Historia da beleza 02
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A Historia da BelezaUmberto Eco
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Para os gregos não havia uma estética e nem uma teoria de beleza propriamente ditas
A beleza se encontra associada à outras Qualidades:O mais justo é o mais belo
Bem e bom
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No caso do corpo humano assumem um papel relevante também as qualidades da alma e do caráter, eu são percebidas mais com os olhos da mente do que com aqueles do corpo
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Egípcios: Gregos:
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Egípcios: Gregos:
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Beleza Ideal: Harmonia de corpo = Beleza das formas, justa proporção e simetria
e Harmonia de alma = Bondade do corpo
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Arcaica: Clássica: Helenística:
Período arte Romana: Na Grécia Antiga, esta arte tradicional ocorreu em três fases distintas:
busca da perfeição Perfeição Transformação da perfeição
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A Beleza segundo os filósofos
Sócrates 1- Beleza ideal: representa a natureza de uma montagem das partes 2- Beleza espiritual: exprime a alma através do olhar3- Beleza útil e funcional
Platão 1- Harmonia e proporção das parte2- Beleza como esplendor3- Beleza geométrica
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A proporção e a Harmonia
O corpo humanoNa interpretação de Pitágoras e de seus discípulos: na oposição de dois contrários, só um deles representa a perfeição. O ímpar, a reta e o quadrado são bons e belosOs contrários são maus e desarmônicos
A harmonia não é ausência, mas equilíbrio de contrastes:Amor e ódioPaz e guerraCalma e movimento
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Segundo as épocas, apesar dos princípios aritméticos e geométricos declarados, o sentido das proporções foram mudando
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O Feio
Cada cultura colocou ao lado da concepção de belo a idéia do feio. (mesmo sem sabermos se na época, determinadas obras são consideradas feias)
Idade média o feio é considerado como antítese do beloUma desarmonia que viola as regras da proporção.
A arte tem poder de representar o feio de modo belo,torná-lo aceitável.
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Renascimento
A perspectiva é uma perfeita adaptação da matéria à forma.
A boa representação em perspectiva passa a ser considerada justa e realista,bela e agradável.
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Renascimento
Concepção de beleza através de:- Imitação da Natureza O artista é ao mesmo tempo criador da novidade e imitador da natureza
- Contemplação de um grau de perfeição sobrenatural A beleza divina se difunde não apenas na criatura humana mas também na natureza.
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A mulherA mulher renascentista usa cosméticos e dá atenção aos cabelos. Seu corpo é para ser exaltado com jóias
Mais tarde o corpo da mulher se mostra e serve como contraponto à expressão privada
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Beleza prática Século XVII e XVIII a mulher volta a se vestir, é dona de casa, educadora
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Mulher que se sente feliz apenas por existir e poder mostrar-se.
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Enquanto consolida-se (proporção e simetria do corpo), na pintura de representação homens poderosos, a figura masculina serve para exaltar a liberdade do pintor em relação aos Cânones
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O Renascimento vive uma situação conflituosa:
Beleza = Proporção das parte
Beleza = Inquieta, informe, surpreendente
Sociedade inquieta: o homem é tirado de seu centro do mundo sendo deslocado para um ponto periférico
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Na filosofia:“A beleza nada mais é que uma graça que nasce da proporção, conveniência e harmonia entre as coisas” Bembo
Assim abre-se caminhos para concessões subjetivas e particulares do belo
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O Maneirismo A necessidade de não rejeitar o patrimônio artístico herdado e e um sentimento de estranheza em relação ao mundo provoca, uma série de interpretações diferenciadas e em várias direções para cada artista deste período
Os artistas do maneirismo dissolvem as regras
A beleza clássica é percebida como vazia, desprovida de alma. Suas figuras se lançam para o fantástico
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Não mais a distinção entre
Proporção e desproporçãoForma e informeVisível e invisívelBelo e feioVerdadeiro e falso
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El Greco
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Ela pode dizer belo através do feioVerdadeiro através do falsoVida através da morte (este tema muito presente na mente barroca
O Barroco
É a combinação entre imaginação exata e efeito surpreendente
O século do barroco exprime uma beleza além do bem e do mal
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Não há uma linha que não se carregue de tensão
Uma beleza dramática, sofredora
Êxtase de Santa Teresa
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KantA estética do Século XVIII dá ampla ressonância aos aspectos subjetivos indetermináveis pelo gosto
Em A crítica da Razão, Kant põe na base da experiência estética o prazer desinteressado que se produz na contemplação da Beleza:
Belo é aquilo que agrada de maneira desinteressada, sem ser originado por um remissível ou por um conceito: o gosto é. Por isso, a faculdade de julgar desinteressadamente um objeto (ou uma representação) mediante um prazer ou um desprazer; o objeto deste prazer é aquilo que definimos como belo.
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A existência do mal e do feio não contradizem a ordem positiva e substancialmente boa da criação
A natureza não é mais um lindo jardim inglês. É Algo mais potente que provoca uma espécie de sufocação da vida
Kant reconhece a independência da razão humana em relação à natureza
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O sublime
Uma nova concepção do belo
Pesquisa das regras para a produção da obra
Reconhecimento dos efeitos que ela produz
Compreensão do sujeito sobre a obra
Belo ligado aos sentidos, ao reconhecimento do prazer
Avanço da idéia do sublime
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Manet Afirma que:“Não há senão uma coisa verdadeira: fazer a primeira vista o que se vê”
“Não se faz uma paisagem, uma marina, uma figura: se faz a impressão, em uma certa hora do dia, de uma paisagem, de uma marina, de uma figura”.
A busca da beleza abandona o céu e leva o artista a mergulhar no vivo da matéria
O artista esquece até o ideal do belo que o guiava e acaba por entender a arte, não mais como registro e provocação de um êxtase, mas como instrumento de conhecimento.
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A Arte contemporânea descobriu o valor e a fecundidade da matéria.
Isso não quer dizer que os artistas de outrora ignorassem o fato de que trabalhavam sobre um material e não compreendessem que esse material lhe viriam restrições e sugestões criativas, obstáculos e libertações.
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