Caso clínico onco
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R O D R I G O A . P E R E I R A
D E U S D E D I T N E TO
CASO CLÍNICO ONCOLOGIA
DEZ 2012
Prof.Dr .Leonardo Oncologista
Identificação:
D. M. J,
Sexo masculino
Casado,
Católico,
Representante comercial,
Natural e residente de Itororó-Bahia,
50 anos.
Queixa Principal:
“Dor no pé da barriga”.há 10 meses
História da Doença Atual
Paciente obeso, inicia quadro com dor difusa em baixo ventre, de intensidade
leve, sem fator de melhora ou piora, há 10 meses, logo após ter começado uma
dieta a fim de tratar, segundo informa SIC, uma esteatose hepática.Ha 9 meses
atrás ao quadro do paciente foi somado ainda 2 episódios(durando cerca de
24h cada) em uma semana, de; diarréia aquosa , presença de sangue vivo nas
fezes, vômitos de repetição(conteúdo; restos alimentares), e piora da dor em
baixo ventre(10 em escala 0-10). Ao contrário dos outros sintomas o
sangramento nas fezes não diminuiu de intensidade, mesmo após o fim das
crises. Paciente então decide se consultar com um gastroenterologista, que
solicita um TC de abdômen, e uma colonoscopia, fechando diagnóstico de câncer
colon rectal. Atualmente o paciente encontra-se em quimioterapia, estando na 4
seção, de um total de 5, e a espera da cirurgia.
HPP
Esteatose hepática há 11 meses.
Arritmia cardíaca há 5 anos .
HAS há 5 anos
Cirurgia Miopia há 14 anos.
Cirurgia fimose há 44 anos
Cirurgia de Hérnia inguinal há 25anos.
História Familiar
Pai 86 anos- AVE, vivo com sequelas.
Mãe 83 anos. Hérnia disco. Litíase Biliar
Tia Paterna: faleceu de câncer de útero.
Revisão de Sistemas
Cabeça e pescoço: obstrução de narinas, recorrente.Nega demais alterações/queixas.
Tórax: Dispnéia aos intensos esforços.
Abdômen: vide HDA.
Genitourinário: Nega
Pêle e franeros: Manchas hipercrômicas na região do acesso venoso, membros superiores.
História Social/Hábitos de vida
Boas condições socioeconômicas
Fumou por 13 anos, 12 aos 25 anos.3 maços dia.
Bebeu por35 anos, 15-50 anos. 3 garrafas de 600 ml durante a semana. Uma caixa de 24 cervejas de 600ml aos fins de semana. Mais um litro de destilado(cachaça ou uísque), nos fins de semana em que havia pescaria.
Alimentação hipercalórica, hiperssódica, hiperlipídica.
Não praticava exercícios físicos.
Outras queixas:
Hérnia iguinalHérnia umbilical.
Exame físico
Sinais Vitais;FC:92bpm, P.A: 120x85 mmhg, FR:16 ipm,
Pulso:ritímico, regular.IMC:33
Ectoscopia: Bom estado geral, anictérico, acianótico, mucosas bem coradas,pct disposto, comunicativo.
Cabeça e pescoço: Ausência de linfonodoadenopatias, mucosa oral íntegra, ausência de estase jugular.
Exame físico
Aparelho respiratório: Tórax Brevilineo, Expansibilidade mantida, percurssão claro pulmonar, murmúrio vesicular bem distribuído, FTV mantido.
Ap.CardíacoBCNF, em 2 tempos, sem sopro, ictus não palpado.
Exame físico
Abdômen; Globoso, flácido, RHA diminuídos em quadrantes
inferiores. Percussão predominantemente som timpânico nos 4 quadrantes. Indolor a palpação, sem visceromegalias palpáveis.Fígado não palpável, baço não palpável, Giordano negativo.
Pele e fânerosManchas hipercromicas nos membros superiores
seguindo o trajeto das veias acessadas.
O câncer colorretal é uma neoplasia maligna que afeta o intestino
grosso e/ou o reto, acometendo a parede intestinal, e que dependendo do grau de invasão desta, pode comprometer outros
órgãos, directamente ou através de metastases.
Epidemiologia
MUNDO O segundo em número de mortes (atrás do câncer de pulmão) O terceiro câncer mais comum no mundo ocidental (atrás apenas
do cancer de pulmao e de mama) A mortalidade cinco anos após diagnóstico varia entre 30% a 40% Terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens Cerca de 60% dos casos ocorrem em regiões mais desenvolvidas BRASIL No Brasil, no ano de 2012, esperam-se 14.180 casos novos de
câncer do cólon e reto em homens e 15.960 em mulheres. Risco estimado de 15 novos casos a cada 100 mil homens e 16 a
cada 100 mil mulheres. Mulheres sendo mais afetadas do que homens (12,5 mil homens e
14,5 mil mulheres) no Brasil em 2008
Fatores de risco
Idade acima de 50 anos: maioria dos casos ocorre entre 60 e 70 e antes de 50 anos são incomuns
Pólipos: pólipos no cólon, principalmente os adenomatosos, são lesões que poderão sofrer transformação
História de câncer: diagnóstico e tratamento prévios para câncer colorretal e mulheres que já tiveram câncer de ovário,endométrio ou mama
Hereditariedade: história familiar de câncer de cólon ou de reto, Polipose Adenomatosa Familiar está relacionada a um risco de cerca de 100%
Câncer Colorretal Não Polipóide Hereditário Cigarro: mulheres que fumam são 40% mais prováveis de morrer por câncer colorretal e
homens fumantes têm um risco 30% maior Dieta: ricas em carnes vermelhas, baixo teor de cálcio, pobres em frutas frescas e vegetais,
aves e peixes Vírus: exposição a alguns vírus (como algumas cepas de HPV) Doenças inflamatórias intestinais: história de Colite Ulcerativa Primária e doença de
Crohn colorretal tem um risco maior Colangite Esclerosante Primária Uso de hormônios exógenos Obesidade Sedentarismo. Álcool: principalmente em grande quantidade, consomem mais de 30 gramas de álcool por
dia, especialmente aquelas que consomem mais de 45 gramas por dia, parecem ter um risco maior
Quadro Clinico
Dor abdominal Alteração do hábito intestinal (mudança da consistência das
fezes e da freqüência de evacuações) Sangramento anal (hematoquezia) ou melena Anemia Fraqueza (ocorre em 20% dos pacientes). Perda de peso (não é um achado comum no câncer colorretal) Tenesmo (sensação de defecação incompleta) Náuseas e vômitos. Redução no diâmetro das fezes Presença de sangue ou muco nas fezes Obstrução intestinal Tumoração abdominal, observada pelo paciente ou por médicos
Diagnostico
Historia clinica Exame fisico - Toque Retal: somente cerca de 20% dos tumores
colorretais estão ao alcance do dedo, e somente tumores grandes o suficiente podem ser sentidos através desta técnica
Exame de sangue oculto nas fezes: teste que verifica a presença de sangue nas fezes
Sigmoidoscopia: avalia o reto e o cólon inferior para detectar pólipos e outras anormalidades.
Colonoscopia: avalia reto e todo o cólon, para detectar pólipos e outras abnormalidades. Polipos podem ser removidos, tecido pode ser removido (biopsia), além de abranger todo o cólon
Exame radiológico contrastado do cólon (enema opaco): deverá ficar reservado para quando não houver acesso à colonoscopia ou quando existir alguma contra-indicação para esse exame
Outros exames Diagnosticos
TC: determinar o grau de espalhamento do câncer, mas não é utilizado detecção precoce
Exames de sangue: antígene carcinoembriônico usados para monitorar o paciente após o tratamento.
Aconselhamento genético: famílias que possuem uma forma hereditária do câncer colorretal,
Exame de DNA nas fezes: Adenomas pré-malignos e células cancerígenas liberam marcadores de DNA que não são decompostos no processo digestivo, tem uma sensitividade de detecção de câncer de 71% a 91%.
Tratamento
Cirurgia: único tratamento curativoQuimioterapia: reduzir o risco de metástases, para reduzir o
tamanho do tumor. Pode ser neoadjuvante, adjuvante ou paliativa
Radioterapia: não é muito utilizada por não ter uma precisao no foco
Tratamento de metástases no fígado: 20% tem metastase e destes 25% são no figado que podem ser removidas com cirurgia
Terapias de suporte: suporte psicológicoVacina: TroVax, estimula o sistema imunológico do indivíduo
a enfrentar as células cancerígenas?Aspirina: inibe crescimento do tumor e metástases?Imunoterapia?
Prognostico
Sucesso do tratamento: depende do estágio do câncer
90% dos pacientes que são diagnosticados em estágios iniciais sobrevivem cinco anos
64% tem sobrevida de 5 anos se o tumor invadiu nódulos linfáticos e/ou órgãos próximos
Se diagnosticado em estágio avançado (metástases distantes) a taxa de sobrevivência de cinco anos é de 20%.
Prevenção
Detecção precoce: pólipos podem ser detectados e removidos através de colonoscopia(após 50 anos)
Estilo de vida e nutrição: atividade física, baixa ingesta de carne vermelha, dieta rica em fibras?
Quimioprevenção: aspirina, calcio, acido folico?