Artefício Artefacto
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Transcript of Artefício Artefacto
antonio miranda
&
gómez de zamora
a r t e f í c i o
a r t e f a c t o
Brasília, 2010
antonio miranda
artefício artefacto Poemas até então inéditos
e fotografias de um
artefacto de gómez de zamora
Edição artesanal
de 12 exemplares:
para os autores
e seus amigos
Antonio Carlos Secchin
Ésio Macedo Ribeiro
José Fernandes
Oto Dias Becker Reifschneider
Sylvia Cyntrão
Wlademir Dias Pino / Regina Pouchain
Zelia Bora
1 exemplar para a
Biblioteca Nacional de Brasília
e 2 exemplares para a reserva técnica.
Um e-book desta obra
está sendo veiculado simultaneamente pelo
PORTAL DE POESIA IBEROAMERICANA
www.antoniomiranda.com.br
elaborado por Juvenildo Barbosa Moreira
Brasília, setembro 2010
e x p e r i
MENTO
poiesis
ARTE POÉTICA 2
F I R M A
M E N T O
O R A Ç Ã O
O R A
S I M
O R A
N Ã O
NO PARQUE
quando
ando
quero
asa
quero-quero
HAIKAI 1
s a b e r - s e
s a b e r s e
s a b o r
HAIKAI 2
N E
G O
C I O
HAIKAI 3
SEXAÇÃO
AFETO
FETO
v e n é r e a
v e n e r á v e l
v u l v a
v u l n e r á v e l
HAICAI 4
Sim e Não.
Senão.
Se
.
m a r
adentro
adentr
adent
aden
ade
ad
ad
m ) a ( r
m a r
m a r e i a
a r e i a
m a r e s i a
HAIKAI 5
s ê
( m e n )
t e
s o l
s o l o
INSUBSTITUÍVEL
Tem sempre gente
— sim!!! —
melhor do que a gente.
HAIKAI 6
g
a l o
f
a c a s a l o
* em parceria com Oto Reifschneider
HAIKAI ?
Amanheci
chupando manga no quintal.
Tanta manga.
HAIKAI MINIMALISTA
VIDA
ÁVIDA
GRÁVIDA
AFTER ALL
depois de
enquanto que
eu reinvento você
você me reinventa
ventou
ou
t
ento
v ou
QUE SERA SERÁ
A TV MOSTRA UMA
CATÁSTROFE AÉREA.
UM CRIME PASSIONAL:
TUDO IGUAL
ERGO SUM
penso, penso
logo, excreto
p i p i
n i n i c o c ô
oco o
AFORISMO
ORA, os outros
somos nós mesmos
pelo avesso
é de lá que vêm
as melhores
ideias
— que não vão
a lugar algum
é pra frente
que
nós v a m o s
mesmo
quando
não avançamos
— aquela do
entre ser
e
estar
pensamentos
em que
levit
am(am)os
DEPENDENDO DE
o amor é sempre
o amor é quase
o amor é
nunca
TRIÂNGULO INVISÍVEL
entre nós
dois
há um parceiro
----------
-----
.
DA NIRHAM EROS
(pseud. de Antonio Miranda)
DENTRO/FORA
Poegoespaço de da, nirham: eRos criado em 1960. Perceba-se o sentido de ilusão
ótica que o desenho cria, dando a impressão de mostrar a capa e, em outra visão,
uma página do livro...
Reprodução de uma imagem de um poegoespaço de DA NIRHAM EROS (pseudônimo de
Antonio Miranda no início de sua carreira de poeta), publicada originalmente na Revista de
Cultura VOZES, n. 9, Volume LXIV, Ano 64, Novembro 1970, edição temática
“ARTE/BRASIL/HOJE”. O DOCUMENTÁRIO (“UM ROTEIRO. A DÉCADA: 1960”), que abre o
volume, apresentado pelo crítico de arte ROBERTO PONTUAL, onde apresenta um série de
textos sobre as vanguardas poéticas, destacando-se Waldemar Cordeiro (Texto sobre
Concretismo), Neoconcretismo (Trechos do Manifesto), Ferreira Gullar (Teoria do Não-
Objeto, trechos), Poegoespacialismo (Textos), Mário Pedrosa (Textos), Ceres Franco (Opinião
65, trechos), Mario Chamie (Linguagem de Vanguarda e organização da cultura brasileira,
trechos), Hélio Oiticica (Nova Objetividade Brasileira, trecho), Rubens Gerchman (A
experiência neoconcreta), Décio Pignatari (Comunicação e cultura de massas, trecho), etc.,
finalizando com uma ilustração de Glauco Rodrigues. Documento muito importante para
entender as vanguardas dos anos sessenta do século 20.
*Roberto Pontual foi um dos mais brilhantes críticos que se dedicaram às
vanguardas poéticas e plásticas do final dos anos 50 até os anos 70. Professor da
PUC/RJ, autor de um já célebre dicionário das artes plásticas brasileiras e um dos
mais polêmicos e profundos críticos que publicavam ensaios e artigos no
memorável SUPLEMENTO DOMINICAL DO JORNAL DO BRASIL - SDJB.
Roberto Pontual foi um dos mais próximos amigos de Da Nirham Eros (como era
conhecido o poeta experimental Antonio Miranda em sua juventude, no Rio de
Janeiro) e parte dos arquivos do poeta Eros ficou na coleção do crítico Pontual, com
destino desconhecido depois de sua morte prematura. Pontual foi quem primeiro
reconheceu o trabalho de Da Nirham Eros (Antonio Miranda), sobretudo em anos
seguintes ao exílio do poeta na Venezuela (1966-1972), e agora reproduzimos um
desses documentos, graças ao resgate feito por Regina Pouchain. Cabe ressaltar
que Antonio Miranda não sabia desses textos e só agora, em 2009, tomou
conhecimento de sua existência.
Na referida revista Vozes acima citada, Pontual reproduziu trechos do Catálogo da
Exposição Egoerista realizada no pátio do MEC (Rio, outubro 1960) edifício de Lucio
Costa/Roland Corbusier/Niemeyer. Aqui vão os trechos escolhidos:
“1. A COMPREENSÃO de uma tela dita poegoespacial deve começar do impacto
mesmo da contemplação: revelação e identificação de sua forma. Não nos julgamos
pintores, mas arquitetos-de-letras. O que nos leva a expor nosso trabalho em telas
é o fato de que nossa poesia é mais espacial do que mesmo gráfica, e na pintura
(neo) ela encontra maior perspectiva. Do mesmo modo, pintaríamos a proa de um
navio, de um avião (que delícia!), um muro sugestivo. E não se assustem quando
virem letras “misteriosas” nas ruas e muros: não se trata de movimento agressivo
ou signos, ou símbolos místicos ou tampouco espionagem: são os egoeristas.
(Catálogo da I Exposição Poegoespacial, pátio do MEC, 1960).
2. Nós, os egoeristas, bem fizemos em chamar a sede de nosso movimento
de ocioásis, ideograma (ou, para nós, poegoespaço) desinente de lugar de fazer
nada. Nada, todavia, significa mais bem realizar o que seja do âmbito da satisfação
desprovida de necessidade material. O ocioásis foi palco de muitas conversações
sobre temas que vieram compor o egoerismo, com da, nirham: eRos, Roland Grau,
Carlos Alberto, Fernando Amaral e Jorge Paulo (“A Inutilidade da Arte ou sua
Inexistência”, junho 1960).
3. UMA DEFINIÇÃO; [poegoespaço de DA NIRHAM EROS]
AR teofício AR tifício AR teócio AR te cio AR
tecido. (junho 1960)
DENTROFORA 2
DENTROFORA 2 é uma nova versão de um poegoespaço criado em 1960 e publicado por Da
Nirham Eros (pseudônimo de Antonio Miranda) na Revista de Cultura VOZES, uma década
depois, pelo crítico de arte Roberto Pontual na retrospectiva que fez da criação poética brasileira
na década de 60. Esta nova versão, de 2009, no princípio do retrabalho do “poema processo” de
Wlademir Dias-Pino e Moacy Cirne, etc, aproveita a facilidade da tecnologia atual, mediante o uso
do tipo ARGILE disponibilizado pelo Word que cria a ilusão ótica que o trabalho de 1960 lograva
por meio de outro artifício — a perspectiva. Tente... custa, mas acaba percebendo.
Arteficio
de Antonio Miranda.
Artefacto
de Gómez de Zamora.
Um poeta brasileiro e um artista espanhol.
Gómez de Zamora montou um artefacto na linha da “arte verbal” – combinando arte plástica
com poesia visual como início de um projeto de parceria criativa, visando uma exposição
conjunta com Antonio Miranda. Aqui está o primeiro trabalho a partir do poema “Mar”.
E-book publicado em julho de 2011, a partir dos
originais do livro impresso com caixa dura revestida
em pano, doze exemplares distribuídos entre
instituições e bibliófilos. Preparado e publicado pelo
webdesigner Nildo Moreira.
O autor autoriza a divulgação da íntegra e de partes
do e-book em edições impressas e virtuais, desde
que assinalando o crédito da autoria.
Enviando uma mensagem, cópia ou link para o e-
mail do Portal de Poesia Iberoamericana:
Endereço postal
PORTAL DE POESIA IBEROAMERICANA
CAIXA POSTAL 4548 – UNB
70904-970 BRASILIA, DF, BRASIL
Visitem a página do Autor:
www.antoniomiranda.com.br