Agricultura mundial

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AGRICULTURA MUNDIALA fome não decorre da falta de alimentos. Mas sim da pobreza. Para entender esse fenômeno é preciso entender o que se passa na agricultura mundial.

AGRICULTURA MUNDIAL

A fome não decorre da falta de alimentos. Mas sim da pobreza. Para entender esse fenômeno é preciso entender o que se passa na agricultura mundial.

Gana é um exemplo para compreensão Os países pobres

tem fome. Mas, por contradição são países com economias predominantemente agrícolas. Mas como? É simples: plantam para não comer. Como é...?

A principal produção agrícola do país e o cacau (não comestível). Seu preço antes de virar chocolate é barato. Assim se ganha pouco produzindo esse produto. Mas é o que o mercado europeu quer comprar do país...

Mas porque se paga tão pouco por produto nativo?

Quem controla os preços são comerciantes e indústrias (no caso do chocolate). Eles forçam o preço do cacau para baixo para ter mais lucro do produto final: o chocolate.

Caso agricultores de um país não queiram vender no preço oferecido, as indústrias e comerciantes ameaçam comprar de outro país.

Para comer, parte das terras tem lavoura de subsistência Além de plantar

cacau, em Gana os produtores usam parte das terras para plantar mandioca, banana, etc. (alimentos) para a familia. Mas e se faltar a terra?

Além de comer, a família troca ou vende o pequeno excedente com vizinhos ou nas feiras.

Alimentos baratos nas prateleiras dos europeus Mas as grandes

empresas também conseguem levar para a Europa outros produtos agrícolas produzidos em países pobres. Pagam pouquíssimo e ganham muito.

Frutas, verduras e alimentos industrializados provenientes do mundo inteiro estão disponíveis nos supermercados europeus.

O agronegócio usado como forma de competição

Para competir pela contexto criado pelas grandes empresas europeias, os agricultores recorrem ao agronegócio (uso intensivo de máquinas e produtos químicos) para baixar os custos de produção.

Com mais tecnologia, são menos trabalhadores no campo e mais química nos solos, água e ar. Maior rendimento e lucro viram padrão agrícola mundial.

E a ajuda dos governos ricos é o subsídio agrícola

Pagando o preço fixo alto para cada produtor (subsídio), os produtos dos países ricos podem baixar preço sem baixar rendimento. E o governo determinar quantidades e produtos. Assim levam vantagem (desleal) sobre os pobres que não tem como usar esse recurso.

Os produtos locais então baixam os preços e ficam competitivos perante importados no mercado nacional

As indústrias querem exportar o agronegócio para o mundo

Não só a agricultura comercial que dá lucro. Onde tem agronegócio tem dependência de máquinas, sementes selecionadas, fertilizante e agrotóxicos químicos. As poucas indústrias multinacionais desse produtos querem vender para o mundo todo.

Para as empresas, o único modelo que deveria existir é o agronegócio. Os governos (dos países pobres) deveriam subsidiar o alto custo dos investimentos.

Transgênicos: Mais uma novidade do agronegócio

É a último novidade tecnológica agrícola, depois do pacote da Revolução verde. São os organismo geneticamente modificados. Buscam-se neles safras mais resistentes a herbicidas e alimentos mais saborosos e farto$

Para os críticos do novo elemento, ainda não há comprovação de que eles não causem sérios riscos à saúde. E haveria alternativas melhores para a população

O agronegócio sai caro para os países e famílias pobres

O agronegócio é pensar grande: grandes fazendas; grandes máquinas e grandes mercados. Ou seja, menos terras para alimentos e subsistência, menos trabalhadores no campo. Mais química no ar, terra e solo.

Há disputa pela posse das terras: agronegócio x camponeses e/ou indígenas. E de como aproveitar a terra. A terra pode virar apenas um negócio, com as pessoas em 2º lugar.

A Agroecologia é uma alternativa ao agronegócio

É o modo de produzir alimentos que dispensa o uso de insumos químicos. Os adubos naturais substituem o fertilizantes e técnicas naturais os agrotóxicos. As sementes selecionadas entre as colhidas (naturais). A policultura supera a monocultura.

O objetivo da agroecologia é a preservação da biodiversidade, identidade cultural, independência das indústrias multinacionais. Mas também preocupa-se com o social: pagamento justo a quem trabalha.

A Agroecologia é defendida pela Agricultura familiar

É o modelo que prega as associações e cooperativas de agricultores familiares. Haveria para eles alimentos e populações mais saudáveis, além da fixação do homem no campo. Nas capitais já existem feiras de produtos “orgânicos”, como também nos supermercados

Uma das dificuldades ainda dos produtos orgânicos é que eles ainda são mais caros do que os produtos do agronegócio (produção em larga escala).