Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50”...

44

Transcript of Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50”...

Page 1: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos
Page 2: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos
Page 3: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Editorial

Luis Filipe Pereira

DirDirDirDirDirector / Editorector / Editorector / Editorector / Editorector / Editor Luis Filipe Pereira

DirDirDirDirDirector comerector comerector comerector comerector comercialcialcialcialcial Joaquim Fernandes

Colaboraram neste númerColaboraram neste númerColaboraram neste númerColaboraram neste númerColaboraram neste númeroooooAlda Albuquerque, João Cabaço

Manuela Trindade, José LezonAntónio Regadas, António Moreira

Ana Pinto, Joaquim GonçalvesLiliana Sousa , João DiasUSRP, Samantha Mendes

FFFFFotografiaotografiaotografiaotografiaotografiaLuis Filipe, Fernando Castro

A.W.I.K.P., KCFaro, CKMaia, Hugo Pereira

ConselheirConselheirConselheirConselheirConselheiros técnicosos técnicosos técnicosos técnicosos técnicos da r da r da r da r da redacção:edacção:edacção:edacção:edacção:

(por ordem alfabética)

Jaime Pereira 7º DanGoju-Ryu

Jorge Monteiro 6º DanGoju-Ryu

José Lezon 5º DanWado-Ryu

José Ramos 6º DanShotokan

Marcelo Azevedo 6º DanShukokai

Peté Pacheco 6º DanShotokan

Raúl Cerveira 5º DanShotokai

Vilaça Pinto 6º DanShotokan

ColaboradorColaboradorColaboradorColaboradorColaboradores permanentes:es permanentes:es permanentes:es permanentes:es permanentes:

Abel Figueiredo 4º DanGoju-Ryu

Fernando David 4º DanShito Ryu

Depósito Legal: xxxxxxxxxxxxxxxTiragem: 2.000 Exemplares

A Karate Portugal é uma publicação trimestral,dedicada a noticiar e reportar actividades deKarate independentemente de escola ou estilo,ficando a direcção da revista com a decisão finalsobre a publicação de artigos que não seenquadrem na filiosofia da mesma. Os artigosassinados são da inteira responsabilidade dosautores.É proibida qualquer reprodução ou cópia porqualquer meio, sem o prévio consentimento doeditor por escrito.

3

Neste nosso 3º número da Karate Portugalqueremos dar o devido ênfase ao 4º lugar obtidopelo atleta Jorge Machado e à, também boa,prestação do atleta Nuno Moreira noCampeonato do Mundo de Karate Cadetes eJuniores da W.K.F., realizado em Marselha França.Já começamos a �incomodar� os grandes do Ka-rate Mundial. Da nossa parte, os parabéns a estanova geração de karatecas e treinadores. Para além destes excelentes resultados, temospara os nossos leitores várias reportagens e artigosde interesse para a modalidade. Entre elas,destacamos o Campeonato europeu da EGKFque se realizou em Elvas, o grande estágio doSensei Morio Higaonna realizado na Maia, aacção de formação com o Sensei PatrickMcCarthy e a entrevista ao Sensei José Ramosque este mês festejou o 50º Aniversário.

Não poderíamos fechar este número semantes agradecer publicamente a todos os quede uma maneira ou de outra estão a contribuirpara o sucesso da Karate Portugal. A eles o nossomuito obrigado.

Oss.

Page 4: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Realizou-se no passado dia 18 deOutubro no Porto, o primeiro treino/estágio de competição da LPK da novaépoca 2003/04. Este treino foiorientado pelo Sensei Rui Ináciocoadjuvado pelo

sensei Carlos Gomes.Estiveram presentes atletas das escolasda região Norte. Este treino serviuessencialmente para umaperfeiçoamento das técnicas decompetição. No final do estágio ostécnicos mostraram-se muitosatisfeitos com o empenho dos atletas,e com a atitude demonstrada duranteos treinos. Ainda em conversa com oSensei Rui Inácio, foi-nos informadoque esta época a LPK iria trazer a Por-tugal para ministrar um estágio decompetição o técnico FrancêsCristophe Pinna. Da nossa parteesperemos que este estágio seconcretize para bem do KarateDesportivo Nacional.

TREINO DE COMPETIÇÃO SHITO-RYU DA LPK

Treinos de Selecção da LPKS para o Campeonato da Europa da E.S.K.A.

A UNIÃO SHITO RYU PORTUGAL

participou no Campeonato Regional deKarate de Cadetes e Juniores no passadodomingo, dia 2 de Novembro. Esta provafoi organizada pela Federação Nacionalde Karate – Portugal e decorreu noPavilhão Municipal de Portimão.Esta prova regional que reúne todos osclubes da zona Centro e Sul do país, érealizada com o objectivo de apurar osatletas que irão disputar o CampeonatoNacional da Modalidade, no próximo dia29 de Novembro.Este ano, a União Shito Ryu Portugal fez-se representar pelos seguintes atletas:Linda Ferro e Raquel Rosa (ClubeIrmanadora); Nuno Almeida, Joel Cabritae Pedro Afonso (Imortal Desportivo Clube)e Cláudia Santos (CDR Quarteirense).A competitividade era elevada e as atletasque mais se destacaram pelos resultadosde pódio foram Linda Ferro, que se sagrouVice-Campeã Regional na prova de KataJuniores Femininos, e Cláudia Santos, quealcançou o 3º lugar na prova de KumiteJuniores Femininos, na categoria acimados 60 kg.De referir, é também o atleta NunoAlmeida, que foi apurado para oCampeonato Nacional sem no entanto tersubido ao pódio.Gabinete de Relações Públicas da UniãoShitoRyu Portugal

Por:Samantha Mendes

Realizaram-se nos dias 9, 22 e 30 de Novembro emMatosinhos, Montemor-o-Velho e Lourinhã, os treinos deSelecção da LPKS, com vista à participação no CampeonatoEuropeu da E.S.K.A. que se realizou nos dias 6 e 7 deDezembro em Sunderland-Ingaterra. Foram convocados a

estes treinos todos os atletas com lugares de pódio no anteriorCampeonato Nacional de Juniores e Seniores. Estes treinosforam ministrados pelo seleccionador Nacional da LPKS oSensei José Ramos.

4

Page 5: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

5

SumárioPág. 6 ........Taça Nacional C.P.K. Cadetes e Juniores Paredes 11 de Outubro

Pág. 9 ........Curso de Shiai Kumite de Alta Competição com Sensei José Maria Nieto

Pág. 11 .......Grande Estágio Internacional com Sensei Morio Higaonna

Pág. 14 .......Campeonato Europeu EGKF Elvas, 20 e 21 de Settembro

Pág. 17 ...... Os exercicios de treino do Karate II - A guarda por: Abel Figueiredo

Pág. 19 .......Entrevista com: Sensei José Ramos

Pág. 22 ...... Rui Jerónimo Campeão Nacional LPKS Kata Shotokan - Unsu

Pág. 24 .......XIV Campeonato Nacional Shotokan LPKS Coimbra, 26 de Outubro

Pág. 27 .......Joaquim Gonçalves Campeão Nacional de Kumite

Pág. 29 ...... Etágio c/ Sensei Alfonso Sotorrio no Centro de estágio em Lamego

Pág. 30 ...... Resultados dos Campeonatos Regionais da F.N.K.P.

Pág. 32 ...... Campeonato do Mundo W.K.F Cadetes e Juniores em Marselha - França

Pág. 35 .......O treino da força no Karate Por: Alda Albuquerque

Pág. 38 ...... Qualidades do Técnico de arbitragem por: Fernando David

Pág. 40 .......Regionalização do Karate em Portugal por: Jaime S.Pereira

Pág. 42 ...... Estágio de Karate Wado-Ryu com Sensei Naoki Ishikawa

Pág.15 - Campeonato Europeu EGKF

Pág.24 - Campeonato NacionalShotokan LPKS

Pág.6 - Taça Nacional CPK

Pág.32 - Campeonato do Mundo FMKCadetes e Juniores em Marselha

Page 6: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

TAÇA NACIONAL CPKCadetes e Juniores, 11 de Outubro em PCadetes e Juniores, 11 de Outubro em PCadetes e Juniores, 11 de Outubro em PCadetes e Juniores, 11 de Outubro em PCadetes e Juniores, 11 de Outubro em Paredesaredesaredesaredesaredes

Como vem sendo hábito oCentro de Karate de Paredesproporcionou-nos um bomacontecimento desportivo devidoà excelente organização destaTaça C.P.K. Cadetes e Juniores2003/04.Este acontecimento desportivo,vem no seguimento da preparaçãodos atletas do C.P.K. para o re-gional e posteriormente o nacionalfederativo.O nível apresentado por algunsatletas foi excelente. Jácomeçamos a sentir aresponsabilidade dos atletas emrelação à competição,apresentando-se a maioria já comuma boa forma física, edemonstrando uma boa noção deestratégia nos combates, emrelação aos Katas. Ainda hápoucos atletas com nívelcompetitivo, mas achamos que istoé um mal nacional, treinar técnicaé muito exigente, tanto física comomentalmente, isso acaba porseleccionar automaticamente osatletas. Os derigentes nacionaisdeveriam ter em consideração estefacto e tentar proporcionar aosatletas alguma forma para seconseguir melhores prestaçõesnesta modalidade, atravésdecursos e acções de formação

6

para Kata. Temos a sensaçãoque os Katas são os “parentespobres do Karate” visto não serdada a devida importância pelasentidades Associativas eFederativas.A revista Karate Portugal quandoassiste às provas costuma elegerum ou mais atletas. Nesta provaelegemos a atleta Sandra Martinsdo Crazy Body Gym como a atletarevelação, pelas vitórias em Katae em Kumite. Esta atletaapresentou-se com uma boaforma física e técnica, os nossosparabéns, o outro atleta aconquistar as duas provas foi oatleta do Boavista F.C. JoãoOliveira, embora este atleta jános habituou a muito boasprestações, mas de qualquer dasmaneiras esteve em muito bomnível. Em relação à arbitragem,achamos que esteve à altura destetorneio, apresentando pequenosreparos, mas no geral esteve bem.Durante o torneio foramaplicadas as novas alterações àsregras, isso fez com que osresponsáveis estivessem atentospara que não fossem feitasinjustiças devido a másinterpretações das regras e oualterações.

Page 7: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Kumite Cad. Masc. -70Kg1º Jorge Machado CKS Vila Aves2º Afonso Queiroz – CK Mancha Negra3º Alexandre Pereira – EKS Delães3º Jorge Castro - CKS Porto

Kumite Cad. Masc. -75Kg1º Carlos Castro - CKS Porto2º Armando Sampaio - A. Campense3º João Pereira – AD Bobadelense3º Roberto Gonçalves – GC Vilacondense

Kumite Cad. Masc. +75Kg1º Paulo Machado – CK Barcelos2º Pedro Antunes – Bouro Sta Maria3º Luís Correia – EKACR Lordelo3º Nelson Correia – CK Barcelos

Kumite Jun. Fem.1º Sandra Gonçalves – CKS Vila Aves2º Delilah Gonçalves – GC Vilacondense3º Ana Oliveira – SFRA Amadora3º Fanny Silva – UDK Roriz

Kumite Jun. Masc. -70Kg1º Ricardo Monteiro – ARC Negrelense2º Duarte Pacheco – Gimnobraga3º Sérgio Carvalhal – Corsano3º Nuno Ribeiro – A. Campense

Kumite Jun. Masc. -75Kg1º João oliveira – Boavista FC2º Eduardo Grácio - CK Mancha Negra3º Ricardo Oliveira – KS carvalhos3º Vítor Moura – ARC Negrelense

Kumite Jun. Masc. +75Kg1º Hugo Pereira – CKS Porto2º António Malheiro – CKS Sra. Hora3º Hugo Lourenço – SFRA Amadora3º Rafael Fernandes – EKACR Lordelo

Classificações:

Kata Cad. Fem.1º Sandra Martins – Crazy B.Gym2º Lara Teixeira – CKS Vila Aves3º Rita Vilaça – Ginade3º Cláudia Melo – GC Vilacondense

Kata Cad. Masc.1º Jorge Castro – CKS Porto2º João Meireles – CKS vila Aves3º Bruno Silva - CK Barcelos3º Carlos Castro – CKS Porto

Kata Jun. Fem1º Ana Oliveira – SFRA Amadora2º Sandra Gonçalves – CKS Vila Aves3º Delilah Gonçalves – GC Vilacondense3º Ana Santos – SFRA Amadora

Kata Jun. Masc.1º João Oliveira – Boavista FC2º Diogo Tavares – GC Sto Tirso3º Ricardo Monteiro – ACR Negrelense3º Ricardo Oliveira – KS Carvalhos

Kumite Cad Fem. -55Kg1º Sandra Martins – Crazy B.Gym2º Patrícia Batista – EKS Delães3º Ana Aguiar – SK Paredes3º Sara Magalhães – AMSHOL

Kumite Cad. Fem. +55Kg1º Mariana Pinto – CKS Porto2º Cláudia Oliveira – SFRA Amadora3º Sónia Monteiro – CK Barcelos3º Bárbara Machado – CKS Vila Aves

Kumite Cad. Masc. -60Kg1º João Meireles – CKS Vila Aves2º Jorge Caeiros – AD Bobadelense3º Vítor Alves – ARC Negrelense3º João Lemos – Crazy B.Gym

Kumite Cad. Masc. -65Kg1º Diogo Pereira – CK Barcelos2º Joaquim Machado – EKACR Lordelo3º Hugo Castro – CCC Barcelos3º Artur Cunha – Gimnobraga

7

Page 8: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

8

ESTÁGIO INTERNACIONALDE KARATE SHITO-RYU

Orientação por: SENSEI KOEI YAMADA 7º DAN

Coadjuvado por:SENSEI MORAIS PINA 4º DAN

13 de Dezembro de 2003Escola EB 2-3 Madalena

em Vila Nova de Gaia

ESTÁGIO REGIONAL DO CENTROKARATE SHOTOKAN

Orientado por: SENSEI DIRK HEENE 7º DAN

Coadjuvado por:SENSEI JOSÉ LUIS 6º DAN

6 e 7 de Dezembro de 2003Pavilhão Gimnodesportivo Jorge

Galamba Marques, Av. 1º de MaioFigueira da Foz

ESTÁGIO NACIONALDE INVERNO CPK

Orientado por: SENSEI JOSÉ MELO 5º DAN

Coadjuvado por:SENSEI RUI DIZ 4º DAN

Dias 19, 20 e 21 de Dezembro 2003Pavilhão Gimnodesportivo

de Montemor-o-Velho

Campeonato NacionalKarate Tradicional

Rctificação de Resultados:ENBU H/H1º G.C. Vilacondense2º O.C. Barcelos3º Gimnobraga4º K.S. Vila das Aves

A Karate Portugal vem por este meioretificar as classificações que na nossarevista nº 1 foram publicadaserradamente, ao Ginásio Vilacondenseas nossas desculpas.

Sabrina Martins, distinta atleta da UNIÃOSHITORYU PORTUGAL foi distinguida com otroféu de tri-campeã nacional, na 11ª edição daFesta dos Campeões Nacionais Algarvios quedecorreu em Olhão.Esta festa de homenagem, organizada pelo GovernoCivil de Faro foi uma prova de que o desportoalgarvio e em especial a União ShitoRyu Portugal,têm um papel de elevada relevância no panoramadesportivo nacional.Por:Samantha Mendes

Page 9: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Curso de Shiai Kumite de Alta CompetiçãoPor: José Maria Nieto 8º Dan, seleccionador da Espanha

9

A Federação Nacional de Karate Por-tugal (FNKP), realizou a sua primeiraacção de formação da época 2003/04 nodia 18 de Outubro, no complexodesportivo de Alcabideche, e contou como apoio da Associação Nacional deTreinadores de Karate (ANTK). Esta acção de formação foi orientadapelo Sensei José Martin Nieto, 7º Dan,que para além de ser o Seleccionadorda actual equipa Campeã do Mundo eda Europa (que é a Espanha) em Kumite,detêm um vasto e invejável curriculumdesportivo. Os trabalhos decorreramnormalmente, não obstante a exigênciafísica que caracterizou toda a acção deformação, exigência essa que fez comque vários treinadores e atletas nãocomparecessem durante o segundoperíodo da formação. Na nossa opiniãofoi demonstrado muito pouco espírito desacrifício que todos os karatecas deviampossuir. Em termos técnicos e tácticos poucohouve de novo, mas o Sensei Nietoreferiu que hoje em dia já não hásegredos, mas que deve ser dada muitaimportância aos treinos, porque ai é quereside o segredo, que é treinar muito,com atitude e método, aliás chamouvárias vezes a atenção de algunsformandos sobre a falta de atitude,referenciou ainda que este seu métodonão é o melhor nem o pior é o seumétodo. Durante os trabalhos foramcolocadas algumas questões sobre ofuncionamento do Karate em Espanha,e pelas respostas que deu, apercebemo-nos de que não é só em Portugal queexistem dificuldades.

Estas 5 horas de intenso treino, os152 treinadores que estiverampresentes, fizeram desta acção deformação um sucesso, diria ainda emtermos de conclusão, que a opinião doSensei Nieto é de que o KarateDesportivo Português está no bomcaminho. Queremos ainda saudartodos os treinadores que hà algunsanos se mantinham afastados dasactividades da Federação, e queestiram presentes nesta acção deformação, a eles um grande bem aja,e continuem a aparecer para bem doKarate Nacional. Achamos que estetipo de acções, contribuem fortementepara a evolução do Karate Desportivo

Nacional. Queremos aqui registar o nossoreconhecimento para com a Federaçãopelo excelente trabalho que está adesenvolver, esperando que consigamproporcionar-nos outras acções deformação deste nível.

Sensei Rubio, Sensei José Martin Nieto, Raúl Cerveira Presidente da FNKP.

Page 10: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

10

Realizou-se no pavilhão Municipal deGerez de La Frontera, em Espanha, oVI Campeonato Andaluz Contra laDroga, no dia 15 de Novembro de 2003.O campeonato desenvolveu as provasde Kata e Kumite, nos escalões etáriosde Pré Infantis, Infantis, IniciadosJuvenis, Cadetes Juniores e Seniores,tendo a AAMA participado a conviteda organização da prova, com umadelegação de 15 atletas (em váriascategorias), 1 árbitro e 4 treinadores,do qual resultou uma boa prestação,conseguindo amealhar 4 Troféus naprova de Kata, (2 - 1º Lugar, 1 - 2ºLugar e 1 - 3º Lugar) e mais 2 nasprovas de Kumite (1 – 1º Lugar e 1 – 2ºLugar).De salientar que, a competiçãodecorreu com a participação de maisde 500 atletas (nas diferentes provas) eque a prova de Kumite nos diferentesescalões etários foi desenvolvida a nívelde OPEN.Este campeonato contou com apresença dos clubes e associaçõesrepresentantes de toda a Andaluzia ePortugal (através do convite enviadoa AAMA).

Os elementos da AAMA, estiveram em bomplano resultado do trabalho que se temvindo a desenvolver desde a alguns anos aesta parte, já que a associação temapostado imenso na formação de seusdirigentes, treinadores, árbitros e atletas/praticantes.

por: AAMA

O campeonato respeita a umainiciativa da Federação Andaluza deKarate, a qual visa promover a práticada modalidade a todos os níveis,incentivando os diversos escalõesetários à pratica da modalidade,evitando assim que os mesmos se sintaminclinados a experimentar as drogas.O torneio em si, apesar de não estarinserido no quadro competitivo daAAMA, decidiu a direcção daAssociação após consulta ao seuconcelho técnico, participar no mesmopor forma, a dar rodagem aosdiferentes atletas para os Nacionais deCadetes e Juniores que se aproximam(29/11/2003) e o qual será disputadona Lourinhã, assim como, dar rodagemde competição a alguns praticantes/atletas com vista aos apuramentosregionais que posteriormente darãoacesso aos nacionais dos diferentesescalões.Apesar de esta prova não se encontrarcalendarizada, a participação da nossaassociação insere-se no quadro deapoios formalizados por contratoprograma entre a AAMA e a CML,apoio esse que desde já agradecemos.

Participação da Associação de Artes Marciais do Algarve A.A.M.A. no

Comitiva da Associação de Artes Marciais do algarve que esteve presente neste Campeonato em Gerez de La Frontera.

VI Campeonato Andaluz Contra la DrogaGerez de la Frontera - Espanha

Page 11: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Grande Estágio Internacional Goju Ryucom Sensei Morio HigaonnaEstiveram presentes mais de 800 praticantes.

Sensei Jorge Monteiro e Sensei Morio Higaonna

11

A A.P.O.G.K. realizou nos passados dias 11 e 12 de Outubrona Maia, um estágio internacional que contou com a presençade mais de 800 praticantes vindos de todo o pais, este estágio foiorientado pelo Sensei Morio Higaonna, um dos mais ilustresmestres do Goju-Ryu. O Sensei Higaonna fez esta digressão pela Europa com opropósito da divulgação do mais importante acontecimento paraa família do Goju-Ryu o 2004 I.O.G.K.F. World Budosai, que seirá realizar em Okinawa no Japão, (www.iogkf.com), e que daráoportunidade dos praticantes treinarem com as últimas lendasvivas do Karate Goju-Ryu que são: Saiko Shihan Anichi Miyagi,Sensei Shuichi Aragaki e o próprio Sensei Morio Higaonna. Esteacontecimento terá participantes de todos os estilos vindos detodo o mundo.

O estágio em Portugal teve uma grande afluência depraticantes, devido ao prestígio que o Sensei angariou no nossopais. Durante os vários treinos, o Sensei deu particular atençãoà técnica, desde a teoria até a prática, chegando mesmo a aplicarem alguns instrutores mais graduados um rigor físico, que é muitocaracterístico no estilo. É de salientar a grande afluência depraticantes mais novos, à qual o Sensei deu uma particularatenção, tendo uma comunicação com os miúdos que geralmentenão estamos habituados a ver. No final do estágio o Sensei Higaonna, fez uma apresentaçãode como se iria realizar o 2004 I.O.G.K.F. World Budosai, essaapresentação foi acompanhada com uma projecção de imagensde como se iria desenrolar essa actividade.

Page 12: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

12

5º Torneio de Karate de Boliqueime

Decorreu no dia 11 de Outubro de2003 o 5º Torneio de Karate“Município de Loulé”, o mesmorealizou-se no pavilhão municipalde Boliqueime e contou com apresença e participação de atletasde vários clubes representantes daregião do Algarve e clubesconvidados a nível nacional.Este torneio insere-se no âmbito documprimento das actividadesprevistas no contrato programaapresentado á Câmara Municipal deLoulé pela AAMA – Associação deArtes Marciais do Algarve, o qualfoi da exclusiva organização daA.A.M.A contando como sempre doapoio da Câmara Municipal deLoulé e da Junta de Freguesia deBoliqueime.Estiveram presentes mais de centenae meia de atletas, nas diversasmodalidades e escalões, os quaisvisavam, sobre tudo com estaparticipação, o aperfeiçoamento daforma técnica e física com vistas aos“Campeonatos Regionais de Ka-rate” organizados pela FNK-P –Federação Nacional de karate –Portugal, apuramento que serádisputado em Portimão no dia 2 deNovembro de 2003, nos escalões deCadetes e Juniores, Masculinos eFemininos.

por: AAMA

Kata Inf Fem 10-11 anos1º Inês Pedro - KC Faro2º Debora Bonixe - KC Almancil3º Bianca Ferreira - KC Quarteira3º Adriana Jesus - KC Faro

Kata Inic Fem. 12-13 anos1º Magali Barros - KC Faro2º Tatiana Ribeiro - KC Quarteira3º Joana Ferreira - KC Faro3º Cláudia Lopes - KC Quarteira

Kata Juv/Cad Fem 14-17 anos1º Inês Pinto - MSK-Lisboa2º Cátia Silva - Univ. Fitness3º Tânia Ferreira - KC Quarteira

Kata Sénior Fem1º Ana Lopes - MSK-Lisboa2º Marta Alves - LPK-Lisboa

Kata Inf Masc. 10-11 anos1º David Saraiva - KC Faro2º David Costa - KC Faro3º David Sá - KC Quarteira3º Carlos Pinto - KC Faro

Kata Inic Masc. 12-13 anos1º João Lourenço - KC Quarteira2º Fernando Santos - KC Almancil3º João Mota - Univ. Fitness3º Diogo Luís - MSL-Lisboa

Kata Juv Masc. 14-15 anos1º Ricardo Silva - KC Faro2º André Pinto - LPK-Lisboa3º Ricardo Ribeiro - LPK-Lisboa3º Imashim Mussa - LPK-Lisboa

Kata Cad Masc. 16-17 anos1º Eduardo Martins - MSL-Lisboa2º Marco Mealha - Gin.Olimpico3º R. Guerreiro – KC Quarteira3º Alex Mayer - AKBA

Kata Jun Sem Masc.1º Jorge Peixeiro KSK Lisboa2º Sérgio Santos Univ. Fitnes3º Carlos Gomes LPK-Lisboa

Kumite Inic. Fem. 12-13 anos1º Magali Barros - KC Faro2º Joana Pereira - KC Faro3º Daniela Leal – KC Quarteira3º Tatiana Ribeiro – KC Quarteira

Kumite Inic. Fem. 16-17 anos1º Inês Sousa Louletano DC2º Tánia Ferreira – KC Quarteira3º Cátia Silva Unv. Fitenes3º Gna Si Lau – KC Almancil

Kumite Seniores Fem.1º Marta Alves - LPK Lisboa2º Rita Garcia – LPK Lisboa3º Ana Lopes – MSK Lisboa

Kumite Inf. Masc. 10-11 anos1º David Saraiva – KC Faro2º Sasha Rudak - AKBA3º Danilo Calabria – KC Almancil3º Artur Servolo – KC Quarteira

Kumite Inic. Masc. 12-13 anos1º João Lourenço – KC Quarteira2º Alex Bazgau – Univ. Fitenes3º Ricardo Infante – MSK-Tavira3º Fernando Santos – KC Almancil

Kumite Juv. Masc. 14-15 anos1º Adriano Mealha – Gin. Olimpico2º Bruno Pereira – KC Quarteira3º André Tomáz KC Almancil3º Ruben Rodrigues – KC Quarteira

Kumite Cad. Masc. 16-17 anos1º Marco Mealha Gin. Olimpico2º Paulo Sousa – KC Faro3º Américo Gonçalves – LPK Lisboa3º Alex Mayer – AKBA

Kumite Jun. Masc. 18-20 anos1º Luís Martins – LPK-Lisboa2º ……………….3º Tito Pisco – LPK Lisboa3º Flávio Quintino – MSK Lisboa

Kumite Seniores Masc.1º Carlos Guerreiro – KC Faro2º Carlos Gomes – LPK-Lisboa3º José Correia – LPK-Lisboa3º Jorge Peixeiro – MSK-Lisboa

Município de Loulé

Atletas da AAMA que estiveram presentes neste torneio de Boliqueime.

Page 13: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

A UNIÃO SHITO RYU PORTUGAL,realizou no passado fim-de-semana de11 e 12 de Outubro o primeiro eventodesportivo da época 2003/2004 , quedecorreu em Loulé nas instalações doPavilhão Desportivo Municipal e parao qual foram convocados os seusprincipais atletas.A participação dos atletas neste Estágiode Competição serviu para apreparação dos atletas que irãorepresentar os seus clubes durante estaépoca, nas disciplinas de kata (prova detécnica) e de Kumite (prova decombate).

O Estágio foi dirigido nadisciplina de Kata pelo Director Técnicoda USRP o J/Shihan Daniel Coelho, epelo Jokyo Daniel Morgado Coelho, nadisciplina de Kumite.

Este Estágio contou com a presença dealguns dos clubes da USRP,nomeadamente o Imortal DesportivoClube (Albufeira), a Escola de ArtesMarciais, Desportos de Combate eCultura Oriental de Loulé, o YoshukanPortugal, o C.D.R. Quarteirense(Quarteira), o C.F. “Os Armacenenses”(Armação de Pêra), o Power Gym (SãoBrás de Alportel), a Escola de Karatede Salir, o Radical Gym (Costa daCaparica), o Irmanadora, o CentroSocial de Pinhal de Frades e oComplexo Desportivo Municipal deAlmada.

Os atletas demonstraram um nível decompetitividade, desempenho técnico efair-play bastante elevado, o que prometemais uma época cheia de resultados com

Estágio de Competição da União de Shito Ryu Portugal

mérito e distinção por parte dos atletas edos quadros técnicos e directivos daUnião Shito Ryu Portugal, como já vemsendo tradição de épocas passadas.

Loulé, 12 de Outubro

13

1º TORNEIO INTERNACIONAL DE KARATE JUVENILCIDADE DE TAVIRA - 3 DE ABRIL - 2004

PROVAS DE KATA E KUMITE INDIVIDUAL E POR EQUIPAS EDEMONSTRAÇÕES DE VÁRIOS MESTRES JAPONESES

PAISES PARTICIPANTES:MEMBROS DA INTERNACIONAL SHITO-RYU KOFUKAN

PORTUGAL; INGLATERRA; ESCOCIA; NORUEGA; FRANÇA;DINAMARCA; SUECIA; ESLOVENIA,

SUIÇA;RUSSIA;BOTSWANA;GEORGIA;JAPAO

ESCALÕES: PRÉ-INFANTIS A JUNIORESLOCAL: PAVILHÃO MUNICIPAL DE TAVIRA DAS 9 ÁS 19 HORAS

ORGANIZAÇÃO:CLUBE DE KARATE TAVIRA E UNIÃO DE KARATE DO ALGARVE

INFORMAÇÕES: http:// karate-ckt-clube -karate -tavira-planeta clix.pt

Page 14: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

11º EuropeanGoju-Ryu Karate-DoFederation Championship20 e 21. Set. 2003 ELVAS

Esta 11ª edição dos Campeonatos Europeus de Goju-Ryu EGKF, realizou-sena cidade alentejana de Elvas e teve como organizadores a câmara Municipal deElvas, Liga portuguesa de Karate Goju-Ryu e o Clube de praticantes de Karate deElvas. A Karate Portugal não poderia deixar de estar presente neste Campeonatoeuropeu de Goju-Ryu, pela simples razão que: fomos convidados e porque a umevento desta importância não poderíamos faltar, pois a organização deste tipo deactividades tem uma grande representação no Karate nacional. Como primeira impressão, podemos admitir que a organização estavairrepreensível, nós que desde o inicio da “Karate Portugal” estamos presentes nosmais variados acontecimentos nacionais de Karate, podemos dizer que esteCampeonato Europeu esteve a um excelente nível, tanto em organização como emparticipações e qualidade técnica. Vimos excelentes combates não somente de atletasestrangeiros, mas também de atletas nacionais, como é o caso do atleta FranciscoPereira, que pela sua prestação conseguiu um excelente título Europeu em KumiteIndividual -75Kg. De salientar o magnifica prestação da Equipa NacionalMasculina de Kata que conseguiu também um brilhante título Europeu.

14

Page 15: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Kata individual female:1. CUPAKOVA, Lucie Czech Rep2. COGO, Elisa Italy3. CIABATTA, Marta Italy3. PALKOVSKA, Lucie Czech Rep

Kumite female -53 kg:1. MAYA, Maria Spain2. BAYO, Vanessa Spain3. ANDERL, Sonja Austria3. MITTAG, Steffi Germany

Kumite female – 60 kg:1. STEINOCHER, Claudia Austria2. POENISCH, Kerstin Germany3. WRANN, Sabrina Austria3. PALIZAS, Anabel Spain

Kumite female + 60 kg:1. FUCHS, Elisabeth Austria2. CAMPOPIANO, Paola Italy3.KEPPLER, Nadine Germany3. PEÑA, Esther Spain

Kumite female Open:1.FUCHS, Elisabeth Austria2.WRANN, Sabrina Austria3. SEIXAS, Raquel Portugal3.POENISCH, Kerstin Germany

Kata individual male:1. BEBENDO, Umberto Italy2. THAJER, Thomas Austria3. SEDLAK, Frantisek Czech Rep3. LOIDL, Michael Austria

Kumite male -60 kg:1. SRIENZ, Daniel Austria2.RUBARTH, Kay Germany3. SANTOS, André Portugal3. FERREIRO, Juan Spain

Kumite male -65 kg:1. BAYO, Santiago Spain2. RICHTER, Jan Germany3. FAIAS, Pedro Portugal3. MACHADO, Rui Portugal

Kumite male -70 kg:1. FERNANDEZ, Jonatan Spain2. DVORAK, David Czech Rep3. WIENER, Steven Germany3. COLOMBI, Simone Italy

Kumite male -75 kg:1. PEREIRA, Francisco Portugal2.GARCIA, Daniel Spain3. GEDIK, Murat Germany3. MECKL, Michael Germany

Kumite male -80 kg:1. ALONSO, Christian Spain2. SAEZ, Adolfo Spain3. KOZA, Michael Austria3. TORBEN, Ernst Germany

Kumite male +80 kg:1. KUEHNLE, Felix Germany2. TUCEK, Jan Czech Rep3. GRIGORE, George Romania3. STANGL, Günter Austria

Kumite male Open:1. TUCEK, Jan Czech Rep2. GEDIK, Murat Germany3. GEUENS, Frank Belgium3. KUEHNLE, Felix Germany

Kata team female:1. Austria2. Slovakia3. Portugal3. Italy

Kata team male:1. Portugal2. Germany3. Austria

Kumite team female:1. Austria2. Germany3. Portugal3. Spain

Classificações:

Francisco Pereira - Campeão Europeu(EGKF) Goju Ryu em Kumite -75Kg.Os nossos parabéns pela excelenteprestação deste atleta.

15

Page 16: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

16

O campeonato contou com apresença de 10 países, entre osquais aqueles onde este estilo deKarate tem mais força eimportância (Alemanha, Áustria,Espanha, Itália, República Checa e,naturalmente Portugal).A selecção nacional integravaelementos de seis associaçõesnacionais diferentes, embora todasas demais associações de Goju donosso país tenham, como é timbreda Liga Portuguesa de Karate-DoGoju-Ryu, sido convidadas. Aparticipação portuguesa saldou-sepor um conjunto muito positivo deprestações e todos os envolvidosforam unânimes em louvar aqualidade da arbitragem, bem comoa organização do evento.No congresso que antecedeu ocampeonato foi ainda votada aComissão instaladora da WorldGoju-Ryu Karate-Do Federationque deverá organizar o seu primeirocampeonato mundial em Itália em2008.No próximo ano o CampeonatoEuropeu de Cadetes e Juniores terálugar na Áustria, que igualmenteacolherá, na cidade de Viena, a 12ªedição de séniores em 2005.Para se manter a par dasactividades desta Federaçãoconsulte www.egkf.net.

Equipa Portuguesa de Kumite Feminino 3º Classificada.

Equipa Portuguesa de Kata Masculino Capeã Europeia.

CORREIO DOS LEITORESExmo. SenhorDirector/Editor da Revista«KARATE PORTUGAL»Venho, por este meio, transmitir o meu contentamento relativo àpossibilidade que a comunicação social temática, como a revista «KARATEPORTUGAL»,tem de nos aperfeiçoar.Trata-se de um aperfeiçoamento que, noque toca aos karatecas,se pode verificar não só no plano técnico, mastambém,quotidianamente,na esfera individual e social, ultrapassando os locaisde treino e de competição.Com os melhores cumprimentos. por: Jorge Marinho.

Page 17: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

17

Olhar para o combate inerme contra umadversário a uma distância mínima desegurança é pressupor que já decorreramtodo um conjunto de situações anteriores eque todo um outro conjunto de situaçõespodem acontecer a seguir.

O pressuposto fundamental aqui assumidoé que o que aconteceu antes foi umasaudação entre competidores ou entreparceiros de treino para um exercício deKumite ou de Bunkai num dojo, ou aindaque estamos a exercitar a nossa guarda emsituações de Kihon ou de Kata depois determos feito uma saudação inicial ao treinoou mesmo antes do exercício em causa. Acircunstância aqui tratada pressupõe entãoque se entenda o exercício primordial antese depois de qualquer outro: a saudação (vernúmero 2 da Karate Portugal).

A Guarda é uma situação de transição nocombate. Transita-se entre a saudação e oinício concreto do combate, entre ataques edefesas para a reorganização seguinte dosataques e defesas, caso a fase ofensiva deum executante não tenha atingido oobjectivo: marcar um ponto. Leia-se:executar um ataque que, em situação nãocontrolada e regulamentada (assumida pelosdois) daria uma lesão ao adversário.

A circunstância competitivainstitucionalizada pela WKF/FNK-P é aquiassumida como referência de base, mas nãopercamos a ideia de que o que aqui se referirsegue princípios comuns para outrascircunstâncias regulamentares (regrasdiferentes de competição, combate de dojoou de exame; combate de defesa pessoal;etc.).A guarda é a posição de base fundamentaldo Karateca para a realização eficaz dasprincipais acções em combate:

-Observação do adversário directo;-Deslocamentos rápidos em qualquerdirecção e sentido;-Execução de ataques;-Execução de defesas.

A guarda é uma atitude importantíssima noKarate, assumindo especificidades técnicaspara a resolução de situações de combatee, ao mesmo tempo, é um exercício paraestimulação de alguns componentes deforma específica de resolver situações decombate. forma específica de resolversituações de combate.Aqui estamos preocupados em introduzir anoção clara aos praticantes de Karate quequando “estão em guarda”, num exercíciode Kihon, de Bunkai, de Kumite ou mesmoem algumas partes do Kata, estão aexercitar-se do ponto de vista físico, técnico,táctico e psicológico.

Em última instância a posição fundamentalde transição (guarda) assume relevância emqualquer acção técnica de ataque ou dedefesa. No entanto, a fase de transição emque não temos fase ofensiva ou defensiva éuma fase clara de guarda.A observação do adversário directo a umacerta distância é o pressuposto. Assim, apostura da cabeça deve facilitar a posiçãodos olhos para se ter uma visão total doadversário e do envolvimento (visão centrale periférica). Assim protegemo nos porquevemos melhor os ataques do adversário.Nosmembros inferiores, as flexões inerentes aostornozelos, joelhos e mesmo coxo-femurais,têm como consequência o baixar do centrode massa do corpo e permitem que se possaexercer força sobre o chão de forma a obterum deslocamento rápido. Não épropriamente para aumentar a estabilidadeque o praticante deve flectir os membros

Descrição da Posição a ExercitarO quadro seguinte resume as característicasda posição de base fundamental (Guarda)assim como salienta a respectiva justificaçãosumária.

inferiores baixando o centro de massa, mas antespara potenciar mais eficazmente osdeslocamentos através da sua extensãocoordenada e para situar os centros articularesem alturas rentáveis aos seus ataques e defesas.O pé da frente empurra o corpo para trás e o detrás para a frente.Neste mesmo sentido, a colocação das pontasdos pés dirigidas mais ou menos para a frentedeve ser criteriosa (principalmente no que serefere ao pé de trás). A participação dessa tíbiotársica é mais rentável com o pé mais dirigidopara a frente do que para trás. O pé da frentepode estar um bocadinho virado para dentro,aumentando assim a participação potencialdessa tíbio-társica.

O afastamento relativo dos dois apoios deveráter uma direcção próxima da que liga opraticante com o adversário e deverá ser tantomaior quanto maior a necessidade de nosdeslocarmos rapidamente para vencer grandesdistâncias. No entanto, esse afastamento relativonão deve ser exagerado ao ponto de pôr emcausa a mobilidade.O afastamento no sentidolateral deverá ser potenciador da mobilidadelateral, não ultrapassando normalmente umalargura superior à dos ombros do praticante.Do ponto de vista dos membros superiores, éfundamental que as zonas de impacto (mãos nacircunstância competitiva institucionalizada) seaproximem ofensivamente dos alvos doadversário, diminuindo a respectiva distância,mas sem perder o objectivo defensivocaracterístico da guarda, situando-se entre oadversário e os alvos a defender.Os cotovelos devem estar próximos do tronco,assumindo uma flexão de cerca de noventa graus(o anterior maior que o posterior), assumindo aprotecção do tronco e preparando o ataque aopossibilitar a extensão.A esta extensão em ataque, soma-se a flexão dosombros que devem estar relaxados e não

Desenho de R. Habersetzer

Características da Posição de Base (Guarda)

Cabeça levantada, em posição natural,olhando o adversário

Tronco naturalmente direito virado para oadversário

M. Superiores flectidos pelos cotovelosnaturalmente junto ao tronco

M. Inferiores com joelhos e tornozelosflectidos

Pés afastados e alinhados na direcção doadversário, à largura dos ombros e com aspontas Maio ou menos viradas para a frente.

A planta dos pés contacta com o solo mais coma parte anterior do que com o calcanhar.

Para quê?

Observação / Protecção

Cobertura / Preparação deAtaques / Defesas

Deslocamentos rápidos

Direcção dos deslocamentos

Equilíbrio / Protecção

Aproveitamento da energiaelástica.

Os exercícios de treino do Karate II – A guardaIntrodução à Posição de Base Fundamental (Guarda)por: Abel Figueiredo

Page 18: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

18

subidos, de forma a preparar um melhorbloqueamento articular quando necessáriaa transmissão do impacto ao adversário.Uma escaplo-umeral (ombro) elevada podepermitir percas de energia mecânica natransmissão dos momentos de força dosmembros inferiores e tronco ao membro deataque. Deve portanto ser evitada.Aplicação do ExercícioO treino da guarda é feito em exercícios deKihon, Bunkai e principalmente de Kumite.No entanto, os exercícios de Kata devem serfeitos tendo em conta os princípios daguarda, principalmente no que respeita aoolhar e, assim, posições da cabeça e tronco.A primeira questão é, portanto, a atitudemental em qualquer exercício de Karate,estimulando a visão central (o foco do olhar)e a visão periférica (o que vemoscircundando o foco central do olhar).Na base desta estimulação da Guarda,estamos a preparar a melhoria dacomponente táctica: com uma boa estratégiaperceptiva vemos melhor as acçõespertinentes do adversário.O Kata é um exercício interessante para issojá que proporciona mudanças de direcçãoapós uma sequência o que significa queolhamos para outras direcções. Esse olhardeve ser penetrante para ver toda a periferiade onde poderá surgir um ataque, não seperdendo no detalhe de um ponto particular.É um olhar diferente do que neste momentoo leitor está a ter, já que tem que seconcentrar no detalhe da sequência dasletras. Só o iniciado faz isso num combate.Depois de alguma experiência, aprende ater um olhar que veja as diferentes direcçõesde onde vem o ataque. Como se pode ler datradução de Kenji Tokitsu do BUBISHI: “osolhos devem ver os quatro lados” (p.181).Em Kihon esse princípio deestimulação da estratégia perceptiva deveser trabalhado. Em cada sequência propostapelo Treinador, deveremos focar o olhar semvacilar, com bastante intensidade,principalmente nas sequências com Kiai equando mudamos a direcção.No entanto, oKihon permite também treinar física etecnicamente aguarda e, a partir dela, todosos deslocamentos e técnicas seguintes,voltando novamente à guarda.Se o objectivoé técnico (postural) deveremos ter em contaas indicações do treinador relativamente àsposições dos segmentos (cabeça, tronco,ombros, braços, antebraços, mãos, ancascoxas pernas e pés), antes, durante e depoisda execução de cada sequência.Se oobjectivo é físico (energético), deveremosconcentrar-nos em ser tão rápidos quantopedido (velocidade/força explosiva), nãodesistir de flectir os joelhos e cotovelos(força/resistência), não deixar aproximardemasiado os apoios (pés) um do outro(força/resistência/flexibilidade), não pararo ritmo das execuções a partir de saltitarespara a frente, para trás, para os lados, etc.(resistência).Quando passamos a situaçõesde Bunkai ou de Kumite, o foco da atenção

tem um alvo concreto, pelo que o treinoperceptivo é importante (táctica). Por outrolado, toda a dinâmica física e técnica jáevidenciadas anteriormente estão tambémaqui inerentes. A orientação da guarda é queneste tipo de situações tem um referencialexterno: o adversário. Isto é imprescindívelpara o seu treino.As mudanças de guardaem função dos comportamentos doadversário, sempre em relação com oequilíbrio ofensivo/defensivo, é um aspectorelevante a ter em conta para estimulaçãotáctica, técnica e física. Os exercícios deKumite são organizados tendo isso emconta.Por fim, a contextualização concretaem relação à área de combate (tatami) dessebinómio eu outro complexifica e fecha ocírculo das situações típicas de estimulaçãoda guarda em Kumite.ExemplosSe as regras fossem diferentes e fossepossível o “KO” atacando com os cotovelos,colocando luvas grandes nas mãos (TaiBoxing, por exemplo), a guarda alterava-sepois o cotovelo passaria a ser uma armapotencial bem importante e eficaz face àprotecção da luva no punho (por isso aguarda é diferente ao levantar mais oscotovelos no Tai Boxing aproximando-os dosalvos – cabeça e pescoço – para ataquesrápidos circulares). No Kyokushinkai comoé inviabilizado o ataque directo das mãos àcara, a guarda é menos protectora epreparadora desses tipos de ataques,protegendo se mais as zonas laterais contraos famosos mawashi-gueri e kakato-gueri dealguns Karatecas de Kyokushinkai. Por issoos ombros levantam-se protectoramente naguarda. No Taekwondo, também a guardase altera radicalmente face às regras. Comcoletes e capacetes, e sem possibilidades deataques directos de mãos à cara, as pernastornam se muito mais eficazes ofensivamentepelas acelerações lineares que imprimemaos pés, e, sem os pontapés às coxas, ospontapés voadores assumem uma relevânciaidentificável. No Karaté competitivo actual(WKF/FNK-P) os ataques directos à caracom a mão fechada (punho) são permitidos,sendo a regra do controlo dos impactosfundamental. Não sendo necessáriotransmitir muita força ao tronco doadversário para marcar ponto, a posição dosmembros superiores reflecte isso. Alterar acircunstância regulamentar do combateimplica alterar alguns princípios da guarda.Nos Kata Gekisai, Heihan ou Pinan, logodesde os primeiros movimentos de mudançade direcção a seguir ao yoi, o nossotreinador olha para o nosso olhar e, nele,pretende encontrar foco concreto de atenção/ concentração.Não devemos vacilar esse objectivo porquenos estimula o sistema nervoso, pelo que arotação da cabeça deve ser coerente e firmecom esse pressuposto: olhar para ver. Emexercícios de Kihon, saltitar de pés afastadosem direcção frontal à espera de um estímulode início para executar yoriashi à frente/trás,

à direita/esquerda ou a 45 graus é uma hipótesede início de actividade. Se nos pedirem três sériesde 10 repetições com um intervalo activo desaltitares de 5 segundos, com um intervalo de 1minuto seguido das mesmas três séries com aoutra perna a liderar, temos um exercício típicode iniciação à estimulação básica da resistênciaem guarda que deve ser seguido de indicaçõestécnicas para não perder eficácia. Para a forçaexplosiva é preciso determinar qual a distânciamáxima (DM) a que o praticante chega a partirda sua guarda. Quanto mais próximos da DM,maior a intensidade de estimulação, logo menorpoderá ser o volume requerido. As cargas detreino da força explosiva andam por aqui.Quanto menor a percentagem da DM maiorpoderá ser o número de repetições, pelo quemenor será a intensidade e maior poderá ser ovolume. É claro que a velocidade de execuçãotem a ver com a intensidade também, pelo quevariar o ritmo das execuções dos saltitaresinfluencia a gestão da carga e, assim, osobjectivos da estimulação.Variar as posições dossegmentos dos membros superiores é importante,sendo necessário de verificar se o conceito deprotecção e de equilíbrio ofensivo não se perdena postura. A contracção excessiva da cinturaescapular e bloqueio dos cotovelos é nefasta àrealização rápida das acções de ataque / defesaa partir da guarda.A variação das posições deveacontecer em relação a estímulos mais simples(sonoros) e a estímulos mais complexos (visuais).No primeiro caso não estamos a dar primazia àtáctica, no segundo, caso seja com adversáriosdirectos e com respostas múltiplas, sim. Oprimeiro caso permite mais rigor no controloda carga física e técnica, no segundo, a cargatáctica é importante. Assim, exercícios de guardaem situações de Kumite são essenciais paraestimulação específica e mesmo em descansofísico, a actividade mental deve permanecer noparceiro mais passivo de forma alternada.Breve ConclusãoNão é obrigatório começar pelo Kihon oucomeçar pelo Kumite. É fundamental ter a noçãoda necessidade de estimulação diversificada nassituações de Kihon, Kata / Bunkai e Kumite.Começar por uma implica complementá-la deseguida, no mesmo treino, de preferência.O princípio da determinação da distânciamáxima (DM) para a partir dela prescrevercargas com percentagens de DM cruzadas como número de repetições e respectiva velocidade,parece-nos ser um princípio a introduzir namaioria dos exercícios específicos do treino deKarate.BibliografiaTOKITSU, Kenji (1993), Histoire du Karaté-do, Paris,Editions SEMCASTELO, Jorge, Didáctica da Aprendizagem eAperfeiçoamento do Karate da Iniciação àCompetição (Kumité/Shiai), Curso Fomentado pelaFPK, Abril de 1987 (não publicado).HABERSETZER, Roland (1987), Karaté-do,“Enciclopédie des Arts Martiaux”, Paris, EditionsAmphora, 2º Vol.FIGUEIREDO, Abel (2002), Didáctica do Karaté in :Manual do Treinador de Nível I, Lisboa, FNK-P.

Page 19: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Karate Portugal – Sensei, gostariaque nos fala-se um pouco do seupassado desportivo.

Sensei José Ramos – Quando iniciei omeu processo desportivo, ascompetições não estavam organizadascomo hoje em dia. Quem tratava desseprocesso eram as associações, eportanto organizavam-se váriostorneios, nesses torneios posso dizerque os meus maiores oponentes eram oGomes da Costa e o Marcelo Azevedo,um em Kata e outro em Kumiterespectivamente. Foram seguramenteos meus rivais mais evidentes duranteo tempo em que andei na competição,claro que no C.P.K também me tinhaque haver com competidores de muitobom nível.

KP – Quando iniciou a suaparticipação em provas internacionais?

SJR – A minha primeira participaçãointernacional esteve para ser em1973, mas com o cumprimento doserviço militar obrigatório fuiimpedido e acabei por ir para Angola,por isso a minha primeira

participação internacional foi em Itáliaem Bergam no ano de 1976. Por estaaltura não existiam competiçõesinternas, existiam sim, torneiosparticulares, mas muito poucos.Portanto isto acabou por ser o iníciodo meu processo internacional.

KP – E em relação ao seu 3º lugar emKata equipa no Campeonato Europeu,como é que se conseguiu formar umaequipa sendo as pessoas de locaisdiferentes? E Tempo para treinar?

SJR – Naquela altura o C.P.K.,organizava treinos de graduados de 15em 15 dias no Ginásio Clube Português,e esses treinos permitiram que fossepossível escolher os melhores atletaspara se poder organizar uma equipa deKata. Nessa altura os escolhidos foramo João Gama, o Samuel e eu, portantofoi esta a equipa que conseguiu o 3ºlugar no Europeu da I.A.K.F.. O C.P.K.foi a associação que de certa formasubstituiu a Federação, porque era aúnica que representava o Karatedesportivo, inclusive era o C.P.K. queestava inscrito na E.K.U. EuropeanKarate Union. Os treinos eram

orientados pelo José Custódio e conseguia-se o que hoje em dia se torna impossível,que é fazer estágios de competição duranteuma semana consecutiva. Para todos osefeitos o C.P.K. foi o principal responsávelpor todas as transformações do Karate emPortugal, tanto a nível competitivo comopelas graduações. Todos sabem que foi aprimeira associação a avançar com asgraduações feitas por técnicosportugueses, e pela perspectiva por ondedeveria seguir o Karate nacional. Houvealturas em que as associações remavam emsentido contrário e o C.P.K. semprepressionou para que o Karate enveredassepelo processo desportivo e federativo, aacompanhar este processo estiveramAssociações que lutavam pelo mesmo queo C.P.K. que foram: a U.K.A., A.P.K.S.,XXXXX , e outras que faziam na alturaparte da F.P.K..

KP – Como é que viu o processo detransformação da C.D.A.M. para umprocesso federativo?

SJR – Eu não sou político, mas estivesempre a par de todo o processo. AC.D.A.M e para quem não sabe eradesignada por Comissão Directiva das

José António dos Ramos nasceu a 1 de Dezembro de1953 em S. Tomé e Príncipe. Começou desde novo ainteressar-se por actividades desportivas já que odesporto era uma das principais preocupações docolégio que frequentava: Os Salesianos. Passando peloVoley, Remo, Futebol, entre outras modalidades, aos 16anos decide-se pelo Karate. Assim sob orientação deCarlos Pereira, José Custódio, Luís Cunha e AfonsoVieira, José Ramos começa a praticar na casa daMocidade Portuguesa em Lisboa. Hoje com 50 anos é 6º Dan (Graduado pelo SenseiHidetaka Nishiama 9º Dan, expoente máximo do KarateShotokan), graduado até ao 5º Dan pelo Sensei K.Enoeda, é Licenciado em Educação Física,Seleccionador Nacional, Director técnico da AssociaçãoDesportiva Centro Português de Karate (C.P.K.), foiCampeão Nacional em Kumite e Kata da F.P.K. e emvários torneios não oficiais que se organizavam antesde existir o processo federativo, em provasinternacionais teve um 3º lugar no Campeonato Europeuda I.A.K.F. em Kata equipa e é actualmente um dos maisconceituados Karatecas Portugueses com grandeprestígio e projecção internacional.

19

Entrevista com:Sensei José Ramos 6º Dan ShotokanDirector técnico do C.P.K.e seleccionador da F.N.K.P.

Page 20: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

comportamento diferente, os atletasdos outros países são maisparticipativos, mais empenhados, ealém disso há um maior apoio aos seuscompetidores, “nos somos um povo dopostigo” abrimos o “postigo” para veros outros, e um grande exemplo disso eo processo do Euro 2004 de Futebol,estamos a poucos meses da suaconcretização, e depois dos milhõesinvestidos ainda estamos a levantarproblemas. Noutros países as coisatalvez não fossem assim, vamos levaras “tricas” até à abertura do Euro2004, somos de facto um povo que nosfalta a auto-estima. Na minha opiniãoainda estamos a viver à sombra dosdescobrimentos, e isso já foi a 500 anose não podemos continuar a pensar e aproceder assim.Depois temos outros três problemas:Não ter atletas capazes, não temos ummétodo de treino nacional, uma escolade karate desportivo nacional e osnossos atletas são confrontados muitocedo com problemas pessoais.Portanto, julgo serem estes osprincipais problemas com os nossosatletas se confrontam, daí a falta deresultados desportivos internacionaissatisfatórios.

KP – Haveria alguma maneiraultrapassar esses problemas?

SJR – Sim, se as pessoas tiverem tempopara treinar, tanto os treinadores comoos atletas. Não há segredos, o segredoé treinar.

KP – Mudando de assunto, gostaríamosde lhe perguntar qual é sua opiniãosobre a corrida desenfreada que está ahaver ás graduações?

SJR – Não me queria pronunciar sobreo assunto, mas só tenho uma palavra.Vergonha. Aquilo que se está passar nasgraduações é uma vergonha. Acho quenão se soube a tempo travar estainflação das graduações, não nosentido da evolução das pessoas, massim porque houve um aproveitamento,devido à falta de organização,utilizaram esse processo paracontornar o processo de graduaçõesfederativo. E eu contra a minhaassociação falo, porque fomos nós quepropusemos um diploma com umregulamento que ainda veio tornar pioras coisas. Acho que a gestão HumbertoOliveira tinha um programa degraduações muito mais sério, que de

fisicamente. Essa relação também foifortalecida, porque como muita gentesabe durante muitos anos sempre leveialunos a Londres para fazer exame comele. E eu próprio fiz com ele todos osexames até 5º Dan, e garanto-vos quefoi um percurso bastante longo.Admirei-o sempre pela sua dinâmica,pelo seu carisma, pela postura, e naminha opinião foi um dos melhoresmestres a transmitir o verdadeiroespírito do Karate.

KP – Qual a sua opinião sobre o Karatenacional da actualidade?

SJR – Todos os processos sãoevolutivos, só os “Velhos do Restelo” éque não pensam assim, o Karate quesefazia a 30 anos não têm nada a vercom o que se faz hoje em dia, as coisasevoluíram, o processo foi lento, houvebastantes contradições, houvecaminhos percorridos de uma formaerrada mas o processo têm andado paraa frente. O Karate que temos hoje emdia é sem dúvidas melhor do quetínhamos antigamente. Não podem virdizer que o Karate antigo era melhorque o actual, porque não era, o Karateevoluiu, e sobre isso não pode haverdúvidas. De facto deveríamos estarnoutro patamar, se as coisas tivessemacontecido mais cedo e se tivéssemosaproveitado os erros dos outros países,talvez tivéssemos conseguido, mas dequalquer das maneiras o nosso Karateestá melhor, está bem organizado,temos muito melhores Karatecas, issoé um facto inegável. Isto quer dizer quehá sempre um melhor caminho, maseste foi o nosso caminho, e acho queestamos no bom caminho.

KP – Verificamos que o nível técnicodos nossos atletas comparados com odos outros países é muito superior, eisso pode-se verificar nos estágiosinternacionais, como é que explica onosso insucesso competitivo?

SJR – Na minha opinião, um dosprincipais motivos é a falta de auto-estima, e isso não é só um problema dosatletas do Karate, estendesse tambémà sociedade portuguesa em geral. Apartir de determinada altura da nossahistória, e só os historiadores poderãodetectar isso, acho que perdemos anossa auto-estima, não temos a crençados outros povos. Na minha experiênciaparticipativa em provas internacionais,verifiquei que os nossos atletas têm um

20

Artes Marciais, estava vinculada aogoverno e foi criada para controlar asArtes Marciais.O C.P.K. dentro desseorganismo sempre defendeu que o Karatetivesse uma Federação própria, à imagemdo que acontecia com os outrodesportos.Em todo esse processo o Dr.Romulo Machado foi a figura central paraa extinção da C-D.A.M..

KP – Mas depois desse processo foramcriadas duas Federações?

SJR – SJR – Não, primeiro foi criada aFPK, depois foi criada a F.P.K.D.A. queera uma extensão da própria C.D.A.M.Mais tarde é que se conseguiu a união dasduas federações e então foi criada a actualF.N.K.P., que no fundo foi pelo que semprelutamos, uma única federação querepresentasse os interesses de todos osestilos e associações.

KP – Qual o seu papel em todo esseprocesso?

SJR – Quase nenhum, porque naquelaaltura assumi um papel que ainda hojetento assumir, o de técnico.

KP – Quer falar um pouco de seu percursono Karate Shotokan e o que significou parasi o Sensei K. Enoeda?

SJR – Como todos sabem, no início detodas as coisas, os processos nunca sãomuito certos, existe no início do C.P.K. umacerta nebulosidade, porque primeiro estevepara representar o Wado-Ryu depois oGoju-Ryu, mas dizem os mais antigos queo C.P.K. ficou ligado ao Shotokan porquedurante um Campeonato europeu o grupodo C.P.K. foi tirar uma fotografia com oSensei T. Kase, e daí a ligação ao Shotokan.Em relação ao Sensei Enoeda, posso dizerque foi um processo muito antigo. Eleconheceu-me no Karate desde muito novo(17 anos), e posso dizer que foi sempremuito rigoroso comigo, e para perceberemisso, posso contar-vos uma história que meaconteceu num dos estágios que fiz emAlicante em Espanha, esse estágio foi aprimeira vez que o Sensei Enoeda ia aEspanha, estavam presentes mais de 100pessoas, entre elas o Sensei Aoki e o SenseiOsaka, no meio do grupo ele descobriu oJosé Ramos e durante o estágio não saiuda minha beira. A exigência foi tal, quepor causa de um pontapé que me acertouna cabeça comecei a deitar sangue pelonariz, não porque me quisesse aleijarpropositadamente mas sim porqueera muito exigente, tanto técnico como

Page 21: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

português foi medalhado internacionalmente.A esta direcção de facto temos que lhes daros parabéns, porque de facto tem feito umbom trabalho em termos da resolução dosproblemas económicos, fez com que as provasdesportivas tenham uma certa regularidade,mas penso que tem de passar para umpatamar superior e fazer um maiorinvestimento nas selecções. Claro que nãoestou a dizer novidade nenhuma, mas esperoque este apontamento sirva para alertar afederação nesse sentido.

KP – Não acha que as Associações encravamtodo o processo evolutivo do karatedesportivo nacional?

SJR – Já toda a gente sabe que asassociações impedem o desenvolvimentodesportivo do karate, isso acontece porqueas associações estão muito mais bemorganizadas e um muito maior podereconómico, por esse motivo acabem por termais força que a federação. E temos umexemplo noutra área desportiva, que é nofutebol, as associações tem mais poder que afederação, por isso é que o nosso futebol estáno estado que está.Neste momento penso ser um processocomplicado pedir as associações queabdiquem desse poder, mas se isso fossepossível a solução seria avançar paraassociações Regionais ou Distritais.

KP – Acredita que o Karate nos JogosOlímpicos será para os nossos dias?

SJR – Eu gostava de acabar a minha carreiranos Jogos Olímpicos, mas penso que não épara os nossos dias, no Karate existem muitasadversidades, e vai ser difícil reunir todosem torno desse objectivo. Enquanto existir afigura dos “Mestres” vai ser difícil o Karateentrar para os Jogos Olímpicos.

KP – Em conclusão desta entrevista gostariade lhe perguntar se não acha que estamoscom uma geração de novos atletas etreinadores com uma nova mentalidade?

SJR – Sim é verdade. A nova geração deatletas nos escalões de cadetes e juniores,acho que estão com uma mentalidade maisganhadora, assim como os treinadores, achoque isso se deve ao facto das pessoas tereminvestido a todos os níveis, desde a formação,até as condições do próprio treino, hoje emdias a maior parte dos atletas já tem acessoa treinar em ginásios muito bem equipados.Em relação à vontade ganhadora deste grupode jovens atletas e dos seus treinadores,espero que ela se mantenha e prolongue parabem do Karate Nacional.

para acesso a qualquer actividade oulugar na vida federativa, porque osabem e assumo o que disseanteriormente, que há graduaçõesfeitas de maneiras pouco licitas, e temosum caso na nossa associação, umapessoa chumbou num exame de 1º para2º Dan, e passado uma semana já era2º Dan, e como este há muitos maiscasos, e isto é a prova evidente que oprocesso está completamenteerrado.Devesse sim recorrer aos níveisdos cursos de Treinadores.

KP – E em relação à federação,concorda com o modelo actual?

SJR – Esta federação foi confrontadacom uma série de dívidas, e teve que asenfrentar, portanto acho que em termoseconómicos, tem funcionado muitobem, em termos desportivos, penso quecredibilizou a realização das provas.Como é lógico há sempre problemas,mas penso que estão no caminho certo.Sabemos que ainda a muito trabalho aazer, pelo menos em relação asselecções, acho que a federação deveriafazer um maior esforço no sentido deconseguir fazer um maior investimentonas várias selecções. Porque são elasa imagem visível da própria federação,enquanto as direcções da federaçãonão perceberem que para além das:acções de formação, das provasdesportivas, das partes administrativas,o que realmente interessa ao poderpolitico são resultados desportivosinternacionais. O que lhes interessa éque venha no jornal que um atleta

facto se tivesse sido posto em práticamais cedo teria posto as graduaçõesniveladas de uma forma mais correcta.Àquilo que as graduações chegaram, éde abandonar totalmente todo oprocesso a que as próprias graduaçõesdão acesso até mesmo na arbitragem.Por exemplo, não quero dizer quesomos melhor que os outros, mas oprocesso de graduações do C.P.K.assim como o de outras Associações dereferência (as mais antigas) está muitoatrasado em relação ao que se passa anível nacional, porque de certa formaessas Associações souberam controlaressa inflação. Depois somosconfrontados com situações aberrantes.Existem atletas nossos que participamactivamente na vida federativa, mascomo tentamos ter um processo degraduações o mais equilibradopossível, acabam por ficarprejudicados pela não progressão nacarreira, enquanto outros indivíduos,que como toda a gente sabe, fazem“exames no balneário” e “examesadministrativos”, aparecem comgraduações que não se sabem de ondevem, e acabam por passar a frente detoda a gente.

KP – Acha que a federação ainda vai atempo de travar esse processo?

SJR – Neste momento perdeu essaoportunidade, penso que se deve, erepito, abandonar completamente oprocesso, de recorrer as graduaçõesprocesso perdeu-se completamente. Asgraduações estão inflacionadas, todos

21

Page 22: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

RUI GERÓNIMO CAMPEÃO NACIONAL DA LIGA DE KARATE SHOTOKAN

22

Rui Jorge Ferreira Teixeira Jerónimo2º Dan ShotokanTreinador monitor - FNKPAssociação - UDKS

Curriculum Desportivo(Apenas estão contemplados os principais títulos)

4 x Campeão Nacional da F.N.K.P.2 x Vice-Campeão Nacional da F.N.K.P5 x Campeão Nacional da L.P.K.Shotokan6 x Campeão do Mundo F.S.K.A.1 x Campeão Europeu F.S.K.A.1 x Vice-Campeão Europeu F.S.K.A.5º Lugar no Campeonato Europeu da E.S.K.A.6x Campeão Regional da F.N.K.P.2x Vice-Campeão Regional da F.N.K.P.

Page 23: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

KATA SHOTOKAN - UNSU

23

Page 24: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

XIV CAMPEONATO NACIONAL

LIGA PORTUGUESA DE KARATE SHOTOKAN

Este XIV Campeonato Nacional da LigaPortuguesa de Karate Shotokan realizou-se no Pavilhão 3 do complexo desportivoda Associação Académica de Coimbra.Este evento foi organizado pelaAssociação Académica de Coimbra epela APKS.Podemos dizer que este Campeonatoficou marcado pelo excelente níveldemonstrado pelos atletas participantesno escalão Júnior, assistimos a momentosverdadeiramente espectaculares, pelaexecução técnica demonstrada poralguns dos atletas.Nas provas de Kata, o elogio vai para oatleta Rui Jerónimo que conquistou oesperado título Nacional L.P.K.S. emseniores. Nos juniores já a disputa doslugares foi mais renhida, mas no final omérito foi para o atleta João Oliveira doBoavista F.C. Nas provas de Kata equipa,no nosso entender, as equipas estiveramum pouco aquém daquilo que estávamosà espera, porque em edições anterioresjá vimos melhores prestações nestasprovas técnicas.No Kumite, queremos salientar oexcelente combate entre os atletas João

Oliveira e Carlos Castro, que na nossaopinião foi o melhor combate doCampeonato, podendo a vitoria ter sorridoa um ou a outro atleta, visto os dois estaremnum excelente nível e a arbitragem estarmuito exigente na execução técnica dosatletas. Já noutros combates isso não sepassou, o que na nossa opinião nãodignificou o espectáculo. Esse na nossaopinião, foi um dos aspectos mais negativosna arbitragem pois não houve umauniformização nos padrões de pontuação.Tirando estas situações, no geral o nível daarbitragem esteve bem. No Kumite dosseniores assistimos a provas que nos diasde hoje já não são admissíveis, muitocontacto físico e pouca técnica, faz-nosparecer que estes atletas não treinam osuficiente, daí as más prestações técnicas.É lógico que houve bons combates, maspoucos, o que nos seniores deveria ser ocontrário.No final do Campeonato, no geral, osintervenientes ficaram satisfeitos, tanto coma organização como com o desenrolar dasprovas.Tivemos, para além de ter assistido ásprovas, o prazer de ter conversado com o

24

Page 25: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Seleccionador Nacional da L:P.K.S. SenseiJosé Ramos, e uma das suas frases foi, “ temosaqui uma geração de bons atletas…” referia-se aos atletas juniores que participaram nesteCampeonato. Destes atletas, saíram osrepresentantes de Portugal para oCampeonato Europeu de Shotokan daE.S.K.A. que se realizou em Sanderland ,Inglaterra no passado dia 6 e 7 de Dezembro.

25

RESULTADOS INDIVIDUAIS:

KUMITE IND JUN MASC1º João Pinto – SFRA Amadora/CPK2º Carlos Castro – CKS Porto/CPK3º Sérgio Pereira – Negrelense/CPK3º João Oliveira – Boavista FC/CPK

KUMITE IND JUN FEM1º Delilah Gonçalves – Vilacondense/CPK2º Vera Sousa – Negrelense/CPK3º Sandra Martins – Crazy B.Gym/CPK3º Mariana Pinto – CKSPorto/CPK

KATA IND JUN MASC1º João Oliveira – Boavista FC/CPK2º Carlos Castro – CKS Porto/CPK3º Jorge Castro – CKS Porto/CPK3º Ricardo Monteiro – Negrelense/CPK

KATA IND JUN FEM1º Eliana Santos – CKS Odivelas/ANAM2º Joana Santos - SRA-UDKS3º Sandra Gonçalves – KS Vila Aves/CPK3º Ana Santos – SFRA Amadora/CPK

KUMITE IND SEN MASC1º Tiago Lima – KS Vila Aves/CPK2º Gustavo Trony – SFRA Amadora/CPK3º Mário Faria – SFRA Amadora/CPK3º Pedro Silva – Vilacondense/CPK

KUMITE IND SEN FEM1º Susana Bastos – CCC Barcelos/CPK2º Ilda Cadilhe – Vilacondense/CPK3º Carla Jerónimo – SRA/UDKS3º Vanda Carreiro – Forte da Casa/ASKP

KATA IND SEN MASC1º Rui Jerónimo – SRA/UDKS2º Paulo Julião – Puxa Estica/CPK3º Pedro Carreiro – FC Alverca/ASKP3º Tiago Lima – KS Vila Aves/CPK

KATA IND SEN FEM1º Isabel Teixeira – SRA/UDKS2º Carla Jerónimo – SRA/UDKS3º Vanda Carreiro – Forte da Casa/ASKP3º Rosa Cardiga – CKS Odivelas/ANAM

Page 26: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

RESULTA POR EQUIPAS:

KUMITE EQUIPA JUN MASC1º CKS Porto/CPK2º SFRA Amadora/CPK3º EKACR Lordelo/CPK3º ARCD Negrelense/CPK

KUMITE EQUIPA JUN FEM1º KS Vila Aves/CPK2º SFRA Amadora/CPK3º CKS Odivelas/ANAM3º CKS Arroja/ANAM

KATA EQUIPA JUN MASC1º CKS Odivelas/ANAM2º CKS Porto/CPK3º EKACR Lordelo/CPK4º ARCD Negrelense/CPK

KATA EQUIPA JUN FEM1º CKS Odivelas/ANAM2º GC Vilacondense/CPK3º AA Coimbra/APKS4º KS Vila Aves/CPK

KUMITE EQUIPA SEN MASC1º SFRA Amadora/CPK2º KS Vila Aves/CPK3º UDK Roriz/CPK3º AA Coimbra/APKS

KATA EQUIPA SEN MASC1º CKS Odivelas/ANAM2º GC Vilacondense/CPK3º KS Vila Aves/CPK4º AA Coimbra/APKS

KATA EQUIPA SEN FEM1º SRA/UDKS2º GC Vilacondense/CPK3º …………..4º …………..

26

Portugal 3º Classificado no Campeonato Europeu de Shotokan (E.S.K.A.) em KumiteEquipa Juniores. Reportagem alargada na Karate portugal Nº4 que sai em Março 2004www.eska-karate.com

Page 27: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Com que idade começou a treinar?Tinha 15 anos. Comecei em Braga no clube deKarate Wado Ryu de Braga, no Caranda, cujaorientação, na altura estava a cargo de ZéLeitão.

Competições. Começaste com que idade?Fiz a primeira competição com 16 anos nocampeonato nacional de Wado Ryu.Na altura o CPKW era orientado pelo MestreFernando Suissas que organizavacampeonatos nacionais de estilo. Nesse anocom 16 anos fui campeão nacional na minhacategoria de -60 kg e a partir do ano seguinteintegrei logo os trabalhos da selecçãonacional, na altura tendo em vista apreparação para o campeonato da Europa decadetes e juniores em Cascais. Iniciei o treinoda selecção em 1991, para ser mais concreto,em 1990 há esse estágio nacional, onde euatinjo o meu primeiro lugar no estilo. Em 1991no final começa a haver captação de treinos ecomo sabem na altura havia 2 federações eeram feitas sem nenhum critério em termosdesportivos. As associações enviavam para oPorto e Lisboa os atletas para treinarem e daiera escolhida a selecção. Eu fui um dos que,nessas centenas de praticantes ou milharesentre Lisboa e Porto, pois só no Porto eram àvolta de 600 atletas, depois ficou uma reduçãodesse número onde eu integrei a comitiva quedepois participou dia 1 e 2 de Fevereiro de1992 o campeonato da Europa de cadetes ejuniores em Cascais.

O que te levou a vir para o karate?A minha vinda para o karate prendeu-se com2 factores fortes. Primeiro na altura em queera jovem, o actor que estava na moda há 15anos atrás era o Van Damme e como sabem ascrianças transcendem-se ao ver esse tipo defilmes e essa transcendência apoderou-se demim. Gostava de ver esse tipo de filmes, comogostava de Bruce Lee e outros actores de artesmarciais.O segundo factor: eu era para treinar Shotokanporque na escola onde eu tinha aulas, na escolaD.Maria II o mestre José Ramos era lá profes-sor. Eu ia lá ver os treinos. Depois tinha umamigo que andava noutra escola mas de WadoRyu que ficava no Caranda e disse-me paraexperimentar, gostei e cá estou até ao dia dehoje sempre a treinar sem interrupçõesfelizmente.

Referências do Karate?Em termos de referências da via Marcialadmiro como é obvio o mestre Suzuki, aindavivo com 75 anos. É uma lenda do karate

no estilo ou mesmo no karate emgeral. Com a sua idade apresentauma performance fora daquilo queé normal. Como admiro outrosmestres não só do estilo como deoutros estilos.No campo desportivo, em termosinternacionais, admiro a atleta AlexBiamonti principalmente pelaversatilidade que apresenta emcombate. É um indivíduo que emtermos de acções ofensivas edefensivas tem uma estrutura sua

muito própria, muito singular e queconsegue aliar isso tudo aoespectáculo. É talvez o atleta maisespectacular a fazer competição.Em termos nacionais, há 2 ou 3 atletasque também aprecio, mas por questõeséticas não vou nomear., mas tenho anoção perfeita que temos 3 ou 4 atletasde grande valor em termos nacionais eque se podem projectar a nívelinternacional à semelhança de grandespotências como França, Espanha,Inglaterra e outros países.

Joaquim GonçalvesCampeão Nacional de Kumite

Joaquim Gonçalves 4º dan Wado-Ryu

27

“Campeão do Mundo de Shito-Ryu e 11 vezes Campeão Nacional de Kumite”

Page 28: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

28

Há algum facto que te tenha marcado atua vida de karate?Em termos desportivos há uma coisa queme marcou muito positivamente e pensoque marcou o karate de há 30 anos atrása esta parte. Eu obviamente não faziakarate, mas quando comecei a fazer o ka-rate desportivo aquilo que verificava eraque o tipo de movimentação que eraadoptado era uma movimentaçãoestagnada, era um tipo de deslocamentoque era feito com 1 grande base desustentação de equilíbrio. E quandointegrei os treinos da selecção em 1991ia com esse tipo de postura, comdeslocamentos básicos que tinha a vercom a técnica e começa-se a ver com aexperiência que vou tendo e pelo feedback dos treinadores das selecçõesnacionais que o karate tem algumsaltitares. Foi uma coisa nova para mimna altura, porque eu sempre tive afelicidade, é inato em mim, ter acapacidade física de velocidade bemdesenvolvida não só por ser inato masporque a treinava, as pessoas diziam queparecia que eu estava ligado aelectricidade, que quando começava asaltitar fazia-o com alguma intensidadee energia. Depois comecei a ver adistinção entre o combate marcial e ocampo desportivo. No campo desportivopode-se desenvolver ainda mais essascapacidades.Hoje concluo que uma coisa que naminha opinião é irreversível, é aseparação entre o karate desportivo e okarate marcial ou técnico. Tem que ha-ver obrigatoriamente esse rompimento.Aliás, Pinna e Biamonti apoiaram todoseu karate na via desportiva. Se calharestamos agora a dar esse passo.Começamos a ter atletas que sepreocupam com a parte desportiva. Issoé o que mais me marcou em termosdesportivos.

Titulo mais importante em termosdesportivosHá uma separação que é importantefazer. Um título de estilo nunca significatanto como um título onde a globalidadedos praticantes divergem dos váriosestilos, mas obviamente que não possodissociar o título de campeão do mundo.Fui campeão do mundo na minhacategoria em 2001 na RepúblicaDominicana e já tinha feito 2 ou 3campeonatos do mundo antes e nunca otinha conseguido. Esse título marcou-memuito mas em termos de estilo. Fiqueiimensamente satisfeito e foi oreconhecimento de um trabalho e de umobjectivo que vinha a tentar alcançar jáhá alguns anos.Agora vou-lhe dizer que há títulosnacionais com maior dificuldade do queás vezes nos campeonatos de estilo e essedeve ser um marco importante.

E posso dizer que em termos nacionaiscada título que vou alcançando me marcacada vez mais. Este ano desportivo ante-rior (…) conquistei o 11º titulo nacionale isso vai marcando porque é um recordee sendo um recorde obviamente que tituloa titulo vai sendo cada vez mais difícilbate-lo.Isso é uma coisa que me deixaimensamente satisfeito. Porque essestítulos em termos nacionais têm umsimbolismo muito grande.No campo desportivo precisamos criarduas ligas de karate desportivo e paraquê? Eu vou fazer um combate em Portu-gal e toda a gente me conhece eestrategicamente se calhar eles jogam àdefesa ou se retraiem ou vem com medopara o combate e isso cria algumasdificuldades ao adversário, nesse caso amim. Eu já passei por algumas situaçõesdesagradáveis, algumas mesmo dedesclassificação por atletas que na alturase encontravam a perder já por váriospontos e fui desclassificado pelo desnívelque há entre alguns praticantes que hojeapresentam um nível superior a outros.Eu penso que tem de se criar um ramoigual aos outros países que são duas ligas.Temos o exemplo da Franca. Tem duasligas e origina maior competitividade.Quem está na segunda tenta passar paraa primeira e quem está na primeiraapresenta já um nível de selecção eobviamente mais perto de apoiosmonetários e materiais e em Portugaldevemos caminhar para isso.

E os teus treinos?No inicio da época o meu treino é semprebidiário. Consiste num trabalho deresistência e força aliado sempre aotécnico. Depois a intensidade dos treinos,conforme a forma física vai subindo aintensidade dos treinos vai diminuindo.Porque o objectivo depois é manter omaior tempo possível. O karate tem umperíodo dilatado de competiçõesdesportivas. Por exemplo começamos acompetir em Janeiro e o campeonato daEuropa é em Maio. É preciso que umatleta fique bem preparado para umaépoca desportiva. Depois passamos paraum treino diário e fazemos em média trêsa quatro treinos direccionados para okarate desportivo. Á volta de duas horascada treino.

Passatempos, tempos livresO que mais gosto de fazer nos temposlivres é desporto, porque tenho um ginásioe dedico esse tempo à actividade física.Sou praticante de karate, mas gosto devolei, futebol, basket, musculação, cardio-vascular. Faço pelo prazer que me dá odesporto. O segundo hobbie são asviagens. Quando viajo tenho sempre dafazer a minha corrida, quando não possofaço outros exercícios.

Conselho para os jovenscompetidores.O Conselho que salvaguardo e é umadas coisas que tento implementar naminha filosofia de estar no karate e aosmeus alunos, é que devem treinar emqualquer circunstância e em qualquersituação, e dou-lhes um exemplo.Muitas vezes os nossos jovens sãoinfluenciados por outros para situaçõesque lhes parecem mais agradáveis doque ir ao treino. E o facto de ir ao treinonum dia de tempestade, ou num dia quenão lhe apeteceu ou até não gostou dotreino, deve treinar sempre. Pois só coma repetição exaustiva do treino é queos nossos jovens se vão projectar e vãoser eles a segurança do karatenacional. E por isso, este é o conselhoque lhes dou. Devem treinar emqualquer situação, mesmo naquelasmais difíceis, em que a vontade de irao cinema, jantar com amigos é maisforte. Devem vencer essa inérciaporque no futuro isso vai ter umarepresentação enorme na suaqualidade enquanto homem, técnico,praticante e enquanto pessoaenvolvente e decisiva na modalidade.Este vosso trabalho é de extremaimportância. Penso que o karatenacional está a necessitar deste tipo depublicidade porque não temos. Hojevocês estão a apontar um projecto novoe abrangente que me pareceextremamente positivo e gratificante. Epor isso enalteço a vossa posição epensar que esta iniciativa traga maiscomunicação social porque uma coisaque podemos ter a certeza é que essaprojecção depende da comunicação so-cial. E por isso um bem haja paravocês. Pois também merecemos estavossa cobertura, pelas nossas milharesde horas que temos na modalidade.

Page 29: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

29

P. Sabemos que o Sensei AJfonso é 3ºDandesde os 21 anos de idade, tendo agora 36.,como explica o porquê de permanecer coma mesma graduação ao longo de tantotempo?

R. O facto de ter neste meu percursocompetido até aos 25 anos de idade, e meter dedicado inteiramente a esta actividade,não senti grande relevância em adquiriroutras graduações. Sempre me preocupeina interiorizarão de elementos técnicos emetodológicos.

P. Qual os motivos que o trouxe a esteestágio e à orientação do mesmo?R. A grande amizade que nutro pelo SenseiRegadas ao longo destes anos é um dosprimeiros motivos, como também, a minhasatisfação pessoal por me sentir sempre emcasa juntamente com ele e os seus alunos.

P. O Sensei tem vindo assiduamente aonosso País orientar estágios, como tal,acha que os Karatecas Portugueses têmevoluído?R. Sim, têm evoluído bastante, sobretudona mentalidade, na abertura a novasideias, a novas metodologias e sistemas detrabalho.

P. A convite do Sensei Alfonso estiveram 4Clubes de Karate a participar num torneioem Santander (Karate Shotokan de Viladas Aves, Clube de Karate de Freamunde,Clube de Karate da Maia e Clube de Ka-rate deGaia). A nível competitivo o queachou da participação dos nossos atletas?

R. Em Kumite o nível competitivo é bastantebom, mas em Kata falta ainda uma certaexperiência.

P. O Karate Olímpico será positivo ou negativoquando pensamos na essência do KarateTradicional?R. Se falar como um técnico vejo a possibilidadede que muitos como eu possam ver o seutrabalho profissionalizado, dirigindo a suaatenção somente para um grupo restrito eselectivo de atletas.Como competidor poderá ser umaoportunidade interessante para que se possaser recompensado monetariamente. Mas comoKarateca profissional vejo as Olimpíadas comoo oposto a tudo o que aprendemos no Karatetradicional, onde bebemos a cultura e osensinamentos das Artes Marciais Japonesas. AArte deixa de existir e apenas o desporto vemao de cima. No entanto, como professor, osdesportistas também são imagens a seguir,porque simbolizam sacrificio, esforço,honestidade, trabalho, responsabilidade, etc.

P. Para quando um novo Estágio em Portu-gal?R. Ainda este ano, a 14 de Dezembro, ondevenho orientar um estágio do Clube de Karatede Freamunde.

P. O Sensei Alfonso neste estágio insistiuparticularmente na postura. Acha que osKaratecas Portugueses precisam demelhorar este aspecto? Acha que não Ihesé muito relevante?

R. Penso que faltam duas coisas.Primeiramente, um treino especifico paraa competição de Kata. Os atletas têm quetreinar naquilo que os árbitros vão prestarmais atenção, dado que, existem factoresespecíficos somente inerentes à competiçãoque muitas vezes não têm haver com o Ka-rate tradicional. Desses factores específicosposso enumerar alguns; a postura, aapresentação, todo o aspecto visual que osatletas transmitem desde o primeiroinstante que entram no Tatami. Tudo istose torna fulcral para uma boa competição.Esta que é em suma uma competição deexpressão.

P. Qual a razão de os KaratecasPortugueses não encarem a competiçãocom o mesmo profissionalismo como osKaratecas Espanhóis?R. Talvez porque a competição Espanholatem muitos mais anos de prática. OsPortugueses ainda seguem demasiado aslinhas tradicionais do Karate em detrimentode um treino especifico para a competição.Apesar de considerar isto também positivo,o Karate é realmente para todos, noentanto, não nos podemos esquecer que acompetição precisa de outra precisão, porisso, também tem que ser mais selectivapara ter resultados mais positivos.

P. Como vê o Karate daqui a 5 anos?R. Irá por dois caminhos completamenteopostos. Um deles exclusivamentedesportivo, directamente direccionado para

a competição, assim como, paraum gruporestrito de Karatecas,grupo este somente profissionalque poderá esquecer os valorestradicionais.O outro caminho será ofortalecimento das associaçõesque procuram outro tipo de Ka-rate, o Karate Japonêstradicional, onde vão interligarmodelos orientais e desportivos.P. O Karate Olímpico poderá setomar uma realidade?R. Será muito dificil. Se talacontecer o regulamento dacompetição precisará demudanças radicais.

Em Kata acredito que será impossível, porqueKata é uma expressão artística, e como tal, asua avaliação torna-se demasiado subjectiva.A Arte não se pode medir e não nos podemosesquecer que Kata é Arte. O Kumite poderáeventualmente tornar-se Olímpico porque éalgo que se pontua de uma forma mais precisa.

Entrevista ao Sensei Alfonso Domínguez Sotorrío, 3° Dan, Técnico Superiorem Actividades Físicas e Recreativas, Treinador Nacional de Karate, que sedeslocou ao nosso pais para a realização de um estágio que se realizou emLamego e que marcou o inico de época do CKFreamunde.

ESTÁGIO DE ÍNICIO DE ÉPOCA DO C.K.FREAMUNDEcom SENSEI ALFONSO SOTORRIO

Page 30: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

CAMPEONACAMPEONACAMPEONACAMPEONACAMPEONATO REGIONALTO REGIONALTO REGIONALTO REGIONALTO REGIONALSUL E CENTRO SUL - FSUL E CENTRO SUL - FSUL E CENTRO SUL - FSUL E CENTRO SUL - FSUL E CENTRO SUL - F.N.K.P.N.K.P.N.K.P.N.K.P.N.K.P.....

30

KATA IND JUN FEM1º C.SEGURA – KPS/CK CANEÇAS2º L.FERRO – ASRP/IRMANADORA3º A.OLIVEIRA – CPK/SFRA AMADORA3º A.SANTOS – CPK/SFRA AMADORA

KATA IND JUN MASC1º R.REIS – CKP/INDOOR GYM2º E.NARCISO – AKPM3º N.RIBEIRO – KPS/CHUT 23º L.BERNARDINO – KPS/CANEÇAS

KUMITE IND FEM JUN -53KG1º M.CARMO – UKA/LISBOA2º G.SILVA – UKA/1ºMT3º A.SANTOS – CPK/SFRA AMADORA3º …………….

KUMITE IND FEM JUN -60KG1º F.MOREIRA – KPS/URMB DOJO2º H.GUTIERRES – NPKW/BURACA3º I.PISCALHO – ADSAK/ALPIARÇA3º A.OLIVEIRA – CPK/SFRA AMADORA

KUMITE IND FEM JUN +60KG1º A.ROCHA – JKFGKP/OGKKP2º C.PIRES – ADSAK/AZAMBUJA3º C.SANTOS – CDR/QUART.3º ISA VINHAS – ADSAK/CARTAXO

KUMITE IND MASC JUN -60KG1º A.ALVES – LNKP2º A.SANTOS – JKFGKP/OGKKP3º A.FIGUEIREDO – LNKP3º D.SILVESTRE – AAMA/G.OLIMPICO

KUMITE IND MASC JUN -65KG1º L.MAGALHÃES – UKA/CK OLHÃO2º J.FIGUEIREDO – ADSAK/P.NEGROS3º R.REIS – CKL/INDOOR GYM3º M.SOUTO – AAMA/KCA

KUMITE IND MASC JUN -70KG1º M.RODRIGUES – ADSAK/CK D’AIRE2º R.BORBA – UKA/LISBOA RC3º A.PIEDADE - LNKP3º N.RIBEIRO – KPS/CHUT 2

KUMITE IND MASC JUN -75KG1º H.PINTO – CPK/SFRA AMADORA2º J.PINTO – CPK/SFRA AMADORA3º J.JUSTO – AKWP/WK SANT.3º H.MATOS – CPK/KS FUNG

KUMITE IND MASC JUN -80KG1º H.LOURENÇO – CPK/SFRA AMADORA2º ……………….3º ……………….3º ……………….

KUMITE IND MASC JUN +80KG1º A.FERREIRA – ADSAK/CARTAXO2º H.SOARES – ANAM/CKSA3º D.GABRIEL – UKA/KC FARO3º M.HERNANDEZ – UKA/UKC

KATA IND CAD FEM1º D.SARAIVA – UKA/KC FARO2º B.VIEIRA – JKFGKP/OGKKP3º C.SILVA – AAMA/U.FITNESS3º M.SILVA – JKFGKP/AK BEJA

KATA IND CAD MASC1º DAVID ROQUE – KPS/BV CANEÇAS2º R.AMARO – KPS/CHUT 23º JOÃO DO Ó – MSK/KCSSC3º JORGE CAEIROS – CPK/BOBADEL.

KUMITE IND FEM CAD -50KG1º W.VIEGAS – AAMA/LD CLUB2º A.SANTOS – NKPW/PONTINHA3º P.SOUSA - LNKP3º V.FERNANDES – AKWP/SANTARÉM

KUMITE IND FEM CAD -55KG1º I.SOUSA – AAMA/LD CLUB2º A.LOURENÇO – CKL/INDOOR GYM3º P.CANIÇO – ADSAK/P. NEGROS3º J.HIPOLITO – ADSAK/P. NEGROS

KUMITE IND FEM CAD +55KG1º A.PANINHO - LNKP2º B.VIEIRA – JKFGKP/OGKKP3º C.SANTOS – APOGK/OH CLUB3º M.CANCELA – APKS/T. SINTRA

KUMITE IND MASC CAD -55KG1º R.CERQUEIRA – UKA/1ºMT2º G.LEBRE – UKA /LISBOA RC3º B.MARTINS – AAMA/LOULETANO3º …………

KUMITE IND MASC CAD -60KG1º P.SOUSA – UKA/KC FARO2º J.CAEIROS – CPK/BOBADEL.3º A.CARDOSO – ANAM/ARROJA3º L.FIZEIRO – ADSAK/SSE

KUMITE IND MASC CAD -65KG1º J.MACHADO – ADSAK-SFC2º M.MEALHA – AAMA-G. OLIMPICO3º A.SANTOS – ADSAK/ALPIARÇA3º V.FERREIRA – KPS/CDR C.PAU

KUMITE IND MASC CAD -70KG1º F.CARNEIRO – ANAM/CKSO2º A.PINTO - LNKP3º R.OLIVEIRA – NPKW/PONTINHA3º J.CORREIA – AKBA/AKATEMIA

KUMITE IND MASC CAD -75KG1º J.MOREIRA – APKS/TUNA2º D.JESUS – CKL/INDOOR GYM3º P.LOPES – APKS/CMC3º F.SANCHES – ANAM/CKSO

KUMITE IND MASC CAD +75KG1º A.GONÇALVES – LPK/AHBVA2º L.ROSÁRIO – KPS/BV CANEÇAS3º R.ARAÚJO – NPKW/BURACA3º P.AMOROSO – APOGK/G BODY

Page 31: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

CAMPEONACAMPEONACAMPEONACAMPEONACAMPEONATO REGIONALTO REGIONALTO REGIONALTO REGIONALTO REGIONALNORTE E CENTRO NORTE - FNORTE E CENTRO NORTE - FNORTE E CENTRO NORTE - FNORTE E CENTRO NORTE - FNORTE E CENTRO NORTE - F.N.K.P.N.K.P.N.K.P.N.K.P.N.K.P.....

Classificações Cadetes:

KATA IND CAD FEM1º S. MARTINS – CPK/CBGYM2º T. SANTOS – JVC3º D. SOARES – APKS/AAC3º N. LOPES – CPK/V. AVES

KATA IND CAD MASC1º C.CASTRO – CPK/CKS PORTO2º A.JOSÉ – KPS3º J.CASTRO – CPK/CKS PORTO3º F. GOMES – UDKS

KUMITE IND FEM CAD -50KG1º M. AZEVEDO – APOGK/CK MAIA2º J.RODRIGUES – AWIKP/W.GYM3º F.DUARTE – LPK/A.CANIDELO3º M.TEIXEIRA – LPK/A.CANIDELO

KUMITE IND FEM CAD -55KG1º S.MARTINS – CPK/CBGYM2º A.COSTA – CPK/ACK3º A.AGUIAR – CPK/SKPAREDES3º S.MAGALHÃES – CPK/AMSHOL

KUMITE IND FEM CAD +55KG1º M.PINTO – CPK/CKS PORTO2º O.FERRAS – UKSP/AKF3º B.MACHADO – CPK/V.AVES3º A.PATRÃO – CPK/CCCB

KUMITE IND MASC CAD -55KG1º R.GONÇALVES – APOGK/L.ZERO2º P.ANDRÉ – AWIKP/W.GYM3º S.HENRIQUES – APOGK/CKMAIA3º H.CARREIRA – CPK/CCCB

KUMITE IND MASC CAD -60KG1º J.LEITE – UKSP/RECAREI2º J.MEIRELES – CPK/V.AVES3º I.PINTO – APOGK/CKMAIA3º J.COELHO – PGKK/GRKCF

KUMITE IND MASC CAD -65KG1º C.LUIS – ANGK/PAREDES2º D.TELES – JKFGP/GSS.TIRSO3º A.CUNHA – CPK/G.BRAGA3º I.LEITE – LPK/EKFP

KUMITE IND MASC CAD -70KG1º J.CASTRO – CPK/CKS PORTO2º J.MACHADO – CPK/V.AVES3º J.AZEVEDO – AWIKP/W.GYM3º C.COUTO – CPK/AMSA

KUMITE IND MASC CAD -75KG1º C.CASTRO – CPK/CKS PORTO2º M.OLIVEIRA – AKWP/E.CORPO3º B.SILVA CPK/CKB3º R.GONÇALVES – CPK

KUMITE IND MASC CAD +75KG1º N.SOARES – LPK/CANIDELO2º P.ANTUNES – CPK/CKBSM3º B.SOARES – CPK/CKS PORTO3º G.ROCHA – UKSP/RECAREI

Classificações Juniores:

KATA IND JUN FEM1º J.SANTOS - UDKS2º D.GONÇALVES – CPK/VILACOND.3º V.JORDÃO – HKP/LEIRIA3º S.GONÇALVES – CPK/V.AVES

KATA IND JUN MASC1º J.OLIVEIRA- CPK/BOAVISTA FC2º D.SANTOS – NPK/CKGR PORTO3º J.SANTOS – MSK/ACRM3º D.PACHECO – CPK/G.BRAGA

KUMITE IND FEM JUN -53KG1º A.GONÇALVES – AWIKP/W.GYM2º T.SANTOS – IKC/AD POMBAL3º M.MOTA – CPK/BOAVISTA FC3º I.MONTEIRO – LPK/CANIDELO

KUMITE IND FEM JUN -60KG1º C.CARVALHO – APOGK/CK MAIA2º F.SILVA – CPK/UDKR3º C.FERREIRA – ASGRKP/ESV3º S.GONÇALVES – CPK/V.AVES

KUMITE IND FEM JUN +60KG1º D.GONÇALVES – CPK/VILACOND.2º J.NEVES – CKF/ACADÉMICO3º R.MACHADO – KCVC/MONSE.3º V.SOUSA – CPK/NEGRELENSE

KUMITE IND MASC JUN -60KG1º J.SANTOS – CKF/ACADÉMICO2º A.COELHO – AKWP/W.BRAGA3º H.MARTINS – AKWP/AJCB3º N.RIBEIRO – CPK/ACK

KUMITE IND MASC JUN -65KG1º D.PACHECO – CPK/G.BRAGA2º J.NASCIMENTO – APKS/TRANCOSO3º C.LIMA – APOGK/BOAVISTA3º E.VILARES – CPK/PAREDES

KUMITE IND MASC JUN -70KG1º A.GUINCHO – APKS/CPN2º S.CARIDADE – AWIKP/W.GYM3º F.RODRIGUES – AWIKP/P.GYM3º J.GOMES – CPK/G.BRAGA

KUMITE IND MASC JUN -75KG1º N.MOREIRA – APOGK/CK MAIA2º E.GRÁCIO – CPK/M. NEGRA3º A.CUNHA – CPK/EKACRL3º C.SOUSA – CKF/ACADÉMICO

KUMITE IND MASC JUN -80KG1º J.OLIVEIRA – CPK/BOAVISTA FC2º H.PEREIRA – CPK/CKS PORTO3º J.FILIPE – CPK/RIO TINTO3º F.MAGALHÃES – APOGK/VALONGO

KUMITE IND MASC JUN +80KG1º J.GARVALHO – CPK/CKS PORTO2º D.TAVARES – CPK/ST TIRSO3º F.GONÇALVES - ADKVR3º D.MIRANDA – CPK/CORSANO

31

Page 32: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Relatório do Seleccionador Nacional1-PreparaçãoRealizaram-se sete treinos de preparaçãopara a participação no Mundial.Dos sete treinos realizados, quatro foramtreinos de pré-selecção, juntamente comoutros escalões, um de selecção no qualficou definida a equipa que representoua selecção nacional e dois da selecção:um treino com a equipa sénior, femininae masculina e o um último treino só coma selecção nacional de cadetes e juniorese mais dois atletas que também foramconvocados para o efeito. Os treinosdecorreram no período entre Fevereiro eOutubro , com uma carga horária médiade 5 horas distribuída pelos seguintesdias: 15 de Fevereiro, 6 de Abril, 19 deJulho, 23 de Agosto, 13 de Setembro 27de Setembro e 19 de Outubro.Após vários registos de carácter técnico,táctico, físico e psicológico, em relaçãoao grupo inicial que integrou ostrabalhos de selecção, cerca de 64cadetes e juniores, a equipa técnicaconstituída pelos seleccionadores JoãoDias, Pedro Gonçalves e Carlos Saúde

Dia 24 – Inicio do Campeonato com aprova de Kumite Equipas Juniores.Portugal passou a primeiraeliminatória vencendo a selecção daTunísia pelos parciais de 11-2!1º- Pedro Valadas, vitória por 8-2; 2-ºNuno Moreira - vitória por 1-0; 3ºDiogo Guincho empate 2/2; HugoLourenço empate 0/0; MauroHernandez não foi necessário com-bater. André Santos suplente.Na segunda eliminatória Portugalempatou com o Kuwait pelos parciaisde 10 – 10 e perdeu no combate dedesempate por 11-1.1º- Pedro Valadas, derrota por 0-2; 2-ºNuno Moreira - vitória por 4-1; 3ºDiogo Guincho vitória por 6-3; HugoLourenço empate 0/0; MauroHernandez Derrota por 0-4. AndréSantos suplente. No combate dedesempate Nuno Moreira esteveequilibrado até à fase decisiva docombate, quando sofreu penalizaçãopor excesso de contacto na execuçãoda técnica de ushiro-gueri-chudan, nafase do combate em que o resultado era

seleccionou os seguintes karatecas querepresentaram a selecção nacional, quepela primeira vez participa numcampeonato Mundial de Cadetes eJuniores.Cadetes: - 70 kg – Jorge Machado; - 75kg – José MoreiraJuniores: - 60Kg – André Santos; -65 kgPedro Valadas; 70 kg – Diogo Guincho;-75Kg Nuno Moreira; -80kg-HugoLourenço; + 80kg Mauro Hernandez.

2- ParticipaçãoA selecção nacional constituída pelosoito elementos atrás referidos,acompanhados dos seleccionadoresCarlos Saúde e João Dias, partiram nodia 23 de Outubro para Marselha tendoficado alojados no Hotel Maeva Prado2,juntamente com o Secretário-geral e oPresidente da Federação. As pesagensefectuaram-se no final do dia 23, noPalácio dos desportos onde decorreu ocampeonato. Todos os atletas da selecçãoencontravam-se com o peso adequado àcategoria para a qual foramseleccionados.

Karate nacional de parabénsExcelentes 4º lugar do atleta Jorge Machado do Clube KS Vila das Aves e 5º lugar doatleta Nuno Moreira do CK Maia no Campeonato do Mundo em Marselha.

32

CAMPEONATO DO MUNDODE KARATE W.K.F.CADETES E JUNIORES EM MARSELHA-FRANÇA

Page 33: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

de 4-1 para o adversário. A partir dai oresultado tornou-se muito favorável parao Karateca do Kuwait, que beneficioudesta interpretação da arbitragem,quando eventualmente poderia ter sidoum Nihon para o Karateca português oque tornaria a pontuação maisequilibrada!Verificou-se que a postura da equipajúnior foi positiva, não só pelaquantidade de pontos marcados, mastambém pelo equilíbrio demonstradocontra o Kuwait que acabou por seclassificar em 4º lugar na disputa damedalha de bronze, o que aliás aconteceucom vários elementos da equipa do Ku-wait que combateram individualmente,tendo um deles sido vice campeãomundial .

Dia 25 – Eliminatórias nas categoriasde –70 kg Cadetes - Jorge Machado;Juniores – 60Kg – André Santos e –65Kg Pedro Valadas.

Jorge Machado - Teve uma excelenteprestação, tendo disputado a medalha deBronze, a qual viria a perder pordesistência dada a lesão sofrida nosmúsculos envolventes da articulaçãotibio társica, devido à execução datécnica de mawashi-gueri- chudan.Venceu o 1º combate contra o FrancêsAramite por 5-2, o 2º combate contra oKarateca Argentino Stagliano por 8-2;o3º combate contra o Karateca do Mexico,Virdee, por 5-2, e perde na final da pouleou seja na ½ final da prova, por 2-7,(com penalização de 2 keikokus) contra oItaliano, S.Portoghese que se sagrou vicecampeão do mundo. Na disputa do 3ºlugar( não se trata de uma repescagem)perde com o atleta do Egypto pordesistência, a 45 seg, do final, quando oresultado lhe era desfavorável, uma vezque não conseguia continuar o combatepor incapacidade física( lesão).O Jorge, classificou-se em 4ºlugar ,realizou 5 combates da poule de 32,com19 atletas, sem nenhum Bye e mais umcombate para disputa do 3º lugar. Teveexcelente no trabalho de antecipaçãocom gyaku-zuki-chudan, e ofensivo coma técnica de mawashi-geri- chudan coma perna de trás.André Santos - Combateu o 1º combatecontra um Karateca da Polónia,Skolodowski. A ganhar por 4-1 sofreuuma técnica de uramawashi nos últimossegundos do final o que o obrigou aodesempate através de encho-sen .Recuperou psicologicamente e venceu noprolongamento por Ippon. No final do

33

tempo regulamentar do 2º combateempatou contra o atleta do Kuwait por3/3. Sofreu o 3º ponto a 4seg do final,após uma recuperação inicial, na qualdemonstrou grande concentração eagressividade. Perdeu no ensho-sen porIppon.Pedro Valadas - Combateu contra okarateca Espanhol, Bujalance, numcombate muito táctico. Após o 1º minutosofreu um Ippon tendo demonstradovontade de recuperar o ponto.

Fez várias tentativas e numa delas umexcelente varrimento mas faltou-lhe otiming de entrada para a concretizaçãofinal. Perdeu por Ippon.Nuno Moreira - Venceu a primeiraeliminatória ao Japonês Hirayamaporvontade de recuperar o ponto. Fezvárias tentativas e numa delas umexcelente varrimento mas faltou-lhe otiming de entrada para a concretizaçãofinal. Perdeu por Ippon.

Selecção Nacional de Cadetes e Juniores

Page 34: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Apreciação final: Ao analisarmos osresultados parciais e finais observamosque a maioria dos nossos karatecaspontuaram bastante e aqueles que nãoconseguiram pontuar, ou pontuarammenos, perderam por resultadostangenciais, o que revela o equilíbrio noconfronto quer individual quer porequipas com os nossos adversários.Outra análise possível é que a maioriados nossos karatecas passou a 1ªeliminatória efectivamente, por vitória decombate tendo num dos casos chegado àfinal da poule(Jorge Machado) e noutro caso aos 4ºsde final da poule (Nuno Moreira).Também podemos constatar através dosresultados finais que em muitos casos asnossas derrotas aconteceram comkaratecas medalhados ou que estiverama disputar a medalhas de bronze quer nosindividuais quer em equipa. A falta deinsenção da arbitragem, foi umarealidade que várias vezes prejudicou osnossos karatecas.A organização do Campeonato reveloufalhas a nível dos transferes doscompetidores, do avião para o hotel e dohotel para o pavilhão, bem como no diadas pesagens em que uma única balançapesou 823 competidores! Por fim à a salientar, a confirmação denovas potências mundiais da modalidadecomo o Irão em Kumite e Kata; 1ºclassificado no ranking do campeonato,o Kazakistão; a Grécia entre outras emdetrimento de algumas habituaispotências como a Espanha13º; a França,2º e Japão 3ºs no ranking destecampeonato. Participaram 73 países e823 karatecas. 623 Masculinos e 197femininos.

Por:João DiasCoordenador do corpo técnico das selecçõesnacionais de karate da Federação Nacionalde karate de Portugal

foi prejudicado pela arbitragem!No 1º combate de repescagem para amedalha de bronze perdeu contra umkarateca do Kazakistão num combatebastante equilibrado que terminou a 5-5.No ensho-sen fruto da acumulação deanteriores erros cometidos por saídase faltas, determinaram o resultado fi-nal a favor do karateca do Kazakistão.O Nuno teve uma excelente prestaçãonão só pelo 5º lugar alcançado mastambém pela determinaçãodemonstrada que se traduziu nalgunscasos pelo excelente marcação depontos. Realizou 4 combates e atingiuos - 4ºs de final numa poule de 32 com23 karatecas.Hugo Lourenço – Perdeu na1ªeliminatória contra o Karateca doIrão, por 0-5, que se classificou em 3ºlugar. Sofreu sambon nos últimossegundos do combate quando tentavarecuperar, após ter efectuado ummawashi-chudan não marcado!Demonstrou boa atitude, mas algumasfalhas na distância de forma aconcretizar melhor os seus ataques.Mauro Hernandez – Após ter passadoa 1ª eliminatória por Bye, perdeu nasegunda com o Espanhol Zambrano por1-0.Demonstrou inconformidade noresultado mas não conseguiu diminuira desvantagem.

34

Dia 26- Eliminatórias nas categorias decadetes-75kg-José Moreira ; Juniores –70kg-Diogo Guincho; -75 Kg – NunoMoreira; -80kg-Hugo Lourenço; + 80Kg Mauro Hernandez.José Moreira - Passou a primeiraeliminatória por Bye . Na 2ª eliminatóriacontra o karateca Vera dos USA,empatoupor 2/2, num combate em quevárias vezes lhe foi atribuído ponto porparte de um dos juizes, mas ignorado peloárbitro central! Perdeu no ensho-sen porIppon. O José revelou uma boa atitude edeterminação na marcação de pontos queinfelizmente não foram considerados peloárbitro central!Diogo Guincho - Ganhou o 1º combateao karateca de Israel por 1-0 numcombate muito táctico. Na 2ª eliminatóriaperdeu com o karateca da Suiça por 2-1.Sofreu os dois pontos quando utilizouguarda de direita, mas revelou boapostura e equilíbrio ao longo do combate7-1.Venceu a segunda eliminatória aoEscocês Carr, por 2-0 e empata na 3ªeliminatória contra o EspanholRodrigues, que se sagrou vice campeãodo mundo. No ensho-sem perdeu porIppon, gyagu-tzuki chudan contra umNhion mawashi-gueri-chudan,visivelmente marcado primeiro que okarateca espanhol através da técnica demawashigeri chudan!...Uma vez mais.

Jorge Machado na companhia de Diogo Guincho, momentos após o seu brilhante desempenho.

Page 35: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

35

Nos nossos dias o desenvolvimento da força muscular temum lugar importante nos programas de treino desportivo. Aaquisição de força muscular deve ser um dos primeirosobjectivos dos que visam chegar mais longe nas suas carreirasdesportivas.

Entre as disciplinas dos desportos de combate, neste casono Karate, karatecas com a mesma técnica, vão se imporaqueles que possuem uma maior força muscular.

O conceito de força é variado e complicado. Pode definir-se como “ a tensão provocada por um músculo ou grupo demúsculos, através da sua contracção, sobre uma resistênciaalterando o seu estado de movimento ou de repouso”.

Esta definição só põem em relevo o facto obvio de quandoos músculos de contraiam, produzem força. Mas, que valortem esta observação para o Karate. Pode ser que seja útilredefinir a força.

· Força máximaA tensão máxima que o sistema

neuromuscular é capaz de gerar num esforçoconsciente contra uma resistência.

· Força explosivaCapacidade de exteriorizar uma força com

uma intensidade máxima no menor tempo possível(a maior quantidade de força por unidade detempo), mantendo a amplitude dos movimentos.

· Força resistenteÉ a capacidade dos músculos para gerar

força com a presença, sempre a aumentar, deprodutos de fadiga e mantê-la durante um longoperíodo de tempo.

Com o treino da força resistente procura-seaumentar a capacidade de manter durante maistempo o esforço contra resistências de nível médio.Este tipo de treino pode ser aplicado a todas asmodalidades com o fim de aumentar a capacidadede treino, para que o atleta possa treinar mais sema interferência da fadiga

Hoje em dia, não restam duvidas sobre a necessidadede se iniciar cedo o treino de força. Naturalmente com cargase exercícios adequados ao desenvolvimento físico ematuracional dos jovens.

O treino de da força não é só um imperativo para orendimento desportivo, mas também uma necessidade para odesenvolvimento físico harmonioso de qualquer indivíduo parafazer face ás necessidades do dia a dia. Com os karatecas quesão competidores assume ainda mais um papel crucial naprevenção de lesões musculares, por grande parte destas, sãoresultado de desequilíbrios na estrutura óssea e muscular.

O treino de força bem orientado engloba:

· Saber quais as necessidades impostas pelamodalidade

· Qual o nível de maturação física do karateca· Ter conhecimentos para estabelecer um programa de

treino progressivo, quer ao nível da escolha dosexercícios quer do doseamento das cargas

· Dominar a técnica de execução correcta dosexercícios

O TREINO DA FORÇA NO KARATE (1ª Parte)Por:Treinadora de Karate, 4º Dan Shotokan

Lic. Desporto e Educação Física, FCDEF - Mestrada em Treino de Alto Rendimento – Karate, FMH

No treino com jovens deve se dar grande relevo aodesenvolvimento da força explosiva e da força resistente.

Dos 12 aos 15 anos deve ser a maior preocupação umdesenvolvimento da força geral. O aumento da força geraldeve promover a adaptação anatómica (fortalecimentomuscular e articular). Os meios de treino são simples, bolasmedicinais , peso do próprio corpo, peso do parceiro, pesos ealteres leves numa perspectiva de ensino da técnica deexecução dos exercícios. Os métodos são dominados pelo treinoem circuito e pode–se usar formas baseadas em jogos (exemploestafetas). O nível de esforço desenvolvido não deve entrar nazona do desconforto ou da dor, o volume de treino deve situar-se a um nível baixo e a intensidade deve ser baixa.

Dos 15 em diante, coincide com uma fase de inicio deespecialização. Apesar da adaptação anatómica continuar aser fundamental, como forma de harmonização muscular geral,nesta fase é importante desenvolver a força específica damodalidade. É importante localizar os grupos muscularesdeterminantes, não só os que produzem directamente os gestostécnicos mas também os que suportam a atitude corporal. Osmétodos de treino centram-se no treino em circuito e no treinopor repetições. Os meios de treino são todos os utilizados noescalão anterior, mais máquinas de musculação e elásticos. Ovolume e a intensidade de treino devem situar-se a um nívelmédio e alto.

Formas de treino - adaptação anatómica- exercícios simples- estafetas- jogos

- adaptação anatómica- força especifica

Dos 12 aos 15 anos Dos 15 em diante

Métodos de treino - informal- treino de circuito

- treino de cicuito- treino de repetições

Volume de treino - baixo/médio - médio e alto

Intensidade dotreino

- baixa - média e alto

Meios de treino - peso do corpo- peso do parceiro- bolas medicinais- pesos e alteres

- peso do corpo- peso do parceiro- bolas medicinais- pesos e alteres- máquinas de músculação- elásticos

Em seguida apresento um exemplo de um programa de treinode força para um Karateca sénior de competição, os seustreinos estão divididos da seguinte forma semanalmente

Seg.

Karate

Ter.

Músculação

Qua.

Karate

Qui.

Aérobico

Sex.

Karate

Sab.

Músculação

Dom.

Descanso

Page 36: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

36

Treino de musculação de Terça Treino de musculação de Sábado

AquecimentoVários exercicíos dealongamentos (neste caso 6) e 6a 12 minutos numa máquina decardío (remo, tapete, bicicleta)

Intervaloentre asséries é de2 minutos.

In terva loentre asséries é de2 minutos.

Vários exercicíos dealongamentos (neste caso 6) e 6a 12 minutos numa máquina decardío (remo, tapete, bicicleta)

Aquecimento

Peitoral4 séries, com 8repetições (1ª comcarga de 60% e asrestantes a 80%)

Ombros4 séries, com 8repetições (1ª comcarga de 60% e asrestantes a 80%)

8 x 28Kg8 x 38Kg8 x 38Kg8 x 38Kg

8 x 14Kg8 x 20Kg8 x 20Kg8 x 20Kg

Peitoral3 séries, com 6repetições ( cargade 80%)

6 x 10Kg6 x 10Kg6 x 10Kg

Ombros3 séries, com 6repetições ( cargade 80%)

6 x 16Kg6 x 16Kg6 x 16Kg

Abdominais25 rep.25 rep.25 rep.

Abdominais 40 rep.40 rep.

Peitoral3 séries, com 6repetições ( cargade 80%)

6 x 14Kg6 x 14Kg6 x 14Kg

Bicipes4 séries, com 8repetições ( 1ª comcarga de 60% e asrestantes a 80%)

8 x 16Kg8 x 22Kg8 x 22Kg8 x 22Kg

6 x 10Kg6 x 10Kg6 x 10Kg

Bicipes3 séries, com 6repetições ( cargade 80%)

Abdominais 25 rep.25 rep.

Lombares 50 rep.50 rep.

Costas4 séries, com 8repetições ( 1ª comcarga de 60% e asrestantes a 80%)

8 x 30Kg8 x 40Kg8 x 40Kg8 x 40Kg

Abdominais50 rep.50 rep.50 rep.

Costas3 séries, com 6repetições ( cargade 80%)

6 x 24Kg6 x 24Kg6 x 24Kg

Ombros3 séries, com 6repetições ( cargade 80%)

6 x 7Kg6 x 7Kg6 x 7Kg

Abdominais 30 rep.30 rep.

Pernas4 séries, com 8repetições (1ª comcarga de 60% e asrestantes a 80%)

8 x 68Kg8 x 90Kg8 x 90Kg8 x 90Kg

Pernas3 séries, com 6repetições ( cargade 80%)

6 x 30Kg6 x 30Kg6 x 30Kg

Pernas3 séries, com 6repetições ( cargade 80%)

6 x 35Kg6 x 35Kg6 x 35Kg

Tricipes4 séries, com 8repetições ( cargade 80%)

8 x 10Kg8 x 10Kg8 x 10Kg8 x 10Kg

Tricipes3 séries, com 8repetições ( cargade 80%)

8 x 25Kg8 x 25Kg8 x 25Kg

Abdominais 25 rep.25 rep.

Page 37: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

37

Decorreu a 15 e 16 de Novembro de 2003 umaAcção de Formação de Treinadores de Karatepromovida pela Associação Nacional deTreinadores de Karate (ANTK) e pelaFederação Nacional de Karate – Portugal(FNK-P) com Patrick McCarthy.Quem a pode frequentar compreendeu porquese dizia na promoção que essa acção seriainesquecível pelos conteúdos abordados.Na verdade, percebeu-se que os ActosHabituais de Violência Física são para P.McCarthy o contexto primordial de construçãocurricular baseada nos Tegumi (Te Gumi =Kumi-Te), enquanto exercíciosestandardizados com referênciasesclarecedoras a um Karate de curta distância.As referências interpretativas (bunkai) dediversos movimentos de frases dos Kata dasdiferentes linhas, levaram-nos à hipótese deinterpretação histórica da sua construção emOkinawa. Foi uma viagem fantástica paratodos.O ecletismo técnico ao nível dos impactos epressões de pontos vitais, pegas comdesequilíbrios e projecções, comimobilizações, com chaves a articulações ouestrangulamentos ao pescoço, sempre numritmo de complexidade e variabilidadeinteressantíssimo, ficou na retina, pois amemória, mesmo a kinestésica, era pouca paratanta informação.As lições teóricas sobre os fundamentosetimológicos, histórico-antropológicos,anatomofisiológicos e biomecânicos forambastante interessantes.Cabe agora aos Treinadores Portugueses deKarate sintetizar para que o enriquecimentoinformacional obtido passe a conhecimento ese afirme útil aos fundamentos pedagógicos emetodológicos que constantemente constroemcom os seus alunos.

AAAAACÇÃO DE FORMAÇÃOCÇÃO DE FORMAÇÃOCÇÃO DE FORMAÇÃOCÇÃO DE FORMAÇÃOCÇÃO DE FORMAÇÃOPPPPPARA TREINADORES (FNKARA TREINADORES (FNKARA TREINADORES (FNKARA TREINADORES (FNKARA TREINADORES (FNK-P / ANTK)-P / ANTK)-P / ANTK)-P / ANTK)-P / ANTK)Patrick McCarthy em Portugal

Page 38: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

PRESENÇAA aura que rodeia o árbitro no tatamiencontra-se directamente ligada ao seuaspecto, à sua postura e à sua conduta.A presença está também ligada a todasas outras qualidades do árbitro, pelo quequalquer atitude errada que este possatomar, pode vir a diminuir de formasignificativa a sua presença. A presençaé subliminar. Não é algo que se possaforçar, tendo uma conduta agressiva ouprepotente, por exemplo.AspectoO aspecto profissional do árbitro começacom o facto de se vestir bem, de acordocom as regras. O uniformeestandardizado consiste num casacoazul-escuro, com botões prateados, umagravata da FNKP, ou uma gravata daFEK / FMK, se o árbitro forinternacional, calças cinzentas e camisabranca de meia manga com bolso nopeito esquerdo. O uniforme deve estar emboas condições e limpo. Se a competiçãodurar vários dias, deve usar-se umacamisa por dia. Deve igualmente prestar-se atenção à higiene pessoal. Se umárbitro, ou juiz, for descuidado no seuaspecto, deu o primeiro passo paracomeçar a perder a sua credibilidade.

PosturaA postura, os movimentos e os gestosdevem resultar sempre naturais, sem terem conta as circunstâncias. Se umárbitro, pela sua postura, está a chamara atenção para a sua pessoa, está-se adesviar a atenção que deveria estar noencontro em si e a criar uma presençaforçada.O árbitro deve adoptar uma postura natu-ral com as mãos e os braços ao longo docorpo, podendo colocar um péligeiramente adiante, o que demonstrainteresse no encontro que está a decorrer.Deve, no entanto, evitar colocar-se como peso sobre a perna detrás. Esta posiçãodemonstra falta de interesse e não é umapostura profissional.

CondutaA actuação do árbitro deve serconsistente, serena e segura. A calma éessencial para estabelecer e manter asuapresença. Esfregar a mãos, afastarmuito os braços do corpo, demorarmuito a encontrar a sua colocação emrelação aos competidores, os movimentosbruscos, ajustar continuamente o fato,ou a gravata, são alguns sinais denervosismoou de incerteza que devemevitar-se. Os braços nunca devem estarcruzados sobre o peito, Isto significaarrogância, superioridade e uma mente

coxas, as pernas ligeiramente separadas,e os pés devem estar completamenteapoiados no tatami.Os olhos devem estar focados noscompetidores, e toda a concentração deveestar no seu desempenho. Um juizexperiente pode perfeitamente estarconcentrado a 100% durante o seudesempenho, mesmo que a competiçãotenha muitas horas, desde que sejaconvenientemente substituído.

ProfissionalismoA postura profissional em relação a todosos temas dentro e fora do tatami é funda-mental na presença do árbitro. Comoprofissional, o árbitro deve chegar ahoras, estar vestido de acordo com oregulamento, deve estar presente nasreuniões antes e depois da competição,cumprir cabalmente as suas funçõesdesde o início e até que a competiçãotermine, só devendo abandonar acompetição depois do Conselho deArbitragem assim o determinar.Durante a competição o árbitro deveestar sempre junto ao tatami para que foidesignado, deve chegar a horas edesempenhar as tarefas para que foidesignado, deve fazer a sua autocrítica eouvir as críticas que lhe são feitas nosentido de melhorar o seu desempenho,respeitar e tratar com respeito, osorganizadores da competição, osfuncionários e técnicos, os treinadores eos competidores, e não discutir acerca daactuação de outros árbitros. Os árbitrosnão devem nunca comentar com ninguémos erros ou o desempenho de outroárbitro. Menosprezar os seus colegasárbitros é uma atitude de muito poucoprofissionalismo.A presença não é uma qualidade que,agora tem-se - agora não se tem, etambém não se pode aprenderunicamente no tatami. Um árbitroconstrói a sua presença sendo umprofissional durante as 24 horas do dia,comportando-se de forma responsável erespeitosa, dentro e fora das competições.

COLOCAÇÃOUm árbitro experimentado parece estarsempre na posição correcta, no momentocorrecto, para ter uma clara visão daacção e da colocação, ou não, do ponto.Isto não é acidental. È uma qualidade quese adquire e se desenvolve com o tempode prática e com o treino.Quando o árbitro se coloca emdeterminado local no tatami, deve estara prever a movimentação doscompetidores, e deve estar de acordo coma posição dos juizes, para que a acçãoseja vista de ambos os lados.

que não está aberta ao que sevaidesenrolar. Um árbitro deve serhumilde e sempre aberto a aprender e acorrigir a sua actuação.Manter a serenidade em situaçõesdifíceis é fundamental para a tarefa dearbitragem e para manter uma boapresença. O árbitro desenvolvenormalmente, um estilo de conduta, comum certo ritmo de movimento, e umagestuália característica para asdiversas situações. Sejam as situaçõeslentas ou rápidas, o árbitro devepermanecer calmo e sereno, para poderreagir rapidamente e com certeza.Modificar a sua conduta, executandogestos mais rápidos ou ríspidos, ouquase correr atrás dos competidores,pode indiciar uma perca de serenidade.Um método óptimo para desenvolver umestilo de conduta e melhorar aarbitragem é o seguinte: praticar,praticar, praticar, praticar, praticar,praticar, praticar.....Qualquer árbitro, por mais experiênciaque tenha, se pode enganar. Não se devejulgar isto de forma pessoal. Seacontecer deve, normalmente, desfazero engano e repor a verdade.Fazer gestos faciais e sinais nãoprescritos, para demonstrar desacordo,são de muito mau gosto e, para alémdisso, debilita a coesão do painel dearbitragem. É muito importante que opainel trabalhe em uníssono,complementando-se e ajudando-semutuamente.Se ocorrer uma lesão séria, como porexemplo, o competidor perder aconsciência, é muito importante que oárbitro permanece sereno paracontrolar a situação, chamar o médicopara segurança e bem estar docompetidor magoado e, decidir deforma clara e justa.O trabalho de um painel de arbitragemforte e coeso é benéfico para oscompetidores que procuram glóriapessoal, e também, para a modalidadeno seu todo. O árbitro deve demonstrarsempre respeito pelos competidores,sendo cortês e deve evitar toques dequalquer espécie, a não ser paraimpedir que o competidor exagere umalesão. De qualquer modo essa atitudedeve ser notada, e até penalizada, senecessário fôr.

O JuizA postura do juiz é também muitoimportante para a presença do painelde arbitragem. As costas devem estardireitas e não encostadas às costas dacadeira, os punhos, segurando asbandeiras, devem estar poisados nas

QUALIDADES DO TÉCNICO DE ARBITRAGEMPor: Fernando David

38

(2ª Parte)

Page 39: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

Fernando David 4º DanPresidente do Conselho de Arbitragemda FNKP, Juiz A de Kumite da EKF

Assim, os competidores devem sempredesenvolver as suas acções entre oárbitro e um ou dois juizes.O árbitro deve estar suficientementeperto dos competidores para observarclaramente as suas acções mas, não tãoperto que possa estar envolvido nessasmesmas acções. A movimentação doárbitro deve ser fluida, suave e digna,ou seja, não deve ser nervosa edemasiado rápida, (correr atrás doscompetidores), nem demasiado lenta, ouestar mesmo parado, sob pena de nãoestar devidamente colocado paraobservar as acções dos competidores.

OBSERVAÇÃOAs qualidades de observação e decolocação são complementares. Tal comofoi dito no capítulo anterior, o árbitrodeve estar bem colocado para ver astécnicas e as acções dos competidores,devendo, ao mesmo tempo, ter ematenção a sua visão periférica, pois énela que se deve basear para observaros sinais dos juizes. Se a sua colocaçãoestiver correcta, manterá os olhos fixosnos competidores, e ao mesmo temporecolherá toda a informação dada pelosjuizes, que deverão estar na mesma linhado seu olhar, do outro lado doscompetidores.Esta qualidade, determina a correcçãoe a validação da informação coligida du-rante uma acção dos competidores. Oárbitro é a autoridade central dacompetição, e tem múltiplasresponsabilidades; dirigir a competição,manter o controlo, e desempenhar a suafunção de acordo com as “Regras decompetição de Kumite e Kata”aprovadas pela FNKP. Isto exige que oárbitro observe tudo o que passa na áreade competição, antes da chegada doscompetidores, durante a competição e nasua retirada.A habilidade para processar informaçãovisual complexa, distingue um bomárbitro de um árbitro menos experiente.O árbitro que possui um olhar treinadoe uma visão periférica eficiente,aprendeu a processar informação visualchave para decidir correctamente. Istorequer uma concentração superior.Este processo cognitivo é similar ao deaprender a tocar piano. Cada mão fazmovimentos diferentes e os olhos estãofocados na partitura. Este mesmoconceito aplica-se ao desempenho doárbitro.O árbitro menos experimentado tende afixar-se unicamente nas acções doscompetidores, não conseguindo ver ainformação dada pelos juizes.Lentamente, com o treino, os árbitrosvãoconseguindo distinguir os sinaisque estão para lá dos competidores e,

arbitragem, para a comunicação com oscompetidores e, para a informação aostreinadores. No entanto, servem tambémpara informar o público do desenrolar dacompetição, já que são feitos ao mesmotempo que os anúncios. Muitos dos gestostêm uma contrapartida verbal e sãorealizados ao mesmo tempo. O gesto deveser preciso e vigoroso devendo sermantido durante dois ou três segundos.As posições do árbitro devem ser naturais,não devem ser rígidas, artificiais ouexcessivamente enfáticas. As posiçõesteatralizadas devem ser postas de lado,uma vez que tendem a distrair oscompetidores, os treinadores e o público,atraindo-os para um enfoque diferente doque é o cerne da competição.Quando um árbitro emite um anúnciodecisivo, ao mesmo tempo deve fazer orespectivo gesto, de forma a que seja vistoclaramente pelos juizes, e por todos osfuncionários técnicos que operam namesa. Os gestos demasiadamente rápidose nervosos devem evitar-se a todo o custo,porque podem pôr em risco o controlo docombate.

JuizO juiz usa as bandeiras fazendo os gestosprescritos nas regras e só esses. Não sedevem inventar gestos. Estes, causamseguramente um ruído na comunicação,e de certo é o primeiro passo para que opainel não se entenda, dando umaimagem de incompetência. Tal como osgestos dos árbitros, os gestos com asbandeiras dos juizes devem ser vigorosose precisos, mantendo o gesto algum tempopara que o árbitro se aperceba dacomunicação.No hantei, as bandeiras devem serlevantadas imediatamente e comconvicção. Quando um juiz se atrasa alevantar a bandeira, ou espera que outrosas levantem, demonstra falta dediscernimento, determinação, presença ecompetência. Ao fazer isso, todo o painelde arbitragem fica com o rótulo deindeciso e incompetente, possibilitando acrítica por parte dos treinadores e doscompetidores.

eventualmente, o árbitro adquire acapacidade de observar a totalidade dacompetição.

PráticaO árbitro deve observar o tatami, nosentido de ver se as peças estãoconvenientemente encaixadas, se ascadeiras dos juizes estão no sítio certo,se os anotadores e cronometristas têmexperiência, etc.Quando chegam os competidores, oárbitro deve ver de imediato se estãoconvenientemente equipados, se o ka-rate-gi está em boas condições e limpo,se têm ligaduras, porquê e se têmautorização médica, etc. Deve fazer-seapenas uma inspecção visual, e dar otempo regulamentar para corrigir asdeficiências.O enfoque de primeiro plano devem sersempre os competidores, desde omomento em que entram no tatami, atéque saem. Alguns árbitros desviam osolhos dos competidores quandoanunciam yamé. Não o devem fazer,nunca é garantido que os competidoresparam à voz de yamé.

VOZA emissão de ordens por parte do árbitrodeve reflectir a sua determinação,confiança e controlo. Quando isto éconseguido, ajuda a estabelecer aautoridade e presença que o árbitroexerce durante a competição. O tom, ainflexão e a explosão da voz ajuda acontrolar a competição, especialmentealguns encontros carregados de tensão,como sejam as finais.Os anúncios devem ser feitos de talmaneira que sejam ouvidos ecompreendidos pelos competidores,treinadores, cronometristas, anotadorese espectadores. Isto consegue-se comclareza, volume e projecção de voz.O volume e a projecção da vozfuncionam em conjunto. O árbitro deveestar no seu lugar quando faz osanúncios. Alguns competidores ouvemapenas os anúncios e não vêem osgestos. Muitos árbitros têm algumadificuldade em projectar a voz. Isto podeeventualmente dever-se à falta de inalarantes da emissão da voz. È necessárioar para que a voz saia forte.Uma inalação correcta deve converter-se num processo automático esubconsciente.

GESTUÁLIAOs gestos são uma linguagem de sinais,de desenho preciso, tal como osdefineas“Regras de competição deKumite e Kata” da FNKP. Usam-seprincipalmente para a comunicação quetem que existir entre o painel de

39

Page 40: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

“Regionalização do Karate em Portugal”

• Criação de Associações Regionais,por critério geográfico a seremdistribuídas, num modelo a discutirou conforme regime constitucional.Tal descentralização, permitiriacertamente uma melhor gestãonacional das actividades desportivasda modalidade, em termos oficiais enomeadamente, solicitar e canalizarapoios directamente nas regiões,para o fomento da prática do Karatefederado, contando desde logo como apoio dos Governos Civis eAutarquias locais.

• Trata-se também de uma realcredibilização da modalidade, pordepartamentos regionais,aproveitando as capacidadesendógenas e mais valias federativas,que são as associações e suaimplementação regional.

• Para representação em AssembleiaGeral, um voto por associação.

• Distribuição Orçamental das verbasrecebidas pela FNK-P, de formaequitativa pelas AssociaçõesRegionais, reservando capacidadefinanceira para organização doseventos nacionais e encargos com asselecções nacionais e logísticaadministrativa da sede; ouautonomia administrativa efinanceira de cada região, paraprossecução das actividadesfederativas, nomeadamente ascompetitivas, com capacidade deaquisição e gestão de verbaspróprias de diferentes origens(receitas de patrocinadores, apoiosdo poder governamental e local, etc.)

• Dar exclusiva responsabilidade àFNK-P para a realização dos“campeonatos nacionais, inter-estilos e por estilo”, assimcomo deprovas internacionais da EKF eFMK e sua participação.

• Permitir às Associações Regionais,a realização de eventosInternacionais de estilo, em regimede autonomia administrativa efinanceira.

• Na área da formação, entregar aformação às Associações de Classe,estabelecendo mecanismosinstitucionais de cooperação, quer

na definição de conteúdosprogramáticos, quer nahomologação dos graus atribuídos.As associações de treinadores e deárbitros, bem como a de dirigentes,ficariam responsáveis pelaprodução, execução e certificaçãoda formação nas respectivasáreasde intervenção, em diálogo ecooperação com a FNK-P.

• Institucionalização do ConselhoNacional de Graduações no seioda FNK-P, com vista àhomologação de graduaçõesatribuídas pelas associações ecertificação de graduaçõesadquiridas junto da FNK-P(associações e clubes sem direcçãotécnica, ou que o solicitem).Gestão de um cadastro nacional degraduações dos praticantes

Por: Sensei Jaime Sequeira Pereira 7º Dan Treinador de 1º Grau - FPK Árbitro A de Kumite e Juiz A de Kata FPK/FNK-P

federados, com vista a filtrar egarantir requisitos técnicos mínimosde acesso ao acesso à formaçãoespecífica de treinadores e formaçãode árbitros.

• Eleger o Conselho Nacional deArbitragem através da Assembleiade Árbitros por intermédio daAssociação de

Classes, tendo esta que apresentaratempadamente, 30 dias antes darealização das eleições federativaspara os órgãos sociais, os elementoseleitos pelos técnicos de arbitragemfederativos e a ser integrado portodas as listas candidatas aoscorpos gerentes da federação.Garantir desta forma, a autonomiatécnica da arbitragem no âmbito daFNK-P.

• Novo regulamento de provas

40

Page 41: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

competitivas, consagrando no âmbito deuma estrutura regionalizada, que serealizem os 13 Campeonatos Regionaispara em cada região serem apurados oprimeiro ou os primeiros três classificadosem cada prova (KA TA e KUMITE), parao Campeonato Nacional. A organizaçãodos eventos regionais estaria a cargo dasAssociações Regionais e apenas osnacionais da FNK-P.

• Consagrar a organização pela FNK-P,dos Campeonatos Nacionais de Estilo,nos diferentes escalões, mobilizando aparticipação de todas as associações doestilo federadas. Propostos estes pontosde partida e reflexão, com o intuito depromover uma reestruturação dadimensão federativa do Karate, emacordo com as novas potencialidades quea modalidade tem gerado a nívelnacional, em especial, aproveitando a realcapacidade das associações junto das

41

A regionalização das actividadesfederativas, permitindo umaautonomia administrativa efinanceira, permitiria por outrolado, centralizar na FNK-P aimagem de uma modalidade viva ea organização dos eventosrealmente dignos da classificaçãode nacionais, bem como as taretàse representação internacional doKarate português.Também, darmaior credibilidade à formação,numa partilha de tarefas e

entrega aos especialistas, da formaçãoem concreto, nas associações de classe,capazes que são de gerar forças juntodas suas congéneres institucionais. ADirecção da FNK-P ficaria livre deencargos fastidiosos,financeiros eadministrativos, que empecilham a sualogística e gestão política, fomentandoem seu nome, recursos e dinâmicasregionais, parceiros especializadosdentro de um universo comum,caracterizado por mais e melhorespraticantes, mobilizando treinadores eárbitros.

É uma sugestão de futuro, uma vez queo Projecto 2000 (da minha autoria),transformado e adaptado que foi pelosúltimos executivos da Federação, nãoparece capaz de dar resposta aos anseiosde tantos e tão bons sócios.

entidades competentes. Partilhartarefas, partilhar recursos,numa força mobilizadora eresponsabilizadora de todosos que no seio da FNK-Pdesenvolvem a sua vidadesportiva.

A Federação Nacional de Karate Portu-gal participou neste torneio a convite daorganização a Federação Castellano eLeonesa de Karate, para além da nossaselecção estiveram presentes onzeselecções de várias Federações deEspanha.O nível apresentado pelas várias equipasfoi de muito bom nível estando a nossaselecção enquadrada com as prestaçõesdemonstradas pelas equipas espanholas,no entanto os resultados não foram osesperados. Nas provas de Kata as equipasportuguesa, tanto a feminina como amasculina perderam na primeira volta,mas as atletas portuguesas acabaram porse classificar em 3º lugar. No Kumite aequipa portuguesa no primeiro confrontoperdeu com a equipa de Madrilena,equipa que viria a ganhar o torneio, noentanto fomos repescados, passamos oprimeiro confronto mas na disputa do 3ºlugar acabamos por perder. No Open onosso representante foi o Bruno Catrau,que teve uma prestação modesta, ganhouum combate e perdeu na repescagem paraapuramento do 3º lugar.

II TROFÉU DE KARATECOMUNIDADE CASTILHA E LEON

A comitiva portuguesa foi composta por: Raul Cerveira (Presidente),Secretário-geral (João salgado), Joaquim Fernandes e José Lezon(árbitros), José Ramos (Seleccionador Nacional), Joaquim Gonçalves,Bruno Catrau, Fernando Ferreira, Nuno Moreira, Nuno Maurício, ElisárioMoreira, Ricardo Rodrigues, Tiago Lima, Susana Bastos, Telma Silva, DulceAguiar, Ana Gonçalves, Cláudia Almeida, Ana Varejão, Ana Monteiro eEliana Santos (os atletas)

Page 42: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos

42

A Associação Karate-do WadoPortugal realizou em Ponte de Sôratravés do Clube Karate Wado-Kaidaquela cidade, um estágio de Ka-rate Wado-Ryu nos dias 18 e 19 deOutubro, com a presença do SenseiNaoki Ishikawa, 8º.Dan. Desalientar que Sensei Ishikawa nopassado mês de Setembrodeslocou-se ao Japão e, perante opainel de graduações da JKFWado-Kai, obteve a graduaçãomáxima de 8º.Dan, o que vaibeneficiar todos os Karatecaseuropeus do Wado-Ryu, uma vezque é mais um elemento importantea residir na Europa e de fácilcontacto, já que reside na Holandahá vários anos.Recorde-se que Sensei Ishikawa foitambém durante vários anosinstrutor chefe europeu da WIKF-Wado International Karate-doFederation, mas por discordânciade vária ordem havida com

ESTÁGIO DE KARAESTÁGIO DE KARAESTÁGIO DE KARAESTÁGIO DE KARAESTÁGIO DE KARATE TE TE TE TE WWWWWADO-RADO-RADO-RADO-RADO-RYUYUYUYUYUCOM SENSEI NCOM SENSEI NCOM SENSEI NCOM SENSEI NCOM SENSEI NAAAAAOKI ISHIKAOKI ISHIKAOKI ISHIKAOKI ISHIKAOKI ISHIKAWWWWWA 8º.DA 8º.DA 8º.DA 8º.DA 8º.DANANANANAN

a liderança da referidafederação, abandonou-a à cercade 2 anos. Em boa hora o fez, jáque começou agora a trabalharcom a Wado-Kai, casa ondenasceu para o Karate. O estágiofoi vocacionado essencialmentepara as técnicas de defesapessoal, técnicas essas que foramcriadas por Ohtsuka Senseidestinadas essencialmente para ocorpo de polícia, e que fazemparte de um arsenal imenso detécnicas criadas por HironoriOhtsuka.No final do estágio, Sensei CarlosMateus, 3º.Dan, o instrutor chefedo Clube organizador do estágio,fez questão de homenagear oSensei Ishikawa com a entrega deuma placa comemorativa, assimcomo ao Sensei José Lezon pelotrabalhodesenvolvido em Portu-gal em prol do Karate Wado-Ryu.

Grupo de praticantes que participaram no estágio.

Sensei Naoki Ishikawa 8º Dan.

Page 43: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos
Page 44: Editorial · McCarthy e a entrevista ao Sensei JosØ Ramos que este mŒs festejou o 50” AniversÆrio. Nªo poderíamos fechar este nœmero sem antes agradecer publicamente a todos