DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte
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1Prof(a). Isabel Henriques
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2Prof(a). Isabel Henriques
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3Prof(a). Isabel Henriques
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A dinâmica da Terra era explicada por:
CONTRACCIONISTA
PERMANENTISTA ou
IMOBILISTAS
Homem sempre esteve preocupado
com a origem da Terra e dos oceanos.
4Prof(a). Isabel Henriques
Período Pré-Wegeneriano
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Período Pré-Wegeneriano Até ao séc. XVII, a perspectiva que
melhor explicava os processos geológicos do nosso planeta era o "catastrófico" .
No séc. XVIII, (1785) James Hutton, um geólogo Escocês, ao defender que "...o presente é a chave para o passado..." propõe a primeira teoria verdadeiramente científica da geologia, a "Teoria do uniformismo".
Esta teoria assumia, na sua formulação inicial, que as forças e processos geológicos que actuavam sobre a Terra no presente são os mesmo que actuaram no seu passado geológico.
5Prof(a). Isabel Henriques
James Hutton
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Período Pré-Wegeneriano
No início séc. XIX, após um longo período em que se verifica a coexistência das duas teorias, o catastrofismo cedeu perante a corrente uniformista, em grande parte devido à influência exercida pelos trabalhos de Charles Lyell.
Expressos na sua obra máxima "Princípios da geologia" (1830), em que foram lançadas as bases da geologia moderna, e onde o limiar do tempo geológico da Terra foi irremediavelmente alargado para várias centenas de milhões de anos.
6Prof(a). Isabel Henriques
Charles Lyell
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Período Pré-Wegeneriano Apesar das perspectivas defendidas por
Hutton e Lyell, serem revolucionárias, não contemplavam na sua concepção a ocorrência de alterações dinâmicas profundas no planeta.
De facto, apesar de tudo, tanto Hutton como Lyell, e ainda outros geólogos influentes à época, encontravam-se impregnados de ideais conservadores.
A conduta científica destes investigadores era, apesar de tudo, regida por ideais "fixistas", o que fazia com que defendessem uma intransigente corrente de pensamento "permanentista", segundo a qual tanto os continentes como as bacias oceânicas se teriam mantido em posições similares até à actualidade...
7Prof(a). Isabel Henriques
Charles Lyell
James Hutton
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Período Pré-Wegeneriano Em meados do séc. XIX, surge
uma linha de pensamento também "fixista" conhecida por "contraccionismo", defendida por cientistas como Cuvier, Lordkelvin e outros, que, admitiam uma possível movimentação lateral das massas continentais, como consequência de uma progressiva contracção da Terra.
Segundo a teoria da contracção, à medida que a Terra arrefecia solidificava diminuía de volume o que conduzia a uma contracção.
8Prof(a). Isabel Henriques
Georges Cuvier
(1769-1832)
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Período Pré-Wegeneriano
Esta contracção teria começado depois da superfície do globo já ter solidificado, de modo que, ao reajustar-se à diminuição de volume do globo, a superfície teria sofrido enrugamentos que explicariam também a origem das formações orogénicas da sua superfície.
9Prof(a). Isabel Henriques
Lord kelvin
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Período Pré-Wegeneriano
10Prof(a). Isabel Henriques
Contracção da Terra
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Período Pré-Wegeneriano
Em meados do séc. XIX (1859) Pellegrini, foi o primeiro cientista a defender explicitamente a fragmentação e deriva dos continentes vizinhos do Atlântico, baseando-se :
na correspondência morfológica entre as linhas de costa dos dois continentes;
em observações paleontológicas relativas a certos tipos de fósseis que se podiam encontrar nos dois continentes;
nas observações de Ortellius e Bacon onde referem a possível união dos continentes.
11Prof(a). Isabel Henriques
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12Prof(a). Isabel Henriques
Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes
Francis Bacon reconheceu, em
1620, as semelhanças entre o limite
das costas da América do Sul e de
África, tendo especulado que estes
continentes correspondiam a
fragmentos da Atlântida.
Francis Bacon
1561-1626
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13Prof(a). Isabel Henriques
Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes
Frances Placet em 1668, afirmou que
os continentes se encontravam unidos,
antes da ocorrência de uma cheia
catastrófica.
Esta cheia poderia ter permitido a
flutuação do continente americano,
facilitando a sua migração.
Em alternativa, os continentes podiam
ter sido separados pela destruição
parcial da Atlântida. Frances Placet
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14Prof(a). Isabel Henriques
Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes
Von Humboldt propunha, em 1801,
que a Atlântida tinha sido escavada
pelo fluxo de água, formando, assim,
um vale profundo entre os diferentes
continentes.
Alexander von Humboldt
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Explicações para o mecanismo de separação dos
continentes
Em 1858, o geógrafo António Snider-Pellegrini elaborou estes
dois mapas representando a sua versão da forma como as
Américas e o continente Africano poderiam, no passado, ter
estado juntos.
15Prof(a). Isabel Henriques
A- os continentes juntos antes da sua separação. B- os continentes depois da sua separação.
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Prof(a). Isabel Henriques 16
![Page 17: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/17.jpg)
Alfred Wegener (1880-1930):
Nascido em Berlim em 1880, filho de
um pastor evangelista, formou-se em
astronomia. Foi este meteorologista
alemão quem propôs a Teoria da
Deriva Continental.
Em 1912, parte com o dinamarquês J.
P. Koch (que sugeriu ter sido a partir da
observação da ruptura das placas de
gelo no mar, que Wegener teceu a ideia
da Deriva dos Continentes) e realizam
juntos, pela primeira vez, a mais longa
travessia da calote glaciária.
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Alfred Wegener (1880-1930):
Na sua obra Entstehung der
Kontinente and Ozeane (1924) –
A Origem dos Continentes e
Oceanos - expôs a teoria
continental, segundo a qual os
continentes do mundo actual se
formaram a partir de um único
primeiro continente e foram
mudando as suas posições
relativas por deslocação geral
sobre uma camada semilíquida.
Prof(a). Isabel Henriques 18
Wegener en Groenlandia
![Page 19: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/19.jpg)
Alfred Wegener:
Realizou três expedicões na
Groenlandia com fim
meteorológicos.
Wegener morre na sua última
expedição em 1930 sem ver a
sua teoria aprovada pela
comunidade científica, apesar
de existirem alguns adeptos.
Muitos cientistas ridiculizaram
a Wegener pelas suas ideas.
Prof(a). Isabel Henriques 19
The last photo of Alfred Wegener and
Rasmus Villumsen, taken on 1 November
1930 (Wegener's 50th birthday) as they
were leaving the "Eismitte" Station.
(Photograph copyright Alfred-Wegener
Institute for Polar and Marine Research)
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20Prof(a). Isabel Henriques
A Teoria da Deriva dos
Continentes defendia o mobilismo
dos continentes.
Os continentes estiveram unidos
no início da formação da Terra
num único continente - a Pangea.
O movimento dos blocos
continentais só era possível
porque os continentes são menos
densos do que o material que
compõe a crusta oceânica.
Alfred Wegener
(1880-1930)
Teoria da Deriva dos Continentes de Wegener
![Page 21: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/21.jpg)
Segundo Alfred Wegener:
Há cerca de 300 milhões de anos os continentes estiveram unidos numa única grande massa de terra firme (supercontinente) que denominou de Pangeia, rodeado por um único oceano – a Pantalassa.
A Pangeia fragmentou-se dando origem a novos continentes sujeitos a deformação e deriva que ainda perdura.
Que argumentos teriam suportado a teoria de Wegener?
Prof(a). Isabel Henriques 21
![Page 22: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/22.jpg)
22Prof(a). Isabel Henriques
Especialidades afectadas pela deriva continental
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ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Geofísicos:
Se a Teoria Contraccionista
previa apenas a ocorrência de
movimentos verticais, seria
impossível a ocorrência de
movimentos horizontais (laterais)
que possibilitassem o
desenvolvimento das estruturas
identificadas nas cadeias
montanhosas.
23Prof(a). Isabel Henriques
![Page 24: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/24.jpg)
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Morfológicos:
O encaixe das linhas das costas dos
continentes africano e sul-
americano é mais perfeito quando
se inclui as plataformas
continentais, comparativamente
às linhas de costa actuais.
“Não encaixariam as costas de
África e da América do Sul como
duas peças de um puzzle se as
aproximarmos, fechando o oceano
Atlântico?”
24Prof(a). Isabel Henriques
![Page 25: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/25.jpg)
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos geodésicos
Wegener afirmou que medindo a
transmissão de ondas de rádio era
possível concluir que a
Gronelândia se tinha afastado 180
metros do continente Europeu.
Wegener fez medições do
afastamento entre duas ilhas da
Gronelândia e entre a Gronelândia
e a Europa (11 a 21 m/ano).
25Prof(a). Isabel Henriques
![Page 26: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/26.jpg)
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos geodésicos
Este argumento não foi suficiente
para defender esta teoria, tendo-
se verificado que não era
correcto.
Hoje com os mesmos princípios,
mas com métodos diferentes
estes cálculos foram feitos
Europa da América do Norte
afastam-se 23mm/ano.
26Prof(a). Isabel Henriques
![Page 27: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/27.jpg)
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Geológicos: nn
Continuidade ao nível orogénico (cadeias montanhosas) e litológico(rochas da mesma natureza e idade).
Esta semelhança também está presente nas cadeias montanhosas da costa Este dos continentes norte-americano e europeu.
27Prof(a). Isabel Henriques
![Page 28: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/28.jpg)
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleontológicos:
Foram encontrados fósseis de
organismos do mesmo género em
continentes actualmente
distanciados, sugerindo que estes
continentes já tenham estado
juntos, dada a impossibilidade física
de deslocação destes seres através
dos oceanos actuais.
28Prof(a). Isabel Henriques
![Page 29: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/29.jpg)
Argumentos Paleontológicos
29Prof(a). Isabel Henriques
Glossopteris:
planta fóssil do
Paleozoico.
Cynognathus: réptil
parecido com um
mamífero. Viveu no
Triásico, media 1 m.
Lystrosaurus: réptil parecido com
um mamífero. Viveu no Triásico.
Mesosaurus: pequeno
réptil fluvial do
Carbónico e Pérmico.
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1- Cynognathus2 - Lystrosaurus
4 - Glossopteris3 - Mesosaurus
30Nuno Correia 08/09
Argumentos Paleontológicos
![Page 31: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/31.jpg)
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos:
A descoberta de rochas (tilitos)
formadas pela acção dos glaciares
em regiões tropicais (próximas do
equador) levou os cientistas a
considerar que estas rochas já se
encontraram mais a Sul, sujeitas a
condições climáticas muito distintas
das actuais, sob extensos glaciares,
que ainda estão presentes na
Antárctida.
31Prof(a). Isabel Henriques
![Page 32: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/32.jpg)
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos
Jazigos de carvão encontrados no
hemisfério Norte só poderiam ter
sido formados a partir de grandes
florestas tropicais (mais a Sul).
Sedimentos glaciários (tilitos)
formados durante o Carbónico e o
Pérmico repetem-se em
continentes hoje situados em
latitudes muito diferentes.
32Prof(a). Isabel Henriques
![Page 33: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/33.jpg)
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos
As moreias, estrias e sulcos atestam a
presença de glaciares no final do
Paleozóico em largas regiões do
hemisfério Sul.
O sentido do deslocamento dos gelos,
na maioria dos casos para o interior
das actuais massas continentais, não
poderia ser explicado pelas posições
actuais desses continentes.
Wegener propôs a migração do polo
Sul desde o Cretácico até à
actualidade.
33Prof(a). Isabel Henriques
![Page 34: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/34.jpg)
A Teoria das Pontes Continentais
34Prof(a). Isabel Henriques
Procurava explicar a semelhança existente, ao nível do
registo fóssil animal e vegetal, entre a América do Sul,
a África e a Antárctida.
Esta semelhança também era conhecida entre a Europa
e a América do Norte e entre Madagáscar e a Índia.
![Page 35: DERIVA DOS CONTINENTES 1ª Parte](https://reader033.fdocuments.mx/reader033/viewer/2022052315/5571fa804979599169925d03/html5/thumbnails/35.jpg)
A Teoria das Pontes Continentais
Alguns cientistas da época (séc. XIX) sugeriram a existência de pontes continentais que estabeleciam a ligação entre os diferentes continentes e que permitiam a migração das diferentes espécies.
Eduard Suess (1831-1914) defendia que os continentes antigos eram mais vastos do que os actuais e que os seus fragmentos jazem hoje no fundo dos oceanos.
À medida que a Terra foi arrefecendo e contraindo ocorreram abatimentos da crusta, cujos vestígios se encontram nos fundos dos oceanos.
35Prof(a). Isabel Henriques
Eduard Suess