AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi...

12
OAPUPO Ano VII. Nº13. Outubro 2007. BOLETÍN INFORMATIVO DA FEDERACION GALEGA POLA CULTURA MARITIMA E FLUVIAL fgcmf@culturamaritima.org www.culturamaritima.org Foto: Lucía Álvarez

Transcript of AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi...

Page 1: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

OAPUPOAno VII. Nº13. Outubro 2007. BOLETÍN INFORMATIVO DA FEDERACION GALEGA POLA CULTURA MARITIMA E FLUVIAL [email protected]

www.culturamaritima.orgFoto: Lucía Álvarez

Page 2: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

Estando ao último...No marco do XI Encontro de Em-barcacións Tradicionais de Bueu,presentouse o número 1 da re-vista “Os Galos”, Revista de di-vulgación da Cultura Marítima eFluvial. O primeiro número consta de 50páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formacióndos Galos, un resumo sobre aedición anterior do Encontro ce-lebrado en 2006, un repaso polostipos de embarcacións e velastradicionais, un artigo de StaffanMörling sobre unha ‘especie’ degamela sueca, un artigo sobre astraiñeiras, outros sobre un chou-

pan recuperado pola asociación,o estaleiro de Purro, Johan Car-balleira, unha notable sección li-teraria, unha entrevista a unharedeira de 96 anos, ou un intere-sante artigo sobre a actividade lú-dica no mar que recolle asnormas da regata de polbeiros doano 31.

Quen estea interesado pode con-seguir este número polo prezo de3 euros contactando cos Galosen [email protected].

OOss GGaallooss ddee BBuueeuu eeddiittaann nnoovvaa RReevviissttaa

AA aassoocciiaacciióónn SSUUEESSTTEE ssúúmmaassee ááss nnoovvaass tteeccnnoollooxxííaass

Os amigos da Asociación Cultural e RecreativaSueste, de Moaña, acaban de abrir sede en Inter-net baixo o dominio:

http:// www.sueste.org

Alí poderedes atopar información sobre as súasactividades feitas como a organización do III En-contro de Embarcacións Tradicionais de Moaña2006, os variados frentes do Campo de TraballoMoaña III, a presentación do libro “O bote pol-

beiro de Bueu”, de Fidel Simes Martinez, na Casado Mar, ou o programa Singradura polas rías encolaboración con varias consellerías.Ademáis destas seccións desde a web pódeseconsultar o Proxecto Eliseo, mediante o cal seestá a recuperar un galeón de ría de 1908, taméntemos a posibilidade de saber sobre a historia daasociación, dispón tamén dunha sección de liga-zóns a outras páxinas web onde se incluirán pro-postas interesantes relacionadas co mundo domar.

2

Page 3: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

Texto: João Baptista

Sem dúvida que o corrente anofoi um ano intenso e um virar depagina no caminho que aFGCMF tem traçado ao longo dasua existência. Cada vez mais os encontros as-sumem o seu papel de divulgado-res da cultura do mar e dos rios,e agora que a Administração comas diversas Conselherias come-çam a envolver-se, a daremconta da importância do movi-mento em torno dos barcos, seique já não voltamos para trás.Quando em 2003 comecei a apa-recer nas assembleias e a falarque o rumo seria envolver a ad-ministração na nossa problemá-tica, não me enganava. O tempourgia. O tempo urge, pois queainda são muitas as portas quese fecharam com o desapareci-mento dos barcos, dos usos, edos costumes. Quando os velhoslobos-do-mar desaparecerem,definitivamente, será difícil de ossubstituir. Pois que são autênti-cos museus vivos do saber feito,do saber aprendido ao logo davida. Ainda vamos a tempo.

Penso que sim, felizmente, provadisso são os encontros sempremaiores cada ano, com mais bar-cos e mais jovens que se acer-cam ao mundo do martradicional.Prova disso é em 2008, a Galizaser o Pais convidado de honra noencontro de Brest, o encontro re-ferência a nível mundial. É maisque evidente, todas as atençõesvão estar centradas em nós.Faço votos para que estejamos àaltura do desafio e da oportuni-dade, para dizermos: – Quesomos! – Que existimos! E que aherança da qual assumimos serfiéis depositários, a nossa cul-tura, a nossa memória marin-heira, só morre se a deixar-mosmorrer.

O VIII EncontroO encontro de Ferrol. O nossoVIII Encontro excedeu as expec-tativas. De França aos Açoresvieram barcos. Espectáculo des-lumbrante de velas na baia deFerrol. Fica-me na memória des-tes encontros, a figura de Staffan

Equipe de traballo dos VIII Encontros deFerrol.

Mõrling a olhar os barcos na baia,com um enorme sorriso no rosto. Falamos disso, respondeu-meque, por palavras, é difícil de des-crever o que se sente, com avisão de tantos barcos, aos quaisse dedica uma vida de amor e es-tudo. Partilhamos o mesmogosto.Todos sabemos que algumas coi-sas não correram como espe-rado, que algumas se podiamfazer melhor, que no final, alguns,sempre vão sair fartos, “queima-dos”com os encontros, semprefoi assim, somos amadores, oque fazemos é com o dispêndiodo nosso tempo de modo volun-tário, em prejuízo muitas vezesda família, dos momentos delazer pessoal. Neste encontro a alimentação es-teve muitíssimo bem, melhorseria desperdício, é justo umapalavra de louvor ao esforço doscompanheiros de Ferrol. As jornadas técnicas correram deuma forma excelente a bordo doHidria, assim como a apresenta-ção da revista Ardentia.A animação esteve também à al-tura. Os barcos excederam as expec-tativas.

3

Foto: João Baptista

Foto: João Baptista

Page 4: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

Assinatura Protocolo Julho 2007No sábado fez-se uma sentida ho-menagem a Manuel Lopes, figuraincontornável do Património Marí-timo Português, na presença dostripulantes da Lancha Fé emDeus, que ao largo de Finisterrasofreu uma avaria e teve de arri-bar, não podendo estar presentecom muita pena nossa, a Lanchaé sem duvida a embarcação dereferencia da nossa cultura marí-tima no norte de Portugal.Só para realçar alguns aspectosde tantos que tinha para enume-rar. Mas andamos nisto por gosto. Àsvezes, dizemos que somos sem-pre os mesmos a tocar o barco, éum facto. Somos muitas associa-ções, cada qual com a sua espe-cificidade, navegamos todos nummesmo rumo, mas por vezes pa-rece que os rumos se afastam.Aproveito e faço um alerta e umapelo, é preciso viver mais, a vidae a direcção da Federação. Nãopode a Federação ser vista comomais uma associação. Vamos tereleições para uma nova junta di-rectiva, é tempo de novos mem-bros se candidatarem. Somos a

federação de referência a nívelibérico, e reconhecido o nosso tra-balho a nível europeu já. Tenho imenso orgulho de perten-cer à Federação, ao espírito asso-ciativo que ela simboliza. Mas nãopodemos ser sempre os mesmossob pena de um dia já não estar-mos disponíveis e se criar umvazio.

Na banda de cá do Minho.Na banda de cá, em Portugal, aBarcos do Norte tem levado onome da Federação a todo o sítioonde se fala de barcos. Os nossosbarcos chegaram este ano à baiado Seixal, tinham chegado ao Tejoem 98 na Expo. Voltaram outravez a Vila do conde e a Aveiro,desta vez para participarem no 1ºEncontro/Mostra Internacional deEmbarcações Tradicionais.De destacar que pela primeira veza Federação estabelece um pro-tocolo de colaboração com um or-ganismo público Português. ARegião de Turismo Rota da Luzcomposta por 10 Municípios quese estendem do atlântico ao rio

Douro.O protocolo assinado no dia 3 deJulho do corrente ano pelo presi-dente da região de turismo Rotada Luz, Pedro Silva e pelo nossopresidente Fernando Piñero as-senta nos seguintes objectivos:• Promover a difusão do conheci-mento das características únicasda ria de Aveiro e da região daGaliza – território ibérico com ap-tidões especiais para o desenvol-vimento do turismo náutico.• Operacionalizar modelos de de-fesa do património náutico exis-tente e promover manifestaçõesmarítimo fluviais de carácter inter-nacional.• Potenciar o conhecimento e di-fundir o seu valor histórico-culturale turístico.• Facilitar o contacto com as enti-dades governativas respectivas eas entidades promotoras de even-tos.• Promover acções tendentes aoreconhecimento pela UNESCO dopatrimónio náutico singular.

Este é sem dúvida, o reconheci-mento da importância, e do tra-balho associativo da nossafederação além fronteiras, e daBarcos do Norte, como elo de li-gação entre as duas regiões fron-teiriças. A realização e participação no 1ºEncontro de Aveiro foi o primeiropasso para num futuro próximo sefazer mais e melhor, pois o objec-tivo é común

Embarcacións no Encontro Internacional de Aveiro.

4

Foto: Lino Prieto

Foto: João Baptista

Page 5: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

5

Antes de se estivarem asvelas para o Inverno

Antes de terminar o ano aindatemos a feira náutica de Barce-lona. Os nossos barcos conti-nuam a singrar, quer por marquer por estrada, a traçar rumosnovos em velhos horizontes.Ainda vamos desfraldar as velasna Marina Tradicional antes de asestivar bem guardadas para opróximo ano.2008 É um ano cheio de des-

afios. São os desafios que nosaguçam o engenho, e a arte paracontinuarmos, fazendo de cadaembarcação recuperada, de cadatestemunho oral recolhido, decada encontro, de cada cançãoentoada ao redor de um vinho, nataberna marinheira, o estimulopara estarmos todos juntos aoredor dos barcos, sem duvida acaverna mestra de todo o patri-mónio nosso.

Bons ventos marinheiros!

Foto: Lino Prieto

Page 6: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

Texto e fotos: Lino Prieto

Todos os ollos estaban pos-tos no Golfo Ártabro, oequipo do Club de Mar deFerrol estaba dispoñendotodo o necesario para acollera centos de navegantes e du-cias de embarcacións poríano acento e a atención no pei-rao de Curuxeiras e o FerrolVello. Desde o xoves embar-cacións das Rías, baixas ealtas, e de mares algo máislonxanos arribaron á Cidadedo Mar.Durante os catro días de En-contros o peirao de Curuxei-ras desbordaba actividade: o

Pavillón dos Museos, comoantesala ó embarque no Hi-dria II, o espectáculo das ca-brias na mañá do venres, aexposición de modelismonaval da Autoridade Portua-ria, que fixo as veces de re-cepción dos navegantes; osstands repartidos polo paseocon obradoiros para nenos emaiores ou o cinema na rúaeran viva mostra da boasaúde da que goza a nosaGran Festa da Cultura Marí-tima e Fluvial, que tentareiaquí repasar tirando de me-moria fotográfica.

Xornadas TécnicasDiversos especialistas en tó-dalas facetas da cultura domar disertaron e debateronentorno á lexislación relativaás embarcacións tradicio-nais, no que respecta os trá-mites relativos á súarecuperación, eludir desgua-ces que se impoñen comotrámite ou a chamada ‘Cartade Barcelona’; o desenvolve-mento das Xornadas Técni-cas tivo lugar a bordo dovapor Hidria II os días 5 e 6de xullo.Presentación de Brest 2008No mediodía do sábado 7 dexullo a tripulación da goletade aviso ‘La Recouvrance’,que é o buque insignia doconcello de Brest e de feitotoma o nome dun dos barriosmariñeiros da vila bretona,recibía abordo os convidadosá presentación de Brest2008, no acto intervironmembros da organización deBrest, da Consellería de Cul-tura e Deporte e da propiaFGCMF. O idioma non foi

6

Page 7: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

problema xa que dispoñia-mos de tradución-libre entempo real.Navegación O varadoiro era un fluír con-tinuo de carros e barcos:dornas, bucetas, catraias,carochos… baixaban e su-bían carros, remolques eembarcacións ávidas defacer bordos pola Ría ferrolá,de ver o Ferrol vello desde omar, e de cruzar como o faio barco de pasaxe para pro-bar o famoso polbo á mugar-desa. O sábado a partir das11 da mañá o desfile develas e tipoloxías foi conti-nuo, primeiro a remo ata quechegou o ventiño coa sobre-mesa, durante a tarde osamarres estaban practica-mente baleiros. Daba gusto!A navegación durou toda afin de semana cos ventosmoderado que nos tocaronpara eses días, a saída echegada das embarcaciónsfoi comentada en todo mo-mento por Antón Pais pormedio da megafonía insta-lada no recinto.

Manel Lópes, in memoriamDurante a cea do venrestomou o escenario da Ta-berna Mariñeira João Bap-tista para facer un sentidohomenaxe á memoria deManuel Lópes, máis coñe-cido como Manel; a almamater da lancha poveira doalto ‘Fe em Deus’, loitadorpolas liberdades, home ca-rismático e traballador incan-sable pola Cultura Mariñeira.O actual patrón da ‘Fe emDeus’ recolleu a homenaxesem poder ocultar a emo-ción, emoción que se con-verteu en bágoas no restodos tripulantes da lancha,que por problemas mecáni-cos quedou en Fisterra nonchegando a tempo para osEncontros.

Barcos singularesEntre as diversas tipoloxíasque se puideron ver por Fe-rrol chamaban especial-mente a atención a presenzados maiores veleiros doGrove: o pailebote ‘Nieves’,o motoveleiro ‘Nauja’ e oketch ‘Zorba’; tamén era es-pecialmente chamativa a na-vegación e aparello dabaleeira dos Açores, de re-ducida manga e gran veloci-dade; un gran veleiro queamarrou en Ferrol foi o ‘Sal-tillo’, buque escola do Go-verno vasco que ten portobase en Portugalete. Outrobarco moi rechamante resul-tou ser do “irlandés deRedes” o veleiro clásico‘Sauntress’ construído en1913.Música ó vivoPolo palco instalado na Ta-berna Mariñeira pasarongrupos como ‘Os Cempés’,segundo a rumoroloxía pa-rece que non se dan deci-dido a retirarse do mundo dafarándula, ‘Toxos e Froles’,os irlandeses MacFeck. Etamén Raparigo e BatukoTabanca. A animación na rúafoi continua con actuacións

7

Page 8: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

Texto: John Erik Eggen

Traballo como carpinteiro de ri-beira no Museo do Patrimonio doMar, preto de Trondheim, Nor-uega. Construímos embarcaciónstradicionais en tingladillo, por esotiña especial interés en coñeceras embarcacions tradicionais deGalicia e en especial a Dorna. Ocerto e que penso que hai sangrenorueguesa na Galicia, e mais naRía de Arousa.Un dos aspectos que mais megustou do encontro foi a amizade,facer 500 m. podía supoñer 30 mi-nutos, debín coñecer unhas 60 ou100 persoas sempre nun am-biente moi positivo e agradable.

Tamén me gustaron os parecidosque atopei ente Galicia e miña re-xión de Noruega. Onde eu vivo emoi distinto o resto do pais, son asrias de Trondheim, a sete horasen coche o norte de Oslo e a pai-saxe atópoa moi semellante a Ga-licia. Temos o único dialecto quese recoñece facilmente e que nonse entende no resto do pais. E siatopei semellanzas foi tamén nohumor ironico e hasta en expre-

sións literalmente iguais.Que decir do Encontro: Impresio-nante, a organización, as exposi-cións, as xornadas, o interés dopúblico, a comida, os gaiteiros, aRía de Ferrol … E por suposto asembarcacións e a navegación .Coñecera a dorna dende a web,máis en fotos, pero vela navegare participar da navegación é outracousa … “vamos a toda vela outravez Alberto!”, como navega! e quevelocidade!. As súas liñas sonpreciosas, para min foi moi impor-tante coñecer a súa historia e osseus usos. A Lancha tamén meimpresionou. Realmente habíamoitas embarcacións, dos nomesnon me acordo, e foi moi intere-sante ver a súa navegación e tododentro dun ambiente tan agrada-ble.Descoñecía a gran variedade dostipos de embarcacións de Galiciae penso que a FGCMF, esta afacer un traballo moi importante. Opatrimonio marítimo ten un valormoi alto, porque todo o mundo sebeneficiou do mar. Hoxe as em-barcacións tradicionais non se uti-

lizan, por eso as tradicións e osbarcos desaparecen pouco apouco por toda Europa, por eso cotraballo da Federación, a Culturade Galicia, a súa tradición sobrevi-virá.

Unha forte aperta a todosGrazas pola pacencia que tive-chedes conmigo.Foto: John Erik Hegge

8

Este firing amosa claras semellanzasconstrutivas coa dorna.

con actuacións de ‘Os Estro-bos’ ou a Banda Municipal deFerrol. Ademais das actuaciónsprogramadas os tripulantes deAlbaola, entre outros, non tive-ron trabas á hora de armarenunha foliada en calquer mo-mento, como ten que ser!Trofeos e despedidaO domingo despois de comerchegou o momento do acto declausura dos VIII Encontros deEmbarcacións Tradicionais Fe-rrol 2007, houbo mención paratodas as asociacións, para as

embarcacións presentes no en-contro, para as entidades cola-boradoras e para os quetraballaron na organización,que recibiron o recoñecementoda Federación Galega da Cul-tura Marítima e Fluvial. De alícada un para a súa casa, mar-chamos con un bo sabor deboca, coa imaxe da Ría de Fe-rrol na retina, con ganas de vol-tar (que voltaremos) e xapensando nos IX Encontros,que o tempo voa e xa están ávolta da esquina.

Page 9: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

Como ben sendo habitual dendeo ano 2003, durante o Encontrode Ferrol tiveron lugar unhas xor-nadas de traballo que, nestecaso, organizáronse en colabora-ción co Colexio de EnxeñeirosNavais e a Universidade da Co-ruña. O obxectivo principal foi co-ñecer os marcos normativos deprotección, preservación e usodas embarcacións tradicionais eclásicas en Europa en relación aoespañol e galego. Para elo con-touse ca presenza do secretarioda Asociación Patrimonio Marí-timo Europeo (EMH) e unhaampla representación francesaasí como ca Dirección Xeral daMariña Mercante.

As xornadas, levadas a cabo abordo do Hidria II, estruturáronseen tres bloques temáticos ou pa-neis, Aproximación ao mundo dasembarcacións de madeira, enfo-cada para aqueles asistentes quedescoñeceran a historia e tipolo-

xías de embarcacións tradicio-nais; A dinamización das embar-cacións tradicionais e clásicas,onde se expuxeron os proxectosmáis salientables levados a cabotanto a nivel do estado españolcomo de Francia nos eidos dacarpintería de ribeira, regatas eencontros de embarcacións clási-cas e tradicionais; e, finalmente,Cara á diferenciación das embar-cacións tradicionais e clásicascomo elemento tradicional enuso,.máis orientado a coñecer asposibles liñas de futuro de caraao recoñecemento do valor patri-monial das embarcacións e nor-mativa de uso específica, distintada aplicada ás embarcacións delecer. A lección inaugural foi dadapor Staffan Mörling, que achegoua súa visión antropolóxica e etno-gráfica sobre o papel das embar-cacións na identidade de grupodas comunidades pesqueiras. Entotal houbo vinte palestras e unhamesa redonda a través das cales

foron debullándose as temáticasdos paneis.

Tanto en Francia como en outrospaíses, a construción naval enmadeira e a navegación tradicio-nal teñen un recoñecemento im-portante que permite, entreoutros, a revitalización da indus-tria artesanal xunto coa creaciónde produtos turísticos de altovalor engadido e mesmo contancon figuras específicas de protec-ción tanto a nivel de recoñece-mento patrimonial como de usopara lecer.

A nivel de España e máis concre-tamente de Galicia, semella quea navegación en buques de ma-deira tamén está en auxe. Nonobstante cómpre salientar quenon existe ningún traballo siste-mático de inventario de embarca-cións e nin sequera existeunanimidade a hora de definir bu-ques clásicos, tradicionais, répli-cas ou restauracións e menosaínda as características que de-terminen a adscrición dun buquea unha categoría ou tipoloxíadada. No tocante a proteccións,case toda a lexislación en materiade patrimonio está orientada abens mobles e inmobles de terra,non recollendo así, as peculiari-dades dos bens mobles a flote,facendo mesmo pouco atractivacalquera figura de protección pa-trimonial actual. Asemade, o des-envolvemento dunha actividadede lecer en buques tradicionais

9

TEXTO: Pablo Carrera

Foto: Lino Prieto

Foto: Braulio Puga

Page 10: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

choca contra unha normativa enmateria de seguridade pensada eadaptada para buques modernos.

Maila todo, pode abrirse unha xa-nela interesante cara ao futuro,pero témola que abrir nós. A cul-tura marítimo-fluvial é un conxuntoinxente de recursos intanxíbeis emateriais, acumulados ao longode xeracións, que explican a nosahistoria e xeran os nosos compor-tamentos de cara ao futuro. Coamundialización, os cambios socio-culturais son moito máis rápidosxa que logo, non dependen daevolución do saber tradicional senon moito máis da incorporaciónde tecnoloxía allea, desprazando

mesmo costumes “de sempre”. Emporiso, máis ca nunca, debe-mos traballar no recoñecemento esalvagarda do noso saber tradicio-nal, facilitando aos xestores tantoeuropeos como do estado espa-ñol e da Xunta as pautas para talfin. Somos nós, xa que logo temosmáis base de coñecemento, osque debemos establecer os crite-rios obxectivos que axuden a fixaro valor patrimonial. Isto, implicita-mente, obriga a facer un inventa-rio exhaustivo das nosasembarcacións, seguido dun estu-dio científico sistemático das mes-mas co gallo de fixar os criteriosde singularidade ou antigüidade,representatividade, excepcionali-

dade ou interese específico e evo-lucións tecnolóxicas que permitanartellar figuras normativas de pro-tección, subvención, restauracióne uso.Para elo é fundamental traballar

tanto a nivel do estado como deEuropa onde o EMH é un interlo-cutor válido de cara a Bruxelas nanegociación dos futuros regula-mentos que marcarán a PolíticaMarítima Común Europea na que,por certo, se contemplará un reco-ñecemento explícito ao saberfacer tradicional como base do ac-tual desenvolvemento do tráficomarítimo e fluvial.

A oportunidade, logo do visto enFerrol, é boa, ao contarmos porprimeira vez cun interlocutor noMinisterio de Fomento e tamén cointerese do European MaritimeHeritage, pero tal como recordabao representante da DirecciónXeral de Mariña Mercante: ”vóssodes os que tedes que propor, xaque sodes os coñecedores e mai-los usuarios”.

Foto: Francisco F. Rei

10

Foto: Francisco F. Rei

Page 11: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

11

Cando se abreu o calendario ofi-cial das regatas de Dornas,coma sempre, en Xuño levamosmoitos días esperando atopar-nos outra vez, saúdar, rifar, rir, ecomo non, moitos, aprender.A nai das nosas regatas é a ami-zade e o saber compartir un mo-mento onde a “feróscompetisión” se mergulla coaspersoas, as embarcacións cossentimentos e coidadiño nonvaias bater coa miña dorna, quea teño resién pintada. E chegarásetembro e estaremos a mirar(ano tras ano) si fará bo tempopara ir a do marisco no outono.

Este ano, houbo momen-tos que outro diría épicos, eutamén, ver as caras dos quechegaban o remate da Volta Illade Arousa, non tiña prezo. Segu-ramente outro ano e noutra re-gata houbo máis vento, pero eque chovía ou quería chover oSur e así, e non facía sol, racha-ron mastros, coséronse rizos eoutros con toda a vela, o mundoé libre e quen aguante que tire(din), será cuestión de falar.

Tampouco foi un ano degrandes participacións, é que, sinon pasamos de 40 dornas … “acousa foi escasa”. Pero é certo

que non houbo regatas de granparticipación, cando se podepasar tranquilamente das 50 dor-nas por regata. Pero... é queeste foi o ano do vento, e nonquentou, soplou forte do Norteou NW, no Grobe, en Ribeira,salvarónse a de Faquía, Alba-riño, o Bao e a Calmoseira. Si certo, na da Calmoseira nonhoubo vento, o segundo día, oprimeiro suspendeuse. Perocompensouse despois, houboviño, xurelos, mexillóns, ostras,empanada, jaitas, panderetas…. Si foi ano de momentos boni-tos, ver a “Moncho” Blanco e oSr. Andrés, que se achegoudende Ribeira hasta a Arousapara navegar con nos. De ter ogusto de coñecer a alguns dosveteranos “xinetes” arousánsque forman parte da épica dasregatas: O Sr. José Mª, Sr. Ade-lino e o Sr. Pupú. Para cando é omerecido homenaxe?.

E con todo foi un ano bo-nito, algho repetido, sobre todono apartado: quen gañou hoxe?,ese case sempre foi para a “Ne-cora”, intratables Braulio e Jarri,agás na volta Arousa onde oCheco e Victor coa “Cariñosa” ti-veron o desquite do ano pasado,este ano non houbo gholfos noleme, eles repetiron na dosFaros. Tamén houbo outro pre-mio: “que fixeches ti para mere-ser eso?”, foi para a “Bazarra”,Larri , non tivo o premio que me-recía, cando soio lle faltaba soara bugina para entrar en meta de2º na Volta Arousa, deuselle porenvorcar nun cambio, mala

sorte.No Bao a Xarandeira, foi

a mais lista, a escaseza de ventofixo que uns se perderan nacalma e outros gañaran a regata.

E si houbo unha regataonde foi bonito dar os resultadosfoi na “Calmoseira”, a “Maris-tela”, con José e Claudio. Douschavales que están en todas. Eaquí coa Calmoseira que quixo ira Vilaxoán e non poido, rematouo ano. O Trofeo Galicia de Dor-nas e Vela baseouse en catro re-gatas: Fasquía, Faros, Bao eAlbariño, os mais regulares,foron: “Necora”, “Cariñosa”, “Xa-randeira”, “Fuxe” e “Bazarra”. Xa hai quen di de facer unha daregularidade por equipos. …

Dar a benvida a “Jalerna”,“Petela”, “Jalana”, “Favorita”, a“Freixana”, “Soavela”, “BettyBoop” ou saudar de novo a “Pe-lexa”, que xa facía tempo. Quedisfrutedes.

Remata o ano en que ti-vemos vento, non fomos moitos,pero todos chegaron a tempo.

Foto: Miguel Muñiz

Foto: Xesús Piñeiro

Texto: Fernando Piñeiro

Foto: Miguel Muñiz

Page 12: AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formación dos Galos, un resumo sobre a edición anterior do

FEDERACIÓN GALEGA POLA CULTURAMARÍTIMA E FLUVIAL

Ed. Multiusos, Campo da Mercede s/n.36630 CAMBADOS, Pontevedra

Telf. 986524845E-mail: [email protected]

CONSELLO DE REDACIÓN:Lino Prieto, Fernando Piñeiro

Francisco Fdz. ReiCOLABORADORES:

João Baptista, Pablo Carrera,John Erik Eggen

FOTOGRAFIAS:Xesús Piñeiro, Miguel MuñizBraulio Puga, Lucía Álvarez

MAQUETACIÓN:Otero & Prol

Listado actualizado de asociacións membros da F.G.C.M.F.1 CRAC CORUXO 986 460 736 [email protected] Real Cofradía da Dorna de Ribeira 606 061 363 [email protected] Amigos da Dorna Meca 986 732 805 [email protected] Asc. de Embarcacións Tradicionais «Os Galos» 986 321 799 [email protected] Club do Mar de Ferrol 981 353 499 [email protected] Asc. «As Joritas» 986 542 0567 Grupo Etnográfico Mascato 986 520 008 [email protected] Asc. Cultural e Deportiva DORNA 649 190 098 [email protected] Asc. De Gameleiros Asodiña 986 222 441 [email protected] Asc. Mariñeiros San Miguel de Bouzas 678 502 029 [email protected] Asc. SODINÁUTICA 986 222 441 [email protected] Asc. De Veciños «Boureante» 669 897 53713 Clube Mariño «A Reiboa» 669 897 537 [email protected] R.C.N. De Sangenjo 670 544 295 [email protected] Asc. «A Rabandeira» 636 643 137 [email protected] Amigos da Dorna de Portonovo 686 982 062 [email protected] Clube Mariño Salnés 986 526 927 [email protected] Asc. Barcas do Minho 982 465 218 [email protected] Asc. Canle de Lira 981 184 906 [email protected] Asc. Cultural «A Figueiriña-Lanchas do Sil» 988 682 146 [email protected] Asc. Mar da Pedra 986 307 044 [email protected] Club Náutico de Redes 647 368 795 [email protected] Asc. «A Rompetimóns» 659 834 701 rompetimó[email protected] Asc. Barcos do Norte. Viana do Castelo 938 014 101 [email protected] Asc. Amigos das Embarcacións Tradicionais 981 220 02026 Asc. Mar de Noia 981 821 681 [email protected] Asc. Mar de Muros 981 763 97928 Asc. Sueste 986 315 250 [email protected] Escola Obradoiro Mar de Vigo II 986 462 090 [email protected] Asc. Cultural «A Gamela». Cabo da Cruz 649 987 012 [email protected] 31 Esteirana de Remo 981 826 040 [email protected] Asc. Cultural «Gameleiros». Breadouro. 986 490 592 gameleiros@breadouro33 Asc. Marítima e Cultural Vilaxoan 653 350 045 [email protected] 34 Fundación Expomar 982 586 232 [email protected] Asc. Lajareu por Barlovento [email protected] Asc. Cultural, Deportiva Fasquía 986 551 282 [email protected] Asc. Calmoseira [email protected] 38 Instituto de Estudos Miñoranos 680 644 490 [email protected]