Dra Euzanete Maria Coser Infectopediatra Preceptora da … · 2014. 12. 2. · Crianças usuárias...
Transcript of Dra Euzanete Maria Coser Infectopediatra Preceptora da … · 2014. 12. 2. · Crianças usuárias...
Dra Euzanete Maria Coser
Infectopediatra
Preceptora da Residência Médica em Pediatriae Infectologia Pediátrica do HEINSG
Vitória-ES
Características epidemiológicas especiais:
crianças aglomeradas recebendo assistência de forma
coletiva, cuja população tem risco específico para a
transmissão de doenças infecciosas.
As creches, as pré-escolas e as doenças transmissíveis:
Risco aumentado 2 a 3 vezes
Doenças respiratórias em crianças que frequentamcreches:
Principal problema
Por que as crianças ficam tão doentes quando vão para acreche?
Crianças usuárias de creches têm risco aumentado deserem hospitalizadas.
As infecções respiratórias e parasitárias constituemproblemáticas importantes nas crianças institucionalizadasem creches cuja redução perpassa uma complexa rede defatores socioeconômicos, do saneamento básico e dainfraestrutura das creches.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232014000200511&script=sci_arttext
Por outro lado…
As creches representam oportunidades de
garantir crianças saudáveis, mediante estímulo
ao desenvolvimento, ambientes mais seguros,
melhor aporte nutricional, melhor cobertura
vacinal e promoção à saude.
Riscos de infecções e surtos em creches e escolas: IVAS – gripe, resfriados, bronquiolite, adenovirose, etc
Coqueluche
Meningite
Escabiose
Pediculose
Doenças exantemáticas
Varicela
Diarréias
Enteroparasitoses
Conjuntivites
Hepatite A e B
CMV
Mononucleose infecciosa
Grupos de maior risco:
Crianças portadoras de cardiopatias
congênitas;
Doenças cronicas pulmonares;
Desmame precoce;
Desnutrição
Outras doenças de base
Nesti, Maria M.: Goldbaum, Moisés. J. Pediatr. (Rio J.) vol.83 no.4 Porto Alegre July/Aug. 2007
Escola promotora de saúde:
Hábitos alimentares
Higiene, lavagem mãos
Atividade física
Saúde bucal
IMUNIZAÇÃO – estimular e cobrar cartão de
vacinas das crianças, dos pais e dos
funcionários.
Recomendações: rotinas padronizadas:
Lavagem apropriada das mãos após exposição;
Precauções padrão;
Troca e descarte das fraldas usadas;
Limpeza da área de troca de fraldas;
Limpeza e desinfecção de áreas contaminadas;
Limpeza de superfícies e objetos
Lavagem apropriada das mãos:
Sempre que contaminadas
Antes de manipular, preparar ou servir
alimentos
Após usar o banheiro ou trocar fraldas
Após ajudar uma criança ir ao banheiro
Recomendações: Cuidados com as áreas de banho:
Recomendações: Cuidados com as áreas de banho:
Recomendações: Cuidados com as áreas de banho:
Recomendações:
Não deixar as crianças com fraldas sem proteção: usar
roupa sobre as fraldas ajuda reduzir risco de
enteroparasitoses.
Recomendações:
Cuidados com:
Chupetas
Mamadeiras
Copos
Pratos e talheres
Lenço descartável para higiene nasal
Recomendações:
Promoção a saúde (imunização);
Funcionários e área exclusiva para
a manipulação de alimentos;
Treinamento de funcionários;
Notificação das doenças infecciosas;
Orientação aos pais.
Exclusão de funcionários e crianças por doença
infecciosa;
Treinamento em controle de infecção.
Recomendações:
Área de descanso das crianças apropriada.
Recomendações:
Área de descanso das crianças apropriada.
Crianças que frequentam
creches têm menos infecções
mais tarde:
Crianças que frequentam creches podem adoecer com maisfrequencia do que as que ficam em casa;
No período fundamental tiveram 21% menos problemasrespiratórios e 43% menos infecções de ouvido.
Estudo canadense sugere que
convivência com outras crianças na
primeira infância diminui casos de
doenças na idade pré-escolar
Côté, Sylvana and col; Arch Pediatr Adolesc Med. 2010;164(12):1132-1137. doi:10.1001/archpediatrics.2010.216.
Respiratory Tract Illnesses During the First
Year of Life: Effect of Dog and Cat Conviver com frequência com cães e gatos diminui casos de
infecções do trato respiratório em crianças no primeiro ano de
vida. Os melhores benefícios ocorrem com cães e que passam
parte do tempo em ambientes fechados nas casas.
http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2012/07/03/peds.2011-2825
Vale lembrar:
Toda criança que está doente não
deve ir a creche ou escola, porque ela
pode contaminar outras crianças e,
principalmente, pode adquirir outras
infecções por estar fragilizada.
E quando a criança começa a ter febre na
escola…
E quando a criança precisa nebulizar na
escola…
Como controlar?
Como fazer desinfecção?
Nova modalidade: DAY CARE
Apartamentos individuais com
cuidadores individuais para as
crianças que não podem ficar
em casa mesmo doentes.
Conclusões:
Medidas de controle são imprescindíveispara a prevenção e controle das doençastransmissíveis.
Precisamos contar com o apoio dospediatras e dos pais.
Os surtos devem ser cuidados a parte.