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—-^^—^——¦

O T ICO-T I C O

LIÇOE S

VOVÓ

Meus netinhos

Quando esta edição d'0 TICO-TICO esti-ver nas mãos de vocês, em todo o Brasil se co-memorará a data maior do mês, que é o "Dia

da Juventude Brasileira".Naturalmente, este ano, as comemorações

serão tão imponentes e entusiásticas como nosanos anteriores, pois nem outra coisa se podeesperar, uma vez que a significação dessadata, no nosso calendário cívico, em vez dediminuir, de ano para ano mais cresce e sereveste de empolgante beleza.

Realmente é assim. Creado para ser o diasimbólico da nossa juventude — e essa juven-tude é composta por vocês, queridos netinhos— e coincidindo com a passagem do aniversá-rio do Presidente Getulio Vargas, o maioramigo que a nossa juventude tem tido e omaior exemplo que já lhe foi dado imitar, o"Dia da Juventude Brasileira" figurará, parasempre, entre as datas destinadas às nossasexpansões de civismo e brasilidade, pois sem-pre existirá, no Brasil, uma geração juvenilque representa a esperança nacional, e exal-tar essa juventude será exaltar a própria ima-gem da Pátria.

Por ser assim, entretanto, é que os meusnetinhos devem encarar bem a sério a signi-ficação dessa data, festiva em todo o pafrCada um de vocês, fazendo parte integrantedessa juventude em que o Brasil põe as suasesperanças futuras, tem sobre si uma granderesponsabilidade, e o dever de correspondera essas esperanças.

Isso não quer dizer que cada um deverá

praticar grandes façanhas, realizar ações es-

petaculares, ter iniciativas ruidosas. Nadadisso O simples cumprimento do dever, silen-cioso ma? honesto, o estudo levado a sério, ocultivo das próprias possibilidades físicas, a

prática das virtudes dos homens de bem, oamor à profissão que escolherem, o devota-mento ao ideal de liberdade, eis o que é bas-tante para que cada um de vocês seja, sem-

pre, um brasileiro digno de si mesmo e doBrasil.

Cumprir tais preceitos é a grande res-

ponsabilidade, é o dever sagrado de todos os

que integram a "Juventude Brasileira". O de-ver, portanto, de todos os meus queridos ne-tinhos.

vovô

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¦ _gg_^__^yr UVENTINO

despediu-se,

com um

beijo cheio

do ternura, da irmanzinha morena de olho*

ames, abraçou a- mãe mal* uma vez,

tomou-lhe a bênção, abraçou o pai,

tomou-lhe a bênção também, e subiu para

o trole.

Nha Vlna, sua mãe, e nhô Timóteo,

o pai, quasi não acreditavam no que viam.

Olhos rasos dágua, húmidos de pranto,

sacudiam a cabeça, tristes como o pôr

do sol, por um domingo de maio.

- Parece mentira, Téo — diz a velhinha

ao marido. A troco de quê, esta loucura!

Ninguém na nossa familia teve dessas

idéias na vida ...

- £ verdade, Vlna — confirma o velho.

Isto até parece arte do demônio!

E o trole sumia lá na curva da estrada,

rumo à cidade, deixando "Restinga"

para trás, esquecido numa nuvem de

poeira.

O Restinga era um dos mais belos

sítios daquele sertão, quasi uma fazenda,

e a manhã estava encantadora: céu azul

sem nuvens, sol franco e bonito; árvores

farfalhando na alegria frenética de copas

a bailar no vento; ninhos cheios de

amores; pássaros curiosos cochichando

intriguinhas com as fontes, no escuro do

bosaue... O manacá vaidoso enchia de

perfume o prado, e vinha da serra um

aroma forte e doce, como se mil invisíveis

casinhas de abelhas estivessem por ali a

transbordar de mei.

Que terra linda!

Lá em baixo, o milharal parecia um

exército em grande formatura, soldados

em fila, baionetas para o céu. Bois mansos

e pacientes, burros nervosos' e ligeiros,homens de foices reluzindo ao sol,

mulheres, crianças, toda aquela mistura

de coisas, toda aquela luta ao mesmo

tempo valente e calma, terrível e singela,enchia os olhos de beleza, luz, encanto

o alegria, saturava de felicidade o

coração.

Ah, a vida da roçai

E Juventino partia ..

Aquela Idéia teimosa, perseguindo-o

havia tanto tempo, tomara conta dele:

correr mundo. Era uma vontade exquisita,

extravagante, mas forte e irresistível; uma

quasi necessidade, a convidá-lo sempre,

tentadora e feiticeira, para transpor um

dia aquela serra encantada, vencer a

campina, chegar à vila, tomar o trem

e ir-se embora para longe, cada vez mais

longe, ora a pé, ora a cavalo, hoje de

navio, amanhã de trem outra vez, depois

de automóvel, ou de motocicleta, ou de

aeroplano, ou numa canoa, ou numa

Jangada, ou num trenó, ou num camelo,

sempre andando, sempre correndo, viajando

sempre, cada vez mais longe, para diante,

para a frente, sim sempre viajando até

não poder mais, até o fim do mundo,

até o fim da vidal

Ninguém sabia explicar aquilo.

£ que corria nas veias do moço caboclo

o sangue Indomável de algum bandeirante,

que será sempre sangue de brasileiro —

sangue quente, sangue bom, sangue ao

mesmo tempo de mel e de brasa, de pomba

e de tigre, de violeiro sossegado e de

jagunço perigoso.

O tempo, porém, corre mais depressa

que as pernas de um neto de bandeirante.

VÓa mais depressa que o pensamento de

um louco.

Dez anos Já se tinham Ido desde

aquele dia.

O velho relógio da varanda estava rouco

de tanto bater horas; a porteira, cansada

de bater: o coração dos velhinhos, agora

bem velhinhos, mais cansados ainda, o a

bater -também... Tudo ali eram saudades,

a gemer sem cessar... No Restinga, tudo

velho, envelhecido, envelhecendo.

*

4____ft3Étt

A6.it—mi

I

Conto de NEWTON de A. MELOmenção honrosa no Concurso deContos Patrióticos d'0 TICO-TICO

o neo-rico

Novo, ali, somente o Castelo, uminsignificante mas jovial cachorrinho

napeva.

Castelo latia, t gente extranha, gentede fora. Visita? Pedidor de esmolas para afesta do divino ? Quem será, que o cachorro

não conhece?Um militar! Ué, que significava

aquilo?...

Nha Vlna levou um choque; uma vezmais, não acredita no que vê: Juventinoregressara. Estava ali, em carne e osso,após dez anos de ausência, homem feito

agora, lindo como um sonho bom, forte

como a saudade que deixara... Sim, o

filho voltara, Juventino estava ali, empessoa ...

A velhinha tremia toda. Depois

lançou-se ao rapaz, abraçou-o, e de seus

olhos tombaram duas torrentes de lágrimas

abundantes e quentes, lagrimas que não

paravam mais, duas cascatas de lágrimas

duas tempestades de lágrimas que haviamnascido numa despedida amarga e dolorosa,

que se ovolumaram ao calor de uma negra

saudaae, e que rolavam agora, como numcéu de bondade e doçura materna.

Sim, Juventino ali estava!

Fale, meu filho.

Eu não acredito no que vejo! Será

que morri I

Não morreu, minha mãe!

E Juventino ergueu nos braços avelhinha.

Não morreu, e não morrerá enquanto

Deus quizer que viva. Para isso seu filhoé hoje um soldado brasileiro!

A velhinha não entendia bem o quedizia o filho. E o rapagão continuou:

-Percorri terras e mares. Viajei portoda a América do Sul. Estive na Europa.Cansei-me de ver gente estranha.Fartei-me de viajar por países distantes.E compreendi, finalmente, que o homemsó pôde ser feliz debaixo do céu que oviu nascer, entre aqueles que falam amesma língua da sua Infância, e teem

ABRIL—1944

a mesma bandeira que êle aprendeu a

amar na escolinha dos seus oito anos.

Pois bem, mamãe: este céu que nos

cobre e esta terra abençoada que nos

sustem os passos e nos dá o pão de cada

dia, eu soube, lã longe, estarem ameaçados.

Mãos criminosas, patas criminosas de

estrangeiros cegos de cobiça armam-se para

encharcar de sangue este solo bendito,

fertilizado pelo suor pacífico de trabalho.

Mas nada acontecerá, minha mãe.

Antes ainda de vir tomar-lhe a bênção, seu

filho foi armar-se, foi alistar-se no exército,

para se tornar digna dela.

Quarenta milhões de brasileiros —

homens, mulheres e crianças! — estão de

pé e unidos, prontos para a defesa da

Pátria!

O rapaz falava ainda.

Etefvlna, a velhinha, ajoelhou-se,persignou-sé e, erguendo os olhos para océu, balbuciou de mãos postas:

Meu Deus, como sou feliz!

Diante dela, um guapo soldadobrasileiro, erecto, viril,. fita-a com olhosde fogo, e, em continência, sacudindo aspalavras com o vigor das almas grandese fortes, range entre os dentes cerrados:

Defenderemos o Brasil "até o últimorancho, até o último cartucho e até oúltimo soldado!"

Nesse momento ouvia-se ao longe oclarinar de um galo, e a porteira velhado sítio batia com força, como a salva deum canhão distante...

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O TICO-T/CO

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d^taíéW

Você sabe o que é uma zebra?

Sei; é um burro de pijama...O que é um oilo?

E' um zero amarradinho pela cintura...*"™-^——^_—__—m______ —————-————————_______——————————_,_^e__J

l Mfr^—*-**ÊàwL. \\ \ ________ / f ~s_^ ^N \

_tf_^H ^^_ ^^_ _^_r ^______T I AH Rflk \ 1 \\ \. y

Qual é o futuro do verbo dormir?Roncar...

Como é que o senhor vem a esta hora ! Não sabeque eu só dou consultas até as quatro?Sei, sim senhor; mas o cachorro que me mordeunão sabia ...

o nco-T/co ABML—19U

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TIRADENTES

FOI

em Vila Rica, hoje Ouro Preto, cidadede Minas, que nasceu a Conjuração Mi-

neíra ou Conjuração de Tiradentes. Os conjura-

dos reuniam-se em casa de Cláudio Manoel da

Costa e tinham em planos proclamar a Indepen-

dencia do Brasil sob a fôrma de república igual

à dos E. Unidos da América do Norte.

Adotaram uma ban-deira branca com um

triângulo azul. branco e

vermelho ao centro, em

cujo triângulo um indio

quebrava grilhões. Enci-mava o mesmo o dístico latino: "Libertas

quae scra tamem" (Li-berdade ainda que tarde).

Entre os conjurados destacavam-se homens dc responsabi-lidade como "Tiradentes'.' — o chefe. Inácio de Alvarenga Pei-xoto, Tomaz Antônio Gonzaga. Cláudio Manoel da Costa, JoséAlvares Maciel. Domingos Vidal de Barbosa e outros que fa-ziaru meetings em praças públicas e outras propagandas, pré-

* gando abertamente a revolução! "Tiradentes" era a alcunha deJoaquim José da Silva Xavier alferes do regimento real.

Tiradentes procurou conseguir o apoio do próprio coman-dante do seu regimento, o tenente-coronel' Francisco de PaulaFreire de Andrade. A princípio o comandante ficou indignado

»com o seu inferior, mas acabou concordando em entrar na cons-

piração. .Retirou-se "Tiradentes" muito satisfeito da casa do seu su-

perior e procurou em seguida p capitão Maximiano de OliveiraLeite, que o recebeu muito mal. ameaçando-o de denunciá-lo.

Entre os conjurados havia um português, o coronel JoaquimSilverio aos Reis, que, sabendo e tomando parte em todas astranvis da conspiração, traiu os companheiros denunejando-os aLuiz Furtado de Mendonça, visconde de Barbacena e governadorde Minas Gerais. Pediu o governador a Joaquim Silverio quecontinuasse a espionar os conjurados, prometendo-Ihe grande re-compensa após a prisão de todos.

Idêntico desejo despertou em dois patrícios de Joaquim Sil-vério — os tenentes-coroneis Malheiro do Lago e Corrêa Pam-

plona, que descobriram a casa onde se reuniam os conspiradorese deram denuncia por escrito cm carta ao governador.

Daí em diante começou "Tiradentes" a reparar que os vultosnão o deixavam. Seguiam-no por toda a parte e, aparentandonada saber. Ordenou Luiz de Vasconcelos que negassem passa-porte a "Tiradentes".

Em vista disso "Tiradentes" resolveu vir para o Rio. Se-cretamente Joaquim Silverio o acompanhou e descobriu que o ai-feres -sè ocultava na casa de Domingos Fernandes da Cruz, ou-rives torneiro, estabelecido à rua dos Latoeiros. hoje GonçalvesDias, e a quem fora apresentado pela viuva D. Inácia Gertrudesde Almeida, que favores devia a "Tiradentes"

por ter salvo,com os seus conhecimentos de medicina, uma sua filha grave-mente enferma.

No dia seguinte à sua chegada à casa de Domingos, re-cebeu "Tiradentes" a visita do padre Inácio Nogueira, sobrinho

ABRIL—194* ° TÍC0

de D. Gertrudes. Pediu-lhe "Tiradentes" que

fosse à casa de Joaquim Silverio dos Reis in-ormar-se da marcha'dos acontecimentos.

Foi o padre Inácio imediatamente à casa de

Joaquim Silverio, expondo-lhe o motivo da suavisita. Joaquim Silverio começou a fazer-lhemuitas perguntas e a indagar onde se achava

"Tiradentes". Desconfia-^do, o padre Inácio tudoocultou, dizendo-lhe queprocuraria fazer com queêle se comunicasse como coronel. Quando se des-

pediu o padre Inácio.de Joaquim Silverio. entrava um outro padre,filho de uni ourives que reconheceu o padre Inácio e o abraçou.

Percebeu Joaquim Silverio a vantagem que poderia- tirar do

segundo e tratou de despedir o primeiro, agradecendo-lhe a

visita.Apenas se retirou o padre Inácio, era o outro interrogado

e tudo minuciosamente se desvendou. Imediatamente foi JoaquimSilverio tudo relatar ao vice-rei que mandou uma escolta pren-der o padre Inácio.

Em presença do vice-rei foi o padre Inácio submetido a ri-

goroso interrogatório e maus tratos e vencido pela fraqueza

humana, tudo descobriu à autoridade. Sabedor do esconderijo

dc "Tiradentes", mandou o vice-rei que uma escolta, sob o

comando do alferes Vidal, cercasse a casa do ourives Domin-

gos e prendesse o conspirador mineiro.

Preso, foi "Tiradentes" declarado incomunicável e guar-dado por sentinelas à vista.

Outras prisões foram feitas aqui no Rio, entre es quais ado capitão Manoel Joaquim de Sá Pinto do Rego Fortes, quefoi mandado para a fortaleza do morro do Castelo. Ao mesmotempo, iniciavam-se, em Minas por ordem do governo, inúmeras

prisões, de pessoas envolvidas direta ou indiretamente na cons-

piração.Por ordem do vice-rei foi para Vila Rica o major José

Botelho de Lacerda, afim de conduzir para o Rio os cúmplices

que lá se achavam, o que se verificou, com exceção de CládioManoel da Costa que, na manhã de 4 de Julho de 1789, feiencontrado enforcado na cadeia de Vila Rica, onde seachava.

"Tiradentes" tomou sjibre si toda a responsabilidade do

crime, do que deu solene prova, exultando ao saber que nào

arrastava consigo à morte nenhum de seus companheiros. Ter-minados os processos, foram 12 condenados à morte, cinco adegredo perpétuo e os restantes a penas leves.

Porém, de acordo Com a carta regia de 15 de Outubro de!790 as penas de morte foram comutadas em degredo paraa África, exceção de "Tiradentes".

A 21- de Abril de 1792. foi o grande-. mártir enforcadono campo da Lampadosa, onde hoje se ergue a Escola Tira-

dentes. E as suas últimas palavras foram: "O meu Redentormorreu por mim tambem assim!..."

TICO 7

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k^4KPARECEU quebrada umavidraça no colégioO velho professor, cha-

mou a classe ioda e. ordenou que oculpado se -apresentasse.

Fez-se um silêncio absoluto.Ninguém se acusava. O professornervoso, repetiu a ordem, batendo amão fechada sobre a mesa. O alunomais pequenino da classe, o maisobediente,o mais pobre, o mais triste,afastou os companheiros que estavamà sua frente, deu um passo adiantee falou, olhando as taboas do chão.

-- Fui eu, seu íessô.-- O senhor vai ficar de castigo! --

ordenou o velho mestre.E a ordem foi obedecida.

AGCRA a sala grande do colégioparecia uma igreja. Havia no rostode todos aqueles meninos uma misturade medo e piedade. Além das palavrasgraves do velho professor, sóse ouvia o ruido compassadoda pêndula do relógio.

De repente o barulho deum soluço abafado despertou aatenção da classe toda. O velhoprofessor lançou'sobre a ponta

do terceiro banco osolhos aumentadospelas lentes dosóculos e falou:

-- Levante-se,snr. Lacerda! Porque está chorando?

O Lacerda, co-nhecido entre seuscompanheiros comoo mais estabanado,ergueu-se e respon-deu:

-- Fui eu, seufessô, quem quebrou o vidro.

O velho professor fechou o livroque iinha sob os olhos, tirou os óculose perguntou com voz mais, branda:

Então, por que deixou seu compa-nheiro ser castigado? - e voltando-separa o canto da sala, continuou:

Paulo! Explique-se. Por que vocêse acusou de um áto que não cometeu?

Paulo, o pequenino pobre, disfarçouprocurando abotoar o punho da mangada camisa sem botões e, tropeçando naspróprias palavras, respondeu:

~ Eu só tomo café de manhã. Mamãetrabalha na fábrica, não me dá merendaporque o pão. não chega para todos nós.Então o Lacerda me dá sempre pão comqueijo. Eu então disse a êle que um diaeu havia de pagar esse pão com queijo.O dia foi hoje

O velho professor suspendeu a lição.Todos riram e a aula, que começara tãosombriamente, acabou na mais intensaalegria.

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O TICO-TICO ABRIL—Í9U

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TERRITÓRIO DO• AMAPÁ

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y\\___A^>GUIANAS Í/\ i\] °

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ABRIL—19U O TICO-T/CO

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rf COLEÇÃO COROGRAFICA BRASILEIRA ff

TERRITÓRIO DE AMARÁ<$>

O TERRITÓRIO de Amapá é limi-

tado: a Noroeste e Norte pela linha

de limites do Brasil com as Guianas Ho-

landêsa e Francesa: a Noroeste e Leste

com o Oceano Atlântico; a Sueste e Sul,

com o canal do Norte e o braço norte do

rio Amazonas até à foz do rio Jarí; a Su-

doesté e Oeste, com o rio Jarí, da sua foz

até às cabeceiras da Serra de Tumu-

cumaque.

DIVIDE-SE esse Território em três

Municípios, com as denominações

de Amapá, Macapá e Mazagão, compre-

endendo o primeiro todo o Município de

igual nome, que pertencia ao Estado do

Pará; o segundo, parte do Município do

mesmo nome, daquele Estado; e o ter-

ceiro, parte dos Municípios paraenses de

Mazagão e Almeirim. •

Sua área é de 140,880 quilômetros

quadrados, e a população absoluta é de

30.000 pessoas.

O CLIMA do Território d» Amapá é o

mesmo de toda a Amazônia, isto é,

clima equatorial super-úmido.

r \

Três grandes rios banham o Tcrri-

tório: o Jarí, afluente do Amazonas, o

Oiapóque, e o Araguarí, que como aquele

deságua no Oceano Atlântico.

EXISTEM na área do Território inú-

meros lagos e canais, formando en-

tre si um verdadeiro labirinto liquido na

região do baixo Araguarí. Essa região

passa quasi todo o ano inundada, sendo

que a parte próxima da costa sofre influ-

ência das marés e da pororoca, que in-

vade os rios Araguarí e Cassiporé.

A parte maior da região é coberta de

floresta típica equatorial amazônica.

Há muitos campos com férteis jpas-tagens.

A REGIÃO produz grande variedade

de madeira de lei, plantas mediei-

nais e oleaginosas, castanha, fibras, o

pau-rosa, precioso porque dá essência

rara e todas as espécies de caca, couros

e peles. A pesca é abundante. Sua maior

riqueza mineral e o ouro de aluvião.

A capital desse Território é a cidade

de Amapá.

<& )J

io O TICO-T/CO ABRIL—19U

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ai. \i 4*%' 3.^ÈR1_F Gavetinha do Saber

Christovão Colombo(morreu com a pon-vicção de que chega-ra às Índias, e nãoque tivesse descober-to um novo mundo.

__&_ 1___l*__~7" ______

A água filtrada nâoserve para regar asplantas e tão poucopara ser posta nosaquários. E' que aoser filtrada ela perdetodos os elementosnecessários para po-der nutrir Os peixese as plantas.

Pol J u 11 o Cesarquem, aconselhadopelo matemático ale-xandrino Sosigenes,reconstituiu o antigocalendário, denomí-nando Júlio o méiQuintili».

Qual dessas li-nhos é a maior? Aprimeira vista pare-ce que é a linha CD.

Mas não passa deiuma ilusão ótica. Asduas medem absolu-tcúmente o mesmo ta-manho. o que fazcom que elas pareçamdiferentes é a posiçãodas linhas pontua-das.

mAté os fim do sé-culo I, aa missag aó

podiam ser rezadasnos domingos. Só noséculo IV passaram aser rezada-i diária-mente.

Epiglote é o nomeque recebe uma car-tilagem elástica, ova-lada, presa à parteposterior da lingua,que fecha completa-mente a laringe, naocasião em que a pes-soa engole algumacoisa. Uma vez passa-do o alimento, abre-se, para deixar pas-sar a respiração.

•Tira-se ò cheiro da

cebola das mãos, fa-cas, etc., esfregandocom um pouco de sale, depois, passandoágua pura.

_ i ¦ ns

Há uma ilha, namar da China, cha-mada "Ilha dosMonstros", por causados estranhos ani-mais que nela vivem.Seu nome verdadeiro4 Ilha de Cômodo.

Entre aqueles ani-mais figuram umenorme lagarto cha-piado "Dragão deCômodo", de aspectoterrivel, e uma ser-pente que lança seuveneno à distância -cega qualquer animalem cujos olhos atin-gir.

Os anamitas, tantohomens como mulhe-res, usam cabelos com.pridos e arrumados- emrolo sobre a nuca, sen-do aí onde- guardam odinheiro. O_ homenslevam enfiado nesserolo o cachimbo queusam para fumar.

Sócrates, ilustre fi-losofo ateniense, erafilho do escultor So-fronisco.

___-____Q_fl____.

f" -¦¦ ¦'-.:.-..: .¦¦•¦¦'- ¦¦'-. ¦:¦;¦

i_^£**_^.X$íki ____________

José ão Patrocíniofoi um dos grandespropagandistas d aabolição da escrava-tura. Erã um negromuitíssimo inteligen-te. Foi notável oradore jemalista. Era filhode uma escravo.

mA primeira estrada

de ferro construídana Europa foi a deLiverpool a Manches-ter, em 1829.

í£!_2!S!E2J_-__|!Us- ¦•¦¦ .,-SAPATARIA^XlcM

NOSSA CASA ^"^—J I

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Pedidos a A. BAPRA, enviandoa importância registrada, valepostal ou cheque pagaoeis rio rio.

Uma curicsidaãedos salmões é quenascem, em águadoce, desenvolvem-seno mar e vão morrernas águas dos rios.O salmão é um peixemuito gostoso.

•O Grande Oceano

ou Pacifico foi desço-berto em 1513 porNunes Balboa.

Em 1860 foi inau-gurado o canal deSuez, cujos trabalhosforam começados em1859.

•O território de Alas-

ka foi vendido pelaRússia aos EstadosUnidos em 1867.

•O principal código

religioso dos judeusera o Pentaleuco.

Teodora, mulher doimperador Justiniano,era filha da um guar-da de animais.

Os primeiros prati-cantes da industriado ferro foram oshindus.

•Prata alemã, alpa-

ca, metal branco, etc.,tudo dá na mesma.São nomes diferentesque se dão a umaaleação de cobre, ni-quel e zinco.

•O padre Diogo Fei-

jó exerceu a Regên-cia do Brasil no pe-riodo compreendidoentre 12 de outubrode 1835 até 19 de se-tembro de 1837.

Pirrho, rei ão Épiro,tinha fama de gran-de general e venceuos romanos na bata-lha de Ascoli. trava-da no ano 279 antesde Cristo. Mas sofreutais perdas, para ob-ter o triunfo, que de-pois de terminada aação disse aos seusqenerais: — Com ou-tra vitória como esta,estaremos perdides!

Dai se dizer "umavitória de Pirrho"se se consegue algumacoisa depois de terperdido muito.

o fruto do cacauchega a ter às vezes,conforme a espécie10 a 20 centímetrosde comprido.

No interior contém20 a 40 grãos dispôs-tos transversalmente,na mesma posiçãodos grãos de milho.

mDoce de violetas é

manjar comum nasmesas árabes.

•Onicofagia é uma

palavra exquisita,que define um costu-me horrível: o deroer as unhas. Emvez de costume, pode-riamos escrever: en-fermidade, porque namaioria dos casos setrata de uma doença,que deve e pôde sercurada.

Obedecer é fazer-secreâor da considera-ção dos superiores.

ABRIL—1944 O TICO-TIÇO li

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Uma espera no céuConta-me, avôzinho, uma história bonita para que

eu adormeça ao som da tua voz...Não me recordo agora, netinha, de nenhuma his-

tória bonita.Então inventa uma.Inventar uma história?!...Sim. Eu bem sei que sabes inventar histórias em

que há estrelas, nuvens, pedaços de céu...E, enquanto dizia isso a galante netinha, reclinada ao

colo do avô, na varanda do terraço silencioso, olhava océu distante, onde cintilavam estrelas e deslizavam nu-vens altas, esbranquiçadas... ,

Como o avô permanecesse calado ela insistiu:Fala, meu avô...Estou pensando na história... Não sei como prin-

cipiar...Pois eu sei: começa assim:

"Quando eu cheguei ao céu havia uma festa muitobonita"...

No céu há sempre festa, minha netinha. Anjos earcanjos cantam, alegres, a glória de Deus, acompanhan-do-se com instrumentos suavíssimos, como liras, harpas,cítaras, violinos, flautas, alaúdes, órgãos...

Que lindo, não é avôzinho?E' lindo, sim. Os justos escutam, encantados, essa

música maravilhosa e rendem louvores ao Senhor porhaverem merecido a suprema graça da bem-aventurança.

Eu quero ir para o céu...E' cedo, minha querida. E' muito cedo... Terás

ainda de viver muito para a alegria de todos nós. Quan-do estiveres bem velhinha... assim como o teu avô...

Basta ficar bem velhinha para se ir para o

.céu?!... - r*pjf„";Não, minha querida; é preciso também ser bom,

obediente, resignado, paciente...Tudo isso, meu avô?!...Tudo isso e mais alguma coisa que ainda não

podes compreender...E meu avô tem sido tudo isso?...

PHBÜ^J

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODOFILINA)Empregadas com sucesso nas moléstias do esto-

mogo, figado ou intestinos. Essas pilulas, além detônicas, são indicadas nas dispepsias, dores de ca-beca, moléstias do figado e prisão de ventre. Sãoum poderoso digestivo e regularizador das funçõesgástro-intestinais.

A venda em todas as farmácias. Depositários:JOÃO BAPTISTA DA FONSECA, Rua do Acre, 38— Vidro Cr$ 2,50. Pelo correio, Cr$ 3,00. — Rio.

O velhinho sorri, surpreendido pelo imprevisto dapergunta e, indeciso pela dificuldade da resposta, ti-tubeia:

Sim... quero dizer... tenho procurado ser bom,obediente aos mandamentos da Lei de Deus, paciente,resignado com a minha sorte, conformando-me com oque tenho d'Êle recebido, na certeza de que tenho tidode acordo com o que mereço, e mais ainda, creio eu...

Se merecer o céu, esperarei lá por você, netinha,daqui a muitos anos, quando você já estiver bem ve-linha... mais velhinha até do que eu sou hoje.

Quero saber, meu avô, e quando irás para océu?...

Não sei... Talvês breve, porque estou já muitovelho, cançadô de viver", e desejaria bem repousar...Não achas tão bom adormeceres ao colo do teu avô,depois de um dia inteiro de agitação nos folguedos?...Assim, sou eu: depois de uma vida intensa e longa detrabalhos e canceiras, será tão grato repousar, de vez, .no seio do Senhor... Não achas?... Heim?... Responde...

A netinha não respondeu: Havia adormecido sere-namente... ^

A brisa era fresca e suave, embalsamada pelo aromado jasmineiro em flor que desabrochava perto, convi-dando ao sono...

Meu querido avô ! ?...Heim?... Que é lá isso?...

O velhinho que estava reclinado sobre uma pequenaalmofada... de nuvens brancas ergueu-se surpreso, in-dagando:

Como poderia ser avô da senhora que me parecemuito mais velha do que eu?!... Não é possível!...

E' possível, sim. Eu sou aquela sua netinha queprometeu, certa noite, há muitos anos, na terra, virencontrá.lo, um dia, aqui no céu... E esse dia chegou,

Bendito seja Deus ! exclamou o velhinho. Agorame recordo da promessa feita e bendigo a Jesus, porquea vejo realizada, por toda a /Eternidade !...

Um cochilo mais forte o fez despertar na cadeira' debalanço em que se achava na varanda com a netinhaadormecida nos braços...

E não é que adormeci também, sonhando* que esta-va no céu?... Mas, refletindo bem, não foi sonho e simrealidade, pois estar assim, com a netinha nos meusbraços, é gosar, na terra, as delicias do próprio céu...

EUSTORGIO WANDERLEY

CASA Cj*0Z( CASA CRUZ PAPEIS E VIDROS LTDA)

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1$ O TICO-TICO ABRIL—1944

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Mais fácil e mais certo"Não importa quem êle seja, nem

que posição tem na sociedade, cadahomem normal assumiu, ou fez quea êle confiassem, certas obrigaçõessociais. A espectativa de seus con-cidadãos havia sido formulada an-tes de seu ingresso nesse meio etoda economia é afinal um esforçopara satisfazer essa espectativa epreenchimento desses deveressociais.

Concordamos que o seguro devida permite ao homem realizarpor completo tais deveres com fa-cilidade e com a maior certeza".

FRANKLIN D. ROOSEVELTSUL AMÉRICA

Companhia Nacional de Segurosde Vida

Caixa Postal 971 — Rio de Janeiro

Os cinco dedosDisse o polegar, o primodos dedos de certa mão,ao segundo: — Sinto fome,estou a morrer, irmão.

iO segundo, o indicador,retruca: — Como fazer?Não há nada na despensapara à noite se comer.

O médio, o maior de todos,juntamente com o anularlamentam muito esfaimados:

Como havemos de arranjar?j

Ora, ora! — diz o mínimo,conselheiro de renome.

Neste mundo, meus irmãos,quem não trabalha não come !

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*UA iH CAUIOCM $k - jWAfcSÉ»HiQ OtJAHlíBQ

ÁGUA! ÁGUA!Por Lino Palácio — Legendas de Galvão de Queiroz

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C^.' kmmm*. ^_P^t *' / "**'

O incêndio está violento !O capitão chama o caboe manda: — "Vai-me buscarum balde dágua chelnho !Vai mais depressa que o vento,ou pássaras no xadrêso mês de abril inteirinho !

O cabo sái na fincada,com medo da punição.Arranja um balde qualquer,enche-o dágua, na cozinha,e volta, na disparada.E o capitão pega o baldee... bebe a água tôdinha !

ABRIL—1944 O TICO-TICO IS

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.m~*tUi,llVJr-.WiH*ran.,«IX*»*,-..-,„m;^^;.,..^.... ..-.-.aAi-J-^-.-^.-J..*~.*-^...aJ.mm..-MèèéêaMmV»,

Páginas Históricas de Decoração — Por Seth

Aé— N° 19 1

era naDoieonicas\

O jovem corso Napoleão Bo-naparte surgiu com a Re-

volução Francesa, e a ela pres-tou os seus primeiros serviçosmilitares.

Franzino de corpo, mas inte-ligência viva e espírito ativo,Napoleão mereceu a confiançae o apoio de chefes revolucio-nários em evidência, que lhederam os primeiros encargosmilitares que o deviam levar àgrandeza, graças à sua ambi-ção e habilidade.

Mas só depois de haver ga-nho prestígio no Exército, comas suas campanhas da Itália, ede volta do Egito, aonde levaraum exército para combater ainfluência inglesa, é que Napo-leão se torna o homem políticoe inicia a sua ação dominadorasobre os que o cercam.

Senhor da direção política dopaís pelo golpe de Estado quelhe dá o poder quasi absolutoda França, durante o consula-do, o poder de Bonaparte co-meça a crescer na proporçãodos seus projetos ambiciosos.

E quando era de esperar queêle consolidasse os princípiosda Revolução, Bonaparte, cheiode vaidade e orgulho, volta aofausto e ao despotismo dos an-tigos reis, fazendo-se coroarimperador dos franceses comuma pompa nunca vista.

E quando ainda, depois disto,era de esperar que a França,cansada de tanta desordem,entrasse num período de tran-quilidade, a desenfreada ambi-ção napoleônica conduz o paísao mais nocivo e odioso impe-rialismo, devastando a Europa,fazendo e desfazendo monar-cas, arremetendo contra povosnum furor titânico de domínio.

Tantos, porém, são os ódiosque êle semeia entre os povosque, apesar do seu incomensu-

n-ável gênio militar, e da des-treza com que soube vencer osinimigos contra êle coligados,em numerosas batalhas quelhe alicerçaram a glória de pri-meiro guerreiro da História, aextensão do seu arbítrio e acega tirania de sua ambição,fazendo por êle morrer milha-res e milhares de homens —iriam levá-lo a uma queda de-sastrósa, arrastando consigo ajá cansada França.

A reação dos povos portu-gueses e espanhóis, cujas pá-trias os soldados franceses in-vadiram, a desastrosa campa-nha da Rússia, em 1812, e abatalha de Leipzig, já lhe mar-cam a decadência.

Vencido pela sexta coliga-ção das potências, é obrigado aabdicar e a retirar-se para ailha de Elba. Ainda assim, éNapoleão tentado a reconquis-tar o seu prestígio, e volta àFrança, onde espera reviver obrilho de sua estrela. Mas ape-

sar do apoio que lhe dão os seusvelhos soldados, a sua estrelaestava fadada a desaparecerpara sempre.

Vencido pelos anglo-prussia-nos na memorável batalha deWaterloo, em 1814, Napoleãoentrega-se à discrição dos in-gleses, os seus mais pertinazesinimigos, que o desterram paraa ilha de Santa Helena, ondemorre em 1821, aos 52 anos deidade.

A sua genial capacidade mi-litar, reunida à sua grande in-teligência e notáveis faculda-des de assimilação, tornaram-no a figura principal da Euro-pa após a Revolução Francesa.

A sua força e brilho causa-vam a inveja, o ódio e o respeitode seus contemporâneos, ao pardo fascínio que a sua figurainspirava aos que dele se apro-ximavam.

Cegou-o, porém, a sua ambi-ção, em conflito com a justiçae o direito dos povos.

Motivos de decoração:Nesta página vemos no primeiro canto, ao alto, as in-sígnias de Napoleão, — O "Arco de Triunfo", que Na-poleão fez erigir em Paris, em homenagem aos vitorio-sos exércitos franceses.Ao centro, Bonaparte montando o seu famoso cavalobranco — Um soldado da guarda do Imperador.

Em baixo, à esquerda, o príncipe de Metternich, diplo-mata austríaco, famoso adversário de Napoleão, e chefeda reação absolutista na Europa, após a queda do Im-perador dos franceses.

No ângulo da direita o duque de Wellington, militar in-glês, celebre pela derrota que infringiu a Napoleão emWaterloo.

(Vêr à pág. 15)

U^JMUa~r.aUm~...-..l~ ....... mmmmS.

14 O TICO-TICO

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ERA NAPOLEONICA

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ÚABrí/l—19^ o nco-Tico

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Jlvciiturjis ilc __é iUaenco e F&aisfira'ama^^_-------_-_-_-_-_-«_-_H_i_-_-_-_-_-_-_-__-__a__-_-_«^—_-_-_-_-._-_-_-_-_-_-_«_•__¦ ..¦.¦ '¦' ¦ ¦ - '¦¦ -¦'¦"' ¦-¦¦¦n ¦¦¦--¦ ii i.

Faustina, com a falta de carne .. . para o jantar. Foi para a cosinha Quando Zé Macaco chegou, à tarde, foi logodois dias na semana, lembrou-se de e, como sempre, pôs em prática toda atraído para a beira do fogão, pelo cheiro excelentefazer uma surpresa ao Zé Macaco,... a sua competência. da sopa feita pela sua amável mulherzinhal

|CR-4c> y .. t> $*> (

l\ \ r© ^—M-^SB^'11 1 \/^ w tu ^ "*

— lista cheirosa! — disse êle. E Faustina encheu-lhe o prato sempena, satisfeita por ver o seu esforço assim apreciado pelo marido. Zé Ma-caco estava com água na boca! Como cheirava bem. a sopinhaü

Mas... que seria aquilo? Dentro da deliciosa sopahavia... qualquer coisa dura, resistente... Zé Macacomordeu, fez força... e acabou rebentando a sua linda...

.. .dentadura!e foi procurarexplicação.

18

F-Íüstfna^SrfexS; ? ^'° W *°

J™ *" *3 tW_ qUe " ** * ••Fi2«a *»*• P°™ esquecera defaustma. para ex.g.r cama! Sabem o que havia acontecido? Faustina se lem- avisar Zé Macaco para não mastigarbrãra daquela historia da famosa sopa de ptdras. . . as pedrinhas. .. n«™»gar

O TICO-TICO ABRIL—1SU

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VOCÊ SABE CONTAR MANDARINS?___ —¦ ii «MT - irai—num* O WS^Br^^flKMastB/^B £"."»¦ BB

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A esta pergunta, qualquer leitor responderá:— Ora, se sei!!

Pois, então, vamos ver. Em primeiro lugar, re-

corte as 4 tiras acima. Elas representam, reunidas,

a fotografia de uma turma de mandarins — ou

coisa parecida... Esses negócios da China são sem-

pre misteriosos...Mas o mistério está em que, conforme a colo-

cação que se der aos quatro pedaços, aparecerásempre número diferente de mandarins. Quer vêr?Pois vá colocando os pedaços nas posições indica-das nos diagramas da direita, mas coladinhos entresi para reconstituírem a fotografia, e, depois de ve-rificar o que afirmámos, diga-nos, então se você,de fato, sabe contar mandarins.

2

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ABRIL—19U O TICO-TICO 17

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MESTRE Corvo havia

subtraído um sabo-xoso queijo da loja

de "seu" Joaquim e, antesque este desse pela falta damercadoria, voou para afloresta mais próxima, le-vando a apreciada sobreme-sa, entalada no bico.

Poubou normalmente nu-ma arvore, e ficou pensan-do em que lugar iria ingerirtão saboroso petisco.

D. Raposa, que se encon-trava nas proximidades, sen-tiu um aroma especial, che-gar-lhe às narinas, e excla-mcü para si mesmo: por aquihá queijo !

Enfiou o nariz no ar, etratou de farejar por aliadiante, até dar de cara como nosso amigo, que ainda per-manecia na mesma posição,sem ter resolvido sobre o lo-cal do banquete.

A ladina deu um suspirode satisfação, e ao mesmotempo de tristeza, porqueembora visse o apetitosoqueijo, o dito estava umbocadinho alto.

Mas, dificuldades nãoexistem para raposas ma-nhosas. e muito menos paraesta nossa amiga, que tinha o cursocompleto de 'matreirice.

Fingindo espanto de encontrar ocorvo, cumprimentcu-o com toda aurbanidade:

— Como está, mestre Corvo ?Tem passado bem ?

18

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O Corvo, que é um bicho muito bem educado, queria cc~responder à gentileza, mas si abrisse o bico para falar, o quei-jo ia direitinho para a barriga da raposa. Por isso, moita!

A espertalhona não se deu por vencida e continuou amanobra.

— Ora esta ! E tinham-me dito que os corvos sabiam fa-lar

O Corvo, indignado (?om a insinuação, abriu o bico paraprotestar e... largou o queijo.

D. Raposa apa-nhou a presa e,afastando-se, foi di-zendo para o pás-saro que berrava en-furecido:

Eu sei que omeu amigo fala.até bem de mais,como se viu ago-ra. Mas, a vai-dade é umgrande defeito, ede resto não seentristeça, por-que "guardadoestá o bocadopara quem ohá-de comer",

^s^ como diz o dita-" do...

O TICO-T/C©

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ABRIL—19U

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COLEÇÃO TEMAS ESCOLARES^fe&__^____________________

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VÁRIOS TÍPOS DF.CABEÇA DE GALINHA

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CORTE VERTICAL DOCORPO DA GALINHA

CARNE ^

PULMÃO

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INTESTINOS

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CORAÇÃO

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REÜÜ-RFCO, BOMO e AZEITONA ^ liísêá-mftr> *"'~ "•••**>** <""" -v J**j in. |.( ¦> >f tn* I'

C VAMOS TOMAR EA^KO NO R'3 /AQUELES DOISf ANTES QüE O AZEITONA ACORDE <i \ MARRECOS ^ÃO^-t-r ^_>_*^—__>-__-—J~~^-^

\ ME PA3 AR - -

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/O PRETO QUANDO DER /üM JACARÉ .O y-r^~>*\\- PELA NOSSA FALTAVA» VJ^<_^* ,—>—T.(c f\%, FICAR POR Conta, _, -^ ^lL ^v-f sOc0RR0/.y:: ^*-£X^

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!¦ «<) 'V-ri mi i .. ^fi*** *>'" «v. ¦*>¦«- ¦ —

NO PRÓXIMO CARNAVAL •) . / j:VOÜ SAIR COM ESTA., --> \>' '>f^___^-^ - 'WÁSCARA DE JACARE^J* O ^À^

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__0___é__Si^9A FÊMEA DO ESCORPIÃO TEM O COSTUMEDE DEVORAR O MACHO, MAS MOSTRA-

B SE EXCELENTE MÃE PARA OS FILHOS.

^T DURANTE 15 DIAS, VIVE COM OS MES- ^^T MOS OBSERVANDO OS SEUS FOLGUEDOS. V

MAS PASSADO ESSE PERÍODO ELA OS \É/ -^ // ¦ W?£>-^ COMERIA SE ESTES NAO FUGISSEM %&

OS NECRÓFOROS SAO INSETOS QUE VIVEM mXlt^ÊkS. Wbi <TT> -^l La—M ^NOS CADÁVERES CORROMPIDOS DOS ANIMAIS. |fi gmgy ^^^L——-—^MUREUNEM-SE EM GRUPOS, EXCAVAM A TERRA HL——-^ <~—-> *^ZZl^--_m\EM VOLTA DOS CADÁVERES ENTERRANDO-OS ^......^^ ^ggflBASTANTE, DEPOIS PÕEM OS OVOS EM CIMA, BÊ_^mi——m0—í ^E AS LARVAS VIVEM ENTERRADAS NA MASSA HilHHIIlHH—M—B—Bi MW

DECOMPOSTA ADERENTE AO SOLO.

¦M l'~s _—__ ^_____^^^. '*\ Á __________________________________________ _fl_^_____________________________. ^^^^^^^^^^^^^

'J/íf^_\ I A PARTE MAIS PROFUNDA DO MAR MEDI- j¦ jV%^V TERRANEO FICA PRÓXIMA DE MALTA. A M

¦i PROFUNDIDADE NESSE LUGAR ATINGE M

EXISTE UM SAPO NA AMÉRICA MERIDIO-NAL CHAMADO AGUA (BUFO MARINUS OU,HORRIDUS) CUJO TAMANHO ATINGE ATÉ20 CENTÍMETROS DE COMPRIMENTO. ANOITE SAEM EM GRANDES BANDOS, CO-BRINDO POR VEZES AS RUAS; OS SEUSGRITOS SEMELHAM O LADRAR DE UM CAO.

ABWl—ÍBU Q TICO-TICO *l

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1

UM BANG-LÔ PARA ARMA

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' ABRIL—1944

(Esta parte deve ser invertida e dobrada àdireita, de modo aos tijolos ficarem forman-do um muro baixo ao lado da parede dobangalô. Cola-se em cartolina a peça e in-

verte-se a sua posição para receber as

paredes do bangaiõ).

TTTP1* 4-4—fiJJJIiL fi ._

«. CL TICO-TICO

er-ortrr as diferentes partes e uni-las. obedecendo àsindicações das letras.

ABRIL—1944

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O TICO-TICO

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6.Dâ_5o

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OS TE-UPOS ESTÃO RUINSVOUCRlA£_t_--mHAS

\r»U./Í.YOCENAO

SABE O QUE tC___.U.AHA -NEH

0 KM\r.BCtóc/N l-EU-VAE AliSUr-.,.EXTOÇACÕES SOBCE _rAUHHASMAS EU_.., ÊWT--KOE M_iHC-*

PO QU--E--Í

.quegaunhagrande.se E.U )PU0ES5E AÍ__KHA-IA — /^v-PARA FAZEC. CRIAÇÃO

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r^v-^y-yS)

A j___// -<€?

UE ,QUE GALINHA ENGRAÇAI*-.'.QUANPO HE VIU ESCOKDEU ACABEÇA\i0 CHÃO 1 ESTA' COU VEI^âOHHA ?

Má,/ 7> \^y%A\A

UFÍ- 'âAUHHA

S0l,TA CDl-HSplOR OO QUE

ACHO QUE E^M-IHOIò)COME-AG. PELO0V0-hA5ACAD_T

UPAUHAPEDRf_tW

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AâORA ESTA CSAUNHA VAICHOCAa o ovo. sera' <_*ueELA t__,' COICES ? CUlFÊ&ç'.

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E'PROIBIDO ABANDO"**0 POSTO PUQANTBOpefíiooo cHocAüre.J

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MAD1A /'ARpoj/l

A HISTORIA DE JESUSCONTADA ÀS CRIANÇAS

KnCONTRAVA-SE Jesus um dia sentado nomeio do povo, falando com aquele encanto

divino que chamava a si iodos os corações.Para melhor ouvir suas palavras, e no desejode que Jesus os abençoasse, algumas das mãespresentes levaram seus pequenos ao DivinoMestre. Os 'Apóstolos, receiosos de que essascrianças incomodassem Jesus, as repreenderame quiseram afastar a meninada, porém Jesus disse,não sem alguma severidade, aos discípulos:

"Deixai que venham a mim as crianças

Adaptação deMONS. MAQALDI

JE

(CONTINUAÇÃO)

E S U SA S

CRIANÇAS

— "Um homem, descendo um dia deJerusalém a Jerico encontrou no caminhoalguns malvados que o agarraram, o despiram,e, cobrindo-o de açoites, o abandonaram cheiode ferimentos, tirando-lhe tudo quanto tinhaconsigo e deixando-o estirado, como morto,na estrada deserta. Momentos depois, poracaso, passava por lá um sacerdote. Viu odesgraçado, mas teve horror do sangue quecorria das feridas do infeliz e lá se foi semlhe prestar socorro. O mesmo fez um levita,outra personalidade de grande autoridadeporque é delas o reino de Deus".

È queria dizer: - "Quem não pensar em Deus e não o amar na igreja hebraica) Viu o inieliz, mas nao parou paracom a simplicidade e pureza de uma criança, nãõ merecerá socorrê-lo.contemplá-lo um dia no céu". Afinal passou por lá um samaritano, que ao ver o desgraçado

Jesus contemplava, enlevado, os pequeninos que, com tanta estendido ao solo, ensangüentado, quase sem vida, teve imensaingenuidade, se chegavam a Êle, sorrindo felizes, e os abraçava piedade dele. Parou, pensou-lhe as feridas, lavando-as comcom ternura, cobrindo-os de caricias, de beijos e benções, e se vinho e azeite,- levou-o sobre os ombros, colocou-o sobresentia imensamente feliz no meio deles, que lhe lembravam os lírios seu cavalo e, com todo o cuidado, o acompanhou até ados campos, tão alvos, tão puros, tão belos. mais próxima hospedaria, onde passou a noite inteira à sua

cabeceira, com grande desvelo. No dia

uO BOM SAMARITANOM doutor da lei disse um dia Jesus:

"Mestre, que devo fazer para

obter a vida eterna?""Que está escrito na iei?" -

perguntou Jesus, por sua vez."Ama ao teu Deus com todo teu

coração, com toda tua alma com todatua força, com toda tua inteligênciae ao próximo como a ti mesmo".

- "Respondesie certo,- fase isso eobterás a vida eterna"."Mas,

quem é o meu próximo?" —retorqum o doutor da lei.

Jesus, enião, para dar à explicaçãomaior clareza, expôs esta parábola:

ABRIL—Í9Ü O TICO-TICO

seguinte, antes de retomar seu caminho,tirou do bolso dinheiro que entregouao hoteleiro, e lhe disse:

"Tenha cuidado com êle, oque gastar para seu tratamento, pagareina volta". •»

"Qual desses três pensastú que tenha sido o próximodaquele que tinham encontrado nocaminho?"

"Aquele que leve dele misen-

-ordia"."Pois bem; vai, e faze o mesmo

com o teu próximo, respondeuJesus".

.(continua)ss

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Ax"

Sr tf Vr IT i II Tf TTCOMO

o menino era muito pe- Alta noite, quando o silencio es-queno e não sabia ler, pai tava na casa toda, uma das letras,trouxe-lhe de presente um ai- aliás a primeira, tomou um ar de

fabeto com as letras em cubos de importância:

Vamos para a caixa:

A letra B reclamou:

Quem é você para mandar?A letra A mostrando pose:

Sou a primeira letra!

A letra F, então, deu uma gar-galhada:

I

\ A""- \£&

Retrucou o /?Fútil que és; colocam-te vá-

rios chapéus na cabeça anulam-te e dizem até que és muda, quan-do não te trocam por /.

Quem quer falar? — zombouo /. — E's uma letra atoa. queque se confunde com o G.

E por acaso, disse o O» nãofazes o papel de poste de Unhatelegráfica ou mastro de navio?

WTT INn hTí

c

TT

papelão. Vinte e cinco letras, que o

pai mostrava ao garoto para que fosse

aprendendo e pudesse assim melhor

conhecer a vida.

» proporção que o menino brin-cava o ponteiro do relógio avançava

pela noite a dentro. A criança co-meçou a cochilar e foi dormir. Es-

queceram de guardar as gordas le-trás na caixa colorida, e elas ficaramjogadas no canto da sala.

¦— Então quem está na frente é

quem manda? Nos batalhões o co-mandante vem depois do balisa,das cometas e da banda de mú-sica...

A letra A não se queria dar porvencida:

Mas é que sou sempre a pri-meira e a que maior número de

palavras compõe. E posso andarsem companhia.

O Z era pacato, mas deu umaparte:

A primeira quando se tratade citar, por ordem alfabética ouem algumas palavras; porque só-zinhas, todas valemos a mesmacousa. precisamos sempre de umcomplemento.

A letra E espevitou-se:

—* Eu sou livre, porque andosozinha!

O TICO-TICO

O // atacou:-— E tu. nem pareces letra, és

ovo e assim mesmo bom somente

para omelete...

Olhem quem fala! — gritouo F. E's um orgulhoso bípede. Na

palavra ontem já não te usam

mais. Serves ainda em Hoje, porenquanto.. . E assim falo porqueconsegui expulsar o P e o H...

O M, majestosamente, insinuou:

Somos todos iguais. Valemos

pelas palavras que, reunidas, com-

pomos. Eu, por exemplo, tenho

três pernas, mas valho tanto como

o N. que só tem duas, tanto assim,

que, quando me pedem uma coisa

e eu não posso dar, é com as duas

perninhas que digo: não!

O R ficou muito contente c foi

dizendo:

De que vale um soberanosem mim? Êle não seria Rei.

ABRIL—1044

:^*m***-'•**-£J:r-

PORSEBASTIÃOFERNANDES

Alto lá! — replicou o C. O

homem pode ser rei. mas não há

rei sem coroa nem coração. Porisso...

O D. ironicamente, afirmou:Tenho conhecido muito rei

sem coração—• Quanta infantilidade! — dis-

se o S. Se um rei não pode serrei sem a coroa, não poderia nem

ser homem sem o sangue e não

seria uma porção de coisas e va-lores sem o 5 ou outra qualquerletra, o que vem provar que todos

precisamos de auxílio mútuo e so-mos apenas vinte e cinco...

O X entrou na conversa:¦— A prosa está muito boa, mas

quando alguém vai preso, ou exis-te um problema — o X entra emcena para mostrar o xadrez ou oX do problema; mas eu estou ou-vindo um barulho!.... -

As letras ficaram quietinhas. es-

perando. Nisto apareceu um rati-nho; veio chegando, fussando, chei-rando, metendo o nariz, e vendo asletras coloridas, gordas, tudo forada caixa, pensou logo em bonbonse imaginou que teriam por dentro

marmelada ou chocolate, e como es-

tava perto da letr„ A começou a

roer-lhe a perna. Roeu, roeu até

furar o papelão colos:.do. Cheirando

e vendo que não tinha nada dentro,foi-se embora.

A redonda letra O deu uma bru-ta gargalhada.

A cobrinha da letra S perguntou:— Que gargalhada gostos! é

essa?

ABRIL—19U

'a" I ^^rf^%J^mmmmm

O O abriu mais a boca e falou:i— Eu ainda sirvo como ovo, mas

e letra A pensava que era muitoimportante por ser a primeira e porisso o ratinho mostrou que ela até

por dentro é igual a todas nós.A letra P, que estava em p_

numa perninha só. disse:•— Todos nós vamos, amanhã,

brincar com o menino, e só a pr_»meira letra, não pode ficar em péporque o ratinho a roeu...

A leíra £/. disse:O pai do menino vai jogá-la

fora e amanhã trará outra. •Cala-te, disse a letra Q, —

por isso só serves para amedrontaras crianças.

O U ficou zangado:E és tu, uma inútil, quem pre-

tende censurar-me. tu que nada va-les sem a minha presença?. ..

A letra R. sentenciou:Mas em todos vocês faltou a

piedade pelo que cai. clemência paraa amiga, comiseração com a alei-

jada.Sim, replicou a letra /., muito

esguia. — Tens razão em lembraresa tua fraqueza, tu que precisas an-dar em parelha para te tomaresforte. . .

A letra P voltou a falar:E com a minha ajuda que se

compõe a* mais bonita de todas aspalavras: PAZ. Por isso...

O TICO-TICO

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jmfljrj _ A_» \

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m.'X^Pí—**—'¦—~ír

Então as outras letras como vi-

ram que a letra A, talvez fosse em-

bora. ticaram tristes e foram es-

conder-se na caixa, com medo de

que o rato voltasse e também tives-

sem o mesmo destino...*7

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OS GRANDES

Francisco Dias Velho era filho do ban-deirante paulista Francisco Dias, morto em1645, numa das suas arrojadas excursões.O filho o havia acompanhado nessas cera-josas jornadas desbravadoras pelos sertões.Em 1675, veiu de São Paulo com a familiae estabeleu-se na ilha de Santa Catarina,hoje cidade de Florianópolis. Acompanvam-no 500 índios domesticados, seus escravos.Chegando à ilha, Dias Velho levantou umaermida, sob a invocação de Nossa Senhorado Desterro. Sobre a chegada do bandei-rante paulista, o...

...historiador Lucas Boiteaux diz: "Tudo iaz crer mi» r.*o= tt-iuassentasse arraial no mesmo sítio ení auese 2-_í£_J?_ l\", eUU>

cercanias, na ilha . n?^í_^^ ^^^^ N-

Sob a direção de Dias Velho, prosperava a colônia queseria, mais tarde a capital de Santa Catarina. Nascia'estado vigor, da dedicação e do esforço desse paulista, que her-dará do pai todas as qualidades de bravura e de confiançanas energias humanas. O povo vivia cultivando a terra eZcllitril fd0,

Nada perturba™ a^a paz. O porto da_£_ dC

VCZ Cm QUand0' Procurado por embarca-SL^E? „Cruzavam os mares- Em 1687, Dias Velho foi in.formado de que, numa das praias da...

...eatania, de nome Canavieira, havia arribado um naviode piratas, comandado por Tomas Frins. Esse navio se en-contrava prejudicado pelas tempestades que enfrentara eprecisava de concertos. Imediatamente, o colonizador par-tiu a dar combate aos piratas. Organlsou sua gente e as-saltou o grupo dos ladrões do mar. Estes reagiram, masforam completamente esmagados. Dias Velho apoderou-sedo navio e dos cabedais que conduzia, de tudo fazendo en-treea as autoridades da capitaniaia

EPISÓDIOS DANOSSA HISTÓRIAA MORTE DE DIASVELHO

AMÉRICO PALHA

<-<$#¦ Q%—v^.'-'^ '-'y£*

O ódio dos piratas contra Dias Velho permaneceu.O juramento de vingança, eles desejavam cumprir. E,um belo dia. em 1692, voltam de surpreza, invadem acolônia, ao romper da aurora. Desterro foi acordada pe-los gritos sinistros dos filibusteiros. Era um espetáculomedonho. As mulheres choravam com os filhos nos bra-ços, procurando ocultá-los da sanha criminosa dos pira-tas. Protegidos pela surpreza, os assaltantes invadem acasa de Dias Velho, agridem-no, apoderam-se das suasfilhas. Os bandidos nada respeitam. Davam gargalhadasbestiais e tudo fizeram para ultrajar a honra e a digni-dade do velho povoador. Dias Velho tentando reagirem defesa das suas filhas, recebeu um tiro no rosto. Ecaiu morto. Os piratas aprisionaram a sua família etentaram levá-la para bordo. O dinheiro do filho maisvelho e a intervenção dos padres da ermida, entretanto,fizeram-nos desistir.

Com a morte de Dias Velho, estabeleceu-se o de-sânimo na colônia. A sua família retirou-se para SãoPaulo. Somente anos depois, retomou ela o seu ritmo,florescente e progressista. Em 1744 foi construído otornando-se, com o correr dos tempos, uma localidadeprimeiro forte militar, que tomou o nome de SantaCruz. Desterro foi elevada à categoria de cidade pelaCarta de 20 de março de 1833, do Imperador Pedro IEm 1894, com a subida de dr. Hercilio da Luz ao go-vêrno do Estado, passou a chamar-se Florianópolis, emhomenagem ao merechal Floriano Peixoto.

o nco-rico

O nome de Dias Velho está, assim, ligado histórica-mente à vida de Florianópolis. Foi êle quem lançouos seus alicerces. De simples colônia de uma famíliade bandeirantes, transformou-se na bela cidade, capi-tal de Santa Catarina, obra admirável do trabalho e

da constância construtora do seu povo, leal, corajosoe patriota. O sangue de Dias Velho fecundou a sêmen-teira do progresso * alimentou a fé dos que ficaram,

para lhe honrar o nome e a tradição gloriosa ¦

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uO TICO-TICO" ESCOLAR

ALFABETO MINÚSCULO

a ir c cv ef 9 í 4/ tkl m n au 9 t 4 A/

U-WX 1i %PARA OS AMIGUINHOS DO JARDIM DE INFÂNCIA

ABRIL—1»44 0 TICO-TICO •»•

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érf^noffoi

concursos ____âRecebem-se as soluções até o dia 15 do mês se-

guinte. Cada concurso corresponde a 5 prêmios. Osleitores podem concorrer a todos e mandar juntastodas as soluções, mas só pôde o mesmo leitor serpremiado em um concurso de cada vez.

CONCURSO N.° 121

Jf2 |-T]\

U-wM-l

CHAVES

Horisontais:

— Não se pôde viversem êle

— Bebida nutritiva

— Alimento— Casa— Unidade

6»— De peixe.

Verticais:

— Vogais >— Dá o carneiro

5 — Fruta— Ruim— Acha graça— Na salada.

CONCURSO N.° 122

CONCURSO N.° 124i

| Q | M F | P AlII II 1 | 2 2 | 2 3 |III I

As letras deste quadro são as ini-ciais das palavras que formam umprovérbio conhecido... e verdadeiro.Os algarismos indicam o número desilabas de cada uma dessas palavras.Quem sabe qual é esse ditado? São5 prêmios.

CONCURSO N.° 123

PROVÉRBIOS .MISTURADOSAqui estão 7 provérbios conhe-

cidos, numa enorme confusão.Mande-nos devidamente certos, econcorrerá aos 5 prêmios.

Em terra de cegos não entramosca. Quem com ferro fere, tan-to bate até que fura. Mais valeum pássaro na mão do que quemmuito madruga.

Em casa de ferreiro, quem temum olho é rei. Água mole em pe-dra dura com ferro será ferido.Mais vale quem Deus ajuda quedois voando. Em boca fechada,espeto de páu.

MENSÁRIO INFANTILPropriedade da S. A. "O MALHO"

Rua Senador Dantas, 15 — (5.° andar)Caixa Postal, 880 — Telefone, 22-0745

RIO DE JANEIRODiretor: Antônio A. de Souza e Silva

Preço das assinaturas, remessa sob registo postal:Para o Brasil e toda a América,Portugal e Espanha:12 meses Cr $ 25,00

6 " Cr $ 13,00Número avulso Cr $ 2,00Publica-se no dia 1.° de cada mês.

Indique sem-pre nos enve-lopes em queenvia suas so-luções "NOSSOS

CONCURS O S ",

para maior ta,-,cilidade dos tra-baihos em nossaRedação.

Reunindo os 9 pedaços acima, re-compõe-se um, desenho de Luis Sâ,com o retrato de um dos seus tetriveisheróis.

Faça isso, em folha de bloco, assineseu nome, ponha idade e endereçocompleto e concorrerá a 5 prêmios.

TOSSE7^ Mg j_r aW V^^a^-^****

C0DEIN0LNUNCA FA1,HA

PREFERIDO PELAS CRIANÇASPOR SER DE GOSTO AGRADA-

VEL.

PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR SER DE EFEITO SEGURO

PREFERIDO POR TODOS, PORSER O REMÉDIO QUE

ALIVIA, ACALMA E CURA

Infalível contra resfriados, asma ebronquites.

s» O TICO-TICO ABRIL—1944

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concurso»*-»<É__¦ ¦¦f.uiwuá

A publicação dos nomes dos premiados é feitaduas edições após. Os prêmios são livros e são re-metidos pelo Correio, sendo preciso virem os no-mes e endereço completos.

CONCORRENTES PREMIADOS NOS CONCURSOS DE FEVEREIRO

NO CONCURSO N.° 113

MARIA DA GLORIA RIBEIRO —rua Cel. Francisco Braz, 35 — Ita-juba — Minas.

JOSÉ j GOMES DA SILVA — ruaCapitão Jesus, 43 — casa XI —Meier — Rio.

LUIZ CELSO COLTRO - rua doComércio — Vila Pautim — casa 6— Ribeirão Preto — S. Paulo.

AMAURÍ PATERNOSTER — Almi-rante Tamandaré, 59 — Rio — D. F.

GELCIO NEVES HOLMES — ruaJulia da Costa, 121 — Paranaguá —Paraná.

NO CONCURSO N.° 114

JOSÉ D. DE BARROS !— ruaCaruaru, 212 — Grajahú — Rio.

SEBASTIÃO DOS REIS VALE —Avenida Getulio Vargas, 64 — San-tos Dumont — Minas Gerais.

ANTÔNIO LUIZ CARDOSO DEMELO — rua Toledo Barbosa, 322 —Belemzinho — S. Paulo. ',

LUIZ FELIPE SOARES DE MELO— rua 3 de Maio, 31 — Rezende —E. do Rio.

LUCY THOMÉ — rua Zamenhoff,42 — Rio Comprido — Rio.

NO CONCURSO N.° 115

ALBERTO DIAS -Nunes, 27 — Olaria

rua Filomena- Rio.

ROBERTO CLÁUDIO DAS NEVESLEITÃO — rua Anibal de 'Mendonça,77 — ap. 101 — Ipanema — Rio.

MARIA DE LOURDES SOARESDA SILVA — em Duque de Caxias,_1 — Paraiba do Sul — E. do Rio.

OLÍMPIO ALVES MACHADO —rua São Simão, 61 — Vila Rubim —Vitória — E. Santo.

MARIE CELINE NOGUEIRA —rua General Polidoro, 186 — Bota-fogo — Rio.

NO CONCURSO N.° 116

ALOISIO JOSÉ DE FREITAS —rua Major Barros, 58 — ap. 201 —Vila Isabel — Rio.

VILMA NUNES PIRES — rua Ma-noel Lebrão, 105 — Várzea — Tere-sopólis — E. do Rio.

ANTÔNIO JOSÉ RABELO DAROCHA — rua Dr. Marceelino Bar-bosa, 67 — Diamantina — Minas Ge-rais.

ANTÔNIO REGINO DO AMARAL— rua Gomes Braga, 28 — Rio.

RUTH SOUZA DE MELO — ruaSoares Meireles 94 — Pilares —

O prêmio deste mêsTodos os concorrentes cujos nomes aparecem na relação acima foram

contemplados, no sorteio, com um exemplar do livro infantil "PEDRO, OPEQUENO CORSÁRIO", edição da Biblioteca Infantil d'0 Tico-Tico, comilustrações a cores de autoria de Miguel.

Cada exemplar custa Cr$ 6,000. Os prêmios serão remetidos pelo Correio.

Selos rarosO selo mais raro do mundo é o de 1 cent. da

Guaiana Inglesa, de 1865, do qual só se conhece umexemplar. Esta estampilha postal, pela sua raridadenão tem preço. Outros selos de aquisição menos di-ficil, alcançaram preços elevadíssimos. Os de 1847,de 1 penny, e de 2 pence das ilhas Maurícias valem215 contos de réis. De cada uma dessas emissõessão conhecidos somente 110 exemplares. Os selosde 3 pence dessa colônia inglesa, de 1848-1858foram editados com uma letra errada, valendo porisso hoje 175 contos de réis. O mesmo valor é atri-buido aos selos de 2 cent. da Guaiana Inglesa daemissão de 1859.

Ponha sempreno endereço dassoluções "Nossos

Concursos", parae evitar confusãocom outra espéciequalquer de cor-respondència.

Isso facilitaráos trabalho daRedação.

SOLUÇÕES EXATAS DOS CON-CURSOS DE FEVEREIRO

Do N.° 115 "

fef -,j__a_V '-/ __ü ____

JmmLzj ¦iE___ZE__|f t5t]r a _JTWm8' [_-^B_r*^R —

R Ml _JE C>M__L^5M_\

=__=__^|_m5M \\ Do N.° 113

A I (A Do NP 114

JO homem FALAO burro ZURRAO cão LADRAO plntàlnho PIAO pombo ARRULHAO nenê VAGEO porco GRUNHEA ovelha BALAO leão RUGEO lobo UIVAO papagaio PALRAO touro MUGEO cavalo RELINCHAA galinha CacarejaO pato GRASNAO gato MIA

Do N.° 116

MM^r^ ^^^___f__

JMSOdiga

*que eu lhe disse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS £ CONTRACABELLOS BRANCOS

ABRIL—1944 O TICO-TICO SS

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-V^ NAO FALHA ^

fa_ dos fracos fortesinfalível nos casos duesgotamento

ANEMIADEBILIDADE NERVOSAIN30NIA

FALTA DE APETITEE OUTROS SINTOMAS DEFRAQUEZA ORGÂNICA DECRIANÇAS E DE ADULTOS.

NÓDOAS EM LIVROSNada desespera mais os amigos

los livros do que verem páginascom nódoas. Vamos, portanto, in-dicar os mais eficazes processos detirar essas nódoas. Se são de tinta,recentes, mergulha-se a folha

numa solução de ácido oxa-lico; quando as manchas desa-parecerem, enxaguar, várias ve-zes, em água limpa, num recipi-ente, e secarpcom papel de|§mata - borrão |branco; se as 'nódoas foremantigas, empre-gue-se o ácidoclorídrico ou ohiperclorito desoda (água deJavel) mistura-da com seis aoito vezes o seupeso de Agua.Mergulhar, du-rante algunsinstantes, as fô-lhas mancha-das e, depois,

a seguir, num

Brasileiro, onde está a lua Pátria?RONALD DE CARVALHO

Tua Pátria não está somente no torrão em que nasceste;tua Pátria não se levanta num simples relevo topográfico,o solo em que pisas,as águas em que te refletes,o céu que te ai um ia:as árvores que te dão vozes, frutos e sombras;as fontes que te dessedentam,o ar que respiras,recebeste, em partilha, com todos os homens, sobre a Terra.

Tua Pátria não é um acidente geográfico!Brasileiro:Se te perguntarem: Onde está a tua Pátria?

Responde:Minha Pátria está na geografia ideal que os meus GrandesMortos me gravaram no coração;No sangue com que temperaram a minha energia; na essênciamisteriosa que transfundiram no meu caráter; Na herança desacrifício que me transmitiram, herança cunhada, a fogo, noferro, no bronze e no aço das Bandeiras, dos Guararapes, dasMinas, da Inconfidência, da Confederação do Equador, do Ipi-ranga e do Paraguai.Minha Pátria está na conciência que tenho da sua grandezamoral e nessa lição de ternura humana que a sua imensidademe oferece, como símbolo perene de tolerância desmedida e in-finita generosidade.Minha Pátria está em ti, minha Mãe! no orgulho comovido comque arrancaste, das entranhas do meu ser, a mais bela das pa-lavras, o nome supremo: BRASIL!

recipiente de água limpa. Repe-tir até desaparecerem as nódoas.Passar por água corrente e secarcom mata-borrão.

Se as nódoas são de substânciaoleosa ou de gordura, aquece-se a

parte manchada sobre a qual seaplica uma folha de papel de sedanão colada.

Com um tampão de algodão,aplica-se, nas nódoas, benzina ouálcali.

ÍEUG0ST0.\ç |

È1rC_Y

TÔNICO INFANTIL é o tônico 'de seu filho porque:Além de ser de paladar sabo*roso, engorda e fortifica;Além de dar saúde ao corpo,dispõe para os estudos;TÔNICO INFANTIL, o tônicodas crianças.

Único de fórmula especialmentepreparada para a infância.

TÔNICOINFANTILLABS

RAULLEITE

Si 0 TICO-TICO ABKlV-tm

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NOSSA PEQUENA OFICINA¦ i d. ' i ' 1 •• j ij> i 'i 1 |—| r——i 1 |

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f ¦ —gj-Q-Q-3 -<j^O-g-v»-6-<3-i>-. - ~' "^

®UM PROPULSOR

^mmmmmmmmmmmmmmmm\ BBaalllllaãã^ta^^ajBBaaaafl m^mmmmmmmmmmammmmmmmmmm%1mmm\ mmmmmm**9^

CORTAR um sarrafo de cerca de sessenta cen-

timetros de comprimento e dois de face late-

ral (fig. 1) e com um canivete bem afiado fazer

numa das quinas alguns entalhes, conforme indica

a figura 2. O propulsor é um pedacinho ide táboa

fina (fig. 3), que se montará mediante um alfinete

grosso que passa exatamente pelo seu centro, atra-

vés de um furo bem justo e, uma vez cravado no

pau, já estará pronto para funcionar, sem mais re-

quisitos que prendê-lo com a mão esquerda, con-

forme se vê na figura 1, apertar uma moeda entre

o indicador e o polegar da direita e raspar violen-

tamente com ela ao longo dos pequenos entalhes, .

para diante e para trás por cuja vibração o pequeno

propulsor começará a girar como um catavento.

ABRIL—1944 °

Tomando como modelo êste propulsor, póde-se

construir o avião da figura 4, usando-se para isso

taboínhas finas e botões de madeira dos que a Ma-

mãe costuma forrar para os seus vestidos (mas bo-

toes dados pela Mamãe...).Uns preguinhos de duas

pontas, um pouco de arame fino e pintura de côr

viva para o retoque final, é todo o necessário para

êste trabalho.As medidas ficam ao gosto do construtor, mas

o aparelho deve ser traçado conforme o diagrama

n.° 5 e as táboas não devem ser muito finas.

Para fazê-lo funcionar, procede-se como paracom o propulsor e se lança o avião ao ar quando a

taboínha que faz as vezes de hélice tiver tomado

grande velocidade.

TICO-TICO35

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DESENHOS J_€

A ESCOLA (eníra, /a/ondo a sós):"Estou preocupada ! Quero daraos meus alunos um motivo de tnte-

rasse. Éles estudam muito, trabalham,mas desejava dar-lhes mais um pou-co de encanto, ma_s um pouco deatração...

Que será ?"

HORTELAO, (que estava como quea domiir, levantando a cabeça) :"Mais encanto para as nossa.'crianças ?Dê-me licença* para opinar :Fale-lhes da terra, desta terra

abençoada e maternal que tudo nosdá...

Que assunto, dona Escola !... Queassunto !"

A ESCOLA — (encolhendo os o-m.-bros) :"Ora, a terra... Você pensa, bomhomem, que os meus meninos desço-

nhecem Geografia ? __, principalmen-te, daqui do Brasil ? Está muito en-ganado: conhecem-na, e bem !

E' só chamar um deles e indagar-lhe.

Onde nasce o rio S. Francisco ?Qual a mais bela baía do mundo ?Que há em Macau que é útil à nossaalimentação ? (vaidosa) .. e as res-postas virão certas, entusiásticas,bem brasileiras..."

HORTELAO:."Tá, tá, tá, tá ! Não é isso quedigo, dona Escola...

Quem sou eu, para fazer pergun-tas às crianças ?O que quero dizer é sobre esta ter-ra que trato, que nos dá alimento,

que produz tudo e que é belo e bem!Ensine-lhes..."

A ESCOLA — (com ansiedade):"O quê, bom hortelão ? Aconse-lha-me ! Sou toda ouvidos !"

HORTELAO, (entusiasmado):"Fale-lhes sobre a nessa terra

ubérrima,' sobre a nossa plantação.Refira-se às nossas hortas, aos nos-sos canteiros pesados de legumes...aos nossos frutos..."

A ESCOLA, — (aproximando-se,olhos brilhantes, satisfeito):

Q TICO-TICO

di.__rSim! Sim! EsPlên-

tefta)RTELÁ° (hatend° na— "Espere ! Tenho algunsdos meus produtos que po-derao, melhor do que eudizer do quanto valem. Querouvi-los ?"A ESCOLA (sorridente):

"Mas, decerto! Que ve-[nham !"

HORTELAO (batendo pai-mas):"Chegai-vojs, orgulhos

[meus! Vinde !"A COUVE (entrando,desembaraçada);

"Para o tutu à mineiraprato melhor jamais houve;torna a sôpa, de primeira...Sabeis quem sou ?Sou a couve !"CENOURA, (chegando-se):

"Esperai! Eu valho tantocomo a luz que tudo doura:dou ao sangue força e en-, [cantoa pele...

Sou a cencura !"

. * mSy ^^^

*_____T_J_P _-_-hi^Tir fmVmWmW -v__M_S>Í^_-líciS-______-^W____B_K*_i__b *^_^_jMl_V_^_|_M_tf_0___^3Kt----l ___--^____.__Dm___*______ tá.

ALFACE — (acorrendo):— "Sou a vida das saladas;alface sou, sem cacoetes...orno as mesas preparadascomponho até... sabonetes !"

TOMATE, (apartando-as):"Que barafunda, meninas ¦!

que linguinhas bate-bate !Sou dona das vitaminas:

Sou o salubre tomate !

Que valem abecedáriosque dizem tanto e perquê,

se tenho, em empregos vários,vitaminas A, B, C ?"

A ESCOLA, (radiante, ba-tendo palmas):

— "Bravos ! Bravos !"

(Chamando as crian-ças): —

— "Meninosr venham,Depressa !"

ABML—1944

As crianças chegam-securiosas.

ir

Os legumes, de mães dadas, apre-sentam-se:

'*r "Somos legumes gostosos,bem cuidada criaçãode dois fatores valiosos:esta terra e... o hortelão!"

HORTELAO, (_OT7.oi_i.do):

"Obrigado... Obrigado!"

A ESCOLA, (entusiasmada):

"Crianças, vamos ouvir o horte-lão ! Vamos seguir-lhe os conselhos,porque a terra...."

A.*/.—1944

HORTELAO, (terminando):

— "E' bem que a todos pertence,como a luz que Deus nos dá..."

CRIANÇAS, (atalhando):

—" E sendo uma terra hortenseque prodígios não fará ?"

A ESCOLA, (sorridente, ao hortelão):

wYqI Dj/y A \

S^Msy\ /Iry, (A

— "Sinceramente encantadaeu te agradeço, hortelão,»pois a mim e à meninadanos deste sábia lição."

^y^w\yÉh

^f^ t(% yV|, |f ^I \ \' ' \ ilIV^1*1. V ySfQTj. i \y$zA

O TICO-T/CO

O BRASIL (entrando):— "Bravos, Escola. Bravíssimo, hor-

telão !"

(Aos meninos):

— "Para mim, para os nossos aliadosé mister, mais que nunca o vosso amor:A guerra abate os lares bem formadose deixa em seu lugar a fome e a dor.

Agi, portanto, para o bem da Terra,nesta hora triste que lhe enhita a

[história,e sobreponde às privações da guerra.a fartura das. hortas da vitória!"

.17

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mmmmmã

O CM AL O f O UH//CÔQUADRÚPEDE CO/iff/fC/D O QUENUNCA respira PCtA BOCA;RESPIRAseMPRepws ve-um.

Ü

O MUSEU BRITÂNICO CONTÉMÍWR05 ESCRITOS EM lADRILHÒS,

OSSOS. MARFIM, PfRRO. PSEtÉÔDE'CARNEIRO E ROCHAS

DE PARRBIRA.

i^íí

A^

dO GARFO PE MESA APARECEUN°r^l2 XVII ATE ENTÃOCOMIA-SE COM OS DEDOS.

40 CONTRARIO PA VACA ESEüS CONGÊNERES, O CAVALO. PARA-jf DEITAR, COMEÇA &MPRE PORDESCER Os'QUARTOS TRA2EJR0S, DOBRANDO,

DEPOIS OS JOELHOS E COLOCANDO '-AS MAÓS SOB O CORPO.

EM ACENTUADO CONTRASTECOM OS CAVALOS E SEUS CON-6ENE RES, A VACA PARA SEDEITAR COMEÇA POR SE-AJOELHAR, DESCENDO,DEPOIS,

SEUS cpOARTob TRALEIROS ^aí

ss O TICO-TICO ABRIL—JW

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-. // JOÃO ,POR AMOR. D- DEU5ACAGE_pE "PUAC

J£M© ^icKr -^fí1^^^Utt'. Que feoA Toi_t_'. estou somm»

O CHEIRINHO PAQUI - VOU so\XZ_R- Üt}PULO PARA AlCANCA-lA )

-^i Va7?^ -1-

ALCANCEI (íf\OU NÃO <;

ALCANCEI?r%^y_^=l3

VAI DAHOO O FORA .ROMEU . ESSASSAU.HICHAS S-0 RARA Mlri-.

ESPERA Al',DAr4APO OUH 6ATO-NÃOTE DEIXAREI COrtEO- ESSA SALCHICHA/

aRa

VAIS PARA OTELHADO .HEittPOIS .EÜ Al-viOU- v!

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li ^^^rv-

i j.i li

^A ¥T£'} MÃO PENSES PE<=»_-1-TE \)' i_ -BS'i' íp-f^E^s //HTSK^^1 W|K\_!,' ^cJm^r. ^diX

MAIS UMA V/El TE A\HSO, jo&Ò:DEIXA t>E PULAI-TAtfTO , OVtSINHO ESTA' ÜAWADO OOHTI-rOE PROHEXEU-TE UHA SURRA

II IEU PULO POR CIM__ ]

E5PECÜ AV .DANADO'. VOU ENSINA^-TE A PULAR A^A&HtVAS EA cêgCAoo Quintal =r

PORQUE AS I

BAJXAS?]

UEÍ E5SE nHN\NO ATRAVESSOUo rio con un pulo de. ha*s de

DE2 METROS ! "~!

1*" IcAT'ESPERO)

ABRIL—1944 O TICO-TICO

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A Í1ÍÍ&&1DA ^^M '

TEXTO e DESENHOSF.ÂCOUAROrtE-

A /vioco-r o*n g a,

uma cdchor-rinha travessafoi um dia de

avião conhe-

eer todos os

primores da

Natureza

DE

À^SJmm\uÁVIi, ///ÉmJmví 1 Bjfftffi ^miá W^^^^A Cortando OSr^M»k? WAMKW.////Mi 1 í*tg liLWJITjliliWllfflVx^**^y^ys8 a i.(SjlwlR mil /flm ^™^ti3jTfTrnn Ares, viu logo

ffl W/J/rJÊak â Água, os•nifi/ 'wllmfc lf^^^55 Animais, asir *«i 1 mf/ • * j^ p^l 1***^ Arvores e um

lltm!FM/I /Sg^0* Jk lindo Arco-mitiffímmã a /mr/>/ WJmrP^^^m^mmmla^^&^^fBA^r^ ^^^X^*^P' ^IV

lltmV/lfí/ s*í%Êr ^****k iris na Aurora

i/um HII J^Azr *b*/ ^ do primeiro

W/iwámr > / dld-

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40 o t/co-t/co ABRIL—Í9«

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t^_JHff^\\ AO ALTO: bindcira nacional da Vj_>( V~£ ^^ _T" ? *1r\ ^^ '¦^SifeV\\ República de Honduras. '/^'lí».^! 1 /r ^_(Vt-f|n\ I rpM /^ _3t*

n—/ á^ / h ^_^^_^^l_|y^Xx

W^W ^"^""^^1 (Êt^fí mrmV&^^^fr-tfi \

iPv A r)IREITA: escudo de armas

°""«_ •*— —-^k*"*"^^>^__*^__ Honduras mede _1_8_0 quilome- X

_-. ^-^^ tros quadrados e tem cerca de _j^

^~r>l 400 mil habitantes. IU

O

//» VC\ Aspecto de uma rua de Tegu- £?

f "

-y cigalpa, capital de Honduras. ^

¦-iiiimiii i <*¦" / xj/ y\ ^- Nativos de Honduras, V_<"^ Contorno geográfico do mapa

-_T__-<_r /V. -^-eSthW ^^VS^_ beneficiando um tipo de Honduras (VÉR O TEX-~__^-_=S«^_-^-_g>yT^^^ especial de feijão ti- TO A PAGINA SEGUINTE).

41ABkll—WU O TICO-TICO

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HONDURASDesenhos de MiguelTexto de Galvão de Queiroz

HONDURAS

era, antigamente,uma das cinco provínciasda Capitania Geral de

Guatemala. É o país mais monta-nhoso da América Central e seulitoral foi descoberto por Colombona sua última viagem ao NovoMundo, em 1502.

Desde 1840 é uma Repúblicaindependente, perfeitamente inte-grada no espírito panamericanista.

Há em Honduras grande variedadede clíijias, do que resulta a sua produçãonatural ser muito variada.

Seu solo, muito montanhoso conformeficou dito, é cheio de riquezas minerais,especialmente "o ouro, a prata e o ferro.Suas colinas de Agalteca, por exemplo,não são mais que montes de ferro.

Entretanto, só muito recentemente secomeçou o aproveitamento dessa granderiqueza natural, porque o país era pobrede recursos para tal fim.

Nas eleições, em Honduras, todosvotam, menos os criados, o que é umanota bem curiosa.

A Capital de Honduras é acidade de Tegucigalpa, e outras

•I S \ ^a-

MS

NAÇÕESAMERICANAS

(continuação da pág. anterior)

cidades de importância são.Gradas,» Yero, Jutigalpa eComayagua.

A República é divididaem Departamentos, que sesubdividem em Municípios edistritos.Uma das produçõesvegetais de Honduras é amadeira caoba, muito usada

para fins bélicos, e que está sendomuitíssimo cotada no momento presente.

As florestas de cajueiros nativos sãoenormes, naquele' país. Produz anil emquantidade. ,

O território hondurense é cortadopela Sierra Madre, cordilheira que alcançaa 3.000 metros de altitude.

Honduras fica quase isolada doOceano Pacífico, no qual tem apenasum pequeno desaguadouro, a baía deFonseca, pois é limitada ao S. e a O. comas repúblicas de Salvador e Guatemala,que a cercam quase completamente.

No quadro abaixo figuram algumasdas produções naturais da República deHonduras, além das que já foramenumeradas mais acima.

¦f^ ^zZ^bb^^^ OURO PRATA

^* BANANAS CAOBA pERRQ COBRE

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Aventuras de Chiquinho

*m^m^^^^^^^^^^w^^™^^^^^^^^ i^h ^^h —9—9 ^^^k M /\ ^^^ê V / ^^^^^9

Dona Tininha, cozinheira da casa de ...panelas. Chiquinho achava graça nosChiquinho, era uma \elhota muito me- sustos que a Dona Tininha tomava e umdrosa. Acreditava em almas do outro dia disse ao Benjamin que ia fazer umamundo e, a todo instante vivia se as- brincadeira muito engraçada com ela.sustando, até com o chiado das... Benjamin disse então que só queria ver

Chiquinho apanhou o "Pelado", que era opapagaio do papai, bicho mais falador doque uma vitrola de botequim. O Pelado ar-repiou-se todo, protestou, porém nada adi-antou Teve que se conformar !

^^^^X^^ \ ^ ESTOU TODO \

Levando o louro até a cozinha e apro-veitando a ausência de Dona Tininha,Chiquinho meteu-o dentro de um gran-de caldeirão vasío, tapando-o e colocan-do a um canto sobre o fogão.

Um minuto depois, a cozinheira, mui- Nesse momento o pobre fP»e»M»«i»to distraída, aproximou-se do fofio e, eo»eçava a sentir o calor do fogo começousem perceber Chiquinho que se escon- » fritar A. fo» a conta! Dona Tm.nha.sol-dera, apanhou a panela onde fervia um *•¦ »«> berro danado de„ um p,uio pra cima

gostoso ensopado * Pane,a saltou-lhe das mãos e voou...

|ü^——^—iM i »l . ¦' —^«^Mam^——M^^——-^» ""^™^|^ I L

... pelos ares. E foi bem sobre a cabeçado Chiquinho que a panela foi bater eo ensopado derramar-se. O Jagunço,coitado, que passava pela cozinha, semter culpa nenhuma, quase levava assobras. O resultado da...

... brincadeira, foram algumas queima-duras que fizeram o nosso Chiquinhosofrer muitas dores durante quase ummês, e ficar com a cabeça enrolada emataduras, quase sem p o d*T sair doquarto. Também, quando . Chiquinho ...

...ficou bom, estava bastante arrependido,e foi falar com Dona Tininha pedindo- hedesculpas. E prometeu nunca mais brincardaquela maneira, pois um menino educadodeve sempre tratar com respeito e carinhotodas as pessoas mais velhas.

crXfica pimenta de mello-Rio