Post on 28-Oct-2020
Sistema genital masculino
Profa. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia
Testículos
250 lóbulos testiculares 1 lóbulo tem 1-4 TS Produção de Espermatozoides Testosterona e Diidrotestosterona
Túbulos seminíferos
250 a 1.000 TS/testículo
Ø=150-250µm
30-70cm de comprimento, total+- 250m
TS são enovelados, iniciam em fundo cego e terminam nos túbulos retos
Epitélio germinativo Lâmina basal Conjuntivo fibroblastos e células mióides Célula intersticial de Leydig
Epitélio seminífero • Células de Sertoli
• Linhagem espermatogênica
Espermatogênese Células tronco se dividem por mitose e meiose
Espermiogênese Diferenciação celular da espermátide até espermatozoide
Espermatogênese
Período
Germinativo
Período de Crescimento
Período de Maturação
Período Diferenciação
Na puberdade as sofrem mitose
Espermatogônia tipo B se diferenciam por mitose em
espermatócitos 1ºs
Difícil observação interfase rápida
Fácil visualização, período longo, vê-se os cromossomos
Células unidas por pontes citoplasmáticas que sincronizam a espermatogênese
Espermiogênese
Salienta a espermatogênese Salienta a Espermiogênese
Espermátides
Onda espermatogênica/ Ciclo do epitélio seminífero
HUMANOS túbulo seminífero X túbulo seminífero Espermatogênese não é simultânea nem sincronizada
No mesmo túbulo seminífero não é sincronizada
Homem: ciclo 16 dias.
1 espermatogônia faz 4 ciclos em 64 dias.
Volume do ejaculado > ou = 2mL até 5mL
Concentração > ou = 20 milhões de células/mL
pH 7,8
Em espécies subumanas: Uma associação celular específica ocupa vários compartimentos ao longo do túbulo. No corte transversal, observamos apenas uma associação celular
O ciclo do epitélio germinativo varia entre as diferentes espécies. Há espécies que produzem espermatozoides todo o ano e outras
que são sazonais.
Humano Rato Wistar
Célula Sertoli São piramidais, núcleo oval ou triangular, nucléolo evidente. Porção basal: aderida a LB Porção apical: contato com o lúmen MO difícil delimitar os limites laterais
Apresenta Gap junctions entre uma células de Sertoli e outra. Permitem a comunicação iônica e química, para coordenar o ciclo do epitélio seminífero
ME: muito REL, Golgi desenvolvido, muitas mitocôndrias e lisossomos.
Barreira hematotesticular
2. Adluminal Das junções oclusivas até o lúmen
Células de Sertoli vizinhas unidas por junções oclusivas na região basolateral
1. Basal Abaixo das junções oclusivas Com espermatogônias e células mióides
Na espermatogênese, as células filhas das espermatogônias atravessam as junções de oclusão e vão para o espaço adluminal
Barreira hematotesticular:
O testículo tem capilares fenestrados, eles permitem que as espermatogônias tenham contato com o sangue. As junções de oclusão que formam a barreira, impedem que substâncias do plasma entrem em contato com as células da espermatogênese.
Os espermatozoides se formam na adolescência, depois que o sistema imune está formado. A barreira hematotesticular impede o contato entre os espermatozoides e o sistema imune, protegendo contra uma reação autoimune.
Junções celulares entre espermátide e célula Sertoli são de microfilamentos
N= núcleo espermátide A= acromossomo Setas= feixes de microfilamentos Cortados transversalmente da célula de Sertoli S1= uma célula Sertoli S2= célula Sertoli adjacente
Os espermatozoides são libertados para o lúmen por movimentos do ápice da célula Sertoli, através dos seus microtúbulos e miofilamentos.
Funções da célula de Sertoli:
Suporte, Proteção e Suprimento nutricional dos espermatozoides em desenvolvimento: apoia a linhagem celular durante a espermatogênese e espermiogênese (pontes citoplasmáticas). Auxilia a nutrição dessas células que não tem contato com o plasma
Fagocitose do excesso de citoplasma da Espermiogênese
Secreção: -Fluido para transportar os espermatozoides na direção dos ductos -ABP (androgen-binding protein): concentra a testosterona nos TS, a produção é controlada pelo FSH e pela testostorona -Converter a testosterona em estradiol -Inibina: suprime a síntese e a liberação de FSH na hipófise. Hormônio Antimülleriano: age durante o desenvolvimento embrionário, promovendo a regressão dos ductos de Müller (paramesonéfricos) em fetos masculinos e induz o desenvolvimento de estruturas derivadas dos ductos de Wolff (mesonéfricos)
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Controle hipofisário do testículo
Características sexuais masculinas
Distúrbios do desenvolvimento: criptorquidia, hipospádia, baixo peso ao nascimento, são fatores de risco para o câncer de testículo, associado a redução da qualidade do sêmen e redução da fertilidade.
Temperatura testicular elevada: a temperatura ideal para a espermatogênese é 35°C, é controlada pelo plexo venoso ou pampiniforme, forma um sistema contracorrente de troca de calor para manter a temperatura testicular ideal.
Hipospadia é uma malformação congênita da uretra anterior, onde o meato urinário fica localizado ectopicamente, na porção ventral ao pênis.
Fatores que influenciam a espermatogênese
Hormônios esteroides e agentes correlatos: provocam feedback negativo sobre a secreção de FSH, diminuindo a espermatogênese.
Agentes tóxicos: mutagênicos, antimetabólitos, pesticidas
Radiação ionizante e agentes alquilantes: gás mostarda (guerra química, mutagênico, carcinogênico), procarbazina (Doença de Hodgkin, linfomas não-Hodgkin, tumores cerebrais, carcinoma broncogênico, melanoma maligno, mieloma múltiplo, policitemia vera), radiações eletromagnéticas e de micro-ondas, substâncias antineoplásicas.
Doenças sistêmicas ou infecções locais: orquite, febre, doenças renais, HIV, etc.
Fatores ambientais/estilo de vida
Deficiências dietéticas: vitaminas, coenzimas e microelementos como a vitamina A, B12, C, E, β-carotenos, zinco e selênio afetam a espermatogênese.
Tecido intersticial
Tecido conjuntivo, com nervos, capilares sanguíneos fenestrados e linfáticos.
Célula de Leydig/intersticial: surge na puberdade, é arredondada ou poligonal, núcleo central, citoplasma eosinófilo com gotículas de lipídios PRODUZ TESTOSTERONA
Ductos Intratesticulares
2. Túbulos retos (ep cúbico +
cel. Sertoli)
3. Rede testicular (ep cúbico)
1. Túbulos seminíferos
Túbulos Seminíferos
ep cúbico
Rede testicular
cel. Sertoli
Transição entre os TS e a rede
testicular
Túbulos retos
Rede testicular
Vários canais interconectados, mergulhados no
conjuntivo do mediastino
Sistema de ductos excretores
5. Epidídimo
6. Deferente
7. Uretra
4. Ductos eferentes 10-20
(células cuboides não ciliadas e ciliadas)
Ductos eferentes
Em torno de 20 ductos eferentes se conectam a rede testicular ao Epidídimo. Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico ciliado e cúbico com microvilos, dando aspecto de “ dentes de serra”. Reabsorve o líquido produzido nos túbulos seminíferos.
Ducto eferente
Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico (cílios)
e cúbico (microvilosidades)
Anel circunferencial de músculo liso, deixa a luz pregueada
Epidídimo Subdividido: cabeça corpo e cauda Cabeça = ducto eferente Corpo e cauda = ducto epidídimo
Local onde os espermatozoides adquirem motilidade para fecundação
Fator de decapacitação associado à superfície: ocorre modificação da cabeça do espermatozoide pela adição de glicoproteínas que inibem a capacidade de fecundação.
A capacitação ocorre no trato feminino, antes da fecundação, quando os espermatozoides se ligam aos receptores da zona pelúcida.
É um tubo simples e contorcido, tem cerca de 4-6 m x 1 cm
Epitélio pseudo-estratificado cilíndrico com estereocílios. Reabsorve o líquido que não foi reabsorvido pelos ductos eferentes, remove o material excedente e os espermatozoides degenerados
O músculo liso aumenta gradualmente, de 1 para 3 camadas na cauda. Na cabeça e corpo o peristaltismo move os espermatozoides ao longo do ducto. A cauda armazena espermatozoides maduros, que serão eliminados no ejaculado, pelas contrações musculares das 3 camadas, provocada pelo estímulo neural.
Deferente
Lúmen estreito Mucosa com epitélio pseudo-estratificado cilíndrico com estereocílios Camada muscular espessa
Glândulas acessórias Mantém os espermatozoides vivos, nutridos e em pH ideal para a fecundação
Vesículas seminais São 2 tubos tortuosos com 15 cm. Mucosa pregueada com epitélio cubico simples ou pseudo-estratificado cilíndrico, com grânulos de secreção. A altura das células depende da concentração de testosterona LP rica em fibra elástica Delgada camada músculo liso Sua secreção é rica em: frutose, citrato, inositol, prostaglandinas e várias proteínas pH básico
Próstata
-É a maior glândula, do tamanho de uma noz -Secreta um líquido claro, ligeiramente alcalino pH7,29 a ácido. - Secreção com ácido cítrico e fosfatase ácida -30-50 glândulas túbulo-alveolares ramificadas -Os ductos desembocam na uretra prostática
Câncer próstata
Hiperplasia benigna
3 camadas concêntricas
Unidades secretoras com epitélio cúbico simples ou pseudo-estraficado colunar Estroma fibromuscular Cápsula fibroelástica rica em músculo liso que emite septos formando lobos Concreções prostáticas/corpora amylacea: glicoproteína calcificada, aumentam com a idade, significado desconhecido
uretra
Estroma fibromuscular
Tumores prostáticos • 2º câncer mais comum
masculino
• 3ª causa de morte por câncer
• PSA (prostate specific antigen): aumenta a concentração plasmática na presença de tumores malignos, usado como controle e diagnóstico do câncer
Exame de toque retal
adenocarcioma normal
Bulbouretrais/Cowper Medem 3-5mm de diâmetro
São túbulo-alveolares, revestidos com epitélio simples cúbico
Septos com músculo liso
Lançam a secreção na uretra membranosa
O muco é lubrificante, com aspecto
gelatinoso, rico em frutose e
prostaglandinas, pH básico
Pênis (genital e urinário) Uretra peniana se divide em: -prostática, membranosa
- peniana epitélio pseudo-estratificado
cilíndrico onde desembocam as glândulas de Littré,
secretam muco ao longo da uretra peniana
- da glande: revestida por estratificado pavimentoso
3 Corpos cilíndricos de tecido erétil - 2 Corpos cavernosos ou dorsal - 1 Corpo esponjoso ou cavernoso ventral
Albugínea conjuntivo denso que reveste e une os corpos cavernosos
Glande: região distal do pênis, porção bulbosa dilatada, revestida por epitélio estratificado pavimentoso que se fusiona ao conjuntivo do pênis
Prepúcio Dobra circular de pele retrátil, sustentada por conjuntivo e músculo liso. Na face interna tem mucosa com glândulas sebáceas e na parte externa é pele
2-Papila Dérmica 4-Folículo Piloso 6-Nódulo linfático 7-Prepúcio Parietal 11-Glândula Sebácea ou de Tyson 8- Glândulas sudoríparas 17-Eptélio plano estratificado 18- Prepúcio visceral
Corpos cavernosos do pênis e da uretra ou tecidos eréteis Espaços venosos interligados mas, delimitados por trabéculas de fibras conjuntivas e músculo liso
Corpo esponjoso
Uretra
O fluxo de sangue arterial é desviado para as anastomoses arteriovenosas que ligam as artérias profunda e dorsal.
Estímulo sexual
parassimpático
Liberação local de óxido nítrico (endotélio) e o músculo liso produz GMPc
relaxa o músculo liso arterial, aumentando o fluxo de sangue
O aumento da artéria comprime o canal de retorno venoso, constrição das
anastomoses arteriovenosas
Sangue vai para as artérias helicinas do tecido erétil e entra nos espaços venosos
O pênis aumenta de tamanho e fica túrgido
Ejaculação
Ejaculado Cerca de 3 ml em humanos, 200-300 milhões de espermatozoides no ejaculado ou 50-100 milhões/mm3
Após a ereção as glândulas bulbouretrais liberam um fluido viscoso para lubrificar a uretra.
Momentos antes da ejaculação a próstata lança sua secreção na uretra
Os espermatozoides da ampola e dos ductos deferentes são liberados para os ductos ejaculadores
O maior volume do ejaculado é liberado pelas vesículas seminais, o fluido é rico em frutose e fornece energia para os espermatozoides.
É controlada pelo simpático: 1.Contração dos músculos lisos dos ductos e das glândulas genitais acessórias, empurrando o sêmen para a uretra 2.O esfíncter da bexiga se contrai impedindo a saída de urina ou entrada de sêmen na bexiga
3. O músculo bulbo esponjoso, que envolve a extremidade proximal do corpo esponjoso, sofre contrações ritmas, expulsando o sêmen da uretra.
O plasma seminal é formado pela secreção das glândulas genitais acessórias
Sildenafil (Viagra)
• Após a ejaculação os cessam estímulos parassimpáticos e os níveis de GMPc (Monofosfato cíclico de guanosina) diminuem.
• GMPc é degradado pela enzima PDE (fosfodiesterase)
• O músculo liso do tecido erétil se contrai, esvaziando os corpos cavernosos e esponjoso
• Termina a ereção
O sildenafil bloqueia a fosfodiesterase, inibindo a degradação de GMPc que é responsável pela
ereção
Obrigada!