses menos avanzados, me gustaría llamar suatención sobre las pequeñas centrales eléctri-cas que funcionan con las deyecciones de avesde corral, hasta ahora empleadas como abo-no. La creciente toma de conciencia de lospeligros de contaminación de las aguas sub-terráneas con nitratos, ha contribuido a bus-car otras formas de aprovechamiento de esasmaterias y especialmente a utilizarlas comocarburante, para generar electricidad a bajoprecio y sin peligro de contaminación.

PARA QUE TODOSGANEMOSG. Ferone de la SelvaPresidente nacionalÉcologie Énergie SurvieAngé (Francia)

Permítanme conti-nuar el debate iniciado en su nº 83 por uno desus lectores, nigeriano, a propósito de la ex-plotación (y la exportación) de hidrocarburos,que aludía a su tema central del nº 81. Desdehace más de 20 años, numerosas conferenciasinternacionales, como la Cumbre de Río, hanservido para exponer las mejores razones queexisten para ahorrar un producto de impor-tancia capital, que se derrocha absurdamente:el petróleo. Merece algo más que una meratransformación en calor, química y "termodi-námicamente" peligrosa. Algunas de esas con-ferencias anunciaban actitudes más razonablespor parte de los productores y distribuidoresde energía.

Personalmente, yo no propongo reducirlos ingresos procedentes del petróleo, sinoestabilizarlos de manera razonable, aumentan-do el precio del barril hasta un valor más rea-lista, de tres a cinco veces el precio del mer-cado actual, y reducir consiguientemente laproducción. Los poseedores de capital que in-virtieran en las energías solares renovables,mucho más creadoras de empleo, saldrían ga-nando, el nivel de vida de todos mejoraría conun menor riesgo y los bosques, actualmentesobreexplotados para calefacción, estaríanmenos amenazados.

PRIORIDADESElizabeth Heed McLaneArquitectaParís

Les agradeceré quehagan la siguiente rectificación, referente amis afirmaciones de su artículo dedicado alproyecto Ruta 2004 de Haití (nº 82):

"... El objetivo final de Ruta 2004 es crearun circuito turístico completo en Haití. Ladecisión sobre el tratamiento del puerto deJacmel, debería tomarse sólo después de ha-ber realizado estudios científicos y económi-cos, que son prioritarios..." En efecto, no megustaría dar la sensación de que recomiendoobras de remodelación sin que se lleven a caboestudios previos.

RESPETARLAS NORMASPierre LiénardIngeniero jubiladoGif-sur-Yvette (Francia)

Me ha interesado es-pecialmente su tema central del nº 81, perome gustaría hacer algunas observaciones:

Por ejemplo, en la página 9, segundo pá-rrafo, leo: "La industria eólica... produce...3.700 mW...", lo cual, para un físico, significa"3 coma 7 milivatios". Obviamente hay queleer tres mil setecientos megavatios. LaUNESCO debería respetar las normas de laOrganización Internacional de Normalizaciónreferentes a la medición de magnitudes físi-cas y a los símbolos.

En cuanto al fondo del tema, quisieraseñalar el inconveniente que tienen muchos

aerogeneradores: el ruido extremadamentemolesto, "ululado" según las variaciones delviento. El rotor de un aerogenerador tiene lamisma capacidad de emisión sonora que elde un helicóptero, a igual velocidad de rota-ción. Afortunadamente se pueden fabricar ae-rogeneradores que giran lentamente, lo sufi-ciente para recoger un poco de energía delviento. Y como es gratuita...

Los holandeses habían resuelto bastantebien el problema del bombeo silencioso delagua de los ríos, para ponerla al nivel del mar,mediante sus molinos de viento. Es lamenta-ble que hayan abandonado esa fuente parasustituirla por bombas eléctricas.

En cuanto a la energía solar, señalemosque, en Israel, muchas casas están equipadascon calentadores de agua bajo el techo. Ade-más -pero esto es sólo una aplicación de la-boratorio-, el horno solar de Montlouis, en losPirineos, permite alcanzar temperaturas defusión de productos habitualmente "refracta-rios".

Una aplicación interesante (pero cara eninversiones) consistiría en equipar el Sáhara(u otros desiertos) con bombas solares: existeespacio para instalar grandes paneles y, bajola arena y las rocas, hay agua. ¿No sería estomás útil que equipar satélites? O mejor, losavances realizados para éstos podrían apro-vecharse en otros campos.

Fuentes UNESCO

está disponible en

Internet

en las rúbricas:

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en nuestra dirección:

http://www.unesco.org

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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 3 / O C T U B R E 1 9 9 6

P R E M I E R P L A N O

3. . . . .

E l n ú m e r o d e p e r i o d i s t a s q u e a s a l t ó a F i d e l C a s t r o

d u r a n t e l a ú l t i m a C u m b r e s o b r e l a A l i m e n t a c i ó n e n R o m a ,

e s u n a p r u e b a d e q u e s i g u e s i e n d o u n a f i g u r a l e g e n d a r i a .

E v i d e n t e m e n t e p o r s u d o m i n i o s o b r e C u b a , p o r s u s i n t e r v e n -

c i o n e s a f u e r a , y p o r e n c i m a d e t o d o , p o r e l o d i o e x a c e r b a d o

y l a a d u l a c i ó n i l i m i t a d a q u e g e n e r a . P e r o t a m b i é n p o r s u

a r t e c o n s u m a d o d e d a r g o t a a g o t a a n á l i s i s y c o m e n t a r i o s

s o b r e l a v i d a i n t e r n a c i o n a l y s o b r e l a s r e l a c i o n e s N o r t e - S u r,

q u e d a n e n e l b l a n c o c u a n d o r e v e l a n e v i d e n c i a s q u e e l

p e n s a m i e n t o d o m i n a n t e i g n o r a . E n r e s u m e n , p u e d e o c u r r i r q u e

F i d e l s e d e s t a q u e p o r m o s t r a r l a " d e s n u d e z d e l r e y " .

R e d u c i r d e 8 0 0 a 4 0 0 m i l l o n e s , e n 2 0 a ñ o s , e l n ú m e r o

d e h a m b r i e n t o s e n e l m u n d o , f u e e l p r i n c i p a l o b j e t i v o

d e b a t i d o d u r a n t e l a C u m b r e . U n c o r o d e v o c e s e x p r e s ó h a s t a

q u é p u n t o e s t e o b j e t i v o e r a a m b i c i o s o , t e n i e n d o e n c u e n t a l a s

t e n d e n c i a s a c t u a l e s . C a s t r o r e p l i c ó b r e v e m e n t e d i c i e n d o q u e l a

m o d e s t i a d e e s t e o b j e t i v o e r a " u n a v e r g ü e n z a " , p u e s s i l o

d e s e a m o s , d i s p o n e m o s y a d e t o d o s l o s r e c u r s o s p a r a e r r a d i c a r

e l h a m b r e e n e l m u n d o . " L a s c a m p a n a s q u e d o b l a n h o y p o r

l o s q u e m u e r e n d e h a m b r e c a d a d í a , d o b l a r á n m a ñ a n a p o r l a

h u m a n i d a d e n t e r a s i n o q u i s o , n o s u p o o n o p u d o s e r

s u f i c i e n t e m e n t e s a b i a p a r a s a l v a r s e a s í m i s m a " , c o n c l u y ó .

P a r a l a s v o c e s a u t o r i z a d a s , h a c e r p o l í t i c a s e r í a r e a l i z a r l o

p o s i b l e , y n o e x t e n u a r s e p e r s i g u i e n d o l o d e s e a b l e , e s d e c i r ,

p r a c t i c a r u n a r t e r e a l i s t a . P a r e c e q u e t u v i e r a n e l s e n t i d o

c o m ú n d e s u l a d o , p e r o e l u d e n s u p o s t u l a d o i n i c i a l ,

r e s t r i n g i e n d o e l c a m p o d e l o p o s i b l e a l o s l i m i t a d o s e s p a c i o s

e n l o s q u e p u e d e n a c t u a r d e n t r o d e u n o r d e n s u p r e m o e

i n m u t a b l e , e n e l q u e l a e c o n o m í a - y m á s e x a c t a m e n t e , l a

e c o n o m í a l i b e r a l - e s e l f u n d a m e n t o .

P a r a C a s t r o , e n c a m b i o , l o p o s i b l e s ó l o e s t á l i m i t a d o p o r

l o s r e c u r s o s d e l o s c u a l e s d i s p o n e m o s , y r e a l i z a r l o s ó l o

d e p e n d e d e l a v o l u n t a d d e o r g a n i z a r s u u t i l i z a c i ó n e n f u n c i ó n

d e l o s o b j e t i v o s d e t e r m i n a d o s .

A m e n o s q u e , c o m o s e ñ a l a e l e n s a y i s t a f r a n c é s R e g i s

D e b r a y, e l d e s t i n o d e l h o m b r e s e r e d u z c a a s e r " e l

i n s t r u m e n t o d e s u s i n s t r u m e n t o s " .

Páginas 6 a 16

PÁGINAS E IMÁGENES . . . . . . 4

HECHOS Y GESTOS . . . . . . . . . . 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Medio ambiente• LA MONTAÑA SAGRADA . . . . . . . .18

Rwanda• LA FUERZA DEL CAMBIO. . . . . . . . . .20

Trinidad y Tobago• LA LIBERTAD DE PRENSAEN JUEGO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Turismo cultural• NO SOLAMENTE SOL Y PLAYA . . . . 23

PLANETA:

Redacción y difusión: FUENTES UNESCO, 7 place deFontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tel. (1) 45 68 16 73. Fax:(1) 40 65 00 29.Esta revista de carácter informativo no es undocumento oficial de la UNESCO.ISSN 1014 5494

LA DESNUDEZ DEL REY

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artículos pueden ser librementereproduc idos . La redacc ión agradeceráel envío de una copia del artículo elegido.Las fotograf ías s in e l s igno © estarána d i s po s i c i ón de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i ón que l a s r equ i e r an .

René LEFORT

Portada: © HOA-QUI/Pierre Michaud.

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 5 / D I C I E M B R E 1 9 9 6

¿El Alma Materpierde sus facultades?

"Reconstruir paragarantizar el futuro..."

Las rotativas de una prensaindependiente.

¿QUÉ UNIVERSIDAD,PARA QUIÉNY PARA QUÉ?

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T E X T O S E I M Á G E N E S

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4. . . . . .

REVISTAS

REVISTA INTERNACIONALDE CIENCIAS SOCIALESDesde hace diez años, cada díaestallan escándalos en lasdemocracias occidentales.Ahora bien, "si la corrupciónprovoca escándalo, es porqueun país sabe distinguir lopúblico de los asuntos priva-dos". La corrupción se haconvertido en tema de actuali-dad política y jurídica. Noobstante, existen divergenciassobre cuestiones como laauténtica magnitud del

LIBROS

EL ARTE MUDÉJAR"El éxito y la difusión tanespectaculares del arte mudéjaren España y Portugal, así comosus pervivencias en Hispano-américa, sobre todo en algunasmanifestaciones artísticas comola arquitectura, el urbanismo ola cerámica decorada, fueronen gran parte debidos a sucarácter de sistema de trabajocompetitivo frente al sistemaoccidental europeo", escribeManuel Pizarro Moreno en lapresentación de este libro. Pero,según él, lo más destacado deeste arte es "su extraordinariacapacidad de asimilación eintegración de elementosexógenos, su amplia versatili-dad para asumir nuevos aportesformales cualquiera que sea lacultura de donde provengan,integrándolos en un sistemaartístico que no es rígido ycerrado sino que se atesora unasorprendente posibilidad deacomodación".Destacados especialistas en lamateria abordan aquí aspectoshistóricos, historiográficos,arquitectónicos, técnicos,artísticos e iconográficos delarte mudéjar. Esta coediciónUNESCO-iberCaja es uno delos frutos del proyectointercultural "Aportación de lacivilización árabe a la culturalatinoamericana a través de lapenínsula Ibérica" (ACALAPI),patrocinado por la UNESCO, ypretende contribuir a la difusiónde los valores de tolerancia yconvivencia que representa lacultura mudéjar. Por su parte,Federico Mayor, directorgeneral de la Organizaciónexpresa cómo "el mudejarismosignifica algo más que un gustopasajero o una moda. Repre-senta la profunda interpene-tración de formas de vida y decultura de la cristiandad y elislam, forjada en el curso deocho siglos de convivencia en lapenínsula ibérica. Es pues,continúa, indisociable de unaépoca cuyo rasgo distintivo erala tolerancia".

● El Arte Mudéjar, coordinadopor Gonzalo M. Borrás Gualis.Ediciones UNESCO/IberCaja,1995. Precio: 330 FF.

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la librería y a travésde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoría de los países. Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembro.Informaciones y pedidosdirectos por correo, fax opor Internet: EdicionesUNESCO, 7 Place de Fon-tenoy, 75352, Paris O7 SP(France), tel.: (+33) 1)45654300; Fax (+33) 1)4568 5741, Internet:http:/w w w. u n e s c o . o rg / p u -blishing.

LA EDUCACIÓN ENCIERRAUN TESOROCon este título tomado de lafábula de La Fontaine "Ellabriego y sus hijos", el Informede la Comisión Internacionalsobre la Educación para el SigloXXI presidida por JacquesDelors, propugna una educa-ción que se extienda a lo largode toda la vida. Ésta "debe dara cada individuo la capacidadde dirigir su destino en unmundo en que la aceleracióndel cambio, acompañada delfenómeno de mundializacióntiende a modificar la relación dehombres y mujeres con elespacio y el tiempo, expresa elinforme. Dividido en trespartes: horizontes, orientacio-nes y principios, el Informe tratatemas de especial importanciaen la educación de hoy, comoson la mundialización de loscampos de la actividadhumana, la educación y lalucha contra las exclusiones, laparticipación democrática, laeducación para el desarrollohumano, la participación de lamujer en la educación, o larepercusión de las nuevastecnologías en la sociedad,entre otros. Porque como diceDelors en su introducción,"frente a los numerosos desafíosdel porvenir, la educaciónconstituye un instrumentoindispensable para que lahumanidad pueda progresarhacia los ideales de paz,libertad y justicia social".

● La educación encierra untesoro, Santillana/EdicionesUNESCO, 1996. Precio: 150 FF.

problema, la evolución de susmúltiples formas y los factoresque lo favorecen o que leimpiden instalarse.En el nº 149 de esta revista eninglés y francés, un grupo deespecialistas se plantea esascuestiones, empezando por lapropia definición de la corrup-ción, por las razones de suauge, su topografía, susagentes, así como la apariciónde nuevas formas de corrupciónque, al hacerla invisible, puedenevitarle la sanción penal opolítica.

EL CORREO DE LA UNESCOEl número de diciembre estádedicado a lo efímero y el arte,ya sea en la tradición y lareligión, o en algunas formas dearte contemporáneo. Estasobras sólo tienen, deliberada-mente, un tiempo: pinturasmurales creadas para durarsólo el instante del contacto conla divinidad, en la India;

máscaras ceremoniales de losindios de Norteamérica; dibujosde los aborígenes australianossiguiendo los pasos de susantepasados; pinturas corpora-les de múltiples significadosculturales en Camerún y entrelos indios kaiapo de Brasil.Algunos artistas contemporá-neos expresan su sentimiento delo efímero creando estructurastemporales que requieren delespectador una participaciónactiva y alteran su relación conel espacio y el tiempo; oelaborando una imagen virtual,la primera "que haga pasar alotro lado del espejo", cuyocomprador sólo recibirá unobjeto anónimo con un códigode acceso.

DISCOS

INDIA, LA MÚSICADE PANDIT LALMANI MISRADesde la antigüedad, losmúsicos y los fabricantes deinstrumentos indios se esfuerzanpor crear instrumentos cuyo

sonido pueda traducir los climasemocionales de la música india.Pero muchos se han idoolvidando con el tiempo. Elmúsico Lalmani Misra (1924-1979) le devolvió la vida a unode ellos, la vicitra vina, práctica-mente desaparecida desde laedad media. Ricamentedecorada, se asienta en doscalabazas y se toca horizontal-mente.Este disco está dedicado alraga, un modo melódicocompuesto sobre un temapoético. Música nocturna,despierta imágenes en la mentedel oyente y le da un sentimien-to de paz omnipresente.

Inde - La musique de PanditLalmani Misra. Anthologie desmusiques traditionnelles.UNESCO/AUVIDIS.Precio: 145 FF.

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H E C H O S Y G E S T O S

Para Marcellin Dally, de 34años, originario de Côte d'Ivoire,"el auténtico reto" es poder alcan-zar los objetivos que la UNESCOse ha marcado, con la eficacia yla flexibilidad del sector privado.Este miembro de la División deJuventud y Actividades Deporti-vas considera que la burocraciaes inevitable en cualquier orga-nización intergubernamental,pero no quiere caer en sus defec-tos.

"Es cierto que cada vez quetrato de hacer las cosas con en-tusiasmo me tratan de ingenuo.No lo soy... Pero hay que serrealista sobre lo que se puedehacer".

A. O.

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5. . . . . .

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Lejos de su civilización occi-dental y de sus costumbres,

yo nací en la tierra roja y purade África en torno a 1205. Losgenios buenos me ofrecieron aSumaoro Kanté, rey del pueblososo... Yo era su oráculo. Pero en1305, Sunyata Kelta, emperador

de los mandinga, ganó la batallade Kirina contra Kanté... Me es-cogió como trofeo de guerra deesa batalla, que iba a cambiar lacara de las cosas para el pueblomandinga". Así cuenta MichelKamano, ministro de Cultura deGuinea, la leyenda del soso-bala,mítico instrumento musical quedurante ocho siglos, nunca aban-donó su pueblo, permaneciendobajo la protección de los descen-dientes de Bala Fasseké Kuyaté,griot del emperador.

Por primera vez, este antece-sor del xilófono abandonó su pue-blo, Niagassola, "para venir acontar África, su historia, sus tra-diciones". Fue el 29 de octubreen la UNESCO, con motivo del90 cumpleaños de Léopold SédarSenghor (v. Fuentes, nº 84),.

El baláfono más antiguo delmundo mide cerca de 1,5 m por32 cm; está formado de pedazosde bambú unidos entre sí por fi-nas correas de cuero, sobre lasque descansan 20 láminas de ta-maño decreciente, cada una con

800 AÑOS CANTANDOA ÁFRICA

una pequeña calabaza que sirvede caja de resonancia. Según latradición, el soso-bala lo conser-va el bélein-tigui (patriarca) de lafamilia Kuyaté, el único autori-zado a tocarlo, y sólo durante lasnoches de los lunes y los vier-nes, en las grandes fiestas y en

algunos funerales. Pero la longe-vidad de este instrumento no sedebe únicamente a los cuidadosque le rodean. En 800 años se haconvertido en un símbolo de iden-tidad cultural. Para los griotes delÁfrica occidental, la visita aNiagassola es un acto obligado.

Alrededor de esta "enciclope-dia de la tradición oral" se re-unieron en la UNESCO cerca de200 personas, en una conferenciadebate dirigida especialmente porel historiador NamankumbaKuyaté, encargado de negociosde la embajada de Guinea enFrancia. A un espectador que pre-guntó si el soso-bala podría en-contrarse un día en un museo nor-teamericano o francés, se le res-pondió un no rotundo. La mismarespuesta negativa recibió unapregunta sobre la posibilidad deque algún día una mujer lo toca-ra en el pueblo de Niagassola. Noimporta: el público acudió sobretodo a escuchar al soso-bala can-tando a África.

Amy OTCHET

JOVEN PASIÓNY VIEJA RUTINA

"Él velaba incansablemente porque el progreso científico sirvie-ra para mejorar la vida de loshombres y mujeres del mundoentero, y por reducir el abismoentre los más ricos y los másdesvalidos", declaró el director

Cómo se puede exasperar a unjoven funcionario interna-

cional? Se le deja hablar con en-tusiasmo sobre un proyecto cuyapropia dificultad haga apasionan-te. Entonces se le dice con tonocondescendiente: "¡Usted nodebe llevar mucho tiempo en laUNESCO!" Y se le confiesa: "Yotambién he sido joven..."

Esos jóvenes "burócratas",inteligentes, concienzudos, a me-nudo políglotas, intentan cambiarel mundo trabajando en una or-ganización internacional que ce-lebra su 50º aniversario. El 4 denoviembre, en las mesas redon-das que presentaban las activida-des de las distintas secciones dela UNESCO, funcionarios y ase-sores reflexionaron sobre sus éxi-tos y fracasos, formulando críti-cas constructivas.

"¿Cómo puede evolucionarla UNESCO si no se anima a losrecién llegados a expresar suimpresión sobre el modo de tra-bajar con mayor eficacia? Hayque aceptar las ideas nuevas, notemerlas", opina la australianaSaurenne Deleuil, de 26 años,asesora encargada de las activi-dades dirigidas a los jóvenes enel Centro del Patrimonio Mun-dial.

Al igual que los demás reciénllegados, ella se queja de una ac-titud del tipo "crea en mi viejaexperiencia", que relega la inicia-tiva a un segundo plano. "Al prin-cipio me sorprendió la rigidez dela estructura administrativa, si-gue diciendo. Ahora veo hastaqué punto es muy fácil decirse ‘esasí’".

"Todo es cuestión de motiva-ción", explica Benedict Paccini,de 29 años, de origen anglo-ita-liano quien lleva tres años traba-jando en publicaciones sobre

educación. "Estamos invadidospor la rutina, a menos que este-mos convencidos de que el estaraquí responde a un compromiso.Lo que me da miedo es que la ma-yoría de la gente lo está al prin-cipio, pero cambia".

La frustración que puedensentir Saurenne y Benedict nosignifica que duden de la Orga-nización. Ambos están decididosy les gusta descubrir nuevas ideasy culturas, una labor que, segúnellos, sólo puede llevar a cabo laUNESCO.

general al rendir homenaje aABDUS SALAM, Premio Nobelde Física en 1979, fallecido el21 de diciembre, a los 70 años.Este científico paquistanícolaboró durante muchos añoscon la UNESCO, en especial

como fundador, en 1964, delCentro Internacional de FísicaTeórica de Trieste (Italia),cogestionado por la Organiza-ción y la Agencia Internacionalde Energía Atómica. "Durantesu presencia al frente del centro,

que abandonó en 1993, elprofesor Salam permaneció fiela un doble ideal: llevar a cabotrabajos teóricos y asegurarsede que repercutirían en unaacción concreta en beneficio detodos".

E l " au t é n t i c o r e t o " d e Ma r c e l l i n( F o t o M . C l aude/UNESCO

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Primer día de matrículaen una universidad parisina(Foto © GAMMA/F. Reglain).

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7. . . . . . Quieren convertirnos otra vez en repú-

blicas bananeras!" La bióloga JudithSutz está roja de indignación. El "nos" sonlos países de América Latina que enviarona La Habana, del 18 al 22 de noviembre(ver recuadro más adelante), la flor y natade sus élites universitarias a la Conferen-cia Regional sobre Políticas y Estrategiaspara la Transformación de la EnseñanzaSuperior en América Latina y el Caribe(pero éste estaba prácticamente ausentes).El "quieren" indica esa entidad difusa peroomnipotente, movida por un objetivo su-premo, el beneficio, y de la que las gran-des empresas locales, así como la mayorparte de gobiernos, son unos tentáculos. Aldesplegarse por esta región, la ahogan hastarelegarla al patio trasero (las "repúblicasbananeras") de los grandes centros de pro-ducción de bienes, de ideas, de conoci-mientos y, en definitiva, de poder. Los par-ticipantes consideraron que tenían la res-ponsabilidad de actuar los primeros paraevitar ese naufragio, como ciudadanos, sinduda, pero también como universitarios:"la universidad es el país", sentencia elrector argentino Juan Carlos Gottifredi.

Entonces, "antes de preguntar qué tipode universidades quiere uno, hay que in-dagar qué tipo de sociedad se quiere cons-truir" , señala en la apertura Marco Anto-nio Dias, responsable de enseñanza supe-rior de la UNESCO. Y esta sociedad seopone a la descripción dramática de Améri-ca Latina que ofreció el nicaragüense

Carlos Tünnermann, uno de los pilares dela conferencia.

Es verdad que, después de la "décadaperdida" de los ochenta, el fin de la mayorparte de las dictaduras, el cese de la hi-perinflación, el retorno del crecimientoeconómico, han llevado a clasificar losnoventa como "década de la esperanza".A no ser que América Latina haya entrado,como parece considerar la mayoría de losparticipantes, en la "década del aumentode la marginación y de la pobreza".

"APARTHE ID SOC IAL "El PIB por habitante está, a lo sumo, almismo nivel que hace 13 años. Cerca de lamitad de los latinoamericanos viven en lapobreza; casi una quinta parte, en la extre-ma pobreza. La desigualdad es la más fuer-te del mundo: los ingresos del 20% másrico son entre 10 y 15 veces mayor que ladel 20% más pobre. La deuda externa si-gue siendo una gran carga. La participa-ción de la región en los intercambios mun-diales no deja de disminuir: el 11% de lasexportaciones mundiales en 1959, el 3,6%en 1990. Es decir, el impacto de estaglobalización "margina" a América Lati-na y la "fragmenta" en un "océano de po-breza" donde sólo se mantienen a flote al-gunos "islotes de modernidad".

Puesto que "la universidad es el país",¿cómo puede evitar esta tormenta? A fa-vor tiene, como en otras partes, que se ha"masificado": 1,6 millones de estudiantes

en 1970, unos ocho millones hoy, matricu-lados en 800 universidades (en un 60%privadas) y casi 6.000 instituciones; el ín-dice bruto de matrículas (total de alumnosdividido por el número de jóvenes en edaduniversitaria) alcanza el 17,7%, casi el tri-ple que la media de los países en desarro-llo. Pero estos éxitos representan tambiénla primera carencia del tercer grado: al es-tar lejos del 48% de los países desarrolla-dos, su democratización sigue inacabadapor el número total de alumnos y por la"pertenencia de clase" de sus estudiantes.Además, la "diversificación" de los estu-dios superiores (la proliferación de centrosespecializados, debida fundamentalmentea la iniciativa privada), indispensable, hagenerado un nuevo "apartheid social", concentros excelentes para los más ricos, ymediocres para los más pobres.

¿Quién tiene la culpa? Surge la ima-gen de la fortaleza asediada. Los partici-pantes dirigen su mirada a quienes la asal-tan. Éstos critican su "pertinencia" (su ca-pacidad de responder a las necesidades dela sociedad en términos de número de li-cenciados -excesivo-, de tipo de formaciónimpartida -inadecuada- y de calidad de ésta-baja-), la ineficacia de su gestión, el gastopúblico exagerado que se le dedica en detri-mento de la enseñanza primaria y secun-daria. Este proceso se debe a la "doctrinadel Banco Mundial", expresamente citadoen el manifiesto que hacen público las or-ganizaciones estudiantiles en la clausura de

¿QUÉ UNIVERSIDAD,PARA QUIÉN Y PARA QUÉ?Las universidades están atenazadas. Los estudiantes acuden a ellas para obtener una cualificacióncada vez más "especializada", que por consiguiente evoluciona constantemente. Pero sus presupuestosdisminuyen en nombre del menos Estado, de sus carencias -reales o supuestas-, del excesode licenciados o de la disminución de su calidad. ¿Qué misión hay que asignarles en un contexto tancambiante y cómo puede superarse la crisis que las corroe? Esto es lo que debatirá la conferenciamundial que convocará la UNESCO en 1998, cuyos trabajos preparatorios acaban de iniciarse a nivelregional con América Latina (ver abajo). Estos trabajos revelan tanto una crisis de identidad comode recursos, que ilustran, en este tema central, la situación de la enseñanza superior en un paísen transición (Rusia, p. 9), en una economía emergente (Filipinas, p. 11) y en una sociedad en plenatransformación política (Sudáfrica, p. 14). Algunos dirigentes estudiantiles ofrecen sus puntos de vista(p. 10) y, para cerrar este tema central, un responsable del Banco Mundial (p. 15) y un rectorlatinoamericano (p. 16) esbozan sus propuestas.

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la reunión, para hacer oir la voz de unsegmento de la comunidad universitariaque consideran infrarrepresentado en laconferencia. En nombre de este "economi-cismo", los gobiernos de la región hanrecortado los recursos de la universidad yhan abierto de par en par las puertas a su"privatización". Carlos Tünnermann señalaque la parte del PNB destinada a educa-ción es el 4,1% en América Latina, frentea una media mundial del 6%; los gastospor estudiante, tres veces menos que enÁfrica y cuatro menos que en Asia. La as-fixia económica, esa es la fuente de todoslos males.

Ya veremos... Rector de la UniversidadCentroamericana (Nicaragua), jesuita, Xa-bier Gorostiaga dice en voz alta lo que has-ta ahora sólo se murmuraba a media voz:"las universidades forman parte del pro-blema y no están en condiciones de resol-verlo actualmente". La fortaleza se ha res-quebrajado por los asaltos desde el exte-rior, pero también se agrieta por dentro. ElMovimiento de Córdoba (1918) apartó lasuniversidades latinoamericanas de la in-fluencia de la Iglesia y de los latifundistas,para abrirla a las necesidades y aspiracio-nes de las clases medias. La autonomíaduramente conquistada fue vital para quesobreviviera un foco intelectual indepen-diente, incluso en tiempos de las peoresdictaduras. Pero la contrapartida ha sidosu aislamiento de unas sociedades que cam-biaban de arriba abajo y, por consiguiente,la inadaptación creciente a sus expectati-vas. Esto explica el crecimiento de una"desconfianza recíproca" (Tünnermann)entre las universidades y la sociedad civil,así como las empresas.

Paradójicamente, la conjunción de es-tas dos crisis -universidades y civiliza-ciones-, aunque agudiza las dificultades,ayuda a su resolución, al forzar la conver-gencia de los agentes que llevan la mismacarga y que desean un mismo cambio: éstees el hilo conductor de la declaración y delplan de acción aprobados en La Habana.

El objetivo supremo y común es "eldesarrollo social, la producción, el creci-miento económico, el fortalecimiento de laidentidad cultural y el mantenimiento dela cohesión social, la lucha contra la po-breza y la promoción de la cultura de paz".Este objetivo requiere no sólo que la ense-ñanza superior forme "ciudadanos capacesde construir una sociedad más abierta,justa y basada en la solidaridad", sino queinvestigue y que luego comparta los frutosde sus trabajos. Porque, obviamente, es laclave de la competitividad económica. Por-que debe "asumir un papel protagónico enel estudio crítico de los cambios y en elesfuerzo por su predicción e incluso porsu conducción". Es decir, "inventar otra víapara reconstruir el Estado y la sociedad"(Gottifredi). ¿Ambición loca? Los partici-pantes aportan un argumento contunden-te. Esta "tarea histórica" sólo puede incum-bir a la universidad pública, porque es ellay sólo ella quien asume entre el 75% y el90% de la investigación y desarrollo enAmérica Latina. Ella requiere "plena au-tonomía y libertad académica", así comouna ósmosis con los gobiernos, el sectorproductivo, el mundo laboral; esto es: un"diálogo permanente" con el exterior.

Esta democratización de sus funcionesdebe ir pareja a una democratización delingreso en ella. Masificación y calidad noson contradictorias si cambia la pedagogíay, sobre todo, si se aprovechan las tecno-logías modernas. La gratuidad de la uni-versidad es un derecho, por lo que debeser financiada en la cantidad deseada pri-mero por el Estado, árbitro supremo delinterés público, que deberá dedicar al me-nos el 7% del PNB al conjunto del sistemaeducativo, sin por ello penalizar a la ense-ñanza primaria y secundaria: los buenosalumnos se convierten en buenos estudian-tes, y los buenos estudiantes en buenos pro-fesores para todo el sistema educativo.

A cambio, la universidad debe refor-marse totalmente, "sin tabúes ni temores".Su eficiencia se basará en una gestión y en

unas estructuras tan eficaces que la "em-presa universitaria" debería convertirse en"referencia" para todos los demás secto-res, por su "agilidad, flexibilidad y rapidezde respuesta y anticipación". Deberá"rendir cuentas", especialmente aceptan-do unos procedimientos de evaluación ex-terna de su pertinencia, que puedan llegarincluso a retirar la acreditación de los cen-tros. Por último, deberá marcar el caminode una mayor simbiosis entre las nacioneslatinoamericanas y conseguir una masacrítica en una amplia gama de conocimien-tos: la oficina de la UNESCO en Caracasdebería encargarse de la creación y del fun-cionamiento de un mecanismo de coope-ración entre los centros de la región.

Cuatro mil personas participaron en lapreparación de La Habana. Los participan-tes duplicaron el número previsto: 658,entre ellos 106 rectores. Sus conclusionesfueron pues la "culminación" de un proce-so pensado durante casi dos años, y no elefecto pasajero de una cabezonada.

R E A L I S M O M Á G I C OAlgunos "conservadores" consideraron quela reforma iba demasiado lejos: nada ninadie debería amputar la sacrosanta auto-nomía de las universidades, para que si-guieran siendo un faro del pensamiento queilumina una especie de república de sabios.Otros -pocos- compartían esta opinión peropor razones opuestas. Éstos apostaban porlo "posible" más que por "la utopía y lasabstracciones": la realidad es intangible yla universidad sólo se reformará aceptán-dola. En el lado opuesto: "debemos acep-tar la realidad, pero con el objetivo de cam-biarla", defendía la mayoría de los parti-cipantes (Gottifredi).

Culminación, pero también "punto departida" de un terremoto para el que sequiere la misma magnitud que el Movi-miento de Córdoba y acaso más: los ciu-dadanos universitarios llegados a La Ha-bana también aspiraban a dar el tono de lapreparación, en otras regiones, de la confe-rencia mundial de 1998. Ellos enunciaron,para su nación y su profesión, una versióncontemporánea de esa paradoja que tantose ha dicho que alberga America Latina: elrealismo mágico. ¿Fatuidad? Luis Yarzá-bal, director de la UNESCO en Caracas,responde que "la utopía es un horizonte quenunca se alcanza, pero hacia el que hayque caminar incansablemente, por unasola razón: avanzar".

René LEFORT

CONFERENCIA MUNDIAL SOBRE LA ENSEÑANZA SUPERIOR

Convocada en la sede de la UNESCO a finales de 1998, la conferencia debatirá un plan de actuacióndestinado a reforzar la contribución de este nivel de la enseñanza al desarrollo económico y social, asícomo a la democracia. Este plan deberá inspirar las indispensables reformas de los sistemas de enseñanzasuperior nacionales. La conferencia irá precedida de una preparación intensiva que incluirá, tras la confe-rencia regional de La Habana, conferencias del mismo tipo en África (Dakar, 31 de marzo a 3 de abril de1997), los Estados árabes (Beirut, 7-11 de abril), Asia-Pacífico (Tokio, 8-10 de julio) y Europa (Palermo,25-27 de septiembre y Bucarest, primer semestre de 1998). Están en proyecto otras dos reuniones parala cuenca mediterránea y el Caribe.

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La universidad, más que otras institu-ciones, es el reflejo de la evolución his-

tórica de un país, cuyos sobresaltos siem-pre sufre o acompaña. Rusia es un ejem-plo extremo, teniendo en cuenta las pro-fundas transformaciones que ha experi-mentado. En el siglo XIX, bajo el imperio,la institución universitaria fue el crisol dela élite intelectual y científica, antes de con-vertirse en un engranaje totalmente some-tido al régimen comunista, hasta el derrum-bamiento de la Unión Soviética. Actualmen-te, a pesar de los avances democráticos,atraviesa por una gran crisis, principalmen-te debida al agotamiento de las finanzaspúblicas, a tono con los demás sectoresdependientes del Estado.

A 800 km al este de Moscú, en el cora-zón de la pequeña república autónoma deTartastán, dentro de la Federación de Ru-sia, la Universidad de Kazán ha vivido muyde cerca la historia del país desde hace casi200 años. Antaño apodada en Europa "laspuertas orientales de la ciencia rusa", es lamás antigua y una de las más prestigiosasuniversidades de la Federación. Persona-jes tan célebres como el escritor LeónTolstói o el padre de la revolución VladimirLenin, estudiaron en ella. Centro intelec-tual durante mucho tiempo, es también,desde su creación en tiempos de Alejan-dro I en 1804, un lugar destacado de la in-vestigación científica mundial. A comien-zos del siglo pasado, Nicolai Lobatchevskifue el iniciador de la geometría noeuclidiana. Allí también, 100 años más tar-de, el físico Evgueni Zavoiski descubrióla resonancia paramagnética.

B A N C A R R O TAActualmente, este amplio centro universi-tario cuenta con 14 facultades donde seenseña especialmente matemáticas, quími-ca, física, historia y astronomía, 10.000estudiantes y 900 profesores. Es una es-tructura gigante que, como la mayor partede universidades de la Federación, y a pe-sar de estar entre los diez mejores centrosdel país, ha sufrido de lleno la bancarrotadel Estado. Hasta verse amenazada la pro-pia supervivencia de este prestigioso lugar.

"Hay de todo menos dinero, reconocesu rector, el académico Yuri Konoplev. LaUniversidad de Kazán sufre una escasez

T r a n s i c i ó n

¿QUÉ QUEDA DE NUESTRAS UNIVERSIDADES?La universidad rusa se ha liberado del poder político, pero la escasez de recursos es tantaque pronto no quedará más que la tiza y la pizarra.

dramática, como cualquier actividad cien-tífica en Rusia. Ha habido que poner unaraya en los gastos de equipamiento y dematerial pedagógico, y a penas podemospagar a los profesores y las becas de losestudiantes". Como en el resto de Rusia,los sueldos del profesorado ya casi no sepagan. De todos modos, no superan los 127

dólares mensuales para un catedrático uni-versitario. Nunca han sido elevados, ni bajoel antiguo régimen, pero el contexto hacambiado. La desregulación económica, lainflación galopante y la supresión de algu-nas ventajas materiales que tenía el profe-sorado en tiempos de la Unión Soviética,han reducido considerablemente su nivelde vida. A muchos no les queda otro reme-dio que vender paralelamente sus serviciosen otra parte, para poder comer. Algunosdan clases fuera -incluso en el extranjero(lo cual habría sido imposible bajo el régi-men comunista, al margen de las estructu-ras oficiales)- o incluso montan sus pro-pios centros. Sin duda es una solución, peroabre la puerta a la proliferación de institu-tos privados, cuya calidad a menudo dejaque desear.

En Kazán, la situación económica haalcanzado el punto de ruptura. Además delderrumbe de los recursos estatales, las em-presas parapúblicas han reducido sus pe-didos de investigación a la mínima expre-sión. La administración ni tan sólo puedepagar las facturas de agua y de electrici-dad, que los servicios municipales amena-zan con cortar. "Si la situación no cambia,volveremos a ser lo mismo que en el siglo

pasado: una universidad donde se enseñacon una tiza y una pizarra como único ma-terial", teme el rector Konoplev.

Pero ¿los profesores y los estudiantesde Kazán echan de menos el sistema de laantigua URSS? A pesar de las dificultades,pocos desean una marcha atrás, a causa delos innegables logros de la democratización.

Como explica Dmitri Nomanov, un estu-diante de historia: "en la universidad, a losestudiantes ya no se les impone una ense-ñanza políticamente monolítica. Se les pre-sentan distintas concepciones de la edu-cación y de la propia naturaleza de las dis-ciplinas que se enseñan. Por ejemplo, enuna conferencia nos presentarán una vi-sión marxista de los acontecimientos o delos hechos, y en otra predominarán las ten-dencias liberales". La caída de la UniónSoviética ha permitido, por otra parte, queel profesorado multiplique los intercambioscon las universidades occidentales. La uni-versidad también ha vuelto a entroncar consu tradición orientalista, en especial con laenseñanza de las antiguas culturas delOriente musulmán.

En Kazán, el poscomunismo está mar-cado, pues, por una innegable liberaliza-ción de la enseñanza. La universidad ya noes el patio trasero del partido en el poder.Pero a falta de nuevas fuentes de financia-ción, ese lugar histórico de la enseñanza yde la ciencia rusa corre el peligro de entraren el siglo XXI con su respectabilidadcomo único equipaje.

Artem KARAPETIANKazán

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Pero ¿qué es la política?" La preguntaha surgido sin un atisbo de cinismo ni

de ironía. Su autor, sin embargo, deberíaposeer suficientes elementos para no plan-tearla: Leslie Mosler no sólo cursa estu-dios superiores sino que pertenece a la di-rección de la rama francesa de la Asocia-ción Internacional de Estudiantes de Cien-cias Económicas y Comerciales. Así pues,Leslie se desvive totalmente por -como ha-bríamos dicho en otros tiempos- militar.Pero este término, al igual que "política",¿se ha hecho incongruente en el mundo es-tudiantil de hoy en día? ¿Y en qué sentido-hacia dónde y movidos por qué razones-actúan hoy sus dirigentes, que quieren, sim-plemente, que las cosas cambien?

"Están obsesionados por el trabajouniversitario, conseguir un título, un em-pleo", señalan al unísono los responsablesde organizaciones internacionales de estu-diantes, entrevistados en el marco de unaconsulta que llevó a cabo la UNESCO elpasado septiembre, para conocer sus pun-tos de vista sobre la enseñanza superior.Una obsesión de lo más justificada -reco-nocen con la misma unanimidad-, cuandoel mercado de trabajo se encoge como unapiel de zapa, tanto en el mundo desarrolla-do como en desarrollo.

"La mayoría de estudiantes de las es-cuelas de comercio sólo piensan en lospuestos de trabajo, en el dinero y en la casaque se comprarán", lamenta la finlandesaSatu Kreula, otra responsable de la asocia-ción. Por eso "el problema que encuentranuestra organización, y otras muchas, es

E s t u d i a n t e s

APRENDER LA FELICIDADAunque la gran noche ya no esté de actualidad, los estudiantes no se contentan con la situación:quieren que también se les forme en una ética, al fin y al cabo, igual de ambiciosa.

que pocos estudiantes están dispuestos acomprometerse con nosotros. Pero inten-tamos motivarlos», afirma el zambianoKangwa Mabuluki, secretario general dela Federación Mundial de Estudiantes Cris-tianos. Porque, según esos responsables,muchos estudiantes soportan el peso de estaobsesión mucho más que compartirla; demodo que no se prohiben levantar la cabe-za de sus libros, al menos para echar unamirada crítica a la universidad y, más alláde sus paredes, al mundo exterior.

Sobre la primera, los reproches másinmediatos se refieren en prioridad al ca-rácter indiferenciado de su enfoque y, másaún, a su aislamiento. "Los programas noestán diseñados para los individuos, sino

para una masa de estudiantes", señalaSatu. Un aislamiento patente a dos nive-les: enseñanza demasiado teórica -y porconsiguiente vínculos demasiado débilescon el mundo laboral- y, sobre todo, igno-rancia del exterior próximo y lejano. Ya que"el mundo es cada vez más pequeño, laeducación debería darnos la sensación deque ya no trabajamos para nuestro propiointerés, sino que formamos parte de unconjunto mucho más amplio", opina Satu.

Acceder a algo mayor: esta aspiracióndebe entenderse en el espacio, por supues-to, pero sobre todo en su dimensión exis-tencial. Una de las mayores críticas que sehace a la universidad es su polarización enla formación profesional, que se teme quela privatización acentúe, del mismo modoque agrave las desigualdades sociales deacceso. Pero el deseo de los estudiantes es

en cambio más ambicioso. "Las universi-dades no deberían dedicarse únicamentea formar estudiantes y a permitirles encon-trar un trabajo. También deberían hacerde ellos individuos responsables para conla sociedad", opina Kangwa. "Enseñar aser útil a la sociedad", precisa el brasileñoWalter Prynsthon, secretario general delMovimiento Internacional de EstudiantesCatólicos. "¿Qué papel debo desempeñaren la sociedad para ser un ciudadano delsiglo XXI?", se pregunta Satu. La univer-sidad debe ayudar a responder ese graninterrogante que añade Walter: "¿Qué sen-tido hay que dar a los estudios y a la vida?"

Se van dibujando los vacíos que hayque llenar. Según Kangwa, "en nuestro sis-tema educativo se esconden principalmen-te las cuestiones de tipo moral y ético".Para Walter, que extrae las consecuencias,"la universidad da la espalda a los pobresy a los marginados. Si se puede distinguir,en la crisis de identidad que está viviendo,la dirección que sigue, se inclina hacia elbeneficio".

DEBATE DEMOCRÁT ICOTodos los responsables entrevistados sa-ben, pues, hacia dónde debe ir el almamater. Pero se confiesan incapaces de es-tablecer las etapas y las modalidades de losindispensables cambios. De ahí que seanecesario, según ellos, debatirlo democrá-ticamente. "Abriendo esta reflexión a to-dos los sectores sociales, a las empresas,a los trabajadores y a los estudiantes, cla-ro está", concreta Walter.

En cuanto a su acción personal, cierta-mente no se parece a la de infantes anóni-mos de un gran ejército que maniobra comoun solo hombre. "Necesitamos considerar-nos individuos con un papel que desempe-ñar como tales", explica Satu. "Nuestroproyecto está más arraigado en la perso-na, insiste Walter. Queremos partir de lasnecesidades y realidades de la persona,con el fin de convertirla en instrumento detransformación. Porque nuestro objetivoson las personas felices..."

¿Nada menos? ¿Y si, con otras pala-bras, otros objetivos, otros comportamien-tos, esta generación resultara mucho másrevolucionaria que su predecesora?

R. L.

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Los centros de enseñanza superior sue-len tener mala fama: se les reprocha

que vivan en torres de marfil que quizásalimentan el espíritu de los estudiantes,pero no les enseñan necesariamente aganarse la vida en el mundo de los nego-cios. A pesar de ello en Filipinas, dondeestá surgiendo una economía que aspira asumarse a los "dragones" del sureste asiá-tico, parece que se cotizan las universida-des, de donde salen cada año 230.000 es-tudiantes.

"Los estudiantes salen con una buenacualificación y una sólida capacidad deanálisis, opina Elvira Macabuag, directo-ra de recursos humanos de IBM. Los li-cenciados que nosotros contratamos res-ponden a nuestras necesidades". Los con-tratantes, grandes multinacionales o empre-sas locales más modestas, parecen satisfe-chos de recibir a la élite de los licenciadosde las grandes universidades filipinas.

"En conjunto, nuestro sistema educa-tivo nos da ventaja sobre nuestros compe-tidores extranjeros", añade el secretario deplanificación socioeconómica, Cielito Ha-bito, que también es el director general dela Autoridad Nacional de Economía y De-sarrollo. "Podemos estar orgullosos denuestras universidades", afirma refiriéndo-se a los cerca de 5.300 estudiantes extran-jeros de China, India, Indonesia, Corea yEstados Unidos. "Para mí, ésta es la prue-ba de su confianza en la calidad de nues-tra enseñanza superior".

EN EL PAÍS Y EN EL EXTRANJERONo sólo los estudiantes acuden al "país delas islas", sino que con su título en el bol-sillo se les abren las puertas en Filipinas yen el extranjero. Provista de su título de laUniversidad del Este, Miriam Felix, porejemplo, se fue en 1987 a Nueva York,donde un hotel la contrató como contable.Hace dos años regresó a su país para abriruna autoescuela. También puede citarse -sin ser exhaustivos- a un grupo de perio-distas filipinos que llenan las columnas delHong Kong Standard, o bien los ingenie-ros especializados en informática reparti-dos por toda Australia.

Sin embargo, a pesar de que las pers-pectivas en Filipinas parecen buenas, encuanto a la educación y a la economía (el

E c o n o m í a s e m e r g e n t e s

MEJORAR LO BUENOInadecuación de la oferta a la demanda, disminución de la calidad, falta de mentalidad abierta de losestudiantes: ¿conservarán las universidades filipinas el crédito que tienen entre los empleadores?

crecimiento del PNB ha pasado del 5,5%en 1995 al 7,1% en el primer semestre deeste año), empiezan a aparecer obstáculosen el camino de la prosperidad. SegúnCielito Habito, "todavía no tenemos unaadecuación perfecta entre las necesidadesde la economía y los titulados que salende nuestra enseñanza superior". Si bien seestán multiplicando los empleos en el sec-tor de la ciencia y la tecnología, no sucedelo mismo con los estudiantes.

La tecnología de la información estáconsiderada un mercado muy prometedor,que cuenta ya con 200 empresas especiali-zadas en programas y en serviciosinformáticos. Pero la demanda de progra-madores titulados supera la oferta y la uni-versidad sólo produce 3.000 especializa-dos en informática al año.

Hace dos años, el presidente Fidel Ra-mos llegó a intervenir para convencer aManuel Aldana -un ingeniero informáticoque posee su propia empresa en EstadosUnidos, integrada fundamentalmente porcompatriotas- de que regresara a su paíscon su equipo, con el fin de trabajar con laempresa local Infocom Technologies.

"La mayor parte de los centros ofre-cen cursos de comercio, de letras o de for-mación del profesorado, donde sobra gen-te, lamenta Roger Perez, director de la Co-misión de Enseñanza Superior (CHED).Por eso faltan titulados en ciencia y tec-nología". Éstas solamente se enseñan en

las universidades del Estado. De maneraque a la falta de matrículas se añade unaescasez de financiación de las infraes-tructuras, una situación que la CHED quie-re enderezar. Elvira Macabuag lo subraya:"Es lamentable ver la falta de recursos eco-nómicos de las universidades para mejo-rar sus infraestructuras y sus programas".Según Cielito Habito, "muchos dan la alar-ma y dicen que, si el país no intensificaesas inversiones educativas, corremos elriesgo de distanciarnos de nuestros veci-nos".

COMPETENC IA F EROZEn efecto, las partidas presupuestarias nohan acompañado el gran incremento delnúmero de estudiantes. Según la OficinaNacional de Estadística, cerca de 2,2 mi-llones de estudiantes de enseñanza secun-daria se matricularon en la universidad en1994-1995, un 10% más que en el cursoanterior. Para responder a la demanda, sehan multiplicado los centros privados: esel comienzo de la era de la comercia-lización de la educación. Desafortunada-mente, los grupos privados que normal-mente gestionan esas escuelas se libran auna competencia feroz. En lugar de ampliarel acceso a una enseñanza de calidad, tra-tan de ganar dinero y contratan a los pro-fesores más por sus modestas exigenciaseconómicas que por su competencia. Y lossueldos bajos representan mayores benefi-cios para los propietarios, pero implicanuna enseñanza dudosa.

Según Willie Melaya, licenciado enpsicología y director de personal del ma-yor grupo de productos alimentarios y be-bidas, San Miguel Corp., la calidad de laenseñanza resulta indispensable para for-mar personal ejecutivo eficaz e interesadoen la sociedad en la que vive. Ofrecer unaformación completa no solamente es unabuena idea sino que es la clave del desa-rrollo socioeconómico de Filipinas. "No-sotros formamos a los estudiantes lo me-jor que podemos, explica Johnny NoeRavalo, el principal economista de la Aso-ciación de Banqueros de Filipinas. Pero noestán preparados para afrontar los proble-mas de la vida real".

Olive MELAYAen Manila

E S P E C I A L I S TA S E N I N F O R M Á T I C A F I L I P I N O SE S T Á N S E G U R O S D E C O N S E G U I R E M P L E O

( F o t o © D e p a r t m e n t o f T r a d ea n d I n d u s t r y , F i l i p i n a s ) .

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"MASIFICACIÓN" Y TOPE FINANCIEROEl aumento de la matrícula escolar en los países en desarrollo, y el aumento correlativodel número de profesores, dejan aún abierta la brecha Norte-Sur, en este campo.

ACCESO MUY DESIGUAL

EVOLUCIÓN DE LA MATRÍCULA ESCOLAR DE LA ENSEÑANZA DEL TERCER GRADOFuente: División de Estadística de la UNESCO

EXPLOSIÓN DE LA MATRÍCULA ESCOLAR

TASAS DE ESCOLARIZACIÓN BRUTA DEL TERCER GRADO.Fuente: idem.

Las tasas de escolarización del tercer gra-do (total de los matriculados dividido porel número de jóvenes en edad de seguir es-tudios superiores) son un buen indicador dellugar que ocupan los estudios superiores.

Las cifras confirman la correlación en-tre la importancia de la enseñanza supe-rior y el nivel de desarrollo económico ysocial, y revelan también importantes dis-paridades entre el mundo industrializadoy los países del Tercer Mundo, aunque laproporción de estudiantes ha crecido másrápidamente en el segundo que en el pri-mero. Un joven tiene seis veces más pro-babilidades de acceder a la enseñanza su-perior en un país desarrollado que en de-sarrollo, y este índice aumenta a 13 en elÁfrica Subsahariana y a 18 en los paísesmenos adelantados. En éstos, al igual queen Asia y Oceanía, el reducido número deinscritos en el tercer grado muestra la per-sistencia del carácter extremadamenteelitista de la institución universitaria.

En todo el mundo, la matrícula escolar deltercer grado ha experimentado un fuertecrecimiento durante las últimas décadas.Sin embargo, este aumento ha sido másrápido en los países en desarrollo, dondeel número de estudiantes inscritos en el ter-cer grado se ha duplicado en 14 años, pa-sando de 17 millones a más de 35.

Este ritmo se explica por el crecimien-to demográfico, el aumento del número dejóvenes susceptible de acceder a la ense-ñanza superior gracias a la generalizaciónde la enseñanza primaria y secundaria, yla demanda creciente de diplomados.

No obstante, a partir de 1985 puede ob-servarse una disminución del ritmo, impu-table a los problemas presupuestarios cau-sados por las políticas de ajuste estructu-ral, en particular en África Subsahariana yen América Latina y el Caribe.

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Infografía: Alexandre Darmon.

Por consiguiente, la "masificación" de los matriculados debe continuar en el Tercer Mundo,pero ya choca con los límites del esfuerzo económico que el poder público quiere o puede hacer.

A pesar del importante aumento de la ma-trícula escolar y los obstáculos económi-cos (v. gráfico 4), la relativa estabilidad delnúmero de estudiantes por profesor parecedesmentir la falsa imagen del profesor aho-gado en un mar de alumnos. La contrata-ción de profesores va a la par del aumentode alumnos.

Por otra parte, las desigualdades entrelos países desarrollados y en desarrollo sonmoderadas, lo cual es muestra de una vo-luntad conjunta, pública o privada, de nodejar de lado este sector esencial, aún enlos países con bajos ingresos. Queda porver lo afectada que se ha visto la calidadde la educación con estos contratos masi-vos y con el estancamiento, o peor aún, ladecadencia de la condición de profesor.

Por último, no solamente el número deestudiantes por profesor contribuye al éxi-to de la universidad. El volúmen de lasinfraestructuras y la disponibilidad de ma-terial pedagógico son también factores cla-ves para lograrlo.

NÚMERO DE ESTUDIANTES POR PROFESOR. Fuente: idem.

FINANCIACIÓN PÚBLICA POR ESTUDIANTE, CALCULADA EN PORCENTAJES DEL PNB PER CÁPITAFuente: Informe Mundial sobre la Educación, UNESCO, 1995.

PROFESORES Y ALUMNOS A LA PAR

"En muy pocos casos, el aumento del nú-mero de estudiantes va acompañado de unaumento de los recursos en valor real asig-nados a la enseñanza superior", confirmael documento de orientación de la UNES-CO sobre Cambio y Desarrollo en la En-señanza Superior. El esfuerzo realizado porel poder público en materia de enseñanzasuperior, tuvo dificultades para seguir elaumento de matriculados: el gasto públicopor estudiante, medido en porcentaje delPNB per cápita, disminuye lentamente engeneral, y nada pronostica que la tenden-cia cambie.

Otro elemento sobresaliente de estosdatos es que el esfuerzo es mayor en lasregiones más pobres (África Subsaharianay los países menos adelantados). Sin em-bargo, esto no basta para demostrar quetanto en estos países como en el resto delmundo, la financiación de la enseñanza su-perior responde a las necesidades.

LOS PRESUPUESTOS PÚBLICOS DISMINUYEN

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Gasto público ordinario por estudiante en porcentaje del PNBper cápita

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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 5 / D I C I E M B R E 1 9 9 6

T E M A C E N T R A L

14. . . . . .

En Sudáfrica hay tres clases de univer-sidades: las universidades histórica-

mente negras, que intentan conservar y fo-mentar una concepción africana del co-nocimiento; las universidades 'afrikaans',que son ciudadelas de la cultura afrikán-der; y las universidades llamadas 'libera-les', que conservan una visión eurocén-trica". Para William Makgoba, profesornegro y antiguo vicerector de la Universi-dad de Witwatersrand, las universidades

sudafricanas son todavía el reflejo del sis-tema de apartheid a imagen del cual fue-ron creadas.

A pesar del aumento sustancial del nú-mero de estudiantes negros en los últimos10 años, la gran mayoría se concentra enlas "universidades históricamente negras",mientras que sus compañeros blancos si-guen en las "universidades históricamen-te blancas". La diferencia en cuanto a re-cursos tampoco ha cambiado mucho: lassegundas están bien equipadas, mientrasque las primeras luchan por sobrevivir. Losíndices de éxito confirman esta disparidad:en 1993, por ejemplo, sólo salió un licen-ciado con mención de las universidades"negras" por 7,5 de las universidades"blancas" y un licenciado con grado o undoctor de las primeras por 17,2 de las se-gundas.

Ante tales problemas, el presidenteMandela creó en 1995 la Comisión Nacio-nal para la Enseñanza Superior (NCHE).Su informe, presentado ante el parlamentoen agosto pasado, propone una reformacompleta del sistema. Pero antes de llevarlaa efecto, Sudáfrica debe saber qué espera

de sus universidades. "De momento, opinaWilliam Makgoba, nuestro país se parecea un camaleón, que cambia de color cons-tantemente. Las propias universidades nocontribuyen a mejorar la situación. El pro-blema que les preocupa es saber qué mo-delo escoger entre el europeo y el africano".

Podría objetarse que es fácil criticar alas universidades por su incapacidad paradar una nueva identidad nacional, pero laresponsabilidad incumbe en realidad a los

dirigentes políticos, que parecen igual deineptos para expresar lo que esperan de unnuevo ciudadano y del papel de las uni-versidades en su formación.

Blade Nzimande, diputado del Congre-so Nacional Africano y presidente de laComisión de Educación de la AsambleaNacional, rechaza esa crítica. En su opi-nión, el ANC tiene una visión clara del tipode ciudadanos que deben formar las uni-versidades. Según un libro blanco sobre laenseñanza superior elaborado por el Go-bierno, esa enseñanza "es responsable dela socialización de los ciudadanos ilustra-dos, responsables y de sentido crítico cons-tructivo. Esta ciudadanía presupone uncompromiso por el bien común, pero tam-bién implica una capacidad de reflexión yuna voluntad de revisar y renovar lasideas". "Desgraciadamente, opina BladeNzimande, la mayor parte de las universi-dades locales aún no han realizado los es-fuerzos necesarios para fabricar este tipode ciudadanos", aunque también aseguraque esta situación va a cambiar gracias alas recomendaciones del informe de laNCHE, que el Gobierno está decidido a

aplicar. El documento reclama especial-mente mayor democracia en las universi-dades. Para lograrlo, propone un modelocooperativo de gobierno institucional, "queconjugue, según un sistema propiamentesudafricano, más democracia con métodosde gestión más modernos".

Otro tema de debate es la "africani-zación". Este lema tiene muchos sentidos:una caza de universitarios negros para di-rigir universidades blancas o un ingresomasivo de estudiantes negros en esas uni-versidades. En realidad, más seriamen-te, este término significa que es necesariotransformar los programas o, al menos,adaptarlos más a los problemas y a las ne-cesidades de Sudáfrica como país africa-no.

L AU N I V E R S I D A D" L I B E R A L D E

WITWATERSRAND( F o t o ©D e r e c h o s

r e s e r v a d o s ) .

C a m b i o p o l í t i c o

¿QUÉ ES UN SUDAFRICANO?Seis años después del final oficial del apartheid, no sólo la universidad sigue buscando su camino,pero el conjunto de la sociedad sudafricana.

DE L CAOS AL ORDENPara Mamphela Ramphela, rectora de laUniversidad de El Cabo y primera mujernegra al frente de una universidad blanca,esta visión implica resituar la universidadcon el fin de adaptarla a las realidadessocioeconómicas del continente africano yacercarla a la comunidad. Por su parte,Makaziwe Mandela, que dirige el progra-ma de acción afirmativa (unas medidas quefavorecen la incorporación de los negros)de la Universidad de Witwatersrand,africanizar quiere decir "utilizar nuestrasexperiencias africanas como punto de par-tida de nuestra búsqueda de lo excelente".Pero Blade Nzimande advierte contra unaconcepción en que "la cultura africana au-téntica sea la del pasado, mientras que lacultura contemporánea sea la de Occiden-te". "La verdadera africanización será laque permita que las universidades ayudena Sudáfrica a definir su relación con elmundo en sus propios términos", explica.

El debate es complejo, opina WilliamMakgoba. "Las universidades nunca hanpretendido desempeñar un papel en el fo-mento de una identidad nacional común.Pero lo esencial es que, si consideramosque son lugares donde se elaboran princi-pios para pasar del caos al orden, les co-rresponde a ellas definir el papel que de-ben jugar y empezar a construir ese nuevoorden".

S. W.y Vusi MONA desde Johannesburgo

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Cómo se puede mantener, al menos, omejorar, en el mejor de los casos, la

calidad de la enseñanza superior con unosrecursos limitados? El Banco Mundial,fuertemente implicado en las reformas eco-nómicas que afectan a muchos países delTercer Mundo, reflexiona desde hace añossobre esta cuestión, esencial para el desa-rrollo económico y social de sus "Estadosclientes". Recientemente ha publicado undocumento, titulado l’Enseignement supé-rieur: les leçons de l’expérience,que se abre con un diagnóstico ape-nas discutido: la universidad dispo-ne cada vez de menos recursos,mientras que el número de estu-diantes no cesa de crecer; no con-sigue proporcionar una enseñanzade calidad para la mayoría y sigueestando reservada a una élite. Losexpertos del Banco proponen solu-ciones que combinan el pragma-tismo con la tradición "liberal" dela institución financiera internacio-nal. "Para resumir, explica JamilSalmi, quien dirigió la preparaciónde esta obra, sea cual sea el origende los recursos que se le destinan yel tipo de centros, la enseñanza superiordebe ser rentable, de calidad y respondera la demanda".

Si hay una prioridad para resolver laactual crisis, es, según él, una mejor ges-tión de los recursos. Ésta no supone nece-sariamente una "privatización" de los cen-tros públicos, el credo habitual de la ban-ca, sino que además las universidades in-corporen mecanismos habituales en el sec-tor privado. "La universidad es como unagran empresa. No se puede seguir gestio-nándola sin rendir cuentas del uso del di-nero público al Estado y a la sociedad",explica.

Como la empresa, la universidad debeobedecer también a las necesidades delmercado y este imperativo sería uno de losvectores de la calidad de la enseñanza, ex-plica la obra del Banco Mundial. En ellase insiste especialmente en la considera-ción de la evolución del mercado de traba-jo y se propone que las direcciones de loscentros incluyan a representantes de lossectores productivos. De manera general,los expertos del Banco desean, pues, el

D e b a t e

EL PODER DEL MERCADOSegún el Banco Mundial, la enseñanza superior necesita una urgente reforma para volverse"rentable, de calidad y responder a la demanda".

fortalecimiento de los lazos entre la indus-tria y la enseñanza superior. "Hay un des-plazamiento respecto de la concepción tra-dicional de la universidad, como ‘torre demarfil’ que no se preocupa en absoluto delas necesidades de desarrollo económicoy social de una sociedad. Yo creo que enmuchos países es necesario tener plena-mente en cuenta esta preocupación".

Otro gran tema abordado por el BancoMundial es la explosión de estudiantes. En

este sentido, su enfoque es doble. Por unaparte, propugna una mayor "diferencia-ción" en este sector, añade Jamil Salmi. "Elmito de la universidad monolítica abiertaa todos está caduco. Por eso hablamos dediversificación de las formas de enseñan-za. La tradicional universidad de investi-gación sigue teniendo sentido, pero hayque fomentar el desarrollo de otras formasde centros y multiplicar los incentivos alas instituciones privadas". El desarrollode los centros especializados, tanto públi-cos como privados, que proponen forma-ciones profesionales y técnicas de ciclocorto, permitiría especialmente respondermejor a la diversidad de la demanda, ex-plica el informe. "Sean cuales sean el tipode centro y la duración de los estudios pro-puestos, lo esencial es que los estudiantestengan acceso a una formación de cali-dad", explica Jamil Salmi.

Por otra parte, los expertos del Bancoopinan que los centros públicos, que con-servarán una función esencial en la ense-ñanza superior, sean cuales sean las solu-ciones previstas, deben diversificar sus

fuentes de financiación. En efecto, tenien-do en cuenta las restricciones presupues-tarias, el Estado ya no puede seguir asu-miendo sólo esa misión, señalan. Estadiversificación pasa especialmente por unaumento de las matrículas. Una medidaque, en opinión de Jamil Salmi, debe iracompañada de un sistema de becas, paragarantizar un acceso equitativo a todo elmundo. "Es necesario que sea un instru-mento destinado a aquéllos que lo mere-

cen y lo necesitan realmente, yque las matrículas sean propor-cionales a los ingresos de las fa-milias". Unas intenciones que,como reconoce el propio Banco,la experiencia contradice amplia-mente.

Por último, Jamil Salmi nodefiende que los centros priva-dos estén por encima de cual-quier reproche. Su proliferaciónen algunos países, suscita interro-gantes sobre la calidad de la en-señanza. "Muchos centros priva-dos tienen un nivel muy malo,como en Filipinas, por ejemplo,reconoce Jamil Salmi. De mane-

ra que son necesarias las barreras, porejemplo un sistema de evaluación y unosmecanismos de acreditación que otorguenuna especie de etiqueta de calidad". En estesentido, el Banco Mundial propone la crea-ción de organismos independientes encar-gados tanto de definir las orientaciones yde supervisar la enseñanza superior, comode evaluar los resultados de los centros,sean públicos o privados.

En resumen, la visión del Banco Mun-dial implica una cierta jerarquización delos centros y una mayor selectividad, dosorientaciones inevitables según JamilSalmi.

"Hay que tener en cuenta el hecho deque hay un deterioro de la calidad de laenseñanza, sobre todo en los países en de-sarrollo, explica. Entonces ¿hay que seguirabriendo la enseñanza a todos, aun al pre-cio de una mala calidad, o bien detenersee intentar consolidar lo que ya existe? Eldebate sigue abierto". El Banco, por suparte, aporta una respuesta inequívoca.

Christophe CHAMPIN

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T E M A C E N T R A L

René Lefort: ¿Es la misión de la educa-ción superior inmutable a pesar de lostrastornos sufridos durante este siglo?

Jorge Brovetto: Permítame hacer unaprecisión. Voy a referirme al caso de Amé-rica Latina, pero estoy convencido de quelos análisis y las propuestas sobre estecontinente son válidas para la mayoría delos países en desarrollo. No es posibleimaginar el destino de la educación supe-rior independiente del de los propios paí-ses. Las instituciones sólo pueden conce-birse íntimamente ligadas a una cultura ya la sociedad de la cual se nutren y en lacual están insertas. Son muchas las uni-versidades que, fieles a esta profunda con-cepción de su rol, integran todos sus re-cursos intelectuales a su propia sociedadcomo factor de cambio y de progreso.

En este contexto histórico, hoy parti-cularmente vigente, la educación superiorha sido fuertemente impactada por losprofundos cambios políticos y sociales ypor los procesos de globalización que hanacompañado a la explosión científico téc-nica del mundo contemporáneo. El verti-ginoso incremento actual del conocimien-to, unido a la creciente demanda de acce-so a la educación como instrumento depromoción social, han determinado unafuerte presión sobre las finanzas públicas.

Este proceso, a nuestro entender sa-ludable en la medida en que apunta a dis-minuir la brecha que nos separa de los paí-ses desarrollados, ha entrado en conflic-to frontal con las políticas adoptadas porla mayoría de los gobiernos, orientadas areducir la participación del Estado enáreas como la educación superior, la cien-cia y el desarrollo tecnológico. He aquíuna de las causas principales de la agudacrisis de nuestra educación superior.

R.L. ¿En qué dirección debe evolucio-nar la educación superior para seguirsiendo, o volver a ser, de calidad, perti-nente y equitativa?

J. B. Las instituciones de educación su-perior están sometidas por su propia na-turaleza a un conflicto dinámico de susvalores esenciales: la calidad, la pertinen-cia y la equidad. El modelo institucional

que pondere por igual a estos tres valorescorresponde, a nuestro entender, al de máxi-ma eficiencia social de la gestión universi-taria. Para lograr un balance ecuánime deestos valores, es necesario introducir pro-fundos cambios que les permita encarar conagilidad y eficiencia los cambios, las de-mandas, las carencias y las inequidades dela sociedad. En términos de estructura, debeintroducirse el paradigma de la educaciónpermanente. Como dice Miguel A. Escotet,investigador español de la Universidad deFlorida (Estados Unidos), "los conocimien-tos científicos y tecnológicos no pueden serincorporados a los planes de estudio de launiversidad al mismo ritmo en que se pro-ducen. Esto trae como consecuencia que losconocimientos que se imparten en las insti-tuciones de educación superior se refieranmás al pasado que al presente, más a lahistoria que al futuro".

En esta concepción, el grado y los estu-dios posteriores a la graduación se comple-mentan de manera dialéctica y conformanen conjunto una unidad indisoluble. La edu-cación superior constituye un ciclo, unacontinuidad compuesta por etapas dotadasde diversos objetivos y estrategias.

En términos de contenidos, los estudiosde grado deberán incorporar, además de losconocimientos básicos de las disciplinasinvolucradas en el área temática correspon-diente, el conocimiento de la realidad y pro-blemática social dentro de cuyo marco seajercerá la tarea profesional o académica.Las universidades son aquellas que crean,preservan y difunden el conocimiento perotambién desempeñan el papel irrenunciablede conciencia crítica de la sociedad en de-fensa de sus valores éticos y culturales. Vi-sión muy distinta de aquellas que tratan ac-tualmente de imponerse como más eficien-tes y modernas, que perciben a la educa-ción superior sólo en su papel de réplicamecánica a las demandas del mercado, enuna actitud pasiva y puramente receptiva.

En términos de financiación, teniendoen cuenta el rol protagónico que, en mate-ria de desarrollo científico y tecnológicojuegan las universidades, aparece como unaprioridad para el desarrollo autónomo denuestras sociedades, y por ende para el de-sarrollo endógeno, la financiación públicade todos los niveles educativos, sostenida e

incremental. Por tanto, el Estado sigue cum-pliendo una función insustituible en ese te-rreno. Su presencia en la financiación es laúnica garantía de que la educación superiorpersista y se desarrolle en el subcontinente.

R. L. ¿Es la apertura una solución?

J. B. La equidad no sólo se expresa a tra-vés de la igualdad de posibilidades de ac-ceso, sino que también exige que el cono-cimiento sea puesto a disposición de todoslos sectores sociales sin discriminación.Parte de ese objetivo podrá lograrse siem-pre y cuando las universidades se propon-gan como objetivo propio de investigaciónlas inequidades y carencias sociales. Así,la "apertura" de las instituciones de educa-ción superior a las actividades de investi-gación y servicio a instituciones públicas yprivadas bajo diferentes formas debe ser en-carada y orientada en sus reales términos.

Las universidades del continente quehan desarrollado una política de relaciona-miento abierto y orientado a todos los sec-tores sociales sin distinción, se han enri-quecido. Sus egresados acceden así a un ni-vel de conocimiento más profundo y a unenfoque crítico más consistente.

Esta exploración del mundo exterior haimpreso al mundo académico múltiplestransformaciones entre las que correspon-de no olvidar el aporte de nuevas modali-dades de financiamiento. Sin embargo,nuestras instituciones deben precaverse delos riesgos de desviación en diversos ám-bitos, que puede entrañar esta novedad, enun tiempo de dificultades como el que re-señamos en otras respuestas, especialmen-te en la política de investigación, que pue-de volverse muy estrecha o muy focalizada.Estos nuevos frentes han provocado un im-pacto sumamente removedor en un terrenocomo el de la pertinencia, en el que se di-lucidan valores fundamentales para evaluary calificar la actividad universitaria.

El fenómeno, que arranca generalmen-te en el plano de la investigación, se trasla-da después al ámbito docente propiamentedicho. Así, la acción crítica del conocimien-to se redobla, en tanto la institución se pro-yecta al mundo exterior para detectar lascarencias profundas que se mantienen in-crustadas en el cuerpo de la sociedad. ■

LA CLAVE ESTÁ EN LA CRÍTICALa universidad debe abrirse a todos los sectores sociales para detectar carencias y necesidades, estimaJorge Brovetto, rector de la Universidad de la Repúiblica, en Uruguay. Entrevista realizada por René Lefort.

D e b a t e

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 5 / D I C I E M B R E 1 9 9 6

"MUJERES E H I LO DE EG IPTO " f u e e lt ema de una expo s i c i ón p r e s en t ada en l aUNESCO de l 13 a l 22 de nov i embre .Re cog í a l a s c r ea c i one s de c ua t r o t a l l e r e sde p r odu c c i ón : t ap i c e s a r t í s t i c o s ,bo rdado s i n s p i r ado s en t r a j e s b edu i no st r ad i c i ona l e s , l a bo r e s d e r e t a zo s a pa r t i rd e t r apo s r e c i c l a do s y c uad ro s bo rdado si n s p i r ado s en l a t r ad i c i ón c op t a ei s l ám i c a . E s t a s ob ra s f ue ron r ea l i z ada spo r c i en t o s d e mu j e r e s , a l a s c ua l e s s eo f r e c i ó una f o rmac i ón y una r emune ra -c i ón que l e s p e rm i t i e r a adqu i r i r uno sc ono c im i en t o s y c i e r t a i ndependen c i ae conóm i ca .

Hermanamientos de reservas de labiosfera, intercambios de experien-cias, investigaciones conjuntas: alpasar revista de las actividades delPrograma sobre EL HOMBRE Y LABIOSFERA, el Consejo Internacional deCoordinación del MAB, reunido en laUNESCO del 19 al 22 de noviembre,observó la proliferación de iniciativasa nivel local y regional. Se hizohincapié en los aspectossocioeconómicos y en el papeldecisivo que deben y, a menudo,quieren desempeñar las poblacioneslocales, en cualquier política deconservación y desarrollo.De la misma manera se constituyó unforo de discusión "en línea" entretodos los agentes afectados -UNESCO-MABnet- que fue objeto deuna demostración durante la reunión.

18. . . . . .

"¿Qué están haciendo ahí?", preguntaHayanhyarvaa bajando de su jeep. Aunquealgo molesta, Dachdulam le acoge con hos-pitalidad mongol y le invita a entrar en suger, una tienda de fieltro, blanca y redonda.Ofreciendo cuencos de leche de yegua fer-mentada, intenta explicarse: "mi marido yyo hemos llegado hace apenas dos días.Sólo tenemos 10 vacas, 70 ovejas y un ca-ballo".

"¿Tienen una autorización?", respondeHayanhyarvaa. Cuando ella baja la vistacontinúa diciendo: "Están en la zona prote-gida de Bogd Jan, una reserva de labiosfera. ¿Sabe qué significa?" "Sí, respon-de ella tranquilamente. Es un lugar dondetenemos que mantener limpia la naturalezay donde no debemos cazar. Un lugar espe-cial". "No un lugar para que pasten las ove-jas", añade él, señalando los prados cerca-nos. Dachdulam asiente. Al día siguiente,esta nómada se irá a las colinas en su cochede caballos.

Hayanhyarvaa es responsable de la ad-ministración del área rigurosamente prote-gida de la montaña de Bogd Jan, que formaparte del Programa de la UNESCO sobre elHombre y la Biosfera (MAB) desde abrilde 1996. A un cuarto de hora en coche des-de el centro de la capital de Mongolia, UlánBator, Hayanhyarvaa y su equipo de 21guardas tienen mucho trabajo para protegeresta zona de 41.600 hectáreas de una mu-chedumbre de cazadores furtivos, leñado-res y pastores nómadas. Los miembros delequipo, entre ellos una mujer, consideran unhonor patrullar por los valles que les hanconfiado. Por su trabajo reciben 14.000tugrik (21,50 dólares) mensuales, tienenderechos de pastoreo para sus animales yademás la posibilidad de instalar su tiendaen la reserva.

M Ú LT I P L E S E C O S I S T E M A SSu dedicación es admirable pero parece fue-ra de lugar. Se trata de un país donde la po-blación se reduce a 2,4 millones de perso-nas que viven en 1,6 millones de km2, en sumayoría tierras vírgenes. Éste alberga unaconsiderable multiplicidad de ecosistemasdel mundo y al Ministerio de Naturaleza yMedio Ambiente le gustaría crear reservasde la biosfera por lo menos en el 30% delterritorio, según expresa Myagmarsuren,

presidente del comité nacional del MAB.Entonces, con tantas posibilidades, ¿porqué se ha escogido Bogd Jan como segun-da reserva de la biosfera del país, despuésdel desierto de Gobi? Después de todo, el25% de la población mongol vive en lascercanías de esta montaña, lo cual obliga alos guardas a luchar contra la proliferaciónde los campos de ger, que ya se han anexio-nado las colinas de los alrededores. Y des-pués está la contaminación. La espesa capainvernal de humo y niebla que recubre laciudad, ennegrece los picos nevados, de-bido a las centrales de carbón que sumi-nistran electricidad a toda la capital, inclui-das las fábricas que bordean el río Tov, querodea una parte de la reserva.

En ella se encuentra una fauna y unaflora muy diversificadas, con 20 familiasde aves y de plantas amenazadas o en peli-gro de extinción. Pero la misma vida sal-vaje anima sin duda cualquiera de lasJentii, las montañas vecinas. Entonces,¿por qué Bogd Jan?

L U G A R S A G R A D OUn pequeño viaje al pasado de la montañarevela una historia sorprendente. Recono-cida oficialmente como zona protegida en1778, supera en dos años al que se consi-dera el parque nacional más antiguo delmundo, Yellowstone (Estados Unidos),como afirma Enkhtuul, una bióloga quedirige a los guardas locales. Según sus es-tudios archivísticos, Bogd Jan era un lugarsagrado donde estaba prohibido cortar leñay cazar desde fines del siglo XII. El propiopadre adoptivo de Gengis Khan enviabaregularmente a sus guerreros a la monta-ña, a rezar para poder gozar de un tiempopropicio. El chamanismo dio paso al bu-dismo, y el monasterio de Manzhir Hiid,construido en 1750, albergaba 30 monjesy 20 templos.

Casi dos siglos más tarde, la montañaatrajo a otra fuerza capital: el régimen co-munista, que "liberó" Mongolia en 1921.El partido, arrasando los templos y matan-do a los monjes en los años treinta, trans-formó el lugar sagrado en una zona de ve-raneo exclusiva, con dachas y campamen-tos de verano para unas 25.000 personas,que poliferaron alrededor de las cimas enlos años sesenta.

M e d i o a m b i e n t e

LA MONTAÑA SAGRADAA las puertas de la capital mongol, la reserva de la biosferade Bogd Jan resiste como puede a las intrusiones.

( F o t o d e l o s a m i g o s d e l A l t o E g i p t o ) .

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P L A N E T A

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Actualmente las dachas han dejado sulugar a una zona central de bosques vírge-nes muy protegida, y a zonas tapón y detransición en los cuales se concede dere-cho de pastoreo únicamente a los ganade-ros locales, a las infraestructuras turísti-cas, al templo restaurado de Manzhir Hiidy a un ecomuseo.

Desafortunadamente, la corriente "ver-de" que ha dado lugar a esos cambios to-davía no ha llegado a la población. "Esmolesto ver que los mongoles hacen aquícosas reprensibles, como matar ciervospor sus astas, dejar fuegos encendidos ydestruir los parterres de bayas, se quejael guarda Norovsuren, de 27 años, sobretodo cuando usted ve que los turistas ja-poneses no dejan ni un envoltorio de ca-ramelo". Otro guarda explica que, "a co-mienzos de siglo, los mongoles eran dis-tintos: llegaban hasta el punto de recogerlos excrementos de caballo. Pero la tran-sición económica ha cambiado las men-talidades. Ahora solamente les interesa eldinero".

Mientras que la economía nacionalempieza a recuperarse después del hundi-miento provocado por el fin de las sub-venciones soviéticas, la avalancha dedesempleados de Ulán Bator busca deses-peradamente algo de dinero que ganar. Al-gunos cazan, matan ciervos y marmotas,otros recogen piñas, leña o astas caídas de

ciervo, que venden a 66 dólares el kilo, prin-cipalmente a empresas farmacéuticas corea-nas, que las utilizan para sus productosafrodisíacos.

Los incendios forestales que asolaronMongolia en la pasada primavera, tambiénafectaron a Bogd Jan, cuando las chispasde un tren prendieron en la hierba seca.Durante dos meses, los guardas lucharoncontra el fuego noche y día, golpeando lasllamas con ramas envueltas en trozos dealfombras.

Algunos creen que las brasas de un cam-pamento de cazadores también provocanfuegos. Los enfrentamientos con esos ca-zadores clandestinos son algo corriente. Alhermano de Norovsuren, por ejemplo, unantiguo guarda, casi le matan cuando inten-taba desarmar a uno. No todos los guardasllevan arma porque lo consideran más unaprovocación que una disuasión. Según elguarda Sharaa, de 52 años, un teléfono se-ría mucho más eficaz que un fusil. "Actual-mente estamos totalmente aislados unos deotros. Si yo veo un cazador furtivo o un fue-go encendido, estoy sólo".

E C O T U R I S M OUn equipamiento mejor y la formación delos guardas requiere un presupuesto que elMinisterio de Medio Ambiente no posee eneste momento. El hecho de que este Minis-terio haya sobrevivido a una reciente remo-delación gubernamental, que solamente hamantenido 9 de las 16 carteras, constituye,sin embargo, "una primera victoria" paraMyagmursuren, del Comité Ministerial delMAB.

Por otra parte, la administración delparque dispone de las entradas -100 tugrikpara los mongoles y 1.000 para los extran-jeros- que ahora tienen que pagar los visi-tantes. Pero hay demasiado poco guardaspara recaudar ese dinero. Con los autocaresde turistas japoneses y coreanos que seabren camino hasta Bogd Jan, el ecoturismoofrece otra posibilidad. "Hemos ido al ex-tranjero a ver cómo funciona este tipo deturismo en otros países, explica Myagmur-suren. Y hemos visto consecuencias muynegativas. Tenemos que ir con mucho cui-dado para no cometer los mismos erroresque Kenya, algunos países de Asia o inclu-so Estados Unidos".

Amy OTCHETUlán Bator

A L A C E C H O D E L O S C A Z A D O R R E S F U R T I V O S( F o t o A . O t c h e t ) .

La r e f o rma de l s i s t ema edu ca t i v o deAZERBA IYÁN , l a t r an s f e r en c i a y e lr epa r t o de c ono c im i en t o s c i en t í f i c o s yt é cn i c o s , l a g e s t i ón s o s t en i b l e d e l o se c o s i s t emas , l a i n s c r i p c i ón de s i t i o sh i s t ó r i c o s en l a L i s t a d e l Pa t r imon i oMund i a l d e l a UNESCO , l a f o rmac i ón del o s p r o f e s i ona l e s d e l o s med i o s d ecomun i c a c i ón , s on a l guno s de l o s ámb i t o sen l o s que s e han c omprome t i do ac o l abo ra r l a O rgan i za c i ón y A ze rba i yán ,a t eno r de un a cue rdo f i rmado en Bakúe l 8 de nov i embre po r e l p r e s i d en t e del a Repúb l i c a , Ga i da r A l i e v, y e l d i r e c t o rgene ra l , F ede r i c o Mayo r.

La República Lao, con sus 68 gruposétnicos además de los lao, constituyeun auténtico mosaico cultural. Pero elPATRIMONIO CULTURAL INMATERIALde las minorías -lengua, música,literatura y tradición- está amenaza-do. Para ayudar a las autoridades laoa determinar su situación actual yemprender acciones de salvaguarda,expertos de 11 países se reunieron enVientiane el pasado octubre. Entre lasprioridades definidas se encuentran larealización de un inventario de esepatrimonio y la formación de agentesculturales locales, para sensibilizar alas poblaciones afectadas sobre losvalores de su propia cultura. Losparticipantes también recomendaronla creación de un departamento deetnología y de lingüística en laUniversidad Nacional, así como de unmuseo de etnología.

E l PREMIO UNESCO DE ARQU I T EC -TURA 1996 f ue o t o r gado a l s u i z o Pe t e rAb i , e s t ud i an t e de l a E s c ue l a Po l i t é c n i c aFede ra l d e Zú r i c h , en una c e r emon i a enl a s ede de l a O rgan i za c i ón . Su p r oye c t ot r a t a s ob r e l a r ehab i l i t a c i ón de v i v i enda sy e s pa c i o s púb l i c o s d e un ba r r i ode s f avo r e c i do de l c en t r o h i s t ó r i c o deBa r c e l ona ( E s paña ) . E l p r oye c t o p r evé l ac on s t r u c c i ón de p i s o s y ed i f i c i o smodu l ab l e s , que puedan adap t a r s e a l a sne c e s i dade s de s u s hab i t an t e s , pa rap ro cu ra r l e s una c a l i d ad de v i da óp t ima .

M e d i o a m b i e n t e

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 5 / D I C I E M B R E 1 9 9 6

"Como Martin Luther King, las mujeres deRwanda tuvieron un sueño: que jamás serepetiría esta pesadilla, ni en Rwanda nien ningún sitio", explica Vénéranda Nzamba-zamariya, presidenta de Pro-femmes TweseHamwe ("todas juntas"), un colectivo de 32mujeres que lucha por hacer realidad esesueño. El 18 de noviembre, este grupo reci-bía, en la UNESCO, el premio UNESCOMandanjeet Singh de la Tolerancia y la NoViolencia, dotado con 40.000 dólares, enreconocimiento a los esfuerzos y la dedica-ción incansables de sus miembros.

Pro-femmes se constituyó poco despuésde las masacres de 1994, que causaron cer-ca de un millón de muertos y casi dos mi-llones de refugiados, y asolaron la econo-mía y las infraestructuras de este país delÁfrica Central. Juntas, estas mujeres hutusy tutsis han lanzado la campaña "Acción porla paz", para luchar contra la impunidad delos responsables del genocidio, por la justi-cia social y el respeto de los derechos delas mujeres.

El colectivo intenta mejorar las condi-ciones de vida de los rwandeses, en espe-cial de las mujeres y de los niños, a travésde microacciones que proporcionan segu-ridad alimentaria y generan ingresos. Sededica a analizar y dar a conocer la historiade Rwanda y las causas del conflicto, a im-plicar al Gobierno, a las iglesias, a las ONGy a los medios de comunicación, en pro-gramas de fomento del proceso de paz.

20. . . . . .

"Las mujeres rwandesas son doblemen-te víctimas, explica Vénéranda. Muchas -esposas de matrimonios mixtos, cuyos hi-jos son del mismo grupo étnico que el pa-dre- han visto cómo sus maridos e hijoseran masacrados por miembros de su pro-pia familia. Algunos padres han matado asus hijos porque se parecían a sus madreshutus o tutsis... Algunos de los huérfanosque acogemos han matado a otros niños,quizás a los nuestros. Pero ¿acaso no son,también, víctimas?"

"Las mujeres, viudas o esposas de de-tenidos por genocidio intentan superar esetrauma y trabajar juntas para preparar elfuturo de nuestros hijos. Esto significa lu-char contra la ideología ‘tutsista’ o‘hutuista’ del antiguo poder, amplificadapor los medios de comunicación; recons-truir nuestra economía; alimentar a todoel mundo a pesar de la extrema pobreza. Todoesto requiere esfuerzos sobrehumanos, peroel futuro de Rwanda depende de ello".

L A C O N C I E N C I A D E L M U N D OEn la ceremonia de entrega del premio,Nzambazamariya pidió al director general,Federico Mayor, que fuera su embajadoren el mundo. "El Gobierno nos deja tra-bajar libremente. Pero necesitamos la ayu-da de organizaciones como la UNESCO,que es la conciencia del mundo, para ce-rrar nuestras heridas y ayudarnos a re-construir nuestro país, superando los obs-táculos que nos cierran el camino, comola falta crónica de fondos y la ideologíadivisionista, seguida por los medios decomunicación, ese cuchillo en la llaga quedestroza nuestra sociedad".

Para Pro-femmes, "las rwandesas sonrecursos humanos llamados a cumplir unpapel destacado en la sociedad. Constitu-yen entre el 60% y el 70% de la población;el 60% de los hogares tienen al frente auna mujer... Aunque tradicionalmente re-legadas a una situación social inferior,encarnan valores sociales de tolerancia,de mediación, de pacificación en familia yentre familias... Les llaman ‘nyampingu’,‘puerto de paz’ o ‘refugio de los necesita-dos’". ¿Quién encarna mejor que las mu-jeres rwandesas la "fuerza del cambio"?

Sue WILLIAMS

" P R E P A R A M O S J U N T A S E L F U T U R O D EN U E S T R O S H I J O S "

( F o t o © S I P A P R E S S / N a n z e r ) .

R w a n d a

LA FUERZA DEL CAMBIOEl premio de la tolerancia ha sido concedido a un grupo de mujeresrwandesas que trabajan para cerrar las heridas de su país.

"Un nuevo men sa j e de e s pe ranza pa ra l o sn i ño s de l a s NAC IONES DE ÁFR ICA " :a s í d e f i n i ó e l d i r e c t o r g ene ra l , F ede r i c oMayo r, e l a c ue rdo que f i r mó , e l 26 deo c t ub r e en F i l a de l f i a , c on e l pad r e L éonSu l l i v an , m i l i t an t e de l o s d e r e cho s c í v i c o sen E s t ado s Un i do s y f undado r de t r e so rgan i za c i one s a f r oamer i c ana s de ayudaa l d e sa r r o l l o . Pa r t i e ndo de l a a f i rma c i ónde que " qu i en no s abe l e e r no t i e nevoz " , s egún exp re s i ón de l pad r e Su l l i v an ,e s t a nueva c o l abo ra c i ón s e c en t r a r áe spe c i a lmen t e en l a edu ca c i ón bá s i c a y l aa l f a b e t i z a c i ó n .

"Aprender a participar, a compartir, acomunicar, a anticipar": expertosafricanos proponen añadir, en cuantose refiere a la EDUCACIÓN EN ÁFRICA,estos cuatro "pilares" a los definidospor la Comisión Delors sobre Educa-ción para el Siglo XXI (aprender aconocer, a hacer, a convivir y apren-der a ser). El Comité Consultivo deCooperación Regional en Materia deEducación, se reunió en Dakar(Senegal) del 12 al 15 de noviembrepara preparar la Conferencia de losministros africanos de Educación yresponsables de planificación (1998).

La UNESCO l anzó un p r oye c t o pa raayuda r a s u s E s t ado s m i embro s a ha c e run s egu im i en t o pe rmanen t e de l o sr e su l t ado s e s c o l a r e s . Cua t r o año s de spué sde s u l anzam ien t o , s e ha c e l eb rado enBe i j i n ( Ch i na ) , d e l 4 a l 6 de nov i embre ,u n t a l l e r i n t e r n a c i o n a l s o b r e l a " P E D A -GOG ÍA DE L APREND IZAJ E " , p a raeva l ua r l a s expe r i en c i a s l l e vada s a c aboen e s t e ámb i t o en una de c ena de pa í s e s .L o s d eba t e s pu s i e r on de man i f i e s t o l ane c e s i dad de t ene r en c uen t a l a sa sp i r a c i one s de c ada " ap r end i z " y e lpape l c l a ve de l do c en t e en e l p r o c e s o deadqu i s i c i ón de c ono c im i en t o s .

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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 5 / D I C I E M B R E 1 9 9 6

P L A N E T A

Prácticamente inexistente en Burundi has-ta 1992, la prensa privada apareció graciasal proceso de democratización. Hasta en-tonces sólo existía, además de la prensaoficial, el bimensual católico Ndongoziy’uburundi. Después se amplió el panora-ma periodístico, pero raramente para me-jorar. Porque la prensa privada ha trasla-dado al terreno de la información las dis-putas político-étnicas que dividen profun-damente a ese Estado del África Central.Caracterizada por su militancia, es unaprensa de combate, muy polémica, quedestaca sin cesar la segmentación de lapoblación y que sigue a un líder o a un par-tido político.

"Es cierto que muchos periodistas re-accionan con reflejos étnicos, explica JeanNzeyimana, pero es una falsa disputa, nose puede afirmar categóricamente quehaya periodistas hutus y periodistas tutsis.El problema es otro. Ante la presión delpúblico, el periodista se ve obligado, a ve-ces, a seguir la opinión. Los que han que-rido situarse al margen de estas disputashan arriesgado su vida, si no la han perdi-do".

Según Antoine Ntamwikevyo, ex direc-tor de la radio nacional, el problema es tam-bién, y sobre todo, que los primeros perio-distas de la prensa privada no tenían, engeneral, ninguna formación en este cam-po. "La politización de la prensa, explica,se vio, pues, reforzada por la falta decualificación de los periodistas, tanto enel sector público como privado".

Aunque en su mayoría hayan realiza-do estudios superiores, la mayor parte ha

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¿ P R E N S A L I B R E ?

tenido su primer contacto con la ética y ladeontología profesional durante los semi-narios de formación organizados por laUNESCO o por otras organizaciones decooperación.

"Yo acabo de cumplir tres años en latelevisión, pero es la primera vez que asis-to a un seminario de formación sobre laprofesión", confiesa Moïse Gahungu, rea-lizador de la radiotelevisión nacionalburundesa, que participaba en el taller "éti-ca, deontología y tratamiento de la infor-mación", celebrado en Bujumbura, la ca-pital, del 4 al 16 de noviembre, en el mar-co del proyecto UNESCO Burundi/Rwanda. "Durante la presentación del in-formativo, normalmente dejo pasar todo elreportaje, aunque dure diez minutos, cuan-do dos minutos bastarían para transmitirla información, cuenta Josée Ntabahungu,una de las participantes. El problema es queno me gustaría que me tacharan de par-cial cortando una parte de las entrevistas".

O B S O L E T O S O I N E X I S T E N T E SUna buena organización de la profesiónhabría podido paliar esas lagunas. Desgra-ciadamente, la Asociación Burundesa dePeriodistas tiene problemas para organizar-se. La constitución paulatina de la casa dela prensa, cuya creación es apoyada por laUNESCO, podría, no obstante, contribuira mejorar la situación.

Además de los problemas ligados a laformación y a la organización de la profe-sión, la prensa debe hacer frente a la de-gradación de la situación económica.Con unos sueldos bajísimos y unos equi-pos obsoletos en la prensa pública, oinexistentes en la mayoría de periódicosprivados, las condiciones de trabajo son delo más difíciles.

Los periodistas de este Estado atormen-tado de la región de los grandes lagos, pues,deben recuperar un considerable retraso.Sin embargo, su función es esencial en unpaís donde el índice de alfabetización estodavía muy bajo y donde la población,más que en otros lugares, necesita una in-formación que no fomente las divisiones.

Bruno MPONDO EPOBujumbura

B u r u n d i

INEXPERIENCIA FATALLa independencia de los periodistas es peligrosa en el Burundiactual. Y es imposible sin una formación mínima.

Den t r o de l p r og rama de l a UNESCO pa ral a r e c on s t r u c c i ón de l a s i n s t i t u c i one scu l t u r a l e s d e Bo sn i a y He r zegov i na , l aO rque s t a F i l a rmón i c a de Sa ra j e vo ,d i r i g i da po r S i r Yehud i Menuh i n ,emba j ado r de buena vo l un t ad de l aO r gan i za c i ón , o f r e c i ó un CONC I ERTOPOR LA PAZ e l 11 de o c t ub r e .Con t a l mo t i v o , e l c é l eb r e mús i c o a s i s t i óa l o s t r aba j o s d e un t a l l e r d e r e s t au ra -c i ón de i n s t r umen to s , que s e c e l eb rabaha s t a f i n e s d e o c t ub r e en l a A cadem ia deMús i c a . E s e t a l l e r, f i n an c i ado po r l aUNESCO , pe rm i t i ó r e cupe ra r, c on l aayuda de expe r t o s a r t e s ano s , i n s t r umen -t o s d e c ue rda dañado s du ran t e l a gue r r a .

Cien horas de películas de grandesdirectores y documentales se emitenpor la televisión de Bosnia-Herzegovina, gracias al BANCO DEPROGRAMAS TV que la UNESCO haconstituido desde septiembre. Valo-rados en más de 550.000 dólares,esos programas han sido donados por10 cadenas de televisión europeas ynorteamericanas, mientras que laOrganización ha asumido la traduc-ción y el doblaje. Otras televisiones -checas, danesas, noruegas y suecas,especialmente- han expresado suintención de contribuir al banco deprogramas.

F o t o U N E S C O / A . S c h i c h l i c k .

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P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 5 / D I C I E M B R E 1 9 9 6

22. . . . . .

( F o t o C . G a l l a u d / F M A C U ) .

Al sur del Caribe, el Estado que forman lasdos islas gemelas de Trinidad y Tobago havisto nacer, muy recientemente, su cuartodiario. Un parto difícil, ya que The Indepen-dent es el resultado de la pugna entre el Go-bierno y los medios de comunicación en tor-no a la libertad de prensa.

El conflicto data del pasado febrero,cuando el conservador y muy respetableTrinidad Guardian -cuyo primer númeroapareció hace 78 años- publicó una edito-rial criticando al jefe del Gobierno reciénelegido. "El furor del primer ministro fuetal, cuenta el ex redactor jefe del periódico,Jones P. Madeira, que anunció públicamentesu intención de exigir mi destitución, senegó a hablar con los periodistas del Guar-dian, les prohibió la entrada a todos losactos oficiales y solicitó un boicot nacionalal periódico hasta que yo dimitiera". La re-dacción del Guardian se negó a ceder a laspresiones, pero el Gobierno no aflojó: elministro de Justicia reclamó la creación deun organismo de vigilancia de la prensa; unantiguo diputado del partido gubernamen-tal fue nombrado corresponsal parlamenta-rio exclusivo y encargado de dirigir un pro-grama televisivo muy popular por su im-pertinencia, que pronto tuvo que moderar.

D E S T I T U C I Ó N Y D I M I S I Ó N"La crisis se precipitó cuando el directorde la redacción del Guardian, Alwin Chow,fue destituido por no respeto de la líneaeditorial oficial, relata Elizabeth Solomon,vicepresidenta de la Asociación de Mediosde Comunicación de Trinidad y Tobago(MATT). Otros trece periodistas, entre ellostodo el equipo dirigente de la redacción,dimitió entonces en solidaridad".

"A través de la MATT, explica Jones P.Madeira, los periodistas del Guardian ob-tuvieron apoyo económico y moral de laUNESCO para organizar un debate públi-co sobre el papel de los medios de comuni-cación en una sociedad democrática". A lolargo de la primera reunión, el 10 de abril,algunos criticaron los errores de los repor-tajes, pero todos estuvieron de acuerdo enla necesidad de defender la libertad de pren-sa, informa Jocelyne Josiah, asesora regio-nal de la UNESCO sobre comunicación enel Caribe. Dos días más tarde, los periodis-tas señalaron en un coloquio la necesidad

de mantener la independencia de los me-dios de comunicación, reclamaron la de-rogación de leyes antidifamación y plan-tearon la necesidad de legislar sobre la li-bertad de información. "La presencia dela UNESCO contribuyó a atenuar los ata-ques contra la MATT y demostró que lacomunidad internacional estaba preocupa-da por la falta de respeto de los derechosfundamentales en nuestro país", reconoceElizabeth Solomon.

T r i n i d a d y T o b a g o

LA LIBERTAD DE PRENSA EN JUEGOPeriodistas acaban de lanzar un nuevo periódico independiente, comoreacción a un intento de control de los medios de comunicación.

T H E I N D E P E N D E N T R E C I É N S A L I D O D E L A SR O T AT I V A S ( F o t o © T h e I n d e p e n d e n t ) .

Ce r c a de 200 d i nam i zado re s d e c l ube s ,c en t r o s y a s o c i a c i one s UNESCO s er eun i e r on en l a s ede de l a O rgan i za c i óne l 4 de nov i embre , en una j o r nada der e f l e x i ó n t i t u l a d a " J ó v e n e s y C L U B E SUNESCO c o l abo rado re s d e l a UNESCO de ls i g l o XX I " . Repa r t i d o s en t a l l e r e s ,pud i e r on d i a l oga r c on r ep r e s en t an t e s d el a UNESCO a c e r c a de s u p r og rama .La FMACU , o r gan i zado ra de l a j o r nada ,ap rove chó l a o c a s i ón pa ra c e l eb ra r l o s50 año s de l a UNESCO c on un e s pe c t á cu l oque s e l e d ed i c ó , " Como un be l l o á r bo ll i b r e " , i n t e r p r e t ado po r l o s a l umno s de l aA cadem ia de Tea t r o y Danza de Bu ca r e s t(Ruman i a ) , que e vo ca l a h i s t o r i a d e l aO rgan i za c i ón a t r a vé s de l a poe s í a y l ac o r e o g r a f í a .

"Cada vez que se le enseña algo a unniño, se le impide inventarlo",aseguraba el psicólogo suizo JEANPIAGET, compañero de viaje de laUNESCO durante muchos años, dequien este año se celebra el centena-rio del nacimiento. Revolucionario porsu enfoque y sus métodos, se esforzópor analizar el punto de vista del niñofuera de las normas sociales y de lasideas preconcebidas de los adultos.En la sede de la Organización se lerindió homenaje con una exposición,una mesa redonda titulada "Piaget yla educación para el siglo XXI" y undocumental realizado en su domicilioen 1970, 14 años antes de su muerte.

A pesar de las protestas, el Gobiernomantiene las restricciones, pero los perio-distas conservan la misma resolución. Losque perdieron su empleo en el Guardianponen en común sus recursos para lanzarThe Independent. Semanal al principio eimpreso gracias a la solidaridad de un com-petidor, el periódico no ha dejado de forta-lecerse. "Varios inversores se han compro-metido con nosotros, cuenta Jones P. Ma-deira. Ahora disponemos de oficinas nue-vas, ordenadores, un escáner, material fo-tográfico y nuestra propia imprenta".

Así es como, el 13 de noviembre, apa-reció el primer número de un Independentconvertido en diario, "nacido, dice con or-gullo Jones P. Madeira, de la determina-ción de un país de 1,4 millones de habi-tantes decididos a conservar una prensalibre".

Sue WILLIAMS

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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 5 / D I C I E M B R E 1 9 9 6

P L A N E T A

23. . . . . .

E L M A C H UP I C H U , E NP E R Ú , U N A D EL A S M A R A V I L L A SD E L A C U LT U R AI N C A( F o t o U N E S C O /L a u r e n z a ) .

Varadero, una playa de 20 km de arenablanca, entre cocoteros y un mar de zafiro,es la más conocida de Cuba. José Martí(1853-1895) encarna el "patriotismo" -al-tivo- de la mayor isla del Caribe. "Paraque el turista que quiera conocer Varaderotambién conozca a José Martí", se habráalcanzado el objetivo "de sanear la indus-tria del ocio", declaraba Arnoldo Mora, elministro de Cultura de Costa Rica en lareunión Turismo Cultural en América La-tina y el Caribe, celebrada en La Habanadel 18 al 22 de noviembre y organizada porla UNESCO, Brasil, Cuba y México.

La avalancha turística crece: cerca de600 millones de viajeros este año, 1.000millones previstos en 2010. Con demasia-da frecuencia arrastra a su paso el deseode descubrir, en beneficio del "ponerse

moreno". Pero también destruye los inte-reses locales. La dignidad de los autóctonospuede verse herida bien por el apartheiddifuso que les relega al ostracismo, bien,cuando se celebran reuniones "organiza-das", por el pastiche de la realidad localpresentada a través de una artesanía depacotilla o de danzas "folklóricas". La dis-puta por los ingresos turísticos, puede lle-var a construir y explotar infraestructurasen sitios naturales o culturales que puedenllegar a desfigurarse o a destruirse, ame-nazando con matar la gallina de los hue-vos de oro. Dicho en pocas palabras, estaforma de turismo, masiva y dominante, seopone al desarrollo sostenible y humano.

La primera comprobación de los 180participantes procedentes de una treintenade países fue que el mercado turístico no

es monolítico; el segmento -actualmente re-ducido- de turismo diferente, activo y abier-to, más que consumista y cerrado, puedeampliarse. Porque América Latina y el Ca-ribe no sólo pueden ofrecer su sol, sino tam-bién una flora y una fauna de las más ricasdel mundo, unos vestigios de culturas mile-narias, unas "identidades culturales" repre-sentadas por una población orgullosa decompartirlas.

La segunda comprobaciónción fue queel turismo cultural no supone una culturadiseñada para el turismo, sino un turismoque se introduzca en la vida cultural local;es decir, la práctica de la "intercultura-lidad", que debe obedecer, pues, a un mo-vimiento simétrico, donde cada uno vayahacia el otro superando su parte de obstá-culos. "La identidad, señalaba el brasileño

Eduardo Portella, es convivencia y se de-bilita con la incapacidad de establecer con-tactos y permutas. Pero el mercado turísti-co debe proteger el patrimonio cultural ycombatir el turismo depredador".

La tercera comprobación fue que lacuestión no es nada simple. El plan de ac-tuación aprobado en La Habana, ademásde una serie de actividades de cooperacióndestinadas al desarrollo de este turismo cul-tural, empieza pues planteando la continua-ción de los investigaciones en este ámbito.Aunque ciertamente es sólo una de las va-riantes de una gran contradicción de nues-tro tiempo: la necesidad de multiplicar losintercambios y de seguir siendo uno mis-mo. En la playa y en los negocios...

R. L.y Jorge SMITH en La Habana

" U n a s c u a n t a s c a s i t a s , a l g u n a s c o nvo ca c i ón de pa l a c i o s " , p e r o t amb i én " unl uga r de c on f r on t a c i ón y de en cuen t r o " :a s í e s c omo Ju l i o Ma r i a Sangu i ne t t i ,p re s i d en t e de U r uguay, d e f i n i ó COLO-N IA DE L SACRAMENTO e n l a p r e s en -t a c i ón en l a UNESCO , e l 5 de nov i embre ,de una ob ra ded i c ada a e s t a an t i guap l a za f ue r t e f undada en 1680 po r l o spo r t ugue se s . É s t e d e s t a ca e l v a l o r d e e s el uga r a o r i l l a s d e l R í o de l a P l a t a , t e s t i -go de l a l u c ha en t r e l a s do s po t en c i a sc o l on i a l e s d e l a r eg i ón , Po r t uga l yE spaña , que e s t á i n s c r i t o en l a L i s t a d e lPa t r imon i o Mund i a l d e sde 1995 .

El presidente de Portugal, JorgeSampaio, y el director generalpresentaron en la UNESCO, el 25 denoviembre, la traducción francesa deuna gran obra de la LITERATURAPORTUGUESA, Les Maia, de José-Maria Eça de Queiroz (1845-1900).Federico Mayor describió este frescosatírico de una familia decadente dela aristocracia, como "un antídotocontra la arrogancia de quienesdesearían controlarlo todo, planificar-lo todo, y que pierden así lo esen-cial". Para el presidente Sampaio, sutraducción en la colección UNESCOde obras representativas es un "signode la universalidad de Queiroz".

T u r i s m o c u l t u r a l

NO SOLAMENTE SOL Y PLAYAInstaurar un turismo de convivencia más que de depredación, es ladifícil ambición de numerosos países de América Latina y el Caribe.

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organización de las Naciones Unidaspara la Educación, la Ciencia y la Cultura (tel: 33 145681673; fax: 33 1 45685654). Las edicionesen inglés y francés se realizan enteramente en lasede; las ediciones en español y catalán, con el Cen-tro UNESCO de Cataluña, Mallorca 285, 08037 Bar-celona, España; la edición en chino, con la AgenciaXINHUA, 57 Xuanwumen Xidajie, Beijing, China;la edición en portugués, con la Comisión Nacionalpara la UNESCO, Avenida Infante Santo nº 42, 5º,1300 Lisboa, Portugal.Responsable de la publicación: R. Lefort. Re-dactores: S. Williams, S. Boukhari, C. Champin,A. Otchet. Secretaria de redacción: C. Mouillère.Versión en español: L. Sampedro (París), E.Kouamou (Barcelona). Compaginación: G.Traiano. F. Ryan. Secretaría y difusión: D.Maarek.Fotograbado e impresión en los talleres de laUNESCO. Distribución a través de los servicios es-pecializados de la UNESCO.

Page 24: IDEAS Y OPINIONES - UNESDOC Databaseunesdoc.unesco.org/images/0010/001046/104691s.pdf · servido para exponer las mejores razones que existen para ahorrar un producto de impor-tancia

Expertos se reunirán en El Cairo (Egipto) del 6 al 8 de enero de 1997, dentro del PROGRAMA

HIDROLÓGICO INTERNACIONAL, para discutir sobre el proyecto FRIEND-Nil que pretende

reunir datos sobre la evolución cuantitativa de los recursos de agua y medir el impacto de la actividad humana

sobre el ciclo hidrológico. El público en general está invitado a la Sede los días 14 de enero y 4 de febrero

para asistir a dos seminarios científicos sobre LA ENERGÍA SOLAR AL SERVICIO DEL

DESARROLLO SOSTENIBLE y LAS AGUAS TRASFRONTERIZAS:

FUENTES DE PAZ O DE CONFLICTO. Un comité científico consultivo formado por

unos cincuenta científicos de renombre se reunirá por primera vez en la Sede, los días 20 y 21 de enero, para

discutir sobre " LA CIENCIA PARA EL FUTURO ". El Comité Científico y Técnico del

Decenio Internacional de la PREVENCIÓN DE LAS CATÁSTROFES NATURALES

(1990-1999) realizará su octava sesión en la Sede, del 20 al 24 de enero, para discutir sobre las actividades

a emprender durante los últimos años del Decenio, y después. Una demostración de la "TELE-

DETECCIÓN ARQUEOLÓGICA" que permite identificar los sitios del patrimonio mundial,

ruinas y otros vestigios históricos será presentada en la Sede el 30 de enero. Ésta se centrará en los sitios de

Siria y Jordania. Más de 200 representantes y observadores de organizaciones no gubernamentales se

reunirán en la Sede del 10 al 12 de febrero para la CONSULTA COLECTIVA DE LAS ONG

sobre la enseñanza superior. La Cumbre Regional Africana sobre los DERECHOS DEL NIÑO se

realizará en Uagadugú (Burkina Faso) del 12 al 17 de febrero. Durante ésta se discutirá especialmente sobre

la igualdad de acceso a la educación para los niños y las niñas, con el fin de alcanzar el objetivo de la

educación para todos.

El PRÓXIMO TEMA CENTRAL tratará sobre las diferentes facetas de la acción llevada a cabo

en las sociedades de América Latina, para promover la democracia y construir una cultura de paz.

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U N E S C OFUENTES