Metas Curriculares do Português - 2º ciclo: leitura e escrita
Ficha de Leitura nº1
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Agrupamento de Escolas de Vila Cova Escola Básica e Secundária de Vila Cova
Português – 10º A
2010/2011 Ana Margarida Sá Vale, nº5
Ficha de Leitura 10ºAno
- Turma A-
Título da obra: Estarás Sempre Comigo
Nome do escritor: Anna McPartlin
Período de leitura: 17/01/2011 a 21/01/2011
Editora: Quinta Essência, grupo Leya
Data de edição: abril de 2011 (1ª)
Informações dobre o autor: Anna McPartlin nasceu em Dublin, em 1972. Estarás sempre
comigo é o seu primeiro romance, inspirado na própria experiência de perda da autora e
na capacidade de sobrevivêcia necessária para superar os desgostos da vida. Em 2007, foi
vencedor do prémio Revelação do ano nos Irish Book Awards. Anna McPartlin viveu parte
da infância em Dublin, até se mudar para Kerry, na adolescência, onde foi criada pelos tios.
Após concluir o ensino secundário, entrou para a faculdade onde estudou Marketing, mas
manteve o seu amor pela stand-up comedy e pela escrita. Enquanto trabalhava nas artes
conheceu o marido, Donal. Atualmente vivem em Dublin.
Bibliografia do Autor: Além de “Estarás Sempre Comigo” (Pack Up the Moon), em 2006,
McPartlin publicou já “Certo Como o Sol” (The Truth Will Out – 2008), “Além da Multidão”
(No Way to Say Goodbye – 2009), “Alexandra Longe” (The One I Love – 2010) e The Space
Between Us (2011)
Resumo da Obra: Emma tem vinte e seis anos, é bonita, inteligente e vive com o
namorado de sempre, John, em Dublin. Tudo parecia bem, mas, de repente, John morre
atropelado. Emma sente-se culpada pela sua morte e entra numa fase de negação e
isolamento. Está desesperada, pois amava-o “mais que a própria vida”.Os amigos leais e o
seu irmão tentam dar-lhe a força que necessita para se voltar a sentir bem. No entanto, a
vida não parara para eles e tinham de se debater constantemente com os seus próprios
problemas: Clodagh, a sua melhor amiga de infância, sofre desgosto atrás de desgosto;
Anne e Richard, casados, veem o seu casamento por um fio; Noel, o seu irmão, um jovem
padre católico é confrontado com um teste à sua fé; e Seán, o engatatão do grupo, que sofre
por não encontrar a rapariga certa. É deste último, o melhor amigo de John, que Emma se
sente mais próxima e esta ligação vão crescendo. Um gato, encontrado por ela na noite do
acidente, é também personagem ativa neste desenrolar. Emma documenta as histórias dos
amigos e a sua própria recuperação da dor com impressionante exatidão. Escreve-as para
deixar à sua filha “o pouco que” aprendeu “na vida”.
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2010/2011 Ana Margarida Sá Vale, nº5
Excertos: Escolhi estes excertos porque são eles que, de uma maneira geral, resumem o
livro. Esta história recai sobretudo em três momentos retratados, então, nos excertos
acima.
O primeiro excerto demostra a felicidade inicial de Emma por ter John ao seu lado.
Ela sentia-se feliz e amáva-o desde há muito com a mesma intensidade. Ele era perfeito
para ela. Tinham um vida estável e eram muito felizes.
O segundo excerto mostra o principal momento deste enredo, o momento da
reviravolta. Demostra o acidente. Foi com a morte de John que ela teve de ganhar coragem
para continuar a viver. Aqui, nota-se o seu sofrimento e desespero ao perder aquele que
mais amava.
O último excerto refere-se ao remate da história. Emma conseguira finalmente dar
um novo rumo à sua vida. Voltara a apaixonar-se. Era Seán, o melhor amigo de John,
aquele que a fazia querer viver. Neste momento, em particular, ela acaba de dar à luz uma
bebé de ambos. Sentia-se mais feliz, novamente.
“A noite continuou com aquela atmosfera louca. A dada altura, John e eu
dançávamos – bom, de facto, estavamos meramente abraçados, a oscilar. Anne pôs a tocar
«Purple Rain», de Prince, que era a nossa música. Continuámos a dançar um pouco mais
lentamente (...) Sorrimos com a recordação. (...) John inclinou-me para trás no final da
música e deixou-me cair, apesar desta pequena falha, senti-me a Ginger Rogers – de novo o
poder das drogas... Depois de me ajudar a levantar, beijou-me e julgei-me como se tivesse
dezasseis anos. John sconseguia sempre fazer-me sentir assim, o que era uma das razões
para eu o amar tanto.”
“Estava a dizer-nos que John tinha morrido. (...) Quiz que o meu coração parasse de
bater porque cada palpitação era como um ferrão de dor cada vez mais intenso. (...) O
médico permaneceu ali um minuto, olhando-me enquanto eu observava o corpo de John.
Depois saiu. John estava na sala, mas eu sentia-me sozinha.
Não. Isto não está a acontecer. Nós estamos em casa, na cama. Estou a ter um pesadelo.
- Acorda! Acorda! – gritei, beliscando-me com força. – Acorda!
Sabia, no fundo, que não sonhava, mas belisquei-me ainda com mais força. Depois segurei-
o nos braços. Estava pesado e ainda quente.
- Abre os olhos, amor – susurei-lhe ao ouvido. – Só tens de fazer isso. Os médicos tratam do
resto.
Ele não voltaria a abri-los. A morte pesava, espessa, no ar, dificultando-me a respiração.”
“Quando acordei, já tinhas vinte e quatro horas de vida. Perdera o teu primeiro dia.
Chorei por muitas razões, mas principalmente por causa disso. Prometi que nunca mais
perderia nada de ti, mas, enfim, essas promessas são impossíveis de manter. Seán, o teu
pai, achava impossível largar uma de nós. Pegava em ti ao colo enquanto agarrava na
minha mão.”
Comentário à obra: Nunca tinha lido um livro em tão pouco tempo. Este livro interessou-
me desde a primeira palavra. Bem, na verdade até a capa me interessou. Os meus hábitos
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de leitura não são excelentes. A minha desculpa é o tempo... Ou a falta dele. No entanto,
enquanto lia este livro não pensara no tempo. Diz-se que quando queremos muito uma
coisa, arranjamos sempre tempo para ela. Eu queria muito ler este livro.
O tema explorado no livro é do meu agrado e, além disso, gostei particularmente
de como Anna McPartlin o apresentou de uma forma tão cómica apesar da sua
sensibilidade. Enquanto o lia, parecia que conhecia Emma desde há muito e estava tão
ansiosa como ela para saber o seu futuro, o que aconteceria a seguir.
A certa altura, no livro, a autora escreve “A felicidade é um dom. Derrama o seu
calor sobre nós e recorda-nos a beleza. Nunca devemos considerá-la um dado adquirido.
Eu nunca devia tê-la considerado um dado adquirido.” Na minha opinião, este excerto
exprime a mensagem principal de todo o enredo. Funcionou, para mim, como um slogan.
Aconselho, sinceramente, a leitura desta obra áquelas pessoas que gostam de uma boa
história onde o sofrimento tenta a todo o custo destruir o amor.
Texto convertido pelo conversor da Porto Editora, respeitando o Acordo Ortográfico de
1990.