AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi...
Transcript of AnoVII.Nº13. Outubro2007 ...O primeiro número consta de 50 páxinas recolle material moi...
OAPUPOAno VII. Nº13. Outubro 2007. BOLETÍN INFORMATIVO DA FEDERACION GALEGA POLA CULTURA MARITIMA E FLUVIAL [email protected]
www.culturamaritima.orgFoto: Lucía Álvarez
Estando ao último...No marco do XI Encontro de Em-barcacións Tradicionais de Bueu,presentouse o número 1 da re-vista “Os Galos”, Revista de di-vulgación da Cultura Marítima eFluvial. O primeiro número consta de 50páxinas recolle material moi inte-resante: A historia da formacióndos Galos, un resumo sobre aedición anterior do Encontro ce-lebrado en 2006, un repaso polostipos de embarcacións e velastradicionais, un artigo de StaffanMörling sobre unha ‘especie’ degamela sueca, un artigo sobre astraiñeiras, outros sobre un chou-
pan recuperado pola asociación,o estaleiro de Purro, Johan Car-balleira, unha notable sección li-teraria, unha entrevista a unharedeira de 96 anos, ou un intere-sante artigo sobre a actividade lú-dica no mar que recolle asnormas da regata de polbeiros doano 31.
Quen estea interesado pode con-seguir este número polo prezo de3 euros contactando cos Galosen [email protected].
OOss GGaallooss ddee BBuueeuu eeddiittaann nnoovvaa RReevviissttaa
AA aassoocciiaacciióónn SSUUEESSTTEE ssúúmmaassee ááss nnoovvaass tteeccnnoollooxxííaass
Os amigos da Asociación Cultural e RecreativaSueste, de Moaña, acaban de abrir sede en Inter-net baixo o dominio:
http:// www.sueste.org
Alí poderedes atopar información sobre as súasactividades feitas como a organización do III En-contro de Embarcacións Tradicionais de Moaña2006, os variados frentes do Campo de TraballoMoaña III, a presentación do libro “O bote pol-
beiro de Bueu”, de Fidel Simes Martinez, na Casado Mar, ou o programa Singradura polas rías encolaboración con varias consellerías.Ademáis destas seccións desde a web pódeseconsultar o Proxecto Eliseo, mediante o cal seestá a recuperar un galeón de ría de 1908, taméntemos a posibilidade de saber sobre a historia daasociación, dispón tamén dunha sección de liga-zóns a outras páxinas web onde se incluirán pro-postas interesantes relacionadas co mundo domar.
2
Texto: João Baptista
Sem dúvida que o corrente anofoi um ano intenso e um virar depagina no caminho que aFGCMF tem traçado ao longo dasua existência. Cada vez mais os encontros as-sumem o seu papel de divulgado-res da cultura do mar e dos rios,e agora que a Administração comas diversas Conselherias come-çam a envolver-se, a daremconta da importância do movi-mento em torno dos barcos, seique já não voltamos para trás.Quando em 2003 comecei a apa-recer nas assembleias e a falarque o rumo seria envolver a ad-ministração na nossa problemá-tica, não me enganava. O tempourgia. O tempo urge, pois queainda são muitas as portas quese fecharam com o desapareci-mento dos barcos, dos usos, edos costumes. Quando os velhoslobos-do-mar desaparecerem,definitivamente, será difícil de ossubstituir. Pois que são autênti-cos museus vivos do saber feito,do saber aprendido ao logo davida. Ainda vamos a tempo.
Penso que sim, felizmente, provadisso são os encontros sempremaiores cada ano, com mais bar-cos e mais jovens que se acer-cam ao mundo do martradicional.Prova disso é em 2008, a Galizaser o Pais convidado de honra noencontro de Brest, o encontro re-ferência a nível mundial. É maisque evidente, todas as atençõesvão estar centradas em nós.Faço votos para que estejamos àaltura do desafio e da oportuni-dade, para dizermos: – Quesomos! – Que existimos! E que aherança da qual assumimos serfiéis depositários, a nossa cul-tura, a nossa memória marin-heira, só morre se a deixar-mosmorrer.
O VIII EncontroO encontro de Ferrol. O nossoVIII Encontro excedeu as expec-tativas. De França aos Açoresvieram barcos. Espectáculo des-lumbrante de velas na baia deFerrol. Fica-me na memória des-tes encontros, a figura de Staffan
Equipe de traballo dos VIII Encontros deFerrol.
Mõrling a olhar os barcos na baia,com um enorme sorriso no rosto. Falamos disso, respondeu-meque, por palavras, é difícil de des-crever o que se sente, com avisão de tantos barcos, aos quaisse dedica uma vida de amor e es-tudo. Partilhamos o mesmogosto.Todos sabemos que algumas coi-sas não correram como espe-rado, que algumas se podiamfazer melhor, que no final, alguns,sempre vão sair fartos, “queima-dos”com os encontros, semprefoi assim, somos amadores, oque fazemos é com o dispêndiodo nosso tempo de modo volun-tário, em prejuízo muitas vezesda família, dos momentos delazer pessoal. Neste encontro a alimentação es-teve muitíssimo bem, melhorseria desperdício, é justo umapalavra de louvor ao esforço doscompanheiros de Ferrol. As jornadas técnicas correram deuma forma excelente a bordo doHidria, assim como a apresenta-ção da revista Ardentia.A animação esteve também à al-tura. Os barcos excederam as expec-tativas.
3
Foto: João Baptista
Foto: João Baptista
Assinatura Protocolo Julho 2007No sábado fez-se uma sentida ho-menagem a Manuel Lopes, figuraincontornável do Património Marí-timo Português, na presença dostripulantes da Lancha Fé emDeus, que ao largo de Finisterrasofreu uma avaria e teve de arri-bar, não podendo estar presentecom muita pena nossa, a Lanchaé sem duvida a embarcação dereferencia da nossa cultura marí-tima no norte de Portugal.Só para realçar alguns aspectosde tantos que tinha para enume-rar. Mas andamos nisto por gosto. Àsvezes, dizemos que somos sem-pre os mesmos a tocar o barco, éum facto. Somos muitas associa-ções, cada qual com a sua espe-cificidade, navegamos todos nummesmo rumo, mas por vezes pa-rece que os rumos se afastam.Aproveito e faço um alerta e umapelo, é preciso viver mais, a vidae a direcção da Federação. Nãopode a Federação ser vista comomais uma associação. Vamos tereleições para uma nova junta di-rectiva, é tempo de novos mem-bros se candidatarem. Somos a
federação de referência a nívelibérico, e reconhecido o nosso tra-balho a nível europeu já. Tenho imenso orgulho de perten-cer à Federação, ao espírito asso-ciativo que ela simboliza. Mas nãopodemos ser sempre os mesmossob pena de um dia já não estar-mos disponíveis e se criar umvazio.
Na banda de cá do Minho.Na banda de cá, em Portugal, aBarcos do Norte tem levado onome da Federação a todo o sítioonde se fala de barcos. Os nossosbarcos chegaram este ano à baiado Seixal, tinham chegado ao Tejoem 98 na Expo. Voltaram outravez a Vila do conde e a Aveiro,desta vez para participarem no 1ºEncontro/Mostra Internacional deEmbarcações Tradicionais.De destacar que pela primeira veza Federação estabelece um pro-tocolo de colaboração com um or-ganismo público Português. ARegião de Turismo Rota da Luzcomposta por 10 Municípios quese estendem do atlântico ao rio
Douro.O protocolo assinado no dia 3 deJulho do corrente ano pelo presi-dente da região de turismo Rotada Luz, Pedro Silva e pelo nossopresidente Fernando Piñero as-senta nos seguintes objectivos:• Promover a difusão do conheci-mento das características únicasda ria de Aveiro e da região daGaliza – território ibérico com ap-tidões especiais para o desenvol-vimento do turismo náutico.• Operacionalizar modelos de de-fesa do património náutico exis-tente e promover manifestaçõesmarítimo fluviais de carácter inter-nacional.• Potenciar o conhecimento e di-fundir o seu valor histórico-culturale turístico.• Facilitar o contacto com as enti-dades governativas respectivas eas entidades promotoras de even-tos.• Promover acções tendentes aoreconhecimento pela UNESCO dopatrimónio náutico singular.
Este é sem dúvida, o reconheci-mento da importância, e do tra-balho associativo da nossafederação além fronteiras, e daBarcos do Norte, como elo de li-gação entre as duas regiões fron-teiriças. A realização e participação no 1ºEncontro de Aveiro foi o primeiropasso para num futuro próximo sefazer mais e melhor, pois o objec-tivo é común
Embarcacións no Encontro Internacional de Aveiro.
4
Foto: Lino Prieto
Foto: João Baptista
5
Antes de se estivarem asvelas para o Inverno
Antes de terminar o ano aindatemos a feira náutica de Barce-lona. Os nossos barcos conti-nuam a singrar, quer por marquer por estrada, a traçar rumosnovos em velhos horizontes.Ainda vamos desfraldar as velasna Marina Tradicional antes de asestivar bem guardadas para opróximo ano.2008 É um ano cheio de des-
afios. São os desafios que nosaguçam o engenho, e a arte paracontinuarmos, fazendo de cadaembarcação recuperada, de cadatestemunho oral recolhido, decada encontro, de cada cançãoentoada ao redor de um vinho, nataberna marinheira, o estimulopara estarmos todos juntos aoredor dos barcos, sem duvida acaverna mestra de todo o patri-mónio nosso.
Bons ventos marinheiros!
Foto: Lino Prieto
Texto e fotos: Lino Prieto
Todos os ollos estaban pos-tos no Golfo Ártabro, oequipo do Club de Mar deFerrol estaba dispoñendotodo o necesario para acollera centos de navegantes e du-cias de embarcacións poríano acento e a atención no pei-rao de Curuxeiras e o FerrolVello. Desde o xoves embar-cacións das Rías, baixas ealtas, e de mares algo máislonxanos arribaron á Cidadedo Mar.Durante os catro días de En-contros o peirao de Curuxei-ras desbordaba actividade: o
Pavillón dos Museos, comoantesala ó embarque no Hi-dria II, o espectáculo das ca-brias na mañá do venres, aexposición de modelismonaval da Autoridade Portua-ria, que fixo as veces de re-cepción dos navegantes; osstands repartidos polo paseocon obradoiros para nenos emaiores ou o cinema na rúaeran viva mostra da boasaúde da que goza a nosaGran Festa da Cultura Marí-tima e Fluvial, que tentareiaquí repasar tirando de me-moria fotográfica.
Xornadas TécnicasDiversos especialistas en tó-dalas facetas da cultura domar disertaron e debateronentorno á lexislación relativaás embarcacións tradicio-nais, no que respecta os trá-mites relativos á súarecuperación, eludir desgua-ces que se impoñen comotrámite ou a chamada ‘Cartade Barcelona’; o desenvolve-mento das Xornadas Técni-cas tivo lugar a bordo dovapor Hidria II os días 5 e 6de xullo.Presentación de Brest 2008No mediodía do sábado 7 dexullo a tripulación da goletade aviso ‘La Recouvrance’,que é o buque insignia doconcello de Brest e de feitotoma o nome dun dos barriosmariñeiros da vila bretona,recibía abordo os convidadosá presentación de Brest2008, no acto intervironmembros da organización deBrest, da Consellería de Cul-tura e Deporte e da propiaFGCMF. O idioma non foi
6
problema xa que dispoñia-mos de tradución-libre entempo real.Navegación O varadoiro era un fluír con-tinuo de carros e barcos:dornas, bucetas, catraias,carochos… baixaban e su-bían carros, remolques eembarcacións ávidas defacer bordos pola Ría ferrolá,de ver o Ferrol vello desde omar, e de cruzar como o faio barco de pasaxe para pro-bar o famoso polbo á mugar-desa. O sábado a partir das11 da mañá o desfile develas e tipoloxías foi conti-nuo, primeiro a remo ata quechegou o ventiño coa sobre-mesa, durante a tarde osamarres estaban practica-mente baleiros. Daba gusto!A navegación durou toda afin de semana cos ventosmoderado que nos tocaronpara eses días, a saída echegada das embarcaciónsfoi comentada en todo mo-mento por Antón Pais pormedio da megafonía insta-lada no recinto.
Manel Lópes, in memoriamDurante a cea do venrestomou o escenario da Ta-berna Mariñeira João Bap-tista para facer un sentidohomenaxe á memoria deManuel Lópes, máis coñe-cido como Manel; a almamater da lancha poveira doalto ‘Fe em Deus’, loitadorpolas liberdades, home ca-rismático e traballador incan-sable pola Cultura Mariñeira.O actual patrón da ‘Fe emDeus’ recolleu a homenaxesem poder ocultar a emo-ción, emoción que se con-verteu en bágoas no restodos tripulantes da lancha,que por problemas mecáni-cos quedou en Fisterra nonchegando a tempo para osEncontros.
Barcos singularesEntre as diversas tipoloxíasque se puideron ver por Fe-rrol chamaban especial-mente a atención a presenzados maiores veleiros doGrove: o pailebote ‘Nieves’,o motoveleiro ‘Nauja’ e oketch ‘Zorba’; tamén era es-pecialmente chamativa a na-vegación e aparello dabaleeira dos Açores, de re-ducida manga e gran veloci-dade; un gran veleiro queamarrou en Ferrol foi o ‘Sal-tillo’, buque escola do Go-verno vasco que ten portobase en Portugalete. Outrobarco moi rechamante resul-tou ser do “irlandés deRedes” o veleiro clásico‘Sauntress’ construído en1913.Música ó vivoPolo palco instalado na Ta-berna Mariñeira pasarongrupos como ‘Os Cempés’,segundo a rumoroloxía pa-rece que non se dan deci-dido a retirarse do mundo dafarándula, ‘Toxos e Froles’,os irlandeses MacFeck. Etamén Raparigo e BatukoTabanca. A animación na rúafoi continua con actuacións
7
Texto: John Erik Eggen
Traballo como carpinteiro de ri-beira no Museo do Patrimonio doMar, preto de Trondheim, Nor-uega. Construímos embarcaciónstradicionais en tingladillo, por esotiña especial interés en coñeceras embarcacions tradicionais deGalicia e en especial a Dorna. Ocerto e que penso que hai sangrenorueguesa na Galicia, e mais naRía de Arousa.Un dos aspectos que mais megustou do encontro foi a amizade,facer 500 m. podía supoñer 30 mi-nutos, debín coñecer unhas 60 ou100 persoas sempre nun am-biente moi positivo e agradable.
Tamén me gustaron os parecidosque atopei ente Galicia e miña re-xión de Noruega. Onde eu vivo emoi distinto o resto do pais, son asrias de Trondheim, a sete horasen coche o norte de Oslo e a pai-saxe atópoa moi semellante a Ga-licia. Temos o único dialecto quese recoñece facilmente e que nonse entende no resto do pais. E siatopei semellanzas foi tamén nohumor ironico e hasta en expre-
sións literalmente iguais.Que decir do Encontro: Impresio-nante, a organización, as exposi-cións, as xornadas, o interés dopúblico, a comida, os gaiteiros, aRía de Ferrol … E por suposto asembarcacións e a navegación .Coñecera a dorna dende a web,máis en fotos, pero vela navegare participar da navegación é outracousa … “vamos a toda vela outravez Alberto!”, como navega! e quevelocidade!. As súas liñas sonpreciosas, para min foi moi impor-tante coñecer a súa historia e osseus usos. A Lancha tamén meimpresionou. Realmente habíamoitas embarcacións, dos nomesnon me acordo, e foi moi intere-sante ver a súa navegación e tododentro dun ambiente tan agrada-ble.Descoñecía a gran variedade dostipos de embarcacións de Galiciae penso que a FGCMF, esta afacer un traballo moi importante. Opatrimonio marítimo ten un valormoi alto, porque todo o mundo sebeneficiou do mar. Hoxe as em-barcacións tradicionais non se uti-
lizan, por eso as tradicións e osbarcos desaparecen pouco apouco por toda Europa, por eso cotraballo da Federación, a Culturade Galicia, a súa tradición sobrevi-virá.
Unha forte aperta a todosGrazas pola pacencia que tive-chedes conmigo.Foto: John Erik Hegge
8
Este firing amosa claras semellanzasconstrutivas coa dorna.
con actuacións de ‘Os Estro-bos’ ou a Banda Municipal deFerrol. Ademais das actuaciónsprogramadas os tripulantes deAlbaola, entre outros, non tive-ron trabas á hora de armarenunha foliada en calquer mo-mento, como ten que ser!Trofeos e despedidaO domingo despois de comerchegou o momento do acto declausura dos VIII Encontros deEmbarcacións Tradicionais Fe-rrol 2007, houbo mención paratodas as asociacións, para as
embarcacións presentes no en-contro, para as entidades cola-boradoras e para os quetraballaron na organización,que recibiron o recoñecementoda Federación Galega da Cul-tura Marítima e Fluvial. De alícada un para a súa casa, mar-chamos con un bo sabor deboca, coa imaxe da Ría de Fe-rrol na retina, con ganas de vol-tar (que voltaremos) e xapensando nos IX Encontros,que o tempo voa e xa están ávolta da esquina.
Como ben sendo habitual dendeo ano 2003, durante o Encontrode Ferrol tiveron lugar unhas xor-nadas de traballo que, nestecaso, organizáronse en colabora-ción co Colexio de EnxeñeirosNavais e a Universidade da Co-ruña. O obxectivo principal foi co-ñecer os marcos normativos deprotección, preservación e usodas embarcacións tradicionais eclásicas en Europa en relación aoespañol e galego. Para elo con-touse ca presenza do secretarioda Asociación Patrimonio Marí-timo Europeo (EMH) e unhaampla representación francesaasí como ca Dirección Xeral daMariña Mercante.
As xornadas, levadas a cabo abordo do Hidria II, estruturáronseen tres bloques temáticos ou pa-neis, Aproximación ao mundo dasembarcacións de madeira, enfo-cada para aqueles asistentes quedescoñeceran a historia e tipolo-
xías de embarcacións tradicio-nais; A dinamización das embar-cacións tradicionais e clásicas,onde se expuxeron os proxectosmáis salientables levados a cabotanto a nivel do estado españolcomo de Francia nos eidos dacarpintería de ribeira, regatas eencontros de embarcacións clási-cas e tradicionais; e, finalmente,Cara á diferenciación das embar-cacións tradicionais e clásicascomo elemento tradicional enuso,.máis orientado a coñecer asposibles liñas de futuro de caraao recoñecemento do valor patri-monial das embarcacións e nor-mativa de uso específica, distintada aplicada ás embarcacións delecer. A lección inaugural foi dadapor Staffan Mörling, que achegoua súa visión antropolóxica e etno-gráfica sobre o papel das embar-cacións na identidade de grupodas comunidades pesqueiras. Entotal houbo vinte palestras e unhamesa redonda a través das cales
foron debullándose as temáticasdos paneis.
Tanto en Francia como en outrospaíses, a construción naval enmadeira e a navegación tradicio-nal teñen un recoñecemento im-portante que permite, entreoutros, a revitalización da indus-tria artesanal xunto coa creaciónde produtos turísticos de altovalor engadido e mesmo contancon figuras específicas de protec-ción tanto a nivel de recoñece-mento patrimonial como de usopara lecer.
A nivel de España e máis concre-tamente de Galicia, semella quea navegación en buques de ma-deira tamén está en auxe. Nonobstante cómpre salientar quenon existe ningún traballo siste-mático de inventario de embarca-cións e nin sequera existeunanimidade a hora de definir bu-ques clásicos, tradicionais, répli-cas ou restauracións e menosaínda as características que de-terminen a adscrición dun buquea unha categoría ou tipoloxíadada. No tocante a proteccións,case toda a lexislación en materiade patrimonio está orientada abens mobles e inmobles de terra,non recollendo así, as peculiari-dades dos bens mobles a flote,facendo mesmo pouco atractivacalquera figura de protección pa-trimonial actual. Asemade, o des-envolvemento dunha actividadede lecer en buques tradicionais
9
TEXTO: Pablo Carrera
Foto: Lino Prieto
Foto: Braulio Puga
choca contra unha normativa enmateria de seguridade pensada eadaptada para buques modernos.
Maila todo, pode abrirse unha xa-nela interesante cara ao futuro,pero témola que abrir nós. A cul-tura marítimo-fluvial é un conxuntoinxente de recursos intanxíbeis emateriais, acumulados ao longode xeracións, que explican a nosahistoria e xeran os nosos compor-tamentos de cara ao futuro. Coamundialización, os cambios socio-culturais son moito máis rápidosxa que logo, non dependen daevolución do saber tradicional senon moito máis da incorporaciónde tecnoloxía allea, desprazando
mesmo costumes “de sempre”. Emporiso, máis ca nunca, debe-mos traballar no recoñecemento esalvagarda do noso saber tradicio-nal, facilitando aos xestores tantoeuropeos como do estado espa-ñol e da Xunta as pautas para talfin. Somos nós, xa que logo temosmáis base de coñecemento, osque debemos establecer os crite-rios obxectivos que axuden a fixaro valor patrimonial. Isto, implicita-mente, obriga a facer un inventa-rio exhaustivo das nosasembarcacións, seguido dun estu-dio científico sistemático das mes-mas co gallo de fixar os criteriosde singularidade ou antigüidade,representatividade, excepcionali-
dade ou interese específico e evo-lucións tecnolóxicas que permitanartellar figuras normativas de pro-tección, subvención, restauracióne uso.Para elo é fundamental traballar
tanto a nivel do estado como deEuropa onde o EMH é un interlo-cutor válido de cara a Bruxelas nanegociación dos futuros regula-mentos que marcarán a PolíticaMarítima Común Europea na que,por certo, se contemplará un reco-ñecemento explícito ao saberfacer tradicional como base do ac-tual desenvolvemento do tráficomarítimo e fluvial.
A oportunidade, logo do visto enFerrol, é boa, ao contarmos porprimeira vez cun interlocutor noMinisterio de Fomento e tamén cointerese do European MaritimeHeritage, pero tal como recordabao representante da DirecciónXeral de Mariña Mercante: ”vóssodes os que tedes que propor, xaque sodes os coñecedores e mai-los usuarios”.
Foto: Francisco F. Rei
10
Foto: Francisco F. Rei
11
Cando se abreu o calendario ofi-cial das regatas de Dornas,coma sempre, en Xuño levamosmoitos días esperando atopar-nos outra vez, saúdar, rifar, rir, ecomo non, moitos, aprender.A nai das nosas regatas é a ami-zade e o saber compartir un mo-mento onde a “feróscompetisión” se mergulla coaspersoas, as embarcacións cossentimentos e coidadiño nonvaias bater coa miña dorna, quea teño resién pintada. E chegarásetembro e estaremos a mirar(ano tras ano) si fará bo tempopara ir a do marisco no outono.
Este ano, houbo momen-tos que outro diría épicos, eutamén, ver as caras dos quechegaban o remate da Volta Illade Arousa, non tiña prezo. Segu-ramente outro ano e noutra re-gata houbo máis vento, pero eque chovía ou quería chover oSur e así, e non facía sol, racha-ron mastros, coséronse rizos eoutros con toda a vela, o mundoé libre e quen aguante que tire(din), será cuestión de falar.
Tampouco foi un ano degrandes participacións, é que, sinon pasamos de 40 dornas … “acousa foi escasa”. Pero é certo
que non houbo regatas de granparticipación, cando se podepasar tranquilamente das 50 dor-nas por regata. Pero... é queeste foi o ano do vento, e nonquentou, soplou forte do Norteou NW, no Grobe, en Ribeira,salvarónse a de Faquía, Alba-riño, o Bao e a Calmoseira. Si certo, na da Calmoseira nonhoubo vento, o segundo día, oprimeiro suspendeuse. Perocompensouse despois, houboviño, xurelos, mexillóns, ostras,empanada, jaitas, panderetas…. Si foi ano de momentos boni-tos, ver a “Moncho” Blanco e oSr. Andrés, que se achegoudende Ribeira hasta a Arousapara navegar con nos. De ter ogusto de coñecer a alguns dosveteranos “xinetes” arousánsque forman parte da épica dasregatas: O Sr. José Mª, Sr. Ade-lino e o Sr. Pupú. Para cando é omerecido homenaxe?.
E con todo foi un ano bo-nito, algho repetido, sobre todono apartado: quen gañou hoxe?,ese case sempre foi para a “Ne-cora”, intratables Braulio e Jarri,agás na volta Arousa onde oCheco e Victor coa “Cariñosa” ti-veron o desquite do ano pasado,este ano non houbo gholfos noleme, eles repetiron na dosFaros. Tamén houbo outro pre-mio: “que fixeches ti para mere-ser eso?”, foi para a “Bazarra”,Larri , non tivo o premio que me-recía, cando soio lle faltaba soara bugina para entrar en meta de2º na Volta Arousa, deuselle porenvorcar nun cambio, mala
sorte.No Bao a Xarandeira, foi
a mais lista, a escaseza de ventofixo que uns se perderan nacalma e outros gañaran a regata.
E si houbo unha regataonde foi bonito dar os resultadosfoi na “Calmoseira”, a “Maris-tela”, con José e Claudio. Douschavales que están en todas. Eaquí coa Calmoseira que quixo ira Vilaxoán e non poido, rematouo ano. O Trofeo Galicia de Dor-nas e Vela baseouse en catro re-gatas: Fasquía, Faros, Bao eAlbariño, os mais regulares,foron: “Necora”, “Cariñosa”, “Xa-randeira”, “Fuxe” e “Bazarra”. Xa hai quen di de facer unha daregularidade por equipos. …
Dar a benvida a “Jalerna”,“Petela”, “Jalana”, “Favorita”, a“Freixana”, “Soavela”, “BettyBoop” ou saudar de novo a “Pe-lexa”, que xa facía tempo. Quedisfrutedes.
Remata o ano en que ti-vemos vento, non fomos moitos,pero todos chegaron a tempo.
Foto: Miguel Muñiz
Foto: Xesús Piñeiro
Texto: Fernando Piñeiro
Foto: Miguel Muñiz
FEDERACIÓN GALEGA POLA CULTURAMARÍTIMA E FLUVIAL
Ed. Multiusos, Campo da Mercede s/n.36630 CAMBADOS, Pontevedra
Telf. 986524845E-mail: [email protected]
CONSELLO DE REDACIÓN:Lino Prieto, Fernando Piñeiro
Francisco Fdz. ReiCOLABORADORES:
João Baptista, Pablo Carrera,John Erik Eggen
FOTOGRAFIAS:Xesús Piñeiro, Miguel MuñizBraulio Puga, Lucía Álvarez
MAQUETACIÓN:Otero & Prol
Listado actualizado de asociacións membros da F.G.C.M.F.1 CRAC CORUXO 986 460 736 [email protected] Real Cofradía da Dorna de Ribeira 606 061 363 [email protected] Amigos da Dorna Meca 986 732 805 [email protected] Asc. de Embarcacións Tradicionais «Os Galos» 986 321 799 [email protected] Club do Mar de Ferrol 981 353 499 [email protected] Asc. «As Joritas» 986 542 0567 Grupo Etnográfico Mascato 986 520 008 [email protected] Asc. Cultural e Deportiva DORNA 649 190 098 [email protected] Asc. De Gameleiros Asodiña 986 222 441 [email protected] Asc. Mariñeiros San Miguel de Bouzas 678 502 029 [email protected] Asc. SODINÁUTICA 986 222 441 [email protected] Asc. De Veciños «Boureante» 669 897 53713 Clube Mariño «A Reiboa» 669 897 537 [email protected] R.C.N. De Sangenjo 670 544 295 [email protected] Asc. «A Rabandeira» 636 643 137 [email protected] Amigos da Dorna de Portonovo 686 982 062 [email protected] Clube Mariño Salnés 986 526 927 [email protected] Asc. Barcas do Minho 982 465 218 [email protected] Asc. Canle de Lira 981 184 906 [email protected] Asc. Cultural «A Figueiriña-Lanchas do Sil» 988 682 146 [email protected] Asc. Mar da Pedra 986 307 044 [email protected] Club Náutico de Redes 647 368 795 [email protected] Asc. «A Rompetimóns» 659 834 701 rompetimó[email protected] Asc. Barcos do Norte. Viana do Castelo 938 014 101 [email protected] Asc. Amigos das Embarcacións Tradicionais 981 220 02026 Asc. Mar de Noia 981 821 681 [email protected] Asc. Mar de Muros 981 763 97928 Asc. Sueste 986 315 250 [email protected] Escola Obradoiro Mar de Vigo II 986 462 090 [email protected] Asc. Cultural «A Gamela». Cabo da Cruz 649 987 012 [email protected] 31 Esteirana de Remo 981 826 040 [email protected] Asc. Cultural «Gameleiros». Breadouro. 986 490 592 gameleiros@breadouro33 Asc. Marítima e Cultural Vilaxoan 653 350 045 [email protected] 34 Fundación Expomar 982 586 232 [email protected] Asc. Lajareu por Barlovento [email protected] Asc. Cultural, Deportiva Fasquía 986 551 282 [email protected] Asc. Calmoseira [email protected] 38 Instituto de Estudos Miñoranos 680 644 490 [email protected]