Casa Grande Senzala Prefacio
-
Upload
thais-ribeiro -
Category
Documents
-
view
229 -
download
0
Transcript of Casa Grande Senzala Prefacio
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
1/19
Gilberto
Freyre
Casa-grande
senzala
Imrodugão
â
história
da sociedade
patriarcal
no Brasil-
l
T
ILBER
YRE
42
L‹;1›1ÇÁO
Wi
À
I* D
l
l`
() I(
/\ R
lx
(,
()
K
I)
um
m |z\NI||‹‹›
-
¬f\‹›
|›,\m‹›
HIH
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
2/19
/\«
11./r›..'
\¬
,I
|‹, f1 dehrasilia
¿‹›>‹/›'J)
_-
1 1//O
(I
1
'IJ
MI
~--
›z;zÍ Áx%
CIP-Bmu
Cmlugz¡â‹›u¡-fome
s|m1|cm
Nncmnzl
das Enimnâs
de
Livm.
RJ.
mm,
Ginzno, 19001951
wuz cm-gmuaz
sz
mzm
1
ailhaw
mm;
-az-za
¡|umçõ=¡
cfzem
um
=
Azzvmz Mznwnzgzo
-
42
az-
nzzzú‹1mwz›z
Rzwmzoox.
à mmâa
¿0$mm
“Ú
‹:«mp|¢m|zm.
W. smmzezmwmm
lnzm
mmúzgfuz
ISBN
3f»0l-05156-H
Franmm
da
Cunha
Tnmm
de Mello
I emu
~
civimçm.
:I
Nem»
-
Emil.
3.
AM-:do
Alves
da Silva
Freire
m
.sz
amu.
‹ Fzzmniz
-
amu.
5.
amu _
_
Cunmçnzz
muzzz
I.
11mm.
MW” Rymud
du
Rfk
m¡ d ¡'.V
CDD
M
Ulysses Pemambumna
de
Mello
uu-uzm
CDU
-
9s|
Cupyrighl
© l992
by
Fundação
Gilberto
Freyre,
Recife,
PE
Capà
Evelyn
Grumach
Projexo
gráco:
Evelyn
Grumach
e
Marcela
Pcrroni
Ilustrações
de
capa: lzs
deux uzureawc,
Paris,
1723.
Anciennes
indes
ucncs,
Muscu
de
Ane
Modema
de Sãn
Paulo.
Assis
Chateaubriand,
SP
Ilwmna
Ianlalíørl.
de
Thomas
Ender.
Akãdemi:
der
Bildcnden
Künstc,
V|cna,1{usu-ia
Dncnm
exclusivos
desta
edição
neservados
pela
[)IS'I`RIBUIDORA
RECORD
DE
SERVIÇOS
DE
IMPRENSA
S.A.
Run
Argentina
171 - Rm
de
Ineiro,
RJ
~
20921-380¬ I`el
:
585-2000
Ivnprcâw
no Brasll
'*‹.
SBN
IIS-0I‹05664›2
'Y
Ã
PIIIÉIDOS
PEI .O
RÍIEMHOLSO
POSTAL
'B
'«| ›z |~‹.›‹w| 2.4
ou
..,__,../
Riu dc
Jmwlru.
IU
- 20922-970
ll '“l^^'II-1404
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
3/19
Troféu
Novo
Mundo,
de
São
Paulo,
por
“obras
notávcis
em
_
-
i ‹f›.......l.¬
.¬ ..1.«.|..a¢
|‹i-1.¡›z-
woiwzizi,
Rio,
1934
TÁBUA
DA
MArÉR|A
o I .
` .
I
rüriiu /\i|i\||‹.lil»Wu|l
L
U
A
1957
Prêiiiio
de .Excclêiicia
Literária,
da
Academia
Paulista
de
Le-
Uma introduçao
a
“Lasa-Grande
ar Senzala ,
mis,
1961.
Darcy
R¡1,¢,¡-0
11
Prêmio Mach-.ido
de
Assis, da
Academia
Brasileira
de
Lecras
prefádo
3
11
¢d¡§¡¡,
((;¡[[-,eng
Fmym)
43
(conjunto
de obra),
1962.
Prêmio
MoinhoSantista
de
“Ciências
Sociais
em
geral”,
1964.
Prêmlu
Aspen
do häümm
Aãpem.
E`U‹A`. 967
lb I Características
gerais
da
colonização portuguesa
do
Brasil:
rêmio
Internacian
La
Ma
onniiia,
Itãba,
1969.
fümnçãude
smiedade ag1_á3)esmvOcmm:
híbñda
18
Sociologia
e História ,
19731
Troféu Diários
Associados,
por
“maior
distinção
arual
em
Ar-
Il O
mdlgma
na
fmmaçao
da
famm
bmsllum
16°
tes
Plásticas ,
1973.
Prêmio
Jabuti,
da Câmara
Brasileira
do Livro,
1973.
lll O colonizador
português:
anrecedentes
e predisposigões
254
Sir~‹
“Cavaleiro
Comandante
do
Império
Britânico ,
distin-
ção conferida
pela
Rainha
da
Inglaterra,
em
1971.
IV
O escravo
negro
na
vida sexual
e de família
do
brasileiro 342
Medalha
Ioaquim
N
abuco,
.Assembléia
Legislativa
do
Estado
de PÊf3fb“CU›
1972-
V
O
escravo negro
na vida sexual
e
de
família do brasileiro
Medalha
de
Ouro
Iosé Vasconcelos,
Frente
de
Arniación
(comímmção)
454
Hispanisia
do México,
1974.
Educador
do Ano, Sindicato
dos
Professores
do
Ensino
Pri-
mário
e Secundário
em
Pernambuco
e Associação
dos
Profes-
Nom
da
Edmm
(dadüs
blombliogrâws
de
sores
do
Ensino
Ocial,
1974.
Medalha
Massangana,
Instituto
Joaquim Nabuco
de
Pesqui-
Gllbem
Freyre) 533
535
S0U3Í5›
1974-
Bibliografia
de Gilberto
Freyre 539
Grã-Cruz
Andrés
Bello
da Venezuela
(1978).
Grã-Cruz
da
Ordem do
Mérito
dos
Guararapes
do
Estado
de
A história
bibliográfica,
HD BFBSÍÍ
C U0
l1\“d°›
de
Pernambuco
_
1978,
Cara-Grand: êr
Senzala 559
Prêmio
Brasília
de Literzirura
para
Coniunro
de Obra,
Fun~
_
l
,
_
i _
.
ação
Cultural
do
Dlsmw
Fedemlv
N79
Seleçoes
de
Prefácios
a vanas
outras
ediçoes deste
livro
Prêmio
Moinho
Recife,
1980. em
língua
pomiguesa
563
g
ãalha
da
Ordem
do
Ipiranga
do
Estado
de São
Paulo, em
B¡b¡¡°gma
511
Gzâfczuz
dz
D. Alfonso,
Ei sino
(Espzzzizz, was).
Izzdizz
Remissivo
611
Grã-Cruz
de Santiago
da
Espada (Portugal.
1983).
z
,
l
Gzõzcwz
di
múzm
«io
Méz¡zz›czpâb1zz.i»¢
do miitiz-
ao
RI»
hd”
0“°“““ °°
643
CIÍÊ
_
1935
Índice
de
Ilustrações 667
(¡rãf(Iru1.da
l.ôgi‹m
1l | luiiiicur
7 l¬`r;iii;ii,
P986.
w
vi
.
7
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
4/19
negras
baianas,
vendedora:
de
doces
nas ruas das grandes cidades
brasileiras.
Seu
parte e' de
rainhas, exclama Gilberto.
Uma:
rainhas
de
luxo egarbe, erbelresa
herdldica,
graça
de zalhc e ritmo
no
andar: Por cima das muitas
saias-de-baixo. de
linha
alvo,
a .raia
nobre,
adamarcada, de oom
vivas. Orpeirorgordos,
em pé,
pare-
cendo
querer
pular
das rendas
do
cabeçãa.
Íezéias,
ƒigar, pulseiras. rodilha
ou
tur-
bame
muçulmano.
Chinelinha na
puma
do
pé.
Estrelas marinbasdeprata.
Bracele-
tes de
ouro. Umas rainhas.
Buscando
com
muito
zelo, ao longo
das centenas de
páginas
de CG S,
o
leitor
colhcrâ
aqui
e ali alguma
referência
ao
negro
multitudinário,
comum,
ordi-
nário:
ao
negro quecom as vergonha:
cobertaspor uma
tanga
foi o principal contin-
gente
trabalhador
do Brasil.
Muito
poucas,
na verdade. Pouquíssimas
são
suas
anotações
sobre este
negro-massa, trabalhador
do
eiro.
A notícia
mais longa que
Gilberto
nos dá,
e
ainda assim
parca, é da sua
morte. Apenas
conta que
os
negros
ladinos,
bons
de
serviço,
que
morriam
no engenho, eram
enrolados em
esteiras
e
sepultados
no
cemitério dos
escravos. Os
novos,
sobretudo na
cidade,
eram enter-
rados
mal-e-mal
na areia
da
praia onde
os cachorros e
urubus os desenterravam
sem trabalho
para roerepiriicar.
Isto
quando
não
eramsimplesmente atado:
a
um
pau
e
aríradoca
mare.
Eis
tudo.
Gilberto,
porém,
não
nos desampara
totalmente. Encontra,
afortunadamen-
te,
na
última
página
de
CGâ'S,
suciente
espaço para
nos
dizer,
com
todas as
palavras,
que
não foi
toda
de a@a
a vida dar negros
ermri/os
dos
rihonhôr
e
das
rn:rÁc|o
À 1^
:o|çÃo
Em
outubro
de
1930
ocorreu-me
a
aventura do
exílio. Levou-me
primeiro
â
Bahia;
depois a Portugal,
com
escala
pela África.
O
tipo
de viagem
ideal para
os estudos
e
as
preocupações
que
este ensaio
reete.
Em Portugal
foi
surpreender-me
em fevereiro
de l93l
o
convite
da Universi-
dade
de Stanford
para
ser um
dos seus visiting
proďrmrs
na
primavera
do
mesmo
ano.
Deixei com saudade
Lisboa,
onde
desta vez
pudera familiarizar-me,
em
al-
guns
meses
de
lazer,
com
a
Biblioteca
Nacional,
oom
as coleções
do Museu
Etnológico,
com sabores
novos de
vinho-do-porto,
de
bacalhau,
de doces
de frei-
ras.
Iuntando-se
a isto
o
gosto
de
rever Sintra
e os Estoris
e o de abraçar
amigos
ilustres.
Um
deles, Ioão Lúcio
de Azevedo,
mestre
admirável.
Igual
oportunidade
tivera na
Bahia
-
minha velha
conhecida,
mas só de
visitas rápidas.
Demorando-me
em Salvador
pude conhecer
oom
todo
o vagar
não
só
as
coleções
do
Museu
Afro-baiano
Nina
Rodrigues
e
a
arte
do trajo
das
negras
quituteiras
e a decoração
dos seus bolos
e
tabuleiros
como
certos
encantos
mais
Íntimos
da
cozinha
e da dogaria
baiana
que
escapam
aos
simples turistas.
Certos
gostos
mais finos da
velha
cozinha
das
casas-grandes
que
fez dos fomos,
dos
fo-
hhã-'
Íffflf-
HMW 0-Y IIW
1¢°-Wíldlmlm
fmfd
MW.
mfvfwdv-›T›
lfmlf-
gões
e dos
tabuleiros
de bolo
da
Bahia
seu
último
e
Deus queira
que invencível
nando-se
mm err/as
e porages
dos rnandingueímr.
O
banan deu cabo
de
muizar.
O
barizo
-
a saudade
da
África. Houve os
que
de
tão banzeirnsƒícaram
kms,
idiotas.
Não morreram:
mas
ficaram
perumdo.
E sem achargooo
na
vida normal-entregam
do-se
a
excessos,
aburando
da
aguardenre,
da maconha,
marturband0‹.re.
reduto'
Deixo
aqui meus
agradecimentos
as
famílias
Calmon,
Freire
de
Carva-
lho,
Costa
Pinto;
também
ao
professor
Bemardino
de Sousa,
do Instituto
Históri-
co, a
Frei
Filoteu, superior
do
Convento
dos
Pranciscanos,
e
ã
preta
Maria
Inãcia,
que
me
prestou
interessantes
esclarecimentos
sobre
o
trajo
das
baianas
e a
decora-
ção dos
tabuleiros.
“Une
cuisine
ez une poliresrel
Gui.
le:
deux .tigmes
de
vieille
tivili.‹a¢inri.. ,
lembro-me
de
ter aprendido
num livro
francês. É
justamente
a
me-
lhor
lembrança
que
conservo
da
Bahia:
a
da
sua
polidez
e a da
sua
oozinha.
Duas
expressões
de
civilização
patriarcal
que lã
se sentem
hoje como
em
nenhuma
ou-
tra parte do
Brasil.
Foi
a
Bahia
que
nos
deu
alguns
dos maiores
estadistas
e
diplo-
matas
do
Império;
e
os pratos
mais
saborosos
da
cozinha
brasileira
em lugar
ne-
nhum
se preparam
tão
bem
como
nas velhas
casas
de
Salvador
e
do
Recôncavo.
Realizados
os cursos
que
por iniciativa
do
Professor
Percy
Alvin
Martin
me
foram
conados
na
Universidade
de
Stanford-
um
de conferências,
outro
de
lerninãrio,
cursos que
me
puseram
em
contato
com
um
grupo de estudantes,
mo-
ças
e rapazes,
animados
da
mais
viva curiosidade
intelectual
-
regressei da
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
5/19
Califórnia
a
Nova
iorque por
um
caminho novo para mim:
através do Novo Me- Eta como
se
tudo
dependesse
de
mim
e dos
de
minha
geração;
da nossa maneira
xico, do
Arizona,
do Texas; de
toda uma
região
que ao
brasileiro
do
Norte
recorda, de
resolver questões seculares.
E dos problemas
brasileiros,
nenhum
que
me
in-
nos seus trechos
mais acres, os nossos sertões ouriçadosde
mandacarus
e
de
xiquc› quietasse
tanto
oomo o
da
miscigenação.
Vi uma
vez, depois
de
mais
de três anos
xiques.
Descampados
em que a vegetação parece uns enormes cacos
de
garrafa,
de
` maciços de
ausência
do Brasil,
um
bando de
marinheiros nacionais
-
mulatos
e
um
verde duro,
às vezes
sinistro,
espetados
na areia
seca.
cafuzos- descendo
não
me
lembro
se do São
Buda
oudo Mina:
pela
neve mole
Mas
regressando
pela
fronteira mexicana, visava menos
a
esta sensação de
de
Brooklyn.
Deram-me
a impressão
de
caricaturas
de homens. E
veio-me
à lem-
paisagem sertaneja
que
a
do
velho Sul
escravocrata.
Este
se
alcança
ao
chegar
o
brança
a
ase de
um livro
de
viajante
americano
que
acabara
de
ler
sobre
o
Brasil:
Lranscontinental
aos canaviais
e
alagadiços da
Luisiana,
Alabama, Mississipi, as
“thernrƒidly
mongrel
upon
of
mar
oƒrhepopulaiíøn”.
A
miscigenação
resultava
Carolinas,
Virgínia
-
o chamado “deep South . Região
onde
o regime
patriarcal
naquilo.
Falmu-nie
quem
me dissesse
então,
como
em l929
Roquette-Pinto
aos
de economia criou quase
o mesmo
tipo de aristocrata e de
casa-grande, quase
o arianistas do Congresso
Brasileiro
de
Eugenia,
que
não
eram
simplesmente
mula-
mesmo tipo
de
escravo
e de
senzala
que no norte
do
Brasil e em
certos
trechos do nos ou
caiiizos
os indivíduos
que
eu julgava
representarem
0
Brasil,
mas
cafuzios
e
sul; o mesmo gosto
pelo sofá,
pela cadeira de balanço, pela boa cozinha,
pela mu-
mulatas
doentes.
lher,
pelo cavalo, pelo jogo; que
sofreu, e
guarda as
cicatrizes,
quando não
as feri- Foi
o
estudo
de
Antropologia
sob
a orientação
do
Professor
Boas
que primei-
das abertas,
ainda
sangrando, do mesmo regime devastador
de
exploração
agrária rome
revelou
o
negroe
o
rnulato
no seu justo
valor-
eparados
dos traços
de
raça
_-
o fogo,
a derrubada,
a coivara, a “lavoura parasita da
naturcza ,¡
no
dizer de os
efeitos do ambiente ou
da
experiência
cultural. Aprendi
a
considerar
funda-
Monteiro
Baena referindo-se
ao
Brasd. A rodo
estudioso da
formação
patriarcal
e
mental
a diferença
entre
raça e
cultum;
a discriminar
entre
os
efeitos
de
relações
da
economia escravocrata
do
Brasil
impõe-se o
conhecimento do
chamado “deep
puramente
genéticas
e os de
influências
sociais,
de herança
cultural
e
de meioi
South”.
As
mesmas
influências
de
técnica
de
produção
e
de
trabalho
-
a
Neste
critério
de
diferenciação
fundamental
entre
raça
e
cultura
assenta
todo o
monocultura
e a escravidão~ uniram-se naquela
parte
iriglesa
da
América como plano
deste ensaio.
Também
no
da
diferenciação
entre
hereditariedade
de raça
e
nas
Antilhas e em
Iamaica,
para
produzir
resultados
sociais semelhantes aos que hereditariedade
de
familia.
se verificam
entre
nós. As
vezes
tão semelhante
que
só
varia
o acessório: as
diferen-
Por menos
inclinados
que
sejamos
ao
materialismo
histórico,
tantas
vezes
ças de língua, de raça e de forma de
religião.
exagerado
nas suas generalizações
-
principalmente
em trabalhos
de
sectarios
e
Tive
:i
fortuna
de realizar pane
da
minha excursão pelo
sul dos Estados
Uni- ianaticos-
temos
que admitir
influência
considerável,
embora
nem
sempre
pre-
dos na
companhia de
dois
antigos colegas
da
Universidade
de
Colúmbia - ponderante, da tecnica
da produção
econômica
sobre
a
estrutura
das sociedades;
Riiediger Bilden e
Francis
Butler Simkiris. O primeiro vem se
especializando
com
na
caracterização
da
sua
fisionomia
moral.
É uma
influência
sujeita
ã reação
de
o rigor
e
a
fleuma de sua cultura germânica
no estudo
da
escmvidão na
América,
outras; porém
poderosa
como
nenhuma
na capacidade
de aristocratizar
ou de de-
em geral, e no
Brasil,
em
particular;
o
segundo,
no estudo
dos
efeitos da
abolição ttiocratizar as sociedades;
de
desenvolver
tendências
para
a poligamia ou
a
nas
Carolinas,
assunto
que
acaba
de
fixar
em
livro
interessantissimo, escrito
de
nionogatnia;
para
a
estratificação
ou
a
mobilidade.
Muito
do
que
se
supõe,
nos
colaboração
com
Robert
Hilliard Woody: South Carolina
During
Reconmnion
estudos
ainda
tão
flutuantes
de eugenia
e de
cacogenia,
resiiltado
de traços
ou
(Chapel Hill, 1932). Devo aos
meusdois
amigos, principalmente a
Ruedigerl ilden,
tiras hereditárias
preponderando
sobre
outras
influências,
deve-se
antes
associarã
sugestões
valiosas para
este
traballio; e
ao seu
nome
devo
associar
o de
outro cole-
pe-rsigrênziz, zu-zvés
de
gerações, de
condições econômicas
e sociais, favoráveis ou
ga, Ernest
Weaver,
meu
companheiro de
estudos de Antropologia
no
curso
do desfavoráveis no desenvolvimento
humano.
Lembra
Franz
Boas
que, admitida a
Professor Franz
Boas.
possibilidade da eugenia
eliminar
os elementos
indesejáveis
de
urna
sociedade,
a
O
Professor
Franz
Boas
É
a
figura
de mestre de
que
me ficou
até
hoje maior
iglzção
eugenia; deixaria
de
suprimir
as condições sociais responsáveis
pelos
pro-
impressíio.
Conheci-tt
nos
meus
primeiros
dias cm Colúmbia.
Creio
que nenhum lzm-izdm
mim-Áveis _
gente doente e
mal nutrida; e persistindo tais condições
estiithnte
russo, dos rottiítiiticns,
do
século
XIX,
preocupou-se mais
intensamente
w¢¡¡¡;, ¿¢ nçwo
g fmmzrinm
os
mesmos
pmletai-iados.1
pelos dest nt-
ts
‹l.i
|it't‹~|.|
tl‹›
t¡nz.~
eu
|i‹-Io» do
lim-il
na
fase
em
que conheci
Hu.
No
g,¡¡¡|' u
,,|¡¡¿,,
cum 0,
bmw),
, ,,
faça,
de co,
fomm¿,S¿,
3 pm-¡¡¢¡_
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
6/19
41
Á
ra metade
do século
XVI
coirdicionadas,
de
um
lado pelo
sistema
de
produção
m_
mms
vezes
55° ¡¿¡-ibufdas
5
m¡¡¢¿gm¡¡5°_
Emm
num;
¡¡¡¡l¢5,
O mm
sup,-¡_
É
conômica
-
a monocultura
latifundiária;
do
outro, pela
escassez
de
mulheres
rnento
de víveres
frescos,
obrigando
grande
parte
da
populaçao
ao
regime
de
de
rancas,
entre
os
conquistadores.
O
açúcar
não
só
abafou
as
indústrias
democrãti-
eiêi-r¢i¡
alimentar
earurei-izadi,
pelu
nbuy;
dopeixe
sem
C de
farinha
de ma¡¡di0¢¡
cas
de pau-brasil
e
dc peles,
como
esterilizou
a terra,
numa
grande
extensão
em
(3que
depois
se
juntou
a
carne
de charque);
ou
entãoao
incompleto
e
perigoso,
de
olta
aos
engenhos
de cana,
para os
esforgos
de
policrdtura
e de
pecuária
E exigiu
gêneros
importados
em
condições
péssimas
de
transporte,
tais
como
as que
preoe-
ma
enorme
rrrassa
de
cscravos.Acriação
de
gado, com
possibilidade
de
vida
demo-
deram
a navegação
a vapore
o
uso,
recentissimo,
dc câmaras
frigoricas
nos
vapo-
rática,
deslocou-se
para
os
sertões.
Na
zona
agrária
desenvolveu-se,
com
amonD‹
res.
A
importância
da
hiponutrigão,
destacada
por
Armitagef
McCollurn
e
ultura
absorvente,
uma
sociedade
semifeudal
~
uma
minoria
de
brancos e
Sinirnundgl
e
meenrernente
par
Esçudemƒ
da furne
çrôniez,
originada
não
tanto
rancarões
dominando
patriarcais,
polígamos,
do
alto das
casas-grandes
de pedra
da redução
em
quantidade
como
dos
defeitos
da
qualidade
dos alimentos,
traz
a
cal,
não
só
os escravos
criados
aos
magotes
nas senzalas
como
os lavradores
de
prubleinzs
indisiintzrnente
chamado;
de “decadência”
ou
“inferioridade”
de
ta-
r
partido,
os
agregados,
moradores
de casas
de
taipa
e
de
palha*
vassalos
das
casas-
ças,
novos
aspectos
e,
graças
a Deus,
maiores
possibilidades
de solução.
Salim.
randes
em
todo o
rigor
da
expressão.”
iam-se
entre
as
conseqüências
da
hiponutrição
a
diminuição
da
estatura,
do
peso
encedores
no sentido
militar
e técnico
sobre
as
populações
indígenas;
edo
perímetro
torácica;
deformações
esquelêticas;
descalcicação
dos
dentes;
in.
ominadores
absolutos
dos negros
importados
da
África
para o
duro trabalho
da
suciências
cirúidea,
hiposária
e
gonadial
provocadoras
da
velhice
prematura,
agaceira,
os
europeus
e
seus
descendentes
tiveram
entretanto
de transigir
com
fertilidade
ein
geral
pobre,
apatia,
não
mm
infezundidnde,
Exatamente
0; traço;
ndios
e
africanos
quanto
às relações
genéticas
e
sociais.
A escassez
de
mulheres
de
vidn egtéril
e
de sieg
inferiur
que
geralmente
se
asseizinrn
às
5ub.rzç;,i¡;
au
rancas
criou
zonas
de
confraternização
entre vencedores
e vencidos,
entre
senho-
sangue
nnilditu
das
enzrnndzs
“mens
inferiuregã
Não
se
devem
esquecer
outra;
l S
E ÊSUBVOS-
Sem
dfílfem
de
sff
ffla
õs
_
35
4105
ÊWWJS
mm
35
mlhefes
de
influências
sociais
que
aqui
se
desenvolveram
com
o
sistema
patriarcal
e
or
-
de
“superiores”
com
“inferiores”
e, no
maior
número
de casos,
de
senhores
ugerzvueratn
de mlonizaçãoz
a sífilis,
porexemplo,
responsável
pornantos
dos
“mu.
esabusados
e
sërdicos
com
escravas
assivas,
ado aram‹se,
entretanto,
com
a
ne-
lztus
dnentes”
de
ue fula
uettz.Pintu
e
3 ue
Ruedi
Bilden
atribui
ande
l
Cl
EC
Ef
essidade
experimennada
por
muitos
colonos
de constituírem
família
dentro
des-
rmpgrtânein
nn
estudo
da
forrnnçãu
brasileira,
sas
circunstâncias
e sobre
essa base.
A miscigenação
que largamente
se
praticou
A inmçãu
pari-inreal
do Brasil
expliezuge,
tzintu
nn;
suas
virtude;
wmu
nn;
qui
corrigiu
a
distância
social
que
doutro
modo
se teria
conservado
enorme
entre
seus
defeitos,
menos
em
mrmos
de
“raça” e
de “religião”
do que
em
termo;
ewnô.
casa-grande
e a mata
tropical;
entre
a casa-grande
e a
senzala.
O que a
micos,
de experiência
de
culturaedeorganizaçãodafamia,
que
foi
aquia unida.
onocultura
latifundiãria
e
escravocrata
realizou
no sentido
de aristocrarização,
de
eulunizadora,
Economia
e organização
social
que às
vezes
wntrariaram
não
só
xtremzrndo
a
sociedade
brasileira
em
senhores
e
escravos,
com uma
rala e insigni-
,ir
mural
sexual
ezuliea
como
as
tendencias
semitas
do
português
aventureiro
para
icante
lambujem
de gente
livre sanduichada
entre
os
extremos
antagônicos,
foi
ir
merrancia
5 O trâçd
em
grande
parte
contrariado
pelos efeitos
sociais
da miscignação.
A
índia
e a
ne-
Spengler
salienta
que
uma
raça
nin
ge
transpor-tn
de
urn
continente
3
outro;
ra-mina
a
princípio,
depois
a
multã.
0
¢l1f0Ch,
3
qU¡\d1 3f°2›
3
Uífvflii mf
serra
preciso
que
se transportasse
com ela
0 meio
sico.
E reoorda
a
propósito
os
ando-se
caseiras,
concubinas
e até
esposas
legítimas
dos senhores
brancos,
agj-
multados
dos
estudos
de
Gould
e de Baxw-_
C os
de Boas,
nu
sentido
da |m¡f0rml_
ram
poderosamente
no
sentido
de
democratização
social
no
Brasil.
Entre
os
lhos
zação
dz
rndiz
de estztrinr,
do
oernpu
mediu
de
desenvolvimento
e
até,
possivel-
mestiços,
legítimose
mesmo
ilegítimos,
havidos
delas
pelos
senhores
brancos,
sub-
mente,
a estrutura
de
corpo
e
da
ibrma
de cabeça
a
que tendem
indivíduos
de
ividiu-se
parte
considerável
das
grandes
propriedades,
quebrando-se
assim
a for-
vária; PmCed5¡-mas
rfunidns
ml,
,ii
mesmas
condições
de “meio
*§¡C0”,Y
De
con.
ga
das sesmarias
feudais
e dos
latifúndios
do
tamanho
de r=in0S~
dições
bioquímica:
talvez
mais
do que
físicas;
as modificações
por
efeito
possivel-
Í-Ígämr
3 l 00C\-\lf\1f-“I
lflldiífl
“W155
Pmldos
q“°
*em 10mProme-
mente
de meio,
veriiicadas
em
descendentes
de
imigrantes
-
como
nos
judeus
Údüz
3U3Vé5
de
§
3§Õ
5›
3
f°b“3Í
5 3
°fl¿ C¡¿
da
P°P“l3§ã°
bmsllelfl
“la
ucilianuse
alemães
estudados
por
Boas
nos Estados
Unidosm-
parecem
resultar
Säúde
ÍHSÍÊVÊL
ÍÍWCYU*
“P¿ 3¡d“d
de
“h“ll“ ›
“l * l |›
P“““Íh¡*§õ°5
de cmxlme
principzrlmenlc
du que
Wrssler
clrailra
dc influência
du bioc/iemíful
multar.
Na
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
7/19
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
8/19
“_f
“f¡l“Íl°l“f“
Cl”
°35¡5'§“*“d“3dq“¡fÍ'f¿°5
C°“l"=m°_5 f°Í
am”
“Nfd°§““\
igrejas é
qrre têm
sobrevivido
às casas~grandes.
Em Maçangana,
o
engenho
da
e simplicidade
fr-ancrscana.
Fato
que
se explica
pela identidade
de
rnçoes
entre
me¡¡¡¡¡¡¿-,e
d¿ Nabuwv
3 anúga
c¡$¿_g¡ande
dcsaparewu;
esfa¡e¡0u_s¿
3
wnzala;
só
:ma Casa
de 5'
h°f
de =3BBh°
efum
°°¡;lV=â¡f°
:Pim
de
ades de 55°
l
:°¡SC°-
a capelinha
antiga
de São Mateus
oontinua
de pe
com
os
seus
santos
e as suas
arquitetura
jesuirica
e e igreja oi,
não
á úvi a, e
nistome
encontro
inteiro
¿¡¡¡mmb¡¡,
wfd mm
ÍOSÕ M*'¡¡¡°
FÍlh°›
3
°xPf°55¡°
mals alla
e emdlm
d°
A“1“¡“5“f°
“°
O costume
de
se enterrarem
os mortos
dentro de
casa
- na
capela,
que era
Brasil °°l°“¡“l-
Í““°n°Í°“
WMWCUW
3
da
°3”'8f““d ~
Ê“3›
P°¡ m› *guld
urna puxada
da casa
-
ê bem
característico
do espirito
patriarcal
de
coesão
de
55" PfÕPf¡°
¡'¡Ím°z
f“_¡'¡Íd°
P3U'Í3fC3l›
C
¢XP°f¡¡¡fe“f3f\d°
lflf
¡¡°°°5.5Íd-"ide
família.
Os
mortos
continuavam
sob
o mesmo teto
que os
vivos. Entre
os
santos
e
que
a puramente eclesiastica
de adaptar-se
ao
mero,
rndrvrdualrzou-see
criou ra-
as oms ¿w°m_
Sum; e mortos
emu
afinal pane
da
famm
Nas
cmgas de
mah
¡mP°“âl1°¡3 °l“°_3535?"
d°m1“3_“d*_¡ 3
¡“¡l\"Y°¡““'diC°V=¡°
*Ide 'ST'-'Il
acalanto
portuguesas
e brasileiras
as
mães
não
hesiraram
nunca
em fazer
dos seus
$“el?l\;¡\d°'ll;¡°
É f°[§°
1°5“l¡;Ê]°›
Ê
\'°m°äd¡fl|;°3P::'^°l“
ãilfsa
d°:°›
lhinhos
uns
irmãos mais
moças
de
Iesus,
com
os mesmos
direitos
aos
cuidados
,Um °› 5" V¡°n
° em
Ca 3 ffge
0-
PW
“Cla 3
1 3930 °m
if'
de
Maria,
às vigílias
de
Iosé,
às paterices
de
vovó
de Sant'Ana.
A São
José
encarre-
t:;a¿Í;:é:s:;gi;:;:
Í ëagâ
ga-se
com a
maior sem-cerimônia
de
embalar
o berço
ou a
rede
da criança:
›
›
plo.
Nadamais
interessante
que certas igrejas
do interior
do Brasil com alpendre
na frente ou
dos
lados
como
qualquer
casa
de
residência.
Conheço várias
- em
Embah' I°s¿' embala'
Pemambuco,
na Paraíba,
em São
Paulo.
Bem
característica
6 a
de
São
Roque
de
cpf:
3 senhora
1930 Vem:
Serinhaérn.
Ainda
mais:
a capela do engenho
Caieiras, em Sergipe,
cuja
fisionomia
fc”
lava'
seu
°“e"mh°
6
inteiramente doméstica
E
em
São Paulo,
a
igrejinha
de
SãoMiguel, ainda
dos
“°
rl“°h°
de
Belém'
mmpos
C°l°“¡¿¡5'
E
a
Sant'Arra de
ninar
os
meninozinhos
no oolo:
A
casa-grande
venceu no Brasil
a
Igreja,
nos impulsos
que
esta a
princípio
manifestou
para
ser a dona
da
terra.
Vencido
o jesuíta,
o
senhor
de engenho
cou
dominando a
oolõnia
quase
sozinho.
O
verdadeiro
dono
do
Brasil. Mais
do
que
os
Se“h°m Sam,Am›
vice-reis
e
os
bispos.
“mal
mim"
mm;
A forçaconcentrou-se
nasmãos
dos
senhores
nrrais. Donos
das
terras.
Donos
"de
*We lidez
dos homens.
Donos das
mulheres.
Suas
casas
representam
esse imenso
poderio
C
que mamvllha'
fcudal.
“Feias e fortes."Paredes
grossas.
Alioeroes
profundos. Óleo
de
baleia. Refe-
re uma
tradição nortisna
que um
senhorde
engenhomais
ansioso
de per-petuidade
Esta
mmlm
não
se
conteve:
mandou matar
dois
escravos
e
enterrâ-los
nos
aliceroes
da
casa.
O
“¡°
d°““°
na
“mai
suor
e
às
vezes
o
sangue dos
negros foi o óleo
quemais do que o
de baleia aiudou
d°m'^°
“°
“E390
a dar
aos alicerces
das
casas-grandes
sua
consistência
quase
de fortaleza.
da
Senhma
Sa“¡'A¡13<
Onëôgêczfárfnoƒinàj
31:'
If;
rfíähêsí
a:°J:“§:ilnl¿:lnÍz°;;:Ê
95:
503:;
E
tinha-se
tania
liberdade
com
os santos
que era a eles
que se confiava
a
geraí
o,
casas
enormes
ediacídas
para atravessaí
séculos
comcçaraiira
a
esfgrelar-
guarda
dis “mn”
de doce
e
dc
melada
comu as
formigas:
se de
podres por abandono
e falra de conservação.
Incapacidade
dos bisnetos ou
mesmo
netos para
conservarem
a
herança
ancestral.
Vêem‹se
ainda
em
Remambuoo
Em l°“V°f
d°
55°
B°"l°
as
ruínas
do
grande
solar
dos
Barões de
Mercês;
nesre até
as
cavalariças
tiveram
qm
¡°
Vmhm
as f°fmlE“
alicerces
de ibrraleza. Mas
roda essa glória
virou
monturo.
No m de conrau as
C5 dem”-
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
9/19
escrevia-se
num papelque
se deixava
à
portado guarda-comida.
E em
papéis que de
engenho
apmundo
:manhas '_
do
Padre?
se gmdawm às lindas Ê às portas: nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas
de di-
Iesus,
Maria, Iosé, nheiro. Às vezes
dinheiro dos outros
de que
os senhores
ilicitamente se haviam `
rogai por nós
que recorremos a vos.
apoderado.
Dinheiro
que compadres,
viúvas e
até escravos lhes tinham
entregue
para guardar.
Sucedeu
muita
dessa
gente
car sem
os seus valores e
acabar
na
d
d
t .
,
. .
,
. . .
Quan O sk “dia
de
al' uma escura' uma mocdmha' *nm _AmÔm° misena devido
a
esperteza ou
a
morte
subita
do depositário.
Houve
senhores
sem
desse
conta do objeto
perdido.
Nunca
deixou
de
haver
no patnarcalismo
brasilei-
rú
ul
.
d
al rd
.
d
.
d
uh
'
d mais ue no ortu Ês erfeita intimidade com os santos O Menino se P os que, ami” O V
mes
para gua ar) npmmlse epms e :sua os c
ro'
am
,a q
P
gn
' P '
desentendidos:“Vocêestá maluco? Deu-me lã alguma cousa para guardar? Muito
Íesus
so
faltava
engatinhar com os meninos
da
casa; lambuzar-se
na
goleia de
. . _ .
_
_ .
dinheiro enterrado sumiu-se
misteriosamente.
Ioaquim Nabuco, cnado
por
sua
araça ou
goiaba;
bnncar
com os
muleques_ As freiras
portuguesas, nos seus êxta- .
_
madrinha na casa-grande
de
Magangana, morreu
sem
saber que destmo tomara a
ses, sentiam-no muitas vezes
no
colo
bnncando com as
costuras
ou provando dos
1
.da 1 b uh 1 da I
ourama para
e e
reuni
pe a oa
se ora,
e provave mente
enterra
em
a
gum
oceäb al, desvio de parede.
Iá
ministro em Londres, um padre
velho falou-lhe do tesouro
aum
os :“mS_e_mdi-Za Os _vw°s
íçñvamfdnz
Íflma
lzamzfc
os que
Dona
Ana Rosa juntam
para o
alhado querido. Mas nunca
se encontrou
“mms” jgoveman O C “gun O mais pos: ve 3 Vl a os °sÍ ne
os”
lsn_e os' uma libra sequer. Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pemambuco
Em
muita casa-grande conservavam-se
seus
retratos no
santuãno,
entre as
ima-
. _
._
_ _ _
se
têm encontrado, em demolições ou escavaçoes, botqas de dinheiro.
Na
que foi
gens
dois santos, com direito à mesma luz votiva de lamparina de azeite e às
mes- dos Pim:
d,Ávüa Pim de carvalho, Bahia, achowse, de l
mas
ores
devotas.
Também
se
conservavam
às
vezes
as tranças
das
senhoras,
os
de, ,verdadeira fo moedas de aum .
Naum: des só
tem
cachos dos
meninos
que
morriam
anjos. Um
culto doméstico dos mortos que
lem-
descncavado do chão
ossos de
escravos, justiçadospelos senhores
e mandados
en
ra O os
magos
gregos e m_ma' °s'_ terrar
no quintal, ou
dentro
de
casa, ã revelia das
autoridades.
Conta-se
que
o
Mas a
casa‹grande
patriarcal
nao
foi apenas fortaleza,
capela,
escola,
ocioa, . _ _
Visconde de Suaçuna,
na
sua
casa-grande
de
Pombal,
mandou
enterrar
no iardim
santa
casa,
harém, convento de moças, hospedana. Desempenhou outra
função
mais
de suphciado ordem de
Suiusüça patriarcal
Não É de
¡dm¡_
im :tante na economia
brasileira:
foi
também banco.
Dentro das suas grossas _
P0 rar.
Eram senhores,
os
das casas-grandes,
que mandavam matar
os própnos
lhos.
paredes, debaixo
dos
tijolosgou mosaicos,
no
chão,
enterrava-se dinheiro, guarda- um desm
Patriarcas,
Pedro vieira, já avô,
descobm
Bum mantinha
vam-se `óias ouro valores. As vezes rdavam-se
ôias
nas ca elas enfeitando os _ _ _
_
_ _
I ' '
'
relaçoes com a
muoama de
sua predileçao mandou
mata lo pelo irmao
mais ve
_
santos.
Dai
Nossas Senhoras
sobrecarregadas ã
baiana
de tetéias, balangandãs,
lho. “como Deus foi servido mandasse
Enio:
corações,
cavalinhos,
cachorrinhos
e correntes
de ouro. Os ladrões, naqueles tem- padre madjumr dt Canavíeka depoís de cumpñda ordem terñww
pos
piedosos, raramente
ousavam
entrar
nas Capelase roubar os santos. E
verdade
Também
fmdes
desempenharam
funções
de
banqueiros mk*
um
bo o le
dor
e
outras
das
de São
Benedito'
mas
sob
o retexto
_ _ _ _ _
que
mu u CSP n
l i °
P '
mais. Muito
dinheiro se deu para guardar
aos li-ades
nos seus conventos”
duros
e
Ponderávd
Para
a epoca”
de
que “negro
não
devia
ter wmv'
Cum efeito' chegou a inacessíveis como
fortalezas. Daí
as lendas, tão comuns no Brasil,
de
subterrâneos
proibir-se nos tempos coloniais, o uso de “ornaros de
algum
luxo” pelos
negros.*.7 de dinheiro
ainda dexntemh Mas foram Principalmente
Por segurança
e
precaução wnm
os corsários' contra os excessos
demagógl'
casas
grandes
que
fizeram de bancos na economia
colonial'
e são
quase
sempre
co
o tra as te
dê
cia
comunistas dos ind enas e dos africanos os andes _
S'
c_
“_ n n S lg, ' gi' almas
penadas
de
senhores
de engenho
que aparecem
pedindo padres-nossos
e
proprieranos,
nos
seus
zelos
exagemdos
de pnvativismo,
enterraram
dentro
de casa mma
as jóias e o
ouro
do mesmo modo que os mortos
queridos.
Os
dois
fortes
motivos
'
_ _
Os
mal-assombrados
das casas-grandes
se manifestam por
visagens
e ruídos
das
casas-grandes acabarem
sempre
malassombradas
com cadeiras
de
balanço
se _ .
que são quase os mesmos por rodo
o
Brasil.
Pouco antes
de desaparecer,
estupida-
halan imdo s izinhas sobre ti`‹›l‹›s soltos ue de manhã nin ém encontra;
com _ _
,
_
Ç
i l q gn
mente
dinamitada,
a
casa-grande
de Megaípe, tive ocasião
de recolher, entre os
- ~ _ l ~ - i
V
f ;
1 d
h -
_ _
_
arulho
de pmuis
e copm
utendu de
noite
nos
aparadores com
a mas
e
:en n mondum dm lmdmgh hmm”
de
ummbmçõn hindu velho whrdo saw
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
10/19
lo
XVII.
Eram
barulhos
de louça
que
se ouviam
na sala
de
jantar;
risos
alegres
de
zação mais estável
na
América hispãnica;
e esse
tipo
de civilização,
ilustra-o a
dança na
sala de
visira;
tilintar
de espadas;
ruge-ruge
de
sedas
de mulher;
luzes arquitetura
gorda,
horizontal, das
casas-grandes.
Cozinhas
enormes;
vastas
salas
que se
acendiam
e se
apagavam
de
repente
por toda
a
casa;
gemidos;
rumor de
de jantar;
numerosos
quartos para lhosehóspedes;
capela;
puxadas
para
acomo-
eorrentes
se
arrastando;
choro de
menino;
fantasmas
do tipo
cresce-míngua.
As-
rlação
dos
filhos casados;
camarinhas
no centro para
a reclusão quase
monásrzica
sombrações
semelhantes
me informaram
no
Rio
de
Ianeiro
e
em São
Paulo
povoar
das moças
solteiras;
gineceu;
copiar;
senzala. O estilo das casas-grandes
- estilo
os restos
de casas-grandes
do
vale
do
Paraíba.
E no
Recife,
da
capela
da
casa-
no sentido spengleriano-pode
ter sido
de
empréstimo; sua
arquitetura,
porém,
grande
que
foi de Bento
Íosé
da Costa,
assegura-me
um
antigo
morador
do sítio
toi
honesta e
autêntica.
Brasileirinha
da silva.
Teve alma.
Foi
expressão
sincera
das
que
roda
noite,
â
meia-noite,
costuma
sair
montada
num
burro,
como
Nossa
Se-
necessidades, dos interesses,do largo ritmo
de
vida
patriarcal que
os
proventos
do
nhora,
uma
moça muito
bonita,
vestida
de branco.
Talvez a
filha
do velho Bento
açúcar e o
trabalho eciente
dos negros tornaram
possível.
que ele
por
muito
tempo
não
quis que
casasse
com Domingos
Iosé
Martins
igin- Essa
honestidade,
essa
largueza sem luxo das casas-grandes,
sentiram-na vá-
d â tirania
patriarcal.
Porque
os mal-assombrados
costumam
reproduzir as
ale.
nos dos
viajantes
estrangeiros
que
visitaram
o
Brasil
colonial. Desde Dampier
a
grias,
os sofnmentos,
os gestos
mais
característicos
da
vida
nas
casas-grandes.
Maria
Graham.
Maria
Graham iioou encantada
com as casas de
residência
dos
Em
contraste
com
o
nomadismo
aventureiro
dos
bandeirantes
_
em sua
arredores
do Recife e com
as
de
engenho, do Rio de
Ianeiro;
só
a impressionoumal
maioria
mestiços
de brancos
com
indios_
os
senhores
das
casas-grandes
repre‹ ‹› número excessivo
de gaiolas de papagaio e
de
passarinho penduradas
por
toda
sentaram
na
formação
brasileira
a tendência
mais
caracteristicamente
portuguesa,
parte. Mas
estes
exageros
de gaiolas
de papagaio animando
a vida
de
famia do
isto é,
pé-de-boi,
no sentido
de estabilidade
patriarcal.
Estabilidade
apoiada
no que
hoje se chamaria
oor
local; e os
papagaios
tão
bem-educados,acrescenta
Mrs.
açúcar
ltlngenho)
e n0
negro
(senzala).
Não
que
estejamos
a
sugerir
uma inter-
Graham, que raramente
gritavam
ao
mesmo
tempo.”
Aliás, em
matéria
de
pretação
étnica
da
formação brasileira
ao
lado
da
econômica. Apenas
acrescentan- domesticação
patriarcal
de
animais,
d'Assier observou
exemplo
ainda
mais ex-
do
a um
sentido
puramente
material,
marxista,
dos
fatos, ou
antes,
das
tendências,
pressivo: macacos tomando
a bênção
aosmuleques do
mesmo
modo que
estes
aos
um
sentido
psicológico.
Ou psicosiolõgico.
Os
estudos
de
Cannon,
por
um lado,
negros
velhos e
os negros
velhos
aos
senhores
brancos.”
A
hierarquia das
casas-
e, por outro,
osde
Keith”
parecem
indicar
que
atuam
sobre
as sociedades,
como
grandes estendendo-se
aos papagaios e aos macacos.
sobre
os individuos,
independente
de pressão
econômica,
forças
psicosiológicas,
A
casa-grande, embora
associada
particularmente ao engenho de
cana,
ao
suscetíveis,
ao
que
se supõe,
de
controle
pelas futuras
elites
cientificas-
dor,medo,
patriarcalismo
nortista, não se deve
considerar
expressão exclusiva
do açucar, mas
raiva-ao
lado
das
emoções
de
fome,
sede,
sexo.
Forças
de
uma
grande
intensida-
da monocultura escmvocrata
e latifundiária
em geral:
criou-a no Sul
o
café
tão
de
de
repercussão.
Assim,
o
Islamismo,
no seu
furorimperialista,
nas
formidáveis
brasileiro
como no
Norte o
açúcar.
Percorrendo-se
a
antiga
zona
fluminense
e
realizações,
na
sua exaltação
mística
dos prazeres
sensuais,
terá
sido não
só a ex-
paulista dos cafezais, sente-se,
nos
casarões
em ruínas, nas terras
ainda
sangrando
pressão de
motivos
econômicos,
como
de forças
psicológicas
que
se
desenvolve-
das derrubadas
e
dos
processos de lavoura latifundiária,
a
expressão
do
mesmo
ram
de modo
especial
entre
populações
do
Norte
da
África.
Do mesmo
modo,
o
impulso econômico que
em
Pemambuco criou
as
casas-grandes
de Megaípe, de
movimento
das
bandeiras
-
em que
emoções
generalizadas
de
medo
e
raiva se
Anjos,
de
Noruega,
de
Monjope,
de
Gaipió,
de Morenos; e devastou
parte consi-
teriam
afirmado
em reações
de
superior
combatividade.
O português
mais puro,
derãvel da regiao
chamada
“da
mata .
Notam-se, e certo, variaçoes devidas
umas
que
Sc xou
cm
senhor
de engenho,
apoiado antes no
negro do que no
índio,
a diferenças
e
clima,
outras a contrastes
psicológicos
e
ao
fato
da
monocultura
representa
talvez,
na
sua tendencia
para
a estabilidade,
uma especialização
psico‹
latifundiâria ter
sido, em São Paulo, pelo menos,
um regime
sobreposta,
no
m
do
lógica
em contraste
com
a
do
Indio
e a
do
mestiço de
índio com
portugues
para
a seculo
XVIII, aoda
pequena propriedade.” Não
nos
deve passar
despercebido
o
mobilidade.
Isto sem
deixarmos
de
reconhecem
fato
de que
em Pernambuco
e
no
fato
de
que
“enquanto os habitantes
do Norte
procuravam
para habitações os
lu-
Recôncavo
a
terra
se apresentou
excepcionalmente
favorável
para
a cultura
inten-
gates
altos, os
pendores das serras,
os
paulistas, pelo comum, preferiam
as
baixa-
sa do
açúcar
e para a
estabilidade
agrária
e patriarcal.
das, as
depressões
do
solo
para ri edificação
de suas vivendas [....]”.
Eram
casas,as
A
verdade
6
que
em torno
dos
senhores
de
engenho
criou-se
o
tipo
de
civili- paulistas, “sempre
construídas
cm terreno íngrcme, de forte plano inclinado, pro-
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
11/19
do hrimnesas e viscondessas,
satisl iziam-se em contar os
segredos
aopadre confessor
tegldas
d° V°m°
5“ l›
de m°d°
Cm”
d°
ldd°
de baixe
°
Pfédm
tinha
um anda
‹- Zi
mucama
de estimação;
e a
sua tagarelice
dissolveu‹se
quase
toda
nas conversas
¡e“°°› °
que me da
des” lad°
apafêdcla
de 5°b d°”
sumfeende*
ms casa
com
as pretas
boceteiras,
nas
tardes
de chuva
ou
nos
rneiosfdias quentes,
morosos.
:ões
do
Sul
um ar mais
fechado
e
mais
retraído
do que
nas
casas
nortistas;
mas o
i
Debziiic
se
Procuiaria
emie nós
um diaiie,
de
iiana
de
casa
meio de
gossip
nd
gana,-0
“terraço,
de onde
com a vista o
fazendeiro abarcava
todo o organismo
da vida
dos
ingleses
E dm
nme_amei,¡C¿m¡
dos
iemims
wioniaisyzø
rural ,eomesmo
do
Norte;
o mesmo
terraço
hospitaleiro,
patriarcaleboin.Asala
Em
compensação
a
Inquisição
eseaiieai-0,,
some
nossa
vida
ímjma da
zm
de jantar
e
a cozinha,
as
mesmas
salas e
cozinhas de
convento. Os sobrados
que,
wiomail
sobre as
aiwvas eom
“mas
que
em geiaj
paeeeem
¡e,-
sido de md,-di
Vielddddse
de Sãmms
“O Rmem
“PW
Peqdem
dde Venha
Pafamdo
em md°5°5
mngendo
as pressões
dos
adultêrios
e
dos
coitos
danados;
sobre as camarinhas
e os
P°fe°5›
VÍ5W 5e
5
beífd da água
_
em
Ubambi 35°
Sebaedãi
Ang”
dd*
Reis
quartos
de santos;
sobre
as
relações
de brancos com
escravos
-
seu olho
enorme,
_
\ ee°fd3m
°5 Pdedafeele
de
Rl° F° “°5°‹
E às
Vezesi
“md
“° N°“e›
°“°°“
indagador.
As conssões
e
denúncias
reunidas pela visitação do Santo
Ocio
às
U dm 5e
lyele
°°m
3-lPe“d e
de
dente
_
°°“Vld3d 5›
d°°e5= ldmsdedas
partes do Brasil” constituem
material
precioso para o estudo
da vida sexual e de
A história
social da casa-grande
é a
história
íntima de
quase todo brasileiro:
imiiia
no
Bmsii
do seeiiio
Xvi e
XVII,
¡¡id¡eam_m,s
a jdade
das musas
casa,-em
da sua
vida
doméstica,
conjugal, sob o
patriarcalismo
escravocrata e
polígamo; da
_ dale,
quamme
anos;
o
principal
regalo e
passatempo
dos
colonos
_ o
jogo
de
sua vida de
menino; do seu
cristianismo
reduzido
ã
religão
de
família
e inuen-
Wmãoi 3 pompa
deamáeiea
das Peeeissões
.__ homens
vestidos
de C,-¡5¡0
3 de gu.
eledd Peles
efedleee dd
5eÍWda‹ O e5“1d°
de ldelddd mdme
de
dm
P°V°
*em
ras da
Paixão
e devotos
com
caixas
de doce dando de comer aos
penitentes.
Dei-
alguma COUSG
de
ÍU °5P C§ã°
Pmdsd
05
G°e°“ff
lá
°
ehemdvm
“ee
mm”
xam-nos
surpreender, entre as
heresias
dos
ci-isnãos-novos
e
das santidades,
entre
i/rui .
O arquiteto Lúcio
Costa
diante
das
casas
velhas de
Sabara, São joão
del-Rei,
Os bmxe¿°s
e as
fems gaiatas
deem,
das
ig-feias, mm
geme alzgn
ggnmdz
pelo;
Odm
PfeÍ°›
Marlene»
das Velhas
edsdsfmndes
de Mmdsi fm
3
ÍmPfe55ã°que
teve:
iiltares, entoando
trovase tocando viola,
irregularidades
navida doméstica
e
moral
AA gente
edmd
que
se ene°nU 3---
E
Se
lembra
de
eddse
dl-le
3
geme
“dd”
5°“be›
L
ristã
da
família
-
homens
casados
casarido-se
outra
vez com
mulatas,
outros
mas que
estavam lá
dentro
de nós;
não
sei-
Proust
devia
explicar isso
direito.”
iiccando comia
3 mmieza
eem
efebos
da ten-a
ouda
Guiné,
ainda mm-os
mme.
Nas
casas-grandes
foi até hoje onde
melhorse
exprimiu
o caráterbrasileiro;
a
imiio
com miiiheies
a
mipeza
que
em
medema jmgaagzm
Ciedm
se chama,
“O5”
edndmddade
edeldl N°
e5md°
dd
sua metem*
mim”
de5PfeZa 5°
t“d°
°
como
nos
livros
clássicos, de felação,
e
que
nas
denúncias
vem
descrita com todos
que a história
política
e militar nos oferece
de
empolgante
por uma quase rotina
1 is
ife ir; iiesisocados
iummin
pelo
pemeihe
da
Vi,.gem ;
sam-as
planejando
enve.
de
Vida* mas
de““ °
desse
edema e due
memm se
sem”
°
Came
de “m
P°V°
ut-nar os
genros;
cristãos-novos metendo crucixos por baixo
do
corpo das
mulhe-
Estudando
a
vida
domestica
dos antepassados
sentirno-nos
aos
poucos nos
com-
mi
na momemo
,ia
eópuja
ou ¿e¡¡anda.0s
nos u¡¡m§¡s¡
sedhoms
mandar-idg
quei.
Plee-“1
e
dl-“fd mem de Pf°e“ff 5e
0
eemP°
PefdÍd° ‹
0 -\ef°
mem
de “Os
send*
mar vivas, em
fomalhas
de
engenho,
escravas
prenhes,
as
crianças estourando ao
mos
nos
outros _ nos que
viveram antes
de
nós;
e em cuja vida
se antecipou
a
Him,
das chamas*
nossa.
É
um
passado
que se estuda tocando
em nervos; um
passado que emenda
Tambem
houve_
ism no seculo
XV111
e
no XIX_
esquiskõgs
Pgpys de
mm
3
Vídã
de Cãd
“mi “md
ãvelfd de
5e5d°dÍd3de›
“dd
“Pen”
um eefdf
d
de
meia-tigela,
que tiveram
a pachorrade colecionarem cadernos,
gossipe
mexericos:
Peedl-dee
Pelds
3-“l“lV°5~
t
humavam-se “recolhedores
de
fatos .
Manuel Querino
fala-nos deles
com
rela-
Íefdi
e
el¡“ °›
qdendd
ee Wneegde
Peeem
da mdmidede mesma
d°
Pd55dd°§
ção
El Bahia;
Arrojado Lisboa,
em conversa,
deu-me notícia
de
uns
cadernos des-
5“fF“ee“dê l°
nas 5 ”
verdadeiras
teddemdsi
11°
ee
d V°mdde edeelfdi
das sd”
¬t-s, relativos
a Minas
e
em
Pernambuco,
na
antiga
zona rural, tenho encontrado
exldfeesõee
mais Sleefae-
O
que
50 e fded
em
Pãdee edmd 0 Bfsdí deldí
0
dmfee
traços
de recolhedores
de fatos . Alguns
“recolhedores de
tos”,
antecipando-se
eldddd
ebedfved
05 Seãfedde
Peeedids e
de
ffíl-Í›
95*-¡C1d0
1105
l¡0fe§›
0
Plin
aos
pasriuins,
colecionavam
casos
vergonhosos, que, em momento oportuno, ser-
ellddlmeme
me ml-dhelesi essa
Vdmde de
ee fevelafem
dm °“d °5
due n°5 Países
viam para
cinporczllhar
brasões
ou nomes
respeitáveis.
Em geral,
exploravam-se
Pmeesemee P¡°Ve
0 e5Y“dÍ°5°
de
híelód
Ídm de “N05 dÍÂfÍ0S›
C°deeld5›
mf
.ii izrmiiiceiiiis
do
brunquidzide
e de sangue
nobre;
des»encavava›se alguma remo-
faiz lemÕf¡í*5›3Ue°bÍ°8 Â5›
fdmffs
dÍ°b¡°E Ée°e
Cfeld que
ãdmldd
Bfesd
i.i
.ivo escrava ou
mim:
ou riu
que cumpna sentença;
avô
que
aqui
chegara
de
um só diário
escrito
por
mulher.
Nossas avós,
tantas delas analfabetas,
mesmo
quan-
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
12/19
sainbcnito.
Registravam-se
irregularidades
sexuais
e morais
de
antepassados.
Até
iiiaçãu
mais segura
que os livros de viagem de estrangeiros
-
impondo-se,
entre-
mffsm de
5
h0fS
uniu, muita
discriminação entre os
autores
superciais ou viciados
por
preconcei-
Outros
documentos
auxiliam
o
estudioso
da históna
íntima
da
família
brasi- `
iiis -- os Thévet, os Expilly,
os
Debadie-
e os
bons
e
honestos da
marca
de Lêry,
leira:
inventários,
tais
como os
mandados
publicar
em
São
Paulo pelo antigo
pre-
llans Staden,
Koster, Saint-Hilaire, Rendu, Spix, Martius, Burton,
Tollenare,
sidenre
Washington
Luís;
cartas
de sesmaria,
testamentos,
correspondências
da
(iiirdner,
Mawe, Maria
Graham,
Kiddcr,
Fletcher. Destes
me
servi largamente”
Cone
e
ordens
reais
Í como
as que
existem
em mss.
na
Biblioteca
do Estado
de
valendo-me
de
uma familiaridade
com
esse
gênero
não sei se
diga de literatura _
Pernambuco
ou dispersas
por
velhos
canários
e
arquivos
de família;
pastorais e
iiiuitos
são
livros mal
escritos, porém deliciosos na sua candiira
quase infantil-
relatórios
de bispos,
como
o interessantíssimo,
de
Frei
Luís
de Santa
Teresa,
que quedata
dos
meus dias
de
estudante;
das
pesquisas
para
a
minha
tese
Social
Lzď
amarelece,
em
latim,
copiado
em
bonita
letra
eclesiástica,
no arquivo
da Catedral
in
Brazil
in the Midi: of tlie 19'* Century,
apresentada em
1923
à Faculdade
de
de Olinda;
atas
de sessões
de
Ordens
Terceiras,
confmrias,
santas
casas
como
as
Ciências
Políticas
e Sociais da Universidade de Colúmbia.
Trabalho
que Henry
L.
conservadas,
inacessíveis
e inúteis,
no arquivo
da
Ordem
Terceira
de
São
Francis-
Menckien
fez-me
a honra
de
ler,
aconselhando-me
que
o
expandisse
em livro. O
co, no
Recife, e
referentes
ao
século XVII;
os
Documentos
Ifiremranrespam
iz His-
livro,
que
é este,
deve
esta palavra de estímulo
ao
mais
antiacadêmioo
dos
críticos.
zzíria
c Corrumcr
de
São
Paulo,
de
que
tanto se
tem servido
Afonso de
E.
Taunay
Volto à
questão das fontes
para
reoordar os
valiosos
dados
que
se encontram
para
os seus
notáveis
estudos
sobre
a vida
colonial
em
São
Paulo;
as
Atas
e
o Regis-
nas
cartas dos
jesuítas. O
material
publicado já
ê grande;
mas deve haverainda
-
ro
Geral
da
Câmara
de
São
hulo;
os livros
de assentos
de
batismo,
óbitos
e casa-
lembra-me
em carta Ioão Lúcio de Azevedo, autoridade no assiuito
- deve haver
mentos
de
livres
e
escravos
e os de
rol
de
famílias
e
autos
de
processos
matrimo-
.iinda na
sede
da Companhia muita cousa inédita. Os jesuítas
não só
foram
gran-
niais
que se
conservam
em
arquivos
eclcsiásticos;
os
estudos
de genealogia
de Pedro
des
escritores
de cartas-muitas delas tocando
em detalhes
íntimos
da vida social
Taques,
em São
Paulo,
e de Borges
da
Fonseca,
em
Pernambuco;
relatórios
de
.los colonos
- como
procuraram
desenvolver
nos
caboclos e mamelucos,
seus
juntas
de
higiene,
documentos
parlamentares,
estudos
c
teses
médicas,
inclusive
.iIunos, o
gosto
epistolar. Escrevendo
da
Bahia
em
1552
dizia
o
jesuíta Francisco
as
de doutoramento
nas
Faculdades
do
Rio
de
Ianeiro
e da
Bahia;
documentos
l'ires sobre
as
peregrinações dos meninos
da
terra ao
sertão: “[....]
o que eu não
publicados
pelo
Arquivo
Nacionalff
pela
Biblioteca
Nacional,
pelo
Instituto
His-
iwtreverei porque o Padre
lhes mandou que
escrevessem
aos meninos de
Lisboa;
e
tórico
Brasileiro,
na
sua
Revista,
e pelos
Institutos
de Sao
Paulo,
Pemambuco
e
da
porque
poderá serque suas cartas as
vejais
o não
escreveiei
[....]”. Seria
interessan-
Bahia.
Tive
a
fortuna
de conseguir
não
só
varias
cartas
do
arquivo
da
imia
it- descobrir essas
cartas e ver
o que
diziam
para
Lisboa os
caboclos do Brasil
do
Paranhos,
que
me foram
gentilmente
oferecidas
pelo
meu
amigo
Pedro
Paranhos,
rótulo
XVI.
Freqüentemente
depara-se
nas
cartas dos jesuítas
com
uma informa-
como
o acesso
a
importante
arquivo
de
família,
infelizmente
já muito
danificado
\.¡ii
valiosa
sobre a vida social
no
primeiro
século
de colonízçã; Sob
0
CODÍHIO
pela
traça
e
pela
umidade,
mas
com
documentos
ainda
dos tempos
coloniais
- o
.IJ
ciilriirzi
européia
com
a indígena e a africana.
O Padre Antônio
Pires, Cm 0010
do engenho
Noruega,
que
pertenceu
por longos
anos
ao capitãomor
Manuel
Tomé
ili-
1552,
fala-nos
de
uma procissão
de negros de Guiné em Pernambuco,
ja orga-
d
l 5“5›
Ci
dfP0Í5›
105 seus
descedemes-
sem
Pam
deselaf
que
esses
restos
de
iiizados em
confrana
do Rosário, todos
muito
em ordem “uns traz
outros com as
velhos
arquivos
particulares
fossem
recolhidos
às bibliotecas
ou aos
museus,
e
que
...gm
Sempre
zlevzrirzidzs,
dizendo
todos:
Ora
pro
nobis”.
O
mesmo Padre
Anú-
os
eclesiásticos
e das
Ordens
Terceiras
fossem
convenientemente
catalogados.
Vá-
iii‹› Pires,
em carta
de
Pernambuco, datada de 2
de
agosto
de l55l,
refere-se aos
nos
documentos
que
permanecem
em mss.
nesses
arquivos
c bibliotecas
devem
..,|‹iii0§ da igrrz
de
Duarte Coelho
como
melhor gente
que
de
todas
25
Oi-l
quamü
“mes ser
P“blÍ°ad°5›
E
Pena ¬ 5°l3'm¢
ÍÍCÍÍD Obsëfvl'
df PHSSHEHD
_
iapitanias ;
outra carta informa que os
índios
a princípio
“tinham
empacho de
que
algumas
YCVÍSUS
de HÍSÍÔÚQ
dfdlquem
Páãlms
C Páginas
Ê
Pllbll
ão
dc
dizer
Santa
Iooçaba,
que em
nossa
língua quer
dizer-pelo Signal
da Cruz,
por
discursos
patrióticos
e de
crônicas
literárias,
quando
tanta
matéria
de
interesse
lhe,
pzrezer ziqiiilo
g¿irirrioi1has .“
Anchieta
menciona
os
muitoã biCl10S
rigorosamente
histórico
permanece
desconhecida
ou
de acesso
dificil
para
os estn-
¡,L-ç,,,¡h,¿¡¡m5
qua
zroi-mizririivam
a
vida
doméstica
dos
primeiros
colonos -cobras
dwsus'
|.ir.irac.is
andando
pelas
casas e caindo dos telhados
sobre
as camas; “e quando
os
Para
o conhecimento
da
Históna
social
do
Brasil
não
há
talvez
fonte de
infor-
|,., ,¢m
¿¢,p¢i-um
M; zzhzm mm alii; mmliiglas
no pgsggrw e nas Pei-nas
E qua.
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
13/19
do
se
vão
a
calçar
pela manhã
as
acham
nas botas”,
e
tantoAnchieta
como
Nóbrega
ititus; das
festas e
procissões.
Também os fixou
a
seu jeito,
isso
6,
caricatui-ando-os,
destacam
irregularidades
sexuais
na
vida dos
colonos,
nas
relações
destes
com
os
ii
poeta
satírico
do século
XVIII,
Gregório de
Matos.
E
em
memórias
e reminis-
indigenas
e os
negros,
e
mencionam
o fato
de serem
medíocres
os
mantimentos
da
‹ eiitias,
o Visconde
de Taunay, Íosé
de
Alencar, Vieira
Fazenda,
os dois Melo
Mo
terra,
custando
tudo “o
tresdobro
do
que
em
Portugal .
Anchieta
lamenta
nos
na-
mis,
deixaram-nos
dados valiosos.
Romances
de
estrangeiros procurando
retratar
tivos,
o
que
Camões
já lamentara
nos
portugueses-
“a
falta
de
engenhos ,
isto
6,
.t vida brasileira
do
tempo
da
escravidão
existem alguns,” mas nenhum
que
valha
de
inteligência,
acrescida
do fato
de
não
estudarem
com cuidado
e de
tudo
se
levar
grande
cousa,
do ponto
de
vista da
história social. Quanto
ã
icoriogna
da escravi-
em
festas,
cantar
e folgar;
salientando
ainda
a abundância
dos doces
e regalos,
zl.io
e
da
vida
patriarcal está magistralrnente
feita
por artistas da
ordem
de
Hanz
laranjada,
aboborada,
marmelada,
etc.,
feitos
de
açúcar.”
Detalhes
de
um
realis-
lim,
Zacarias
Wagner,
Debret,
Rugendas;
sem
falarmos
de
artistas menores
e
mo
honesto,
esses,
que se
colhem
em grande
número,
nas
cartas
dos
padres,
por
mesmo
toscos
-
desenhadores,
litógrafos,
gravadores,
aquarelixms,
pintores de
entre
as
informações
de
interesse
puramente
religioso
ou devoto.
Detalhes
que
nos
mt-votos
-
que
desde
o
século XVI
-
muitos
deles ilustrando
livros
de
viagem
esclarecem
sobre
aspectos
da
vida
colonial,
em
geral
desprezados
pelos
outros
cro-
rcpmduziram
e
fixaram,
com
emoção
ou realismo, cenas
de intimidade do-
nistas.
Não
nos
devemos,
entretanto,
queixar
dos leigos
que
em
crônicas
como
a
iiiesrica,
flagrantes
de
rua
e
de
trabalho
rural, casasfgrandes
de
engenhos
e de
de
Pero
de Magalhães
Gandavo
e a
de Gabriel
Soares
de
Sousa também
nos
dei-
mins, tipos
de
senhoras,
de
escravos,
de
mestiços.”Dos
últimos
cinqüenta anos da
xam
entrever
flagrantes
expressivos
da
vida
intima
nos
primeiros
tempos
de
colo-
iwcrtividão,
restam-nos
além de
retratos a
óleo, daguerreótipos
e
fotografias fixan-
nização.
Gabriel
Soares
chega
a ser
pormenorizado
sobre as
rendas
dos
senhores
.Iii
perfis
ar-istocrâticos
de
senhores,
nas suas gravatas
de
volta,
de
sinhá-donas e
de
engenho;
sobre
o
material
de
suas
casas
e capelas;
sobre
a alimentação,
a
confei-
siithá-moças
de
penteados
altos,
tapa-missa
no
cabelo;
meninas no
dia
da
primei-
taria e
docaria
das casasfgrandes;
sobre
os
vestidos
das
senhoras.
Um
pouco
mais,
r.i comunhão
-
todas
de branco, luvas,
grinalda,
véu,
livri.nho
de
missa, rosário;
e teria
dado
um
bisbilhoteiro
quase
da marca
de
Pepys.
grupos
de família
-
as grandes
famílias
patriarcais,
com avós, netos, adolescentes
De
outras
fontes
de
informações
ou
simplesmente
de
sugestões,
pode
servir-
rlz-
hatina
de
settiinatista,
meninotas
abafadas
em sodas
de
senhoras
de idade.
se o
estudioso
da
vida
intima
e
da moral
sexual
no Brasil
dos
tempos
de
escravidão:
Não devo
estender
este prefácio,
que tanto se vai afastando do
seu
propósito
do
âlclore
rural
nas
zonasr-nais
coloridas
pelo
trabalho
escravo;
dos
livros
e
cader-
.lr simplesmente
dar
uma idéiageral do
plano
e
do método
do ensaio que se segue,
nos
mss.
de
modinhas
e
receitas
de bolo,“
das
coleções
de jomais;
dos livros
de
«Lis
condições
em
que foi escrito.
Ensaio
de
Sociologia genética e de História
so»
etiqueta;
e
finalmente
do romanoe
brasileiro
que
nas páginas
de
alguns
dos
seus
i
i.rl, pretendendo
fixar e
às vezes
interpretar
alguns dos
aspectos mais
significati-
maiores
mestres
recolheu
muito
detalhe
interessante
da
vida
e dos costumes
da
vos
da
fomiação
da
fãmílí
li -'l5¡l
l'3‹
antiga
familia
patriarcal.
Machado
de Assis
em Helena,
Memória:Pó.i1umø.rde
Brás
O pmpógirg
de
condensar
num só
volume
todo
0
trablll,
050 0 °0ll5
E“¡
Cbf.
Íílí Grlí.
DOM
CRIWHW
C
em
0L\U'05
df
56115
IUHIBHCCS
E d°5
5605
ll*/X05
iitii.-ltzmente
realizar.
O material esborrou,
excedendo os limites razoáveis
de
um
de
contos,
principalmente
em
Casa
Velha,
publicado
recentemente
com
introdu-
|¡vm,
Fig; para
um segundo
o estudo
de
outros
aSp
CIDS
dO
3581-IDKO
_
11110 dl-lãs
ção
escrita
pela
Sr'
Lúcia
Miguel
Pereira;
joaquim
Manuel
de
Maoedo
n'A¡
Vítí-
,¡,]m¡i¢
dgggnvnlvimento
ainda
maior.
m¢UlÍ£0Zf-\'›A
Mffíbz
0
M0911
L0f00,A›'MMÍÍlff¢-\'d¢MllfÍÍ¡¡, mmã
F-l1Ei0§
A
interpretação,
por
exemplo,
do
l900
brasileiro
-
das
atitudes,
das
tendên-
d
5Íl13Zll15z
de
lÍd5›
de
m\1C15;
l°5¿
dC
Alemã
Em Mão
U¢0'0Í.
Slwt
‹ ias,
dos preconceitos da
primeira
geração brasileira depois da bei do Ventre
Uvre
Dfmôí
Fmíli Tronm
da
Ipê, Szmlto:
de
Oum.
Para
dl
Gll
FFQHCÍSCO
Pic
r
ila debdrle
de
88
-deve
ser feita, relacionando-se
as
reações antimonárquicasda
uheiro
Guimarães
na
Hxlrrária
de uma
Moça
Rim
e Punição;
Manuel
Antônio
de
.
[mig
prnpfietái-ia,
seus
pendores
burocráticos,
3 nClën
-
8/18/2019 Casa Grande Senzala Prefacio
14/19
das
zonas
mais
intensamente
beneficiadas
pela
imigração
européia,
se
seguiu
a
vantcs
dados
iolclóncos
sobre relações
de
senhores com
escravos.
Sozinho ou
na
abolição
do
trabalho
escravo
_
ã escravidão
e à
monocultura.
Estas
continuaram
t-umpanhia
de
Radio
Paranhos
e Cícero
Dias, realizei
excursões
para
pesquisas
a
inf