Post on 30-Nov-2020
2ªEJA FASE
PROF. DENILSON SATURNINO
PROF.ª JOYCE MARTINS
LÍNGUA PORTUGUESA
Unidade IIITrabalho - a trajetória humana nas produções e manifestações
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Aula 22.2ConteúdoPós-Modernismo no Brasil - Prosa: Guimarães Rosa
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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HabilidadeReconhecer elementos que caracterizam a literariedade de um dado texto.
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Coesão lexicalA coesão lexical é o efeito coesivo que é ativado pela seleção de um item vocabular para se referir a algum elemento do texto com o qual tenha alguma relação de sentido.
REVISÃO
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Exemplo:Neymar comemora seu aniversário de 27 anos em grande estilo. O craque do PSG está em Paris para um verdadeiro festão.
REVISÃO
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Leia.A diversidade cultural é uma das maiores riquezas da humanidade. Para que ela continue a existir, é condição que os costumes regionais contem com formas legítimas e asseguradas de expressão. No entanto, o processo de globalização, os modelos econômicos e a difusão dos meios de comunicação de massa impõem a padronização dos hábitos de consumo e de modos de vida.
DESAFIO DO DIA
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1. Quais são os hábitos, as palavras e as expressões, os ritmos e as danças característicos de sua região?
2. Essas características culturais são preservadas ou correm o risco de desaparecer?
DESAFIO DO DIA
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João Guimarães RosaJoão Guimarães Rosa é um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. A literatura de Guimarães Rosa se inscreve na vanguarda da narrativa brasileira contemporânea, em virtude de três fatores principais: o vocabulário riquíssimo, o narrador totalmente imerso na cultura regional e as histórias variadas e surpreendentes.
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Grande sertão: veredas“Grande sertão: veredas”, um romance de cerca de seiscentas páginas, é considerado a obra-prima de Guimarães Rosa. Trata-se de um monólogo em que Riobaldo, um ex-jagunço, conta a história de sua vida a um “doutor”, homem letrado da cidade. Quando o livro começa, Riobaldo, já idoso, está estabelecido como um próspero
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fazendeiro. A existência e as reações do interlocutor são reveladas ao leitor exclusivamente por meio da fala de Riobaldo.
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Riobaldo
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A linguagem • Neologismos • Arcaísmos • Musicalidade da fala sertaneja
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A linguagemAbusão: crendice, superstição.Alvejar: atirar.Erroso (neologismo): monstruoso.Nonada: ninharia, bobagem.Prascóvio (neologismo): tolo, ingênuo.
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1) Foco narrativoRiobaldo é narrador-protagonista que faz relato de sua vida.“De primeiro, eu fazia e mexia, e pensar não pensava. Não possuía os prazos. Vivi puxando difícil de dificel, peixe vivo no moquém: quem mói no asp’ro, não fantaseia. Mas, agora, feita a folga que
me vem, e sem pequenos dessossegos, estou de range rede. E me inventei neste gosto, de especular idéia.”
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2) Relato de memóriaLutas sangrentas de jagunços, perseguições e emboscadas nos sertões.“Vim cobrar pela vida de meu amigo Joca Ramiro, que a vida em outro tempo me salvou de morte... E liquidar com esses dois bandidos, que desonram o nome da Pátria e este sertão nacional!”
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Riobaldo relata preocupações existenciais, como, por exemplo, a existência ou não do diabo:“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem – ou é o homem arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum. Nenhum! – é o que digo.”
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3) O amor “impossível”Riobaldo ama Diadorim (Reinaldo). Esse sentimento surpreende o protagonista, já que nunca tivera nenhum traço homossexual.“E veja: eu vinha tanto tempo me relutando, contra o querer gostar de Diadorim mais do que, a claro, de um amigo se pertence gostar; e, agora aquela hora, eu não apurava vergonha de se me entender um ciúme amargoso.”
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Depois que Diadorim mata Hermógenes e é morto, descobre-se que, na verdade, Diadorim era uma mulher; Diadorina era seu verdadeiro nome.
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4) A travessia“O senhor vê. Contei tudo. Agora estou aqui, quase barranqueiro. Para a velhice vou, com ordem e trabalho [...] O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano. Travessia.”
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5) A universalidade das obras“Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. [...] o que devia de haver, era de se reunirem-se os sábios, políticos, constituições gradas, fecharem o definitivo a noção – proclamar por uma vez, artes assembléias, que não tem diabo nenhum, não existe, não pode. Valor de lei! Só assim, davam tranqüilidade boa à gente. Por que o Governo não cuida?!”
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(Adaptado de UFRN-RN)
Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio — o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo da velhice — esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais.
DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
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De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar o vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranquilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando idéia.
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1976.
DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
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1. Considerando-se o fragmento textual lido, essa inventividade linguística da narrativa roseana pode ser constatada através
a) da recriação do mundo sertanejo pela linguagem, a partir da apropriação de recursos da oralidade.
b) do aproveitamento de elementos pitorescos da cultura regional que tematizam a visão de mundo simplista do homem sertanejo.
c) do resgate de histórias que procedem do universo popular, contadas de modo original, opondo realidade e fantasia.
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d) da sondagem da natureza universal da existência humana, através de referência a aspectos da religiosidade popular.
2. Justifique a alternativa que você escolheu como resposta para a questão 1.
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Pós-modernismoNo período de 1945 a 1960, o país abriu-se para o mundo em vários setores culturais, como as artes plásticas, a arquitetura e a música. Tal abertura, em maior ou menor grau, sempre existira; a novidade é que nesse período o diálogo com a cultura internacional se constituiu uma via de mão dupla, pela qual o Brasil tanto importava quanto exportava tendências arquitetônicas.
RESUMO DO DIA
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Pós-modernismo • Guimarães Rosa - “Grande
sertão: veredas”. • “O sertão é o mundo”.
RESUMO DO DIA
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“Como é que posso com este mundo? A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo no meio do fel do desespero”.
Grande Sertão: veredas - Guimarães Rosa
O trecho que você acabou de ler é compreensível? Tem linguagem simples ou incomum?
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Leia.
A diversidade cultural é uma das maiores riquezas da humanidade. Para que ela continue a existir, é condição que os costumes regionais contem com formas legítimas e asseguradas de expressão. No entanto, o processo de globalização, os modelos econômicos e a difusão dos meios de comunicação de massa impõem a padronização dos hábitos de consumo e de modos de vida.
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1. Quais são os hábitos, as palavras e as expressões, os ritmos e as danças característicos de sua região?
2. Essas características culturais são preservadas ou correm o risco de desaparecer?
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